MELHORIAS NO PROCESSO DE COMPRAS DO ......A Deus, por me dar o bem mais precioso do ser humano, que...

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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E ECONOMIA CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS LINHA DE FORMAÇÃO EM GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO MELHORIAS NO PROCESSO DE COMPRAS DO ALMOXARIFADO DA DIMED S/A MAICON BELMONTE Porto Alegre Junho de 2010

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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E ECONOMIA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

LINHA DE FORMAÇÃO EM GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

MELHORIAS NO PROCESSO DE COMPRAS DO

ALMOXARIFADO DA DIMED S/A

MAICON BELMONTE

Porto Alegre

Junho de 2010

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E ECONOMIA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

LINHA DE FORMAÇÃO EM GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

MAICON BELMONTE

MELHORIAS NO PROCESSO DE COMPRAS DO

ALMOXARIFADO DA DIMED S/A

Porto Alegre

Junho de 2010

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MELHORIAS NO PROCESSO DE COMPRAS NO

ALMOXARIFADO DA DIMED S/A

Monografia apresentada como requisito parcial

para a obtenção do grau de Bacharel em

Administração de Empresas, Linha de Formação

em Gestão de Tecnologia da Informação na

Faculdade de Administração, Contabilidade e

Economia da Pontifícia Universidade Católica do

Rio Grande do Sul.

Professora Orientadora: Me. Ionara Rech

Porto Alegre

Junho de 2010

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por me dar o bem mais precioso do ser humano, que é o dom da vida, e por

permitir que eu chegasse até aqui com saúde, alegria e muita força de vontade.

A minha querida mãe, Maria Derli Azevedo Fernandes, e ao meu guerreiro pai, Jorge Sani

Belmonte Fernandes, que com muito esforço e garra me educaram, me ensinaram os valores da

vida, me incentivaram e me deram muita força nas minhas decisões e principalmente me

proporcionou esse curso de graduação.

A minha amável irmã Katiene Azevedo Belmonte, pela preocupação, confiança e que

sempre esteve presente.

A minha família que longe ou perto sempre me incentiva, motiva e acredita na minha

capacidade de um dia eu chegar até aqui.

A minha professora orientadora Ionara Rech pelos momentos de estudo, e aprendizado.

Agradeço por ter dedicado boa parte do seu tempo me ensinando e me ajudando a ser um

administrador ético e de conceito.

A direção, professores e demais funcionários da FACE pelo auxilio prestado, amizade e

coleguismo, possibilitando uma ligação ainda maior entre aluno-faculdade.

Aos meus queridos amigos Regina Silva e João Vargas que de coração sempre me

entenderam e me deram forças para que esse momento se concretizasse com êxito e sucesso.

Aos colegas da faculdade pelo companheirismo e amizade, além de acreditarem no meu

potencial e na minha capacidade.

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RESUMO

Este trabalho constitui-se em um estudo com base na área da administração, tratando

como principal assunto os processos de compras do Almoxarifado da Dimed S/A. Apesar da

preocupação no aperfeiçoamento dos processos, uma mudança não deve ser realizada sem um

estudo prévio de viabilidade, sob o risco de trazer prejuízos a curto, médio ou longo prazo. Ou

seja, essa melhoria deve ser realizada levando-se em conta a realidade da empresa e dentro dos

recursos que estiverem disponíveis. Visto isso, esse trabalho busca apresentar uma melhoria no

processo atual de compras e controle de estoque do Almoxarifado da Dimed S/A e assim,

oferecer mais um diferencial competitivo no mercado. Os benefícios provenientes das melhorias

propostas terão impactos no dia-a-dia das atividades desenvolvidas pelos colaboradores, visto que

as técnicas a serem implementadas trarão maior agilidade, confiabilidade e fidedignidade às

atividades desenvolvidas atualmente. O objetivo geral deste trabalho é propor um novo processo

de compras e identificar indicadores de desempenho para um melhor funcionamento do processo.

No referencial teórico são tratados assuntos referentes processos, gestão de compras, gestão de

estoque e almoxarifado. Em relação ao método de pesquisa e técnicas utilizadas, o trabalho é

desenvolvido como pesquisa qualitativa, como método a pesquisa-ação e como técnicas de coleta

de dados a entrevista semi-estruturada, a observação participante e a pesquisa documental. Logo

após foi a fase do mapeamento, no qual é apresentado o fluxograma do processo de compras e

controle de estoque. Por fim a fase da proposta, onde é apresentado o novo processo para o setor

de almoxarifado e seus indicadores de desempenho. Nas considerações finais, é respondido cada

objetivo específico que há no trabalho, através do capítulo de análise de dados, é falado sobre os

benefícios adquiridos pelo pesquisador como o aprofundamento do conhecimento sobre o tema

estudado, tanto na área acadêmica como na profissional, também é abordada as limitações da

pesquisa como o tempo disponível para a realização das entrevistas e a resistência dos

entrevistados para realização das entrevistas e por fim as sugestões de pesquisas futuras, onde se

escolheu a autorização das ordens de compras diretamente no ERP.

Palavras-chave: Processos; gestão de compras; gestão de estoques.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Organograma da Dimed S/A ........................................................................................ 15

Figura 2 – Organograma Administrativo da Dimed S/A ............................................................... 16

Figura 3 – Visão tradicional (vertical) de uma organização, o fenômeno ―silo‖ .......................... 24

Figura 4 – Cadeia de Processos ..................................................................................................... 26

Figura 5 –Desenho de pesquisa. .................................................................................................... 58

Figura 6 – Fluxograma do atual processo de compras e controle de estoque do Almoxarifado ... 70

Figura 7 – Proposta novo fluxograma do processo de compras e controle de estoque do

Almoxarifado ....................................................................................................................... 76

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Espectro dos Principais Modelos Processos........................................................... 27

Quadro 2– Classificação Geral dos Processos .......................................................................... 29

Quadro 3– Perfil do Comprador ............................................................................................... 35

Quadro 4 – Descrição de Cargos .............................................................................................. 36

Quadro 5 – Características dos Processos de Compras ............................................................ 38

Quadro 6 – Modelo de Solicitação de Compras ....................................................................... 39

Quadro 7 – Condições para Fornecimento ............................................................................... 40

Quadro 8 – Registro de Proposta .............................................................................................. 41

Quadro 9 – Modelo de Pedido de Compra ............................................................................... 42

Quadro 10 – Modelo de Ficha de Acompanhamento de Compras ........................................... 43

Quadro 11 –Técnica de Coleta de Dados e Amostral ............................................................... 56

Quadro 12 – Dimensões e Itens. ............................................................................................... 56

Quadro 13 – Fases do processo de compra dos produtos. ........................................................ 61

Quadro 14 - Responsáveis do processo de compra dos produtos. ............................................ 62

Quadro 15 – Entradas e saídas do processo de compra dos produtos. ..................................... 63

Quadro 16 – Aspectos positivos e negativos processo de compra dos produtos. ..................... 64

Quadro 17 - Fases processo de controle de estoque dos produtos............................................ 65

Quadro 18 - Responsáveis do processo de controle de estoque dos produtos. ......................... 66

Quadro 19 - Aspectos positivos e aspectos negativos do processo de controle de estoque dos

produtos. ........................................................................................................................... 67

Quadro 20 – Entradas e saídas do processo de controle de estoque dos produtos. .................. 68

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 10

2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA E SEU AMBIENTE ..................................... 12

2.1 HISTÓRICO .............................................................................................................. 12

2.2 MISSÃO, VISÃO E VALORES ............................................................................... 13

2.3 PRINCIPAIS PRODUTOS E SERVIÇOS ................................................................ 14

2.4 PRINCIPAIS CLIENTES, FORNECEDORES E CONCORRENTES .................... 14

2.5 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ....................................................................... 14

3 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA ................................................................................... 17

4 JUSTIFICATIVA DO TEMA ....................................................................................... 20

5 OBJETIVOS ................................................................................................................... 22

5.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 22

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................... 22

6 PROCESSO DE COMPRAS E CONTROLE DE ESTOQUE .................................. 23

6.1 PROCESSOS ............................................................................................................. 23

6.1.1 Discussão sobre visão por função e visão por processos.................................... 23

6.1.2 Características ..................................................................................................... 25

6.1.3 Tipos de processos .............................................................................................. 25

6.1.4 Gestão e desempenho dos processos .................................................................. 30

6.1.5 Indicadores de desempenho ................................................................................ 31

6.2 GESTÃO DE COMPRAS ......................................................................................... 32

6.2.1 Definição de Compras ........................................................................................ 32

6.2.2 Funções/Atividades de compras ......................................................................... 33

6.2.3 Comprador/Equipe ............................................................................................. 34

6.2.4 Fornecedores ....................................................................................................... 37

6.2.5 Fluxos e processos internos de compras ............................................................. 37

6.2.6 A TI e os sistemas de informação de compras ................................................... 44

6.3 GESTÃO DE ESTOQUE .......................................................................................... 45

6.3.1 Função e objetivos de estoque ............................................................................ 46

6.3.2 Tipos de estoques ............................................................................................... 47

6.3.3 Métodos de controle de estoques ........................................................................ 48

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6.3.4 Classificação dos estoques.................................................................................. 50

6.4 Almoxarifado ............................................................................................................. 52

7 MÉTODO ........................................................................................................................ 54

7.1 ESCOLHAS METODOLÓGICAS ........................................................................... 54

7.2 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS ...................................................................... 54

7.3 TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS ..................................................................... 56

7.4 DESENHO DA PESQUISA ...................................................................................... 57

8 ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................................ 59

8.1 MAPEAMENTO DO PROCESSO DE COMPRAS E CONTROLE DE ESTOQUES

59

8.2 representação e análise dos processos ....................................................................... 69

8.3 Fase de Proposta ........................................................................................................ 73

8.3.1 Proposta .............................................................................................................. 73

8.3.2 Plano de Ação ..................................................................................................... 77

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 79

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 81

APÊNDICE A – ....................................................................................................................... 83

APÊNDICE B – ........................................................................................................................ 85

APÊNDICE C – ........................................................................................................................ 86

APÊNDICE D – ....................................................................................................................... 87

APÊNDICE E – ........................................................................................................................ 88

APÊNDICE F – ........................................................................................................................ 89

APÊNDICE G – ....................................................................................................................... 90

APÊNDICE H – ....................................................................................................................... 91

ANEXO A – ............................................................................................................................. 92

ANEXO B – ............................................................................................................................. 93

ANEXO C – ............................................................................................................................. 94

ANEXO D – ............................................................................................................................. 95

ANEXO E – .............................................................................................................................. 96

ANEXO F – .............................................................................................................................. 97

ANEXO G – ............................................................................................................................. 98

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1 INTRODUÇÃO

O setor de compras, muitas vezes, é considerado estratégico para as empresas

continuarem em posições de destaque no mercado de atuação, por isso é necessário manter

processos muito bem definidos fazendo com que seja executado de maneira correta e

eficiente.

Tendo em vista que a empresa Dimed S/A Distribuidora de Medicamentos está

continuamente buscando redução de custos e revisão de seus processos, propõe-se um estudo

do setor de compras do almoxarifado, visando à reestruturação de seus processos, sistemas e

pessoal deste setor, pois atualmente o processo de compras e controle de estoque é feito

quase que todo manualmente, utilizando muito pouco os recursos do sistema ERP existente.

Para atingir este objetivo o trabalho está organizado em capítulos conforme detalhamento na

sequência.

No segundo capítulo são encontradas as informações referentes à caracterização da

empresa e a sua contextualização no mercado.

No terceiro capítulo estão especificados os problemas nos processos atuais da empresa

que deverão ser eliminados ou minimizados ao final do trabalho de pesquisa.

No quarto e quinto capítulos, respectivamente, podem ser encontrados a justificativa

para a escolha desse tema e os objetivos, geral e específicos, que esse trabalho de pesquisa

busca atingir após a sua conclusão.

Através da fundamentação teórica, no sexto capítulo, são abordados todos os temas

relevantes para a construção do conhecimento sobre a área de compras e controle de estoque

como, por exemplo, a utilização correta do cadastro de materiais, realização de cotações,

follow-up, que é o acompanhamento das compras, os modelos de relatórios, a apresentação de

uma gestão por desempenho, a serem utilizados para o melhor alinhamento na tomada de

decisão no processo de compras, a fim de serem úteis para a identificação da situação atual e a

nova proposta,

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Após a fundamentação teórica, são apresentados os métodos utilizados para a obtenção

das informações necessárias para o desenvolvimento desse trabalho de pesquisa.

Nas considerações finais, é respondido cada objetivo específico que há no trabalho,

através do capítulo de análise de dados, é falado sobre os benefícios adquiridos pelo

pesquisador, tanto na área acadêmica como na profissional, é abordada as limitações da

pesquisa e é dada sugestões de pesquisas futuras.

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2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA E SEU AMBIENTE

Este capítulo apresenta a empresa Dimed S/A Distribuidora de Medicamentos,

caracterizando seu histórico, missão, visão, valores, principais produtos e serviços, principais

clientes, fornecedores, concorrentes e a estrutura organizacional atual.

2.1 HISTÓRICO

Desde os anos 40 a venda de medicamentos no atacado era suprida pelos grandes

laboratórios de São Paulo e Rio de Janeiro. Eles pagavam depósitos, vendedores e toda uma

estrutura de estocagem e distribuição de seus produtos. Duas redes de farmácias disputavam o

predomínio no varejo gaúcho: o grupo Velgos, de perfil mais conservador, mas de grande

abrangência – já que mantinha presença forte em todo o Estado – e o grupo Pizzato, Panitz

Ltda, com maior penetração na capital.

As duas redes sentiam a necessidade de criar uma central única de compras, para fugir

das limitações impostas pelos grandes laboratórios. Entre as principais: obrigatoriedade de

fazer um número mínimo de pedidos, demora na entrega de mercadorias e carta reduzida de

medicamentos. Elas partem, nos anos 60, época de grandes transformações sociais e de

comportamento, para uma iniciativa pioneira que na atualidade está virando tendência à fusão

de empresas.

Para as farmácias o fundamental era que a central de medicamentos trabalhasse com

uma linha de distribuição de A a Z. Em 1967 foi criada então a Distribuidora de

Medicamentos Ltda, Dimed, situada na Rua Gomes Jardim, 253, um dos primeiros atacados

de medicamentos do Brasil. Sua função principal era fornecer produtos para as lojas das redes

Velgos e Pizzato, Panitz Ltda.

Logo outras farmácias, que enfrentavam as mesmas dificuldades encontradas pelas

duas redes, começaram a buscar a central de compras. Cerca de cinco mil itens estavam à

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disposição para pronta entrega. Um novo negócio se abria para a central: fornecer a terceiros a

linha completa de medicamentos de diversos laboratórios brasileiros e multinacionais.

Em 1969, Panitz e Velgos unem suas forças em outro setor. Cada rede mantinha um

pequeno laboratório de manipulação de receitas e fórmulas solicitadas pelos clientes. O

laboratório Lifar, pertencente à Panitz, fabricava unicamente produtos oficinais (mercúrio

cromo, acetona, água oxigenada etc.). O laboratório Sanitas, que pertencia à Velgos, produzia

além dos oficinais, uma linha de chás naturais, como o Chalax, de grande aceitação. O novo

laboratório fornece inicialmente sua linha de produtos para as duas redes e logo,

aproveitando-se da estrutura da Dimed, atinge outras farmácias. Foi mantido o nome Lifar e a

linha de produtos Sanitas, entre os quais os chás naturais e mais tarde o Guaraná do

Amazonas.

Em 1973, os acionistas das redes Panitz, Pizzato Ltda e Velgos, resolveram juntar

forças também no varejo, formando a rede de Farmácias Panvel, a maior do Estado. Ela se

deu com a incorporação da Panitz pela Velgos, que começou a operar com 33 lojas, sendo l6

na capital e 17 no interior. Já surgiu como a segunda empresa do ramo no país em número de

lojas. Nos seis anos seguintes foram abertas mais 14 filiais. Foram aproveitadas características

positivas de cada rede e padronizados comportamentos, ações e layout. A junção das iniciais

de Panitz com Velgos originou o nome Panvel. Em 1977, houve a alteração da razão social da

empresa, passando para Panvel S.A. Drogarias e Farmácias.

No ano 1980 em Santa Catarina o lugar escolhido para a sede da Dimed foi o

município de São José, distante 7 km da capital, Florianópolis, situada na BR- 101 Km, no

bairro Cobra Sol. A sede tem 6 mil metros quadrados de área construída.

Atualmente com mais de 3.400 funcionários as empresas Dimed, Panvel e Lifar,

formam o grupo. A Panvel possui 243 filiais distribuídas pelos estados do RS e SC, e 12

franquias no RS. A Dimed possui sua matriz em Porto Alegre, RS, e mais quatro centros de

distribuição, um em Passo Fundo/RS, São José/ SC, Brasília/DF e na cidade de Serra/ES.

Completando o grupo Dimed o Lifar (Laboratório Industrial Farmacêutico) está localizado em

Porto Alegre, RS.

2.2 MISSÃO, VISÃO E VALORES

Missão: Proporcionar saúde com confiança e carinho

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Visão: Ser a marca preferida de cada um dos nossos clientes no fornecimento de

produtos e serviços de qualidade

Valores: Trabalho em equipe; Excelência no atendimento; Ética; Inovação; Agilidade;

Orientação para o resultado.

2.3 PRINCIPAIS PRODUTOS E SERVIÇOS

A Dimed tem como principal serviço a distribuição de medicamentos, perfumaria e

cosméticos, atuando como atacado para todas as farmácias do sul do país.

2.4 PRINCIPAIS CLIENTES, FORNECEDORES E CONCORRENTES

Os principais clientes da Dimed são: Círculo Operário Caxiense, Associadas, Rede

Vida, Rede Tchê, Sanar, Agafarma, Latsch e Boch, Mazzutti, Hamburguesa, Marin,

Manchester, Tacchini, Droga Rio.

Os principais fornecedores da Dimed são: Medley, Novartis, Pfizer, Eurofarma, ache,

Bayer-Schering, Astra, Sanofi-Aventis, Libbis, Roche, Sigma, Boehringer, Biosintética,

Unilever, Biolab, Loreal, entre outros.

Os principais concorrentes da Dimed são: as distribuidoras de medicamentos que

oferecem os mesmos serviços para a região sul do país, tais como: Gauchafarma,Celimed

Sul,Pontual Distribuidora de Medicamentos, Santa Cruz Distribuidora de Medicamentos,

Cristal Distribuidora de Medicamentos Ltda, Medex, Celimed.

2.5 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A figura 1 apresenta o organograma resumido da Dimed Grupo Dimed – Diretoria.

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Figura 1 – Organograma da Dimed S/A

Fonte: Dimed S/A (2009)

Dentro da Dimed o Superintendente é responsável por todas as áreas da Dimed,

coordenando todos os processos da empresa.

O diretor de varejo é responsável pela coordenação do varejo das lojas da Panvel,

entre seus subordinados estão um gerente geral, gerente de convênios, supervisor

administrativo, supervisores de filiais e gerente de filiais.

A diretoria de Marketing administra todos os processos relacionados à marca,

propagandas e divulgação na mídia das farmácias Panvel.

O vice-superintendente, juntamente com diretor de relações de mercado, atua

diretamente no atacado, divulgação e marketing da marca Dimed, tendo como

responsabilidade todos os Centros de Distribuição (CDs) da Dimed, responsável pela

distribuição de medicamentos para todas as filiais das farmácias e demais clientes.

A figura 2 apresenta o Organograma Administrativo da Dimed S/A:

Diretor Varejo

Luiz Antônio

Diretor Marketing

Julio Neto

Diretor Adm Financeiro

Roberto Coimbra

Diretor Relações Mercado

Roberto Weber

Vice-Superintendente

Denis Pizzato

Superintendente

Julio Ricardo Mottin

Conselho Administração

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Superintendente

Vice-Superintendente

Conselho

Administração

Auditoria/

Prevenção Perdas

Diretor

Administrativo

Coordenador

Financeiro

Coordenador TI

Coordenador RH

Supervisor

Contábil

Supervisor

Financeiro

Supervisor

Suporte

Supervisor Call

Center

Supervisor Apoio

Administrativo

Engº Projetos

Jurídico

Almoxarifado

Nº de funcionários: 3400

Figura 2 – Organograma Administrativo da Dimed S/A

Fonte: Dimed S/A (2009)

O diretor administrativo e financeiro é responsável por toda a área financeira, contas a

pagar e receber, recursos humanos e a área de apoio administrativo, onde está localizado o

setor de Almoxarifado foco desse trabalho, onde se realiza as compras do almoxarifado.

Dentro do setor encontra-se um comprador, um auxiliar administrativo de almoxarifado e

quatro auxiliares de almoxarifado.

Atualmente o comprador é responsável pelas compras de todos os suprimentos do

almoxarifado, tendo suporte do auxiliar administrativo de almoxarifado, que realizam as

compras, controle de estoque, follow-up, inventários, a expedição dos produtos para as filiais

da Panvel e demais atividades pertencentes ao setor. Os auxiliares de almoxarifados são

responsáveis pelo recebimento dos produtos comprados, separação e expedição dos pedidos

para as filiais das farmácias da Panvel.

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3 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA

Os tempos atuais exigem o máximo de otimização possível dos serviços das empresas

para que se mantenham competitivas em um mercado cada vez mais acirrado. Assim sendo,

os fatores que podem influenciar nos resultados das empresas devem ser explorados com o

máximo de criatividade e inteligência possível.

Apesar de a literatura discutir o papel estratégico que a área de compras vem

assumindo nas organizações desde 1990, pouco se falou sobre a estrutura e os processos de

compras, bem como o perfil dos profissionais que atuam na área — compradores ou não,

afirma Batista (2008 apud LIMA). Com o passar do tempo, os processos de compras se

tornaram mais complexos e dependentes de atores comprometidos e conscientes do seu papel.

O controle de estoque pode ser realizado pela área de compras, e percebe-se que altos

níveis de estoque podem não significar problemas para a produção, porém podem acarretar

altos custos para sua manutenção. Esses altos custos são atribuídos ao excesso de estoque,

despesas com espaço físico, almoxarifado, pessoal etc. Por outro lado, os baixos níveis de

estoque podem fazer com que as organizações acabem prejudicando ou parando sua produção,

enfrentando reclamações de seus clientes.

Na Dimed S/A Distribuidora de Medicamentos do grupo Panvel, as compras de todos

os suprimentos, material de expediente, limpeza, embalagens, informática, manutenção etc.

são centralizadas no almoxarifado, na matriz localizada em Porto Alegre. Esses materiais são

distribuídos para mais de 240 farmácias da rede Panvel, nos estados do Rio Grande do Sul e

Santa Catarina. As compras de medicamentos, perfumaria e demais produtos utilizados na

venda nas farmácias são realizadas por outro setor e não serão abordadas neste trabalho. Para

apoiar o processo de compras na Dimed o almoxarifado utiliza o sistema de ERP (Enterprise

Resource Planning, que é um sistema de informação que integra todos os dados e processos

de uma organização em um único sistema) na plataforma do banco de dados da Oracle 6.i.

No atual processo de compras do almoxarifado os materiais de estoque são

controlados por relatórios que são emitidos diariamente através do sistema ERP. Esses

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relatórios são gerados por grupos de materiais, ou seja, um relatório para o grupo de materiais

de expediente, um para materiais de embalagem, outro para materiais de informática e assim

por diante. Cada relatório possui informações como descrição do material, código, estoque

atual e quantidade de saída deste material, ou seja, a quantidade do material que foi solicitado

em um determinado período. Esse período é definido no momento em que são gerados os

relatórios.

A análise para a realização das compras é feita da seguinte maneira: cada item dos

relatórios emitidos é analisado, comparando a quantidade atual do estoque e a quantidade que

foi solicitada em um determinado período (essas informações estão nos relatórios). Com base

nisso o comprador decide a quantidade que irá comprar anotando no próprio relatório

impresso, ao lado da descrição do item. Este processo manual para identificação de

necessidade de compra pode acarretar uma compra errada, pois as análises realizadas contem

poucas informações para uma tomada de decisão, a análise é intuitiva e muito pessoal, com

poucos parâmetros para uma análise correta.

Atualmente o processo de compras do almoxarifado não possui o sistema de cotações,

ou seja, as compras são realizadas sempre com os mesmos fornecedores, não efetuando

cotações com outros fornecedores para a comparação de preços, prazo de pagamentos, e prazo

de entregas, o que pode fazer com que o fornecedor aumente os preços e o comprador não

esteja preparado para negociar, pois não sabe os preços que o mercado esta praticando.

Após ser identificada manualmente a quantidade do material a ser comprado para

repor o estoque, o pedido da compra é realizado através de um e-mail é que é enviado ao

último fornecedor do material a ser comprado, informando as quantidades desejadas, podendo

assim ser ou não mantido o preço da última compra, controle que hoje não existe. O pedido de

compra também ocorre através de uma ligação via telefone, na qual são informadas todas as

informações que seriam enviadas por e-mail, a ordem de compra é utilizada apenas para um

único fornecedor, pois este exige que seja enviada a ordem de compra como garantia do

pedido.

No cadastro de materiais existem informações como nome do produto (descrição

completa), o grupo ao qual pertence este material e o estoque atual. Este cadastro não possui

informações como ponto de reposição, estoque máximo, lote mínimo e múltiplo, o que

dificulta uma análise correta para o controle de estoque e consequentemente a realização das

compras.

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O processo de recebimento e conferência das compras é realizado pelos auxiliares de

almoxarifado. Os funcionários do almoxarifado não sabem a quantidade nem os materiais que

irão receber, pois não existe uma ordem de compra nem qualquer outro documento interno

para realização da conferência no recebimento da compra. A conferência é realizada apenas

com a nota fiscal do fornecedor e o material recebido. A não utilização freqüente de uma

ordem de compra dificulta a conferência, pois não se tem certeza das quantidades recebidas,

do material recebido e dos preços cobrados.

Todas essas falhas apontadas no processo de compras do almoxarifado da Dimed

resultam em falta de produtos no estoque, grande número de entregas com erros, o que gera

uma incerteza quanto ao re-suprimento correto do almoxarifado e consequentemente

insatisfação das lojas solicitantes.

A partir dos problemas apresentados, este trabalho de conclusão pretende responder a

seguinte pergunta: Como melhorar os processos de gestão de estoque e de compras no

almoxarifado da Dimed S/A?

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4 JUSTIFICATIVA DO TEMA

Martins e Alt (2006, p. 198) explicam que ―a gestão de estoque constitui uma série de

ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem

localizados em relação aos setores que deles se utilizam, bem manuseados e controlados‖.

Para Pires (2007, p. 210), ―existem vários indicadores de produtividade e análise dos

estoques, sendo as mais usuais diferenças entre o inventário físico e o contábil, acurácia dos

controles, nível de serviço, giro de estoques e cobertura de estoques‖.

Conforme apresentado na situação problemática, a alteração do cadastro de produtos

para que possua informações como quantidade máxima e quantidade mínima, assim como o

ponto de pedido e estoque de segurança, são muito importantes para uma análise correta no

processo de compras e administração do estoque de uma forma automatizada, evitando altos

estoques desnecessários ou a falta de material, realizando corretamente as compras.

Essas alterações no cadastro afetariam o relatório gerado para tomada de decisão de

compras, pois definido os parâmetros do estoque como: a quantidade mínima de produtos no

estoque para que não falte material, o estoque máximo para que não tenha excesso de

produtos no estoque e o tempo de reposição que ajudaria na análise de entrega dos produtos,

um novo relatório seria desenvolvido para atender esses parâmetros e assim o comprador teria

informações mais consistentes sobre o estoque e consequentemente sua análise de compras

seria menos pessoal. Isso faria com que o estoque fosse reduzido, diminuindo as faltas, pois

cada item teria programado um estoque de segurança e um estoque mínimo, cada qual seria

informado via relatório ou até mesmo gerando um e-mail para o responsável quando fosse

atingida a quantidade informada. Essas informações apresentam benefícios como agilidade no

processo de compras, já que o sistema sempre avisaria quando um material estivesse com o

estoque abaixo da quantidade parametrizada, e confiança no sistema de controle de estoque,

pois o processo seria automatizado, diminuindo o índice de falhas.

A utilização contínua de uma ordem de compra para conferência e controle de entrada

de materiais no estoque do almoxarifado facilitaria o controle no recebimento. Esta ordem de

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compra seria o pedido oficial com a descrição do material solicitado, a quantidade e valores,

não podendo o fornecedor alterar o pedido. Esse controle seria utilizado para que os

responsáveis pela conferência dessas compras saibam exatamente o que estão recebendo,

assim diminuindo a possibilidade de receber uma quantidade maior do que o solicitado,

acarretando um maior valor de estoque ou uma quantidade menor de material, ocasionando

uma falta no estoque e até mesmo a prática do fornecedor cobrar um preço diferente do

negociado, fazendo com que o preço médio do item fique mais caro.

Com um processo de compras automatizado desde a necessidade de reposição do

estoque, as cotações para o processo de compra, a escolha do fornecedor, a emissão da ordem

de compra e a conferência do recebimento do pedido, fazem com que diminuam eventuais

erros nos pedidos de compras, se consiga trabalhar com um estoque com menos falta, o

controle de preços praticado pelos fornecedores e uma maior transparência com a empresa.

Através de um processo de compras definido é possível ter controle gerencial de

indicadores desempenho, como o percentual de pedidos em atraso, aumento ou diminuição da

carteira de fornecedores, lead time, que é o tempo médio para fornecimento de um

determinado produto, o prazo médio de condições de pagamento das compras efetuadas.

Além disso, pode contribuir para a redução de custos e o alinhamento no processo de compras

gerando uma melhor capacidade de tomada de decisão nas compras, uma vez que terá

informações importantes e corretas para a realização da compra e o fornecimento dos

suprimentos.

Enfim, através desses novos processos será possível obter um melhor controle de

estoque, nos preços praticados pelos fornecedores e no controle efetivo do material que será

recebido, contribuindo para uma melhora efetiva no fornecimento dos produtos e satisfação

das lojas solicitantes.

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5 OBJETIVOS

Este capítulo apresenta os objetivos gerais e específicos a serem atingidos com esse

trabalho.

5.1 OBJETIVO GERAL

Propor um novo processo de compras e controle de estoque no Almoxarifado da

Dimed.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Mapear o atual processo de compras e controle de estoque;

b) Identificar pontos de melhorias no processo atual de compras e controle de

estoque;

c) Identificar indicadores de desempenho para o novo processo proposto.

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6 PROCESSO DE COMPRAS E CONTROLE DE ESTOQUE

Este capítulo destina-se a fornecer o embasamento teórico para a realização deste

estudo. Serão apresentados alguns conceitos de processos, gestão de compras, gestão de

estoque e almoxarifado.

6.1 PROCESSOS

Almeida (2002, p. 27) define processo como sendo ―O conjunto de recursos - humanos

e materiais – dedicados às atividades necessárias à produção de um resultado final específico,

independente de relacionamento hierárquico.‖ Já Gonçalves (2000) comenta que na

concepção mais frequente, processo é qualquer atividade ou conjunto de atividades que toma

um input, adiciona valor a ele e fornece um output a um cliente específico.

6.1.1 Discussão sobre visão por função e visão por processos

Para Gonçalves (2000) as empresas possuem estruturas organizacionais

convencionais e que apresentam características que comprometem seu desempenho. Elas

priorizam as funções (áreas ―verticais‖) em vez de processos essenciais, exagerando na

divisão de tarefas. Rummler e Brache (1994) afirmam que quando os gerentes vêem as

organizações verticais, tendem a gerenciá-las verticalmente, ou seja, na base do um a um.

Gonçalves (2000 p.11) explica que ―nessa situação, as empresas têm estruturas hierárquicas

rígidas, repletas de caixinhas que executam pedaços fragmentados de processos por

trabalho‖. Ainda neste contexto os autores afirmam que essas ―caixinhas‖ são formadas por

atividades padronizadas e controladas por vários níveis de chefia, que têm como função

garantir o cumprimento dessas atividades. Para Rummler e Brache (1994) ―nesse ambiente,

os gerentes subordinados tendem a perceber as outras funções como inimigas, e não como

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aliadas em uma batalha contra a concorrência‖. Assim constroem ―silos‖ (estruturas altas,

grossas, sem janelas, como as da figura 3) em volta de seus departamentos, impedindo que

os assuntos interdepartamentais sejam resolvidos entre colegas (HUMMLER E CHAMPY,

1994).

Figura 3 – Visão tradicional (vertical) de uma organização, o fenômeno ―silo‖

Fonte: Rummler e Brache, 1994 p.90

Já a visão horizontal, ou de sistema, segundo Gonçalves (2000, p.16) é dita como

―uma maneira de identificar e aperfeiçoar as interfaces funcionais, que são os pontos nos

quais o trabalho que está sendo realizado é transferido de uma unidade para outra. Gonçalves

(2000) afirma ainda que são nessas transferências de trabalho que acaba ocorrendo os erros e

a perda de tempo, responsáveis pela maior parte da diferença entre o tempo do ciclo e o tempo

de processamento nos processos das empresas.

Por fim Rummler e Brache (1994 p.12) afirmam que [...] ―a visão de sistemas de uma

organização é o ponto de partida – a fundação – para a criação e gerenciamento de

organizações que respondam eficientemente a nova realidade de concorrência acirrada‖. [...]

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6.1.2 Características

Para Almeida (2002), sob o ponto de vista de conceituação de processo, como

ferramenta para a busca contínua da melhoria de qualidade e da produtividade, as atividades

devem possuir as seguintes características:

Ser Interdependentes: Sem isso teria tão somente uma determinada quantidade de

atividades avulsas, orientadas para diferentes resultados, ou produtos finais.

Receber produtos parciais e mensuráveis: (entradas, inputs). A impossibilidade de

mensuração inviabilizaria a aferição do desempenho – não pode haver garantia de

melhoria na base do ―achismo‖.

Fazer algo, modificar o produto parcial recebido: Uma atividade que não

modifique o produto recebido não está gerando nenhum resultado, não agrega nada ao

produto final, constituindo-se, portanto, numa excelente oportunidade para redução de

custo/despesa, prazos e aumento de produtividade e lucratividade – bastando, para

isso, eliminá-la.

Gerar produtos também mensuráveis: (saídas, outputs). A impossibilidade de

mensuração inviabilizaria a aferição do desempenho – não pode haver garantia de

melhoria na base do ―achismo‖.

Ser repetitivas: Se o conjunto de atividades não for repetitivo, terá no máximo um

projeto e não um processo – construir uma seqüência de casas similares é um

processo, porque se pode transferir às novas casas as melhorias obtidas quando da

construção das anteriores.

6.1.3 Tipos de processos

Processo pode ser definido como um conjunto de atividades inter-relacionadas ou

interativas que transformam insumos (entradas) em produtos (saídas) (FNQ, 2005). Os

insumos (entradas) para um processo são geralmente produtos (saídas) de outro processo.

Estes processos estão inter-relacionados em uma cadeia de processos e podem ser

representados na figura 4.

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Figura 4 – Cadeia de Processos

Fonte: Adair (1996)

Adair (1996) explica que os processos gerenciais estão relacionados com a gestão e a

estratégia da empresa em que são utilizados como direcionadores para que a empresa atinja

as suas estratégias.

Os processos primários, conhecidos como processos de negócio, estão relacionados

com a realização do produto ou serviço fornecido pela empresa, que através da realização

das atividades destes processos, os requisitos dos clientes são identificados e processados

para que se transformem no produto final, completa Adair (1996).

Gonçalves (2000) apresenta cinco modelos básicos de processos empresariais que

abrangem desde o mais concreto e objetivo modelo, baseando-se no fluxo de materiais, até o

modelo mais abstrato, que se fundamenta na mudança de estado de um sistema.

O quadro 1 apresenta os principais modelos de processos na visão de Gonçalves

(2000).

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Quadro 1 - Espectro dos Principais Modelos Processos

Fonte: Gonçalves, 200, p.7

Para Harrington (1993) é interessante separar os processos de produção dos bens e

serviços oferecidos dos demais processos que ocorrem na empresa: os processos relacionados

com a gestão da empresa e os de apoio aos processos produtivos.

Gonçalves (2000) afirma que existem três categorias básicas de processos empresariais

Os processos de negócio (ou de cliente) são aqueles que caracterizam a atuação da

empresa e que são suportados por outros processos internos, resultando no produto ou

serviço que é recebido por um cliente externo;

Os processos organizacionais ou de integração organizacional são centralizados na

organização e viabilizam o funcionamento coordenado dos vários subsistemas da

organização em busca de seu desempenho geral, garantindo o suporte adequado aos

processos de negócio;

Os processos gerenciais são focalizados nos gerentes, e nas suas relações incluem as

ações de medição e ajuste do desempenho da organização.

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Para Gonçalves (2000) a classificação geral dos processos empresariais, juntamente

com suas principais características e exemplos, é apresentada no quadro 2. Cada categoria se

subdivide em tipos de processos, que se distinguem uns dos outros em função da sua

capacidade de gerar valor, do fluxo básico, da atuação e da orientação básica com relação à

estrutura organizacional. Essas características são discutidas a seguir. Eles são típicos da

empresa em que operam e são muito diferentes de uma organização para outra. Eles têm o

suporte dos sistemas que têm sido desenvolvidos ao longo de décadas de desafios e

aperfeiçoamento, complementa Gonçalves (2000).

Harrington (1993) explica que os processos organizacionais geralmente produzem

resultados imperceptíveis para os clientes externos, porém são essenciais para a gestão efetiva

do negócio. Os processos gerenciais incluem as ações que os gerentes devem realizar para dar

suporte aos demais processos de negócio.

A avaliação da qualidade do atendimento aos pedidos dos clientes é um processo

gerencial típico em diversas organizações. Os processos organizacionais e gerenciais são

processos de informação e decisão. Eles podem ser verticais e horizontais. Os processos

verticais usualmente se referem ao planejamento e ao orçamento empresarial e se relacionam

com a alocação de recursos escassos (fundos e talentos), explica Gonçalves (2000)

No quadro 2 é apresentado a Classificação Geral dos processos.

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Quadro 2– Classificação Geral dos Processos

Fonte: Gonçalves, 200, p 9.

Para Galbratith (apud GONÇALES, 2000) ―Os processos horizontais são desenhados

tendo como base o fluxo do trabalho. O trabalho nos processos horizontais pode ser realizado

de diversas maneiras, gerando três tipos de processos horizontais (laterais) (GALBRAITH,

1995): voluntários (ocorrem por meio do contato voluntário entre os membros do grupo por

iniciativa dos envolvidos), formais (definidos previamente por meio de documentos formais)

e coordenados (que exigem times de organização mais complexa e formal).‖

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6.1.4 Gestão e desempenho dos processos

Entender como funcionam os processos e quais os tipos existentes é importante para

determinar como eles devem ser gerenciados para a obtenção do resultado máximo, explica

Gonçalves (2000).

A gestão por processos organizacionais difere da gestão por funções tradicional em

pelo menos três pontos: emprega objetivos externos; os empregados e recursos são agrupados

pra produzir um trabalho completo; e a informação segue diretamente para onde é necessária,

sem filtro de hierarquia, afirmam Rummler e Brache(1994).

Gonçalves (2000) comenta que durante muito tempo as empresas foram dirigidas por

meio de metas estabelecidas para as áreas funcionais, porém hoje as metas são definidas para

os processos essenciais organização e que constituem um nível fundamental de avaliação de

desempenho organização.

Graham (apud GONÇALVES, 2000, p. 210) explica que:

A adoção do ponto de vista dos processos na gestão das empresas desenvolve a

importância dos papeis ligados a processos, que incluem a liderança do grupo, a

ligação entre as pessoas, a facilitação dos mecanismos grupais, o desenvolvimento

de conhecimento, o gerenciamento das agendas de compromisso e o suporte ao

funcionamento das equipes. (GRAHAM APUD GONÇALVES, 2000)

Gonçalves (2000) afirma, que nem todos os processos têm a mesma importância para

as empresas, tanto no ponto de vista dos resultados alcançados como dos recursos envolvidos.

Neste mesmo contexto Rummler e Brache (1994) explicam que uma vantagem específica

pode ser obtida e explorada pelas empresas que decidem investir em aperfeiçoar os processos

cuidadosamente escolhidos. Gonçalves (2000, p.17) aponta quatro razões para o processo de

negócio ser aperfeiçoado obtendo vantagem competitiva na economia:

Aumento da plasticidade organizacional: a mudança organizacional era a exceção, a

empresa precisa, ser flexível e capa de se ajustar permanentemente;

Mudaram a economia e a natureza das mudanças e o que era possível conseguir com

os ajustes incrementais passou a exigir transformações radicais;

Aperfeiçoar as possibilidades dinâmicas da empresa, rotinas organizacionais que

afetam a coordenação das atividades;

Reduzir o custo de coordenação e transação no funcionamento da empresa.

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6.1.5 Indicadores de desempenho

Rummler e Brache (1994 p.160) estabelecem que uma organização é um sistema com

três níveis de desempenho, o de organização, de processo e de trabalho/executor, que

gerenciados obtém saídas consistentes e de alto nível. Neste mesmo sentido Rummler e

Brache (1994 p.160) afirmam que sem essas medidas de desempenho os gerentes não têm

base para:

Comunicar especificamente as expectativas do desempenho aos subordinados.

Saber o que está acontecendo em suas organizações.

Identificar falhas de desempenho que poderiam ser analisadas e eliminadas.

Fornecer feedback que compare o desempenho a um padrão.

Identificar o desempenho que deve ser recompensado.

Saber especificamente o que espera deles.

Monitorar seu próprio desempenho e gerar seu próprio feedback .

Identificar as áreas de aperfeiçoamento de desempenho

Almeida (2002) agrupa os indicadores de desempenho para os processos de forma geral,

conforme abaixo:

Operacionais: estão relacionados com volumes de produção, vendas, faturamento,

despesas, etc. Tem como exemplos a quantidade de itens produzidos, valor de

faturamento;

Qualidade: estabelecida a partir da relação entre a quantidade executada de acordo

com o especificado e a quantidade total produzida. Exemplo: quantidade de entregas

dentro do prazo estabelecido, dividida pela quantidade total de entregas;

Produtividade: considerada a partir da relação entre a quantidade produzida

corretamente e os recursos utilizados, em um mesmo período de tempo. Como

exemplo tem-se a quantidade correta de entregas, dividida pela quantidade de

entregadores que realizaram as entregas;

Satisfação de funcionários ou clientes: estabelecida a partir da relação entre resultado

real obtido e total máximo possível e total máximo possível em pesquisas.

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6.2 GESTÃO DE COMPRAS

A gestão da aquisição assume papel verdadeiramente estratégico nos negócios de hoje

em face do volume de recursos, principalmente financeiros. Quebra-se então uma visão

preconceituosa de que era uma atividade burocrática e repetitiva, um centro de despesas e não

um centro de lucros, segundo Arnold (1999).

Esta seção apresenta a definição de compras, assim como seus objetivos e funções.

6.2.1 Definição de Compras

Para Baily et al. (2000 p.16) a ―compra é vista pela organização bem-sucedida de hoje

como uma atividade de importância estratégica considerável‖. Sua finalidade é suprir com os

materiais ou serviços necessários, em quantidades e qualidades certas, a preço adequado, e no

momento certo. Colaborando com este entendimento, Baily et al. (2000 p.31) enfatizam que

essa definição é bastante criticada pela sua simplicidade e superficialidade. Acrescenta ainda

que um bom objetivo deva ser mensurável de alguma forma, por isso sugere uma definição

mais ampla para os objetivos, a saber:

Suprir a organização com um fluxo seguro de materiais e serviços para atender a

suas necessidades;

Assegurar continuidade de suprimento para manter relacionamentos efetivos

com fontes existentes, desenvolvendo outras fontes de suprimentos alternativas,

ou para atender a necessidades emergentes ou planejadas;

Comprar eficiente e sabiamente, obtendo por meios éticos o melhor valor por

centavo gasto;

Administrar estoques para proporcionar o melhor serviço possível aos usuários e

ao menor custo;

Manter relacionamentos cooperativos sólidos com outros departamentos,

fornecendo informações e aconselhamentos necessários para assegurar a

operação eficaz de toda a organização;

Desenvolver funcionários, políticas, procedimentos e organização para assegurar

o alcance dos objetivos previstos.

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Assim, a área de compras desempenha um papel importante na realização dos

objetivos estratégicos da instituição, devido à sua capacidade de afetara qualidade e entrega

de produtos ou serviços essenciais que serão utilizados nas pesquisas científicas finaliza Baily

et al. (2000).

6.2.2 Funções/Atividades de compras

A atividade de compras, para Viana (1999), está relacionada com o suprimento das

necessidades de aquisição da empresa, tanto materiais como serviços, identificando as

melhores propostas. Plossl (1993) complementa afirmando que a tarefa principal de compras é

identificar e avaliar os fornecedores, além da coordenação do trabalho de intermediário e

acelerador das trocas de informações encaminhadas a eles e os materiais provenientes.

Martins e Alt (2006, p. 81) comentam que ―a função compras é vista hoje como uma

parte do processo de logística das empresas, ou seja, parte integrante da cadeia de

suprimentos.Por isso muitas empresas passaram a usar a denominação gerenciamento da

cadeia de suprimentos ou simplesmente gerenciamento de suprimentos, um conceito voltado

para o processo, em vez do tradicional setor de compras, voltado para as transações em si, e

não para o todo‖. Já Peter et al. (2000, p. 30) define que ―compras é de caráter direto nos

processos produtivos em uma empresa, os prazos devem ser cumpridos de maneira rígida

tanto na entrada como na saída de insumos, pois poderão gerar sérios problemas dentro do

ciclo, em especial nos departamentos de produção e vendas‖.

Esta função pode ser dividida em quatro categorias segundo Peter et al.(2000):

Obter mercadorias e serviços na quantidade e com qualidade necessárias.

Obter mercadorias e serviços ao menos custo.

Garantir o melhor serviço possível e pronta entrega por parte do fornecedor

Desenvolver e manter boas relações com fornecedores.

Para alcançar esse objetivo Peter et al. (2000) afirmam que devem ser desempenhadas

certas funções básicas:

Tempo e lugar (especificações de compra).

Fonte certa (fornecedores).

Negociar condições de compra.

Administrar pedido de compra.

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Baily et al. (2000) afirmam que no contexto empresarial, as compras estão

aumentando enquanto o restante como salários e despesas indiretas, estão diminuindo,

refletindo no trabalho de forma estratégica ao departamento de compras. Baily et al., (2000)

complementam ainda que, a área de compras evolui seus relacionamentos entre fornecedores

atuando de forma próxima, eliminando custos desnecessários da cadeia de suprimentos e

fazendo com que os preços possam ser realmente reduzidos.

Para Dias (1993), a empresa deve buscar minimizar seus custos referentes aos

materiais adquiridos para alcançar um perfil competitivo e gerar lucros satisfatórios. Para isso

a seção de compras deve estar comprometida com o processo da empresa e conhecer

amplamente os produtos e serviços oferecidos. Neste contexto Baily et al., (2000) considera

que todas as organizações precisam planejar para o futuro, desenvolvendo as estruturas que

permitam a ocorrência desse processo. As estratégias podem ser formuladas desde que

estejam de acordo com os objetivos estratégicos. Tradicionalmente, as compras devem estar

envolvidas nas atividades operacionais diária, participando da tomada de decisões táticas da

empresa.

6.2.3 Comprador/Equipe

Os perfis dos funcionários precisam estar vinculados de alguma forma às necessidades

estratégicas. Baily et al. (2000) ilustram no quadro 3 ―o provável ―perfil do comprador‖ a ser

exigido pelas organizações em diferentes estágios de desenvolvimento da área de compras.

No estágio 1, a função do comprador é vista essencialmente como burocrática e reativa, mas

no estágio 5 ela torna-se proativa, com pouco envolvimento do mesmo nas atividades

rotineiras de compras – emissão, programação e encaminhamento de pedidos resumem-se

agora a tarefas burocráticas e automatizadas, com o mínimo envolvimento do comprador.

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Estágio de

Desenvolvimento

Características gerais e responsabilidades do responsável por

compras

Primitivo Sem qualificações especiais; abordagem burocrática; cerca de 80% do

tempo é dedicado às atividades burocráticas.

Conscientização Sem qualificações especiais; algumas rotinas burocráticas de compras;

60-70% é dedicado às atividades burocráticas.

Desenvolvimento

Qualificações acadêmicas formais exigidas; envolvimento em negociações;

reconhecimento da função compras e suprimentos; 40 -50% do tempo é

dedicado às atividades burocráticas.

Maturação

Qualificação gerencial exigida; compradores especializados em

commodities integrado com as áreas funcionais; envolvimento com

todos os aspectos do desenvolvimento e novos produtos; maior parte do

trabalho dedicado à negociação e à redução do custo/desenvolvimento de

fornecedores; 20-30% do tempo é dedicado

às atividades burocráticas.

Avançado

É necessária a qualificação profissional ou pós-graduação; o comprador

está mais envolvido com assuntos mais estratégicos do trabalho mais

dedicado ao custo total da aquisição, à administração da base de

fornecedores e etc.; menos de 20% de seu tempo é dedicado às atividades

burocráticas.

Quadro 3– Perfil do Comprador

Fonte: Baily et al., 2000, p. 42

Dias (1993 p.266-267) apresenta uma descrição de cargos adequada e bem

generalizada para todos os envolvidos na função compras. O quadro 4 apresenta as descrições

de cargos.

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Chefe de compras

Estudar e analisar as solicitações de compra de matéria-prima,

máquinas e equipamentos em geral; inteirar-se das necessidades e

detalhes técnicos exigidos pelos requisitantes; coordenar pesquisa

de fornecedores e coleta de preços; organizar concorrência e

estudar os seus resultados; manter contato com fornecedores;

elaborar relatórios e estatísticas de controle geral.

Comprador de materiais

diversos

Efetuar e acompanhar pequenas compras de materiais sob

supervisão da chefia da seção; classificar e analisar requisições de

compras remetidas por outros setores; pesquisar cadastro de

fornecedores e efetuar coleta de preços; estudar preços e

qualidades, optando pelo que obter melhores condições; efetuar as

compras e controlar a entrega dos materiais; manter o arquivo de

catálogos e fornecedores.

Comprador técnico

Efetuar a compra de materiais especiais de produção mediante

supervisão e orientação da chefia; classificar e analisar solicitações

de compras; estudar e analisar as necessidades técnicas; pesquisar

cadastro de fornecedores; preparar concorrência; analisar

informações recebidas e informar à chefia as melhores condições;

manter e atualizar cadastro geral de fornecedores; acompanhar e

controlar a entrega dos materiais.

Comprador de matéria-

prima

Efetuar compras de matérias-primas utilizadas em uma ou várias

unidades fabris, classificar e analisar solicitações de compras

remetidas por outros setores; pesquisar cadastro de fornecedores;

consultar em publicações específicas as cotações dos produtos;

organizar pequenas concorrências; analisar as informações e

opinar sobre as melhores ofertas; providenciar as compras e

acompanhar as entregas das mesmas.

Auxiliar de compras

Controlar o recebimento de solicitações de compras e efetuar

conferência dos valores anotados; pesquisar arquivo de

publicações técnicas; elaborar relações de fornecedores para cada

material, emitir pedidos de compras; controlar arquivo de

catálogos e documentos referente às compras efetuadas.

Acompanhador de compras

– Follow-up

Acompanhar, documentar e fiscalizar as encomendas realizadas

aos respectivos prazos de entrega; informar ao comprador o

resultado de acompanhamento; efetuar cancelamentos;

modificações e pequenas compras conforme determinação da

chefia.

Quadro 4 – Descrição de Cargos

Fonte: Dias, 1993, p. 266-267

Neste quadro Dias (1993) apresenta a descrição de cargos para cada função específica

do setor de compras.

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6.2.4 Fornecedores

Os fornecedores, de acordo com Kolter (2000), são responsáveis pela provisão dos

recursos necessários para a empresa produzir seus bens e serviços. Arnold (1993 p.218)

comenta que ―uma vez tomada à decisão sobre o que comprar, a segunda decisão mais

importante refere-se ao fornecedor certo. Um bom fornecedor é aquele que tem a tecnologia

para fabricar o produto na qualidade exigida, tem a capacidade de produzir as quantidades

necessárias e pode administrar seu negócio com eficiência suficiente para ter lucros e ainda

assim vender um produto a preços competitivos.‖

Já Baily et al. (2000) citam que a escolha pelo fornecedor mais adequado deve

abranger todos os fatores importantes do processo, considerando seus riscos e oportunidades.

Messias (1987) afirma que preço, prazo, quantidade e qualidade são requisitos fundamentais

para a escolha de um fornecedor.

Baily et al.(2000) apresentam alguns requisitos de um bom fornecedor:

a) Entrega conforme combinado;

b) Garantia de qualidade;

c) Bom Preço;

d) Histórico benéfico;

e) Fornece bom serviço;

f) Interage com o cliente;

g) Cumpre o prometido;

h) Suporte técnico;

i) Mantém um fluxo de informação atualizado sobre o pedido.

Segundo Baily et al., (2000) é preciso conhecer bem seu fornecedores, visitá-los e

conversar com as pessoas que processam seus pedidos e tomam decisões sobre os mesmos.

Devem acompanhar os planos dos negócios, os desenvolvimentos dos produtos e o que está

ocorrendo nas instalações dos principais fornecedores.

6.2.5 Fluxos e processos internos de compras

Com o objetivo de organizar os processos internos de compras, existe o plano

estratégico de compras, segundo Baily et al., (2000) que, dividem o processo da seguinte

forma: coleta de dados, análise, estratégias administrativas, seleção e ação. Ressalta-se a

importância do desenvolvimento deste plano antes das definições dos processos e fluxos.

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38

Como pré-etapa do processo de compras, é de extrema relevância que as solicitações

de compras estejam aprovadas pelos responsáveis antes de chegarem ao departamento de

compras. Isso evita, trabalhos desnecessários e prejuízos nas relações da empresa com seus

fornecedores (GURGEL, 1996, p. 43).

Viana (2000) cita, as etapas do processo de compras conforme descrito abaixo:

a) Preparação do processo: corresponde da etapa de recebimento da documentação e

elaboração do processo de compras;

b) Planejamento da compra: é a etapa de identifica os fornecedores e elabora as

condições gerais e específicas;

c) Seleção do fornecedor: etapa que seleciona os fornecedores, avaliando seu histórico

com a empresa;

d) Concorrência: é a etapa de expedição de consultas, abertura, análise, avaliações de

propostas e negociações;

e) Contratação: compreende na seleção do fornecedor;

f) Controle de entrega: todo o processo de recebimento e avaliação do pedido,

encerrando o processo.

Dias (1990 p.296) apresenta características básicas para o bom funcionamento nas

operações do sistema de compras, conforme quadro 5.

Sistema de compras a três

cotações

Sua finalidade está ligada a um número mínimo de cotações,

para estimular a competição por preços.

Sistema de preço objetivo

O conhecimento prévio do preço justo ajuda nas decisões do

comprador. Pode ainda ajudar os fornecedores a serem

competitivos, mostrando-lhes que seus preços estão fora de

concorrência, garantindo ao comprador uma base de

argumentação nas negociações.

Duas ou mais aprovações

Isso estabelece uma defesa dos interesses da empresa pela

garantia de um melhor julgamento, protegendo o comprador

sobre suas escolhas.

Documentação escrita

A documentação anexa ao pedido possibilita o exame de cada

fase da negociação, estando sempre disponível junto ao

processo de compra para esclarecer qualquer dúvida posterior.

Quadro 5 – Características dos Processos de Compras

Fonte: Dias (1990 p. 296)

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39

Nesta seção serão apresentados os procedimentos mais utilizados para o bom

funcionamento das operações do sistema de compras.

6.2.5.1 Solicitação de Compras

É por meio da solicitação de compras ou requisição de compras que qualquer empresa

ou mesmo um colaborador manifesta a sua necessidade de comprar um item para uso em

benéfico da empresa, afirmam Martins e Alt (2006, p.119). Neste mesmo contexto Dias

(1993, p.269) afirma que a solicitação de compras é o documento que dá autorização para o

comprador realizar o processo de compras, seja para materiais produtivos ou improdutivos. O

quadro 6 apresenta um modelo de solicitação de compras:

Unidade Solicitante: Materialuso * Interno

* na O.S. Nº_______

Obs:

Solicitante: Aprovação: Compras:

Nome/Logo da

empresaSolicitação de Compra

Data __/__/__

Item Descrição Código Quantidade

Quadro 6 – Modelo de Solicitação de Compras

Fonte: Martins e Alt (2006 p.118)

No modelo de solicitação de compras, representa o formulário para envio ao

fornecedor com o código e descrição do item, a quantidade a ser cotada, assim como a data e

o solicitante desta cotação.

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40

6.2.5.2 Cotações

Dias (1993, p. 272) define a cotação como o registro do preço obtido de uma oferta de

venda de diversos fornecedores em relação ao material que teve sua compra solicitada. Neste

contexto Martins e Alt (2006, p. 132) comentam que as cotações são realizadas logo após o

comprador receber as solicitações de compras, os autores ainda comentam que ―o setor de

compras efetua as cotações com pelo menos três fornecedores – é a prática usual, mas, quando

necessário devido à freqüência ou ao alto valor da compra, podem ser feitas mais cotações.

As cotações devem ser legíveis, sem rasuras, devendo conter preço, quantidade,

condição de pagamento, e deve ser estar disponível a qualquer momento para consulta e

análise de Auditoria quando for solicitado, afirma Dias (1993).

Dias (1993) completa dizendo que assim como os fornecedores enviam propostas com

uma série de condições gerais para fornecimento, as empresas também fixam diversas

condições para o fornecedor. No quadro 7 algumas condições mais usadas pelos fornecedores

segundo Dias (1993, p. 273-275):

1 As propostas ficam sujeitas a confirmação.

2 Os preços indicados são líquidos, para entrega na fábrica.

3 [...] o comprador não pode suspender ou reduzir o pagamento, baseado em

reclamações não reconhecidas [...].

4 Os prazos de fabricação são geralmente indicados na proposta em dias úteis de

trabalho de acordo com a programação estimada da data da proposta. [...]

5

Exceções ou modificações dessas ―Condições Gerais‖ somente serão válidas

quando forem aceitas por escrito. Na existência de condições gerais de compra

estabelecidas pelo comprador, contrárias às condições gerais, prevalecem estas

últimas.

Quadro 7 – Condições para Fornecimento

Fonte: Dias (1993, p.273-275)

Por fim Martins e Alt (2006 p. 132-133) assim como Dias (1993 p. 274) recomendam

a utilização de um ―Quadro comparativo de proposta de fornecimento‖, também chamado de

―Mapa comparativo de preços‖, um modelo de formulário de registro das cotações

apresentadas pelos fornecedores. O quadro 8 apresenta o ― Registro de Compra‖ também

chamado de orçamento ou cotação.

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Nome/Logo da Empresa Quadro comparativo de propostas

de fornecimento Data __/__/__

Solicitação de proposta Fornecedor A Fornecedor B Fornecedor C

Nº Data __/__/__

1. Preço Unitário

2. Condições de pagamento

3. Valor total

4. Data da última compra

5. Avaliação do fornecedor

Nota de 1 a 4

1 – Não confiável

2 – Primeira compra

3 – Confiável

4 – Fornecedor habitual

Avaliação ponderada

Classificação para este

pedido

Preparado por: Compras:

Aprovação da

Diretoria:

Emitido pedido de

compra

Data: Data: Data:

Em __/__/__

PC Nº_____ Quadro 8 – Registro de Proposta

Fonte: Martins e Alt (2006 p.133)

No quadro 8 é apresentado o Registro de Proposta, onde são analisados as propostas

de fornecimento dos fornecedores cotados. Neste registro são informados dados como o nome

do fornecedor, preços unitários, condições de pagamento, a avaliação do fornecedor, enfim

deve conter as informações necessárias para que a tomada de decisão de compra seja realizada

com êxito.

6.2.5.3 Pedido de Compra

Dias (1995 p. 257) explica que ―o pedido de compra é um contrato formal entre a

empresa e o fornecedor, devendo representar fielmente todas as condições em que foi feita a

negociação‖.

Para Dias (1995 p. 257) o pedido de compra tem o mesmo poder de um contrato,

sendo assim, sua aceitação pelo fornecedor implica na aceitação de todas as condições

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estipuladas, tais como: as quantidades, a data de entrega, preços, prazos, e local de entrega.

Dias (1990, p. 302) afirma que:

O comprador é responsável pelas condições e característica da compra aí

estabelecida, razão pela qual o fornecedor deve estar ciente de todas as cláusulas e

pré-requisitos constantes do impresso, dos procedimentos que regem o recebimento

das peças e produtos, dos controles e das exigências de qualidade, para que o pedido

possa legalmente ser considerado em vigor (DIAS, 1990 p.302).

Martins e Alt (2006 p.132) propõem um modelo de pedido de compra que poderá ser

útil a qualquer tipo de empresa, podendo cada organização modificá-lo conforme sua

necessidade. O quadro 9 apresenta um modelo de pedido de compra.

Nome/Logo da

empresa Pedido de Compra Nº

Data __/__/__

Rua do Conselheiro, 000 – V.Jaraguá – SP Cep 00000-000 Tel.(0xx11)000-0000 Fax(0xx11) 000-

0000

C.N.J. 00.000.000/0000-00 Inscr. Est. 000.000.000.000 e-mail:

[email protected]

Fornecedor:

________________________________________________________________________

Telefone:__________________Contato:_________________Confirmação do fax:___________

Solicitamos o fornecimento dos materiais ou serviços abaixo relacionados, conforme sua proposta.

Quant. Unid. Descrição Preço

Unit. Subtotal

Condições de pagamento: ______________________ Prazo de entrega:________________

Transporte Próprio Por conta do fornecedor

Local de retirada:

___________________________________________________________________

Horário de retirada: _________________________

Referência: (Próximo a) ____________________________________________________________

Aprovado por:_______________________________ em________________________________

Quadro 9 – Modelo de Pedido de Compra

Fonte: Martins e Alt (2006 p.132)

No Pedido de Compra, são informados os dados do fornecedor que irá realizar o

fornecimento, os dados dos produtos, assim como valores, impostos, condições de pagamento,

tipo de frete e etc. O pedido de compra é o documento que irá comprovar e garantir o pedido

realizado é muito importante que este documento seja preenchido de forma correta, pois é

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através deste registro que o fornecedor irá emitir o pedido de compra, tendo como base todas

as informações contidas no pedido de compra.

6.2.5.4 Follow-Up

Segundo Martins e Alt (2006 p.132) o departamento de compras também é

responsável por realizar o acompanhamento dos pedidos, o follow-up, de todas as compras

realizadas evitando atrasos nas entregas.

Dias (1995 p.263) explica que:

Um comprador eficaz deve manter um arquivo onde deve registrar a vida do

produto, controlando todas as fases do processo de compra, as variações de preço, as

modificações das quantidades solicitadas, a indicação de uma nova condição de

pagamento e as entradas de mercadorias correspondentes ao pedido colocado (DIAS,

1995 p.263).

Por fim Dias (1993 p.281) apresenta um modelo de ficha de acompanhamento para

acompanhamento de pedidos, o follow-up no quadro 10.

Descrição CÓDIGO

1 3

2 4

Data Pedido Quants. Programa Prazos F ENTRADAS

PREÇO NF Data Qtde. Pedido Devol. Saldo

Quadro 10 – Modelo de Ficha de Acompanhamento de Compras

Fonte: Dias (1993 p. 281)

No quadro 10 Modelo de Ficha de Acompanhamento de Compras, é mostrado o

histórico de entregas dos materiais comprados. Se um pedido de compra vier parcial, com

quantidades menores que o solicitado, é através deste registro que poderemos acompanhar as

compras realizadas. Também constam informações como a descrição e código do material, a

data de entrega, data e número da nota fiscal de compra, assim como o valor e saldo do

produto, assim pode se ter um melhor controle do fluxo do material adquirido.

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6.2.6 A TI e os sistemas de informação de compras

De acordo com Baily et al. (2000, p. 371) ― o advento da tecnologia da informação

(TI) e os sistemas de software mais integrados tem mudado radicalmente a área de compras.

Embora o escritório com menos papel possa ainda estar no futuro ou até mesmo não ocorrer,

raramente as transações simples de hoje serão baseadas em papel‖.

Baily et al. (2000) enfatizam a importância do planejamento de sistemas.

Normalmente as empresas têm 2 opções: comprarem um sistema pronto que, normalmente

não satisfaz todas as necessidades, porém com custo mais acessível ou, despenderem de um

valor um pouco maior e realizar toda a tarefa de planejamento e customização do sistema com

uma visão mais ampla, muitas vezes projetando mudanças futuras. Para Baily et al. (2000) é

necessária a integração dos sistemas no momento dos seus planejamentos pois, após a

utilização do sistema, os custos para esta integração serão maiores.

Já para Plossl (1993) o sistema central se divide em uma série de subsistemas que

devem estar integrados. Dentre estes subsistemas definidos por Plossl (1993), existe o sistema

de suprimento que é o responsável pela atividade de compras. Este sistema de suprimentos

esta diretamente ligada ao sistema de planejamento e controle, fornecendo informações sobre

encomendas, históricos de preços, qualidade de entregas, enfim, informações referentes às

fontes de suprimentos. Outro subsistema integrado a este é o de avaliação de fornecedores que

auxilia com informações sobre o histórico dos fornecedores. Plossl (1993) ressalta que a

importância da interface entre o sistema de compras e o sistema financeiro dando previsões de

pagamentos futuros. Conforme o autor, a interligação de todos os subsistemas é crucial para o

bom andamento de todos os sistemas interligados, garantindo sua credibilidade.

Plossl (1993) cita que em algumas empresas os sistemas são vistos como soluções para

os problemas existentes, conseqüentes de uma falta de planejamento, normalmente dos

processos e fluxos, que acabam sendo transferidos para o sistema comprometendo assim, seu

desempenho. Logo, pode se fazer uma ligação da importância do planejamento de sistemas de

Baily et al.,(2000) com a visão definida por Plossl (1993), que mesmo sem um sistema, as

empresas devem ter um planejamento eficiente de processos em atividades visando para

preparar falhas pois, sem estes passos anteriores a implementação do sistema, os problemas

podem persistir ou até piorar.

Plossl (1993) também fala das restrições de uso dos sistemas pois, de acordo com a

sua visão, é necessário restringir os acessos aos sistemas, de forma que cada usuário consiga

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navegar apenas naquelas telas pertinentes ao seu trabalho. Tais restrições devem ser feitas

após uma avaliação minuciosa das tarefas e necessidades de acessos de cada empresa.

Obviamente que os gerentes, gestores de níveis superiores aos usuários operacionais e

diretores devem ter acessos mais amplos, conseguindo visualizar relatórios gerenciais, e

informações pertinentes ao auxílio na tomada de decisão.

Tratando ainda da eficiência dos sistemas Baily et al. (2000) comentam sobre a

necessidade de treinamento adequado aos usuários, a entrada de dados deve ser padronizada

para que gere relatórios com informações fidedignas aos tomadores de decisão da empresa.

Baily et al. (2000) enfocam ainda a troca de informações entre empresa e fornecedor

através de correio eletrônico, fornecendo assim o menor gasto de papel e mais agilidade na

troca de informação, agilizando o processo como um todo. Para se usar esta ferramenta é

necessário o acesso a computadores e a Internet (rede global de informações), serviços

oferecidos por provedores de internet com custos razoavelmente baixos em comparação aos

custos dos sistemas de informação. Além da questão do preparo da equipe interna e dos

fornecedores.

De forma geral pode se afirmar que o sistema de compras a ser adotado deve ser

alinhado ao processo da empresa, muitas vezes necessitando customização em função das

diferenças de processos entre a área de compras das empresas. Outro ponto que deve ser

avaliado é a credibilidade do sistema, um sistema que não é alimentado de forma adequada

não auxiliará de forma eficiente a empresa, do contrário, será apenas mais um item do

processo a ser utilizado, afirma Plossl (1993).

6.3 GESTÃO DE ESTOQUE

Cada vez mais a importância atribuída à gestão de estoques como elemento

fundamental para a redução e o controle dos custos e melhoria do nível de serviço prestado

pela empresa. Os estoques aparecem na cadeia de valor sob diversas formas (matérias primas,

produtos em processamento e produtos acabados) que se caracterizam por diferenças como no

peso, volume, no giro, no custo adicionado e ao tempo de entrega apresenta Wanke (2003

p.11). Neste contesto Ching (2001 p.32) comenta que os estoques absorvem o capital que

poderia ser investido de outras maneiras e, que acabam desviando fundos de outros usos

potenciais e tem o mesmo custo de capital que qualquer outro projeto de investimento da

empresa.

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Martins et al. (2002, p. 155) afirmam que:

A gestão de estoques permite ao administrador verificar se os estoques estão sendo

bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam,

possibilita ainda verificar se estes são bem manuseados e bem controlados

(MARTINS et al., 2002, p.155).

Para Ching (2001 p. 34) ―as organizações agora exigem estratégias mais proativas

porque passam a ser baseadas nas necessidades dos clientes.‖ Ching (2001 p.34) ainda

comenta que para compreender o papel dos estoques, é necessário que seja examinado dentro

do contexto de todo o negócio, e que o estoque faz parte do planejamento empresarial.

Na próxima seção serão apresentados as funções e objetivos de estoque, os tipos de

estoque e os métodos e controle de estoque.

6.3.1 Função e objetivos de estoque

Segundo Dias (1993, p. 23), ―o objetivo da gestão de estoques é otimizar o

investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos da empresa,

minimizando as necessidades de capital investido‖. Os estoques de produto acabado, as

matérias-primas e material em processo não podem ser vistos como independentes. Na

concepção de Dias (1993), quaisquer que forem as decisões sobre um determinado tipo de

estoque, elas terão influência sobre os outros tipos de estoques.

A função da administração de estoques é maximizar o efeito lubrificante no feedback

de vendas e o ajuste do planejamento de produção, a administração de estoque deve

minimizar o capital total investido em estoques, pois o estoque é caro e aumenta

continuamente, uma vez que o custo financeiro aumenta, afirma Dias (1995 p. 20).Neste

contexto Martins e Alt (2006 p.168) afirmam que a função do estoque é funcionar como

reguladores do fluxo de negócio. A velocidade como as mercadorias são recebidas é diferente

da velocidade com que são utilizadas, sendo assim existe a necessidade de um estoque

funcionando como um amortecedor.

Sendo assim Dias (1993 p. 24) define que o objetivo do estoque é otimizar o seu

investimento, aumentando o uso eficiente dos meios internos da empresa, minimizando as

necessidades de capital investido. Já para Ching (2001 p.37) a própria definição de estoque

evidencia seus objetivos, que são planejar o estoque, as quantidades de materiais que entram e

saem e os pontos de pedido de materiais.

Barbieri e Machline (2006, p. 35), em suas palavras dizem que:

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47

Os estoques são constituídos por todos os itens de materiais destinados à venda, ao

processamento interno e ao consumo concernentes as atividades fins da organização

[...] Esses materiais fazem parte do ativo circulante e passam a integrar o custo do

serviço quando consumidos para a realização das atividades fins da organização

(BARBIERI; MACHLINE, 2006, p. 35).

Para alcançar esses objetivos Ching (200, p.37), apresenta as seguintes funções básicas

a serem realizadas:

Fazer o cálculo do estoque mínimo;

Fazer o cálculo do lote de suprimento;

Fazer o cálculo do estoque máximo;

Manter atualizado a ficha de estoque;

Replanejar os dados quando houver razões para modificações;

Emitir solicitações de compra quando atingir ponto de ressuprimento;

Receber o material do fornecedor;

Identificar o material e armazená-lo;

Conservar o material em local adequado;

Entregar o material mediante requisição;

Atualizar a ficha de estoque e guardar a documentação de movimentação do material;

Organizar o almoxarifado e manter sua organização.

6.3.2 Tipos de estoques

Dias (1995) assim como Martins e Alt (2006) apresentam os principais tipos de

estoque encontrados em uma empresa e são classificados, principalmente para efeitos

contábeis, em cinco grandes categorias:

Estoques de materiais: são todos os itens utilizados nos processos de transformação

dos produtos acabados. Todos os materiais que são utilizados no processo produtivo,

independente de serem materiais diretos, que se incorporam ao produto final, ou

indiretos, que não incorporam ao produto final. Enquadram-se os materiais auxiliares,

que são itens utilizados pela empresa, mas que pouco ou nada de relacionam com o

processo produtivo, como os materiais de escritório e limpeza.

Estoques de produtos e processos: correspondem a todos os itens que já então no

processo produtivo, porém ainda não são produtos acabados.

Estoques de produtos acabados: são todos os itens que estão prontos para ser entregues

aos consumidores finais, ou seja, os produtos finais da empresa.

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Estoques em trânsito: representam todos os itens que já foram enviados pra entrega de

uma unidade fabril pra outra, geralmente da mesma empresa, e ainda não chegaram ao

seu destino final.

Estoques em consignação: são todos os materiais que continuam sendo de propriedade

do fornecedor até que sejam vendidos, caso não sejam vendidos, são devolvidos sem

ônus.

Martins e Alt (2006 p.171) também definem os tipos de materiais em dois grupos, são

eles:

Materiais diretos: conhecidos como materiais produtivos ou matérias-primas são

aqueles que se agregam ao produto final. Exemplos: os pneus de automóvel e o copo

do liquidificador.

Materiais indiretos: também denominados materiais não produtivos ou materiais

auxiliares, são aqueles que não se agregam ao produto final. Exemplos: óleos de corte

das máquinas-ferramentas que são utilizados na usinagem de um material direto.

6.3.3 Métodos de controle de estoques

Os métodos de controle de estoque podem ser adotados conforme a natureza da

demanda. A fim de escolher o melhor método a ser adotado, deve-se ter o conhecimento das

diferentes naturezas de demanda.

Slack et al. (1999, p.235) classificam a natureza da demanda em dois tipos: demanda

dependente e demanda independente. Já Dias (1995, p.133) define a demanda de um item

como ―[...] depende quando este item vai fazer parte ou se transformar em outro, ou seja, é

dependente porque depende dos planos de produção de outro item‖. Dias (1995), assim como

Arnold (1999) declaram que a demanda dependente esta relacionada diretamente com a

necessidade de produtos acabados podendo ser dimensionada através de previsões.

Dias (1995) classifica os métodos de controle de estoque para demanda independente,

em três diferentes métodos:

Sistemas de duas gavetas: controla o estoque através de duas caixas ou gavetas. A

primeira gaveta possui quantidade de material necessária para suprir a demanda

durante o tempo de reposição e o estoque de segurança. A segunda possui a

quantidade de material necessária para suprir a demanda no período previsto e através

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dela que as requisições do almoxarifado são atendidas. Quando esvazia a segunda

gaveta, é feito um novo pedido de compra e atende-se a demanda através da primeira

gaveta, e o restante dos materiais devem ser depositados na segunda que, por sua vez,

passa a atender novamente demanda (DIAS, 1995).

Sistemas de revisões periódicas: consiste na organização de datas para reposição de

materiais, e que deverão ser realizadas em um intervalo de tempo fixo e em

quantidades variáveis, já que a mesma será a necessidade da demanda para o próximo

período. Deve ser considerado, um estoque mínimo, de forma a atender uma demanda

inesperada, ou ainda, prevenir atrasos de entrega durante o período de revisão e tempo

da reposição (DIAS, 1995).

Sistemas de máximos e mínimos: consiste em repor os materiais em quantidades fixas

e em períodos variáveis, uma vez que os materiais somente serão repostos no

momento em que a quantidade que os materiais somente serão repostos no momento

em que a quantidade de materiais existentes no estoque atingir o ponto de pedido

(DIAS 1995). Arnold (1999) nomeia esse sistema como ―sistema de ponto de pedido‖,

onde há uma emissão de um pedido de compra de materiais no momento em há ainda

um estoque para satisfazer a demanda. O autor salienta que esse estoque deve ser o

suficiente para a satisfação das necessidades da demanda durante o período de lead

time, tempo desde a emissão do pedido até a chegada do novo estoque.

Segundo Ballou (1993) o ponto de pedido pode ser calculado a partir do produto entre o

tempo de reposição e a taxa de consumo.

Arnold (1999) nomeia esse sistema como ―sistema de ponto de pedido‖, onde há uma

emissão de um pedido de compra de materiais no momento em que há ainda um estoque para

satisfazer à de manda. Arnold (1999) salienta que esse estoque deve ser o suficiente para a

satisfação das necessidades da demanda durante o período de lead time, tempo desde a

emissão do pedido até a chegada do novo estoque.

Segundo Arnold (1999), o ―sistema de ponto de pedido‖ possui duas extensões e através

delas é que se atinge o ponto de pedido. A primeira extensão é o sistema de duas gavetas, já

apresentado anteriormente na ótica de Dias (1995), e a segunda é o sistema de registro de

estoque perpétuo, onde o autor relata que as transações são registradas à medida que ocorrem,

através de sistemas manuais ou sistemas computadorizados.

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6.3.4 Classificação dos estoques

Segundo Dias (1993), o objetivo da classificação de materiais é definir uma

catalogação, simplificação, especificação, normalização, padronização e codificação de todos

os materiais componentes do estoque da empresa. O autor salienta que, a necessidade de um

sistema de classificação é primordial para qualquer departamento de materiais, pois sem ele

não pode existir um controle eficiente dos estoques, procedimentos de armazenagem não pode

existir um controle eficiente dos estoques, procedimentos de armazenagem adequados e uma

operacionalização do almoxarifado de maneira correta.

Dias (1993, p.189) diz que classificar um material é agrupá-lo segundo sua forma,

dimensão, peso, tipo ou uso.

A classificação não deve gerar confusão, ou seja, um produto não poderá ser

classificado de modo que seja confundido com outro, mesmo sendo semelhante. A

classificação, ainda, deve ser feita de maneira que cada gênero de material ocupe seu

respectivo local. (DIAS, 1993, p. 189).

Para Messias (1993), o método ABC de classificação de materiais, consiste em três

grupos, A, B e C, classificando-os de acordo com seus valores, e dando maior importância de

controle aos materiais de maior valor monetário. Para classificar materiais dentro desse

método Messias (1993) considera que, os diversos fatores que devem ser considerados são:

Tempo de fornecimento;

Volume do material;

Perecibilidade;

Condições de mercado;

Lote econômico;

Mudança de modelos;

Modificações nos desenhos.

Messias (1993) salienta que a classificação de materiais seja de acordo com as

seguintes colocações:

Materiais A: são os mais caros e em menor número, portanto, como regra geral,

devem permanecer em estoque por pouco tempo, isto é, no máximo quinze

dias;

Materiais B: são os materiais de quantidades e valores intermediários, e podem

ficar estocados de 30 a 60 dias;

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Materiais C: são os materiais de pouco valor e de grandes quantidades,

portanto podem ficar estocados de 1220 a 180 dias.

Na concepção de Messias (1993) este critério serve como regra, mas existem os

materiais que fogem a regra, em virtude de outros fatores. Com base na experiência do

classificador eles são:

Materiais perecíveis e de custo pequeno: de acordo com a regra, deveriam ser

classificados em C por custarem pouco, mas como podem ser estocados apenas

por alguns dias, devemos classificá-los em A.

Materiais importados e de custo intermediário: em termos de valores, deveriam

ser classificados em B, mas o tempo de importação (mínimo 6 meses), leva o

administrador a classificá-lo em C, isso em virtude do longo prazo de

reabastecimento do item.

Davis (2001) enfatiza a análise ABC com um sistema que oferece uma técnica de

controle e ciclo de contagem de estoque que podemos melhorar a precisão dos registros.

Segundo Davis (2001) manter o estoque através da contagem, fazendo pedidos,

recebendo materiais, e assim por diante custa tempo de pessoal e dinheiro. Quando existem

limites nestes recursos, como é na maioria dos casos, o movimento lógico é tentar usar os

recursos disponíveis para controlar o estoque da melhor maneira possível.

Davis (2001) ressalta que, qualquer sistema de estoque deve especificar quando um

pedido está para ser feito para um item e quantas unidades pedir. Em muitas situações

envolvendo controle de estoque, existem tantos itens envolvidos que não é pratico modelar e

dar um tratamento total de cada item. Para superar este problema, o esquema de classificação

ABC divide os itens de estoque em três grupos: grande volume de dinheiro (A), volume

moderado de dinheiro (B), e baixo volume de dinheiro (C). O Volume de dinheiro é uma

medida de importância; um item de baixo custo, mas de alto volume pode ser mais importante

que um item de alto custo e baixo volume. Davis (2001) diz que, se o uso anual de itens de

estoque é listado de acordo com o volume de dinheiro, a lista mostra geralmente que um

pequeno número de itens responde por um grande volume de dinheiro e que um grande

número de itens responde por um pequeno volume de dinheiro.

Desta maneira Davis (2001) afirma que o objetivo da classificação dos itens em

grupos é estabelecer o grau apropriado de controle de cada item. Na classificação do autor,

numa base periódica, os itens Classe A podem ser mais nitidamente controlados com pedidos

semanais, os itens Classe B podem ser pedidos quinzenalmente, e os itens Classe C podem ser

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pedidos mensalmente ou bimensalmente. Algumas vezes o item pode ser crítico para o

sistema se sua ausência cria uma perda considerável. Neste caso, independente da sua

classificação deveriam ser mantidos grandes estoques disponíveis para evitar a falta. Uma

maneira de garantir um controle mais próximo é atribuir esse item como um item A ou B,

forçando-o numa categoria, mesmo que seu volume associado de dinheiro não garanta tal

inclusão.

Ching (2001) diz que o método da curva ABC é um dos mais antigos e conhecidos e,

ainda é aplicado em muitas empresas, pois neste método cada produto deve ser classificado de

acordo com seus requisitos antes de estabelecer uma política adequada de estoque. O autor

salienta que, a curva ABC baseia-se no raciocínio de Pareto, em que nem todos os itens têm a

mesma importância, e a atenção deve ser dada para os mais significativos

Para uma política de estoques dizemos que 20% dos itens em estoque são

responsáveis por 80% do valor do estoque. A linha completa de itens em estoque

pode ser classificada desde o item de maior valor até o de menor valor (CHING,

2001, p. 46)

6.4 ALMOXARIFADO

Neto e Filho (1998, p. 57) ―definem o almoxarifado como o local onde se encontram

os insumos necessários à sustentação do processo e do sistema produtivo, seja ele de bens ou

de serviços‖. ―Almoxarifado pode se entendido como um reservatório que dá abrigo

provisório a determinados insumos‖ (Paterno, 1990, p. 124). Já para Viana (2000)

almoxarifado é o local destinado à guarda e conservação de materiais, adequados a sua

natureza, onde estes itens ficarão aguardando a necessidade de utilização. Barbieri e

Machiline (2006), comentam que o almoxarifado é o local próprio para o armazenamento de

suprimentos sendo eles: materiais de uso geral, produtos de limpeza, peças de reposições,

material de escritório, uniformes, utensílios, produtos químicos e outros.

Gusmão (2004) enfatiza que o almoxarifado pode ser definido como local destinado a

guarda dos materiais, sejam eles matérias-primas, componentes, materiais de consumo ou

outros itens que serão utilizados. O almoxarifado tem como finalidade receber, conferir,

estocar e distribuir os produtos comprados e utilizados por todos os setores da empresa seja

ele produtivo ou improdutivo explica Paterno (1990).

Sabe-se que almoxarifado é um local de extrema importância para as instituições, pois

é ele que irá armazenar e garantir a receita das organizações, neste sentido é preciso que tudo

aconteça de forma positiva para que não ocorram problemas logísticos.

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Conforme Araújo (1987), a missão do almoxarifado é servir de intermediário, dando

abrigo provisório aos produtos. Portanto o almoxarifado é o que responde pelas funções de

recebimento, armazenamento e distribuição dos materiais.

As principais funções do almoxarifado segundo Paterno (1990) são:

a. Recebimento dos materiais;

b. Guarda ou estocagem;

c. Controle;

d. Distribuição aos setores requisitantes;

e. Planejamento de quando e quanto comprar;

f. Levantamentos periódicos dos estoques;

g. Estabelecimento das quantidades máximas, mínimas e de ponto de pedido;

h. Elaboração de estatísticas.

Ballou (1993) comenta que existem quatro razões básicas para uma organização

utilizar o espaço físico que são: reduzir custos de transporte e produção, coordenar suprimento

e demanda auxiliar o processo de produção e auxiliar o processo de marketing.

Paterno (1990) diz que a área física destinada à estocagem centralizada de materiais

oscila de 0,80 a 1,20 m2 por leito, e deve abranger:

a. Local de recebimento e conferência de materiais;

b. Local de estocagem dotado de estrados, estantes simples e duplas;

c. Local de distribuição dos materiais requisitados;

d. Acesso externo coberto com marquise de proteção contra sol e chuva;

e. Corredores internos com largura mínima de 80 cm e externos com largura

mínima de 2,00m;

f. Plataforma para descarga;

g. Módulo de 1,20m e pé direito não inferior a 2,70m;

h. Sanitário exclusivo.

Dentro da classificação das teorias sobre os conceitos de almoxarifado, os autores

também mostraram as funções do almoxarifado, sua localização e a área física.

Desta forma, finalizou-se o referencial teórico, tendo início o capítulo do método.

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7 MÉTODO

Este capítulo apresenta os métodos e as técnicas utilizadas para o levantamento e análise

das informações relevantes para o desenvolvimento do trabalho.

7.1 ESCOLHAS METODOLÓGICAS

O tipo de pesquisa utilizada neste trabalho é a pesquisa qualitativa, que se trata de

―uma pesquisa descritiva, em que os investigadores, interessando-se mais pelo processo do

que pelos resultados, examinam os dados de maneira indutiva e privilegiam o significado‖

(BOAVENTURA, 2004, p. 56). Na pesquisa qualitativa os dados recolhidos possuem a

característica de serem ricos em detalhes e têm o objetivo de investigar as situações em toda a

sua complexidade e no contexto natural onde ocorrem (BOGDAN e BIKLEN apud

BOAVENTURA, 2004, p. 57). Para este trabalho, entende-se que a pesquisa qualitativa é a

melhor alternativa para o tipo de pesquisa a ser utilizado, uma vez que o objetivo principal e

propor um novo processo de comprar para o setor de almoxarifado. Com base nesse aspecto,

para atender essa necessidade, é necessário coletar dados qualitativos da situação da empresa

e da problemática enfrentada, com o intuito de buscar uma visão geral da mesma e da

necessidade enfrentada.

O método escolhido para o trabalho foi o estudo de caso que consiste na observação de

situações específicas ocorridas em um determinado contexto, ou seja, são observações

detalhadas de um contexto, de alguns acontecimentos específicos (BOAVENTURA, 2004, p.

124).

7.2 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS

Na coleta de dados, todos os participantes respondem ao mesmo tipo de pergunta,

mantendo-se uma flexibilidade nas respostas, isto é, o entrevistado responde com suas

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próprias palavras e, com isso, o entrevistador pode fugir do roteiro original acrescentando

novas questões se perceber que esta nova questão é pertinente ao assunto tratado. Além disso,

não há ordem direta das perguntas. Para esta pesquisa foi realizada uma entrevista com todos

os participantes do processo, o supervisor da área, com o comprador e com os auxiliares de

almoxarifado que estão envolvidos no processo de estoque, onde serão realizadas perguntas

conforme os Apêndices B,C, D e E.

A coleta de dados foi realizada com os funcionários do Almoxarifado da Dimed e o

supervisor administrativo. Além disso, foi realizada a observação participante para

acompanhar todo o processo de compras e controle de estoque para um melhor entendimento

das necessidades do setor.

A observação direta trata-se de uma técnica de coleta de dados que utiliza os sentidos

e percepções do observador. A observação ―não consiste apenas em ver ou ouvir, mas

também em examinar fatos ou fenômenos que se desejam estudar‖ (MARCONI e LAKATOS,

1986, p. 65). Segundo Marconi e Lakatos (2004, p. 65), a observação obriga o pesquisador a

ter um contato mais direto com a realidade, assim sendo, ajuda o pesquisador a interar-se

melhor sobre o contexto em que está inserido e a identificar situações não percebidas por

outras pessoas. Para esta pesquisa foi realizada a observação não-participante, onde se

descreveu o processo de compras, se detalhou as etapas de cotações, análise de preços,

emissão de pedido de compra, recebimento do pedido e controle de estoque.

Na pesquisa documental, Gil (2006) refere-se como a utilização de materiais da

organização que ainda não receberam uma análise definitiva ou que ainda podem ser

reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. Para o autor, a pesquisa documental é

dividida em dois tipos de documentos: os que são de primeira mão (que ainda não receberam

tratamento de análise, como fotografias, documentos oficiais, diários, gravações, etc.) e os de

segunda mão (documentos que já foram analisados como, por exemplo, relatórios de

empresas, relatórios de pesquisa, etc. Na pesquisa documental serão analisadas as requisições

internas, que são as solicitações recebidas dos funcionários para recebimento dos materiais do

almoxarifado, os relatórios de controle de estoque, que são utilizados para a tomada de

decisão para as compras, o objetivo desta análise

Abaixo, no quadro 11, são apresentadas as informações sobre as técnicas de coleta de

dados e as amostras utilizadas.

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Técnicas de coleta de dados Unidade amostral

Entrevista Semi-Estruturada

01 Supervisor de Apoio Administrativo

01 Comprador.

01 Auxiliar Administrativo de Almoxarifado

04 Auxiliares de Almoxarifado

Observação direta Processo de Compras e Controle de Estoque

Pesquisa documental As requisições internas de materiais

Relatórios do ERP para realização de compras.

Quadro 11 –Técnica de Coleta de Dados e Amostral

Fonte: O pesquisador

As dimensões e itens que apoiaram a coleta dos dados encontram-se no Quadro 12.

Dimensão Item Fonte

Processo

Indicadores de Desempenho Rummler e Brache (1994), Almeida (2002)

Sistema de gerenciamento

Rummler e Brache (1994), Gonçalves

(2002)

Compras

Solicitação de Compras Martins e Alt (2006), Dias (1993)

Cotações Martins e Alt (2006), Dias (1993)

Pedido de Compras

Dias (1995), Dias (1993), Martins e Alt

(2006)

Follow-Up

Martins e Alt (2006), Dias(1993), Dias

(1995)

Estoques Tipos de Estoque

Slack et al (1999), Dias (1995), Arnold

(1999)

Controle de Estoque

Slack et al (1999), Dias (1995), Arnold

(1999)

Almoxarifado Estrutura

Viana (2000), Gusmão (2004), Paterno

(1990).

Quadro 12 – Dimensões e Itens.

Fonte: O pesquisador

7.3 TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS

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Neste trabalho as técnicas de análise de dados serão utilizadas na interpretação das

respostas dos questionários, na análise dos tempos dos processos e na análise dos relatórios.

Com base nestes dados deve-se analisar procedimentos operacionais, identificando as falhas e

os problemas, e de acordo com a revisão de literatura feita no capítulo anterior, elaborar uma

solução para a empresa em estudo através de uma proposta de melhorias.

A pré-análise começa geralmente com os primeiros contatos com os documentos. A

seguir, procede-se a escolha dos documentos, a formulação de hipótese e a preparação do

material para análise. É a fase de organização (GIL, 2008). A exploração do material

constitui, normalmente, uma fase longa que tem como objetivo administrar sistematicamente

as decisões tomadas na pré-análise (GIL, 2008). Por fim, o tratamento dos dados, a inferência

e a interpretação, objetivam tornar os dados válidos e significativos. À medida que as

informações obtidas são checadas com informações já existentes, o que torna a análise de

conteúdo um dos mais importantes instrumentos para a análise das comunicações de massa

(GIL, 2008).

Segundo Cooper e Schindler (2004), a análise de conteúdo é apresentada como uma

técnica de pesquisa para a descrição objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo

manifesto de uma comunicação. A análise de conteúdo, segundo o autor, segue um processo

sistemático, iniciando com a seleção de um esquema de unificação. Suas unidades podem ser

sintáticas, referenciais, proporcionais ou temáticas. As unidades sintáticas são ilustradas por

palavras, que são as unidades menores e mais confiáveis. Já as unidades referenciais podem

ser objetos, fatos, pessoas, entre outros a que se refere. As proposicionais utilizam diversas

estruturas, podendo mostrar as relações entre o ator, o modo de atuar e o objeto. Por fim as

unidades temáticas são abstrações de nível mais alto, inferidas de sua conexão com uma

estrutura ou padrão único no conteúdo.

7.4 DESENHO DA PESQUISA

O desenho de pesquisa tem como objetivo mostrar as fases do processo para solução

da problemática enfrentada pelo almoxarifado da Dimed neste trabalho, identificando quais

procedimentos ocorrem em cada etapa da pesquisa, conforme mostra a figura 4.

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Referencial

Teórico

Roteiro de

Entrevista

Semi-Estruturada

Roteiro de

Observação

Não-Participante

Roteiro de

Pesquisa

Documental

Resumo e

Análise de

Dados

Mapeamento do Processo

de Compras e Controle

de Estoque

Identificação de Pontos

de Melhorias

Elaboração de

Plano de Ação

Fase I - Análise e Coleta de Dados Fase II – Mapeamento Fase III - Proposta

Definição de Indicadores

Figura 5 - Desenho da pesquisa.

Fonte: O Pesquisador

Na Fase I é feita a coleta e análise de dados, onde baseado no referencial teórico foram

elaborados os roteiros de entrevista semi-estruturada, observação participante e pesquisa

documental, que foram analisados a fim de conhecer os processos relacionados ao

almoxarifado da Dimed. Após o resumo e a análise de dados, inicia-se a fase II, que consiste

em mapear os processos de compras e controle de estoque, a identificação de pontos de

melhorias e a definição de indicadores de desempenho. Concluída a etapa, passa-se para uma

terceira e última fase do desenho de pesquisa, que é a fase III, que compreende a elaboração

do plano de ação.

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8 ANÁLISE DOS DADOS

Este capítulo apresenta a análise dos dados coletados através das entrevistas semi-

estruturadas, da observação direta e da pesquisa documental.

8.1 MAPEAMENTO DO PROCESSO DE COMPRAS E CONTROLE DE ESTOQUES

As entrevistas semi-estruturadas foram realizadas nos dias 15 e 16 de abril de 2010, de

forma presencial, gravadas com o consentimento dos entrevistados, com duração média de 30

minutos cada. O comprador e o auxiliar administrativo foram entrevistados juntamente, logo

após o entrevistado foi o supervisor administrativo e por fiM os quatro auxiliares foram

entrevistados ao mesmo tempo pelo pouco tempo disponível dos entrevistados. A pesquisa

documental e a observação participante também foram realizadas no mesmo período.

Analisando o construto processo de compra, na variável fases, o comprador do

almoxarifado da Dimed posicionou-se declarando que, primeiro é preciso surgir a necessidade

de compra, que se dá através do relatório gerado no ERP. Neste relatório consta a informação

do estoque atual e a quantidade de produtos consumidos em determinado período que é

definido pelo comprador, após a emissão do relatório o comprador anota no próprio relatório,

ao lado da descrição dos produtos, as quantidades a serem compradas. O comprador explicou

que existe uma função no ERP para análise de cotações e compras, porém não tem o hábito de

utilizá-lo por achar muito complicado e demorado o seu preenchimento e consulta. Em

seguida são observados nos relatórios os produtos e a quantidade que precisam ser comprados

e então o fornecedor é contatado, por e-mail ou por telefone. Este contato é realizado sempre

com o último fornecedor, ou seja, quase sempre o mesmo fornecedor, não havendo política de

cotações para as quantidades a serem compradas. O comprador explica que não é realizada a

ordem de compra, pois acha demorado o seu preenchimento e não visualiza benefícios e que

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utiliza a ordem de compra somente para um fornecedor, pois este exige a ordem de compra

para o fornecimento. Ele explica que a ordem de compra é enviada via EDI (movimento

eletrónico de documentos padrão de negócio entre, ou dentro, de empresas), após ser gerada a

ordem de compra, o comprador envia do próprio ERP ao fornecedor, que recebe no seu

sistema que tendo os materiais em estoque emite automaticamente a nota fiscal. Caso falte

algum material o fornecedor avisa imediatamente o comprador que geralmente deixa pendente

os itens que não estavam disponíves para serem entregues quando estiverem no estoque do

fornecedor. O comprador explica também que não são realizados cotações, pois os

fornecedores sempre mantêm os mesmos preços, que segundo o comprador é feito sempre a

conferência de valores quando é recebida a nota fiscal.

Por fim o comprador informa que o processo de compra encerra com a chegada dos

produtos no almoxarifado e com a conferência dos produtos, como o estado em que se

encontram e as quantidades. Os auxiliares de almoxarifado realizam essa conferência e caso

haja divergência comunicam ao comprador que resolve com o fornecedor. Após a conferência

o auxiliar administrativo abastece o estoque virtual com as informações da nota fiscal e envia

a nota fiscal ao supervisor administrativo para assinar e encaminhar ao financeiro para

pagamento.

O auxiliar de compras também relatou o processo de compra dos produtos do

almoxarifado. Comentou que o processo de compras é realizado pelo comprador, que

diariamente emite relatórios com a posição do estoque, faz a análise dos que precisam ser

comprados e informa ao fornecedor. O auxiliar administrativo afirma que o processo de

compras é finalizado quando ele lança no ERP os dados da nota fiscal, para que o estoque seja

abastecido com as informações, podendo assim o comprador analisar o estoque e realizar as

compras. O auxiliar administrativo solicita a assinatura do supervisor administrativo e

encaminha a nota fiscal ao financeiro.

Pelo fato de já terem sido analisadas as entrevistas com o comprador e o auxiliar

administrativo do almoxarifado, as fases citadas pelo supervisor se repetem com as já faladas,

porém são acrescentadas de alguns detalhes.

O supervisor administrativo do almoxarifado declara que o processo de compras é

baseado em um cadastro dos fornecedores já existentes. Primeiramente ele comenta que o

processo de compra dos produtos começa com a fase de reposição de estoques quando chega a

determinado nível. Quando um produto tem uma saída, então se faz reposição de estoques. O

supervisor administrativo explica que o comprador analisa a partir dos relatórios do estoque e

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define os produtos e quantidades a serem adquiridas e comunica ao fornecedor e desconhece

se existe a utilização da ordem de compra, mas que o comprador sempre faz cotações com os

fornecedores. Por fim o supervisor administrativo explica que o processo de compra é

finalizado quando os produtos são recebidos e conferidos pelos auxiliares do almoxarifado

que compraram os produtos com as informações da nota fiscal.

Vale salientar que o processo de compras é realizado somente pelo comprador que

analisa o mínimo de informações do relatório de Saída de Materiais por Grupo (Anexo C), e

que não foi identificado no processo o momento em que é realizada a conferência dos preços

praticados pelos fornecedores conforme entrevista do comprador.

Na pesquisa documental foi encontrado um arquivo físico contendo a pasta com o

cadastro de cada fornecedor, com cópias de notas fiscais do fornecedor, garantia de produtos,

informações cadastrais do fornecedor e outros documentos de registros. O almoxarifado

utiliza o formulário de requisição de materiais (Anexo A), com o qual se faz as solicitações

dos produtos ao almoxarifado através da tela de requisição de materiais (Anexo D). Este

formulário é preenchido pelos setores da Dimed via ERP.

No quadro 13 é apresentado o resumo da variável fases, em relação ao construto

processo de compra dos produtos:

Construto Variável Resumo

Processo de

Compra dos

Produtos

Fases

Surge necessidade de reposição de estoque;

O comprador emite relatório de estoque do ERP;

O comprador analisa as quantidades a serem

compradas;

O comprador informa sempre o mesmo

fornecedor as quantidades a serem compradas.

O fornecedor envia o pedido;

Os auxiliares de almoxarifado recebem e

conferem os produtos;

O auxiliar administrativo abastece o ERP com as

informações da nota fiscal.

O supervisor administrativo assina as notas

fiscais. Quadro 13 – Fases do processo de compra dos produtos.

Fonte: O pesquisador (2010).

Analisando o construto processo de compra dos produtos, na variável responsáveis,

o comprador diz que os principais responsáveis são o comprador e o supervisor

administrativo, que decidem se há recursos financeiros para fazer a compra e se o produto é

apropriado para o almoxarifado. O comprador é a responsável por procurar e pesquisar novos

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produtos e fornecedores, por fazer o contato com os mesmos, controlar o estoque e realizar as

compras. Já o supervisor administrativo, por ser o responsável pela área administrativa, no

qual o almoxarifado faz parte, é ele quem faz a assinatura da nota fiscal de compra.

O auxiliar administrativo é o responsável pelo abastecimento virtual do estoque, ou

seja, é ele quem informa ao estoque os produtos, quantidades e valores de cada nota fiscal

recebida. Também é o responsável pelos acertos de estoque caso haja divergência,

principalmente nos inventários. Por fim a equipe dos auxiliares de almoxarifado é responsável

pelo recebimento e conferência das compras.

Na pesquisa documental, não foram encontrados documentos que ilustram essa

variável.

No quadro 14 é apresentado o resumo da variável responsáveis, em relação ao

construto processo de compra dos produtos:

Construto Variável Resumo

Processo de

compra dos

produtos

Responsáveis

Supervisor Administrativo;

Comprador;

Auxiliar Administrativo;

Auxiliares de Almoxarifado.

Quadro 14 - Responsáveis do processo de compra dos produtos.

Fonte: O pesquisador (2010).

Analisando o construto processo de compras dos produtos, na variável entradas e

saídas, o comprador diz que, em uma visão geral, as entradas basicamente são: o lançamento

das notas fiscais para abastecimento do estoque, pois é através destas informações que o

comprador irá analisar para a tomada de decisão de compras, o recebimento dos produtos no

almoxarifado, abastecendo o estoque físico, e as solicitações de compras de novos produtos.

Como saída, ele considera o envio das matérias às filiais da empresa, o atendimento dos

pedidos internos dos setores da matriz, e conseqüentemente a entrega dos produtos aos

setores. O auxiliar administrativo e o supervisor administrativo relatam as mesmas entradas e

saídas do comprador.

Na pesquisa documental foram encontrados documentos que ilustram essa variável,

como o relatório de requisição de materiais (Anexo A) e cópias de notas fiscais de

fornecedores.

No quadro 15 é apresentado o resumo da variável entradas e saídas, em relação ao

construto processo de compra dos produtos:

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Construto Variável Resumo

Processo de

compra dos

produtos

Entradas e saídas

Entradas:

Lançamento das notas fiscais;

Recebimento dos produtos;

Solicitação de novos produtos.

Saídas:

Expedição dos produtos às filiais;

Atendimento dos pedidos internos.

Quadro 15 – Entradas e saídas do processo de compra dos produtos.

Fonte: O pesquisador (2010).

Analisando o construto processo de compras dos produtos, na variável indicadores

de desempenho, o comprador explica que o único indicador está relacionando as vendas das

filiais da Panvel, ou seja, o total de compras do almoxarifado não deve ultrapassar 3% do

faturamento da empresa. O supervisor de apoio administrativo, completa dizendo que este

indicador é muito utilizado, comprando de acordo com as metas estabelecidas pela direção da

empresa.

Na pesquisa documental foi encontrado um relatório mensal de fechamento contábil

do almoxarifado com o total de compras, com o indicador de desempenho indicando o

projetado e o realizado para o setor.

Analisando o construto processo de compras dos produtos, na variável formulário

de compras, o comprador explica que para a realização de compras utiliza somente o

relatório de estoque e que não faz uso de nenhum outro formulário para o processo de

compras, além disso, o entrevistado explica que existe a opção de emissão de ordem de

compra, mas não utiliza por achar complicado o seu preenchimento.

Na pesquisa documental, o pesquisador achou um modelo de ordem de compra.

(Anexo B), que é preenchido na tela de ordens de compra (Anexo C).

Analisando o construto processo de compra dos produtos, na variável aspectos

positivos e aspectos negativos, o comprador do almoxarifado comenta, entre os aspectos

positivos sobre questões referentes aos fornecedores como o pronto atendimento dos

fornecedores; variação do preço conforme quantidade solicitada; frete gratuito; prazo para

pagamento. Referente a aspectos positivos do processo de compras, o comprador cita o

controle eficaz dos produtos comprados, a possibilidade de abastecimento da empresa com

produtos de qualidade, e a ampla variedade de produtos disponíveis para consumo o

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comprador também sugere como um aspecto positivo a autoridade que ele possui para realizar

as compras, pois possui total liberdade.

Como aspecto negativo o entrevistado comenta que no processo de compras atual a

dificuldade enfrentada no desenvolvimento de novos fornecedores; também encontra

dificuldades de controlar pedidos em atraso, pois não existe esse controle.

O auxiliar administrativo e o supervisor administrativo tiveram as mesmas opiniões

que o comprador sobre os aspectos positivos e negativos do processo de compras. Porém o

supervisor administrativo acrescenta um aspecto negativo, que é o erro na conferência dos

pedidos no momento do recebimento das compras.

Na pesquisa documental não foram encontrados documentos que comprovem esta

variável.

No quadro 16 é apresentado o resumo da variável aspectos positivos e negativos, em

relação ao construto processo de compra dos produtos:

Construto Variável Resumo

Processo de

compra dos

produtos

Aspectos positivos e

aspectos negativos

Aspectos positivos:

Autoridade para comprar;

Controle eficaz das compras;

Compra de produtos de qualidade;

Grande variedade de produtos;

Aspectos negativos:

Não há desenvolvimento de novos

fornecedores;

Não existe controle de pedidos em

atraso;

Não existe controle dos pedidos de

compras. Quadro 16 – Aspectos positivos e negativos processo de compra dos produtos.

Fonte: O pesquisador (2010).

Analisando o construto processo de controle de estoque dos produtos, na variável

fases, o comprador comenta que este processo está ligado diretamente com o processo de

compras, os dois processos são realizados simultaneamente.

O comprador explica que o processo de controle de estoque dos produtos, acontece

quando é emitido o relatório do ERP para a análise de compras, ou seja, o processo de

compras depende automaticamente do processo de controle de estoque. Ele ainda salienta que

a cada seis meses é realizado o inventário fiscal no almoxarifado, que geralmente é realizado

em três dias. No inventário é realizada a contagem física dos produtos e feita a conferência

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com o relatório do estoque virtual, logo são realizados os ajustes de estoque com os novas

quantidades.

Para o comprador, faz parte do processo de controle de estoque, o momento em que o

auxiliar administrativo abastece o estoque virtual com as informações das notas ficais

recebida dos fornecedores, pois qualquer erro no lançamento terá efeito no processo de

controle de estoque. Ele também salienta a importância da conferência dos auxiliares de

almoxarifado no recebimento dos produtos.

As respostas do auxiliar administrativo, do supervisor administrativo e dos auxiliares

de almoxarifado se repetem com as informações passadas pelo comprador em relação à

variável Fases. Porém, o supervisor administrativo ressalta que, no processo de controle de

estoque é muito importante que a organização dos produtos seja feita de forma adequada, de

acordo com o espaço existente, pois muitas vezes ocorre de não ser encontrado um produto

devido ao seu mau armazenamento.

Na pesquisa documental foram encontrados relatórios como o de controle de estoque

chamado de relatório de Saída de Materiais por Grupo (Anexo C) e relatórios de inventários

semestrais.

No quadro 17 é apresentado o resumo da variável fases, em relação ao construto

processo de venda dos produtos:

Construto Variável Resumo

Processo de controle de

estoque dos produtos Fases

Emissão relatórios para controle de

estoque;

Lançamento das notas fiscais para

abastecer o estoque virtual;

Recebimento e conferência dos produtos

recebidos;

Armazenamento dos produtos no

almoxarifado;

Realização inventários semestrais. Quadro 17 - Fases processo de controle de estoque dos produtos.

Fonte: O pesquisador (2010).

Analisando o construto processo de controle de estoque dos produtos, na variável

responsáveis, o comprador diz que ele é o responsável direto no controle de estoque, porém

os auxiliares de almoxarifado tem grande responsabilidade neste processo pois são eles quem

recebem e conferem as compras dos produtos, etapa fundamental para que haja um controle

de estoque perfeito. Segundo o comprador o auxiliar administrativo também tem grande

participação no processo já que é de responsabilidade dele o lançamento das notas fiscais para

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abastecer o estoque, pois qualquer informação errada afetará controle de estoque realizado por

ele, o comprador.

As opiniões dos demais entrevistados concordam com as do comprador em relação à

variável responsáveis. Porém, o supervisor administrativo comenta que, é de responsabilidade

maior a do comprador, pois é o responsável por cobrar dos demais funcionários o correto

funcionamento dos processos.

Na pesquisa documental não foi encontrado documentos que comprove esta variável.

No quadro 19 é apresentado o resumo da variável responsáveis, em relação ao

construto processo de controle de estoque dos produtos:

Construto Variável Resumo

Processo de controle do

estoque dos produtos Responsáveis

Comprador;

Auxiliar administrativo;

Auxiliares de almoxarifado. Quadro 18 - Responsáveis do processo de controle de estoque dos produtos.

Fonte: O pesquisador (2010).

Analisando o construto processo de controle de estoque dos produtos, na

variável aspectos positivos e aspectos negativos, os entrevistados comentam entre os

aspectos positivos está uma boa gestão de estoque, pois assim dificilmente haverá falta no

estoque, e conseqüentemente um menor número de reclamações pelas filias e pelos

funcionários de outros setores. Outro aspecto ressaltado pelos entrevistados está à satisfação

dos clientes internos, que sempre serão atendidos nas suas necessidades de produtos,

satisfação que foi constatada com uma pesquisa realizada em 2008 com 200 filiais, que em

uma nota geral o setor de almoxarifado obteve um a pontuação de 8,5 em satisfação com os

produtos disponíveis para consumo.

Como aspectos negativos, comentam que, às vezes, ocorrem problemas para a

conferência dos produtos, alguns fornecedores enviam mercadorias avariadas, o que no

primeiro momento é de difícil conferência. Isso mais tarde terá que ser devolvido, às vezes em

grande dificuldade podendo até faltar no estoque. Outro aspecto negativo que os auxiliares de

almoxarifado ressaltam é quando o fornecedor troca a marca de um produto, por exemplo,

mandando um de qualidade menor do que o enviado geralmente, ocorrendo assim reclamação

dos usuários, pois dificilmente conseguem identificar essa troca de marca do produto, sendo

resolvido quase sempre na próxima compra em que irá informar ao fornecedor para enviar a

marca solicitada.

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O supervisor administrativo enfatiza como aspectos positivos que um bom controle de

estoque acarreta uma boa disponibilidade de produtos para a empresa, pois dependendo que

qual produto faltar, a empresa pode parar, como por exemplo, a falta de nota fiscal e cupom

fiscal. Também como aspecto positivo está o alto giro de estoque.

Na pesquisa documental, não foram encontrados documentos que comprovem esta

variável.

No quadro 19 é apresentado o resumo da variável aspectos positivos e negativos, em

relação ao construto processo de controle de estoque dos produtos:

Construto Variável Resumo

Processo de controle de

estoque dos produtos

Aspectos positivos

e aspectos

negativos

Aspectos positivos:

Disponibilidade de produtos no

estoque;

Rápido giro do estoque;

Satisfação com a qualidade dos

produtos.

Aspectos negativos:

Reclamações dos clientes internos

com a falta de produtos;

Fala de conferência dos produtos;

Troca da marca dos produtos pelo

fornecedor. Quadro 19 - Aspectos positivos e aspectos negativos do processo de controle de estoque dos produtos.

Fonte: A pesquisadora (2010).

Analisando o construto processo de controle de estoque produtos, na variável

entradas e saídas, os entrevistados dizem que, numa visão geral, as entradas são a chegada

dos produtos no almoxarifado, fazer controle de qualidade em cada produto individualmente,

assim como as quantidades recebidas, identificar os códigos e disponibilizá-los no estoque do

almoxarifado. Como entrada tem-se também os lançamentos da nota fiscal para abastecer o

estoque.

Como saídas, os entrevistados concordam dizendo que basicamente são a emissão das

notas fiscais e envio dos produtos solicitados pelas filiais da Panvel, e entrega de mercadoria

de produtos para os funcionários da matriz da Dimed.

As opiniões do supervisor administrativo, do comprador e do auxiliar administrativo

se repetem em relação à variável entradas e saídas.

Na pesquisa documental, foram encontrados cópias de notas fiscais das compras dos

produtos e cópias das notas fiscais emitidas para as filiais da Panvel.

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No quadro 20 é apresentado o resumo da variável entradas e saídas, em relação ao

construto processo de controle de estoque dos produtos:

Construto Variável Fases

Processo de controle de

estoque dos produtos Entradas e saídas

Entradas:

Chegada dos produtos na loja;

Conferência dos produtos;

Identificar os produtos com

código;

Disponibilizar os produtos no

estoque;

Saídas:

Emissão da nota fiscal para envio

as filiais;

Expedição dos produtos as filiais;

Entrega de produtos os

funcionários da matriz

Quadro 20 – Entradas e saídas do processo de controle de estoque dos produtos.

Fonte: O pesquisador (2010).

Analisando o construto processo de controle de estoque dos produtos, na variável

indicadores de desempenho, o comprador e o supervisor administrativo concordam que não

existe nenhum tipo de indicador que possa medir ou controlar o desempenho no processo de

controle de estoque dos produtos, mas que existe interesse na criação deste indicador.

Analisando o construto utilização do ERP, o comprador explicou que o processo de

compras e controle de estoque é totalmente realizado no ERP da empresa, não havendo

nenhum tipo de planilha paralela, mas alguns controles manuscritos, pois, dependendo da

urgência de um pedido de compra, o comprador anota em uma folha A4 os produtos que

comprou a pessoa que havia solicitado a compra, e quando seria a entrega do pedido. Ele

também comentou que a utilização do ERP é um pouco complicada pela necessidade de

preencher muitas informações para obter relatórios, e que algumas vezes o sistema apresenta

erros, ou inconsistências que são demoradas a serem resolvidas. O comprador enfatiza que

existe disponível uma variedade de funções no ERP, mas que utiliza somente as funções

básicas para o processo de compras e controle de estoque do almoxarifado, pois desconhece

algumas opções disponíveis. Por fim o entrevistado aponta o ERP como uma ferramenta

essencial para a tomada de decisão, pois é através dele que se obtêm todas as informações

necessárias para o desempenho do trabalho.

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Como sugestões de melhorias, e outras questões levantadas na entrevista o supervisor

administrativo falou sobre o layout do almoxarifado deveria, que deve ser melhorado para

melhor distribuição dos produtos recebidos no estoque do almoxarifado, ele finaliza

salientando que é preciso ampliar e melhorar cada vez mais o almoxarifado, para que haja

espaço físico adequado para acomodar os produtos e um melhor rendimento no trabalho dos

auxiliares de almoxarifado, desde o momento de recebimento, conferência, a entrada dos

produtos no estoque, a separação e o envio dos produtos as filiais da Panvel e aos clientes

internos na matriz da Dimed.

Na observação participante, o pesquisador observou os processos do almoxarifado,

concordando com o que foi dito nas entrevistas.

Dessa forma, finalizou-se a primeira fase da pesquisa: coleta e análise de dados.

8.2 REPRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS PROCESSOS

Nesta etapa foi realizado o mapeamento dos processos de compras e controle de

estoque dos produtos do almoxarifado.

8.2.1 Mapeamento dos processos de compras e controle de estoque dos produtos do

almoxarifado

A figura 6 apresenta fluxograma do atual processo de compras e controle de estoque do

Almoxarifado da Dimed S/A.

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Processo de Compras e Controle de Estoque no Almoxarifado da Dimed S/A

FornecedorEstoque

Almoxarifado

Auxiliar

Administrativo

Supervisor

AdministrativoComprador

Sim Não

Não

Emite relatório de

compras

Informa o

Comprador

Existe

necessidade

de compra

Envia o material

comprado

Fim

Tem o

produto?Analisa produtos a

serem comprados

Início

Compra está de

acordo com a NF?

Recebe a compra

e confere com a

NF

Informa a

quantidade a ser

comprada por e-

mail ou telefone

Lança NF no

ERP e

abastece o

estoque

Assina a NF

Envia ao

Financeiro para

pagamento

Sim

Informa ao

Comprador

Comunica o

Fornecedor

Sim

Armazena os

produtos no

estoque

Não

Compra de outro

fornecedor?

Sim

Não

Figura 6 – Fluxograma do atual processo de compras e controle de estoque do Almoxarifado

Fonte: O Pesquisador

O processo inicia com a necessidade de compra, identificado pelo comprador após

gerar e analisar o relatório de estoque do almoxarifado. No relatório as informações como o

código do produto, descrição do produto, estoque atual estão presentes e servem como dados

para análise do comprador, além disso, no momento em que o relatório é gerado o comprador

informa o período do relatório que, será o parâmetro que o sistema irá mostrar a quantidade de

produtos expedidos do almoxarifado e enviado às filiais. Se existir a necessidade de compra, o

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comprador definirá a quantidade a ser comprada e informa ao último fornecedor, por e-mail

ou telefone. O fornecedor informa se possuiu os produtos, se tiver estoque disponível ele

envia os produtos e quantidades solicitadas. Caso o fornecedor não consiga atender a

quantidade solicitada o comparador contata outro fornecedor. Após o fornecedor confirmar e

realizar a entrega dos produtos, os auxiliares de almoxarifado recebem os pedido e conferem o

material recebido com a nota fiscal. Se os produtos recebidos estiverem de acordo com a nota

fiscal, os produtos são levados para o estoque do almoxarifado e guardados nos seus

respectivos lugares. Se houver alguma divergência no recebimento do pedido, o comprador é

acionado e resolve o problema com o fornecedor. Após o recebimento dos produtos, a nota

fiscal é encaminhada ao auxiliar administrativo que abasteço no estoque virtual com as

informações da nota fiscal no ERP. O auxiliar administrativo solicita a assinatura do

supervisor administrativo, na nota fiscal, e envia ao financeiro para pagamento.

8.2.2 Análise dos processos de compras e controle de estoque dos produtos do

almoxarifado

Conforme o levantamento da situação atual do processo de compras do almoxarifado da

Dimed S/A, está em conformidade com o que é esperado para a área, porém as atividades

executadas podem e devem ser melhoradas.

Inicialmente, se percebeu que a análise para a tomada de decisão de compra é feita

totalmente manual embora, o ERP disponha de ferramentas para essa análise, pois para

análise de compras o comprador analisa o relatório de Saída de Materiais por Grupo, onde

consta apenas o código do material, a descrição, o saldo atual e a quantidade de saída do

material no período escolhido pelo comprador, que geralmente é de um mês, ou seja, no ERP

no momento em que o comprador emite relatório de Saída de Materiais por Grupo ele informa

o período que ele deseja analisar para saber a quantidade de produtos que teve saída naquele

período, com essas informações é realizada a compra dos materiais do almoxarifado. Outra

questão envolvendo o processo de compras está à falta da realização de cotações, pois não foi

identificado um controle efeito dos preços praticados pelos fornecedores, nem a análise de

custos, identificado como uma atividade típica do setor de compras. Segundo Dias (1990) isso

pode fazer com que o fornecedor acabe praticando altos preços e o comprador não esteja

preparado para fazer a negociação correta, pois não tem informação dos preços praticados por

outros fornecedores

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O cadastro de produtos possui as informações como a descrição do produto, o código, o

grupo a qual pertence, o estoque atual, o histórico de movimentações do produto que informa

para quais filiais aquele produto foi enviado, e um campo para inserir informações quando é

feito movimentações de estoque manual, campo onde é explicado o porquê da movimentação

manual. Seria importante a inclusão campo de ponto de reposição, estoque máximo e tempo

de reposição. Com esses parâmetros o comprador terá mais informações para a realização da

compra.

A ordem de compra, que é o controle e registro das solicitações dos pedidos de compra,

não está sendo utilizada no processo analisado, mesmo esta ferramenta estando disponível no

ERP. A ordem de compra ajudaria no momento do recebimento dos produtos, pois além da

conferência física com as informações da nota fiscal, os responsáveis pelo recebimento

poderiam fazer a conferência da ordem de compra com a nota fiscal, identificando

divergências entre o que foi solicitado e o recebido, como por exemplo: as quantidades,

valores, marcas, e descrição dos produtos comprados, assim como a condição de pagamento.

Além disso, serviria como registro de solicitação de compras, não podendo o fornecedor

praticar nada diferente do que o informado na ordem de compra.

O follow-up, que é o acompanhamento das compras, um dos problemas apontados pelo

comprador, não possui nenhum relatório que seja utilizado para esse fim, uma vez que, como

o comprador não faz o registro de compras no ERP, ficando inviável esse controle de

acompanhamento das compras justamente por não possuir um registro no sistema de compras

do almoxarifado.

Na parte que envolve os responsáveis pelo processo, se observou a falta de

conhecimento da utilização do ERP, e o não conhecimento de processos básicos de compra

por parte dos envolvidos. A centralização das compras em uma única pessoa dificulta a

implementação de novos processos e práticas de compras, havendo bastante resistência a

mudanças.

Em relação aos indicadores de desempenho, não foi possível identificar nenhum

indicador no controle do processo analisado isto dificulta o acompanhamento dos processos,

pois através de indicadores de desempenho de consegue uma manutenção dos processos, para

saber onde e como melhorar os processos no decorrer dos anos.

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8.3 FASE DE PROPOSTA

Nessa etapa é apresentada uma proposta para um novo fluxograma baseado em um

plano de ação para apoiar e suportar sua operacionalização.

8.3.1 Proposta

Como proposta de um novo processo de compras no almoxarifado da Dimed, sugere-

se:

8.3.1.1 Proposta Quanto aos Processos

Sugere-se inserir no cadastro de produtos (Anexo A e B) o campo de ponto de

reposição, utilizado como parâmetro de compra, pois em cada produto deverá constar a

informação de quantidade mínima a constar no estoque, também se propõe inserir o campo de

estoque máximo e tempo de reposição, melhorando o controle no estoque evitando as faltas e

os altos estoques, essas mudanças ajudariam no funcionamento do sistema para gerar cotações

e necessidade de materiais, conforme sugestão abaixo.

Para a criação de sistema de necessidade de materiais, sugere-se a partir das

alterações no cadastro de produtos, a criação do sistema de necessidade de materiais, com o

intuito de o próprio ERP gerar a necessidade de compras dos produtos, tendo como

parâmetros as informações do cadastro de produtos, como ponto de reposição, estoque

máximo, tempo de reposição, e ainda analisando as informações das quantidades de matérias

consumidos em determinado período. Com essas informações será possível indicar itens e

quantidades a serem cotados e comprados. O objetivo da criação deste sistema é que a

ferramenta gere a necessidade de compras automaticamente, ou seja, o ERP informar os itens

que precisam ser cotados e sugerir a quantidade a serem compradas, conseguindo assim o

planejamento de necessidade de materiais. Também se aconselha que este sistema gere um

relatório de cotações a serem enviados aos fornecedores. Assim o fornecedor receberá um

documento com a descrição dos itens e quantidade a serem orçados, que após serem

respondidas pelos fornecedores, seriam inseridas no sistema de compras de três cotações.

Criação de um sistema de compras de três cotações, apresentado por Dias (1990)

como característica básica para o processo de compras, se propõe a customização do ERP

para que seja alterado o sistema de compras e controle do almoxarifado, inserindo sistema de

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compras de três cotações. Com este sistema será possível fazer a análise das cotações dos

fornecedores, e assim barganhar e obter um custo de estoque menor. Para melhor a análise se

propõe também a criação do relatório de mapa comparativo de compras explicado a seguir.

Na confecção do relatório de mapa comparativo de compras para que esse relatório

será utilizado após o sistema de compras de três cotações estar preenchido, para uma melhor

análise do comprador ou do próprio supervisor administrativo. Esse relatório mostra os

fornecedores, produtos, valores e demais informações das cotações realizadas com os

fornecedores dos produtos a serem comprados. (Apêndice H)

Efetiva utilização da Ordem de Compra, pois no ERP já existe a opção de relatório

de ordem de compra, sugere-se apenas a utilização da ordem de compra como parte do

processo, sendo obrigatória sua utilização. O fornecedor terá que informar na nota fiscal o

número da ordem de compra, para melhor controle e conferência dos pedidos e para a

utilização na importação no momento do lançamento das notas fiscais.

Criação de relatório de acompanhamento de compras (follow-up), para isso sugere-

se o desenvolvido do relatório de acompanhamento de compras, com os parâmetros do

relatório da ordem de compra, como a data de entrega, número da ordem de compra, itens

comprados e etc., podendo ser acompanhado as entregas dos produtos, que servirá também

para saber quais os pedidos estão com a data de entrega atrasada. Este relatório também

poderá ser utilizado na avaliação dos fornecedores, tendo como parâmetros os fornecedores

que mais atrasam as entregas dos pedidos e/ou realizam as entregas parciais (Apêndice G).

Alteração no sistema de lançamento das notas fiscais, para que o lançamento das

notas fiscais para abastecimento dos produtos no estoque seja através da importação da ordem

de compra, ou seja, ao ser informado os dados na nota fiscal, o auxiliar administrativo irá

informar o número da ordem de compra e o ERP irá importar todas as informações desta para

o sistema de lançamento das notas fiscais. Após esta importação, o auxiliar administrativo

deverá conferir se as informações estão corretas tais como a descrição, as quantidades e os

valores dos produtos, devendo completar o lançamento com o número da nota fiscal, a data de

vencimento e demais informações financeiras. O objetivo é evitar erro no lançamento dos

produtos, uma vez que será importada a ordem de compra com todas as informações do

pedido realizado.

Realização de treinamento dos funcionários, para isso propõe-se o treinamento do

auxiliar administrativo e do comprador, para que após as alterações no processo e a

customização do ERP, os usuários possam utilizar as novas ferramentas de forma correta e

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eficiente. Também seria interessante que pelo menos o comprador do almoxarifado

participasse de cursos de aperfeiçoamento da área de compras e controle de estoque, visando

sempre a atualização dos conhecimentos da área.

8.3.1.2 Proposta Quanto aos Indicadores de Desempenho

Indicador de compras efetuadas, onde se fará o controle de total gasto em compras.

Sugere-se que o controle seja feito a partir dos relatórios de ordem de compras. Aconselha-se,

também, que seja verificado semanalmente para que durante o mês o comprador tenha o

controle efetivo do valor da compras, podendo assim ter o controle da meta de gastos

estabelecido pela empresa.

Indicador de recebimento de materiais, para que se faça um controle entre o número de

pedidos e a quantidade de vezes que houve recebimento total de materiais, assim tendo

controle de entregas parciais de mercadorias por parte dos fornecedores. Sugere-se que este

controle seja realizado mensalmente, e através dos históricos de recebimentos e definir uma

meta a ser alcançada, sempre com o intuito de diminuir o número de entregas e o tempo gasto

com o recebimento de materiais. Esse acompanhamento pode ser feito através do relatório de

acompanhamento de compras.

Indicadores de produtos mais comprados e fornecedores com maior fluxo de

compras em valor, ou seja, uma curva ABC de produtos mais comprados e uma curva ABC

de valores gastos com fornecedores, para uma melhor negociação. Aconselha-se a criação de

um relatório de curva ABC de produtos e fornecedores, e que esse controle seja realizado

mensalmente.

Indicadores de pagamento, controle de média de condição de pagamento praticado

pelos fornecedores, para que se possa trabalhar em uma melhor condição de pagamento,

gerando assim um prazo maior para empresa efetuar os pagamentos. Sugere-se a criação de

um relatório para que se consiga esta informação a partir do lançamento das notas fiscais.

Também se aconselha que o controle seja realizado mensalmente.

Para todos os indicadores de desempenho, sugerem-se reuniões mensais com o

supervisor administrativo, com o objetivo de avaliar o resultado alcançado e possíveis

correções quando o resultado for diferente do esperado. A meta de cada indicador pode variar

de acordo com o negócio da empresa.

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A figura 7 apresenta uma proposta para o novo fluxograma do processo de compras e

controle de estoque do Almoxarifado da Dimed S/A.

Proposta para o novo processo de Compras e Controle de Estoque no Almoxarifado da Dimed S/A

FornecedorEstoque

Almoxarifado

Auxiliar

Administrativo

Supervisor

AdministrativoComprador

Sim

Não

Não

Gera necessidade

de materiais no

ERP

Informa o

Comprador

Existe

necessidade de

compra?Envia a cotação

ao comprador

Fim

Tem os

produtos?

Analisa produtos a

serem comprados

Início

Material está de

acordo com a NF e

OC?

Recebe a compra

e confere produto

com NF e Ordem

de Compra

Envia cotação

para no mínimo 3

fornecedores

Lança NF no

ERP

abastecendo o

estoque

Supervisor assina

a NF

Envia ao

Financeiro para

pagamento

Sim

Informa ao

Comprador

Comunica o

Fornecedor

Sim

Armazena os

produtos no

estoque

Não

Faz cotação com

outro fornecedor?

Sim

Não

Insere

informações no

sistema de três

cotações

Emite a ordem de

compra e envia ao

fornecedor

escolhido

Envia o pedido

Analisa a melhor

proposta

Figura 7 – Proposta novo fluxograma do processo de compras e controle de estoque do Almoxarifado

Fonte: O Pesquisador

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8.3.2 Plano de Ação

Para a realização do Plano de Ação, foi realizada a entrevista com o comprador, o

supervisor administrativo e o analista de programação da Dimed S/A.

O plano de ação foi elaborado a partir das propostas de melhorias.

O que? Por que? Como? Quem? Onde? Quando?

Alterações no

cadastro de

produtos

Melhorar análise

das compras

Customização

do ERP

Analista de

Programação

CPD da Dimed

S/A

Até 4

semanas, após

aprovação da

Direção.

Criação do

Sistema de

necessidade de

materiais

Automatizar a

necessidade de

materiais

Customização

do ERP

Analista de

Programação

CPD da Dimed

S/A

Até 16

semanas, após

aprovação da

Direção.

Criação de um

sistema de

compras de três

cotações

Melhorar a análise

de cotação com os

fornecedores

Customização

do ERP

Analista de

Programação

CPD da Dimed

S/A

Até 8

semanas, após

aprovação da

Direção.

Confecção de

relatório de mapa

comparativo de

compras

Melhorar a análise

de cotação com os

fornecedores

Customização

do ERP

Analista de

Programação

CPD da Dimed

S/A

Desenvolvido

com o sistema

de três

cotações

Criação de

Relatório de

acompanhamento

de compras

(follow-up)

Acompanhamento

de compras

Customização

do ERP

Analista de

Programação

CPD da Dimed

S/A

Até 4

semanas, após

aprovação da

direção.

Alteração no

sistema de

lançamento das

notas fiscais

Automatizar o

lançamento das

Notas Fiscais

Customização

do ERP

Analista de

Programação

CPD da Dimed

S/A

Até 8

semanas, após

aprovação da

Direção.

Realização de

treinamento dos

funcionários

Melhor utilização

do ERP

Treinamento

das novas

funcionalidades

do ERP

Analista de

Programação

CPD da Dimed

S/A 20 horas

Criação de

indicador de

compras

efetuadas

Controle das

compras realizadas

Relatórios do

ERP Comprador Almoxarifado Semanalmente

Criação de

indicador de

recebimento de

materiais

Controle do

número de vezes de

recebimento de

pedidos

Relatórios do

ERP Comprador Almoxarifado Semanalmente

Criação de

indicador curva

ABC de produtos

e fornecedores

Controle de

produtos e

fornecedores

Relatórios do

ERP Comprador Almoxarifado Mensalmente

Criação de

indicadores de

condição de

pagamento

Controle da média

de condição de

pagamentos

Relatórios do

ERP Comprador Almoxarifado Mensalmente

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No plano de ação, baseado nas propostas para o novo processo de compras e controle de

estoque se reflete quase todo na customização do ERP e na criação de relatórios para o

acompanhamento dos indicadores de desempenho, em função disso se faz necessário os

serviços do setor de Tecnologia da Informação da empresa.

Com o novo processo de compras o comprador visualizaria a necessidade de compras

através do sistema de necessidade de materiais. O comprador tendo a necessidade de

reposição de materiais envia essa necessidade aos fornecedores através do relatório de

cotações, que tendo disponibilidade dos produtos cotados envia a cotação. O comprador

insere e analisa as cotações no sistema de três cotações do ERP, e decide qual o fornecedor

oferece as melhores condições de fornecimento. Após o comprador emite a ordem de compra

e envia aos fornecedores escolhidos.

O fornecedor recebe a ordem de compra e envia os produtos ao almoxarifado que, que

recebe e confere a nota fiscal com a ordem de compra, verificando que os produtos,

quantidades e valores estão de acordo com a nota fiscal. Após a conferência, se a nota fiscal

estiver em desacordo com a ordem de compra, o comprador é comunicado para que resolva o

problema com o fornecedor. Se o pedido estiver de acordo com a ordem de compra os

auxiliares do almoxarifado recebem e guardam os materiais em seus respectivos espaços

dentro do almoxarifado.

Após recebem o pedido os auxiliares de almoxarifado entregam a nota fiscal da

compra ao auxiliar administrativo, que lança no sistema de compras e controle do

almoxarifado, importando a ordem de compra com todas as informações do pedido.

Por fim, o auxiliar administrativo solicita a assinatura do supervisor administrativo nas

notas fiscais de compra e envia ao setor financeiro para pagamento.

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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

. Boa parte dos impasses que as organizações vêm enfrentando ultimamente é em

relação aos seus processos que muitas vezes não estão alinhados ao negócio. Baseado nisso

surgiu à ideia de melhorar o atual processo de compras do Almoxarifado da Dimed S/A,

através de uma proposta de um novo processo.

O trabalho teve como objetivos específicos o mapeamento do processo atual, a

elaboração de um novo processo e identificar os indicadores de desempenho para o processo

proposto, que foram alcançados com êxito, tais como, a alteração do cadastro de produtos

com a inclusão dos campos de ponto de reposição e estoque máximo, criação de sistema de

necessidade de materiais, a criação do sistema de três cotações para uma melhora análise de

preços, a confecção do relatório de mapa comparativo para analisar essas cotações, a

utilização efetiva da ordem de compra, a criação do relatório de acompanhamento dos

pedidos, o treinamento dos funcionários, alteração no sistema de lançamento das notas fiscais

para automatização nos lançamentos das notas fiscais e a utilização dos indicadores de

desempenho como o indicador de compras efetuadas, o indicador de recebimento de

materiais, o indicador de curva ABC de fornecedores e de produtos, e indicador de condição

de pagamentos.

Como resultado mais genérico, através deste trabalho será possível um melhor

controle nos processos de compras do Almoxarifado, melhorando a gestão de compras e

controle de estoque, pois através do ERP existente que existe atualmente se percebeu ser um

aliado muito importante, por ser muito confiável e consistente devendo ser feito um

treinamento com os usuários para que se utilize de forma mais adequada e correta,

completando assim um bom funcionamento de todo o processo.

Na realização do trabalho, foram encontrados alguns limites, principalmente em

relação as entrevistas, pois houve dificuldade na coleta de informações pela resistência de

passar as informações no momento da coleta de dados, o que pode ter afetado o resultado final

do trabalho. O tempo disponível dos entrevistados para que fosse realizada uma entrevista

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tranqüila, a dificuldade no entendimento a algumas funções do processo, entre outros, também

dificultaram a realização do trabalho.

Como sugestão de pesquisa futurar ou continuidade do trabalho na empresa, sugere se

a implantação da aprovação da ordem de compra no próprio ERP, aprovação que seria

realizada pelo supervisor administrativo que, hoje, utiliza de assinatura nas notas fiscais para a

autorização de pagamento das compras. Com a autorização diretamente no ERP, as ordens de

compras seriam aprovadas antes da chegada dos produtos, gerando uma previsão financeira de

pagamentos, isso seria possível após o impacto das mudanças sugeridas para o novo processo

de compras do almoxarifado.

Para o pesquisador, o trabalho proporcionou a ampliação do conhecimento teórico e

prático, através de leituras, estudos e pesquisas, além do conhecimento de novos autores e

estudiosos da área, e aprimoramento maior do vocabulário, escrita e desenvolvimento como

administrador. Também foi fundamental para o aprimoramento dos conhecimentos, através de

estudos e pesquisas baseadas em estratégia, processos, análise e prática, tema que se têm

bastante interesse, que é propor, alinhar e automatizar os processos de acordo com o negócio

da empresa.

Portanto, conclui-se informando que foi muito proveitoso realizar o trabalho, pois

além de apresentar uma possível solução para o problema existente atualmente no processo de

compras e controle de estoque do Almoxarifado da Dimed S/A, houve a oportunidade de

estudar, ler, pesquisar e analisar sobre assuntos não só do interesse do pesquisador, como

também do interesse da empresa beneficiada.

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Administração. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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São Paulo: Editora Atlas, 2004. 160 p.

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175 p.

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GURGEL, Floriano do Amaral. Administração dos fluxos de materiais e de produtos. São

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LIMA, José C. S. Um estudo sobre a reconfiguração da função compras em empresas do

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2000.

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APÊNDICE A –

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO

Nome: Maicon Belmonte

Endereço: Rua Dona Maria Isabel, 262 – Canoas - RS

Data de Nascimento: 09/10/1987

Fone p/ contato: (51) 34655363/ (51) 91760195

E-Mail: [email protected]

Empresa Atual: DIGIMER PRODUTOS DE INFOMÁTICA LTDA

Endereço: Rua Alberto Bins,600

Fone p/ Contato: 51 3287.2420

E-Mail: [email protected]

Desde: 03/02/2010

Função/Cargo: Comprador

Experiência Profissional (mais relevantes)

Empresa: Dimed S/A Distribuidora de Medicamentos

Ramo de Atividade: Medicamentos

Período: Julho de 2004 a Dezembro de 2007

Cargo: Assistente de Compras

Formação Acadêmica

Ensino superior incompleto – Administração de Empresas Linha de Formação em Gestão

de Tecnologia da Informação – PUCRS

Previsão de Conclusão: Julho de 2010

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUPERVISOR

Nome: Carlos Alberto de Freitas Lima

Endereço: Rua Gomes Jardim, 520

Data de Nascimento: 16/02/1957

Fone p/ contato: 51 3218 9500

E-Mail: [email protected]

Empresa Atual: Dimed S/A Distribuidora de Medicamentos

Endereço: Rua Giordano Bruno, 327

Fone p/ Contato: 51 3218 9500

E-Mail: [email protected]

Formação Acadêmica

Ensino Superior Completo em Ciências Contábeis pela PUCRS

Período: 03/1991 à 12/1998

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APÊNDICE B –

APÊNDICE B – ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA COM O

SUPERVISOR DE APOIO ADMINISTRATIVO

PROCESSO DE COMPRAS DO ALMOXARIFADO

1. Quais são as fases (ou atividades) do processo de compra dos produtos do almoxarifado?

2. Quem são os responsáveis pelo processo de compra dos produtos do almoxarifado?

4. Quais são as entradas e saídas das fases do processo de compra dos produtos do

almoxarifado?

5. Quais são os indicadores de desempenho utilizados no processo de compras?

6. Quais são os aspectos positivos e negativos do processo de compra dos produtos do

almoxarifado?

PROCESSOS DE CONTROLE DE ESTOQUE

11. Quais são as fases do processo de controle de estoque?

12. Quais são os responsáveis pelo processo controle de estoque?

13. Quais são as entradas e saídas das fases do processo de compra dos produtos do

almoxarifado?

14. Quais são os indicadores de desempenho utilizados no processo de controle de estoque?

15. Quais são os aspectos positivos e negativos do processo de controle de estoque?

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APÊNDICE C –

ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA COM O COMPRADOR

PROCESSO DE COMPRAS DO ALMOXARIFADO

1. Quais são as fases (ou atividades) do processo de compra dos produtos do almoxarifado?

2. Quem são os responsáveis pelo processo de compra dos produtos do almoxarifado?

4. Quais são as entradas e saídas das fases do processo de compra dos produtos do

almoxarifado?

5. Quais são os indicadores de desempenho utilizados no processo de compras?

6. Quais são os aspectos positivos e negativos do processo de compra dos produtos do

almoxarifado?

7. Quais os formulários utilizados no processo de compras?Estão alinhados ao processo?

PROCESSOS DE CONTROLE DE ESTOQUE

12. Quais são as fases do processo de controle de estoque?

13. Quais são os responsáveis pelo processo controle de estoque?

14. Quais são as entradas e saídas das fases do processo de compra dos produtos do

almoxarifado?

15. Como é realizado o inventário e com que periodicidade?

Quais os formulários utilizados no processo de controle de estoque? Estão alinhados ao

processo?

16. Quais são os indicadores de desempenho utilizados no processo de controle de estoque?

17. Quais são os aspectos positivos e negativos do processo de controle de estoque?

UTILIZAÇÃO DO ERP

18. Existe algum outro tipo de controle/registro dos processos, além do ERP?Planilhas e etc.?

19. Existem dificuldades na utilização do ERP? Se sim, quais?

20. De que forma os relatórios de compras ajudam na tomada de decisão?

21. Quais as vantagens e desvantagens na utilização do ERP?

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APÊNDICE D –

ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA COM O

AUXILIAR ADMINISTRATIVO DE ALMOXARIFADO

PROCESSO DE COMPRAS DO ALMOXARIFADO

1. Quais são as fases (ou atividades) do processo de compra dos produtos do almoxarifado?

2. Quem são os responsáveis pelo processo de compra dos produtos do almoxarifado?

4. Quais são as entradas e saídas das fases do processo de compra dos produtos do

almoxarifado?

5. Quais são os indicadores de desempenho utilizados no processo de compras?

7. Quais os formulários utilizados no processo de compras?Estão alinhados ao processo?

PROCESSOS DE CONTROLE DE ESTOQUE

12. Quais são as fases do processo de controle de estoque?

13. Quais são os responsáveis pelo processo controle de estoque?

14. Quais são as entradas e saídas das fases do processo de compra dos produtos do

almoxarifado?

15. Como é realizado o inventário e com que periodicidade?

Quais os formulários utilizados no processo de controle de estoque? Estão alinhados ao

processo?

16. Quais são os indicadores de desempenho utilizados no processo de controle de estoque?

17. Quais são os aspectos positivos e negativos do processo de controle de estoque?

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APÊNDICE E –

ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA COM OS

AUXILIARES DE ALMOXARIFADO

PROCESSOS DO ALMOXARIFADO

8. Quais são as fases (ou atividades) do processo de entrada e saída dos produtos do

almoxarifado?

9. Quais são os responsáveis pelo processo de entrada e saída dos produtos do almoxarifado?

10. Quais são os indicadores de desempenho utilizados no processo entrada e saída dos

produtos do almoxarifado?

11. Quais são os aspectos positivos e negativos do processo de entrada e saída dos produtos

do almoxarifado?

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APÊNDICE F –

ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO NÃO- PARTICIPANTE

Construtos Variáveis

Processo de

Compras

- Fases

- Responsáveis

- Aspectos positivos e

negativos

- Entrada e Saída

-Uso do ERP

-Indicadores de Desempenho

Processo de

Controle de

Estoques

- Fases

- Responsáveis

- Aspectos positivos e

negativos

-Uso do ERP

- Entrada e Saída

-Indicadores de Desempenho

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APÊNDICE G –

RELATÓRIOS DE PEDIDOS EM ATRASO

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APÊNDICE H –

MAPA COMPARATIVO DE COMPRAS

Descrição do Produto Vlr. Unit. Vlr. Unit. Vlr. Unit.

10 0,50R$ 5,00R$ x 0,75R$ 7,50R$ 0,60R$ 6,00R$

20 0,40R$ 8,00R$ x 0,45R$ 9,00R$ 0,50R$ 10,00R$

10 0,40R$ 4,00R$ 0,35R$ 3,50R$ x 0,40R$ 4,00R$

10 1,20R$ 12,00R$ 1,10R$ 11,00R$ x 1,20R$ 12,00R$

20 1,80R$ 36,00R$ 1,90R$ 38,00R$ 1,50R$ 30,00R$ x

Total 65,00R$ Total 69,00R$ Total 62,00R$

Total Compra Total Compra Cond. Pg 30,00R$

Cond. Pg Cond. Pg Cond. Pg 21 DD

Compras:

13,00R$

30 DD

14,50R$

28DD

Fornecedor A Fornecedor B

Vlr. Total Vlr. Total

Em __/__/__

OC Nº_____

QTD

OBS:

Vlr. Total

Preparado por: Aprovação do Comprador Emitido pedido de compra

Data: Data: Data: __/___/__

1-Caneta ponta fina

2- Lápis nº 2

3- Borracha Branca

4-Corretivo Líquido

5- Caneta Marca Texto Azul

DIMED S/A Mapa Comparativo de Compras

Solicitação de propostaFornecedor C

Nº Data __/__/__

Data __/__/__

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ANEXO A –

TELA CADASTRO DE MATERIAIS

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ANEXO B –

TELA CADASTRO DE MATERIAIS

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ANEXO C –

TELA EMISSÃO DE ORDEM DE COMPRA

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ANEXO D –

TELA REQUISIÇÃO DE MATERIAIS

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ANEXO E –

RELATÓRIO DE REQUISIÇÃO DE MATERIAIS

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ANEXO F –

RELATÓRIO DE ORDEM DE COMPRA

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ANEXO G –

RELATÓRIO DE SAÍDA DE MATERIAIS POR GRUPO

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