Modelo de Estrutura de Conhecimento – Ginástica de...
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Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
2011/2012
1Educação Física
FADEUP
MODELO DE ESTRUTURA DE CONHECIMENTO – GINÁSTICA
Escola Secundária Clara de Resende
2º Ciclo – Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário
Mariana Oliveira| Mestre Mª José Cardoso | Mestre Mariana Cunha
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
ÍndiceGinástica Desportiva.....................................................................................5
Ginástica Não Desportiva.............................................................................5
História da Modalidade....................................................................................6
Regras.............................................................................................................7
Regras.............................................................................................................8
Segurança........................................................................................................9
Segurança......................................................................................................10
Fisiologia do Treino........................................................................................11
Habilidades Motoras......................................................................................12
Conteúdos Técnicos - Ginástica de Solo..........................................................13
Rolamento à frente engrupado......................................................................13
Rolamento à frente com os mi afastados.......................................................15
Rolamento à retaguarda engrupado..............................................................17
Rolamento à retaguarda com os mi afastados...............................................18
Apoio facial invertido......................................................................................20
Roda..............................................................................................................21
Ponte..............................................................................................................22
Avião..............................................................................................................23
Conteúdos Técnicos - Ginástica de Aparelhos.................................................24
Conceitos Psico - Sociais...............................................................................25
Módulo II – Análise do Envolvimento................................................................26
Recursos Humanos........................................................................................26
Recurso Espaciais.........................................................................................26
Recursos Materiais........................................................................................27
Recursos Temporais......................................................................................27
2Educação Física
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Segurança......................................................................................................27
Módulo III – Análise dos Alunos........................................................................28
Justificação da Unidade Temática.................................................................35
Módulo V – Definição dos Objetivos..................................................................38
Cultura Desportiva...................................................................................39
Habilidades Motoras................................................................................40
Fisiologia do Treino.................................................................................42
Conceitos Psicossociais..........................................................................42
Módulo VI – Configuração da Avaliação...........................................................44
Avaliação Inicial.............................................................................................44
Avaliação Formativa.......................................................................................44
Avaliação Sumativa/Final...............................................................................45
Módulo VII – Progressões de Ensino/Situações de Aprendizagem..................45
Módulo VIIII – Aplicações Reais........................................................................54
3Educação Física
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Introdução
O presente documento foi realizado no âmbito do Estágio Profissional,
inserido no 2º Ano do 2º Ciclo de Estudos em Ensino da Educação Física nos
Ensinos Básico e Secundário.
Atendendo à coerência e sequencialidade do Modelo de Estrutura do
Conhecimento, neste módulo, centro-me numa estrutura sustentada na
transdisciplinaridade, pois há uma necessidade imensa de se recorrer aos
diferentes conhecimentos das áreas relacionadas com as ciências do desporto,
pretendendo-se com as mesmas o reunir de informação imprescindível
referente à modalidade abordada, neste caso a Ginástica.
Tem por base o Modelo de Estrutura de Conhecimentos (MEC) proposto
por J. Vickers (1989). Este modelo advém no sentido de permitir um ensino
eficaz, onde a ação de qualquer professor de Educação Física,
independentemente da modalidade que vai abordar, deve ser não só refletida
mas também orientada. Esta estrutura divide-se em três grandes fases: fase de
análise, fase das decisões e fase de aplicação.
Relativamente à fase de análise, é desenvolvido um organograma da
estrutura de conhecimentos da modalidade. Ainda nesta fase, procura-se um
conhecimento das infra - estruturas e recursos materiais disponíveis para as
aulas de Ginástica, bem como o nível de prestação inicial dos alunos referente
à modalidade em questão.
Esta última análise reveste-se de particular interesse, já que irá ser a partir
desta que será elaborado o plano da unidade didática.
Segue-se a fase das decisões, em que se determina a extensão e a
sequência da matéria (conteúdos a lecionar e seu encadeamento), definem-se
os objetivos, configura-se a avaliação a utilizar (inicial e sumativa) e criam-se
as progressões de ensino.
No final de todo este processo, surge a fase de aplicação, que corresponde
à planificação das aulas, bem como a todos os registos/documentos utilizados.
4Educação Física
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Módulo I – Caracterização da Modalidade
A Ginástica é uma modalidade pluridisciplinar, com grande variedade de
situações e de formas. Os seus exercícios contêm características essenciais da
cultura física, contribuindo para a educação, e formação corporal, mental
multilateral e não substituível por outras modalidades.
É composta por várias disciplinas gímnicas com modalidades que vão desde
as desportivas (competição) às não desportivas (recreação e lazer).
Ginástica Desportiva Artística;
Acrobática;
Rítmica;
Tumbling;
Trampolins;
Aeróbica.
Ginástica Não Desportiva Manutenção;
Recuperação;
Recreação;
Hidroginástica;
Grávidas / Bebés.
Todas as atividades organizadas, independentemente do âmbito, que
pretendam enveredar pela vertente competitiva necessitam possuir
regulamentos e objetivos de avaliação, conseguindo assim diferenciar-se
distintos níveis de desempenho dos intervenientes.
5Educação Física
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6Educação Física
História da Modalidade Regras
Habilidades MotorasFisiologia do Treino Conceitos Psico - SociaisCultura Desportiva
Estrutura de Conhecimento - Ginástica
A Ginástica surge na Grécia Antiga como uma forma de prática de exercício físico para fins militares. Os jovens e adolescentes praticavam esta atividade sem
roupa, e, assim, a palavra grega gumnus (nu) formou a raiz para todos os aspetos relacionados com este tipo de atividade. O “Ginásio” era um recinto ao ar livre
onde os praticantes treinavam. Com a queda da civilização grega, e mais tarde da civilização romana, a Europa caiu na idade das trevas e por conseguinte muito
pouco se soube da ginástica. Foi apenas com a chegada do período da renascença que houve uma tentativa de utilizar a ginástica J. F. C. Guts Muths, que
estudou o uso que os gregos faziam dos seus exercícios físicos e usou-os para formular uma base para Educação Física. Um alemão, J.F. Jahn e um sueco, P. H.
Ling, continuaram o seu trabalho durante os princípios do século XIX, e determinaram uma rutura definitiva dos conceitos de ginástica. Jahn desenvolveu o desporto
ginástica (Ginástica alemã) enquanto Ling desenvolveu um sistema de educação do movimento através da ginástica (Ginástica sueca).
Algumas datas importantes 1832 – Fundação da primeira Federação de Ginástica, na Suiça; 1881 Surge a Federação Europeia de Ginástica que mais tarde
passa a designar-se por Federação Internacional de Ginástica (FIG) 1903 primeiro Torneio Internacional, em Invers, passando em 1934 a designar-se por
Campeonato do Mundo; 1950 surgiu a Federação Portuguesa de Ginástica, que com o passar dos anos se dividiu em duas Federações distintas: Federação
Portuguesa de Ginástica (FPG) e Federação Portuguesa de Trampolins e Desportos Acrobáticos (FPTDA).
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7Educação Física
História da Modalidade Regras
Habilidades MotorasFisiologia do Treino Conceitos Psico - SociaisCultura Desportiva
Estrutura de Conhecimento - Ginástica
O código de pontuação é o documento orientador de uma aferição de critérios de avaliação
de forma a permitir:
Obter um julgamento objetivo e uniforme dos esquemas apresentados pelos atletas;
A melhoria do nível de conhecimentos do júri na sua globalidade, de uma forma padronizada e
sistematizada.
Em função da identidade organizadora, podem diferenciar-se tipos de competição distintos,
nomeadamente:
Competições organizadas pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) – de âmbito mundial
– exemplo: Jogos Olímpicos e Campeonatos do Mundo;
Competições organizadas pela Uniões Continentais – de âmbito continental – exemplo:
Campeonatos da Europa, Campeonatos Americanos, etc.;
Campeonatos organizados por outras entidades, nomeadamente, federações, associações e
clubes – de âmbito diverso.
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8Educação Física
Número de Ginasta Duração da Prova
A competição pode realizar-se individualmente e/ou por equipas.
O número de elementos que constituem a equipa varia de acordo com a competição. No
Campeonato da Europa, a equipa pode ser constituída entre 3 a 5 ginastas, mas só 3 é que
pontuam para a equipa. No Campeonato do Mundo, a equipa pode ser constituída entre 4 a 6
ginastas, mas só 4 é que pontuam para a equipa.
O tempo de cada exercício, varia de acordo com o aparelho em questão. No
solo masculino, o exercício deve ter uma duração máxima de 70 segundos.
No solo feminino e na trave, o exercício deve ter uma duração máxima de 90
segundos.
A duração da prova varia de acordo com o número total de ginastas e com
as características da competição.
Todas as competições de âmbito oficial obrigam à execução de esquemas facultativos. As
provas de carácter não oficial permitem a execução tanto de esquemas facultativos como
obrigatórios em função do respetivo programa.
A constituição de cada um dos júris que passamos a apresentar refere-se, exclusivamente ao
que é exigido pela FIG para as competições que organiza. Esta constituição serve de base a
todas as formas competitivas e é adaptada em função das necessidades, sem nunca pôr em
causa no entanto, a seriedade do acontecimento e os indispensáveis padrões uniformes de
avaliação.
“Júri A”: responsável pelo registo e determinação do valor máximo do
conteúdo do exercício.
“Júri B”: responsável pela avaliação da técnica e atitude durante o
exercício.
História da Modalidade Regras
Habilidades MotorasFisiologia do Treino Conceitos Psico - SociaisCultura Desportiva
Estrutura de Conhecimento - Ginástica
Um membro do conselho técnico que desempenha a função de
presidente do júri.
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Vigilância Equipamento Gímnico Adequado Transporte, Montagem e Utilização dos Aparelhos
Nunca deixar os alunos realizar tarefas sem orientação nem vigilância;
Verificar o estado da sala e do material; Dar indicações referentes às questões de segurança e
ajuda; Escolher um local no ginásio que assegure uma visão
geral sobre todos os alunos; Nunca abandonar a sala durante a aula.
O correto equipamento gímnico constitui-se como fundamental para o bom desempenho e para a prevenção de acidentes uma vez que deve permitir, por um lado, a necessária liberdade de movimentos e, por outro, que eles se realizem em boas condições de segurança. Cintos, roupas apertadas, calçado inadequado ou adornos (anéis, brincos, relógios, pulseiras, etc.) devem ser evitados já que prejudicam a participação e são perigosos não só para o aluno como para os colegas. Tal como em qualquer outra modalidade lecionada, é exigido ao aluno que se apresente devidamente equipado, com calções/calças de fato-de-treino, T-shirt/Sweat-shirt, sapatilhas e meias. Os alunos devem estar ainda sensíveis e recetivos à adoção de uma postura e relação com o material e equipamento em conformidade com o rigor da “cultura gímnica”. Por isso deve-se exigir que coloquem sempre a t-shirt por dentro dos calções ou calças de fato de treino, e conservem presos os cabelos longos.
Pelas suas dimensões e características, os aparelhos devem ser transportados, montados e usados com cuidado, de forma a preservá-los e a evitar acidentes: deverão ser criadas rotinas de organização e grupos de trabalho, incluindo alunos dispensados de forma a rentabilizar o tempo de aula e responsabilizar os alunos na sua manipulação. O professor deverá dar instruções sobre a forma correta de transporte, montagem e uso de cada um.
Estado das Instalações e do MaterialA sala deve estar em condições perfeitas no que se refere a limpeza, arejamento, espaço, luz, arrumação, etc. Após a aula, a sala deverá ser deixado tal como foi encontrado: limpo e arrumado. Os aparelhos deverão regressar aos seus lugares, uma vez que aparelhos por desmontar ou por arrumar poderão constituir uma fonte de perigo.
9Educação Física
SegurançaHistória da Modalidade Regras
Habilidades MotorasFisiologia do Treino Conceitos Psico - SociaisCultura Desportiva
Estrutura de Conhecimento - Ginástica
O professor tem a importante tarefa de cuidar da segurança, chamando a atenção dos alunos para os perigos de uma prática desordenada e de execuções imprudentes, sem
diretivas precisas e fora do seu controlo.
O conceito de prevenção de acidentes engloba a totalidade das medidas necessárias para evitar acidentes no ginásio, nomeadamente:
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10Educação Física
Estrutura de Conhecimento - Ginástica
Habilidades MotorasFisiologia do Treino Conceitos Psico - SociaisCultura Desportiva
SegurançaHistória da Modalidade Regras
Recorrer à ajuda na realização dos exercícios:
O professor não pode por si só assegurar a função de ajudante com grupos numerosos de alunos. Assim, torna-se necessário que estes participem nesta importante tarefa.
Ao ensinar a técnica das ajudas o professor leva os alunos a refletir sobre as questões da sua eficácia, contribuindo deste modo para um melhor conhecimento dos objetivo a atingir para realizar corretamente o exercício.
Ajudar um executante é intervir no decurso da execução do exercício para lhe facilitar a realização (fixando uma articulação, acentuando ou prolongando uma repulsão, por exemplo).
Os ajudantes devem:
Estar conscientes do seu papel (dar confiança ao executante) e da sua responsabilidade;
Saber perfeitamente o que é preciso fazer, como fazer e em que momento fazer;
Não se distrair da sua tarefa.
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11Educação Física
Estrutura de Conhecimento - Ginástica
Cultura Desportiva Fisiologia do Treino Habilidades Motoras Conceitos Psico-Sociais
Ativação Geral Condição Física
Diferenciação Cinestésica
Ritmo
Equilíbrio
Força
Resistência
Capacidades Capacidades Condicionais
Retorno à Calma
Flexibilidade
Velocidade
Orientação Espacial
O exercício físico cria novas adaptações e novas capacidades para suportar uma
dada carga de esforço, assim como a capacidade de produção e obtenção de
energia. Para isso são solicitados conjuntos de mecanismos, estruturas e
sistemas que se adaptam determinando certos efeitos nos mesmos, no sentido
da promoção da condição física. Devem então ser criados exercícios que
promovam o desenvolvimento das capacidades coordenativas e condicionais
relevantes à modalidade em questão, nomeadamente a Ginástica.
Depois do esforço realizado, surge a
necessidade de recompensar a
“agressão” produzida, pelo que é
necessário ter um momento de
relaxamento, recorrendo ao alongamento
das principais estruturas articulares, dos
grupos musculares solicitados durante a
aula. No entanto, consoante a
intensidade da mesma, dá-se maior ou
menor relevância.
É ainda conveniente realizar uma breve
conversa sobre a aula, de modo a
reforçar os conteúdos abordados,
corrigindo erros e as dúvidas que
possam surgir.
Como parte essencial e com uma
importância fulcral, o aquecimento tem que
ser vigoroso e contemplar uma mobilização
geral, onde é realizado o aquecimento geral
das principais articulações, e específico
através de exercícios específicos de
flexibilidade que permitem desenvolver uma
maior amplitude das articulações e com
bola, para criar uma predisposição motora
mais específica para a modalidade.
Todo o aquecimento deve ser adaptado aos
conteúdos e exigências dos exercícios
realizados durante a aula.
A principal importância do aquecimento
reside no facto de ser o primeiro meio de
prevenção de lesões no decorrer da aula.
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12Educação Física
Estrutura de Conhecimento – Ginástica
Cultura Desportiva Fisiologia do Treino Habilidades Motoras Conceitos Psico - Sociais
Conteúdos Técnicos
Ginástica de Solo:
Rolamento à frente engrupado; Rolamento à frente com os MI afastados; Rolamento à retaguarda engrupado; Rolamento à retaguarda com os MI afastados; Pirueta; Avião. Apoio facial invertido; Roda; Ponte
Ginástica de aparelhos:
Salto entre-mãos em plinto transversal
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C onteúdos Técnicos - Ginástica de Solo
Rolamento à frente
engrupado
13Educação Física
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Determinantes técnicas
Posiçã
o de
sentido
com os
braços
em
elevaç
ão
anterio
r;
Flexão
das
pernas
e fecho
do
tronco;
Coloca
ção
das
mãos à
largura
dos
ombro
s com
os
dedos
orienta
dos
para a
frente;
Braços
em
extens
14Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
ão;
Elevaç
ão da
bacia
acima
dos
ombro
s;
Impuls
ão das
pernas
;
Flexão
dos
braços;
Coloca
ção da
nuca
no
solo;
Enrola
mento
progre
ssivo
sobre
a
coluna
mante
ndo o
corpo
engrup
ado;
Contac
15Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
to da
bacia
com o
solo e
coloca
ção
dos
pés
junto à
bacia;
Projeç
ão dos
braços
para a
frente
com
elevaç
ão
anterio
r;
Termin
ar em
posiçã
o de
sentido
.
Erros Fre
Iniciar
o
movim
ento
com as
pernas
afastad
16Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
quentes
as e/ou
os
braços
ao
longo
do
corpo;
Incorre
ção na
coloca
ção
das
mãos
(dema
siado
afasta-
das,
dedos
mal
orienta
dos ou
mãos
coloca
das
muito
perto
dos
pés);
Braços
fletidos
e
cotovel
os
17Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
muito
afastad
os;
Peque
na
elevaç
ão da
bacia;
Fraca
impuls
ão de
pernas
(extens
ão
incomp
leta);
Contac
to com
a parte
superio
r da
cabeça
no
solo;
Abertur
a do
ângulo
tronco/
coxa;
Coloca
ção
dos
pés
18Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
afastad
os da
bacia;
Utilizaç
ão das
mãos
para
elevaç
ão por
insufici
ente
velocid
ade de
rota-
ção;
Não
projeçã
o dos
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para a
frente;
Pés e
joelhos
afas-
tados;
Extens
ão
incom-
pleta
do
corpo;
Braços
ao
19Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
longo
do
corpo.
A
j
u
d
a
Mão
perto
da
nuca, a
outra
na
parte
posteri
or da
coxa.
Objetivo:
Realizaçã
o global
do gesto,
facilitando
a
colocação
da nuca e
o
enrolamen
to
progressiv
o sobre a
coluna
vertebral.
20Educação Física
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Execut
ante
procur
a dar
as
mãos
ao
ajudant
e e
este
puxa-o
para a
frente.
Objetivo:
Ajudar o
aluno a
levantar-
se na
parte final
do
rolamento.
21Educação Física
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Rolamento à frente com os mi afastados
Determinantes técnicas
Posição de sentido com braços em elevação superior;
Flexão das pernas e fecho do tronco;
Colocação das mãos à largura dos ombros e com dedos
orientados para a frente;
Braços em extensão;
Elevação da bacia acima dos ombros;
Impulsão de pernas;
Flexão de braços;
Colocação da nuca no solo;
Enrolamento progressivo sobre a coluna vertebral;
Afastamento com extensão das pernas após a bacia passar
a vertical dos ombros;
Colocação das mãos entre as coxas e junto da bacia com os
dedos orientados para a frente;
Empurrar o solo com as mãos;
Manter fechado o ângulo tronco/pernas;
Abertura do ângulo tronco/pernas quando a bacia se
aproxima da vertical;
Terminar com as pernas afastadas e em extensão e com os
braços em elevação superior.
Erros Frequentes
Iniciar o movimento com as pernas afastadas e/ou os braços
ao longo do corpo;
Incorreção na colocação das mãos (demasiado afastadas,
dedos mal orientados ou mãos colocadas muito perto dos
pés);
22Educação Física
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Braços fletidos e cotovelos muito afastados;
Afastamento das pernas em tempo incorreto (demasiado cedo
ou tarde);
Fraca impulsão de pernas;
Contacto com a parte superior da cabeça no solo;
Colocação das mãos afastadas da bacia e dedos mal
orientados (travando o movimento);
Pernas insuficientemente afastadas e fletidas;
Abertura do ângulo tronco/pernas em tempo incorreto
(demasiado cedo ou tarde), provocando desequilíbrio à
retaguarda ou à frente.
Ajuda
Mãos no ombro do executante - puxá-lo para a frente.
Objetivos: Ajudar o aluno a levantar-se na parte final do
movimento.
Mãos na parte posterior das coxas junto da bacia ou nas ancas
(cintura). Empurrar o aluno para cima e para a frente.
Objetivos: Facilitar a elevação do aluno na parte final do
movimento
Rolamento à retaguarda engrupado
23Educação Física
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Determinantes técnicas
Posição de sentido com os braços em elevação anterior;
Costas das mãos nas omoplatas, com as palmas das mãos
viradas para cima mantendo os cotovelos à largura dos
ombros;
Apoio das mãos no solo, colocadas à largura dos ombros;
Palmas das mãos bem apoiadas e dedos bem afastados;
Flexão da cabeça sobre o peito;
Desequilíbrio à retaguarda mantendo os membros inferiores
junto ao peito;
Manutenção da posição engrupada até ao final do exercício;
Apoio dos pés no solo e elevação dos membros superiores;
Abertura do ângulo tronco/pernas;
Pernas em extensão;
Braços em elevação superior no prolongamento do tronco.
Erros Frequentes
Iniciar o movimento com o corpo semi-fletido;
Pernas afastadas;
Deficiente colocação das mãos ao lado da cabeça;
Apoio da bacia longe dos pés;
Joelhos demasiado afastados do peito;
Flexão incompleta da coluna cervical;
Deficiente colocação das mãos no solo;
Fraca repulsão de braços;
Cotovelos demasiado afastados;
Rodar a cabeça para o lado;
Apoio dos joelhos no solo;
Braços ao longo do corpo;
Pernas fletidas na posição final.
Ajuda
A mão mais próxima na bacia e a outra no ombro - devem
exercer uma ação na vertical no sentido baixo – cima.
Objetivos: Realização global do movimento facilitando o
enrolamento sobre a coluna e a repulsão de braços.
24Educação Física
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Rolamento à retaguarda com os mi afastados
Determinantes técnicas
Posição de sentido com os braços em elevação superior;
Flexão das pernas e fecho do tronco sobre as pernas;
Colocação das mãos ao lado da cabeça com os dedos
orientados para baixo;
Desequilíbrio do corpo à retaguarda;
Colocação da bacia junto aos pés;
Colocação do queixo junto ao peito (flexão da cabeça);
Colocação das palmas das mãos no solo, ao lado da cabeça
com os dedos orientados para trás;
Afastamento das pernas à passagem da bacia pela vertical
que passa pelos ombros;
Apoio dos pés no solo com as pernas afastadas em extensão;
Repulsão dos braços.
Pernas afastadas e em extensão;
Braços no prolongamento do tronco.
Erros Frequentes
Iniciar o movimento com o corpo semi-fletido;
Pernas afastadas;
Deficiente colocação das mãos ao lado da cabeça;
Apoio da bacia longe dos pés;
Joelhos demasiado afastados do peito.
Flexão incompleta da coluna cervical;
Afastamento das pernas demasiado cedo ou tarde;
Deficiente colocação das mãos no solo;
Pernas pouco afastadas e fletidas;
Fraca repulsão dos braços;
25Educação Física
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Cotovelos demasiado afastados.
Corpo semi-flectido;
Braços ao longo do corpo;
Pernas fletidas.
Ajuda
A mão mais próxima na bacia e a outra no ombro – devem
exercer uma ação na vertical no sentido baixo cima
Objetivos: Realização global do movimento facilitando o
enrolamento sobre a coluna e a repulsão de braços.
Apoio facial invertido
Determinantes técnicas
Pernas fletidas com os braços em elevação superior;
Avançar um pé;
Balanço da perna de trás em extensão e no prolongamento
26Educação Física
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do tronco;
Colocação das mãos no solo à largura dos ombros e longe
do pé da frente;
Impulsão da perna da frente;
Alinhamento na vertical dos segmentos corporais (braços,
tronco e pernas) em extensão completa;
Cabeça entre os braços com o olhar dirigido para as mãos;
Impulsão de braços;
Manutenção da posição durante alguns segundos.
Erros Frequentes
Braços não colocados no prolongamento do tronco;
Braços não colocados no prolongamento do tronco;
Perna de balanço fletida;
Colocação das mãos perto do pé da frente;
Mãos demasiado afastadas e dedos mal orientados;
Fraca impulsão da perna de chamada;
Ombros avançados;
Não alinhamento, na vertical, dos segmentos corporais;
Pernas e pés fletidos;
Tronco selado;
Não impulsão de braços;
Desequilíbrio.
Ajuda
Mãos na coxa da perna de balanço do executante, elevar
esta até à vertical.
Objetivos: Facilitar a elevação das pernas à vertical.
Mãos nas ancas do executante e um joelho ao nível dos
ombros. Exercer uma força de baixo para cima
Objetivos: Facilitar o alinhamento na vertical dos segmentos corporais
Evitar que o executante avance os ombros
27Educação Física
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Roda
Determinantes técnicas
Posição de sentido com os braços em elevação superior no
prolongamento do corpo;
Avanço de uma perna;
Balanço energético da perna de trás em extensão;
Apoio alternado de mãos na linha dos pés e à largura dos
ombros;
Impulsão da perna de chamada (da frente);
Braços e tronco alinhados na vertical dos apoios;
Pernas afastadas ao máximo e em extensão completa;
Impulsão de braços;
Apoio alternado de pés na linha do movimento;
Pernas afastadas e em extensão;
Braços em elevação superior.
Erros Frequentes
Corpo semi fletido;
Braços ao longo do corpo ou em elevação anterior;
Fraca ação da perna de balanço;
Não colocação das mãos na linha do movimento;
Fraca impulsão da perna de chamada;
Mãos colocadas na mesma linha mas colocação incorreta
dos dedos;
Braços e tronco não alinhados na vertical dos apoios;
Pernas fletidas;
Não colocação dos pés na linha do movimento;
Fraca impulsão de braços;
Pernas juntas;
Braços ao longo do corpo.
Ajuda A mão mais próxima do executante coloca-se no lado da
anca mais próximo e outra vai apoiar, posteriormente, o outro 28
Educação Física
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lado da anca, quando é atingida a vertical
dos apoios.
Objetivo: alinhar o tronco e os braços na
vertical dos apoios. Aumentar a velocidade de rotação do
executante. Facilitar a ação das pernas e a impulsão de braços.
Ponte
Determinantes técnicas
Posição de deitado com as pernas e braços fletidos, planta
dos pés e as palmas das mãos assentes no solo. Mãos
debaixo dos ombros com os dedos virados para trás;
Pés o mais próximo possível das nádegas;
Extensão completa dos braços acompanhada da extensão
das pernas para cima e para trás;
Coluna vertebral fletida;
Braços verticais ao solo;
Pernas unidas e estendidas;
Queixo afastado do peito, com o olhar dirigido para as
mãos.
Erros Frequentes
Pés muito afastados das nádegas;
Braços e pernas fletidos por falta de flexibilidade e força;
Queixo junto ao peito.
Ajuda
Mãos nos ombros do executante,
“puxando” os mesmos para cima e
para trás. O executante pode colocar
as mãos nos tornozelos do ajudante.
Objetivo: facilitar a extensão completa dos braços e a
colocação dos mesmos na vertical.
29Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Avião
Determinantes técnicas
Apoio num só pé (toda a planta do pé);
Braços em elevação superior ou lateral (ajudam na
manutenção do equilíbrio);
Forte contração da região posterior do tronco;
Elevação da perna livre, tendo como ponto de rotação a
articulação da bacia;
Inclinação do tronco à frente até ficar paralelo ao solo ou
acima da horizontal;
Perna livre em extensão paralela ao solo ou acima da
horizontal;
Perna livre em extensão paralela ao solo.
Erros Frequentes
Pés muito afastados das nádegas;
Braços e pernas fletidos por falta de flexibilidade e força;
Queixo junto ao peito.
Ajuda
Mãos nos ombros do executante, “puxando” os mesmos para
cima e para trás. O executante pode
colocar as mãos nos tornozelos do
ajudante.
Objetivo: facilitar a extensão completa dos braços e a
colocação dos mesmos na vertical.
Conteúdos Técnicos - Ginástica de Aparelhos
Salto entre-mãos em plinto transversal
Determinantes Técnicas
Corrida a velocidade acelerada;
30Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Forte e rápida impulsão no momento da chamada;
Elevação da bacia;
Membros superiores em contacto com o plinto o mais à frente possível;
Olhar dirigido em frente;
Repulsão dos membros superiores fletindo os membros inferiores;
Receção com ligeira flexão dos membros inferiores.
Erros Frequentes
Corrida pouco acelerada;
Chamada com pouca impulsão;
Olhar para o plinto;
Pouca elevação da bacia.
Ajuda De frente ou lateralmente ao aluno, o professor
coloca uma mão no braço e a outra no antebraço do aluno, para ajudar na transposição do aparelho.
31Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
32Educação Física
Estrutura de Conhecimento - Ginástica
Cultura Desportiva Fisiologia do Treino Habilidades Motoras Conceitos Psico - Sociais
Sócio - AfetivosPsicológicos
Motivação
Determinação
Coragem
Superação
Auto - confiançaConcentração
Empenho
Cordialidade
Entreajuda
Respeito
Cooperação
Aceitação
Autonomia
Professor Estagiário Ricardo Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Módulo II – Análise do EnvolvimentoUma vez que a Escola Secundária Clara de Resende foi recentemente
sujeita a obras, a área desportiva também sofreu alterações. Sendo as
instalações bastante favoráveis à prática das modalidades compreendidas (na
sua maioria) nos Programas Nacionais de Educação Física, passo a apresentar
os recursos necessários, devendo estes estar sempre salvaguardados antes da
elaboração de todo o planeamento.
Recursos HumanosSendo esta componente imprescindível para a lecionação, não só para esta
mas para todas as temáticas a abordar no decorrer do ano letivo, participarão
de modo ativo ou passivo nas aulas: professor da turma do 7º B, os alunos da
referida turma e o/os funcionário/os do recurso espacial utilizado.
Recurso EspaciaisO espaço predestinado para a abordagem desta temática será a Sala de
Expressões Dramáticas. Este mesmo espaço compreende caraterísticas físicas
que não permitem uma abordagem coerente e facilitada da modalidade para
cumprir os propósitos designados no Programa Curricular de 7ºano. O espaço
é diminuto e está desprovido de material próprio para a modalidade. Assim,
aquando do planeamento, há que ponderar todas as situações, pois a questão
do espaço pode condicionar, ou não, a prática pedagógica.
Como um ponto favorável a Sala de Expressões Dramáticas é
completamente coberta, pelo que os alunos não estarão sujeitos a
adversidades resultantes das condições meteorológicas. Este espaço será
ocupado por uma única turma.
33Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Recursos Materiais
Material Nº Estado de Conservação
Colchões 3 Muito Bom
Plinto 1 Muito Bom
Recursos TemporaisUma vez que a turma é do 3º Ciclo do Ensino Básico só compreende cargas
horárias semanais de: um bloco de 90 minutos e um bloco de 45 minutos. A
presente unidade didática compreende 6 aulas, distribuídas pelo primeiro
período. O tempo de aula será reduzido em virtude da indisponibilidade de
balneários à hora prevista.
Segurança
É de extrema importância eu estar atenta às questões de segurança. Assim,
deverei chamar à atenção e consciencializar os meus alunos para o
cumprimento de determinadas regras, tendo estas uma finalidade muito
específica, evitar situações potencialmente perigosas e causadoras lesões
graves.
De seguida dou ênfase a algumas regras importantes que os alunos devem
ter em conta e seguir para se promover um ambiente seguro durante a aula:
Deverei ser a primeiro a chegar ao local onde a aula se realiza e o último
a abandonar o mesmo;
No início da aula devo: verificar o piso do campo/pista e recolher objetos
que possam ser potencialmente prejudiciais para a prática de exercício
físico (ex.: vidros, areias, etc.);
Não permitir a utilização de relógios, colares, pulseiras e brincos, que
possam provocar ferimentos nos colegas ou no próprio aluno;
Não permitir aos alunos a realização dos exercícios com os cordões das
sapatilhas desapertados;
34Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Exigir o uso de equipamento adequado para a aula de educação física
(calças ou calções pelo joelho e t-shirt/polo lavada/o e comprida/o, de
modo a ser possível coloca-la/o por dentro das calças/calções);
A aula deverá iniciar com ativação geral, dando especial atenção às
articulações mais requisitadas para a modalidade a abordar;
Os alunos só devem iniciar as actividades à minha ordem.
Módulo III – Análise dos AlunosA Ginástica, mais concretamente a Ginástica de Solo é um desporto
individual contemplado nos Programas Nacionais de 5º e 6º anos. Assim, e
mesmo sabendo que a Ginástica já foi abordada em anos anteriores, penso
que os elementos básicos necessitam de uma revisão para que todos os
alunos tenham oportunidades semelhantes e para que se preserve a
segurança de todos, autonomizando-os para a prática.
Para uma organização coerente e consistente de uma Unidade Didática, é
fulcral o conhecimento do professor relativamente aos alunos. Este
conhecimento deve ser cuidado e adquirido através de uma avaliação inicial da
modalidade em questão.
Com esta avaliação, pretendo essencialmente, uma observação atenta dos
alunos, sendo esta realizada através de alguns exercícios básicos dos
conteúdos de “rolamento à frente” e “rolamento atrás” e de exercícios genéricos
de força e flexibilidade que ajudarão a perceber a necessidade de distribuição
dos alunos por níveis técnicos. Se necessário e prudente, tendo em
consideração os dados da avaliação inicial e do posterior contacto com os
alunos, poderão ser integrados em grupos, que se associarão aos níveis de
técnica enquadrantes. Esta categorização servirá de âncora para a
organização dos conteúdos ao nível da sua extensão e sequência.
Com a avaliação inicial concluída, é de constatar que a turma se encontra
num nível básico e que deverão ser revistos todos os conteúdos concernentes
à Ginástica de Solo. Foi possível observar, também uma grande disparidade
entre os alunos no nível de execução.
35Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Avaliação Inicial
Tabela 1 – Níveis de Classificação
Níveis de Classificação
Ginástica
Nível 1 -- Não executa o gesto técnico.
Nível 2 - Executa com dificuldade o gesto técnico.
Nível 3 +-Executa com o mínimo de correção o gesto técnico.
Nível 4 + Executa com correção o gesto técnico.
Nível 5 ++Executa com extrema correção o gesto técnico.
Tabela 2 – Critérios de Êxito
Rolamento à frente
- Coloca o queixo junto ao peito
- Mantém corpo engrupado
- Realiza elevação do corpo na fase final
Rolamento à frente com M.I afastados
- Coloca o queixo junto ao peito
- Mantém corpo engrupado
- Realiza elevação do corpo na fase final
- Empurrar o solo com as mãos;
Rolamento à retaguarda
36Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
- Coloca o queixo junto ao peito
- Mantém corpo engrupado
- Realiza elevação do corpo na fase final
Avião
- MS e MI encontram-se em extensão
- Coloca o tronco acima da horizontal
- Mantém a posição três segundos
Ponte
- Posição bem definida
- Amplitude de execução elevada
- Mantém a posição durante três segundos
37Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Grelha de Resultados da Avaliação Inicial
Nº Nome
ConteúdosRolamento à
FrenteRolamento à retaguarda
Rolamento à frente com
M.I afastados
Ponte Avião
1 Afonso Faceira da Fonseca Cardoso - -- -- -- -
2 Afonso Guimarães Madureira Rocha +- +- - - +-
3 Alexandra Pereira de Jesus Morais + +- +- - +-
5 Ana Sofia Ramos Costa +- - +- +- +-
6 Bruna Alves Freitas + +- + +- +-
7 David Bushkovskiy - -- -- -- --
8 Diogo Matos Gorito +- +- +- +- +
9 Filipa Cunha da Silva + +- +- +- +
10 Francisco Maria Sereno Reis +- - - -- --
11 Inês Pereira Seabra ++ ++ + + ++
12 Joana Rodrigues Arez + +- +- - +-
13 João Duarte Leite Martins - -- -- -- -
14 João Moreira Santos Lima +- - - +- +-
15 José Francisco Sarmento Coelho +- - - - +-
16 Luís Barrias Ferreira Alves +- - - -- --
38 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
17 Manuel Carlos C.O. Bento Junqueira + +- +- +- +-
18 Maria Luísa C.B. Proença Carvalho ++ + + - +
19 Maurício Fonseca Cardoso +- - - - +-
20 Miguel José L.M. Jordão Duarte +- +- +- + +
21 Miguel Oliveira Ribeiro + +- +- +- +-
22 Osvaldo Lemos Magalhães +- - +- +- +-
23 Pedro Diogo Pacheco Pereira -- -- -- -- -
24 Sofia Estudante Ribeiro ++ + ++ + +
25 Susana Beatriz Murillo Cunha + +- + +- +-
26 Tiago Jorge C. Carvalho Martins +- - - +- +-
27 Tiago Manuel da Rocha Couraceiro +- - +- +- +-
28 Vasco Dias Lopes -- -- -- -- --
29 Inês Freitas + - +- +- +-
Tabela 3 – Ficha de avaliação diagnóstica
39 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Módulo IV – Análise da Extensão e Sequência dos Conteúdos
Uma vez que a extensão e sequência dos conteúdos são imprescindíveis para
a organização e própria orientação do processo de ensino-aprendizagem, na
tabela que se segue está disposta a Unidade Temática que irá ser comprida no
decorrer da modalidade de Ginástica
Unidade Temática: Ginástica de Solo
Ano/Turma: 7º B Tempo de Aula: 45’Número de alunos
previstos: 6
Espaço: Sala de Expressões Dramáticas; Ginásio (Agrupamento Vertical Clara de Resende)
Cultura Desportiva
Conhecer as ajudas. x x x x x x x
Zelar pela segurança própria e dos colegas.
x x x x x x x
40 Educação Física
Aulas
Conteúdos1 2/3 4 5 6 7 8 9
Capacidades Motoras
Solo
Avião
Ava
liaçã
o P
rogn
óstic
a I/E E E E E E AFPonte I/E E E E E E AF
Saltos, voltas e afundos I/E E E E AF
Rolamento à frente I/E E E E E E AFRolamento à retaguarda I/E E E E E E AF
Pirueta I/E E AFSequência I/E E AF
Roda I/E E E AF
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Ter a noção dos elementos de uma sequência gímnica.
x x x x x x x
Conceitos Psicossociais
Respeitar todo o material, não o danificando.
x x x x x x x
Solidariedade com os companheiros
x x x x x x x
Manter o silêncio aquando o desenvolvimento da instrução por parte do professor ou numa intervenção verbal do aluno.
x x x x x x x
Aspetos Fisiológicos e Condição Física
Capacidades Condicionais
Força
Superior x x x x x x x
Inferior x x x x x x x
Flexibilidade x x x x x x x
Destreza Geral x x x x x x x
Capacidades Coordenativas
Orientação Espacial x x x x x x x
Diferenciação Cinestésica x x x x x x x
Ritmo x x x x x x x
Equilíbrio x x x x x x x
Orientação x x x x x x x
41 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Justificação da Unidade Temática
A presente Unidade Temática foi planeada para a Turma B do 7º ano do
Agrupamento Vertical Clara de Resende. Os conteúdos escolhidos foram
pensados de acordo com as características dos alunos, que podem ser
consultadas no relatório da Avaliação Inicial. Tive ainda em consideração o
Programa Nacional de Educação Física, bem como algumas orientações
fornecidas pelo professor Cooperante ao longo das aulas.
Devido ao número reduzido de aulas e do parco tempo que lhes é
destinado, a Unidade Temática de Ginástica de Solo integra apenas conteúdos
básicos. Estes conteúdos foram definidos tendo em conta o nível dos alunos,
após a avaliação inicial, o espaço e o material disponível. Neste sentido alguns
conteúdos contemplados no currículo de 7º ano não serão abordados.
O número de aulas no 1º semestre foi substancialmente reduzido e, por
isso, têm que ser tomadas opções de seleção de conteúdos. Tendo em conta
que muitos alunos têm profundos handicaps na execução de “rolamentos” em
posição de engrupado e que não dominam as determinantes técnicas, tomei a
opção de me centrar nestas questões, bem como o desenvolvimento de força e
flexibilidade que são preponderantes na Ginástica.
As características da turma também não me possibilitam a projeção de
objetivos muito ambiciosos, já que muito tempo deve ser despendido no
controlo disciplinar.
A primeira sessão está destinada à avaliação prognóstica, no sentido de
determinar o nível em que os alunos se encontram na modalidade de
Ginástica, este tipo de avaliação torna-se fundamental, no sentido de obter
indicações sobre as habilidades que já dominam e as principais dificuldades
que manifestam. A Unidade Temática foi formulada tendo em conta as
capacidades dos alunos observados na aula da avaliação inicial e pelo
contacto estabelecido noutras modalidades, que permite inferir a
disponibilidade motora dos mesmos.
42 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
No que diz respeito às capacidades motoras, estas são exercitadas
durante toda a Unidade Temática, e devem ser abordadas consoante as
habilidades que forem treinadas em cada aula.
Na Ginástica de Solo, os conteúdos a serem abordados são: avião,
ponte, saltos, voltas e afundos, rolamento à frente e à retaguarda, roda e
sequência gímnica. Estes são apresentados de acordo com uma sequência
lógica de dificuldade progressiva. A avaliação desta modalidade é realizada
através de uma sequência gímnica definida pelo Professor, a realizar na última
aula. Decidi não incluir, apesar de estar prescrito no Programa Nacional de
Educação Física o apoio facial invertido, por considerar incompatível com o
espaço (condições de segurança) e com o número de aulas.
Depois da primeira sessão, destinada à avaliação inicial, a segunda e
terceira sessões contemplarão a introdução e exercitação dos seguintes
elementos: avião; ponte; saltos, voltas e afundos; rolamento à retaguarda;
rolamento à frente. Na quarta será somente introduzida a pirueta. A quinta aula
será somente destinada à exercitação, já que existe um foço temporal entre a
esta e a última aula, ocorrendo em períodos letivos distintos. A sexta será
marcada pela introdução da roda. A sétima e oitava aulas estão destinadas à
preparação da sequência para avaliação que acontecerá na aula subsequente
(nona) e que integrará todos os conteúdos.
Com esta Unidade Temática consegui organizar a atividade dos alunos,
planificando a distribuição da matéria/conteúdos ao longo das nove sessões.
Deve ser encarada como algo flexível, podendo, sempre que necessário, ser
ajustada às necessidades e ao desempenho dos alunos.
43 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Unidade Temática: Ginástica de Solo
Ano/Turma: 7º B Tempo de Aula: 45’Número de alunos
previstos: 6
Espaço: Sala de Expressões Dramáticas; Ginásio (Agrupamento Vertical Clara de Resende)
Ginástica de Aparelhos1 2 3 4 5 6
Conteúdos
Corrida PreparatóriaI E E E E
Av. Final
Pré-chamada e ChamadaI E E E E
Av. Final
VooI E E E E
Av. Final
ReceçãoI E E E
Av. Final
Cultura Desportiva
Conhecer os aparelhos gímnicos e a
sua utilização.x x x x x x
Conceitos Psico-Sociais
Respeitar todo o material, não o
danificando.x x x x x x
Prestar auxílio ao colega. x x x x x x
Manter o silêncio aquando o
desenvolvimento da instrução por parte
do professor ou numa intervenção
verbal do colega.
x x x x x x
Aspetos Fisiológicos e Condição Física
Capacidades Condicionais
44 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
ForçaSuperior
x x x x x xInferior
Velocidade x x x x x x
Resistência x x x x x
Flexibilidade x x x x x x
Capacidades Coordenativas x x x x x x
Justificação da Unidade Temática
Para desenvolver uma aprendizagem eficaz, a presente unidade temática foi
elaborada tendo em consideração diferentes aspetos intervenientes. Entre eles,
destaco: a planificação curricular de educação física da escola; a rotação de
instalações (roulement); e o facto da turma ainda não ter abordado o salto entre
mãos no plinto.
De forma a desenvolver um processo de ensino-aprendizagem eficaz, tive
sempre em consideração a extensão dos conteúdos e a sua sequência. Com
isto, pretendi promover coerência na organização prevista para as seis aulas que compõem a presente unidade didática. O número de aulas destinado a
esta matéria é grande, visto que disponho de um número considerável de aulas
no espaço interior- Ginásio. Paralelamente, nestas sessões, serão também
exercitados conteúdos da Ginástica de Solo, que apesar de já ter sido avaliada
constitui uma lacuna em grande parte dos alunos da turma.
Realço também a importância do desenvolvimento da cultura desportiva,
fisiologia do treino, estando nesta compreendida todo o desenvolvimento da
condição física, e dos conceitos psico-sociais.
Assim, na primeira aula, introduzirei a corrida preparatória, a pré-chamada
e chamada, e por último, o vôo. Se a turma revelar competências, ainda nesta
aula, introduzirei progressões para a receção.
Na segunda aula, pretendo introduzir a receção. As restantes aulas servirão
para exercitar este conteúdos, levando em conta os ritmos de aprendizagem
45 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
diferenciais de cada aluno. Na sexta aula, os alunos serão avaliados nesta
matéria.
De forma a que a avaliação, e todo o processo de ensino-aprendizagem
sejam consistentes, realço a importância da presença da avaliação formativa
ao longo de toda a UT.
Como em todas as UT’s realizadas até ao momento, caso seja necessário,
realizo as alterações necessárias.
Módulo V – Definição dos Objetivos
Sendo o ensino uma vertente que compreende um vasto conhecimento da
matéria de ensino há que ter noção da mesma e de, sempre que necessário a
atualizar e aprofundar. Sendo o processo de ensino-aprendizagem um
momento constante, é de prever a eleição da temática a abordar; preparação
da mesma; estruturação e transmissão de todos os conhecimentos, atendendo
sempre às capacidades e competências dos alunos. Havendo a existência de
diferentes níveis de complexidade onde se desenvolve e promove uma
aprendizagem mais coerente, é mais que imprescindível o estabelecer de
objetivos, onde numa fase posterior, se sistematizarão os conteúdos (definidos
consoante o nível onde os iremos inserir) definidos para haver desenvolvimento
de competências por parte dos alunos.
Atendendo às diversas caraterísticas dos conteúdos, proponho desenvolver
nos alunos aspetos energético-funcionais; habilidades motoras; relações intra e
inter-pessoais; processos cognitivos e por último, mas não menos importante,
uma vertente de satisfação ao nível lúdico. Tendo em consideração o nível da
turma, os objetivos aos quais me proponho desenvolver incidem
essencialmente na aquisição das capacidades e competências mínimas,
devendo estas ficar consolidadas, de modo a numa fase posterior, levar os
alunos para um nível superior.
46 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Como desde o início do documento refiro as quatro categorias
transdisciplinares, passo de seguida a citar os objetivos propostos para os
alunos nas respetivas categorias:
Cultura Desportiva
o O Aluno:
Retém as informações emitidas pelo professor, todas elas
relacionadas à modalidade;
Tem conhecimento específico e geral dos conteúdos abordados.
Habilidades Motoras
o O Aluno:
Rolamento à Frente Engrupado :
o Coloca as mãos no solo à largura dos ombros e viradas para a frente;
realiza forte impulsão dos membros inferiores; eleva a bacia; mantém
o corpo bem fechado sobre si próprio durante o enrolamento; executa
repulsão das mãos no solo na parte final.
Rolamento à Frente com membros inferiores afastados:
o Coloca as mãos no solo à largura dos ombros e viradas para a
frente; realiza forte impulsão dos membros inferiores; apoia as mãos
longe do apoio dos pés; estende os membros inferiores, afastando –
os só no final do enrolamento; realiza uma boa flexão do tronco à
frente, permitindo a repulsão dos membros superiores, efetuada “por
dentro” dos membros inferiores.
Rolamento à Retaguarda Engrupado:
47 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
o Fecha bem os membros inferiores fletidos sobre o tronco; flete a
cabeça para a frente de forma a encostar o queixo ao peito; coloca
as mãos no solo à largura dos ombros e viradas para a frente;
mantém o corpo bem fechado sobre si próprio durante o
enrolamento; faz a repulsão das mãos no solo na parte final com
vigor, de forma a elevar a cabeça e não bater com ela no solo.
Rolamento à Retaguarda com Membros Inferiores Afastados :
o Realiza flexão do tronco sobre os membros inferiores e o queixo
sobre o tronco; apoia as mãos no solo à largura dos ombros e
viradas para a frente; mantém o corpo bem fechado sobre si próprio
durante o enrolamento; faz a repulsão efectiva das mãos no solo de
forma a passar a cabeça sem bater no solo.
Apoio Facial Invertido de Braços:
o Coloca as mãos no solo à largura dos ombros e dedos afastados e
virados para a frente; levanta a cabeça, olhando para as mãos;
estende completamente os membros superiores; mantém o
alinhamento corporal; mantém o corpo em tonicidade geral.
Roda:
o Eleva e dá um passo com o membro inferior que vai servir de
impulsão com elevação simultânea dos membros superiores acima
da cabeça; lança energicamente a perna livre; apoia
alternadamente as mãos no solo, na mesma linha de movimento;
passa o corpo em extensão pela vertical; realiza grande
afastamento dos membros inferiores durante a fase de passagem
pelo apoio invertido; mantém o corpo em tonicidade geral, com boa
fixação na zona da bacia.
Ponte:
o Mantém os membros superiores e inferiores em extensão completa;
coloca as palmas das mãos completamente apoiadas no solo e
viradas para a frente; eleva significativamente a bacia; empurra o
solo com os pés, tentando estender completamente os membros
inferiores.
48 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Pirueta:
o Mantém os segmentos corporais alinhados, tonicidade geral,
cabeça levantada e olhar em frente; realizar o movimento de forma
contínua e fluída; definir as posições (inicial e final); precisar os
movimentos.
Avião:
o Mantém os membros inferiores em completa extensão; realiza
grande afastamento dos membros inferiores; inclina ligeiramente o
tronco à frente (sem flexão); mantém a cabeça levantada, olhar em
frente e tonicidade geral elevada.
Fisiologia do Treino
o O Aluno:
Integra totalmente às tarefas a que foi proposto, envolvendo-se e
empenhando-se nas mesmas, mantendo-se em atividade do começo
ao término do exercício;
Desenvolve as capacidades coordenativas gerais; resistência; força;
velocidade; flexibilidade cumprindo sem perda de rendimento os
exercícios propostos pelo professor, sendo todas elas essenciais para
a modalidade a abordar, obtendo assim uma melhor performance.
Conceitos Psicossociais
o O aluno tem:
Empenho
o Desenvolve todas as atividades propostas, atendendo às
componentes críticas citadas pelo professor, conseguindo assim
alcançar o proposto com a coerência necessária.
Motivação
49 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
o Consegue alcançar o máximo da sua performance através da
vontade de alcançar o máximo da aprendizagem proporcionada.
Determinação
o Determina os objetivos a alcançar, esforçando-se para chegar aos
mesmos, contando sempre consigo próprio, colegas da turma e
professor.
Coragem
o Toma consciência das suas ações e age com vontade de se
superar.
Agressividade
o Age consoante as necessidades apresentadas no decorrer do
exercício ou jogo proposto, conseguindo controlar a mesma
perante si e os outros.
Auto-Confiança
o Desenvolve consciência das suas competências, aprimorando-as
e podendo promover motivação para aqueles que o rodeiam.
Concentração
o Capta toda a informação necessária para ter êxito nas tarefas
propostas e foca-se no que é necessário em cada momento
distinto.
Autonomia
o Adquire noção das suas capacidades, tendo consciência da sua
independência para as diversas ações do quotidiano, que muitas
das vezes, podem ser transferidas para a prática de qualquer
modalidade desportiva.
Superação
o Mostra capacidade de ir mais longe nas suas aprendizagens,
conseguindo alcançar novas metas face às expectativas criadas.
Espírito de Equipa
o Coopera com a equipa para que todos alcancem os objetivos
propostos, resolvendo situações onde não há consenso e tendo
consciência dos valores de cada aluno pertencente ao grupo.
50 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Fair-Play
o Capaz de aceitar sem ripostar uma vitória ou derrota, sendo
coeso, cumpridor e consciente das suas ações.
Cooperação
o Promove a sua motivação alcançando nos colegas essa mesma
vontade e procura alcançar o objetivo proposto não só por ele,
mas pela equipa ou turma.
Cordialidade
o Mostra educação e amabilidade perante a turma e professor,
mostrando-se prestável não só no cumprimento de regras e
rotinas impostas no decorrer das aulas, mas também para com a
aprendizagem não só dele mas do outro.
Aceitação
o Colabora com os colegas e professor, cumprindo com o que foi
proposto sem gerar conflito ou confusão pela possibilidade de não
aceitação.
Respeito
o Tem noção da autoridade do professor, das competências dos
colegas e pelo material / instalações escolares, preservando o
bom ambiente durante a aula.
Módulo VI – Configuração da AvaliaçãoSendo a avaliação um processo fulcral desenvolvido no decorrer de todo o
ano letivo, tem caraterísticas de continuidade e coerência avaliativa. Assim,
darei ênfase à identificação dos possíveis progressos/retrocessos no processo
de aprendizagem dos alunos, definindo três momentos essenciais para o
decorrer da avaliação: avaliação inicial, avaliação formativa (tida como
avaliação intermédia) e a avaliação final.
51 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Avaliação InicialDestinada única e exclusivamente para recolha de informação relativamente
ao/s nível/níveis em que a turma se encontra face à modalidade abordada.
Após esta avaliação, faz-se tratamento dos dados adquiridos de modo a se
poder desenvolver o planeamento do processo de ensino-aprendizagem. Nesta
temática, os alunos foram avaliados através de uma Grelha com conteúdos a
abordados no ano transato, podendo ser consultada no Módulo III.
Avaliação FormativaIrá ser posta em prática de modo informal no decorrer da Unidade Temática.
Será resultante de uma supervisão ativa que irei fazer ao longo da mesma.
Com ela, pretenderei averiguar atempadamente, possíveis lacunas que os
alunos representem na prática, podendo assim proporcionar momentos para
uma aprendizagem mais eficaz e melhorar o processo de aprendizagem do
aluno. Conta com especial atenção a fatores como: assiduidade; pontualidade;
comportamento disciplinar; envolvimento nas tarefas propostas; progressão na
aprendizagem e precisão no que o aluno se propõe a fazer.
Avaliação Sumativa/FinalSendo esta o culminar das aprendizagens adquiridas por parte dos alunos,
será realizada, à maioria dos conteúdos introduzidos no presente ano letivo.
Será operacionalizada através da realização de uma sequência onde constarão
os conteúdos abrangidos pela avaliação inicial e os conteúdos que contaram
com maior tempo de exercitação no decorrer de toda a Unidade Didática (ver
Tabela de Unidade Temática).
Níveis de Classificação
Ginástica
Nível 1 (0 – 4 valores) Realiza zero ou um critério de avaliação
52 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Nível 2 (4 – 8 valores) Realiza um critério de avaliação
Nível 3 (8 – 12 valores) Realiza dois critérios de Avaliação
Nível 4 (12 – 16 valores) Realiza três Critérios de Avaliação
Nível 5 (16 – 20 valores) Realiza todos os Critérios de Avaliação
Total de __%
Cultura Desportiva ___ %
Habilidades Motoras ___ %
Fisiologia do Treino ____ %
Conceitos Psicossociais ____ %
Tabela 4 – Níveis de Classificação da Modalidade de Ginástica de Solo
Módulo VII – Progressões de Ensino/Situações de Aprendizagem
Rolamento à Frente EngrupadoEsquema Descrição Objetivo
Execuções de
oscilações na posição
dorsal engrupada no
colchão, até atingir a
posição de cócoras.
Adquirir a noção da
posição engrupada e
da colocação dos pés
próximos dos
nadegueiros para
levantar.
53 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Na posição ventral
sobre o boque colocar
as mãos no solo e
deixar enrolar o corpo.
Adquirir a noção
correcta da colocação
das mãos e facilitar o
enrolamento.
Com os M.I. colocados
sobre um plano
elevado, colocar as
mãos num plano inferior
e executar o
enrolamento.
Tomar consciência da
colocação das mãos no
solo e da elevação da
bacia.
Execução do rolamento
à frente num plano
inclinado.
Facilitar o enrolamento
e consciencializar-se da
velocidade de
execução.
Execução do rolamento
no colchão sem ajuda.
Tomar consciência do
gesto na sua
globalidade.
Rolamento à Frente com Membros Inferiores AfastadosEsquema Descrição Objetivo
Execução do rolamento
à frente com M.I.
afastados sobre um
aparelho estreito (banco
sueco ou plinto).
Toma consciência da
colocação das mãos no
final do movimento e
facilitar o afastamento
dos M.I. e a elevação
da bacia.
Execução do rolamento
à frente com M.I.
afastados, num plano
Aumentar a velocidade
e facilitar a colocação
das mãos próximas da
54 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
inclinado.coxa para facilitar a
elevação do corpo.
Execução do rolamento
à frente com M.I.
afastados em condições
normais de realização.
Tomar consciência do
gesto na sua
globalidade.
Rolamento à Retaguarda EngrupadoEsquema Descrição Objetivo
Execuções de
oscilações na posição
dorsal engrupada no
colchão, até atingir a
posição de cócoras.
Adquirir a noção da
posição engrupada e
da colocação dos pés
próximos dos
nadegueiros para
levantar.
Execução do rolamento
à retaguarda num plano
inclinado.
Facilitar o enrolamento
e consciencializar-se
da velocidade de
execução.
Execução do rolamento
á retaguarda, partindo
da posição de sentado.
Tomar consciência do
desequilíbrio á
retaguarda.
Execução do rolamento
no colchão sem ajuda.
Tomar consciência do
gesto na sua
globalidade.
Rolamento à Retaguarda com Membros Inferiores AfastadosEsquema Descrição Objetivo
Execução do rolamento
à retaguarda sobre um
aparelho estreito (banco
sueco ou plinto),
terminando com M.I.
Facilitar o afastamento
e extensão dos M.I.
55 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
afastados, ao lado do
mesmo.
Execução do rolamento
à retaguarda com M.I.
afastados, num plano
inclinado, partindo
duma posição de
cócoras.
Adquirir a noção da
velocidade de
execução e facilitar a
extensão dos M.I.
Executar o rolamento,
num plano inclinado
partindo da posição de
pé efetuando o
desequilíbrio à
retaguarda com M.I.
estendidos.
Adquirir a noção de
desequilíbrio à
retaguarda com M.I.
estendidos.
Execução do rolamento
no colchão sem ajuda.
Tomar consciência do
movimento na sua
globalidade.
Apoio Facial InvertidoEsquema Descrição Objetivo
Elevar a bacia à vertical
com M.I. fletidos.
Consciencialização da
posição invertida e do
peso do corpo sobre os
apoios.
Com os M.I. sobre o
plinto, colocar as mãos
no solo e efetuar a
extensão dos M.I.
Tomar consciência do
bloqueio dos ombros e
da colocação da bacia
sobre os apoios.
56 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
No espaldar ir subindo
com os M.I. até chegar
à posição vertical.
Adquirir a noção do
alinhamento dos
segmentos corporais.
Partindo da posição de
joelhos com ajuda na
anca, fazer elevação da
bacia com posterior
extensão dos M.I.
Adquirir a noção do
alinhamento dos
segmentos corporais
com retroversão da
bacia.
Executar o apoio facial
invertido contra o
espaldar.
Tomar consciência da
posição inicial e do
balanço dos M.I.
Executar o apoio facial
invertido no solo, com
ajuda.
Tomar consciência da
globalidade do gesto.
Executar o apoio facial
invertido mantendo a
posição.
Tentar a posição
definida com
alinhamento dos
segmentos durante o
máximo de tempo.
Apoio Facial Invertido Seguido de Rolamento à FrenteEsquema Descrição Objetivo
No espaldar, subir com
os M.I. até chegar à
posição vertical, saindo
em rolamento à frente
engrupado.
Tomar consciência da
flexão dos M.I. para o
enrolamento do corpo.
57 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Deitado ventralmente
sobre o boque colocar
as mãos no solo e
elevar os M.I. até à
vertical, deixando
enrolar o corpo.
Tomar consciência da
flexão dos M.I. para o
enrolamento do corpo.
Executar o apoio facial
invertido seguido de
rolamento, com ajuda.
Tomar consciência da
globalidade do gesto.
Executar o apoio facial
invertido, definindo a
posição e terminando
em rolamento à frente
engrupado.
Tomar consciência da
globalidade do gesto.
RodaEsquema Descrição Objetivo
Lateralmente ao banco
sueco colocar as mãos
sobre este e passar os
M.I. para o lado oposto.
Adquirir a noção da
passagem da bacia
sobre os M.I.
Roda sobre a cabeça do
plinto.
Intensificar a impulsão
dos M.I. e tomar
consciência do apoio
alternado das mãos.
De cima da caixa do
plinto, executar a roda
fazendo a receção no
solo.
Realizar o movimento
global, facilitando a
colocação alternada dos
apoios.
58 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Sobre o banco sueco,
colocar as mãos no
trampolim “reuther” e
fazer a receção no solo.
Intensificar a impulsão
dos M.S..
Executar a roda sobre
uma linha.
Tomar consciência da
globalidade do gesto.
59 Educação Física
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Avião Esquema Descrição Objetivo
Realizar exercícios de
equilíbrio sobre ambos
os pés.
Adquirir equilíbrio sobre
um membro.
Executar o avião
apoiando-se no
espaldar, em posição
frontal a este.
Ter a noção da
inclinação do tronco.
Costas para o espaldar,
colocar o M.I. livre sobre
um banzo.
Promover a elevação
do M.I. livre à
retaguarda.
Execução do avião com
ajuda.
Consciencializar a
execução global do
gesto, facilitando o
equilíbrio.
Execução do avião em
condições normais.
Manter a posição
durante alguns
segundos.
PiruetaEsquema Descrição Objetivo
Realizar ½ pirueta no solo.
Tomar consciência da rotação da bacia.
60 Educação Física
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Realizar uma pirueta
completa no solo.
Tomar consciência da
rotação da bacia.
Salto Entre-Mãos
Esquema Descrição Objetivo
Realizar a corrida
preparatória.
Atender à velocidade
crescente, de forma a ir
ao encontro do
momento da chamada.
Realizar a chamada.
Ligar a corrida
preparatória à
chamada. O aluno deve
percecionar a
importância da
elevação da bacia e a
boa colocação dos MS
à largura dos ombros.
Salto. Numa fase inicial
subir para o plinto e ficar
lá só com os joelhos.
Numa fase posterior,
colocar os pés no plinto,
e de seguida, realizar o
salto completo.
Membros superiores em
contacto com o plinto o
mais à frente possível.
Repulsão dos MS
letindo os membros
inferiores. O aluno deve
ter noção da
transposição rápida dos
MI.
Receção com ligeira
flexão dos membros
inferiores.
Reunir todas as fases
do salto, atendendo a
um aspeto essencial, o
61 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
olhar dirigido em frente.
Módulo VIIII – Aplicações Reais
Sendo este último módulo o único de aplicação, conta com o que será posto
em prática no decorrer de toda a Unidade Didática. Como tal, os planos de aula
e restantes documentos resultantes de todo o trabalho desenvolvido até ao
momento, podem ser contemplados e analisados no portfólio digital
(portefolioestagioprofissional.webnode.pt/).
62 Educação Física
Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica
Bibliografia
Araújo, C. (2004). Manual de Ajudas em Ginástica (2ª ed.). Porto: Porto
Editora;
Batista, P.; Rêgo, L.; Azevedo, A. (2001), “Movimento um Estilo de Vida”.
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Bridoux, A. (1991). Gimnastique Sportive – Son Enseignment en Milieu
Scolaire, Paris:amphone. Paris: Amphore.
Carrasco, R. (1976). Pédagogie des Agrés. Paris: Vigot
Correia, P. (sd): “Educação Física e Desportiva No Ensino Básico”. Porto
Editora.
Costa, J. (1998). A Escola e o Desporto 7º, 8º e 9º. Porto Editora;
Costa, J. (2011): “Jogo Limpo” (livro adotado pela escola – 3º Ciclo do
Ensino Básico). Porto Editora;
Lebre, E. & Araújo, C. (2006). Manual da Ginástica Rítmica. Porto: Porto
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Trampolins. Porto: Porto Editora
Pereira, A. (1999). Sebenta de Ginástica Artística. Faculdade de Ciências
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Romão, P & Pais, S. (2007), “Educação Física”. Porto Editora;
Vickers, J. (1990): Instituctional design for teaching Physical Activities. A
Knowledge Approach. Human Kinetics Books. Champaign, Illinois.
63 Educação Física