Migração

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Índice

Introdução ________________________________________________________pág.2

Salário mínimo nacional _____________________________________________pág.3

Com pouco se faz muito_____________________________________________pág.5

Rendimento e poupança das famílias __________________________________pág.6

Rendimentos e poupanças das famílias e a emigração ____________________pág.7

Taxa de desemprego será a causa da emigração ________________________pág.9

Conclusão_______________________________________________________pág.11

Webgrafia e Bibliografia ____________________________________________pág.12

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Introdução

Emigração é e sempre será um fenómeno social bastante importante na identidade do

nosso país.

É usual dizer-se que em cada canto do planeta se encontra um português, possivelmente

será verdade. Veja-se por exemplo nos jogos da nossa selecção onde querer que ela vá jogar há

sempre um português a apoiar.

Será este um fenómeno pontual? Será consequências da globalização? Ou será que

existem fenómenos para que tal aconteça? Serão estas as questões que irei tentar abordar

mediante alguns dados que julgo serem justificativos.

Vou partir do princípio que considero a ideia de emigrar, o que me leva a considerar tal ideia

serão situações a nosso redor aliadas a objectivos pessoais futuros. Quero trabalhar não encontro

emprego, quero ter um ordenado superior e não existem opções validas para tal, quero algo mais

justo e não é o que tenho no meu dia-a-dia. De entre estas considerações vou tentar justificar a

emigração, tendo como base de comparação o índice de desemprego, rendimento e salário

tentando nunca colocar de parte questões pessoais e factos históricos que possam influenciar a

emigração.

Irei então apresentar valores de cada fenómeno acima apontados, explicando o conceito de

cada um deles, sendo que em simultâneo irei explicar as tendências de cada gráfico. No final será

efectuada uma análise global conjunta que, em tom de considerações finais, irá justificar a

interligação dos factos com a consequência, emigração.

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Salário mínimo nacional

“O salário mínimo é o valor mais que cada individuo pode receber para poder ter acesso as

necessidades básicas perante a sociedade (alimentação, habitação, educação, saúde, lazer, vestuário,

higiene…) ”. http://pt.wikipedia.org/wiki/Sal%C3%A1rio_m%C3%ADnimo

No gráfico acima apresentado podemos ver o aumento significativo do salário mínimo

nacional. Ficamos desde já a saber que o salário aumentou desde 1974 aproximadamente 468€…

Em 1977, temos conhecimento que o salário mínimo seria de apenas 17€! Que naquele tempo

seriam 3400escudos.

Actualmente o objectivo será de chegar aos 500€, mas devido à crise pela qual estamos a

passar ainda não atingimos essa meta.

Em 2011/2012, o salário mínimo nacional decretado pelo decreto-Lei 143/2010, de 31 de

Dezembro fixou em 485,00€ o montante da remuneração mínima mensal garantida a todos os

trabalhadores.

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Tal como referi no início do trabalho, a questão chave seria a justificação da emigração, e

pelo quadro a baixo podemos deduzir que o salário era um factor importante e com o seu aumento

a percentagem de emigrantes tem vindo a diminuir.

http://pordata.pt/Portugal/Ambiente+de+Consulta

Embora o salário mínimo esteja sempre a aumentar, não influenciou só por si a emigração

pois como podemos verificar no quadro acima referido a tendência da descida da emigração sofreu

alterações em 1997,com um aumento para 3.7%, tal como em 2002 e 2003.

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Com Pouco se fazia muito

No tópico anterior analisamos o salário mínimo e vimos que desde 1974 tem vindo a subir.

Com o gráfico abaixo vamos ver que com as condições de vida a subir o salário também teria que

acontecer o mesmo. Visto que será o valor monetário atribuído a cada individuo para ter acesso às

necessidades básicas.

Neste altura podemo-nos aperceber que com a crise pela qual estamos a passar o que recebemos,

os 485,00€ de salário nem sempre chegam para nos satisfazer o que torna o indivíduo mais

frustrado pois em 1977 com apenas 3400 escudos (17€) levava uma vida mais despreocupada do

que actualmente.

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Rendimento e poupança das famílias

O rendimento é quantia em dinheiro que uma pessoa obtém ao longo de um determinado

período de tempo. www.slideshare.net/JLSaldanhaSanches/o-conceito-de-rendimento

A poupança das famílias é o rendimento disponível para cada família que se define como

valor líquido do ganho com os salários. http://www.pordata.pt/Portugal/Ambiente+de+Consulta

A remuneração tem como definição ser o rendimento atribuído a uma pessoa pelo trabalho

executado. http://pt.wiktionary.org/wiki/remunera%C3%A7%C3%A3o

Neste quadro podemos verificar que até 1975 o rendimento, a poupança e o níveis de

salário, andavam sempre ao mesmo nível. Era bastante difícil obter-se rendimentos e poupanças

face a salários tão baixos.

A partir de 1975, com o nível de salários a aumentar a população conseguiu finalmente

obter rendimentos e acumular poupanças.

Desde ai, verifica-se sempre uma tendência de aumento apenas com algum

desaceleramento em alguns períodos.

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Rendimentos e poupanças das famílias e a emigração

Emigração é o acto/fenómeno de deixar o local de origem para ir para outro local\região.

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Como podemos verificar este gráfico revela-nos um comportamento inverso entre a

emigração e o rendimento/poupança e remuneração.

Enquanto se revelaram bastantes baixos, as variáveis rendimentos, poupança e

remuneração, a emigração era bastante elevada, ao invés quando estes começaram a subir, o

fluxo de migração desceu consideravelmente, ou seja o aumento de possibilidade de poupança fez

a população de desistir da ideia de sair para outro país.

Existem nesta avaliação dois períodos distintos, o primeiro principalmente entre 1960 e

1975, o segundo a partir daí.

Entre 1960 e 1975 a emigração era bastante elevada os salários bastante baixos

invertendo-se esta situação no segundo período.

Não se revelando coincidência, em termos sociais estamos a falar de um primeiro período

em que o país se encontrava num antigo regime bastante opressor e o surgimento da libertação no

segundo período.

Analisando o segundo período com mais pormenor, ultrapassada a questão social do

regime salazarista apenas o ligeiro desaceleramento do rendimento das famílias provoca um

aumento da emigração. Baixando consideravelmente no ano seguinte, 1998, ano da conclusão de

um dos maiores projectos nacionais de nível mundial, Expo98, aclamando o orgulho do sucesso

nacional e patriotismo.

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Taxa de desemprego será a causa da Emigração

O desemprego está associado à falta de trabalho. Uma pessoa desempregada é um

indivíduo que faz parte da população activa (que se encontra em idade de trabalhar) e que anda à

procura de emprego. http://pordata.pt/Portugal/Ambiente+de+Consulta

A taxa de desemprego, a taxa que permite definir o peso da população desempregada

sobre o total da população activa. http://pordata.pt/Portugal/Ambiente+de+Consulta

Devidas as condicionantes de dados d’ PORDATA, apenas poderemos considerar neste

momento o paralelismo entre o desemprego e a emigração de 1992 a 2003.

Pode-se verificar a existência de uma relação directa entre ambos ou seja um período de

elevado desemprego, provoca um aumento na emigração. Neste caso, a análise do considerado

segundo período no estudo anterior, rendimento poupanças remuneração versus emigração, o

ambiente social influencia ambas as variáveis, nomeadamente a Expo98, baixando também neste

caso o nível de desemprego.

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Não existindo dados no site d’PORDATA suficientes para uma comparação completa,

apresento a taxa de desemprego completa, até 2011. Mediante o analisado anteriormente,

considerando que a taxa de desemprego influencia a emigração poderemos quase prever o início

de uma nova onda de emigração a partir de 2010.

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Conclusão

Ao longo deste trabalho abordei vários factores possíveis de justificação para

comportamento da emigração. Posso concluir que, por um lado, a evolução do salário mínimo não

influencia o comportamento da emigração, por outro directamente e marcadamente o nível de

rendimento, poupança, remuneração e a taxa de desemprego são determinantes para a decisão da

população em se manter em Portugal ou se aventurar numa experiência no estrangeiro.

No entanto acima destes factores, sobrepõe-se o aspecto social que não só influência a

emigração, mas sim influencia-os a todos. De facto o regime salazarista, a primeira intervenção do

FMI em Portugal, a entrada na União Europeia e a conclusão da Expo98 como projecto de

vanguarda e ambição, revelaram-se preponderantes a questão colocada no início deste trabalho

que seria justificar da melhor maneira possível a causa da emigração em Portugal.

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Webgrafia

Wikipedia, acedido a 25 de Fevereiro de 2012 pelas 16:30

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sal%C3%A1rio_m%C3%ADnimo#Portugal;

Associação Portuguesa dos comerciantes de materiais de construção, acedido a 25

de Fevereiro de 2012 pela 17:03

http://www.apcmc.pt/newsletter/newsletter_n315/Salario_minimo_nacional_2012.HT

M

PORDATA, acedido a 26 de Fevereiro de 2012 pelas 00:24

http://www.pordata.pt/Portugal/Salario+minimo+nacional-74;

PORDATA, acedido a 26 de Fevereiro de 2012 pelas 00:42

http://www.pordata.pt/Portugal/Emigrantes

PORDATA, acedido a 26 de Fevereiro de 2012 pelas 01:07

http://www.pordata.pt/Tema/Portugal/Emprego+e+Mercado+de+Trabalho-3

PORDATA, acedido a 27 de Fevereiro de 2012 pelas 11:35

http://www.pordata.pt/Subtema/Portugal/Rendimentos-48

PORDATA, acedido a 27 de Fevereiro de 2012 pelas 12:00

http://www.pordata.pt/Subtema/Portugal/Populacao+Activa-7

PORDATA, acedido a 27 de Fevereiro de 2012 pelas 12:00

http://www.pordata.pt/Subtema/Portugal/Populacao+Inactiva-77

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Bibliografia

GOMES, Rita Pereira – Economia A: Preparação para Exames Nacionais 2010.

1ªed.Porto: Porto Editora, 2010;

QUEIROS, Adelaide – GEOGRAFÎA A: Preparação para Exames Nacionais 2010.

1ªed.Porto: Porto Editora, 2010