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Maurits Cornelis Escher
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Maurits Cornelis Escher
17/06/1898 – 27/03/1972
M.C. Escher foi um artista gráfico de origem holandesa que viveu no século XX. Nasceu na
cidade de Leeuwarden, a 17 de junho de 1898 e veio a falecer em Hilversum, a 27 de março de
1972. As suas obras ficaram conhecidas pelos seus desenhos impossíveis, pelas ilusões
espaciais que concebeu e pelos padrões que desenvolveu.
Foi numa visita a Espanha, mais precisamente a Alhambra (1922), no sul deste país, que Escher
conheceu e se encantou pelos mosaicos que existem neste palácio de construção árabe. Escher
achou muito interessante as formas como cada figura se entrelaçava a outra e se repetia,
formando belos padrões geométricos. Este foi o ponto de partida para os seus trabalhos mais
famosos, que consistiam no preenchimento regular do plano, normalmente utilizando imagens
geométricas e não figurativas, como os árabes faziam por causa da sua religião muçulmana, que
proíbe tais representações.
Detalhes do palácio de Alhambra
De Escher ouviu-se com alguma regularidade que tinha pouca aptidão ou reduzidas capacidades
naturais para o desenho e como resultado, a maioria de suas peças levaram muito tempo a serem
concluídas, e exigiu dele várias tentativas antes de ficar completamente satisfeito. Na sua
juventude, dedicou-se às paisagens, sendo que muitos dos trabalhos foram desenhados a partir
de perspetivas incomuns. Ele também fez vários esboços de plantas e até insetos, os quais
aparecem regularmente nos seus trabalhos posteriores.
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A partir de uma malha de polígonos, regulares ou não, Escher fazia mudanças, mas sem alterar a
área do polígono original. Através destas alterações surgiram as mais diversas figuras, como
homens, peixes, aves, lagartos, todos envolvidos de tal forma que nenhum poderia mais se
mexer. Tudo representado num plano bidimensional. Na sua obra destacam-se também os
trabalhos que exploram o espaço. Aqui, Escher brincava com o facto de ter de representar o
espaço, que é tridimensional, num plano bidimensional, como a folha de papel. Com isto ele
criava figuras impossíveis, representações distorcidas e paradoxais. Posteriormente foi
considerado um grande matemático geométrico. Nas suas obras é possível visualizar quatro
tipos de transformações geométricas: translações, rotações, reflexões e reflexões deslizantes.
Embora tivesse sido péssimo aluno a Matemática, através da sua arte conseguiu cativar os mais
reputados Matemáticos e, em particular, os geómetras. Observando atentamente os seus
trabalhos, apercebemo-nos da complexidade criada, quer geometricamente, quer pelas ilusões
imaginadas, o que requer várias observações até serem compreendidos - se é que alguma vez o
conseguimos...
"É esquisito que eu pareça abordar teorias matemáticas, sem que eu próprio as conheça."
Alguns trabalhos
1922-1937 – Período das paisagens
O primeiro período onde a sua obra é dominada pela representação da realidade, a maioria das
suas gravuras apresenta paisagens e arquitecturas de cidades do sul de Itália e das regiões
costeiras mediterrâneas.
O auge deste período foi alcançado com a litografa Castrovalva (1930) que representa uma
cidade nos Abruzos.
Castrovalda (1930)
Natureza Morta com Espelho (1934)
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San Gimignano (1923) Street in Scanno, Abruzzi (1930)
Cloister near Rocca Imperiale, Calabria (1931) Tower of Babel (1928)
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1937-1945 – Período das metamorfoses
Este segundo período foi iniciado, em 1937, com a gravura Metamorfose I, onde se assiste à
transformação gradual de uma pequena cidade, passando por cubos, numa boneca chinesa.
Metamorfose I (1937)
A gravura Dia e Noite pode ser considerada como o ponto culminante deste período. Aqui todos
os sinais característicos se encontram presente: é uma metamorfose, ao mesmo tempo um ciclo,
e podemos ainda observar a passagem de formas bidimensionais (campo lavrado) para
tridimensionais (aves).
Dia e noite
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Development I (1937)
Metamorphosis II (1940)
Metamorphosis II (1940)
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1946-1956 – Período das gravuras subordinadas à perspetiva
A gravura Em cima e em baixo (1947) pode ser considerada o ponto culminante deste período,
em que para além da relatividade dos pontos de fuga, são reproduzidos feixes de linhas paralelas
como curvas convergentes.
Em cima e em baixo (1947)
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Doric Columns (1945) Relativity (1953)
Drawing Hands (1948)
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1956-1970 – Período da aproximação ao infinito
A gravura em madeira Cada vez mais pequeno I (1956) é um dos pontos altos deste período.
Aquela que é considerada a mais impressionante gravura deste período e que é também o ponto
culminante de toda a sua obra, é a Galeria de Arte (1956). Segundo a própria opinião de Escher,
teria atingido aí os limites máximos do seu pensamento e capacidade de representação.
Cada vez mais pequeno (1956)
Galeria de arte (1956)
Circle Limit II (1959) Circle Limit III (1959)
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Obras
1976 The Magic Mirror of M.C. Escher (Bruno Ernst)
1981 M.C. Escher: His Life and Complete Graphic Work (J.L. Locher)
1989 Escher on Escher: Exploring the Infinite (M.C. Escher)
1996 The Graphic Work of M.C. Escher (M.C. Escher)
1998 Een Biografie (W. Hazeu)
2000 The Magic of M.C. Escher (J.L. Locher e W.F. Veldhuysen)
2004 M.C. Escher: Visions of Symmetry (D. Schattschneider)
Sites recomendados
https://www.artsy.net/artist/mc-escher
http://www.mcescher.com/
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/escher/obra3.html
http://www-history.mcs.st-andrews.ac.uk/Biographies/Escher.html
http://www.mcescher.com/Gallery/gallery.htm