Matéria: Literatura Profª.: Aline Bernar TROVADORISMO.
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Matéria: LiteraturaProfª.: Aline Bernar
TROVADORISMO
Trovadorismo
Contexto histórico e socialO trovadorismo desenvolveu-se dentro do
feudalismo, que era um sistema econômico onde praticamente não havia comércio ou uso de moeda. Existia o Senhor Feudal, ou suserano, que era dono de uma grande quantidade de terras, e então ele cedia alguns metros quadrados para homens que se tornavam seus servos, ou vassalos. Estes homens trabalhavam nas terras do suserano para conseguir sustento próprio e proteção contra invasores germânicos – que na época invadiam a Europa com muita frequência – e em troca prometiam dar uma parte e suas produções para o sustento do senhor.
Trovadorismo
O trabalho camponês nos feudos - principal atividade durante o período trovadoresco.
Contexto culturalDurante a Idade Média, tudo era baseado no
teocentrismo, a teoria de que Deus é o centro de todas as coisas. O clero costumava ser representado acima dos senhores feudais nas pirâmides sociais da época. Consequentemente, toda a cultura, literatura e arte foram influenciadas e inspiradas pela religião. Na época, o homem colocava-se totalmente à mercê da vontade de Deus, assim como todos os outros fenômenos naturais. Se algo acontecia, fosse bom ou ruim, eles acreditavam ser a decisão de Deus.
Trovadorismo
Trovadorismo
Contexto Artístisco
Na arquitetura, todas as obras estavam voltadas para construção de igrejas, catedrais, capelas e mosteiros. Variava-se entre o estilo gótico e romântico. Nas pinturas e esculturas da época, não podia ser diferente, tudo focava a temática religiosa, apresentando Jesus, Maria ou algum santo como o centro da obra de arte.
Trovadorismo
Contexto Artístisco continuação...
E na literatura as coisas não eram muito diferentes. As únicas pessoas da época que sabiam ler eram membros do clero, e por isso, a maioria das obras literárias produzidas nesta época eram cantigas para exaltar e glorificar a Deus.
Trovadorismo
Contexto Artístisco continuação...
Mas também foi nessa época que aconteceram as cruzadas, onde vários homens foram lutar em nome da igreja no intuito de “recuperar a terra santa”. Então foram feitas também muitas cantigas de amor, inspiradas no sofrimento dos cavaleiros que eram obrigados a deixar suas mulheres.
Trovadorismo
Outras poucas obras literárias narravam o costume da sociedade da época. Sendo assim, a obra literária do trovadorismo pode ser subdividida em:
Cantigas líricas• De amor• De amigo
Cantigas satíricas• De escárnio• De maldizer
Trovadorismo
Instrumentos musicais utilizados no sec. xii
Cantigas de amor
No mundo non me sei parelha,
entre me for como me vai,Cá já moiro por vós, e – ai!
Mia senhor branca e vermelha.
Queredes que vos retrayaQuando vos eu vi em saya!
Mau dia me levantei,Que vos enton non vi fea!
Cantiga da ribeirinha – de amorE, mia senhor,
desdaqueldi, ai!Me foi a mi mui mal,
E vós, filha de don PaaiMoniz, e bem vos
semelhaDhaver eu por vós
guarvaia,Pois eu, mia senhor,
dalfaiaNunca de vós houve nem
heiValia dua correa.Paio Soares de
Taveirós
Principais Obras e Autores:
O amor do homem para a mulher (eu lírico masculino), denominada cantiga de amor;
Nom me sei parelha: não conheço ninguém igual a mim.Mentre: enquanto.Ca: pois.Branca e vermelha: a cor branca da pele, contrastando com o vermelho do rosto, rosada.Retraya: descreva, pinte, retrate.En saya: na intimidade; sem manto.Que: pois.Des: desde.Semelha: parece.D’haver eu por vós: que eu vos cubra.Guarvaya: manto vermelho que geralmente é usado pela nobreza.Alfaya: presente.Valia d’ua correa: objeto de pequeno valor.
Vocabulário:
Cantiga de amigo
Ai flores, ai flores do verde pinho
se sabedes novas do meu amigo,
ai deus, eu é?Ai flores, ai flores do
verde ramo,se sabedes novas do
meu amado,ai deus, eu é?
Principais Obras e Autores:
Se sabedes novas do meu amigo,
aquele que mentiu do que pôs comigo,ai deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,aquele que mentiu do que me há juradoai deus, eu é?(...) D. DinisO amor da mulher para o homem (eu lírico feminino), denominada cantiga de amigo.
Cantiga satírica
Ai, dona fea, foste-vos queixar
que vos nunca louv[o] em meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!...
João Garcia de Guilhade
Principais Obras e Autores:
Criticas indiretas aos cidadãos, denominada cantigas de escárnio;
Cantiga de maldizerRoi queimado morreu
con amorEm seus cantares por
Sancta Mariapor ua dona que gran
bem queriae por se meter por mais
trovadorporque lhela non quis [o]
benfazerfez-sel en seus cantares
morrermas ressurgiu depois ao
tercer dia!...Pero Garcia Burgalês
Principais Obras e Autores:
Criticas diretas aos cidadãos ou pessoas ilustres da sociedade, denominadas cantigas de maldizer.
Trovador: nobre, cultura erudita, criava pelo gosto do que fazia sem receber por suas composições.
Jogral: compositor saltimbanco ou ator sendo pago por suas apresentações.
Segrel: fidaldo em decadência que apresentava-se nas cortes em troca de dinheiro.
Menestrel: artista que servia a uma determinada corte.
Jogralesca ou Soldadeira: moça que acompanhava os artistas dançando, cantando e tocando castanholas.
Classificação dos artistas medievais
ARTE DO SÉC XII
Anciãos do Apocalipse - Màrtir de Santo Estêvão - Afresco Século XII - Bohi - Catalunha/Espanha
Moda Francesa e Trajes Roupas - Século XII – Cavaleiro Gravura em metal aço original desenhada por Philippoteaux , gravada por Dupré. 1855
ARTE DO SÉC XII
Traje Típico - Itália - Advogado Podestà Nobreza Soldado - Idade Médias - Gravura em metal aço original desenhada por Demoraine, gravada por Danois. Aquarelada a mão. 1850
ARTE DO SÉC XII
Trovadorismo, também conhecido como Primeira Época Medieval, é o primeiro movimento literário da língua portuguesa. Esse movimento literário compreende o período que vai, aproximadamente do século XII ao XIV. Seu surgimento ocorreu no mesmo período em que Portugal começou a despontar como nação independente, no século XII; porém, as suas origens deram-se na Occitânia, de onde se espalhou por praticamente toda a Europa. Apesar disso, a lírica medieval galaico-português possuiu características próprias, uma grande produtividade e um número considerável de autores conservados.
RESUMO