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Novembro 2011 massa crítica _ { nº 5 _ } A UNIVERSIDADE DE LISBOA PRESTA CONTAS >

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N o v e m b r o 2 0 1 1

m a s s ac r í t i c a_ { nº 5 _

}

A UniversidAdetrAnsformoU-se em

UnivercidAde

UNIVERSIDADE DE LISBOA

www.ul.pt

A UniversidAde de LisboA

prestA contAs

>

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m a s s ac r í t i c aA Universidade de Lisboa presta contas

N o v e m b r o 2 0 1 1

{ n.º 5 _ }

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{ 00:08:46 }

Nesta edição da Massa Crítica foram utilizados fotogramas do filme O desejo do saber: 100 anos da Universidade de Lisboa,

da autoria de Catarina Alves Costa.

M a s s a C r í t i c a 5Edição Reitoria da Universidade de Lisboa

Design Colectivo 4.16 [ André Sousa, Andreia Constantino, Bernardo Caldeira e Sílvia Matias ]

Produção Gráfica www.textype.ptTiragem 1500 exemplares

Depósito Legal 285 074 / 08ISBN 978-972-9086-32-8

Novembro 2011

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M e n s a g e m d o R e i t o r

D o c e n t e s , E s t u d a n t e s e D i p l o m a d o sO r ç a m e n t o d a U n i v e r s i d a d e

A c ç ã o S o c i a l e B o l s a sG a r a n t i a d a Q u a l i d a d e

I n v e s t i g a ç ã oE s c o l a s D o u t o r a i s

I n t e r n a c i o n a l i z a ç ã oU n i v e r C i d a d e

P o l i t é c n i c aP r é m i o U n i v e r s i d a d e d e L i s b o a 2 0 1 1D o u t o r a m e n t o s H o n o r i s C a u s a 2 0 1 1

C o m e m o r a ç õ e s U L i s 2 0 1 1C o n d e c o r a ç ã o , M o e d a e S e l o

H o m e n a g e m a o s P r o f e s s o r e s e F u n c i o n á r i o s E x p u l s o sD i a d o E s t u d a n t e

P e r s o n a R e i t o r 1 9 1 1 - 2 0 1 15 0 A n o s d o E d i f í c i o d a R e i t o r i a

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Índice

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mensagemreitor

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• 07 •

A UniversidAdetrAnsformoU-se em

UnivercidAde.

Ao longo deste ano, procurámos abrir-nos à cidade, assu-mir a nossa responsabilidade social. Dissemos, e repetimos, que a nossa vida estava, inteira, numa pergunta: O que é que podemos fazer por Portugal? Em tempos de desnorte, na Europa e no mundo, precisamos, mais do que nunca, de um pensamento crítico, de espaços de reflexão e de alter-nativa. Fala-se muito do valor económico das universidades. Nem sempre se fala da sua dimensão social e cultural. A força dos 150 milhões de estudantes que hoje frequen-tam instituições do ensino superior no mundo deve ser posta ao serviço do diálogo. Eles são a primeira fronteira da liberdade e do conhecimento. Liberdade que é democracia, tolerância, inclusão, participação, diversidade. Conhecimen-to que é educação, razão, cultura, ciência, consciência. É imenso o passado das universidades e o seu futuro surge radioso em inúmeras declarações e documentos estratégicos. Mas parece tão frágil o nosso presente. Não basta reconhecer o triângulo virtuoso da educação, da ciência e da inovação.

As universidades não podem ser arrastadas para um cami-nho de exaustão, que vai deixando tudo na mesma, cada ano um pouco pior. A erosão das instituições, da sua autonomia e capacidade de decisão, dos seus meios e recursos, retira--lhes vida, energia e dinamismo. Precisamos de políticas que promovam a mudança, e não a estagnação da sobrevivência. A Universidade de Lisboa foi (re)criada há cem anos. Reviveu há cinquenta anos, graças à luta dos seus estudantes. Hoje, queremos desenhar, com outras universidades, novas fron-teiras institucionais na cidade e abrir o espaço universitário português ao futuro. A nossa responsabilidade tem o tamanho da nossa liberdade. Quando tantos falharam, não podem falhar as universidades.

E m t e m p o s d i f í c e i s , e x i g e - s e a c o r a g e m d a s o p ç õ e s .

E d a s e s c o l h a s .

António sampaio da nóvoa,novembro 2011

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21 29121 861

22 244 22 84423 756

5 1487 511

8 512 9 083 9 549

L i c e n c i a t u r a =2 347

c u r s o s d e P ó s - g r a d u a ç ã o =994

m e s t r a d o =1 619

d o u t o r a m e n t o=160

A g r e g a ç ã o =14

d i p l o m a s a t r i b u í d o s n o ú l t i m o a n o( 2 0 0 9 / 2 0 1 0 ) = 5 1 3 4

Ano

2 0 0 6 / 2 0 0 72 0 0 7 / 2 0 0 8 2 0 0 8 / 2 0 0 9 2 0 0 9 / 2 0 1 0 2 0 1 0 / 2 0 1 1

total de estudantes estudantes do 1º ciclo

16 14314 350 13 732 13 761

14 207

[Licenciatura e 1º ciclo do Mestrado Integrado]

estudantes do 2º e 3ºciclos

[2º ciclo do Mestrado Integrado, Pós-graduação, Mestrado e Doutoramento]

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docentes, estUdAntes e diPLomAdos

D O C E N T E S C O M D O U T O R A M E N T O / 1 2 1 6(1098,8 ETI – equivalentes a tempo integral)

D O C E N T E S S E M D O U T O R A M E N T O / 8 0 4 (448,9 ETI – equivalentes a tempo integral)

P E S S O A L N ã O D O C E N T E / 1 0 2 4

No decurso dos últimos cinco anos, a Universidade de Lisboa aumentou, de forma consolidada, o número total dos seus estudantes. Em média, houve um crescimento de 600 estudantes por ano, isto é, cerca de 3%. Este ano temos mais 2465 estudantes do que tínhamos em 2006/2007. Mais de 40% dos estudantes estão inscritos em cursos de pós-graduação. Mais de 50% dos diplomas atribuídos são de pós-graduação. Esta evolução verifica-se num período em que houve um decréscimo do pessoal docente e do pessoal não-docente de cerca de 10%.

• 09 •

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1 , 4%

8 , 3% 1 , 8

%

1 1 , 4%

2 4 , 3%

5 2 , 9%

InvestimentoVendas e Prestação de Serviços

Outras Receitas Próprias

PropinasCiênciaOrçamento do Estado

Ciência

Orçamento do Estado

Propinas

Outras Receitas Próprias

Vendas e Prestação de Serviços

Investimento

Orçamento Consolidado 2010 { 189,1 milhões € }

→→

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OrçamentO da Universidade

O financiamento público do ensino superior tem vindo a diminuir, ano após ano, desde 2006, com excepção de 2010. Entre 2006 e 2012 (proposta em discussão no Par-lamento) a verba disponível que o Estado transferiu para a Universidade de Lisboa, depois de feitos os descontos para a Caixa Geral de Aposentações, é a seguinte:

{ _ }

Facilmente se verifica que, entre 2006 e 2012, haverá uma redução real no financiamento público da ordem de 35% (a preços correntes) e da ordem de 50% (a preços constantes). Nos anos de 2011 e de 2012 esta redução traduz também os cortes nas remunerações dos docentes, investigadores e trabalhadores não-docentes.

91

91

86

80

86

77

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79

100

89

89

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68

59

2 0 0 6 • 2 0 0 7 • 2 0 0 8 • 2 0 0 9 • 2 0 1 0 • 2 0 1 1 • 2 0 1 2

→ → → → → →→

• 11 •

{ VERbA dISPONíVEL APóS dESCONtOS PARA A CGA }

{ VERbA INSCRItA NO ORçAmENtO dO EStAdO }

Valores aproximados em milhões de euros

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B O l s e i r O s2 0 1 0 / 2 0 1 1

=2 7 2 6 e s t U d a n t e s

v a l O rt O t a lB O l s a s

=5 m i l h õ e s €

→(valOr pagO direCtamente aOs estUdantes pela direCçãO geral dO ensinO sUperiOr)

A l o j A m e n t o

13 residências (10 arrendadas)= 708 Camas

/Custos totais de exploração

= 1,67 milhões €

A l i m e n t A ç ã o

5 Refeitórios= 627 800 Refeições

/Custos totais de exploração

= 2, 95 milhões €

d e s p o R t o

70 Actividades e eventos= 2510 utilizadores

/Custos totais de exploração

= 0,6 milhões €

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Acção sociAL { + } BoLsAs

s A s U L / / s e r v i ç o s d e A c ç ã o s o c i A L

d A U n i v e r s i d A d e d e L i s B o A

Os Serviços de Acção Social (SASUL) têm como missão contribuir para a frequência e para o sucesso escolar dos estudantes da Universidade de Lisboa, prestando uma parti-cular atenção aos estudantes economicamente mais caren-ciados e aos que se encontram deslocados da sua residência de origem. Os apoios sociais são concedidos de forma di-recta, através da atribuição de bolsas de estudo e de auxílios de emergência, e de forma indirecta, designadamente através de alojamento, serviços de alimentação e acesso a activida-des desportivas e culturais. Os SASUL dispõem ainda de um centro de saúde e de um jardim-de-infância.

Estas iniciativas são apoiadas através de receitas próprias das Faculdades e Institutos, bem como de donativos provenien-tes de entidades externas. Os SASUL concederam cerca de 100 000 € para Bolsas de mérito social, atribuídas a estudan-tes que participaram em actividades académicas, designada-mente no âmbito do Desporto e da Cultura. Idêntica verba foi atribuída no âmbito do programa UL – Consciência Social através do qual a Universidade se tem mo-bilizado, interna e externamente, para assegurar que nenhum aluno abandona os estudos devido a dificuldades económicas.

D E v I D O à A C T U A L C O N j U N T U R A

E C O N ó M I C A D O P A í S , A L é M D A S

B O L S A S D E E S T U D O F I N A N C I A D A S P E L O

O R ç A M E N T O D E E S T A D O , A U L M A N T E v E

E M 2 0 1 0 / 2 0 1 1 A A T R I B U I ç ã O D E B O L S A S

D E M é R I T O S O C I A L E O P R O G R A M A

U L - C O N S C I ê N C I A S O C I A L .

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#

{ 00:27:27 }

{ 00:04:46 }

{ _ }

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Destaque-se a presença da UL em projectos europeus vocacionados para a caracterização

e mapeamento das instituições de ensino superior :

U - M a p , U - m u l t i r a n k (Comissão Europeia)

+E x a m i n i n g Q u a l i t y C u l t u r e i n H i g h e r

E d u c a t i o n I n s t i t u t i o n s (European University Association)

{ _ }

Ciclo de Jornadas

C o n h e c e r p a r a I n t e r v i rNovembro 2010 / A integração dos alunos do 1º ano

Março 2011 / Interpelando Bolonha e a Pedagogia na UL

Outubro 2011 / Apoio à Inclusão

{ _ }

Publicações 2011

G a r a n t i a d a q u a l i d a d e n a U L R e f e r e n c i a i s , i n d i c a d o r e s e f o n t e s

+O s e s t u d a n t e s à e n t r a d a d a U L –

1 . º , 2 . º e 3 . º c i c l o s : 2 0 1 0 / 1 1(seis volumes)

{ _ }

{ 01:02:49s }

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gArAntiA dA qUALidAde

B A s e A d A e m P A d r õ e s d e e x c e L ê n c i A i n t e r n A c i o n A i s ,

A P o L Í t i c A d e g A r A n t i A d A q U A L i d A d e A B r A n g e

o c o n j U n t o d A s d i f e r e n t e s á r e A s d e A c ç ã o

d A U n i v e r s i d A d e .

D u a s e s t r u t u r a s p e r m a n e n t e s a s s e g u r a m a s u a c o n c r e t i z a ç ã o :

→ O Conselho de Garantia da Qualidade, que tem como missão assegurar a concepção, promoção e avaliação ge-ral da estratégia seguida, funciona na dependência de um Pró-Reitor e é composto pelos presidentes das comissões responsáveis pela GQ em cada unidade orgânica, três estu-dantes designados pela Associação Académica da UL e um trabalhador não docente.→ O Gabinete de Garantia da Qualidade que dá apoio téc-nico e administrativo ao Conselho.

/A nível nacional, a Universidade de Lisboa é membro da Comissão Sectorial para a Educação e Formação do IPQ e do Grupo de trabalho para Apoio aos Estudantes com Deficiência no Ensino Superior.

O b s e r v a t ó r i o d o s P e r c u r s o s d o s E s t u d a n t e s

O OPESt insere-se no processo de monitorização siste-mática da qualidade da UL e tem como missão principal fornecer à comunidade escolar, aos decisores e à sociedade civil um conhecimento sistemático, consistente e actualiza-do sobre os estudantes da Universidade de Lisboa. Está pre-sentemente a lançar um novo inquérito à empregabilidade dos diplomados, dando assim continuidade a estudos que se sucedem desde 1994, nos quais a Universidade de Lisboa foi pioneira em Portugal.

A A P L I C A ç ã O S E M E S T R A L D E I N Q U é R I T O S

à S A T I S F A ç ã O D E A L U N O S E D O C E N T E S ,

A E D I ç ã O D A N E w S L E T T E R , D A S

P U B L I C A ç õ E S C O M O S E L O Q U A L I D A D E

U L E D O S I T E w w w . Q U A L I D A D E . U L . P T

E N Q U A D R A M - S E N E S T E S O B j E C T I v O S ,

B E M C O M O A P A R T I C I P A ç ã O E M R E D E S

N A C I O N A I S E I N T E R N A C I O N A I S .

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{ 00:57:00 }

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investigAção

I n s t i t u t o d e M e d i c i n a M o l e c u l a r

O IMM é um instituto de investigação biomédica básica, clínica e de transla-ção. Organizado em três programas de investigação – Neurociências, Imunolo-gia e Doenças Infecciosas, Biologia Ce-lular e do Desenvolvimento – contribui para um melhor conhecimento dos mecanismos das doenças, desenvolvi-mento de novos testes de diagnósti-co e de previsão e novas terapêuticas. Com 175 doutorados promove a in-vestigação e a formação pós-graduada nas ciências da saúde.

I n s t i t u t o d e C i ê n c i a s S o c i a i s

A missão do ICS é estudar as socieda-des contemporâneas, com especial ên-fase na realidade portuguesa e nas so-ciedades e culturas com as quais temos relações históricas. Mais de oito deze-nas de investigadores doutorados or-ganizam-se em cinco linhas temáticas: a formação do mundo contemporâneo; a cidadania e as instituições democráticas; a sustentabilidade; as mudanças sociais e a família, estilos de vida e escolarização; as identidades, migrações e religião.

I n s t i t u t o D o m L u i z

O IDL é um centro de investigação dedicado às Ciências da terra e da Atmosfera. Reúne cerca de 70 inves-tigadores doutorados em áreas como a Meteorologia e Clima, a Geofísica, a Tectonofísica e a Engenharia Geográfi-ca. O Instituto opera a Estação Climá-tica de Lisboa e participa numa série de redes internacionais de referência na Meteorologia, Geofísica e Geodesia.

A Universidade de Lisboa distingue-se pela importância que concede à ciência e aos investigadores. Nas suas 50 unidades de investigação trabalham 1885 doutorados, num universo total que ultrapassa os 5000 colaboradores, entre docen-tes, investigadores, bolseiros e estudantes. Das unidades de investigação avaliadas pela Fundação para a Ciência e a tec-nologia, 77% estão classificadas internacionalmente como Excelente ou Muito Bom.

{ + }

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A U L A C O L H E A I N D A T R ê S L A B O R A T ó R I O S

A S S O C I A D O S , Q U E C O N S T I T U E M E S P A ç O S

D E R E F E R ê N C I A D O P O N T O D E v I S T A

C I E N T í F I C O E N A L I G A ç ã O à I N O v A ç ã O

E à S P O L í T I C A S P ú B L I C A S .

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P a r a 2 0 1 2 a U n i v e r s i d a d e d e L i s b o a a s s u m e c o m o u m a d a s s u a s

p r i n c i p a i s o r i e n t a ç õ e s e s t r a t é g i c a s o d e s e n v o l v i m e n t o d e e s c o l a s d o u t o r a i s

e m d o m í n i o s d e r e f e r ê n c i a .

{ _ }

{ 00:06:56 }

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escoLAs doUtorAis

S u m á r i o d o d o c u m e n t o

{ 1 }O objectivo principal de uma Escola Doutoral é:

preparar novos doutores de elevada qualidade capazes de concorrer internacionalmente na sua área; potenciar a qualidade da

investigação científica; melhorar a qualidade do ensino tanto pré- como pós-graduado na universidade.

{ 2 }A Escola Doutoral é organizada no sentido bottom-up e não como

uma unidade orgânica com uma função (top-down) de coordenação de programas de doutoramento com temas díspares.

{ 3 }Um critério essencial para a acreditação de uma Escola Doutoral

é a existência de pelo menos uma unidade de investigação científica devidamente acreditada, dentro do mesmo tema científico, que

forme o alicerce em que a Escola Doutoral assenta; a avaliação das escolas doutorais incidirá particularmente sobre a qualidade do ensino,

da investigação e da capacidade de orientação científica dos seus docentes/investigadores.

{ 4 }A Escola Doutoral é temática, embora o tema científico possa ser formulado de uma forma abrangente, com várias especializações.

{ 5 }A Escola Doutoral organiza, para além de cursos, outras actividades relevantes para o tema científico da Escola,

e actividades de carácter formativo geral.

{ 6 }Cada Escola Doutoral tem uma comissão de

acompanhamento externa constituída por especialistas de reconhecido valor internacional.

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• 19 •

o c o n s e L h o g e r A L d A U n i v e r s i d A d e d e L i s B o A

A P r o v o U , e m s e t e m B r o d e 2 0 1 1 , U m i m P o r t A n t e

d o c U m e n t o s o B r e o d e s e n v o L v i m e n t o d e e s c o L A s

d o U t o r A i s n A U n i v e r s i d A d e d e L i s B o A .

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{ 00:37:57 }

{ 00:31:14 }

{ 00:51:58 }

{ 00:43:02 }

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internAcionALizAção

A Universidade de Lisboa tem vindo a consolidar a sua presença internacional, através da multiplicação de candi-daturas a diversos programas europeus e internacionais. A mobilidade de estudantes, professores, investigadores e mais recentemente também de trabalhadores não-docen-tes, tem vindo a aumentar significativamente.

U n i ã o E u r o p e i a

Programa LLP-Erasmus 966 estudantes

88 docentes 31 trabalhadores não-docentes

O Consórcio UL Erasmus Network (UL-ETN)estabelecido em 2010, permitiu a mobilidade de cerca de 140 estudantes

para a realização de estágios profissionais em 23 empresas parceiras

Acção jean Monnet A Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Direito, viu ser-lhe

concedido um Centro de Excelência para o triénio 2010-2013

Programa LLP - Leonardo da vinci presença regular dos recém-licenciados da UL, em particular das Faculdades

de Belas-Artes, Ciências, Farmácia, Letras e Psicologia

Programa Erasmus Mundus “European Legal Practice” (Faculdade de Direito)

“A Move On Education – MoE” (Instituto de Educação)

• 21 •

A Universidade de Lisboa reforçou as suas relações inter-nacionais com o Brasil e com os países africanos de expres-são oficial portuguesa. A nossa colaboração com as univer-sidades da América do Norte (Estados Unidos e Canadá) tem também aumentado, através da acção da Comissão Fulbright e das parcerias promovidas pelo Governo portu-guês (MIt, CMU, Ut-Austin, Harvard). Particularmente significativo é o reforço da cooperação com os países asiáticos, em particular com a China, seja através do Instituto Confúcio, seja através de programas bilaterais com Macau e com outras regiões.

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{ 00:04:17 } { 00:04:24 }

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UnivercidAde

O Projecto 172 é uma candidatura vencedora da Universidade de Lisboa ao orçamento participativo da CML e resultará na criação de uma entrada na Cidade Universitária. Este projecto mar-ca a presença inovadora, interactiva e funcional da nossa Universidade na Ci-dade, e constitui um ponto de conver-gência da vida da própria Universidade. Está prevista a requalificação do espaço central da Alameda e sua ligação com as restantes unidades que se localizam ao longo da Alameda, bem como com o Jardim do Campo Grande.

A Universidade de Lisboa está a trabalhar com a Câmara Mu-nicipal de Lisboa na elaboração do Plano de Pormenor da Cidade Universitária, projecto que será levado a cabo com a colaboração do Instituto Superior técnico. O Plano encontra--se em fase de arranque, de acordo com as orientações do Plano Director Municipal para esta área da cidade, promo-vendo uma política de desenvolvimento e de ordenamento da expansão territorial da Universidade de forma planeada.

{ _ }

Começaram já as intervenções na Alameda da Universidade e zonas adjacentes com o objectivo de regular o trânsito e de ordenar o estacionamento nas ruas e parques, melhoran-do a acessibilidade e mobilidade interna no campus:

→ sistema de estacionamento tarifado nas ruas a entrar em fun-cionamento a 1 de Janeiro de 2012 (gestão EMEL).→ melhoria dos vários parques de estacionamento da UL, com vista a uma utilização mais eficiente, ampliação do número de vagas disponíveis e eficiência da sinalização.

O Edifício do Caleidoscópio foi cedido pela CML à Universidade de Lisboa para a instalação de um Centro Académico e será alvo de uma remodelação integral do seu interior. A reabilitação do edifí-cio e zonas envolventes (requalificação do Jardim do Campo Grande e áreas de lazer e desporto) permitirá o desen-volvimento de actividades relacionadas com a comunidade estudantil (culturais, artísticas, desportivas).

{ + }

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1. Os Museus da Politécnica foram unificados

com a designação Museu Nacional de História Natural e da Ciência. O edifício

tem vindo a ser requalificado, com novos espaços e um acesso mais fácil às exposições e à jardineta. A nova entrada recupera o hall do edifício e acolhe uma

exposição sobre a memória do lugar.

2. Recuperação da entrada nascente

(concluído).

3. Requalificação do Teatro da Politécnica

(concluído).

4. Requalificação da Alameda das Palmeiras

como área de lazer (em 2012).

5. Recuperação do espaço das antigas casas

de função (em curso).

6. Picadeiro do Colégio dos Nobres

(programa em estudo).

7. Observatório Astronómico (projecto de

requalificação aprovado).

8. Jardim Botânico.

6

54

1 3

2

7

8

vista aérea da Politécnica

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PoLitÉcnicA

o c o n j U n t o d A A n t i g A e s c o L A P o L i t É c n i c A

( A o P r Í n c i P e r e A L ) t e m v i n d o A s e r t o t A L m e n t e r e n o v A d o , t r A n s f o r m A n d o -

- s e P o U c o A P o U c o n U m d o s P r i n c i P A i s P ó L o s

c i e n t Í f i c o s , c U L t U r A i s e t U r Í s t i c o s d A c i d A d e

d e L i s B o A .

{ 8 }

J a r d i m B o t â n i c o

Durante o ano de 2012 será lançada uma campanha para a requalificação do Jardim Botânico que se encontra muito de-gradado. A mobilização da Universidade, mas também de outras entidades públicas e privadas, e sobretudo dos cidadãos de Lisboa, será fundamental para que consigamos, daqui a um ano, voltar ao prazer romântico deste espaço único que temos o dever de pro-teger e de entregar límpido e inteiro às gerações futuras.

{ _ }

N a s u a m e m ó r i a f i c a r a m p a r a s e m p r e s o b r e t u d o o s m i l e u m r u m o r e s d e

á g u a d o J a r d i m B o t â n i c o , q u e n o O u t o n o s e c o n f u n d i a m c o m a

p a s s a g e m d o v e n t o e d a s f o l h a s .

Eugénio de Andrade

A s u a p r i m e i r a v i s i t a d e v e r á s e r p a r a o J a r d i m B o t â n i c o , s o b r e a s c o l i n a s d o

O e s t e . N ã o t e m i g u a l n a E u r o p a i n t e i r a , g r a ç a s a u m c l i m a e m q u e a f l o r a

t r o p i c a l p r o s p e r a t a n t o c o m o a d a z o n a t e m p e r a d a . É m a i s d o q u e u m a

p e q u e n a h i s t ó r i a c u l t u r a l . É t o d a a a n t i g u i d a d e d a t e r r a .

thomas Mann

. 1 . 2 . 3 . 4 . 5 . 6 . 7 . 8 .

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{ 00:46:17 }

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PrÉmio UniversidAde de LisBoA . 2011

O Prémio Universidade de Lisboa, instituído com o apoio do Banco Santander totta, tem por objectivo distinguir e pre-miar uma individualidade de nacionalidade portuguesa, ou estrangeira, a trabalhar em Portugal há pelo menos cinco anos cujos trabalhos, de reconhecido mérito científico e/ou cultural, tenham contribuído de forma notável para o pro-gresso e o engrandecimento da Ciência e/ou da Cultura e para a projecção internacional do país.

{ _ }

O Prémio tem o valor de 25 000€ (vinte e cinco mil euros)./

Em 2011, o Prémio foi concedido a Jorge Miranda, Professor Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. O Júri salientou a qualidade e amplitude do traba-lho científico realizado pelo Prof. Jorge Miranda ao longo de uma carreira académica nacional e internacional que honra as tradições do Direito como ciência social e humana na Universidade portuguesa. O Júri destacou igualmente o modo notável como, durante cerca de quatro décadas, o labor do laureado se projectou na elaboração e revisão da Constituição que nos rege, na feitura e revisão de Constituições de Estados Lusófonos, na inspiração de legislações e políticas, nomeada-mente nos domínios dos direitos fundamentais, da organiza-ção do poder e da educação, tudo testemunhando um gene-roso e pedagógico empenhamento cívico.

2006m a r i a o d e t t e f e r r e i r a

2007 A n t ó n i o c o u t i n h o

2008/2009f i l i p e d u a r t e s a n t o s

2009/2010j o r g e g a s p a r

J ú r i d o P r é m i o U n i v e r s i d a d e d e L i s b o a 2 0 1 1

António Nóvoa ◆ António Vieira Monteiro ◆ António Coutinho ◆ Filipe Duarte Santos ◆ João Marcelino ◆ José Carlos de Vasconcelos ◆ José Pedro Sousa Dias ◆ Maria João Seixas ◆ Marcelo Rebelo de Sousa ◆ Paulo teixeira Pinto ◆ Simonetta Luz Afonso ◆ Viriato Soromenho Marques

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Paula regodoutoramento honoris causa 2011

António Lobo Antunesdoutoramento honoris causa 2011

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P a u l a R e g o { Portugal }

Pintora

G i u l i a L a n c i a n i { Itália }

Professora Catedrática de Língua e Literatura Portuguesa e Brasileira da Universidade de Roma tre, Itália

H e r m a n P r i n s S a l o m o n { Holanda }

Professor Catedrático de Estudos Holandeses e Portugueses na State University de Nova Iorque em Albany,

Estados Unidos da América

v í t o r A g u i a r e S i l v a { Portugal }

Professor Catedrático da Universidade do Minho

A n t ó n i o L o b o A n t u n e s { Portugal }

Escritor

S t a n i s l a s D e h a e n e{ França }

Professor Catedrático do Collège de France

j e a n G u i c h a r d { França }

Professor Catedrático das Universidades CNAM/INEtOP/Sorbonne

doUtorAmentos honoris cAUsA . 2011

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universidade

lisboa

{ 00:04:55 }

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Logótipo do centenário da UL – Ulis 2011

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Cumpriram-se 100 anos sobre os decretos que criaram a Universidade (22 de Março) e as Faculdades de Ciências, Letras e Medicina (19 de Abril). No mês de Dezembro tam-bém se comemoram os cinquenta anos da inauguração do edifício da Reitoria e da sua Aula Magna.Revisitando o caminho feito, sem esquecer o Estudo Geral criado em Lisboa em 1288-1290 e as escolas oitocentistas na origem do núcleo refundador de 1911, a Universidade de Lisboa comemorou o seu centenário, celebrando a história com os olhos postos na sociedade e no futuro.As comemorações iniciaram-se ainda em 2010 com um tri-buto à República, que refundou a Universidade. A Abertura do Ano Académico, a 11 de Outubro de 2010, marcou o início oficial do Centenário, com o doutoramento Honoris

comemorAções ULis 2011

F o r a m q u a t r o o s t e m a s - b a s e p a r a a s C o m e m o r a ç õ e s :

1 0 0 P E S S O A S / H I S T ó R I A

A memória e a história

1 0 0 L O C A I S / P A T R I M ó N I O O legado científico, artístico e histórico

1 0 0 L I ç õ E S

Ensino e Cultura - O contributo formativo e cultural

1 0 0 + 1 I D E I A S P A R A O F U T U R O

Ciência e Inovação - O pensamento e a ciência como ferramentas de intervenção social

{ 2 0 1 1 }

f o i t e m P o d e c o m e m o r A ç ã o n A U n i v e r s i d A d e d e L i s B o A

Causa de três ex-Presidentes da República da democracia, que foram antigos alunos da Universidade: Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio. Nesta mesma data foi inaugu-rada a exposição Símbolos da República. Em Janeiro de 2011, teve início o ciclo das 100 Lições de anti-gos alunos. Até ao mês de Maio, foram proferidas duas lições por dia, de segunda a quinta, a que se associaram às sex-tas as palestras do ciclo Ciência na UL. O ciclo fechou com uma magnífica palestra de António Lobo Antunes. As lições gravadas estão disponíveis online. Em Março e Abril, muitos lisboetas aceitaram o convite para saírem de casa durante os fins-de-semana e virem conhecer as marcas deixadas pela Universidade na cidade de Lisboa, participando nas 24 visitas guiadas da acção 100 Locais/Percursos na Universidade.

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O P O N T O A L T O D A S

C O M E M O R A ç õ E S T E v E L U G A R

N O S D I A S 2 1 - 2 4 D E M A R ç O

{ + }

No dia 21 realizou-se a Cerimónia dos 100 Anos da

Universidade, dedicada aos estudantes, aos docentes e à

Universidade como lugar de cultura e de conhecimento, que

culminou com o Doutoramento Honoris Causa de António

Lobo Antunes. No dia seguinte realizou-se um conjunto de

actividades, como a inauguração da exposição 100 Imagens da

UniverCidade: Lisboa e a sua Universidade em

100 fotografias do Arquivo Municipal, a apresentação do

Livro Património da Universidade de Lisboa: Ciência e Arte e a

projecção do documentário:

O d e s e j o d o s a b e r : 1 0 0 a n o s d a U n i v e r s i d a d e d e L i s b o a

/

O dia 24 de Março foi dedicado aos estudantes,

com a F.EST.ULIS2011, festa organizada com

a colaboração das suas associações.

{ 00:04:34 }

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As comemorações ULis2011 incluíram ainda outras actividades, como o ciclo de cinema Centenário da UL -

A Universidade de Lisboa no Cinema Português, em Maio e Junho na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema,

um espectáculo de bailado e vários concertos.O plano editorial centrou-se na publicação de um conjunto de quatro livros principais. Além do livro magnificamente

ilustrado dedicado ao Património da Universidade de Lisboa, está a ser ultimada a edição dos restantes:

A U N I v E R S I D A D E M E D I E v A L E M L I S B O A

( 1 2 8 8 - 1 5 3 7 )

A U N I v E R S I D A D E D E L I S B O A

( 1 8 3 4 - 2 0 0 3 ) d a R e v o l u ç ã o l i b e r a l à a c t u a l i d a d e

1 0 0 + 1 I D E I A S P A R A O F U T U R O

Para o futuro, também fica a Memória da Universidade (memoria.ul.pt), uma enciclopédia electrónica do ensino, ciência e cultura na história da Universidade de Lisboa,

cuja infraestrutura foi posta de pé para uma construção e actualização permanente.

As comemorações constituíram também um momento de reflexão sobre a história e o património das universidades,

com a realização de duas conferências internacionais:

History of European Universities: Challenges and transformations (Abril)

University Collections:University History and Identity (Setembro)

E m N o v e m b r o , e m s i n t o n i a c o m o f i n a l d a s C o m e m o r a ç õ e s , r e a l i z a m - s e s e i s c o n g r e s s o s i n t e r n a c i o n a i s s o b r e

a t e m á t i c a d a s u n i v e r s i d a d e s .

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moeda do centenárioda autoria de Ana rita Alves gorgulho

selo do centenárioda autoria de josé Brandão e susana Brito

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condecorAção, moedA e seLo

s U A e x c e L ê n c i A , o P r e s i d e n t e d A r e P ú B L i c A

d e c i d i U A t r i B U i r à U n i v e r s i d A d e d e L i s B o A , P o r o c A s i ã o d o s e U c e n t e n á r i o ,

A s i n s Í g n i A s d A o r d e m m i L i t A r d e s A n t i ’ A g o d A

e s P A d A , q U e s e d e s t i n A A d i s t i n g U i r o m É r i t o L i t e r á r i o , c i e n t Í f i c o

e A r t Í s t i c o .

M o e d a d o C e n t e n á r i o

A Imprensa Nacional Casa da Moeda associou-se ao Cen-tenário da Universidade com a cunhagem de uma moeda em prata, com um valor facial de € 2,5. É da autoria de Ana Rita Gorgulho e inspira-se no logótipo da Universidade de Lisboa, desenhado por Raúl Lino em 1914.

S e l o d o C e n t e n á r i o

Os Ctt associaram-se ao Centenário de quatro instituições do ensino superior (Universidade de Lisboa, Universidade do Porto, Instituto Superior técnico e Instituto Superior de Economia e Gestão). O selo de € 0,32 foi emitido a 22 de Março de 2011. O design é de José Brandão e Susana Brito, tendo como elementos a fachada do edifício da Reitoria, um desenho inciso de J. Almada Negreiros, e uma das versões do logótipo do Centenário da UL, da autoria de R2 Design.

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A n a R i t a G o r g u l h oF r e q u e n t a o M e s t r a d o e m E s c u l t u r a n a F a c u l d a d e d e B e l a s - A r t e s n a U n i v e r s i d a d e d e L i s b o a .

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1 9 3 5 M a n u e l R o d r i g u e s L a p a 1

Faculdade de Letras

+Á l v a r o I s i d r o F a r i a L a p a Faculdade de Medicina +R a f a e l A u g u s t o d e S o u s a R i b e i r oFaculdade de Direito (chefe da Secretaria)

1 9 4 1 J o s é M a r i a B a r b o s a d e M a g a l h ã e s Faculdade de Direito

1 9 4 4 V i t o r i n o M a g a l h ã e s G o d i n h oFaculdade de Letras

1 9 4 7 A d e l i n o J o s é d a C o s t a 2 A u g u s t o C e l e s t i n o d a C o s t a 3

F e r n a n d o d a F o n s e c a 4

F r a n c i s c o P u l i d o V a l e n t e 5

J o ã o C â n d i d o d e O l i v e i r a 6

J o s é H e n r i q u e C a s c ã o d e A n c i ã e sL u í s D i a s A m a d o 7

Faculdade de Medicina

+A n d r é e C r a b b é R o c h a 8 Faculdade de Letras

+A r m a n d o G i b e r t 9

A u r é l i o M a r q u e s d a S i l v aC a r l o s F e r n a n d o T o r r e d e A s s u n ç ã o 1 0

F l á v i o F e r r e i r a P i n t o R e s e n d e 1 1

M a n u e l V a l a d a r e s 1 2

Faculdade de Ciências

{1} {2}

{6} {7} {8}

{9} {10}

{11} {12}

{4}{3} {5}

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homenAgem Aos Professores e fUncionários exPULsos

As tentações totalitárias sobre a Universidade, frequente-mente sob o pretexto da necessidade de pacificação políti-ca em tempos de crise, reduzem igualmente a vitalidade de todas as restantes dimensões da vida social e traduzem-se numa hipoteca do futuro. A Universidade de Lisboa entende que o período entre o ano do seu Centenário (2011) e o dos 50 Anos da crise aca-démica de 1962 (2012) é o momento próprio para recordar e homenagear publicamente os docentes e funcionários que foram afastados por motivos políticos durante o Estado Novo. Na impossibilidade de mencionar todos os que foram impe-didos de entrar na Universidade, quer por via de informação negativa da polícia política, quer pela introdução em 1936 da obrigatoriedade da declaração de integração na ordem social do Estado Novo para admissão a quaisquer lugares do funcionalismo público ou afins, ficam os nomes dos que foram formalmente expulsos.

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A c r i A t i v i d A d e c i e n t Í f i c A , A r t Í s t i c A o U f i L o s ó f i c A ,

U m A d A s g r A n d e s f U n ç õ e s d A U n i v e r s i d A d e , s ó

P o d e A t i n g i r t o d o o s e U P o t e n c i A L d e n t r o d o

r e s P e i t o P e L A A U t o n o m i A e L i B e r d A d e i n t e L e c t U A L .

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dia do estudante, 1962

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diA do estUdAnte . 1962

A 2 4 d e m A r ç o d e 2 0 1 2 c U m P r e m - s e c i n q U e n t A A n o s

s o B r e A P r o i B i ç ã o d o d i A d o e s t U d A n t e ,

q U e d e U o r i g e m à c r i s e A c A d É m i c A d e 1 9 6 2 .

Um programa formalmente inócuo, que incluía um colóquio, um festival desportivo, um sarau cultural e um jantar de confra-ternização na Cantina Velha, foi impedido de se realizar com o recurso à presença de forças policiais na Cidade Universitária. O Governo pretendia evitar o que se passara quinze dias antes em Coimbra, quando os estudantes concretizaram o seu I Encontro Nacional, apesar deste ter sido proibido.

A reacção estudantil atingiu uma dimensão inédita na univer-sidade portuguesa e teve consequências irreversíveis para o posicionamento político do movimento associativo. A 26 de Março, a Reunião Inter-Associações (RIA) decre-tou o Luto Académico, com greve às aulas, que alastrou de imediato à Universidade de Coimbra. Em Abril, o Reitor da Universidade de Lisboa, Marcello Caetano apresentou a sua demissão do cargo. A luta nas três universidades do país prolongou-se por vários meses. O regime respondeu com expulsões e suspensões, que se repetiram em 1964 e 1965, atingindo centenas de alunos.

{ + }

Desde 1974, que o Dia do Estudante foi fixado a 24 de Março e tem sido objecto de comemorações regulares. Este ano, no decurso do programa das 100 Lições, o Dia do Estudante foi evocado na palestra desse dia, proferida por um antigo diri-gente estudantil, José Medeiros Ferreira. A Universidade de Lisboa pretende que a evocação dos 50 Anos do Dia do Estudante de 1962 tome a forma de um programa de homenagem ao movimento estudantil e de evo-cação da autonomia e liberdade universitárias.

“ O m e l h o r q u e s e p o d e t r a n s p o r t a r d o e s p í r i t o d e 2 4 d e M a r ç o d e 1 9 6 2 é e s s a p e r s p e c t i v a d e e m p e n h a m e n t o u n i v e r s i t á r i o e c í v i c o p a r a o f u t u r o . ” José Medeiros Ferreira, Lição de 24 de Março de 2011.

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1911-1913Augusto josé da cunha

por hugo filipe marques

1913-1916joão maria de Almeida Lima

por hugo ferrão

1916-1928Pedro josé da cunha

por rui cardoso

1928-1928Augusto de Almeida monjardino

por Luís gomes

1928-1929 silva teles

por raimundo Pousada

1929- 1946josé caeiro da mata

por Pedro miguel Palma

1946-1956 josé gabriel Pinto coelho

por mariana de moura

1956-1959vitor hugo de Lemos

por Ana coito

1959-1962marcello caetano

por miguel Penteado

1962-1965Paulo cunha

por maria nabais Pina

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PersonA reitor 1911-2011

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1965-1969josé sarmento de

vasconcelos e castropor joana oliveira

1969-1973fernando carvalho Barreira

por joana granado

PersonA reitor 1911-2011

Persona Reitor é um projecto desenvolvido por estudan-tes da Licenciatura de Pintura da Faculdade de Belas-Artes, sob a orientação do Prof. Hugo Ferrão, na unidade curricu-lar Ciberarte II. O objectivo é sugerir uma interpretação ar-tística do imaginário dos Reitores da Universidade de Lisboa, entre 1911 e 2011. A figura de cada Reitor foi objecto de vários exercícios que serão publicados num CD.

1973-1974joaquim veríssimo serrão

por fernando milhais

1974-1977Barahona fernandes por Ângela rodrigues

1977-1979 ilídio do Amaral

por sara Belo

1979-1983 rosado fernandespor rui cardoso

1983-1986toscana rico

por mariana tavares

1986-1998meira soares

por elías rodrigues nunes

1998-2006josé Barata-mourapor diogo da costa

2006-presenteAntónio nóvoa

por maria Antunes

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visita às obras da reitoria, 1961

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50 Anos do edifÍcio dA reitoriA

A cerimónia contou com a presença do Presidente da Repúbli-ca, do Cardeal Patriarca, do Presidente da Câmara Corporativa, do Ministro da Educação e de outros membros do governo.

Américo tomás foi recebido pela guarda de honra de uma companhia a quatro pelotões da GNR, com bandeira, fanfarra e banda de música, que também acompanhou com a marcha solene o cortejo universitário. O coro iniciou a cerimónia en-toando o Hino Nacional, tudo com cobertura em directo da Emissora Nacional, “a fim de dar aos seus ouvintes uma ideia da imponente inauguração da nova Reitoria”.No seu discurso, o Reitor realçou o papel da nova Reitoria para a unidade da Universidade e para sua intervenção na sociedade portuguesa.

Marcello Caetano estava mais certo do que ele próprio pen-saria, ou desejaria. três meses não eram passados e eram outras as manifestações igualmente materiais e igualmente simbólicas, de afirmação de unidade e de intervenção social da Universidade, abertas pela construção da Reitoria. Seriam essas formas de intervenção, iniciadas com a concentração estudantil na Cidade Universitária, que criariam condições particularmente favoráveis à crise académica de 1962 e que levariam à sua própria demissão.A inauguração da Reitoria, o “Dia de júbilo para o País, para a cidade de Lisboa e para a sua Universidade”, transformou-se a breve prazo num pesadelo para os governantes. Os planos enunciados em várias ocasiões pelo Reitor Marcello Caetano para a concentração das Faculdades na Cidade Universitária apenas seriam retomados depois da sua queda como Chefe de Governo em 1974.

A 3 d e d e z e m B r o d e 1 9 6 1 , P A s s A m A g o r A c i n q U e n t A

A n o s , t e v e L U g A r A i n A U g U r A ç ã o d o A c t U A L

e d i f Í c i o d A r e i t o r i A e d A s U A A U L A m A g n A .

“ Q u a n d o u m a U n i v e r s i d a d e a d q u i r e

m e i o s q u e l h e f a l t a v a m p a r a j u n t a r à r o t i n a

d o l a b o r d o c e n t e a e x p r e s s ã o m o r a l d a s u a

u n i d a d e e a p o s s i b i l i d a d e d a i r r a d i a ç ã o d a s u a o b r a

c u l t u r a l , o P a í s e s t á d e p a r a b é n s . ”

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N o v e m b r o 2 0 1 1

m a s s ac r í t i c a_ { nº 5 _

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A UniversidAdetrAnsformoU-se em

UnivercidAde

UNIVERSIDADE DE LISBOA

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A UniversidAde de LisboA

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