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JX: onze anosdepois,alembrança doamigo AdolphoBlech.
Rio de Janeiro
29deagostode1987Revista semanal
N? 1.845
Ano36'í0 homem comum brasilei-
ro, de repente, descobriu quepertencia a um grande povo,capaz de grandesrealizações.Quem escreve é AdolphoBloch; referindo-se à Era deJK. Em seu artigo sobre o sau-doso amigo,,Adolpho lembra opresidente que, bem-humora-do, Ihe garantia que não era umsonho impossível fazer o Brasilcaminhar 50 anos em apenascinco. O brasileiro de hojeainda tem em JK um ponto dereferência valioso para acredi-tar no potencial do país. NaConstituinte, procura-se --apesardetodas asdificuldades-- colocar a nu a alma da naçãoe chegar a um consenso sobre oque o povo realmente quer.(Nesta edição, leia o debate so-bre o controvertido tema doaborto, à página 52.) E, longedetodaaagitaçãopolítica,pes-quisadores -- como os paulis-tas que estudam os pelletrons-- conseguem ''fabricar" estre-las em laboratório (página 36),repetindo osrecentesêxitosnocampo dos supercondutoresSão estrelas sintéticas.. eviden-temente. muito diferentes da-quelassoóhadaspornossopoe-ta maior. Cardos Drummondde Andrade, que encerrou oseu ciclo de vida material. masdeixou,nosseusversos,a pro-fissão de fé: "E como#cou cha-to ser moderno/Agora sereiete/no. " Um país que tem ho-mens como. JK e Drummondtem não só o direito. mas o de-ver de acreditar na sua gran-deza.
Roberto Muggiati
:ualidades
rummond/O Adeus ao Poetalrney no Méxicoagan/O Velho C'owboy nãoEntrega os PontosP da Austria de F-lBrasil no Pan-Americano
410
12
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108
portagens
Sucesso da Xuxael} Amigo JK, por AdolphoBloco:lletrons/O Brasil já FabricaEstrelasl)orto/O Brasil na Hora daDecisão
tê/dDe Campeão aGaranhão ...l..asiOia & São Paulo/As MesasPoder
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36
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Rea/ezai SarahFergason, um anode Duquesa deYork.
rah Ferguson/A NovaRainha (de Popularidade)da Inglaterra)da/A Deliciosa Loucura data Costuraerlock Holmes/100 AnosDepois, o Mistério Continuauna/A Feiticeira do Kremlin
temacienal
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Cãõacüi cem ospelletrons, o Brasil jófabrica estrelas.
Aborto: plús econtras de um dostemas maiscontrovertidos daConstituinte.ifoco
na Hagenscilla Presleyrlene Glória
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ntetura Dinâmica)nomiaMundotomóvel .ito de EscutaManchete
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ltqfara: de campeão agaranhão.a nova vidado cavalo que comoveuo Brasil.
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País: todas asleucur-as no últimogtüo da alta costura
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Wiesel no Brasil)/Rebelião nos Presídios
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105Capa: Xuxa: O Segredo do Sucesso e Foto de Joseph Kieny e games Rede
BLOCH EDITORES S.A.
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Pelletrei
Reportagem de Durval Ferreira e Fotos de Vic Parisi
ara os que desconhecem o que se passa nos edifícios e demaisconstruções do setor nuclear da Universidade de São Paulo, a USP, o
local parece um bucólico bairro-jardim paulistano.. Faltariam, apenas,babas e crianças circulando pelo gramado e pelas alamedas em curvas,densamente arborizadas, para completar a imagem.Boa parte desse setor de aspecto campestre é ocupada pelo Instituto dePesquisas Nucleares, o open, de onde está para sair o pacote tecnológicopara os submarinos nucleares brasileiros. No terreno restante, separado dolpen por longo alambrado discretamente oculto pela ramagem, ficam osprédios do Departamento de Física Nuclear. E, entre eles, nesse.cenárioverdejante, destaca-se o edifício de oito andares que abriga o Pelletron -- oacelerador eletrostático tipo Tandem (Van der Graff) --, de dois estágios eoito milhões de volts em seu terminal.
P
SEGUE
pesar de seu tamanho descomu-nal, o Pelletron pode ser consi-
rado, grosso modo, um microscó-) com o qual os pesquisadores bra-eiros examinam e pesquisam o infi-[amente pequeno, as partículas nWares e até seus componentes sub:
tcleares. como as diversas formasquarks. Planejado e com projeto
woidenado pelo professor Oscarlla, diretor da departamento, ele émaior do continente -- e será am-uado.Atualmente, o acelerador estándo usado para pesquisar reaçõesicleares induzidas por íons pesados,n estudos que envolvem transferên-a de matéria nuclear entre partí-tlas como, também, as reações desão nuclear. Esta é a reação que se)era em nosso Sol e demais bilhões
estrelas. E a energia do futuro,]e irá substituir a energia da fissãolclear, perigosamente letal , das usi-is nucleares de eletricidade. A cor-da, da qual participam físicos doundo inteiro, teve início a partir doomento em que se aprendeu a de-ncadear reações de fusão nuclear; aaratona é para conseguir seu con-ole. Nela também se empenham osasileiros da USP: a busca tem aaportância que envolve os processos)nseguidos com a supercondutivi-lde ê, como ela, promete revolucio-lr nossas vidas.No Pelletron -- que o pessoal daSP construiu com prometo, recursoslmanos, materiais e equipamentosróprios -- também são realizadasasas reações de fusão. São as reaçõesücleares induzidas, que simulam asações de síntese dos elementos da
tcsma forma como elas ocorrem nas;tretas. Por sinal, são as reações detsão que acendem uma estrela, de-ois que a poeira galática se reuniu e
concentrou por força .da própriararidade criada e que foi se aden-lndo e, por conseqüência da atuaçãoessas forças, esquentando até atin-ar as altas temperaturas que deto-am a fusão nuclear. E uma fusão queanscorre lentamente, promovendooca de partículas nucleares e forma-do de outros elementos hidrogê-io se convertendo em hélio, PQrtemplo -- que continuam a queimara fundir ao longo de dezenas de
ilhões de anos. Como acontece emosso Sol. uma estrela de tamanhotédio. Segundo astrofísicos, há 4,5ilhões de anos o Sol está em fusãouclear. Aqueles físicos esperam,elos seus cálculos, que assim conti-uará por mais uns dez bilhões denos. Daí em diante, começará a..sexpandir em agonia estelar, para de-óis encolher. com seu combustívelsgotado. Então, ou explodirá numa}pernova ou irá se tornar.um densís-mo corpo sideral, hiperencolhido,)nvertido em buraco negro que ab-)rverá tudo que entrar em seuampo de altíssima gravidade.
O pesquisador Alejandro Szantoatalha com o Pelletron para fabd-ar estrelas, isto é, fusão nuclear.
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SEGUE 0 Pelletron foi projetado e construído pelo pessoal da USP. Na foto, seção do tanque de gás e amazenamento de ener
Os brasileiros também estão na corri
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# : RIW : l$ qH l W ql&!HNa Câmara de Espalhamento, acima, o feixe de partículas de itens atinge o alvo. A desintegração dessas partículas provoca, ente ), reações nucleares
omínio da fusão nuclear xü',
%.om ele e com seu colega Nelson#'Carlin Filho, que recentementenceu doutorado com tese sobre es-especialidade, percorremos o in-
rior do edifício do acelerador. numa em que o Pelletron foi desligadotra manutenção. Em operações,note radiações e isso explica a razão) prédio ser blindado por espessaslredes de cimento. E. no subsolo.lde se movimentam pesquisadores)s terminais de computadores quegistram as fusões e Colisões nuclea-s, ser guarnecido por enorme mura-a dupla de blocos de concreto den metro de largura, cada. O acesso) acelerador é feito através de por-s igualmente de concreto, revesti-is de aço, com 2,5 metros de cspes-
O elevador nos levou ao oit:tvo ag-ir. onde está a fonte de íons. Umlã seleciona o íon de interesse dosquisador para ser acelerado atra-s da coluna de cobertura do acele-dor e para defletir a partícu14'numlgulo de 90 graus. Mais abaixo, noxto andar. localiza-se a entrada donque do acelerador, cheio de gásxafloreto de enxofre e que abrigacolunas do Pelletron. mais a cor-
nte de pc//efs,-- origem do nome3lletron -- e o terminal que arma-na a energia de oito milhões de)Its. A corrente de pe//efs tem a fu-mo de armazenar cargas positivas dens a serem levadas ao terminal doelerador e se parece com um
forme colar de pesadas .contas de
Seguem-se, no andar mais abaixo,seções de :alto vácuo, rodeadas por
ís de alta pressão. O vácuo neces-Irio é de 760 milímetros de mer-írio, em canalização, o que corres-)nde a um trilhão de vezes menos doue a pressão atmosférica (10'*lmHz). Depois, vem o salão Orbi-on. onde está a fonte de; filamentosalta tensão, seguindo-se , noutro an-]r abaixo. a saída do acelerador comia bomba iónica de vácuo , com quêt-o pólos magnéticos para focalização) feixe ionizado. Finalmente segue-
a Câmara de Espalhamento, comoio chamados os equipamentos ondetão os alvos detectores dos feixes de}ns acelerados.Resumindo. o Pelletron é uma es-
ácie de câmara de disparo, de alvosde coletores das colisões nucleares.o caso dos íons, estes, depois delesionados no ímã, são disparadosn incrível velocidade. através dosbrios equipamentos do acelerador.n direção ao alvo. Originados a par-r dos pe//ers e ao passar pelo termi-al carregado com os já citados oitobilhões de volts, os íons, que são ne-ltivos. acabam tendo arrancados al-éns elétrons e estes íons são reacele-tdos. úas. então. em forma de íonsositivos, que atingem a Câmara despalhamento. Nela, o feixe de íons,) incidir no alvo, provoca reaçãouclear com a desintegração de muiIS partículas, fenómeno observadoelos computadores. Algo como a ex-losão de uma microscópica bomba[õmica
SEGUE
Lra
0Para pesql
0 pesquisador Nelson Carlin Filho com a corrente de pellefs que carrega itens positivos
Os diferentes tipos de reações atómicas são registrados por monitores computadoiizados. 0 Dr.Toledo.
Z'b a'aee+'=. n /' a' / n'+a n.e.án';nn.áaqanaqn.r,l »;'la n
%h. g
lo nuclear, a USP já formou cerca de 50 alunos 35 deles doutores. A física nuclear experimental do país está centralizada na USP paulista
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:tir o que ocorre nas estrelas, através da fusão nuclear: partículas colidindo em alta temperatura modificando a matéria
lérias da USP: nasce uma estrela [Ç 41
e acôrdo com cada experi-mento, torna-se possível. assim,
observar reações, partículas, suaenergia, ângulos etc.
Nelson Carlin Filho, em linguagemmais acessível, explica como ocorreuma reação nuclear, comparando-acom o :que acontece num prosaicojogo de bilhar. ''No jogo. uma bola éatirada contra outra pelo impulsodado pelo taco", diz. ''A primeiraimpulsiona a segunda em direção àsvárias caçapàs da mesa. Na compara-ção com a reação nuclear, as duasbolas seriam os núcleos envolvidos nareação -- uma delas, o projétil; a ou-tra , o alvo -- enquanto taco e caçapassimulariam o acelerador de partículase seus detectores (as caçapas) no ter-minal e na Câmara de Espalhamento.
Para compreender melhor os pro-cessos que ocorrem numa reaçao nu-clear, deve-se imaginar que as bolasestejam recheadas de material ade-sivo, uma cola que envolve diversosgrãos de milho de pipoca,'mantendo-os coesos. tal como ocorre com elé-trons e prótons no núcleo. O númerodesses grãos. por outro lado, corres-ponde ao dos elementos das partí-culas que se quer estudar. Assim. es-se tipo de bola recheada de grãos demilho de pipoca unidos pela cola éatirada contra a outra com conteúdosemelhante e com o mesmo adesivounificante, de maneira a atingi-la emregiões diferentes, para que o choquea ser provocado tanto possa ser fron-tal como de raspão, como uma bolade efeito. no bilhar.
Em termos de acelerador. essas re-giões variadas da bola podem ser as-sociadas ao parâmetro de impacto(ou como os pesquisadores chamam,momento angular) da reação. Alémdisso, a primeira bola pode ser arre-messada com várias velocidades(energia, no caso do acelerador) pelotaco, proporcionando ao pesquisadoro que eles chamam estudo da funçãode excitação do processo (variação develocidade com a energia).
Desse modo, o estudo do que ve-nha a ocorrer com as bolas durante o
tempo da colisão é associado a deter-minado processo na reação nuclear.Podemos simular, para entendi-mento leigo, esses diversos proces-sos. Por exemplo: ,se o invólucro dasbolasagüenta o choque e não se que-bra na colisão, i.sto significa, em ter-mos nucleares, que nenhuma energiafoi perdida. A quantidade de bolasque serão recolhidas nas diversas ca-çapas podem nos fornecer tais infor-mações sobre o espalhamento elás-tico da colisão em estudo. Se os in-vólucros quebram , significa que parteda energia foi perdida, ou melhor,transformada para outra forma.
A quebra, além disso, pode se darde várias maneiras. Outro exemplo: oinvólucro da bola pode se quebrar oudeformar mas. continuar junto com oresto como no caso quando batemosum ovo cozido; sua casca quebra, fis-sura, mas continua unida à (alara egema cozidas, e precisamos ir re-
D tirando pedaço por pedaço do quefissurou. No cí\se em questão,quando se quebra o invólucro, a colase aquece e esse aquecimento é o bas-tante para reconstituir o invólucro talcomo era, no princípio. Assim, pode-mos concluir que a energia perdida nacolisão foi transferida tanto para que-brar a bola como para reconstitui-la.Ou, mesmo, para proceder dessaforma com as duas bolas. a atiradapelo taco e a disparada pela colisão.As bolas oriundas do choque irão for-necer informações a respeito do pro-cesso que chamamos 'espalhamentoinelástico'.
processo de fusão completa,também visto como um jogo de
bilhar, pode ser entendido da se-guinte maneira: durante a colisãovárias vezes citada. os invólucros dasbolas se quebram de tal modo que aparte interna, o recheio de cola e dosgrãos de milho se tocam e se unem umlo outro. Chamamos isso por 'vencera barreira coulombiana (a quanti-dade de eletricidade que atravessaum condutor num determinadotempo) e centrífuga do sistema'; Nes-se caso, a cola é aquecida, a tal tem-peratura, que não consegue maisprender os grãos de milho. Estes,com o aquecimento, começam a pi-pocar e as pipocas que se soltam dacola que prendia os grãos vão se agre-gar aos grãos da outra bola, igual'mente partida com o choque
No caso do núcleo. seria a trans-ferência de prótoM ou elétrons deuma partícula a outra. Findo o pro-cesso, no qual as duas bolas se fun-dem numa só, o número de grãos demilho desta bola final. com o materialadesivo já frio, é menor do que onúmero inicial correspondente àsoma dos grãos contidos nas duasbolas. E a quantidade de bolas quepassaram pelo processo de colisão eque estão nas caçapas pode fornecerdetalhes do que se passou com elas nomomento crítico do choque. isto é,detalhes do processo de fusão com-pleta, no caso do acelerador
No Pelletron, portanto, como ex-plica Alejandro Szanto, são estuda-das situações-limite dó núcleo. Como'o limite de energia que o núcleo podeaguentar, o limite de temperaturaque pode assimilar, o limite de densi-dade através do qual se pode criar oscitados quarks, o de-velocidade an-gular, isto é, o limite do núcleo emrotação e as influências exercidaspela força centrífuga que o expande
Nesse setor da alta tecnologia nu-clear, os brasileiros estão na linha defrente das pesquisas avançadas dospaíses desenvolvidos. O pessoal dafísica nuclear da USP ainda não dis-põe de um acelerador potente como oTevatron, do Laboratório NacionalFermi de Aceleradores. dos EstadosUnidos, o Fermilab. Seu nome derivade leva, prefixo que corresponde aonúmero trilhão. E o suficiente para seentender sua potência, capaz de pro-
0
etc
Além da formação humana de alta especialização em física nuclear, l
0 Pelletron, cujo edifício principal e sua planta são vistos acima, será
M;...il Um dos objetivos da USP é conhecer
duzir altíssimas temperaturas, maisfortes até do que a existente no nú-cleo do Sol e das estrelas. Com oTevatron e pelo mesmo processo decolisão de partículas nucleares que osbrasileiros usam, os pesquisatloresamericanos pretendem reproduzir oinstante inicial do universo, o primei-ro trilionésimo de segundo do nasci-mento do cosmo ou, em outras pala-vras, o bik gang primordial, o estou-ra, o ímpeto de energia do qual --segundo as teorias em voga ---:surgiuo universo, há 10 ou 20 bilhões deanos. O pessoal da USP não possuium equipamento tão potente masacabará chegando lá, com seus pró-prios meios.
Já está em andamento o projeto deexpansão do laboratório e do Pelle-tron, para torna-lo um acelerador li-near supercondutor, à base de nió-bio, que aumentará a energia das par-tículas até o fator cinco. isto é. irámultiplicar cinco vezes sua atual ca-pacidade. A expansão que está sendorealizada, igualmente é de grande in-teresse tecnológico, pois o projetoestá sendo desenvolvido pelo pessoaldo laboratório e envolverá as Últimasdescobertas em supercondutores dolaboratório vizinho da USP. o de Fí-sica de Materiais
Laboratório de Física Nuclear eo Pelletron, afinal. têm duas fi-
nalidades básicas: pesquisa na área, anível internacional, e formação de re-cursos humanas altamente especiali-zados, que cobre numerosos setoresComo os de instrumentação emgeral, informática, ciência dos ma-teriais, alta tensão. técnicas de vácuo.eletrânica, física aplicada, medicinanuclear. dosimetria e atividades si-milares. E devido ao grande númerode especialistas em graus de doutora-do e mestrado, saídos do laboratórioe é devido, também, à grande quanti-dade de experimentas realizados e deimportância fundamental para asciências nucleares do país que está emandamento o projeto de expansão doacelerador. A despeito das dificulda-des anuais, desta vez não corremos orisco de atrasos tecnológicos signifi-cativos na física nuclear.' como acon-teceu no campo da produção de ele-tricidade nuclear e do domínio do ci-clo atómico completo, que está cus-tando tanto dinheiro e tantos em-baraços ao país.
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DO COHTR.DEiOH.8Q YACUQ
'ENTÃO
eus problemas de instrumentação, informática, alta tensão ou técnicas de vácuo, com recursos próprios.
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SEGUE
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à base de nióbio, para multiplicar a energia das partículas por cinco
donúcleo'oes
lém disso, l»squisas e formação derecursos humanos não se esgotam
l trabalhos acadêmicos. Aumentandonergia das partículas, com a expansãoacelerador, será ampliado, também,ampo de conhecimentos sobre à'es-
ttura nuclear e a dinâmica das coli-3s, com melhores e mais amplas infor-ições sobre a interação nuclear, talmo a que ocorre nas estrelas e emsso Sol. sem contar novas técnicas nu-ares a serem geradas. A supercondu-idade no acelerador propiciará me-)r observação do comportamento docleo em altas temperaturas , na área da;ão nuclear controlada, a mais recentesessão científica. Mesmo sem as am-ações, o pessoal da USP já tem muitaoferecer em high fech nuclear, mor-:nte no setor da infomlática, criandol verdadeiro e autenticamente nacio-l setor de nuc/emátfca.Entre essas aplicações práticas -- saí-s, porém, dos estágios acadêmicos desquisa -- e em perspectiva, está a delplantadores de íons para a 'informá-a. São técnicas já dominadas mas quem o Pelletron ampliado terão um de-nvolvimento mais aprimorado. Comas, os pesquisadores poderão implan-r partículas, através de feixe disparadontra chip da informática, no acelera-)r, reorganizando a estrutura do ma-rial. melhorando-o como semicondu-r. Isso é possível ao serem acrescenta-
L dos, à estrutura molecular. componen-tes de partículas que a modificam paramelhor. Será o cbfp esperto. Nesse caso,para o implante, o enorme acelerador.em vez de microscópio nuclear, é usadocomo um poderoso bisturi atõmi.co, deincrível precisão e desempenho. capazde produzir modificações estruturais nonúcleo corno as que também são produ-zidas nas estrelas.
Os conhecimentos avançados estãocriando um novo campo para a astrofí-sica brasileira. Já é possível reproduzirfenómenos de corpos siderais em labora-tório e entender melhor como eles seprocessam e como se processaram naorigem do universo. Noutra ponta, a dosprocessos de datação arqueológica, ob-tém-se mais exatidão para se estabelecerépocas e levantamento cronológico. Eoutra contribuição da física nuclear na-cional, que também já inicia a desenvol-ver detectores radiativos para a indústriae medicina atómica. Enquanto a bombaé posta de lado, pesquisadores da USPcontinuam se aprofundando nos mis-térios do átomo, atingindo, agora, seuselementos subnucleares. Estão che-gando ao finito, origem e causa do infi-nito universo em expansão no qual nossoplaneta pode ser considerado uma. sub-partícula, girando em torno de um dosbilhões de sóis, numa das pontas espira-ladas de nossa galáxia, a Via-Láctea.
Acima, e time de pesquisadores da USP que avança na área dos sonhe
No campo da matéria primordial do l
: í.e 'i.ll
dinâmica das colisões atómicas, ganhando o jogo da tecnologia do núcleo . Ao lado, o fi! :lear Dr. Oscar Sala, chefe do departamento e fécnüo do t
a seleção da USP é campeã
1887 0 j3ragÜ ainda estava longe de ter a maio)r besta do Planeta,mas gAlobho Flpmbense já ensãhva seu enrelio com o Rio & Jãeiro.
19871 C) Moinho,FlümjrÉnse $preigta o melhor tema ecohõMãõDarão Estado e.o l?aís: K)ç) anos dé SQbdez.k X qr r 1 1 . e /\ + IT'+lt
Neste século de existência, o desfile de rçali;ações do Moinho
HHn: g,HH$HH©WRÍgÉãmbÚ#. «.:-abaslecimentó e na; geração de iíqpezas
Cgmg çompgnHía dé capital,ábçrto, o Moinho Fluminense atrai apli-cações e Uyestê 6op na exliansãQ dç nêgóçios.Cano holding, é a força m(5tdz e linha ãê.dente de um sólido e aüuantegrupo de epõhsas abíinçio alas para um vibranteãesêmpenhó elnHesariêl.
C(im esta dinâmica histórica. o MoinhoFb.lninen$ çlgue.bem alto o esundare da paHcba-ção.na vida fltíminensç. Paro nãoassistir de arquibancada ao desenvolvimento doRio dejaneird,
Mé)inho Fluminense. A antecipação do século. Ü7 100 ANQS 1987
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QUIMBRASIL - QUÍMICA INDUSTRIAL BRASILEIRA S.A VERÁ CRUZ SEGURADORA S.A
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