Matilda carlota (pt)

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Sinopse

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Diversas divas da história viveram momentos de sublime decadência, enclausuradas em mansões

ou quartos de hotel, rodeadas de fantasmas, em solidão profunda na companhia dos seus

empregados de maior confiança. Momentos como estes, passam rapidamente a ser objecto de

fascínio por parte dos seus admiradores, momentos que se transformam em pedaços de Lenda.

Matilda Carlota é o arquétipo de uma diva decadente movimentando-se numa sala de jantar

com flores de plástico e outros artifícios, cuidadosamente despostos. Nesta ópera-

performance, a realidade é ampliada e os gestos estilizados, coexistindo o kitsch com o

fúnebre, o glamour com o melancólico, o aconchegante com o fantasmagórico.

Sinopse

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Sempre que tento expor o conceito ou conceitos que deram vida a esta ópera-performance não

posso deixar de ter a nítida sensação de que estou a ser redutor. O universo criativo desta

peça é composto por várias camadas pessoais que no seu todo formam a sala de estar de

Matilda Carlota, camadas que se fossem aqui deslindadas uma por uma, correria o risco de

tornar este dossier demasiado extenso. Para dar uma noção do que aqui descrevo posso dizer

que esta personagem tem nas suas vísceras temas como homossexualidade, castrati, casa da

avó, gravidez psicológica ou diva decadente. Decidi por isso focar-me neste último “diva

decadente” de forma a sintetizar a imagética da peça.

A meu ver não há melhor forma de transmitir um conceito que não seja a de dar alguns

exemplos práticos de forma a ajudar a tornar toda a ideia mais clara. É essa a fórmula a

que irei recorrer nos próximos parágrafos para apontar algumas das influências que foram

contaminando o processo criativo de Matilda Carlota.

Passo a dar dois casos de pura inspiração para a imagética Matilda Carlota.

Quando a célebre soprano Maria Callas perde o grande amor da sua vida encerra-se em

depressão profunda no seu sumptuoso apartamento Parisiense. Como única companhia ficam a

apoiá-la a governanta, e o motorista. Como forma de recusar as apresentações em público

Callas começa a impor exigências absurdas. Vários admiradores e amigos ainda a visitam

tentando ”reanima-la” em vão. Num estado de limbo, morre a 16 de Setembro de 1977, rodeada

de flores, com um fulminante ataque cardíaco, pouco antes de completar o seu quinquagésimo

quarto aniversário. Muitos tabloides afirmaram na época que a morte da diva é a

personificação da expressão “morrer por amor”

Conceito

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Nascida a 22 Março de 1837, Virginia Elisabetta Luisa Carlotta Antonietta Teresa Maria

Oldoini era um notável membro da aristocracia toscana Italiana. A condessa era conhecida

pela sua estonteante beleza sublinhada por exuberantes vestidos que pautavam de espanto os

rostos de quem assistia às suas chegadas aos eventos da corte imperial. Descreviam-na como

dona de uma pele de um branco imaculado, face delicadamente oval, cabelo louro comprido e

uns olhos que variavam constantemente entre verde e azul-violeta.

Quando a juventude começa a deteriorar-se, Virginia isola-se no seu apartamento no Place

Vendôme, onde os quartos são pintados de preto, as persianas são mantidas em baixo e os

espelhos cobertos. Só ao cair do dia com a ausência de luz é que raramente, Virgínia sai à

rua. Numa tentativa desesperada de perpetuar a sua juventude, com o aparecimento da máquina

fotográfica sob a direcção do fotógrafo Pirre-Louis Pierson a condessa gasta fortunas em

cenários e vestidos na produção de mais de 700 retratos de momentos significativos da sua

vida. Eram usados figurinos teatrais e excêntricos, em poses e planos considerados eróticos

e ousados para a época. Tinha o profundo desejo de no futuro exibi-los na célebre exposição

Universal de 1900. Tal não chegou a acontecer.

Pode assistir-se ao desenvolvimento da sua decadência física e emocional ao longo dos

retratos. Morre aos 60 anos a 28 de Novembro de 1899 e é hoje considerada por muitos como

a primeira modelo fotográfica da história.

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O projeto visa a participação de um coro local amador/semiprofissional. Este coro atua na

peça como um falso público que inesperadamente na última cena da performance interpreta, a

partir plateia, uma obra de música sacra.

Idealmente o coro deverá ter participação de 8 a 20 pessoas, no mínimo com dois elementos

de cada naipe, 2 sopranos, 2 contraltos, 2 tenores e 2 barítonos e irá interpretar o tema

Stabat Mater do compositor Zoltan Kodaly.

A obra deverá ser preparada previamente pelo coro e serão necessários 3 ensaios do coro com

a equipa. Os ensaios poderão ser em horário pós-laboral, com cerca de 2 horas cada, sendo

um deles o ensaio geral.

Esta colaboração intima com um grupo coral em cada local de apresentação, permite trabalhar

num nível de maior envolvimento comunitário, trazendo uma maior aproximação das comunidades

à proposta e uma partilha mais enriquecedora e desafiante para ambos, criadores e coro. A

participação do coro na “Matilda Carlota” é um elemento-chave, que confere ainda maior

densidade à proposta.

Workshop

Será oferecido um workshop aos elementos do coro dirigido pelos dois intérpretes e criadores

da peça. Neste workshop os coreógrafos e músicos Jonas e Lander organizam práticas

introdutórias ao tipo de material que os dois criadores desenvolvem de momento. São

desenvolvidos exercícios de coesão de grupo, rítmicos, de desenvolvimento sensorial e

corpo/movimento conectado com voz cantada. Neste caso, serão acrescentados aos ensaios com

o coro, uma hora por dia.

Coral de São Domingos / Montemor-o-Novo

Comunidade

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Chama-se Jonas devido a uma promessa materna que, aquando do parto, decide oferecer-lhe um

nome bíblico. Quando em criança lhe perguntam o que quer ser quando crescer, responde a

cada dia com um animal diferente.

Entra, mais tarde, na escola Chapitô onde passa três anos com professores como Sofia

Neuparth, Amélia Bentes ou António Pires; faz uma residência artística em Itália; visita

museus em Espanha, desenvolve estágio profissional no palco do São Luiz e almoça com vista

sobre o Tejo e para o Cristo Rei.

Terminado o curso e depois de um ano a fazer musicais para juntar dinheiro, emigra para

Londres. Aí, partilha casa com pessoas que cresceram num barco ou nos Pirenéus, canta fado

em diversos eventos da cidade e frequenta o Pineapple Dance Studio.

Com saudades do azeite Luso, volta para Lisboa e grava o álbum de Rosa Negra Fado Mutante,

editado em 2011, reconhecido com o prémio Carlos Paredes 2012. Ingressa nesta altura na

Escola Superior de Dança, onde se lança como criador, essencialmente em colaboração com

Lander Patrick.

Sente-se um verdadeiro privilegiado por viajar, aprender e trabalhar com nomes do teatro,

música e dança como Margarida Bettencourt, Tiago Guedes, Vera Mantero, Sofia de Portugal,

Madalena Victorino, André Teodósio, Maria João e Mário Laginha, entre outros.

Jonas

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Sofre de asma crónica desde que se mudou do Brasil para Portugal em 1989, ano em que nasceu. Foi

federado em volleyball para rematar a doença, acabando por se formar em dança. Actualmente mora

em Lisboa. Tem vindo a colaborar, por esse mundo fora, com pessoas que admira, tais como: Luís

Guerra, Tomaz Simatovic, Marcelo Evelin, Alejando Ahmed, Margarida Bettencourt, Jonas Lopes,

entre outros. A recepção de dois prémios em coreografia - 1º prémio no Festival Koreografskih

Minijatura (Sérvia) com a peça Noodles Never Break When Boiled e 2º prémio no «No Ballet»

International Choreography Competition (Alemanha) com a peça Cascas d'OvO - motivaram-no a

engajar-se na criação coreográfica em vez trabalhar num call center. Enquanto autor, apresentou

e colaborou em produções apresentadas em Portugal, Itália, Áustria, Estados Unidos, Alemanha,

Brasil, Holanda e Sérvia. Vive numa auto-caravana com o seu amor e acredita que o vegetarianismo

contribuirá para uma prolongada existência do planeta.

Lander Patrick

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] Espaço [

Palcos, blackboxs, galerias

] Dimensões [

A área útil para performance é de cerca de 5m de comprimento x 4m de

largura por 6 de altura

]Duração[

Aproximadamente 45 minutos

] A fornecer pelo espaço de acolhimento [

] Luz [

. Sistema de luz

. 10 projetores de recorte (8 com íris)

. 1 follow spot

. 4 luzes de ribalta

. 1 iodine 500 watts

. Luzes de agradecimento

] Som [

. Sistema de som

. 4 micros overheads

. 2 micro de captação de chão

] Materiais de cena [

. 1 Mesa 2mx0.8m

. 1 Cadeirão estilo antigo (em Portugal, a companhia pode levar)

. 1 ventoinha

. 1 Piano vertical

Técnica

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nota: caso algum dos elementos acima referidos se revele impossível de facultar, por favor

entrar em contacto, de forma a encontrarmos em conjunto, uma solução atempadamente

] Montagens e ensaios [

. Ensaios com o coro da comunidade local: mínimo 3 dias, 2 horas cada, em horário pós-laboral

(dois ensaios + ensaio geral)

. 1 turno para montagem e afinação de luz

. 1 turno para implementação cénica e ensaio técnico

. 1 ou 2 turnos para ensaios

. Ensaio geral

nota: em caso de necessidade, poderá ser possível proceder à montagem e ensaio até um mínimo

de 3h

] Recursos humanos [

. É necessária a participação de um grupo vocal/coro local para integrarem no desfecho da peça. A

equipa do espaço de acolhimento deve fazer os contactos.

. Apoio de no mínimo 1 técnico de luz e 1 técnico de som do espaço de acolhimento, para

montagem e operação.

] Condições no local [

. Lavagem e tratamento de figurinos quando se proponham mais de 2 apresentações

. Camarim e Chuveiros com água quente e toalhas limpas

] Notas [

Na plateia devem ser reservados alguns lugares para os membros do coro: entre 6 a 20 lugares.

] Condições financeiras [

Cachet de apresentação

+ Despesas de deslocação, estadia e alimentação para 2 ou 3 pessoas

+ 1 refeição para dias de apresentação para o coro local e caso necessário deslocação

Vídeo: http://vimeo.com/86939497

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] Concepção [

Jonas Lopes

] Interpretação [

Jonas Lopes e Lander Patrick

] Figurinos [

Jonas Lopes

] Desenho de Luz [

Jonas Lopes e Lander Patrick

] Música [

“Sposa non mi conosci”, de Giacomelli

“Masquerade” Aram Khachaturian

“Stabat Mater”Kodaly

] Participação especial [

Coro local

] Aconselhamento Dramatúrgico [

Lander Patrick

Margarida Bettencourt

Rui Horta

Ficha Artística

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] Co-produção [

Centro Cultural Vila Flor

] Apoio e Residência [

O Espaço do Tempo

] Agradecimentos [

Alena Dittrichová

Maria de Lourdes Rodrigues

Margarida Neves

Paulo Ferreira

Teresa Santos

Vânia Rovisco

Coro Trítono

Coro Cantacellis

Rui Horta

Margarida Bettencout

Tiago Coelho

Elisete Vendruscolo

Gui garrido

Fábio Rocha de Carvalho

Rui Torrinha

] Classificação etária [

Maiores de 10 anos

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Outra Obra de

Lander e Jonas

Cascas d'OvO

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