Memorial do convento,12
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Memorial do ConventoMemorial do ConventoJosé Saramago (1982)Prémio Nobel da Literatura em 1998
Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes.
Era uma vez um rei que fez a promessa de levantarum convento em Mafra…
Era uma vez um padre que queria voar e
morreu doido…
Era uma vez a gente que construiu esse convento…
Breve resumoBreve resumo D. João V casa-se com D. Maria da Áustria, que sente dificuldades em dar-lhe um filho. Um frade diz ao rei que se ele prometer construir um convento em Mafra, Deus lhe dará o desejado filho. Faz o rei a promessa e a rainha fica grávida, se é que já não estava e só contara ao seu confessor. Num auto-de-fé, várias pessoas são castigadas, entre elas, a narradora: Sebastiana Maria de Jesus, mãe de Blimunda. A filha, enquanto a mãe é castigada, trava conhecimento com um ex-soldado, maneta, de nome Baltasar Sete-Sóis, e o convida a ir para a sua casa na companhia do padre Bartolomeu Lourenço. Jantam. O padre sai. Ela convida Baltasar a ficar. O padre fez algumas experiências com balões e está engendrando uma máquina para voar. Para construí-la pede ajuda a Baltasar. Um dia, quando a máquina fica pronta, saem os três para um voo experimental. Caem perto de Mafra, terra de Baltasar. O padre desaparece na noite. Baltasar esconde a máquina e vai para casa de seus pais com Blimunda. Esta jamais o abandona. Baltasar trabalha na construção do convento. Por volta de 1730, quando está próxima a sagração da igreja do convento, Baltasar acidentalmente faz a máquina voar e desaparece. Blimunda, procura-o por todo o país, encontra-o finalmente em Lisboa, em 1739, sendo executado num auto-de-fé do Santo Ofício. (Para o narrador, a verdade não está com os poderosos nem com a Igreja, (Para o narrador, a verdade não está com os poderosos nem com a Igreja, muito menos com o Santo Ofício, mas, se verdade há, só pode estar com muito menos com o Santo Ofício, mas, se verdade há, só pode estar com alguns humildes, de coração puro e livre.)alguns humildes, de coração puro e livre.)
ContextualizaçãoContextualização• D.João V é aclamado rei em 1707, durante a Guerra da Sucessão de
Espanha. A obra passa-se durante o seu reinado, época de luxo e grandeza (Barroco).
• D. João V é influenciado pelos diplomatas, intelectuais e estrangeirados.
• Constrói o convento em Mafra por querer ultrapassar a grandeza do mosteiro do Escorial de Madrid e para celebrar o nascimento do seu filho.
• A Inquisição ocupa-se com a ordem religiosa e moral e as suas vítimas são cristãos-novos, judeus, hereges, feiticeiros e intelectuais.
LinguagemLinguagem e estilo e estilo• Musicalidade própria;• Euritmia a nível fonemático;• Flexibilidade;• Alteração dos “preconceitos” ortográficos da pontuação e da sintaxe;• Aproximação do discurso oral;• Pluralidade de vozes.
• PREOCUPAÇÃO COM O ESTILO BARROCO DA ESCRITA :PREOCUPAÇÃO COM O ESTILO BARROCO DA ESCRITA :– Enumeração;– Jogo de palavras e conceitos;– Ironia.
Liberta o leitor;Emoção mais vivamente sentida;Redescoberta da qualidade auditiva da linguagem.
……Linguagem e estiloLinguagem e estilo• Uma das características mais notórias de José
Saramago é a utilização peculiar da pontuação.
• Principal Marca Nas Passagens Do Discurso DirectoPrincipal Marca Nas Passagens Do Discurso Directo: • Eliminação do travessão e dos dois pontos;• A substituição do ponto de interrogação e de
outros sinais de pontuação pela vírgula;• O início de cada fala apenas assinalado pela
maiúscula.
Acção - estruturaAcção - estrutura• A obra está dividida em 25 capítulos, apesar de estes não estarem
numerados ou titulados.
• Organização linear/cronológica do relato; relevância dos grandes episódios, em vários campos (Religião, Justiça, Trabalho, Ciência, Diversão, Amor humano);
• Entrelaçamento de três fios diegéticos: a) Epopeia do trabalho (história do Convento);b) História de amor (Baltasar e Blimunda); c) Elogio do Sonho/Utopia (experiências do padre
Bartolomeu).
DA HISTÓRIA À METAFICÇÃO HISTORIOGRÁFICADA HISTÓRIA À METAFICÇÃO HISTORIOGRÁFICA.
Núcleos NarrativosNúcleos NarrativosII • Construção do Convento de Mafra;
• Fantasia e História misturam-se;
• Pretensão de uma consciência crítica do leitor (pôr a luz o obscurantismo religioso).
II • Voo da passarola em conexão com a construção do convento;
• Par Sete Sóis/Sete Luas.
III • Portugueses emblemáticos do espírito de aventura português;
• Personagens subversivas movidas pelo sentimento e pelo sonho.
• Amor livre e pleno vs Amor Padrão da época.
IV• Histórico – Inquisição (1536-1821)
• Realismo Mágico;
• Fantástico (Blimunda) Confusão no leitor;
• Paralelo com o Regime Ditatorial do Estado Novo.
Narrador – Narrador – A Voz Ou A Voz Ou CronistaCronista Que Conta/Comenta Que Conta/Comenta
• Necessidade das distinções de Necessidade das distinções de planos:planos: a) Biográfico: autor/narrador;
b)Ficcional: narrador heterodiegético, omnisciente e profundamente interventivo.
• Identidade do narrador principalIdentidade do narrador principal:: - Cronista anónimo, culto e crítico, identificado com o povo.
- Polifonia de vozes: narradores secundários (focalização interna).
Narrador Narrador
• HETERODIEGÉTICOHETERODIEGÉTICO (3ª pessoa e não participa na ação);
• PORÉM, por vezes, assume o ponto de vista de algumas personagens (1ª pessoa do singular e até do plural) HOMODIEGÉTICO.HOMODIEGÉTICO.
(Quanto À (Quanto À Participação)Participação)
NARRADORNARRADOR
• Geralmente, assume uma focalização OMNISCIENTE.OMNISCIENTE.
( Tem uma perspetiva transcendente em relação às personagens e move-se à vontade no tempo, saltando facilmente entre passado, presente e futuro.)
(Quanto À (Quanto À Focalização)Focalização)
Focalização Focalização OMNISCIENTEOMNISCIENTE “(…) Mas também não faltam lazeres, por isso,
quando a comichão aperta, Baltasar pousa a cabeça no regaço de Blimunda e ela cata-lhe os bichos, que não é de espantar terem-nos os apaixonados e os construtores de aeronaves, se tal palavra já se diz nestas épocas, como se vai dizendo armistício em vez de pazes.(…) "
[pág. 91]
Focalização internaFocalização interna• Outras vezes, o narrador assume momentaneamente a
perspectiva das personagens que vivem a acção, conferindo mais vivacidade e verosimilhança à narrativa.
“(…) Grita o povinho furiosos impropérios aos condenados, guincham as mulheres
debruçadas dos peitoris, alanzoam os frades, a procissão é uma serpente enorme
que não cabe direita no Rossio e por isso se vai curvando e recurvando como se
determinasse chegar a toda a parte ou oferecer o espectáculo edificante a toda a
cidade, (…), e esta sou eu, Sebastiana Maria de Jesus, um quarto de cristã-nova,
que tenho visões e revelações, mas disseram-me no tribunal que era fingimento,
que ouço vozes do céu, mas explicaram-me que era demoníaco, que sei que posso
ser santa como os santos o são, ou ainda melhor, pois não alcanço diferença entre
mim e eles, mas repreenderam-me de que isso é presunção insuportável e orgulho
monstruoso, desafio a Deus, aqui vou blasfema, herética, temerária, amordaçada
para que não me ouçam as temeridades, as heresias e as blasfémias, condenada a
ser açoitada em público e a oito anos de degredo no reino de Angola (...)”.
[págs. 52-53]
Assim, o processo narrativo…Assim, o processo narrativo…
• Confusão entre Autor/Narrador; Põe em causa o presente; Conhece o Passado (investigação).
• Vozes narrativas plurais que reinventam a linguagem;
• Intertextualidades múltiplas;
• Voz que controla a narrativa, contemporâneo do leitor;
Narrador privilegiado, com poder de UBIQUIDADEUBIQUIDADE:
DENTRO FORA
DA CONSCIÊNCIA DAS PERSONAGENS.
Com o poder da PRESCIÊNCIAPRESCIÊNCIA
ANTES DEPOIS
SABE
PersonagensPersonagens• Amante dos prazeres humanos, a figura real é construída
através do olhar crítico do narrador, de forma multifacetada:
• É o devoto fanático que submete um país inteiro ao cumprimento de uma promessa pessoal (a construção do convento, de modo a garantir a sucessão) e que assiste aos autos-de-fé;
• É o marido que não evidencia qualquer sentimento amoroso pela rainha, apresentando nesta relação uma faceta quase animalesca, enfatizado pela utilização de vocábulos que remetem para esta ideia (como a forma verbal" emprenhou" e o adjectivo "cobridor");
D. João V, D. João V, o o MagnânimMagnânimoo
• Representa o poder real absolutista que condena uma nação a servir a sua religiosidade fanática e a sua vaidade.
• É o megalómano que desvia as riquezas nacionais para manter uma corte dominado pelo luxo, pela corrupção e pelo excesso;
• É o rei vaidoso que se equipara o Deus nas suas relações com as religiosas; é o curioso que se interessa pelas invenções do padre Bartolomeu de Gusmão;
• É o esteta que convida Domenico Scarlatti a permanecer em Portugal;
• É o homem que teme a morte e que antecipa a sua imortalidade, através da sagração do convento no dia do seu quadragésimo primeiro aniversário.
PersonagensPersonagens• CARACTERIZADA COMO UMA MULHER:CARACTERIZADA COMO UMA MULHER:
^ Passiva;
^ Insatisfeita;
^ Vive um casamento baseado na aparência, na sexualidade reprimida e num falso código ético, moral e religioso;
^ A transgressão onírica é a única expressão da rainha que sucumbe, posteriormente, ao sentimento de culpa. A pecaminosa atracção incestuosa que sente por D. Francisco, seu cunhado, conduzem-na a uma busca constante de redenção através da oração e da confissão.
Dona Maria Dona Maria Ana JosefaAna Josefa
• É um dos membros do casal protagonista da narrativa.• Representa a crítica do narrador à desumanidade da guerra,
uma vez que participa na Guerra da Sucessão (1704-1712) e, depois de perder a mão esquerda, é excluído do exército.
• Arquétipo da condição humana, Baltasar Sete-Sóis é um homem pragmático e simples, que assume o papel de demiurgo na construção da passarola (ao realizar o sonho de Bartolomeu de Gusmão).
• Participa na construção do convento e partilha, através do silêncio, a vida de Blimunda Sete-Luas. Sucumbe às mãos da Inquisição.
PersonagensPersonagensBaltasar Baltasar Mateus - Sete Mateus - Sete SóisSóis
PersonagensPersonagens
• Blimunda é o segundo membro do casal protagonista da narrativa. Mulher sensual e inteligente, vive sem subterfúgios, sem regras que a condicionem e escravizem.
• Dotada de poderes invulgares, como a mãe, escolhe Baltasar para partilhar a sua vida, numa existência de amor pleno, de liberdade, sem compromissos e sem culpa.
• Representa o transcendente e a inquietação constante do ser humano em relação à morte, ao amor, ao pecado e à existência de Deus, imprimindo à ação uma dinâmica com espiritualidade, ternura e amor.
• O seu dom particular (visão) transfigura esta personagem, aproximando-a da espiritualidade da música de Scarlatti e do sonho de Bartolomeu de Gusmão.
• Ao visualizar a essência dos que a rodeiam, Blimunda transgride os códigos existentes e perceciona a hipocrisia e a mentira.
Blimunda- Blimunda- Sete LuasSete Luas
PersonagensPersonagens
• Representa as novas ideias que causavam estranheza na inculta sociedade portuguesa.
• Estrangeirado, Bartolomeu de Gusmão tornou-se um alvo apetecido do chacota da corte e da Inquisição, apesar da protecção real.
• Homem curioso e grande orador sacro (a sua fama aproxima-o do padre António Vieira).
• Evidencia uma profunda crise de fé, a que as leituras diversificadas e a postura "antidogmática" não serão alheias, numa busca incessante do saber.
Frei Frei Bartolomeu Bartolomeu de Gusmãode Gusmão
PersonagensPersonagens
• A sua personagem risível - era conhecido por "Voador" - torna-o elemento catalisador do voo do passarola, conjuntamente com Baltasar e Blimunda.
• A tríade corporiza o sonho e o empenho tornados realidade, a par da desgraça, também ela, partilhada (loucura e morte, em Toledo, de Bartolomeu de Gusmão, morte de Baltasar Sete-Sóis no auto-de-fé e solidão de Blimunda).
Frei Frei Bartolomeu Bartolomeu de Gusmãode Gusmão
PersonagensPersonagens
• Domenico Scarlatti (Nápoles,1685-Madrid,1757) foi um compositor barroco italiano radicado na corte portuguesa de D. João V, foi compositor real e mestre dos príncipes seus filhos, Scarlatti passou a maior parte de sua vida em Portugal e na Espanha. Através de seu estilo individual, teve uma enorme influência no desenvolvimento do período clássico da música embora ele tenha vivido a maior parte de sua vida dentro do período barroco.
• Representa a arte aliada ao sonho.
Domenico Domenico ScarlattiScarlatti
PersonagensPersonagens
• O verdadeiro protagonista de M.C. é o povo trabalhador. Espoliado, rude, violento, o povo atravessa toda a narrativa, numa construção de figuras que, embora corporizadas por Baltasar e Blimunda, tipificam a massa coletiva e anónima que construiu, de facto, o convento.
• A crítica e o olhar mordaz do narrador enfatizam a escravidão a que foram sujeitos quarenta mil portugueses, para alimentar o sonho de um rei megalómano.
POVO COMO HERÓI COLETIVO.POVO COMO HERÓI COLETIVO.
O O PovoPovo
Espaço FísicoEspaço Físico
• ESPAÇOS PRIVILEGIADOS: LisboaLisboa (macroespaço): Terreiro do Paço (Baltasar-açougue; procissão Corpo de Deus), S. Sebastião da Pedreira (Passarola de Bartolomeu), Rossio (Auto de fé; Procissão da Quaresma).
Mafra Pêro Pinheiro, Vela, Torres Vedras, Monte Junto.
O O Espaço SocialEspaço Social• O espaço social é construído, na obra, através do relato de
determinados momentos (ou episódios) e do percurso de personagens que tipificam um determinado grupo social, caracterizando-o.
• Ao nível da construção do espaço social, destacam-se os Ao nível da construção do espaço social, destacam-se os seguintes momentosseguintes momentos:
– PROCISSÃO DA QUARESMA– AUTOS-DE-FÉ– A TOURADA– PROCISSÃO DO CORPO DE DEUS– O TRABALHO NO CONVENTO
O O Espaço Social – A Espaço Social – A CríticaCrítica
• Crítica do narrador às crenças e interditos religiosos;
• Visão oficial da procissão como forma de purificação das almas, que tentam libertar-se dos pecados cometido;
• Censura ao luxo da igreja e à luxúria do Rei por oposição à pobreza do povo;
• Histeria colectiva das pessoas que se batem a si próprias e aos outros como manifestação da sua condição de pecadores;
• Corrupção de costumes (Povo, Igreja, Rei);
• As procissões e os autos-de-fé caracterizam Lisboa como um espaço caótico, dominado por rituais religiosos cujo efeito exorcizante esconjura um mal momentâneo que motiva a exaltação absurda que envolve os habitantes.
• Visão redutora do mundo apresentada pela Igreja, que condiciona os comportamentos, manipula os sentimentos e conduz os fiéis a atitudes estereotipadas.
• A violência das touradas ou dos autos-de-fé apraz ao povo que, obscuro e ignorante, se diverte sensualmente com as imagens de morte, esquecendo a miséria em que vive.
O Narrador Revela-seO Narrador Revela-se:
Anti-monárquico;
Humanista fechado à transcendência;
Angustiado e pessimista.
Revê o passado com o olhar crítico da atualidade; convida-nos, através do romance, a questionar o sentido das coisas, não nos submetendo passivamente aos modelos de comportamentos sociais impostos.
É preciso vencer a cegueira e viver intensamente.É preciso vencer a cegueira e viver intensamente.
O Tempo Diegético O Tempo Diegético • Desprezo pelo tempo cronológico;• Analepses, prolepses e elipses.
A acção inicia-se em 1711. D. João V ainda não fizera vinte e dois anos e D. Maria
Ana Josefa chegara há mais de dois anos da Áustria.
Em 1716, tem lugar a bênção da primeira pedra do Convento de Mafra
Em 1717, Baltasar e Blimunda regressam a Lisboa para trabalhar na passarola do padre Bartolomeu de Gusmão.
Em 1719, celebra-se o casamento de D. José com Mariana Vitória e de Maria Bárbara com o príncipe D. Fernando (VI de Espanha).
Em 1730, mais propriamente no dia 22 de Outubro, o dia do quadragésimo primeiro aniversário do rei, realiza-se a sagração do Convento de Mafra.
A acção termina em 1739, no momento em que Blimunda vê Baltasar a ser queimado em Lisboa, num auto-de-fé.
O Tempo do DiscursoO Tempo do Discurso• As analepsesanalepses explicam, geralmente, acontecimentos
anteriores, contribuindo para a coesão da narrativa.
• É de assinalar, anteriormente ao ano do início da ação (1711 ), a analepse que explica, em parte, a construção do convento como consequência do desejo expresso, em 1624, pelos Franciscanos, de possuírem um convento em Mafra.
O Tempo do DiscursoO Tempo do Discurso Prolepses
Crítica Social
Dão a conhecer as mortes do sobrinho de Baltasar e do infante D. Pedro, de modo a estabelecer o contraste entre os dois funerais, ou a morte de Álvaro Diogo, que viria a cair de uma parede, durante a construção do convento, assim como a informação sobre os bastardos que o rei iria gerar, filhos das freiras que seduzia.
Visão Globalizante De Tempos Distintos
Cabem aqui as referências aos cravos (outrora, nas pontas das varas dos capelães; muito mais tarde, símbolos da revolução do 25 de Abril), a associação entre os possíveis voos da passarola e o facto de os homens terem ido à Lua, no século XX, a alusão ao tipo de diversões que se vivia no século XVIII e ao cinema, entre outras.
A Dimensão SimbólicaA Dimensão Simbólica• Reinvenção da História como estratégia discursiva para refletir a
atualidade, numa perspetiva de denúncia e dela extrair uma moralidade para o futuro.
PassarolaPassarola• Perfeição/ esperança;• Plenitude do conhecimento com esforço da fé e da
vontade;• Liberdade;• Verdade.
Blimunda e Baltasar• Plenitude exemplar;• Buscam o bem humano.
Bartolomeu de Gusmão e Domenico Scarlatti
• Articulação entre o cultural e o humano;
entre o saber e o sonho;
entre o conhecimento e o desejo.
BaltasarBlimunda
Bartolomeu
Trindade TerrestreTrindade Terrestre – o homem e a sua infinita capacidade de descobrir.
7- Perfeição.
- Totalidade.7- Perfeição.
- Totalidade.
MÚSICAMÚSICA
Esperança feita som.
TítuloTítulo
Sugere memórias de um
passado delimitado pela
construção do C. Mafra.
Tragicidade e grandiosidade.
Classificação da obraClassificação da obra• Romance Histórico;• Romance Social;• Romance de Espaço.
Articula o Plano da História (espaço físico e sócio-cultural) com o Plano da Ficção e do Fantástico.
• Narrativa histórica que percorre um período de 28 anos.
• Dentro da linha Neo-Realista acusa uma preocupação com a realidade social, onde sobressai o operariado reprimido.
• Por ser crónica de costumes de uma época.
• Por ser um romance de intervenção, apresentando a história repressiva portuguesa do século XVIII e XX.
• Por apresentar uma visão analítica das condições sociais, morais e económicas da Corte e do Povo.
O Passado Presentifica-seO Passado Presentifica-se……
• Pela intemporalidade de comportamentos e desejos;
• Pela denúncia de situações de repressão e censura no momento da escrita;
• Por encontrar um sentido para a história de uma época que permita compreender o tempo presente e recolher ensinamentos para o futuro.
F I MF I MF I MF I M