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    Mediaes digitaisDigital mediation

    porAldo de Albuquerque Barreto

    Resumo: A informao quando referencia o homem ao seu destino participa do seu caminho ao estabelecer suasconfiguraes no percorrer a sua odissia individual no espao e no tempo. A essncia do fenmeno da informao se

    efetiva entre o emissor e o receptor, quando acontece uma transferncia e apropriao de um conhecimento. Assim,adequadamente assimilada, a informao, modifica o estoque mental de saber do indivduo e traz benefcios para o seudesenvolvimento pessoal e da sociedade em que ele vive. Como sero as pessoas do amanh em um mundo em que aescrita se torna cada vez mais posicionada em estruturas digitais? A principal indagao, discutida no texto, comoacontecer apropriao da informao e gerao do conhecimento em um cenrio onde a conscincia humana j tenha eos sentidos condicionados pelo formato digital dos textos. H indicaes que textos digitais com links de sada permitemuma assimilao mais abrangente e mais individualizada. Contudo, fica claro que, o acesso e a apropriao dainformao digital tm a necessidade de uma extenso de competncia digital adequada.Palavras-chave: Apropriao da informao; Informao digital; Estrutura de informao e conhecimento; Fluxos dainformao; Fluncia digital.

    Abstract: Information connects man to its fate and participates in his individual odyssey, his life adventure in the spaceand time. The essence of the information phenomenon is this appropriation of knowledge. Thus, if adequately assimilatedinformation, modifies the individual mental stock of knowledge and brings benefits to his personal life development andto the society where he lives. This paper asks and tries to answer the question: how will be the people of tomorrow in aworld where the writing and reading are mostly in digital format? It also presents an indication that digital texts withlinks have a different knowledge assimilation compared to conventional linear documents in printed paper. Someevidence of this qualitative difference is shown as result of a field research using computer analysis of full texts and agroup people evatuating documents in both digital and linear format .Key words: Information assimilation; Digital information; Knowledge and information structure; Flow of information,Digital proficiency.

    Palavras, palavras deslocadas e mutiladas, palavras de outros,foi a pobre esmola que lhe deixaram as horas e os sculos18

    importante ter-se uma idia geral das funes da linguagem e de sua relao com os atos detransferncia da informao ao lidar com as narrativas e sua interpretao. Um ato de comunicaose concretiza quando um emissor ou remetente envia uma mensagem a um destinatrio ou receptor.Para realizar-se de forma eficaz, a mensagem necessita de um contexto de referncia, que precisa ser

    acessvel ao receptor. Neste contexto a mensagem deve ser verbal ou passvel de ser verbalizada. necessrio ainda um cdigo comum ao emissor e ao receptor e finalmente, um contato, isto , umcanal fsico ou uma conexo virtual e uma atitude psicolgica entre o emissor e o receptor que oscapacitem a entrar e a permanecer em contato.

    Acredito que ao relacionar-se com um texto de informao um receptor realiza reflexes e interaesque lhe permitem evocar conceitos mentais relacionados explicitamente com a informao recebidado texto gerador. uma interao de um pensamento que seduzido por condies quase ocultas,silenciosas, de um meditar prprio de sua mais sensvel privacidade. Ao interatuar com um texto umleitor considera nesta interatuao:

    a) o contexto do texto, enquanto uma estrutura de informao;

    b) a sua atitude em relao ao tempo e ao espao de interao;

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    c) o estoque de informao acumulado na sua memria;

    d) as suas possibilidades de apreenso simblica da informao.

    Existe, contudo, um crescente entendimento de que a informao que til ao receptor estaracessvel, cada vez mais, em diferentes meios, classes, formas e linguagens. Esta informao quandoem uma superlinguagem de formato eletrnico usando multimeios na sua produo poder ser mais

    bem contextualizada para um receptor ou um grupo homogneo de receptores. Isto significa que,posso realizar com tcnicas previsveis, um agregado homogneo de textos de informao, comdireo definida e utilizando um nico cdigo comum.

    J quando em uma configurao intertextual um ajuntamento pela homogeneizao de contedos quase impossvel, pois o hipertexto pode at verticalizar uma narrativa em enunciados similares,mais sua liberdade est na trajetria aberta horizontalmente que paralela ao horizonte. So novosdesafios que as tecnologias intensas de informao esto colocando aos profissionais. H quereestudar conceitos, redefinir relaes, pensamentos, emoes.

    A escrita aberta e a escrita fechada tm uma coeso com a base nos cdigos de inscrio da

    informao. Uma estrutura de informao formada pelas inscries ou conjunto de expresses, quea escrita fixou em uma determinada base de suporte; uma agregao que compe um todosimbolicamente significante e a sua inter-relao com este todo.

    Uma escritura como sistema aberto denunciada pelo seugramm, que o trao de uma escrita quetem a inteno de estar prxima da narrativa oral pelas suas possibilidades de apresentar na mesmabase uma explanao verbal, visual, gestual, figural, musical. Um documento em formato digital,ainda, tem a especfica condio de juntar em um mesmo momento escrita provisria elaborada nopensamento do emissor com a escrita que ele edita como produto final.

    A escritura aberta de alguma forma, externa linguagem, pois agrega outros sentidos ao

    entendimento e no se prende unicamente a viso de continuao linear dos registros, como umfolhetim, aonde a escrita vai em enunciao continua a um destino final preconizado pelo seuformato. Cada vez mais se l diretamente na tela do computador pessoal. Pixels de fsforo, queligam e desligam, se assemelhando a evanescncia do prprio pensar. O interesse na leitura digitalest nos seus links do texto, que trazem a seduo da viagem por escritos entrelaados; a escrituracom uma aproximao da oralidade um novo paradigma de leitura.

    Da que, escrever para a web exige cada vez mais poder de composio e praticidade e umaapresentao com visualizao amigvel que elimine o estresse cognitivo.19Escrever para uma trocaimediata de enunciados relaciona a linguagem de pensamento com a linguagem de edio do autor.Ao enfeitiar palavras, um emissor da escrita ganha leitores, tambm, pela condio visual de suagrafia. Muitos se estendem mais do que deveriam ao expor suas idias e falta tempo para leitura detudo que esta sendo escrito ou enunciado. No mais voc que pede uma hora para falar. Agora oseu interlocutor que lhe concede alguns minutos. O problema das pessoas que usam a superfluidadecom as palavras que elas perpetuam uma cultura de escrita dos textos lineares.

    O pice da composio digital no est mais s no seu desenrolar. Pelo contrrio, a concluso podevir primeiro para marcar uma posio de ateno. Procurar ser eficiente e apurar o tempo da escritacom o da leitura possvel. Os documentos de amanha sero cada vez mais documentos eletrnicosem formato digital. Tenho forte intuio, que a cincia da informao no tem uma adequadaapreciao e emergncia para este problema. Nossos usurios de hoje no so os mesmos de vinte

    anos atrs. Existe uma nova gerao nascida a partir dos anos 1980 que escreve, l, cria e pesquisaem formato digital.

    As pessoas de amanh j comeam a traar suas condies de aprendizado hoje. Isto mais que atecnologia de informao o futuro que se anuncia no presente. Aqueles que no cruzarem os

    http://www.eca.usp.br/nucleos/filocom/existocom/artigo1b.htmlhttp://www.eca.usp.br/nucleos/filocom/existocom/artigo1b.htmlhttp://www.eca.usp.br/nucleos/filocom/existocom/artigo1b.htmlhttp://www.datagramazero.org.br/ago09/Art_01.htm#N1http://www.datagramazero.org.br/ago09/Art_01.htm#N1http://www.datagramazero.org.br/ago09/Art_01.htm#N1http://www.datagramazero.org.br/ago09/Art_01.htm#N1http://www.eca.usp.br/nucleos/filocom/existocom/artigo1b.html
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    abismos das novas fronteiras da escrita ficaro definitivamente para traz na condio de produzirinformao direcionada para o conhecimento. Perguntamos ao enunciar o tema deste estudo comoser o indivduo, a escrita, o documento de amanh em um mundo onde cada vez mais se utiliza oformato digital. Como ser a interiorizao subjetiva destes contedos digitais em comparao com aassimilao atravs da escrita linear que percorre o significado como em uma linha reta; sem desvios,direto ao um final estruturalmente requerido.

    A informao quando referencia o homem lcido1ao seu destino participa do seu caminho vivencialao estabelecer suas referncias para percorrer a sua odissia no espao e no tempo. Associada aoconceito de ordem e de reduo de incerteza, a informao, identifica-se com a organizao dossistemas de seres vivos racionais. Este artigo que foi baseado em uma pesquisa22trar uma reflexosobre a informao quando operada entre humanos, onde existir um emissor, uma estrutura deinformao, um canal de transferncia, um cdigo de registro comum e um destinatrio.

    A essncia do fenmeno da interiorizao da informao se efetiva entre o emissor e o receptor,quando acontece uma transferncia e apropriao de um conhecimento. Assim, adequadamenteassimilada, a informao, modifica o estoque mental de saber do indivduo e traz benefcios para oseu desenvolvimento pessoal e da sociedade em que ele vive. A questo que se coloca, agora, o

    trabalhar com a informao enquanto a tipologia de sua estrutura de suporte e considerar a suaingerncia na produo do conhecimento.

    Definimos a estrutura de informao como qualquer base2de inscrio que a aceite como tal; umconjunto de elementos que formam um todo ordenado com seguimento e finalizao coesa deenunciados. Um outro tema seria a organizao, controle e distribuio destas estruturas designificado, de maneira correta, poltica e socialmente, considerando a sua ingerncia na produo doconhecimento.

    A informao tm variada tipologia. Uma narrativa um conjunto de expresses inscritas em umabase, na multiplicidade de configuraes de uma lngua. Constitui um todo unificado passvel de ser

    distribudo por um canal de transferncia. O seu discurso de significao uma elaborao do autor,mas quando distribuda a narrativa associa em sua amplitude: a leitura, o receptor e a suainterpretao ou reconstruo. O significado vem de escritas mltiplas e de vrias culturas queentram em dilogo e contestao e que se acumulam no leitor. No leitor est o ambiente exato emque se inscrevem todas as referncias das quais uma escrita feita; a unidade do texto no est emsua origem, mas no seu destino e este destino no pode ser pessoal: o leitor um homem semhistria, sem biografia, sem psicologia (Barthes, 1987).

    A estrutura de informao pode ser linear, seqencial e centrada em uma narrao continua. Umtexto pode, tambm, ser acntrico e sem destino certo, composto de varias estruturas que se narramem paralelo. A escrita deu ao homem valores visuais e ocasionou uma conscincia fragmentada ao

    contrrio da convivncia nos espaos auditivos, onde a comunicao de enunciados por muitas vozesera mediada no espao pela distncia entre emissor e receptor. Foi tipografia que terminou com acultura auditiva tribal. Permitiu a cultura escrita multiplicar possibilidades de se enunciar no tempo eno espao. O homem com seu pensamento linear e seqencial qualificou, organizou e assimilou assuas informaes e o fez em modo hierrquico, em uma srie contnua de graus e escalas, famliastemticas, em ordem crescente ou decrescente. Usou uma organizao por classes indicando suassubordinaes com relao uma cadeia de parentesco em um universo de palavras particularizado.

    A passagem da civilizao tribal ao modo da escrita e da tipografia foi uma transformao profundapara o indivduo e para a sociedade. Assim, vem sendo a passagem da cultura escrita para as redesdigitais, uma desconstruo com adesfamiliaziraotemtica e o adiamento do significado nas

    trilhas do caminho dos textos paralelos.

    No mundo digital da escrita acntrica configura-se uma nova adaptao no relacionamento com oreceptor com o conhecimento. O texto entrelaado traz uma vinculao e um emaranhado de cadeias

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    imprevisveis sem qualquer qualificao hierrquica. Conhecer como se apropriar dos enunciadosalinhavados nos textos paralelos; como construir uma bricolagem, onde cada juno de pedaosnecessite uma permisso de assimilao no ajuntamento do saber. Esta bricolagem s se fecha noinfinito, mas individualizada para cada caminhante, nos seus desenhos e permisses do conhecercomo um transcurso de passear por mosaicos.

    Assim, a estrutura de informao que um evento privado na sua criao se completa em um tempofinito; contudo, sua circulao e sua transferncia ocorrem no espao pblico, para um nmeroindefinido de leitores. Todo ato de interpretao e apropriao uma condio privada e de solidofundamental onde o pensamento se refugia no mago de uma privacidade.

    A apropriao da informao revela um ritual de interao entre um sujeito e uma determinadaestrutura de informao, que provoca uma modificao nas condies de entendimento e de saberacumulado; esta apropriao representa um conjunto de atos voluntrios, pelo qual o indivduoreelabora o seu mundo modificando seu universo de contedos simblicos. uma criao emconvivncia com as suas cognies prvias e com sua a sua percepo; um inicio de algo que nuncainiciou antes, mas que resultar sempre em uma modificao como conseqncia do ato em si, aindaque, possa ocorrer um retorno para permanncia ao estado inicial da coisa toda.

    Assimilar a informao uma condio necessria ao receptor para validar a informao acessada.No suficiente que a mensagem seja intencionalmente planejada na distribuio e acesso. Ocontedo deve atingir, no receptor, espaos semnticos compatveis e harmoniosos para a suacompreenso e aceitao. A percepo de um texto linear, fechado estruturalmente, possui umdesenlace cognitivo diferente de uma apropriao da informao digital hipertextualizada. No textolinear a interatuao com a estrutura fsica possibilita uma condio de reflexo, com trocas deenunciados entre o receptor e texto em uma relao biunvoca. O texto linear fechado devido aoseu estado de acabamento. No texto linear o receptor pode transmutar-se a infinitas possibilidades deseu imaginrio na estrutura deslocar-se para ndices, notas de rodap e bibliografia, , mas o texto emsi continua preso e delimitado pelo seu formato. Todo o movimento ocorre em um mesmo espao de

    informao.

    Textos paralelos tramados em rede permitem na sua interao um dialogo, do receptor com o texto,com uma troca de enunciados multiespaciais e assncronos. O diferencial est na possibilidade deconversao do sujeito com a estrutura e nesta expectativa de ir e vir para dialogar. Conversar aomesmo tempo, com escrituras conexas, que se cruzam para expandir, referenciar, restringir e agregarcontedo ao tema e as idias de um texto central. Esta potencialidade existe nos textos paralelos eno se pautam no formalismo da lngua que, contudo, permanece comum no encadeamento entre aescritura emissora e o sujeito receptor.

    No estamos usando o idioma para diferenar o texto linear da estrutura de textos intertextuais,

    embora reconhecendo a que potencialidade de uma linguagem multimdia necessite acrscimos deum hardware e um software na sua operacionalizao. No h diferenciao de linguagem nasescrituras, mas sim escritas com outras geografias semnticas e suas potencialidades. Esta diferena estrutural, no uma disputa de sintaxe ou de ortografia. As escrituras abertas e fechadas tm aconfigurao modificada pelo arranjo estrutural da escrita e pela existncia da amplitude de um jogode enunciados entre o indivduo e o seu outro.

    As tecnologias para a informao e sua distribuio ficaram muito atreladas ao computador e suaslinguagens. Quando falamos em "novas" tecnologias de informao pensamos de imediato namquina, na telecomunicao e na convergncia da base tecnolgica. Contudo, o instrumental datcnica, apesar de indispensvel, so gadgets efmeros que acompanham a infraestrutura, so

    arcabouos3para uma criao e recepo da informao. Estes instrumentos da tcnica se revogam ese aprimoram a cada dezoito meses,em mdia, reaparecendo melhores e mais potentes.

    As reais modificaes advindas destas tecnologias intensas, trazendo ao cenrio uma nova

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    articulao com o saber, so s alteraes relacionadas ao tempo de acesso e transferncia e adisponibilidade dos espaos de contedo; ou seja, as condies de interatividade einterconectividade; o tempo e o espao da informao. Estas transformaes estabeleceram um novorelacionamento entre o gerador e o receptor e estas so as mudanas que, em sua essncia, ficaropara sempre.

    A relao de tempo e espao na transferncia de enunciados modifica e liberta a forma esttica efechada do seu acabamento. Estar e permanecer em um espao de informao uma deciso que,pode ser modificada na velocidade de uma comutao. Passado e futuro como que desabam nopresente fazendo deste a nica dimenso do tempo de apropriao da informao. Todos os temposcoexistem em um momento mstico que a soma de todos os tempos. As tecnologias justapostas quese cruzam em benefcio do receptor. Assim, por hiptese, podemos sugerir que o conhecimento seriaapreendido pelo usurio, com maior diversidade cultural pelas diferentes paragens para onde oreceptor pode se direcionar. As evidncias encontradas em nossa pesquisa em campo mostram que significativa a divergncia na apreenso do conhecimento quando mediado atravs do documentolinear ou atravs dos documentos em formato digital.

    As escrituras digitalizadas, tramadas e distribudas em rede recolocam as condies de apropriao

    da informao. A escrita digital e seu contexto de existncia permite liberdade ao lidar com o texto,que fica livre das amarras da composio formal linear. O cdigo lingstico ser sempre comum epermanece como base das estruturas, como um elemento sistemtico e compulsrio, dentro de umacomunidade lingstica. Mas os enunciados so contingentes, pois a sua aceitao pelo receptor podeou no acontecer. preciso ento estabelecer uma diferenciao entre estruturas de informaofechadas e estruturas de informao abertas.

    Para a informao em fluxo no acontece s uma transmisso de informao, existe um contnuocolquio interativo de enunciados entre geradores e receptores. Os envolvidos possuem umaafinidade em seus intentos e preocupao com a qualidade do objeto em construo. Os jogos deinformao nos colgios virtuais interagem com estruturas abertas, comunidades virtuais que no

    carecem de visibilidade, pois existem pela no presena com uma visibilidade caracterizada napotencialidade do estar ali.

    No quadro abaixo tentamos delinear as facetas da estrutura de informao aberta e fechada:

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    Fonte: pesquisa do autor

    A modificao que estes novos documentos digitais colocam nos atos de informao trazem umaalterao estrutural, pois modificam o arcabouo da coisa toda. Nos cenrios de informao haviaantes um fluxo de eventos sucessivos em um tempo linear, mensurvel e direcionado a um nicoespao de informao. Com a informao em rede, em tempo real, o acesso aos fluxosmultidirecionados se aproximam do tempo zero, sua velocidade se acerca do infinito e os espaos sode vivncia sem necessitar uma presena. Consideramos, em nossa explanao, dois estados deconscincia relativos ao processo que media a escrita da informao para conhecimento4e20:

    1) atravs de um pensamento convergente

    2) atravs de um pensamento divergente

    Atribumos esta opo para as diferentes estruturas da narrativa com que estamos lidando. Quandoindicamos que o texto alcana o conhecimento via um pensamento convergente, no est excluda apossibilidade de que ocorra, tambm, um pensamento divergente no processo. A inteno foi frisar otipo focal de pensamento que uma ou outra estrutura induz na formao do conhecimento.

    Entendemos porpensamento convergente , aquele em que o enunciado na estrutura da narrativa sedireciona a uma cadeia de ligaes cognitivas precisa e direcionada a um ponto focal no texto. opensamento de uma apreenso determinadal, pontual. Opensamento divergente aquele em que a

    estrutura de informao induz um caminhar cognitivo em diferentes direes, como que pesquisandolivremente os meandros da significao em documentos entrelaados, com mltiplas escolhas denovos caminhos antes de desenvolver um pacto para uma apropriao final.

    Em uma reflexo selvagem5dizemos que a estrutura de informao dos documentos lineares se

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    relaciona com a composio dos mitos como uma narrativa de um pensamento semanticamenteautnomo, mas com referncia ao seu prprio mundo, a sua esfera interna de verdade. Um enunciadoritualista que marcado pelo estilo de sagrada de realizao repetitiva, o mito, assim como, odocumento linear se conta e se reconta sempre em um mesmo sentido da narrao; a ele nada seacrescenta ou o que se acrescenta vindo do imaginrio do outro quando em uma recontagem, masconserva, sempre, uma representao que procura ser fiel ao enunciado original.

    Os textos digitais, quando considerados como uma estrutura de informao tem um enredo comtrajetria vagante e livre criando incertezas em seu caminho, pois textos entrelaados e direcionadosao infinito no respondem, mas apontam sem uma definio estrita sem linhas formais ou formaspreviamente pensadas. Eles no tm nem mesmo uma nica realidade por norma ou forma. umpercurso de passos delirantes sem destino certo e explicaes fceis, como um percorrer enunciadosem labirintos de sadas mltiplas.

    Entrar em um arquivo expe a condio de labirinto dos castelos da memria. O viajante em umarquivo nunca tem uma viso de cima para baixo para ver as tramias, os caminhos certos para ainformao desejada. H que se percorrer todas as alamedas para conhecer o labirinto.8 O labirintotem maquinaes mgicas6: ou o labirinto visvel, como um espao que delimita o que est

    aparente e conhecido normatizado e aterrado em uma realidade sensvel, ou , o recinto do invisvelna potencialidade no espacializada das coisas que defende e guarda. No labirinto o Minotaurodenota e defende os contedos conduzidos pelo fio que o fluxo do conhecer permitiu encontrar eestruturar. No labirinto da conscincia, o saber estoque, o conhecimento fluxo e o Minotauro oesconderijo mgico dos significados.

    Se o labirinto fosse desenroscado teramos entre as mos um nico fio, o fio de Ariadne, que mostraou invoca os eventos da formao dos contedos. Pois, significados nascem, se reafirmam oumorrem, quando substitudos por cognies modificadoras. O Minotauro durante os eventos deentrada de um novo fluxo luta, mas se aquieta, para uma nova formatao das apropriaes daconscincia. E renasce como outra assimilao interiorizada pelo indivduo.

    Assim, o labirinto visvel, indica escolhas alternativas, quando os caminhos convergem a um pontofocal e estvel de mudana dentro do espao aterrado e regulado do acervo percorrido. Mas olabirinto invisvel como uma onda de partculas que se animou no emaranhado mgico em quecada ponto pode ter conexo com qualquer outro ponto. No possvel desenrol-lo com o fio deAriadne, pois ele no tem interior ou exterior estabelecido. Pode ser finito ou infinito e em ambos oscasos cada uma das partculas de sua formao pode ser ligada a qualquer outra e o seu prprioprocesso de conexo um contnuo processo de correo destas conexes. sempre ilimitado e suaestrutura fica sempre diferente da estrutura que era no momento anterior permitindo a cada vez serpercorrido segundo trilhas diferentes. o labirinto das ondas digitais da informao em rede, doMinotauro modificador e formatado na intertextualidade de significados que se ajuntam como

    mosaicos.

    Nesse sentido estas escrituras digitais se assemelham as lendas. Lenda porque aos textos que seentrelaam se agregam caminhos alternativos e com diferentes intenes e interpretaes de cadaleitor. O hipertexto lendrio, pois, qualquer seja o seu ncleo de inteno, ele sempre ser a somado que dele se diz de acordo com o percurso tomado. A escritura digital como lenda direciona seuandamento para enunciados de proezas ou de maledicncias: o receptor poder reunir sempre, nocaminho de sua interpretao, histrias de herica exaltao ou crticas maledicentes. A estruturadigital percorre a sua prpria odissia e passa a ser independente da sua criao. Diferente do mito oqual possui uma ntida representao simblica no real, a lenda possui um ncleo de verdade e dauma bricolagem de atributos que lhe so adicionados pela soma do que dela se diz. Mitos, discursos,

    lendas e famlias de textos, todos habitam a linguagem de criao na mente do gerador e refletem nasua linguagem de edio da narrativa.

    A Fluncia Digital

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    Se as famlias de texto intertextuais intuem uma apropriao diferenciada, mais abrangente e semdelimitao exigem, tambm, uma competncia a mais para lidar com os seus instrumentos desuporte. A esta aptido chamamos de letramento digital, ou fluncia digital.7A assimilao dainformao digital exige, do receptor, uma decodificao dupla ou em dois estgios; em um primeiroestgio h que se acessar e decodificar o contedo em meio digital e em uma segunda etapa, que vlida para qualquer tipo de informao, a apropriao cognitiva deste contedo. Ser digitalmentefluente envolve no apenas saber como usar as ferramentas tecnolgicas de navegao na web, mastambm saber como construir coisas significativas com estas ferramentas. Seguir as pegadas em umdocumento digital como percorrer um enredar de opes pessoais onde o trajeto para o conhecer consentido a cada passo do andar pela competncia do caminhante. O caminhante no faz o caminhoo caminhar permitido pelo conhecer. Cada trilha tece um fio individualizado e pessoal para quemse adentra nos textos interligados.

    O que define esta fluncia digital que viabiliza uma assimilao da informao? Esta foi uma questodo estudo realizado. Para tentar verificar o potencial de fluncia para tratar uma escritura digital,um questionrio foi direcionado a um grupo com cerca de quarenta respondentes, para perceber:

    1) Qual o significado do conceito: fluncia digital

    2) Qual a importncia da fluncia digital para o acesso e a assimilao da informao.O questionrio tinha cerca de cinqenta perguntas nos itens:I. O grau de aprendizado de tecnologia da informao

    II. O conhecimento para usar softwares e no seu uso fazer um julgamento de valor

    III. As condies do aprendizado para lidar com a tecnologia da informao

    IV. Os recursos de tecnologia da Informao disponveis para o uso dirio

    V. O uso efetivo da Internet em pesquisas de estudos, do trabalho e para

    entretenimento

    VI. A Caracterizao pessoal do respondente: nvel de renda familiar, de instruo,condies de acesso a informao, competncia decodificar os cdigos da

    informao acessada

    A partir do material recolhido deduzimos, no mbito de nossa sondagem, que a fluncia digital noest relacionada, somente, com o saber fazer algumas atividades relacionadas tecnologia dainformao. A fluncia digital um conjunto de competncias formada por conhecimentos, atitudese habilidades tcnicas. Mostramos abaixo uma indicao do contedo das trs condies que compea fluncia digital:

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    Estes conhecimentos atitudes e habilidades so indicativos e no conclusivos. Poderamos visualiz-los como em trs crculos entrelaados e dinmicos em seu posicionamento, onde o letramentodigital estaria na conjuno dos crculos no nvel 3 da figura abaixo:

    Nveis de fluncia digital

    Nvel 1 - Todas as habilidadesNvel 2 - Interseo entre habilidades e atitudesNvel 3Espao da fluncia digital quando se d a interseo dos trs nveis

    A apropriao da informaoAs indicaes sobre a apropriao da informao mostra que, como o telefone pode ser uma extensodo brao o acesso e a apropriao da informao digital a extenso de uma competncia digital.

    "Todos os meios desde o alfabeto fontico ao computador so extenses do homemcausando, em seu desenvolvimento, uma profunda transformao em seu agir e no

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    seu contexto de vivncia. O homem pr-histrico ou tribal existia em harmonia comseus sentidos percebia o mundo igualmente, seja atravs da audio, do cheiro, dotoque, da viso e do paladar. Mas as inovaes tecnolgicas so extenses dashabilidades humanas e nesse sentido alteraram todo este equilbrio perceptivo. Umaalterao que ao mesmo tempo reformatou a sociedade que criou a tecnologia."9

    A segunda parte da pesquisa que estamos descrevendo neste artigo procurou investigar e qualificar adiferena na assimilao da informao ao se lidar com um documento linear ou um documento

    digital. Era uma hiptese inicial que o conhecimento gerado a partir do formato digital tinhacondies de maior e melhor qualidade maior abrangncia.

    Todo ato de interpretao do contedo simblico de uma estrutura de informao tambm um ritualde destravamento das inscries de uma escrita. A base conceitual da cincia cognitiva tem sidoutilizada para analisar o processo de significao do contedo de textos, como conseqncia deprocedimentos de elaborao do pensamento que podem levar ao conhecimento (Simon, 1995).10

    Desta forma, a interpretao do significado de uma estrutura de informao pode ser pensada comoum fluxo de intenes para o ato de entendimento, um vigor que dirige a ao consciente de umemissor para um receptor.

    Quando um receptor interage com um contedo, significados so evocados, isto so chamados dealgum lugar da memria e trazidos lembrana em um fluxo de intenes para destravar oentendimento deste enunciado; ou seja, determinados smbolos ou estruturas de smbolos que estoarmazenados na memria so evocados para a conscincia. Evocar representa aqui um conjunto deprocessos para a transferncia de significados da memria de longo prazo para a memria de curtoprazo do leitor que interpreta o texto.

    O mecanismo que realiza esta transferncia chamado de recognio, pois implica no umreconhecimento de um significado e toda a interao de conceitos a ele associados. O conceito, amenor unidade em que se labora o pensamento, so unidades simblicas de menor complexidade,mas possuem propriedades causais e representacionais. Quando evocado para a ateno do leitor

    podem estar associados a uma considervel quantidade de conceitos associados, dependendo daqualidade da memria acessada e do contexto do contedo do texto. A evocao simblica operadapor associaes e referncias ao passado e projees para o futuro. Nesta interpretao o receptorfica liberado da inteno do emissor e limitado unicamente pela riqueza das estruturas de suamemria que so ativadas. O significado do texto est conectado relao entre o estado da memriado receptor, seu contedo e os seus contextos.

    Na Universidade de Toronto, Canad existe evidncias por pesquisas (Lancashire, 1993)11de queduas diferentes escritas se combinam no processo de criar a informao; a primeira chamada deescrita do pensamento do gerador intimista e somente sua, antecede uma segunda escrita quechamamos a escrita de edio do texto. Os estudos j realizados permitem deduzir indicaes de quea escrita do pensamento se processa em sentenas pequenas; com pouco uso de sinnimos e usandoum conjunto pequeno de palavras que so constitudas, com um pequeno nmero de letras,normalmente em uma mdia de seis letras.

    Em uma segunda fase de edio, uma h uma nova escrita, onde o gerador emprega caractersticasmais formais na estrutura e no estilo. Esta segunda escrita aparece como que encobrindo a dopensamento. Nesta mesma linha Walter Ong12discute a maneira como a escrita editada distancia oautor do seu pensar. Ong mostra quais as caractersticas da linguagem do pensamento de um autor.Usando o seu texto, elaboramos caractersticas, para indicar as condies de uma escrita dopensamento, onde o autor organiza sua narrativa, antes de sua transposio para a inscrio formal da

    escrita.

    Algumas observaes sobre as caractersticas da escrita do pensamento:

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    a. As expresses so aditivas em sua narrativa, no se subordinam; uma linguagem

    agregativa, no analtica;

    b. Possui uma tendncia para ser redundante ou para re-utilizar conceitos

    constantemente;

    c. Possui uma organizao conservadora e simples em sua forma; elabora o sentido

    com frases pequenas e com palavras curtas;d. As expresses tm quase sempre uma semelhana de dialogo do gerador consigo

    mesmo;

    e. uma escrita enftica e direcionada, mantendo um distanciamento objetivo da

    estrutura final;

    f. uma escrita homeosttica; possui uma tendncia estabilidade interna com um

    retorno constante a conceitos j usados;

    g. uma escrita situacional; tende a conceituar experincias e memrias adquiridase ento express-las com uma relativa proximidade das vivncias do cotidiano.

    Por outro, inferimos em nosso estudo, as caractersticas do que poderia ser uma escrita de edio:

    a. explcita, formal, de padres normativos e de procedimentos formalizados; usa

    uma prtica de intenes pr-elaboradas;

    b. Procura eliminar as repeties das palavras e expresses;

    c. Procura eliminar a redundncia textual e conceitos indeterminados;d. Utiliza figuras de linguagem para sua agilidade e para a fixao das expresses;

    e. rica na relao entre palavras, e no elabora s com a realidade sensvel; utiliza

    metforas; possui uma grande fluncia conceitual, usa expresses peculiares de um

    contexto informacional e pode possuir extrema liberdade semntica;

    f. Utiliza estruturas sintticas complexas, mas de possvel determinao e

    generalizao permitindo uma padronizao;

    g. uma escrita sem inibio de suas expresses e conceitos; utiliza muita sinonmia

    e conectores entre conceitos;

    h. Utiliza as palavras sem preocupao com seu tamanho, em frases de construo

    livre, que podem ser simples ou complexas e com uma grande liberdade em elaborar

    significados.

    i. uma escrita morfologicamente coerente e passvel de ter alguma definio de

    padres e procedimentos.

    Ao trocar enunciados digitais em dialogo com um outro os emitentes da escrita digital, dado a

    momentaneidade das alocues, unem estas duas escritas com predominncia da linguagem dopensamento sem a formalidade da linguagem de edio.

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    O que podemos observar concretamente que h uma interdependncia entre oralidade e escrita.Mas no s esta vontade de oralidade que se manifesta na escrita digital. Nela temos umaconjuno imbricada do processar do pensamento do enunciador com a sua edio que acontecemao mesmo tempo. Elas se constroem na reciprocidade dos atos de troca. A escrita digital podeintensificar esta condio oral ao extrair enunciados do contexto de comunicao, analis-los eremodel-los, devolvendo-os em seguida ao dilogo escrito com vigor e fora renovada. A conjunodas escritas pode intensificar uma diferenciao faz do escrever um ato de significar o pensamentolatente.

    A assimilao dos contedos em formato digital qualifica diversamente a informao. A narrativa emdocumentos digitais produz conhecimento no receptor qualitativamente diferente que a escrita emdocumentos lineares. Pesquisas internacionais13,14,15,16tambm, apontam neste sentido.

    A questo caracterizar como acontece esta ingerncia na produo do conhecimento a partir da suaassimilao por documentos em formato digital depositados em memrias eletrnicas online. Aescrita e a leitura de textos em formato digital esto transformando a mente humana e sua capacidadede apropriar a informao. E comum observar um nativo digital, ouvir msica, assistir TV, trocarmensagens instantneas e falar ao celular ao mesmo tempo.

    Mas s agora essa atitude comea a ser entendida com mais profundidade. Habituados desde crianaao contedo digital e comunicao instantnea, os jovens que nasceram a partir dos anos 80 soconsiderados nativos digitais 18 e desenvolveram seus crebros e sua condio de reflexo de formadiferente da de seus pais e avs. A exposio tecnologia mutante e intensa de informao e aconvivncia diria com computadores, celulares de banda larga, smartphones e videogames liberamneurotransmissores20que provocam alteraes nas clulas cerebrais. Novas conexes neurais soformadas.

    Embora os mais jovens sejam os mais afetados por esta modificao estrutural da conscincia devidoaos efeitos da vivncia digital podem ser observados em todas as pessoas. Os no to jovens parecem

    ter, segundo pesquisa realizada nos EUA, seus circuitos neurais incrementados ao utilizar,constantemente, a internet. A gerao da Internet se tornou adulta e comea a assumir postos decomando nas empresas. Assim, todos ns ficamos mais digitais e passamos mais tempo conectadosao computador e a web em nossa comunicao. A web, que antes era um ambiente para distribuirinformaes, tornou-se ferramenta de colaborao social, de ensino e de pesquisa.

    Pode-se prever, com base em pesquisas internacionais realizadas, que a mudana trazida pela vidadigital no s comportamental. H uma transformao no crebro das pessoas. Esta mudana jcomea a ser estudada pelos neurocientistas. Os migrantes digitais cresceram com a televiso ligadavinte e quatro horas por dia em uma profunda relao com este meio para pautar os fatos, idias deseu convvio dirio. A gerao atual assiste pouca televiso e quando assiste faz outras coisas ao

    mesmo tempo. No so receptores passivos diante de uma televiso; seu crebro opera emmultitarefa. Ao mesmo tempo em que assistem TV, esto lendo, se comunicando via o SMSdocelular, organizando pensamentos e desenvolvendo estratgias. Em comparao com seus pais, agerao da internet tem habilidade para mudar rapidamente de uma atividade para outra com melhoradaptao de sua memria de curto prazo para seguir este ir e vir. Estas habilidades se combinampara viabilizar o rpido processamento da informao. Tudo parece indicar que a mente moderna eseu ndice de complexidade tem crescido devido a cultura de comunicao com documentos emformato digital.

    No estudo que realizamos conduzimos pesquisa experimental exploratria com a colaborao de umgrupo de estudo de respondentes procurando:

    Estabelecer relaes de qualidade da assimilao atravs do tipo de documento

    (texto linear e texto digital) usado pelo receptor da informao e a e a influncia

    desta base de suporte para a apropriao do conhecimento. O receptor foi levado a

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    interagir com um texto linear e com o mesmo texto em formato digital e avaliou os

    dois documentos reportando seu significado atravs da indicao de palavras

    retiradas de cada um dos documentos.

    As evidncias encontradas21

    As evidncias relacionadas com a interatuao dos receptores estudados com os dois tipos dedocumento foram:a) A mediao da informao para gerao do conhecimento se relaciona qualitativamentecom o formato em que a informao est inscrita; A percepo da informao difere deacordo com cada formato; a assimilao da informao que pode gerar conhecimento seprocessa de maneira diferente quando o receptor interage com um documento em formatolinear, inscrito convencionalmente em papel, e quando o documento est em formato digital,tipo hipertexto, em arquivo eletrnico.

    b) A percepo da informao digital gera conhecimento diferenciado e mais elaborado e demelhor qualidade, considerando, a abrangncia do tema, a riqueza de contedo aproximados,

    a atualidade das narrativas, os detalhes temticos; a escrita digital induz a uma assimilao doconhecimento com possibilidade para avaliar informaes e engendrar configuraes dememria e aceitao das informaes percebidas considerando a criatividade e qualidade pelaleitura de textos cruzados. A percepo digital se d atravs de um fluxo de pensamentodivergente, onde os meandros da conscincia se orientam para uma associao conceitual que referenciada aventura individual e simblica de cada receptor. Suas vivncias, suasprojees futuras e suas condies de individualidade;

    c) A informao em documentos lineares tem seu contedo estipulado pelo formato efinalizado por um imperativo desta geografia de espaos demarcados. A percepo docontedo neste caso se faz atravs de um fluxo de pensamento convergente, ou seja, aquele

    pelo qual a recognio conceitual se direciona para uma cadeia de apreenses pontuais que seajustam a uma mesma famlia temtica dentro do contedo explcito do texto;

    d) A pesquisa indica que a interatuao do receptor com os documentos digitais se processacomo uma percepo de enunciados individualizados. Na indicao das palavras relatadaspelos participantes existe uma enorme incidncia de uma freqncia igual a 1 (um) paraindicar a percepo de contedo do documento. Isto mostra que somente uma pessoa reportouaquela palavra como sendo importante para definir o significado do texto analisado por todos.Denota, assim, a existncia de um jogo de enunciados individualizados entre o receptor(leitor) e o texto digital.

    assim que os documentos lineares diferem dos documentos digitais por uma condio de escrita eda leitura e podemos indicar, ainda, que o comportamento dos conceitos atribudo pelo grupo deestudo se caracteriza como:

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    A questo da cognio e interiorizao de conceitos, usada em nossa metodologia, est diretamenterelacionada com a assimilao do conhecimento via informao em todas as suas formas. Em 1959Guilford4 mostrou a relao entre a mediao da informao a funo de um pensamentoconvergente ou um pensamento divergente, da memria e da cognio na gerao do conhecimento.O modelo de Guilford de apreenso do conhecimento foi, tambm, utilizado em 1963 por JasonFarradane na construo de seu "Relational Indexing"17.

    O modelo de Guilford forneceu um apoio terico para a nossa pesquisa experimental, pois relacionaa entrada da informao para elaborao da conscincia, as operaes mentais exercidas sobreinformao, mostrando uma sada de unitermos e conceitos compostos. O modelo de Guilfordadaptado por nos mostrado como um cubo indicando a integrao das trs faces atuando emconjunto: a entrada da inscrio da informao, as operaes mentais para sua apreenso e sada de

    indicadores de interpretao como na figura abaixo:

    Cubo de Guilford

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    Cada uma das interaes do Cubo vai gerar como resultado produtos de conhecimento, elaborados apartir da informao recebida:

    Informao recebida:- Contedo em formato linear- Contedo em formato digital

    Informao processada na mente por:

    - Avaliao- Pensamento convergente- Pensamento divergente- Memria- Cognio

    Produtos do conhecimento:- conceitos simples, (uma palavra), atribudo por cada respondente para cadaestrutura de informao- conceitos compostos, (duas ou mais palavras) relacionados uma ou mais vezes eatribudos por cada respondente para cada estrutura de informao

    Uma escrita em formato digital de textos intercambiveis livre para o encadeamento dos devaneiosdo receptor no percurso pelas tramas da informao e desta forma livre da ideao do gerador dainformao e da ideologia dos controladores de formatos e padres estabelecidos. O receptor podepercorrer os caminhos de sua interpretao individual livre das amarras dos controladores de umaescrita formalizada e nica. So individualidades divergentes que no ato da leitura se separam parasempre.

    Notas:

    [1] A lucidez um dom e um castigo. Est tudo em uma palavra. Lcido vem de Lcifer, o arcanjo

    rebelde, o Demnio. Lcifer tambm o luzeiro do amanhecer, a primeira estrela, a que mais brilha

    e a ltima a se apagar. Lcido vem de Lcifer, Lcifer, de Lux e Ferous que quer dizer: aquele que

    tem luz. Que gera luz. Que permite a viso interior. Deus e Demnio tudo junto. O prazer e a dor.

    Lucidez dor, e o nico prazer que podemos conhecer, o nico que se parece remotamente alegria

    o prazer de permanecer consciente da prpria lucidez. O silncio da compreenso, o silncio do

    simples estar. E nisto se vo os anos, nisto se foi bela alegria animal. [Alejandra Pizarnik.

    http://www.cibernetic.com/ALE/index.html ].

    [2] Base: local da insero das inscries de informao, que definem o modo da estrutura a que

    pertencem; base fsica como o papel, qualquer base digital, sonora ou imagtica.

    [3] Faz parte da utopia tcnica de uma infraestrutura dos backbones de informao e as

    aparelhagens para distribuio da informao.

    [4] Guilforf J.P., "Three faces of intellect". Amrica Psychologist, v.14, n.8, 1959.

    [5] Selvagem, pensamento que nasce e desenvolve de forma arrebatada e com a ferocidade da

    liberdade do no foi enquadrado pelo controle das regras formais de um pensar estabelecido e

    acordado; um pensamento que ainda no foi domado, amansado ou domesticado por ideologias

    particulares e estabelecidas.

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    [6] Conceitos de labirinto visvel e Invisvel foram fonte em: El Minotauro en su Laberinto de Yidy

    Pez Casadiegos, Revista Aposta, No. 3, Diciembre 2003.

    [7] A Fluncia digital a competncia do receptor em interatuar com os instrumentos de hardware e

    aplicativos de software necessrios para receber, decodificar e apropriar uma informao em meio

    digital.

    [8] Labirinto: J desde a Grcia antiga vemos o labirinto e a imagem do labirinto como metfora dosinextricveis caminhos do pensamento, que a audcia e a sabedoria recompensariam com a sada em

    uma rede complexa de caminhos. O labirinto essencialmente o entrecruzamento de caminhos

    complexos. o paradigma espacial da encruzilhada, dos cruzamentos. Evoca geralmente um sistema

    denso e fortemente encadeado aparentemente desordenado, mas o fio de Ariadne representa a ordem

    necessria ao enigma do espao, da estrutura.

    [9] Marshall McLuhan, The Playboy Interview: Marshall McLuhan, Playboy Magazine (March 1969

    , 1994 by Playboy Magazine.[10] Simon, H , Literary Criticism: A Cognitive Approach, Stanford Humanities Review, SEHR v.4,

    n. 1, Constructions of the Mind, updated in 1995.

    [11] Lancashire, I. , Uttering and Editing: Computational Text Analysis and Cognitive Studies in

    Authorship, Texte et Informatique ,n. 13/14, (1993): pp 173-218.

    [12] Ong, W.J. , Orality and Literacy:The Thechnologizing of the Word, Terence Hawkes, New

    York, 1988.

    [13] Gary Small , Gigi Vorgan, iBrain: Surviving the Technological Alteration of the Modern Mind,Harper Collins, New York , Usa, 2008.

    [14] Don Tapscott, Grown Up Digital: How the Net Generation is Changing Your World, Paperback

    edition (1999), McGraw-Hill, USA.

    [15] Paul Kearney, Cognitive Callisthenics: Do FPS Computer Games Enhance the Players

    Cognitive Abilities? inhttp://www.digra.org/dl/db/06276.14516.pdf visitado em 23/01/2009.

    [16] John Palfrey e Urs Gasser, H, Born Digital: Understanding the First Generation of Digital

    Natives, Digital Natives projects, uma colaborao interdisciplibar entre o Berkman Center forInternet & Society at Harvard University and the Research Center for Information Law at at the

    University of St. Gallen.

    [17] Farradane, J. , Relational Indexing and Classification in the Light of Recent Experimental work

    in Psychology, Information Storage and Retrieval, vol 1, pp 3-11, 1963.

    [18] Borges, J.L. "O Imortal" no O Aleph, Obras Completas, volume 1, Globo, So Paulo, 2001 .

    [19] A Tenso cognitiva: representa o estresse provocado pelo exame de uma grande quantidade de

    informao e o tempo necessrio para sua avaliao e potencial interiorizao. Quando a informao

    apresentada de maneira visualmente destinada a percepo, em uma estrutura grfica que permite a

    visualizao amigvel o esforo cognitivo diminudo para o receptor, no processo de julgamento e

    http://www.digra.org/dl/db/06276.14516.pdfhttp://www.digra.org/dl/db/06276.14516.pdfhttp://www.digra.org/dl/db/06276.14516.pdfhttp://www.digra.org/dl/db/06276.14516.pdf
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    decodificao. Uma tranqilidade cognitiva permite o receptor lidar com o vis relevante da

    informao, pois a sensao da percepo pode transmitida visualmente.

    [20] Conhecimento e neurnios: um dos desafios mais intrigantes na biofsica a questo da

    memria . Sabemos que temos vrios bilhes de neurnios, alm de outras clulas localizadas no

    crebro (as clulas gliais, por exemplo). Os neurnios, por sua vez, esto espalhados pelo corpo (com

    maior concentrao no crebro) e so responsveis, em parte, pela transmisso de estmulossensoriais. Um neurnio constitudo por um corpo celular, dendritos (ramificaes que partem

    desse corpo) e uma cauda (extenso), o axnio. Quando estimulado, ele produz uma diferena de

    potencial que gera uma tnue corrente eltrica. Esse estmulo eltrico se propaga e permite que ele

    libere substncias especficas (neurotransmissores) que fazem o contato dele com neurnios

    vizinhos, formando sinapses. Esse conjunto de clulas interligadas forma uma rede que mantm

    semelhana com redes de sistemas fsicos.No se sabe como, mas a rede de neurnios tem a

    capacidade de gerar informao. Temos lembranas graas a esse complexo sistema de clulas. Oestudo do crebro e de suas redes (redes neurais) tem contribudo para o desenvolvimento de

    sistemas de informao que podem levar a um computador biolgico.Fonte Folder do CBPF/MCT visitado em 28/05/2009.

    [21] Esta uma pesquisa exploratria e as evidncias devem ser ponderadas dentro desta condio

    considerando, ainda, as limitaes do universo pesquisado.

    [22] A pesquisa que permitiu este artigo foi fomentada com bolsa de produtividade em pesquisa do

    CNPq

    Referncias Bibliogrficas

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    Barreto A. de A. "A Transferncia de Informao, o Desenvolvimento Tecnolgico e a Produo de

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    Sobre a autor / About the Author:

    Aldo de Albuquerque [email protected]

    Ph.D. em Cincia da Informao (Londres); pesquisador snior do CNPq (BPP); pesquisador titular doIBICT.

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]