Metais no nosso organismo. TRABALHO ESCRITO
-
Upload
fernando-pereira -
Category
Documents
-
view
736 -
download
1
Transcript of Metais no nosso organismo. TRABALHO ESCRITO
Prof. Miguel Lino ferreira de Viveiros 12ºA 2010/2011
Escola Secundária de Rio Tinto
Química
\
Trabalho realizado por:
Bernardo Pinheiro;
Fernando Pereira;
Ruben Campos.
Os Metais no nosso organismo
Índice
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................3
2. BREVE CARACTERIZAÇÃO DOS METAIS........................................................................4
3. OS METAIS PRESENTES NO NOSSO ORGANISMO.......................................................5
3.1. A SUA IMPORTÂNCIA..............................................................................................................53.2. PROBLEMÁTICAS QUANDO EXISTEM EM PEQUENAS OU ELEVADAS QUANTIDADES (REFERENCIA À
DL50).................................................................................................................................. 53.3. ABORDAGEM DOS SEGUINTES METAIS:...................................................................................6
Cobre........................................................................................................................... 6 Ferro......................................................................................................................... 6/7 Magnésio..................................................................................................................... 7 Zinco............................................................................................................................ 7 Potássio....................................................................................................................... 7
3.4. OS METAIS PESADOS E OS SEUS EFEITOS NO ORGANISMO.................................................8/10
4. COMO MANTER O EQUILÍBRIO E BOM FUNCIONAMENTO DO NOSSO CORPO SEM ACÚMULO OU ESCASSEZ DOS ELEMENTOS ESSENCIAIS?..............................................11
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 12
6. WEBOGRAFIA E NOTAS DE FIM.....................................................................................13
2
Introdução
Este trabalho foi-nos proposto pelo professor da disciplina de Química que nos deu à
escolha uma diversidade de temas no âmbito da disciplina e especificamente da matéria dada
ao longo do primeiro período do presente ano lectivo.
Dentro das possíveis escolhas facultadas o nosso grupo decidiu escolher a temática “
Os metais no nosso organismo” pois achamos ser um tema que nos suscita curiosidade,
vontade de trabalhar e também pelo facto de querermos aprofundar os conhecimentos neste
tema que é actual e de interesse comum.
Iremos falar da temática geral que é os metais no nosso organismo, abrangendo
diversos subtemas de forma a uma total compreensão deste tema abordado. Iniciaremos com
uma breve caracterização dos metais seguindo para a temática em si, os metais no nosso
organismo, começando por falar na importância destes, na problemática de quando existem
em pequenas ou elevadas quantidades no organismo concluindo com a abordagem a certos
metais existentes no organismo de forma pormenorizada. De seguida falaremos dos metais
pesados e a sua relação com o organismo concluindo o trabalho com uma questão de máxima
importância, como manter o equilíbrio e funcionamento do nosso organismo.
Com este trabalho vamos mostrar o nosso conhecimento sobre a temática escolhida,
podendo tirar dúvidas a todos os que o lerem.
3
Breve caracterização dos metais
Todos nós já vimos um metal e temos uma ideia do que é, pensando normalmente em
algo sólido. Poderemos considerar parte desta frase correcta porque os metais por norma
estão no estado sólido no ambiente mas existem excepções como o mercúrio que é um metal
sendo no entanto este é líquido à temperatura ambiente.
Os metais no meio ambiente não são encontrados com tanta abundância como os
não-metais, mas por sua vez constituem grande parte da tabela periódica. Por vezes os metais
que encontramos na natureza não estão preparados para as nossas necessidades, devido às
suas características como fácil corrosão (grande tendência para cederem electrões) ou por não
terem resistência para a finalidade que queremos. Recorremos por isso às ligas metálicas que,
como o nome indica, contém vários tipos de metais de forma a podermos obter um material
para certa finalidade já que podemos controlar quais metais a fundir.
Podemos distinguir os metais pelas suas características, tais como:
Maleabilidade: capacidades dos metais adquirirem diversas formas;
Ductilidade: capacidade de obter fio e varões a partir do metal;
Condutividade: Tanto a nível térmico como eléctrico, os metais são excelentes
condutores. Como podemos ver nos fios eléctricos e nas panelas.
Brilho: É uma característica comum nos metais que também se pode designar por
‘aspecto metálico’.
4
Os metais presentes no nosso organismo
A sua importância
A grande maioria dos elementos da tabela periódica está presente no corpo humano
traduzindo-se como um bem essencial para a vida tendo cada elemento a sua função no
organismo.
Os metais estão envolvidos em diversos processos importantes para o corpo humano
entre os quais, processos metabólicos que regulam a produção de energia e o bom
funcionamento do corpo humano, adquirindo também um papel importante na saúde óssea.
Os metais estão envolvidos nas mais importantes actividades do corpo humano, sendo
por isso muito importante no ser humano.
Problemáticas relacionadas com o excesso ou escassez de metais no
organismo
Quando falamos em metais no nosso organismo, por vezes as pessoas pensam em
algo negativo devido ao uso que dão à palavra metal, já que não tem conhecimento sobre o
tema. Como foi referido anteriormente os metais são um bem importante para um ser humano
ter uma vida saudável e por isso a escassez ou a abundância de certos metais podem vir a
trazer graves consequências para o nosso organismo.
A escassez pode trazer problemas ao nível ósseo (escassez do cálcio) mas também
ao nível de toda a actividade molecular já que os elementos metálicos presentes nas
moléculas com ‘tarefas’ importantes no organismo são essencial para o seu bom
funcionamento.
O grande problema da abundância de certos metais é que o organismo tem um limite
máximo da concentração dos metais que varia conforme cada metal. Os excessos das
concentrações desses metais podem-no tornar letal (o que acontece quando é atingida a DL50
que dita a concentração de uma substância capaz de matar 50% da população de animais
testados para essa amostra)
5
Abordagem pormenorizada de alguns metais
Os metais abordados de seguida foram escolhidos pois estes são elementos
essências para o organismo mas não micro-contaminantes ambientais e também devido às
suas propriedades e consequentemente à sua função.
Assim os metais descritos seguidamente são metais que como os outros são vitais
para o bom funcionamento do organismo mas estão mais directamente relacionados com o
nosso quotidiano permitindo a realização de certas tarefas, sabendo no entanto que todos os
outros também desempenham este papel, mas não de forma tão directa.
1. Cobre
Este metal pertence ao grupo 11, 4º período (já que tem número atómico igual a 29).
Numa reacção química, uma das funções deste mineral é dar electrões já que este o faz com
maior facilidade o que o torna um óptimo antioxidante (substância que combate os radicais
livres, responsáveis pela formação das placas de gordura nas artérias).
Para garantir uma boa nutrição deste metal basta consumir alimentos como o fígado,
frutos do mar, nozes, grãos integrais, ervilha e ameixa numa dose diária de 900mcg.
A falta de cobre é rara mas ao existir traz complicações sérias como anemia crónica,
baixa pigmentação, deficiência no crescimento e queda no sistema imunológico, deixando o
organismo propenso a infecções.
Na quantidade certa, melhora o metabolismo da glândula tireóide.
2. Ferro
Na tabela periódica este metal faz parte do grupo 8, 4º período (número atómico 26).
Na alimentação é encontrado em carnes vermelhas que contem ferro heme (um tipo melhor
absorvido pelo organismo). Para homens e mulheres, de 19 a 50 anos, o consumo diário de
ferro deve ser de 12mg, em média. Para quem é vegetariano, uma boa dica é o consumo de
produtos ricos em vitamina C durante as refeições.
Quando se pensa numa alimentação saudável, todos se lembram da importância do
ferro, essencial para o combate de anemias e desnutrição infantil. Este metal é tão vital que o
Ministério da Saúde incluiu o mineral no preparo das farinhas industrializadas. Além de ser um
antioxidante, o ferro está envolvido em tarefas como o transporte de oxigénio para todas as
células e de electrões para a produção de energia e síntese de ADN.
6
3. Magnésio
Este metal pertence ao grupo 2 e período 3 da tabela periódica (número atómico 12)
sendo quimicamente um elemento muito activo, que significa que reage com vários metais e
com quase todos os ácidos.
É usado frequentemente na pirotecnia e no ‘flash’ das fotografias, mas também o
podemos encontrar em alimentos como vegetais e cereais, estando presente no organismo
principalmente nos ossos.
Pesquisas recentes mostram o magnésio como um dos responsáveis por ajudar em
retardar o envelhecimento celular e por diversas funções metabólicas intracelulares.
4. Zinco
É um metal que se localiza no grupo 12 e no 4º período da tabela periódica (numero
atómico 30) estando à temperatura ambiente no estado sólido.
O zinco é um metal que não é encontrado facilmente no estado puro mas pode ser
encontrado em conjunto com outro metal (liga metálica).
Na alimentação o zinco é uma importante substância que o corpo humano precisa,
tendo funções como intervir no metabolismo de proteínas, colaborar no bom funcionamento do
sistema imunológico. Este metal é necessário para cicatrização dos ferimentos e está ligado as
percepções do sabor e do olfacto.
5. Potássio
Este elemento metálico está no grupo 1, período 4 da tabela periódica (número
atómico 19), sendo um elemento que é facilmente encontrado na natureza e tem grande
tendência para se oxidar. Este é vital para todo o ser humano.
A falta de potássio no sangue causa hipocaliémia, que é um distúrbio neuromuscular
que vai desde a fraqueza até a paralisia completa e dores musculares. Este metal é utilizado
também na prevenção de hipertensão arterial.
Os metais pesados e seus efeitos no organismo
Falaremos agora sobre os metais pesados. Estes metais não são pesados pela sua
quantidade de massa mas sim pelo facto de que o nosso organismo não é capaz de elimina-
los, o que quer dizer cientificamente que são quimicamente reactivos e bio acumulativos. No
7
entanto, alguns destes metais são necessários para o nosso organismo, porém a quantidade
necessária é mínima, visto que se for em grandes concentrações estes podem ser
extremamente tóxicos. Metais como o Mercúrio, Chumbo e outros não possuem nenhuma
função no nosso corpo, por consequência o corpo humano vai desenvolvendo doenças graves
prejudiciais a nossa saúde na presença destes.i Para nos situarmos, os metais pesados estão entre o cobre e o chumbo na Tabela
Periódica.
Metais Como é utilizado? Como acontece contaminação?
Quais os Problemas?
Alumínio (Al) Fabrico de janelas, panelas, combustível sólido para foguetes e para produção de explosivos, embalagens (latas), construção civil e afins.
Água, panelas de alumínio, cosméticos, pesticidas, fermento de pão, sal, etc.
Perda energia, cólicas abdominais, perda de memória, convulsões, etc.
Cádmio (Cd) Galvanoplastia ii(processos industriais), ligas, varetas para soldagens, baterias Ni-Cd, fabricação de tubos para TV, fertilizantes, pigmentos, fotografias e etc.
Resíduos da fabricação de cimento, queima de combustíveis fosseis e lixo urbano e de sedimentos de esgotos, a água de consumo.
Afecta principalmente os rins, forma distúrbios gastrointestinais iiie em inalação de doses elevadas produz edema pulmonariv.
Chumbo (Pb) Indústrias extractivas, petrolíferas, baterias, tintas e corantes, cabos e munições e muito mais.
Os compostos de chumbo são absorvidos por via respiratória e cutânea, absorvidos pela pele.
Promove o cancro. Afecta o sistema nervoso, a medula óssea e os rins.
Mercúrio (Hg) Industrias, equipamentos eléctricos e electrónicos (baterias, interruptores, pilhas, etc.), aparelhos de
No processo de extracção, o mercúrio é libertado no
Este metal afecta as glândulas salivares, fígado, pulmões,
8
controlo, tintas, laboratórios químicos, catalisadores e etc.
ambiente principalmente a partir de sulfureto de mercúrio. Também pode ser originada na agricultura
pâncreas, rins, testículos, próstata e cérebro. Grandes concentrações provocam febre e pode envolver também diarreia, cãibras abdominais. Este metal pode levar a morte.
Crómio (Cr) Galvanoplastia, soldagens, produção de ligas ferro-cromo, curtumev, pigmentos dos vernizes.
Absorção por via cutânea
Os compostos de Crómio produzem efeitos cutâneos, nasais, renais, gastrointestinais. Os cutâneos podem transformar em úlceras.
Manganês (Mn) Fabricação de fósforo, pilhas secas, ligas não ferrosas, fertilizantes, rações, eléctrodos para solda, catalisadores, produtos farmacêuticos, tintas e materiais eléctricos.
A exposição a fumos e poeiras de manganês.
Afecta o sistema nervoso, originando distúrbios do sono, dores musculares, dificuldade na fala e tremor. Pode também provocar bronquite agudavi, asma brônquica viie pneumonia.
Níquel (Ni) Utilizado em ligas (aplicação no fabrico do aço inoxidável), baterias carregáveis, cunhagens de moedas, usado nas cordas de instrumentos musicais, etc.
Utensílios de cozinha, baterias de níquel - cádmio, jóias, cosméticos, exposição industrial, permanentes (cabelos) à frio, soldas.
Provoca cancro, erupções na pele, tonturas, dores articulares, fadiga crónica e etc.
Bário (Ba) Os compostos de bário são utilizados como pigmentos de pintura. É usado como velas de ignição, tubos de vácuo e lâmpadas florescentes. Os sais de Bário são
Água poluída, agros tóxicos, pesticidas e fertilizantes. Desgastes das pinturas nos carros que tem
Hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, fadiga e desânimo.
9
utilizados nos exames de raio X para que aumente o contraste no sistema digestivo
os compostos de Bário para o solo.
Cobalto (Co) Usado em ligas metálicas muito duras e resistentes, secagem em pinturas, catalisador no fabrico de borracha e aditivo em fertilizantes.
Desgaste das ligas e a decomposição de lamas provenientes os esgotos.
Quando a falta de Cobalto este provoca anemia e retardo de crescimento. Quando em excesso, pode causar cardiomiopatia, nefrotoxicidade e policitemia.
Cobre (Cu) Materiais condutores de electricidade, ligas (latão e o bronze), pesticidas.
A exposição dos peixes durante o estado embrionário em grandes concentrações pode prejudicar o nosso corpo humano depois de ingerido. Desperdícios industriais e domésticos.
Em excesso contribui para esquizofrenia e diminui a vitamina C. Perda de cabelo, depressão e menstruação irregular é um dos factores quando este metal é ingerido excessivamente
Como manter o equilíbrio e bom funcionamento do nosso corpo sem acúmulo ou escassez dos elementos essenciais?
Agora perguntamos como ter a concentração certa de metais essenciais para o nosso
organismo, sem que estes estejam em excesso ou em escassez. Não vamos controlar à
miligrama o que comemos mas podemos de facto ter certos cuidados, quais?
É simples, basta ter uma alimentação saudável, consumir produtos que não sejam
alterados, ter atenção às matérias que usamos nas nossas habitações, não utilizar produtos
que tenham grandes quantidades de metais pesados, não exagerar em produtos de limpeza
ou de fabrico alimentar que tenham essas substâncias, deitar sempre o lixo nos sítios próprios,
entre muitas opções!
10
11
Conclusão
Todo o processo de desenvolvimento do trabalho correu bem já que existe diversa
informação quer na internet quer em livros para ser tratada e estudada para a posterior
estruturação final do trabalho.
Concluímos que de facto os metais são de extrema importância para o organismo e
consequentemente no quotidiano tendo estes que estar em quantidades certas pois
dependendo do metal temos que ter certas concentrações dissolvidas no organismo para que
este funciona correctamente a todos os níveis.
Com este trabalho aprofundamos bastante o nosso conhecimento acerca da temática
desenvolvida. Embora a elaboração do trabalho inclua investir algum tempo este acaba por ser
benéfico pois desenvolvemos conhecimentos que nos ajudam a completar quer o
conhecimento geral quer o conhecimento científico especifico da disciplina.
Webografia
12
http://pt.wikipedia.org/wiki/Metal (20 de Setembro de 2010)
http://www.crq4.org.br/qv_metaisesaude (27 de Setembro de 2010)
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080713171031AASfBT2 ) (27 de Setembro de 2010)
(http://www.taps.org.br/Paginas/cancerarti03.html) (27 de Setembro de 2010)
http://www.cristinasales.pt/Medicina-Integrada/Texts/Text.aspx? PageID=141&MVID=1000048 (27 de Setembro de 2010)
http://www.marombapura.net/nutricao-e-dietas/83-informas-gerais/1417-conheca-a- tabela-periodica-do-nosso-corpo.html (27 de Setembro de 2010)
http://www.scribd.com/doc/12292549/Efeitos-no-homem-e-ecossistema-de-alguns- metais-pesados-Aluminio-Mercurio-chumbo-Cadmio-Arsenio-Cromio-Cobalto-Cobre-e-Zinco (10 de Novembro de 2010)
13
i Tabela Periódica onde é demonstrados os metais pesados e os que abordados
ii Galvanoplastia: processo electrolítico que consiste em recobrir um metal com outro
iii Distúrbios gastrointestinais: afecta órgãos do sistema digestivo
iv Edema pulmonar: é o acumulo de fluidos nos pulmões
v Curtume: é o nome dado ao local onde se processa o couro cru, para que depois seja utilizável na indústria
vi Bronquite aguda: é caracterizada por tosse e expectoração, por uma inflamação nos canais onde o ar passa
vii Asma brônquica: é uma doença pulmonar, parecida com a bronquite mas com mais riscos.