MATERIAIS R ECICLÁVEIS - sorocaba.unesp.br · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da...
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Mariana de Moraes Cardoso
Luiza Amalia Pinto Cantão
Sandro Donnini Mancini
Larissa de Lima Pitondo
Campus Experimental de Sorocaba
MATERIAIS
RECICLÁVEIS
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Unesp – Câmpus
Experimental de Sorocaba
C268m
Cardoso, Mariana de Moraes.
Materiais recicláveis [livro eletrônico] / Mariana
de Moraes Cardoso, Luiza Amalia Pinto Cantão, Sandro
Donnini Mancini, Larissa de Lima Pitondo. – Sorocaba :
Unesp Câmpus Sorocaba, 2013
48 f. : il.
ISBN: 978-85-64992-07-8
1. Materiais recicláveis. 2. Metais. 3. Papel. 4. Plásticos. I. Cantão, Luiza Amalia Pinto. II.
Mancini, Sandro Donnini. III. Pitondo, Larissa de
Lima. IV. Título.
CDD 628.4
SUMÁRIO Sumário ............................................................................................................................. 3
Metal ................................................................................................................................. 5
Definição e classificação............................................................................................... 5
Produção e descarte ...................................................................................................... 5
Por que reciclar? ........................................................................................................... 5
Informações Adicionais ................................................................................................ 6
Materiais ....................................................................................................................... 7
Alumínio ....................................................................................................................... 7
Bloco ......................................................................................................................... 7
Chapa ......................................................................................................................... 8
Embalagem ................................................................................................................ 9
LATA ...................................................................................................................... 10
Panela ...................................................................................................................... 11
Perfil ........................................................................................................................ 12
Metais Ferrosos ........................................................................................................... 13
Aço Inox .................................................................................................................. 14
Antimônio................................................................................................................ 15
Cobre ....................................................................................................................... 16
Latão ........................................................................................................................ 17
Papel ............................................................................................................................... 18
Definição ..................................................................................................................... 18
Tipos de papel ............................................................................................................. 18
Produção e descarte .................................................................................................... 18
Por que reciclar? ......................................................................................................... 19
Informações adicionais ............................................................................................... 19
Materiais ..................................................................................................................... 20
Caixa Longa Vida ....................................................................................................... 20
Jornal ........................................................................................................................... 21
Papel Arquivo ............................................................................................................. 22
Papel Branco ............................................................................................................... 23
Papel Misto ................................................................................................................. 24
Papel Ondulado ........................................................................................................... 25
Revista ........................................................................................................................ 26
Plástico ........................................................................................................................... 27
Definição ..................................................................................................................... 27
Tipos de plástico ......................................................................................................... 27
Produção e descarte .................................................................................................... 28
Por que reciclar? ......................................................................................................... 28
Informações Adicionais .............................................................................................. 28
Materiais ..................................................................................................................... 29
Politereftalato de etila ................................................................................................. 29
Politereftalato de Etila (óleo) ...................................................................................... 30
Polietileno de alta densidade ....................................................................................... 31
Policloreto de Vinila ................................................................................................... 32
Polietileno de Baixa densidade ................................................................................... 33
Polipropileno ............................................................................................................... 34
Poliestireno ................................................................................................................. 35
Apara Cristal e Mista .................................................................................................. 36
Vidro ............................................................................................................................... 37
Definição ..................................................................................................................... 37
Tipos de vidro ............................................................................................................. 37
Produção e descarte .................................................................................................... 37
Por que reciclar? ......................................................................................................... 37
Informações adicionais ............................................................................................... 38
Materiais ..................................................................................................................... 39
Outros ............................................................................................................................. 40
Eletrônico .................................................................................................................... 40
Bateria ......................................................................................................................... 41
Bateria e Pilha ............................................................................................................. 42
Motor .......................................................................................................................... 43
Referências ..................................................................................................................... 44
Bibliografia ..................................................................................................................... 46
5
METAL
DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
A matéria prima virgem para a produção dos metais é o minério bruto. As etapas do
processo de produção são: 1) beneficiamento do minério, onde ocorre a fragmentação, a
separação de fases e a concentração do minério; 2) pré-extração e extração onde
ocorrem transformações físicas e químicas; 3) elaboração e refino (retirada das
impurezas) e, por fim, 4) fusão e solidificação [13].
Os materiais metálicos classificam-se em dois grupos: ferrosos e não-ferrosos, cujos
representantes mais comuns podem ser observados na Tabela 1 [17].
Tabela 1 – Classificação dos principais metais e suas aplicações majoritárias.
Ferrosos Não Ferrosos
Aço Ferro
Fundido
Alumínio Cobre Metais
Pesados
Utensílios
domésticos,
ferramentas, peças
de automóveis,
construção civil,
latas de alimento e
bebidas.
Ferramentas,
bases de
máquina,
peças de
automóveis
etc.
Latas de
bebidas,
esquadrias
(utilizadas em
portas e
janelas).
Cabos
telefônicos e
enrolamentos
elétricos.
Chumbo,
níquel, zinco e
mercúrio.
Geralmente
utilizados em
baterias.
PRODUÇÃO E DESCARTE
O Brasil é o país com maior índice de reciclagem de latas de alumínio. Em 2011 o setor
movimentou R$ 1,8 bilhão na economia nacional quando aproximadamente 98,3% das
latinhas de alumínio foram reciclados [10]. Neste mesmo ano a quantidade de aço
produzida no país foi de 35,2 milhões de toneladas e no total, cerca de 47% das latas de
aço consumidas foram recicladas.
POR QUE RECICLAR?
Na reciclagem de metais economiza-se até 97% da energia utilizada para a produção do
metal a partir da matéria prima virgem [14]. Isso ocorre, pois não é preciso realizar o
processo de extração e beneficiamento do minério. Além dessas vantagens o metal pode
ser reciclado inúmeras vezes sem que ocorra perda de nenhuma de suas propriedades.
Além de poupar energia, as emissões atmosféricas (poluentes lançados no ar) e aquosas
(poluentes lançados nos rios) são menores, assim como a quantidade de resíduos sólidos
gerados [13]. Por exemplo, em certa etapa da produção do alumínio, é gerado um
resíduo insolúvel, a lama vermelha, que apresenta riscos de contaminação do solo e
6
lençol freático se não disposto de maneira correta, além dos altos custos associados ao
seu manejo e disposição [22].
Os metais pesados (descritos na Tabela 1) se descartados de maneira errada podem ter
efeito danoso nos seres vivos, pois se acumulam no solo, na água e consequentemente
nos organismos, o que pode provocar sérias doenças [17].
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Assim como os outros materiais, os metais também devem ser separados para a
reciclagem. Para separar os ferrosos dos não ferrosos utilizam-se imãs, uma vez que
devido às propriedades eletromagnéticas dos metais ferrosos, eles são atraídos e
facilmente separados dos outros. A separação dos metais não ferrosos é mais
complicada, mas pode ocorrer com base no peso específico, cor e aplicação [13].
Uma curiosidade sobre a reciclagem de latinhas de alumínio é que devido à eficiência
da coleta seletiva e ao seu processo de reciclagem, é possível que o ciclo de uma latinha
após descartada, passando pela reciclagem e retornando ao consumidor de novo ocorra
em apenas 33 dias [10].
Aço e ferro fundido são ligas onde o principal elemento é o ferro. A separação de ambos
pode ser feita com base na aplicação ou com o uso de técnicas mais avançadas. Como a
diferença principal entre ambos é o teor de carbono é comum reciclar conjuntamente os
dos materiais e posteriormente ajustar o teor para o que se deseja.
7
MATERIAIS
ALUMÍNIO
BLOCO
ESPÉCIE Alumínio
SUBESPÉCIE Bloco
NOME POPULAR Alumínio bloco, alumínio fundido.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Peça fundida em alumínio de formato retangular com ou sem
furos e cor prateada.
UTILIDADE Tem como função alojar cilindros de um motor de combustão
interna e também utilizado na fabricação de peças de alumínio.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS Como qualquer outro produto de alumínio, é 100% reciclável.
CURIOSIDADES Esse material possui no mínimo 2 cm de espessura, sendo menor
ele é considerado um Perfil.
Fonte: www.metalvalley.com.br
8
CHAPA
ESPÉCIE Alumínio
SUBESPÉCIE Chapa
NOME POPULAR Chaparia, chapamista, chapa off-set.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Em sua forma bruta, o formato é retangular e a espessura
depende do produto que será formado.
UTILIDADE Tubos de aerossol, cadeira de praia, antenas de TV e baús de
caminhão.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS Como qualquer outro produto de alumínio, é 100% reciclável.
CURIOSIDADES
As chapas são materiais de grande maleabilidade e durabilidade,
por isso são empregados em produtos leves como tubos de
aerossol e cadeira de praia. Nos tubos de aerossol as tampas são
feitas de plástico (polipropileno) ou de acrílico.
9
EMBALAGEM
ESPÉCIE Alumínio
SUBESPÉCIE Embalagem de alumínio
NOME POPULAR Marmitex, folha de alumínio usada, lacres, cartela de remédio
(feita só de alumínio).
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS De cor prateada e seu formato depende do produto.
UTILIDADE Acondicionar alimentos, produtos ou lacrar latas.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS Como qualquer outro produto de alumínio, é 100% reciclável.
CURIOSIDADES
Para melhor aproveitamento, todas as embalagens que tem
contato com alimento ou produto de fácil degradação, devem ser
lavadas antes do descarte, pois muitas vezes quando chegam às
cooperativas elas tem de ser descartada para o lixo orgânico,
pois sua reciclagem fica pouco interessante.
10
LATA
ESPÉCIE Alumínio
SUBESPÉCIE Lata
NOME POPULAR Lata
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Cilíndricas e possuem uma cor prateada no fundo, na parte de
cima da lata e no seu interior. Sua coloração nas laterais depende
da marca e do fabricante do produto.
UTILIDADE Acondicionar líquidos.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
Como qualquer outro produto de alumínio, é 100% reciclável e a
cada 1000 Kg de alumínio reciclado significam 5000 Kg de
minério bruto (bauxita) poupado. Outro ponto importante para o
meio ambiente é que para reciclar o alumínio é gasto apenas 5%
da energia que seria utilizada para se produzir o alumínio
primário, ou seja, uma economia de 95%.
CURIOSIDADES
Por ser um produto com alto preço de venda, as latinhas são muito
procuradas por catadores autônomos e cooperativas. Outras latas
como as de molho, leite condensado e outros produtos de
conserva, por exemplo, sardinha, atum e milho, são latas feitas de
aço com revestimento de estanho e, embora igualmente
recicláveis, não tem um preço tão alto quanto a de alumínio.
11
PANELA
ESPÉCIE Alumínio
SUBESPÉCIE Panela
NOME POPULAR Panela de cozinha.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Cor prateada e tem vários tamanhos. Possui um cabo na lateral
(feito de material variado como madeira ou baquelite) e pode ou
não possuir algum tipo de revestimento interno.
UTILIDADE Preparo de alimentos.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS Como qualquer outro produto de alumínio, é 100% reciclável.
CURIOSIDADES O cabo da panela só é reciclado se for de alumínio ou inox,
quando são de madeira ou de baquelite (plástico termofixo), não
são reciclados.
12
PERFIL
ESPÉCIE Alumínio
SUBESPÉCIE Perfil
NOME POPULAR Perfil de alumínio, perfil para janela, aro de bicicleta, trilho de
cortina.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Cor prateada, seu formato depende da sua utilização, tem
espessura variável e é um produto maleável.
UTILIDADE Utilizados em obras como placa de nivelamento, cantoneira de
piso, perfil de portas e janelas.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
Como qualquer outro produto de alumínio, é 100% reciclável,
mas uma das dificuldades na hora da reciclagem é contaminação
com algumas substâncias como tintas e cimento.
CURIOSIDADES No Brasil, algumas indústrias estão produzindo perfis de alumínio
com 80% de metal reciclado e 20% de alumínio primário [25].
13
METAIS FERROSOS
ESPÉCIE Metais ferrosos
NOME POPULAR Aço, Ferro, panela de ferro, roda de ferro.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Para a separação do ferro dos metais não-ferrosos, são utilizados
imãs pois devido às propriedades eletromagnéticas do ferro, estes
são atraídos.
UTILIDADE Utensílios domésticos, ferramentas, peças de automóveis
estruturas de edifícios, latas de alimentos, bebidas, bases
estruturais de móveis.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
100% reciclável, a menos que exista presença de substâncias
restringente como o níquel.
CURIOSIDADES O ferro é um dos elementos mais antigo e sempre foi feita sua
reciclagem, pois permite uma mobilidade para a fabricação de
vários objetos.
14
AÇO INOX
ESPÉCIE Aço inox
NOME POPULAR Inox bom, inox ferroso, panela de inox.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Suas características são parecidas com as do alumínio, sendo mais
pesados e bem diferentes na estrutura e na sua composição. Ele
contém pelo menos 10,5% de cromo, o que permite uma melhor
resistência à corrosão. Alguns tipos não são magnéticos (não
“pegam” imã) e isso pode dificultar a separação.
UTILIDADE Utensílios domésticos como fogão, panela, bandejas, talheres,
tigelas e também ferramentas, equipamento industriais,
hospitalares e de restaurantes.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
O aço inox é 100% reciclável e 70% da produção de aço inox é
feita de matéria prima secundária, ou seja, inox já utilizado.
CURIOSIDADES A liga do aço inox é nobre, por isso é raro produtos desse material
serem jogados fora, todos são reaproveitados ou reciclados.
15
ANTIMÔNIO
Fonte: http://www.superbid.net
Fonte: http://www.centralsucata.com.br
ESPÉCIE Antimônio
NOME POPULAR Estíbio e ligade solda.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Sua forma elementar é um sólido cristalino, fundível, quebradiço,
branco prateado que apresenta uma condutividade elétrica e
térmica baixa, e evapora em baixas temperaturas.
UTILIDADE
A sua aplicação mais importante é como constituinte de uma liga
à base de chumbo para conferir dureza e rigidez, melhorando
igualmente a resistência à corrosão. É também utilizado como
ingrediente em ligas de estanho. O antimônio é ainda usado em
revestimento de cabos, moldes, soldaduras e tubos.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
Para que ocorra sua reciclagem o antimônio é retirado dos
materiais que é utilizado como solda ou componente.
16
COBRE
Fonte: http://www.centralsucata.com.br
Fonte: http://sucataferropereira.pai.pt
ESPÉCIE Cobre
NOME POPULAR Fio de cobre com capa ou sem capa, cobre limpo, cobre cabo,
cobre misto.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Seu formato é cilíndrico e sua cor âmbar (amarronzado), sua
espessura e seu comprimento dependem da utilização.
UTILIDADE
Fios de instalação de residências/indústrias com isolação, cabos
unipolar com isolação, cobre queimado, cobre em rolamentos de
motores, tubos de instalação de água quente e refrigeração, cobre
com solda, cobre estanhado, calha estanhada, taxos, alambiques,
cavaco, radiadores de veículos como caminhões e tratores.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
A indústria da reciclagem de cobre é capaz de recuperar
praticamente 100% do cobre utilizado, criando muito pouco ou
nenhum lixo residual. Este processo inclui uma economia de
85% em relação à produção primária, que é extração e conversão
do cobre.
CURIOSIDADES
A grande vantagem da reciclagem do cobre é evitar as despesas
da fase de redução do minério a metal. Essa fase envolve um alto
consumo de energia, e requer transporte de grandes volumes de
minério e instalações relativamente caras, destinadas à produção
em grande escala. Outro fato curioso é o roubo de cobre de
fiações elétricas durante o uso, o que acontece, pois o seu preço é
alto perto de outros materiais.
17
LATÃO
Fonte: www.isok.pt
ESPÉCIE Latão
NOME POPULAR Latão cavaco, latão pingo, latão sucata, latão pontas, latão
estamparia, metal.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
É uma liga composta por zinco e cobre, sua coloração é dourada e
seu material é fácil de moldar.
UTILIDADE
Limalhas em usinagem em geral, fundição de latão, torneiras,
chuveiros, antenas, aquecedores, ralos, registros, válvulas,
misturadores de lavatórios, usinagem de vergalhão latão e
instrumentos musicais, cadeado, chaveiro e chave.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
São 100% recicláveis e sua reciclagem leva a economia de água e
energia elétrica, comparada à produção do metal a partir dos
minérios correspondentes.
CURIOSIDADES A reciclagem de latão no Brasil recupera mais de 600.000 t de
zinco por ano.
18
PAPEL
DEFINIÇÃO
O papel pode ser utilizado de várias maneiras nos, por exemplo, caixas para transporte
de mercadorias (papel ondulado), embalagens de alimentos (embalagem Longa Vida),
folhas para impressão (papéis de escritório) e uma variedade de produtos para higiene e
limpezacomo papéis higiênicos e lenços [e].
A matéria-prima utilizada na produção do papel é principalmente a celulose, originada
de árvores. Após a obtenção da madeira ela é misturada com água e obtida uma massa à
qual são acrescentados vários produtos. Essa massa passa por dois processos: úmido e
seco. O primeiro é onde a folha é formada separando as fibras de celulose da água sobre
uma tela. No segundo, a folha passa por cilindros altamente aquecidos por vapor onde
ocorre uma secagem complementar [6].
TIPOS DE PAPEL
Tabela 2 – Classificação do papel e suas aplicações.
Papel Escritório Papel Ondulado Embalagem Longa
Vida
Incluem papéis de
carta, blocos de
anotação, de
copiadoras, de
impressoras,
revistas e folhetos
[11].
Também conhecido como corrugado e
popularmente chamado de papelão. Ele
é utilizado basicamente em caixas para
transporte de produtos. Este material
possui uma camada intermediária de
papel entre suas partes exteriores,
disposta em ondulações [12]. As fibras
de celulose do papelão são geralmente
maiores que as do papel comum.
Também chamada de
cartonada ou
multicamadas. Serve
para preservação dos
alimentos e é composta
de várias camadas de
papel, polietileno de
baixa densidade
(plástico) e alumínio [7].
PRODUÇÃO E DESCARTE
No Brasil, em 2011, foram produzidas 9,9 milhões de toneladas do produto [4]. A
indústria recicladora utiliza como matéria-prima aparas de papel (papéis usados) em vez
de novas árvores, a grande maioria de origem do comércio, indústrias, escritórios e
residências [18]. Quem realiza a triagem, a classificação e o enfardamento do material
são os aparistas e/ou cooperativas que posteriormente encaminham esses materiais para
as fábricas.No total, 45,5% de todos os papéis que circularam no País, em 2011, foram
encaminhados à reciclagem [5].
19
POR QUE RECICLAR?
O papel é um material relativamente fácil de ser decomposto, sendo picotado, e
misturado a outros resíduos, torna-se fonte de nitrogênio para os micro-organismos [11].
Mas, por outro lado, nos aterros sanitários, devido à falta de contato com o ar e a água,
ele se degrada lentamente [5]. Visto que a redução da quantidade de resíduo deste
material é uma tarefa difícil [11], sua reciclagem ajuda a diminuir o volume de detritos
ao ser descartado em lixões e aterros sanitários já saturados [5].
Também há vantagem econômica, já que na fabricação de uma tonelada de papel, a
partir de aparas, 2,5 barris de petróleo, 98 mil litros de água e 2.500 KW/h de energia
elétrica são economizados [2].
Porém, ao contrário de outros materiais recicláveis, as fibras de papel não são
infinitamente recicláveis. O limite da reciclagem está entre 4 a 6 ciclos de
processamento, e durante o processo de reciclagem parte das fibras tem seu
comprimento diminuído e parte são extraídas [18].
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Na reciclagem do papel há algumas características que podem inviabilizar tecnicamente
sua reciclagem como: as tintas utilizadas na fabricação do papelão, tratamentos anti-
umidificação, onde resinas insolúveis em água são adicionadas, e umidade em excesso
[12].
Apesar de as embalagens Longa Vida serem compostas de papel, plástico e alumínio,
todos os seus componentes podem ser separados e reciclados. As fibras de celulose são
agitadas com água e sem produtos químicos, hidratando as e separando as das camadas
de plástico e alumínio. Estes por sua vez seguem para outros processos produtivos, onde
são separados e podem ser utilizados na fabricação de placas, telhas, canetas, vassouras,
banquetas e outros [7].
20
MATERIAIS
CAIXA LONGA VIDA
ESPÉCIE Caixa Longa Vida
PRODUTOS Embalagens de alimentos líquidos em geral.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
A caixa longa vida é formada por três materiais: papel, plástico e
alumínio. Tem sua distribuição feita em 6 (seis) camadas, sendo 4
de plástico polietileno, uma de alumínio e outra de papel,
intercaladas. As proporções dos componentes são:
Funções:
Papel: Oferece resistência à embalagem e recebe a
impressão.
Alumínio: Protege o alimento da luz.
Plástico: Isola o papel da umidade, impede o contato do
alumínio com o alimento e funciona como elemento de
adesão entre os materiais.
UTILIDADE Mantém os alimentos conservados sem resfriamento e os conserva
por mais tempo.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
A embalagem é 100% reciclável, podendo o papel ser utilizado
novamente no seu próprio processo de fabricação e o alumínio
junto com o plástico será transformado em telhas, cabos de pá,
vassouras e coletores, e outros produtos. O alumínio e o plástico
podem ser separados um do outro e seguirem para
reaproveitamento distinto, porém essa separação ainda é pouco
praticada no Brasil.
CURIOSIDADES O plástico utilizado é o polietileno de baixa densidade (PEBD).
Papel
75%
Plástico
20%
Alumínio
5%
Componentes da caixa Longa Vida
21
JORNAL
ESPÉCIE Jornal
NOME POPULAR Jornal
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Geralmente são feitos com fibras secundárias (fibras já usadas na
fabricação de papel), por isso podem possuir qualidade inferior.
UTILIDADE Veiculação de notícias e embrulhos para materiais que possam
cortar ou machucar o usuário, como embrulhar copos de vidro
para mudança de casa.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
São 100% recicláveis, podendo, ser usado na fabricação de outro
jornal e também caixas de ovo.
CURIOSIDADES O jornal é normalmente feito de papel reciclado, por isso seu
preço costuma ser inferior ao do papel branco.
22
PAPEL ARQUIVO
ESPÉCIE Papel arquivo.
NOME POPULAR Aparas de papéis de escritórios e gráficas.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS Papéis brancos impressos com tinta preta ou colorida.
UTILIDADE Utilizados para impressão em escritórios, gráficas, residências
e outros.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS Composição igual a do papel branco e é 100% reciclável.
CURIOSIDADES Papel de livro é considerado papel arquivo, mas as capas
geralmente não são recicláveis, pois possuem alto teor de
plástico em sua composição.
23
PAPEL BRANCO
ESPÉCIE Papel branco
NOME POPULAR Papel sulfite, formulário de computador, papel para impressão e
resto de papel branco cortado.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Feitos de fibras virgens (usadas pela primeira vez na fabricação do
papel), essas são proveniente de árvores.
UTILIDADE Tem como finalidade impressões, bloco de anotações, caderno e
livro.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
O papel é 100% reciclável, usado na fabricação de jornais e papel
de baixo valor comercial.
CURIOSIDADES Na fabricação de papel a partir da madeira há a geração de um
líquido chamado de licor negro, altamente poluente.
24
PAPEL MISTO
ESPÉCIE Papel misto
NOME POPULAR Panfletos de propagandas, encartes, aparas de papéis de escritórios
e gráficas, papel brilhante, envelopes e saco de pão.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
São papéis impressos e que possuem qualquer tipo de composição,
exceto o plástico.
UTILIDADE É usado para divulgações de eventos, cartazes, panfletos. Também
é empregado para impressão de informações das empresas,
escritórios, em qualquer local que utiliza papel impresso.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
Como sua composição original é igual a do papel branco, por isso
é 100% reciclável.
CURIOSIDADES Papel misto é utilizado para a fabricação de papelão, papel jornal
e papel higiênico.
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PAPEL ONDULADO
ESPÉCIE Papel ondulado
NOME POPULAR Papelão, Caixa de Papelão
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Pode ser formado com até 80% de papel reciclado. Ele é
geralmente constituído por 3 (três) partes sendo a primeira de
papel-capa, o segundo de papel miolo e o terceiro de papel-de-
fundo.
UTILIDADE Transporte e armazenamento de produtos.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
100% reciclável, podendo, o papel ser utilizado novamente no
processo de fabricação de outro papel ondulado.
CURIOSIDADES
O papel de melhor qualidade depois da reciclagem é usado para
as partes externas e o papel de qualidade inferior é geralmente
utilizado no miolo.
26
REVISTA
ESPÉCIE Revista
NOME POPULAR Revista, folhetim
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Sua folha normalmente tem uma alta coloração e brilho.Sua
composição química é bem parecida com do papel
branco,diferenciando se por possuir uma quantidade pequena de
plástico para permitir sua forma mais rígida e brilhante.
UTILIDADE Divulgação de informações.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
Só se recicla papel revista porque possui uma quantidade muito
pequena de plástico em sua composição.
CURIOSIDADES Se em sua composição existisse uma alta quantidade de
plástico, como no caso de capas de livros comuns, sua
reciclagem seria bem mais difícil.
27
PLÁSTICO
DEFINIÇÃO
Os plásticos são polímeros (moléculas muito grandes) formados principalmente por
átomos de carbono e podem ser obtidos a partir de recursos naturais renováveis como
cana-de-açúcar, óleo de mamona, óleo de soja e celulose assim como recursos naturais
não renováveis como amônia e carvão mineral. Porém, a grande fonte de matéria-prima
para este material é o petróleo, igualmente um recurso não renovável. Os plásticos são
divididos em dois grupos, os termoplásticos e os termofixos. No primeiro grupo estão os
plásticos que amolecem ao serem aquecidos, sendo possível moldá-los e quando
resfriados tornam a ficarem sólidos. Os termoplásticos são: PET (politereftalato de
etila), PEAD (polietileno de alta densidade), PVC (policloreto de vinila), PEBD
(polietileno de baixa densidade), PP (polipropileno) e PS (poliestireno). No segundo
grupo estão os que não derretem, nem altas temperaturas, apenas se degradam
(queimam), o que torna sua reciclagem mais difícil [8].
TIPOS DE PLÁSTICO
Tabela 3 – Tipos de plástico e suas aplicações, bem como a numeração de identificação
(voluntária).
PET
(politereftalato de etila)
Embalagens de refrigerante, água,
suco, cosméticos e outros.
PEAD
(polietileno de alta
densidade)
Engradados de bebidas, baldes,
sacolas plásticas, entre outros.
Geralmente opacos ou translúcidos.
PVC
(policloreto de vinila) Comum em tubulações e chinelos.
PEBD
(polietileno de baixa
densidade)
Embalagens de alimentos como
arroz, feijão, açúcar, sal, entre outros.
Geralmente são plásticos mais
grossos e transparentes.
PP
(polipropileno)
Embalagens de salgadinhos,
biscoitos, potes, tampas de
embalagens, entre outros.
PS
(poliestireno)
Copos descartáveis, carcaças de
aparelhos eletrônicos, isopor, entre
outros.
Outros Embalagens mistas ou feitas de
outros termoplásticos.
28
PRODUÇÃO E DESCARTE
Em 2011, foram consumidas 6,5 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e cerca
de 21,7% foram recicladas. As resinas mais utilizadas no Brasil são as de PEBD
(polietileno de baixa densidade) e PP (polipropileno), cada uma representa 23% do total
de plásticos consumidos no Brasil [16].
POR QUE RECICLAR?
Com o uso de plástico reciclado, é possível economizar até 50% da energia gasta na
produção do material a partir da matéria prima virgem [16].
Além da economia de energia, os materiais plásticos geralmente ocupam muito espaço
nos aterros pela dificuldade de compactação e sua baixa degradabilidade. E o seu
descarte indevido pode colaborar para sérios problemas ambientais como enchentes e
também afetam a vida aquática, onde muitas vezes os animais ficam presos nos
materiais e podem até comê-los [21].
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Os termoplásticos são reciclados separadamente, devido à diferença nas composições
químicas, sendo que muitos são incompatíveis quando misturados ou, no mínimo, sua
mistura resultar na perda de qualidade e em defeitos no produto final [16].
Para facilitar a separação, a maioria das embalagens apresenta uma simbologia padrão
(como mostra a Tabela 3), que diferencia cada tipo de plástico, porém, nem sempre isso
ocorre. Então existem outras maneiras de se identificar o tipo de plástico como, entre
outros meios, observando o material durante a queima – cor da chama, da fumaça e
odor, transparência, dureza, rigidez e densidade. [19].
Um fator limitante na reciclagem do plástico é que seus produtos finais não podem ser
utilizados na indústria de alimentos, pois podem contar algum tipo de contaminação. O
PET, por exemplo, o plástico com maior índice de reciclagem, é transformado em
produtos não alimentícios, como fio de poliéster para a produção de tecidos [22]. Para a
produção de PET para contato direto com alimentos há que se abrir mão de técnicas e
procedimentos que convençam a Agência Nacional de Vigilância Sanitária a autorizar
pontualmente [24].
Além da reciclagem mecânica (transformação do plástico descartado em um novo
produto a partir da fusão, ou seja, derretimento), também há a opção da reciclagem
química de plásticos: quando calor e/ou solventes específicos (nesse último caso
somente para alguns termoplásticos) destroem a cadeia principal do polímero dando
origem a produtos químicos diversos.
29
MATERIAIS
POLITEREFTALATO DE ETILA
ESPÉCIE Poli (tereftalato de etila), Poli (tereftalato de etileno)
NOME POPULAR PET, polietileno tereftalato
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Geralmente é transparente ou verde e tem brilho, característica
que o diferencia dos outros plásticos. Possui alta resistência
mecânica, térmica e química.
UTILIDADE Fibras fortes, monofilamentos, filmes resistentes e embalagens de
alimentos, cosméticos e outros.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
100% reciclável. Pode ser utilizada na fabricação de tecidos, além
de se transformar em outra embalagem de PET, porém não de
alimentos.
CURIOSIDADES Uma forma de identificar uma garrafa PET é observando um
“umbigo” na parte inferior da embalagem, o que caracteriza o
processo de fabricação desse tipo de embalagem.
30
POLITEREFTALATO DE ETILA (ÓLEO)
ESPÉCIE Politereftalato de etila
NOME POPULAR PET de óleo, embalagem de óleo de cozinha.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS Transparência, resistência mecânica, térmica, química e brilho.
UTILIDADE Fibras fortes, Monofilamentos, Filmes resistentes e Garrafas.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
Assim como o PET comum o PET óleo é 100% reciclável, pois
possui a mesma composição química e física do PET comum.
CURIOSIDADES
Há a separação do PET comum do PET óleo nas cooperativas,
pois a reciclagem desse PET geralmente necessita de uma
lavagem mais eficiente que a do PET comum e isso encarece o
processo. Por isso, ele é normalmente mais barato na hora da
venda do que o PET comum. Portanto, as fabricas que reciclam
pedem a separação dessas embalagens.
31
POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE
ESPÉCIE Polietileno de Alta Densidade
NOME POPULAR PEAD branco, PEAD colorido, frascos, detergente, sacola plástica
de supermercado, caixotes de refrigerante, tambores.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
É um plástico rígido, resistente à tração e altas temperaturas.
Geralmente de cor opaca a translúcida.
UTILIDADE
O PEAD é utilizado em recipientes, garrafas, frascos, filmes,
brinquedos, materiais hospitalares, tubos para distribuição de água
e gás, tanques de combustível automotivos, sacolinhas de
supermercado, caixotes para peixes, refrigerantes e cervejas.
Também é usado para recobrir lagoas, canais, fossas de
neutralização, tanques de água e lagoas artificiais.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
Ele é 100% reciclável, mas sua separação requer um pouco de
habilidade, pois os fabricantes não possuem uma padronização
dos plásticos usados nas embalagens.
CURIOSIDADES A melhor forma de identificar um PEAD e PEBD é observando o
seu símbolo na embalagem. Geralmente, as tampas das
embalagens feitas de PEAD são compostas de PEBD ou PP.
32
POLICLORETO DE VINILA
ESPÉCIE Policloreto de Vinila
NOME POPULAR PVC, cano de PVC, Forro.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS O PVC é leve, maleável, bom isolante térmico.
UTILIDADE
Usado em obras, principalmente em parte hidráulica e elétrica,
como canos, perfis de janela, revestimento de cabos. Também é
usado em forros, chinelos, piscinas e filmes de acondicionar
alimentos.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
Por ter uma vida útil alta, demora-se para descartar boa parte dos
produtos produzidos com PVC. O material utilizado em sua
formação é 100% reciclável.
CURIOSIDADES O PVC é o único material que não é 100% originário do petróleo.
O PVC contém, em peso, 57% de cloro (derivado do sal) e 43%
de eteno (derivado de petróleo).
33
POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE
ESPÉCIE Polietileno de BaixaDensidade
NOME POPULAR PEBD
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Similar ao PEAD, de aplicação majoritária no segmento de
filmes (sacos e sacolas) transparentes.
UTILIDADE Usado em embalagens de alimentos como arroz, feijão, açúcar,
sal, também em tampas de potes e outros.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
Apesar de também ser um polietileno, não deve ser reciclado
junto ao PEAD pois tende a perder sua transparência.
CURIOSIDADES Uma forma de distinguir as embalagens de alimentos feitas de
PEBD e de PP é ouvindo o barulho quando a mesma é
amassada. O polipropileno (PP) faz mais barulho.
34
POLIPROPILENO
ESPÉCIE Polipropileno
NOME POPULAR PP, BOPP, copo plástico, saca-rolhas, tubos, fios, chapas, filmes
(sacos e sacolas) e películas.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS . Características muito similares ao PEAD.
UTILIDADE
Por causa de sua resistência química é muito usado na produção
de tanques e conexões, pois permite ser soldado. Também é usado
na fabricação de embalagens rígidas, filmes, tampas, sacarias tipo
ráfia e etc.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
Alguns produtos de PP, como os filmes, não são ou são pouco
reciclados, por isso são descartados em Aterros Sanitários.
Entretanto, o PP é 100% reciclável.
CURIOSIDADES É o único plástico com o qual se fabricam tampas flip top.
35
POLIESTIRENO
ESPÉCIE Poliestireno
NOME POPULAR PS, copo plástico, plástico de brinquedo, isopor.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS Geralmente é quebradiço.
UTILIDADE São utilizados na fabricação de brinquedos, copos plásticos,
canetas tipo cristal, carcaças de produtos eletroeletrônicos
(geralmente na cor cinza ou preta) e outros produtos de plástico.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS No seu estado natural são 100% recicláveis.
CURIOSIDADES
Quando o poliestireno é expandido com um agente expansor, ele
transforma-se em uma espuma semirrígida que é conhecida
comercialmente por isopor. Esse novo material é um ótimo
isolante térmico, mas tem uma baixíssima densidade, o que faz
com que haja pouca comercialização para a reciclagem. As
fábricas que reciclam são poucas e geralmente distantes dos
centros de triagens. Por isso não vale a pena o gasto da viagem
para coletar o material nas cooperativas, sendo geralmente
destinado para os aterros sanitários.
36
APARA CRISTAL E MISTA
ESPÉCIE Apara Cristal e Mista
SUBESPÉCIE PEAD e PP
NOME POPULAR Apara Cristal (transparente), Apara Mista (colorida), sacos
plásticos, plástico filme, plástico fino
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Podem ser coloridas ou transparentes, são brilhantes e bem
maleáveis.
UTILIDADE Sacolas de supermercado, invólucro de fardos, sacos plásticos.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
São 100% recicláveis, a menos quando estão contaminadas de
forma excessiva com alimentos ou produtos de difícil limpeza.
CURIOSIDADES
São separados por aparas de cristal ou mistas, pois tem baixo
valor em sua venda misturada. Principalmente a apara mista é
usada na fabricação de sacos de lixo, geralmente após a adição
de um pigmento azul ou preto.
37
VIDRO
DEFINIÇÃO
O vidro é um material cerâmico composto geralmente por areia, calcário e feldspato
(mineral formado por rochas), ou seja, matérias-primas responsáveis por 60% da crosta
terrestre. Sua produção se dá através da mistura e fusão destes componentes e adquire a
forma desejada através de um molde [1].
TIPOS DE VIDRO
Tabela 4 – Algumas classes de vidros e suas principais aplicações.
Vidropara embalagem Vidro doméstico Vidros planos
Entre as diversas
aplicações estão: potes
para alimentos, garrafas
de bebidas, produtos
farmacêuticos, higiene
pessoal, entre outros.
Usados em utensílios
como copos, xícaras,
pratos, entre outros.
São fabricados em chapas e
os principais mercados são a
construção civil, indústria
automobilística, produção de
espelhos, e outras aplicações
em menores quantidades.
PRODUÇÃO E DESCARTE
O Brasil produz em média 980 mil toneladas de embalagens de vidro por ano, utilizando
cerca de 45% de matéria-prima na forma de cacos. O Gráfico 1 mostra a origem dessa
matéria prima [1].
Gráfico 1 - Origem da matéria prima na forma de cacos.
POR QUE RECICLAR?
Apesar de a matéria prima virgem ser abundante na natureza, a inclusão de caco de
vidro no processo de fabricação reduz a quantidade de água e de energia gasta no
processo [1]. Para fundir cacos de vidro são necessários cerca de 1200°C, e para a
matéria prima virgem a temperatura de fusão chega a 1400°C [25]. Portanto, a cada
40%
40%
10%
10% Indústria de envase(envasilhamento)
Mercado difuso
Canal Frio (Bares,restaurantes, hotéis, etc)
Refugo de indústrias
38
10% de caco de vidro na mistura são economizados 4% da energia necessária para a
fusão e 9,5% do consumo de água [1].
Outro motivo para se reciclar o vidro, é que é um material inerte, ou seja, que não sofre
degradação e ao descartá-lo em qualquer local é importante saber que ele permanecerá
ali por tempo indeterminado [1]. Além disso, o manuseio dos cacos pode ser perigoso,
podendo machucar catadores em busca de materiais recicláveis.
A vantagem de se reciclar o vidro, além de economizar energia e diminuir a disposição
de lixo não degradável na natureza, é que os cacos podem voltar à produção de novas
embalagens, substituindo totalmente o produto virgem sem perda de qualidade,
inclusive para o mercado de alimentos (assim como embalagens metálicas) [1]. Isso está
relacionado à temperatura de fusão (derretimento) aplicada nesses materiais, bastante
superior às necessárias para derreter plásticos como o PET.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Em função do mercado, os vidros são valorizados de acordo com sua cor. Normalmente,
o vidro incolor é o que possui maior valor de mercado, seguido pelo âmbar e verde [25].
Também é preciso atenção a alguns contaminantes que podem influenciar na qualidade
do produto final como: pedras, cimento, plástico, papel, metais ferrosos e não ferrosos.
Vidros como espelhos, vidros planos, vidro cristal, vidros de lâmpadas e de janela, pirex
e similares devem ser reciclados separadamente daqueles de embalagem por terem
composição diferente. Se reciclados junto com embalagens de vidro, por exemplo,
podem resultar em um produto final heterogêneo, alterando a qualidade do produto final
[13].
39
MATERIAIS
ESPÉCIE Vidro
NOME POPULAR Garrafa de Vidro, Copo de Vidro, pote de vidro.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Normalmente, seu formato é cilíndrico e sua cor depende do
fabricante e de sua utilidade. Por exemplo, as garrafas de cerveja
são âmbar (amarronzada), para proteger o produto da luz,
evitando a modificação da composição química.
UTILIDADE Armazenamento de produtos líquidos, sólidos e gasosos.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
São 100% recicláveis, por isso para a fabricação de outro produto
de vidro, somente o vidro moído ser derretido é suficiente.
CURIOSIDADES
Para a reciclagem do vidro é importante, nas cooperativas,
sucateiros e/ou associações, a separação por cor. Outro fator
importante é a descontaminação de lâmpadas fluorescentes para
que possa ser reciclado o vidro.
40
OUTROS
ELETRÔNICO
ESPÉCIE Eletro-eletrônico
NOME POPULAR Computador, tv, dvd, rádio, copiadora, impressora.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
São formados por vários tipos de material, sendo eles, o plástico,
vidro, fios de vários tipos de metais, placas eletrônicas que
possuem metais pesados como chumbo e níquel.
UTILIDADE São utilizados como eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos
de empresas, fábricas e indústrias.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
Para ser reciclado, o equipamento eletrônico deve ser desmontado
e cada parte destinada ao local correto.
CURIOSIDADES
As indústrias produtoras dos eletrônicos estão tentando trocar ou
modificar a concentração de alguns componentes, como mercúrio,
chumbo, cádmio, belírio e arsênio que são encontrados nas placas
e circuitos eletrônicos. Isso poderia evitar ou diminuir a
contaminação do solo e rios em caso de descarte inadequado,
ainda bastante comuns. A Política Nacional de Resíduos Sólidos,
legislação federal de 2010, estabeleceu a necessidade de se
elaborar uma rede de logística reversa (devolução ao fabricante
para reaproveitamento ou descarte adequado) de produtos
eletroeletrônicos [24].
41
BATERIA
ESPÉCIE Bateria
NOME POPULAR Bateria de carro
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Tem formato de paralelepípedo e sua coloração depende do
fabricante. Ela possui vários dispositivos e materiais.
UTILIDADE Acumuladores veiculares.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
Sua reciclagem tem custo relativamente alto devido ao ácido que
está presente, por isso as indústrias fabricantes de baterias estão
responsáveis em arrecadar, tratar e reciclar. A Política Nacional
de Resíduos Sólidos, legislação federal de 2010, estabeleceu a
necessidade de se elaborar uma rede de logística reversa
(devolução ao fabricante para reaproveitamento ou descarte
adequado) de produtos eletroeletrônicos [24].
CURIOSIDADES Para facilitar a arrecadação das baterias, algumas mecânicas ou
auto-elétricos concedem um desconto se o consumidor deixar a
bateria antiga na hora da troca.
42
BATERIA E PILHA
Fonte: http://www.clikeveja.com
Fonte: http://www.blogiveco.com.br
ESPÉCIE Baterias e Pilhas
NOME POPULAR Bateria de celular, bateria de máquinas fotográficas, pilhas.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
É maciça, a coloração depende do fabricante e seu formato
depende do objeto que ela está acondicionada.
UTILIDADE Telefones celulares, máquinas fotográficas e equipamentos em
geral
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
A reciclagem consiste no desmonte, aproveitamento do que for
possível e tratamento do restante para o descarte correto.
CURIOSIDADES
Uma bateria de celular é composta por várias substâncias
químicas responsáveis pelo armazenamento da carga elétrica.
Elas podem conter materiais como cádmio, altamente nocivo ao
meio-ambiente e tóxico para humanos. Apesar de serem
prejudiciais para a natureza e para a saúde, se reciclados, estes
materiais têm valor comercial, pois podem ser reaproveitados,
por exemplo, pilhas e baterias recicladas viram pigmentos que
dão cor a fogos de artifício, pisos cerâmicos, vidros e tintas [26].
O mesmo vale para outros materiais que compõe o celular, como
o ouro industrial dos contatos ou o plástico das carcaças.
43
MOTOR
ESPÉCIE Motor
NOME POPULAR Motor com ferro, motor de geladeira, motor de tanquinho.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS
Possui vários formatos e cores. O material usado na parte de fora
do motor geralmente é ferroso e em seu interior tem partes de
plástico e fios.
UTILIDADE São utilizados em geladeiras, carros, motos, maquinas de lavar.
INFORMAÇÕES
ECOLÓGICAS
Quase todos os materiais podem ser reciclados nos motores, mas
como cada motor tem componentes específicos geralmente
também há materiais que não tem mercado de reciclagem.
CURIOSIDADES
Para que o motor possa ser reciclado há a necessidade de abertura
e separação dos materiais que compõem o motor. Esse
procedimento é economicamente viável, pois dentro do motor
existem outros materiais, como o cobre, que tem um alto valor de
venda.
44
REFERÊNCIAS
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<http://www.sanvidro.com.br/manual/manual-da-reciclagem.pdf>, acesso em 01 de julho
de 2013.
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[5] BRACELPA, Papel. Disponível em <http://www.bracelpa.org.br/bra2/?q=node/167>
acesso em 17 de Julho de 2013.
[6] BRACELPA, Processo Produtivo. Disponível em
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<http://www.cempre.org.br/ft_longavida.php> acesso em 18 de julho de 2013.
[8] CEMPRE, Fichas Técnicas – Plásticos. Disponível em:
<http://www.cempre.org.br/ft_plastico.php>acesso em 29 de junho de 2013.
[9] CEMPRE, Fichas Técnicas – Vidros. Disponível em:
<http://www.cempre.org.br/ft_vidros.php> acesso em 29 de junho de 2013.
[10] CEMPRE, Latas de Alumínio. Disponível em <http://www.cempre.org.br/ft_latas.php>,
acessado em 08 de agosto de 2013.
[11] CEMPRE, Papel de Escritório. Disponível em
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[12] CEMPRE, Papel Ondulado. Disponível em
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[13] Mancini, S. D.; Notas de Aula da Disciplina Materiais e Reciclagem: Cerâmicas.
Disponível em
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[14] Mancini, S. D.; Notas de Aula da Disciplina Materiais e Reciclagem: Metais. Disponível
em
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45
[15] Mano, E. B.; Pacheco, E. B. A. V. e Bonelli, C. M. C.; Meio Ambiente, Poluição e
Reciclagem. Rio de Janeiro: Ed. Edgard Blucher, 2005.
[16] MANRICH, S.; FRATTINI, G.; ROSALINI, A. C.; Identificação de Plásticos – uma
ferramenta para reciclagem. Editora UFSCar, São Carlos, 1997.
[17] RECICLOTECA, Metal. Disponível em
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[18] RECICLOTECA, Plástico. Disponível em
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2013.
[19] RECICLOTECA, Plástico. Disponível em
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2013.
[20] RECICLOTECA, Plástico. Disponível em
<http://www.recicloteca.org.br/plastico.asp?Ancora=3>, acessado em 08 de agosto de
2013.
[21] RECICLOTECA, Plástico. Disponível em
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2013.
[22] Silva Filho, E. B.; Alves, M. C. M.; Da Motta, M.; Lama vermelha da indústria de
beneficiamento de alumina: produção, características, disposição e aplicações
alternativas. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/rmat/v12n2/v12n2a10.pdf>,
acessado em 08 de agosto de 2013.
[23] BRASIL. ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Resolução no 20, de
2008. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF,
23 mar. 2008a. Seção 1, n. 59, p. 41-42. Disponível em:
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Arquivos=96>. Acesso em 25 de agosto de 2013.
[24] BRASIL. Presidência da República. Lei no 12.305, de 2010. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 03 ago. 2010. Seção 1, n.
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rquivos=84>. Acesso em 28 de agosto de 2011.
[25] VALE NEWS, Alcoa inicia produção de perfis extrudados com 80% de alumínio
reciclado. Disponível em: <http://valenews.com.br/geral/11152-alcoa-inicia-producao-
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30 de Agosto de 2013.
[26] MENEZES, L.; Como é feita a reciclagem de pilhas e baterias?. Revista Super
Interessante. Disponível em: <http://super.abril.com.br/ciencia/como-feita-reciclagem-
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DESENVOLVIMENTO
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