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01/03/2013 Investimentos em energias renováveis caem em 2012 por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil Índice de atratividade de energias renováveis mostra que mercado apresentou retração no último ano; China, Alemanha e Estados Unidos se mantiveram como líderes em atratividade, mas alguns emergentes se destacam no cenário mundial.

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/03/rankingatrat.jpg

O Índice de atratividade de energias renováveis(http://www.ey.com/Publication/vwLUAssets/Renewable_energy_country_attractiveness_indices_February_2013/$FILE/Renewable_energy_country_attractiveness_indices.pdf), publicado nesta terça-feira (26) pela consultoria Ernst & Young, não traz boas notícias para o setor: os investimentos em energias limpas tiveram uma queda de 11% em 2012 devido às incertezas e mudanças de políticas que atingiram grandes mercados como os EUA, a Índia, a Espanha e a Itália. Os dados do relatório indicam que os investimentos caíram de US$302,3 bilhões em 2011 para US$268,7 bilhões em 2012. Ainda assim, os números do último ano foram o segundo maior índice já alcançado, chegando a atingir um valor cinco vezes maior do que o de 2004. Segundo o documento, essa redução nos investimentos se deve principalmente à queda nos preços das tecnologias eólicas e solares, embora essa diminuição nos preços futuramente abra possibilidades para mais instalações. A instabilidade econômica provocada pela recessão também atingiu os mercados, levando a uma incerteza nos investimentos. Por isso, o relatório destaca que os leilões de capacidade estão se tornando um exemplo de mecanismo político a ser adotado pelos governos para estimular os investimentos. “Os governos estão adaptando sua abordagem para o investimento em energia limpa a suas necessidades individuais e maturidade de mercado, com muitos países, incluindo a França e a Índia, anunciando leilões de capacidade no final de 2012”, comentou Gil Forer, líder de tecnologias limpas da Ernst & Young. “O cenário das energias limpas se tornou muito mais global nos últimos 12 meses, com mais países desenvolvendo iniciativas estratégicas em nível nacional para incluir e aumentar as energias renováveis dentro de seu mix energético geral”, acrescentou Forer. Apesar da retração, a energia solar representou a maior proporção de novos investimentos em 2012, e essa tendência deve se manter em 2013 devido ao excesso de oferta, queda nos preços e medidas protecionistas. Já os investimentos nos setor eólicos caíram no último ano, embora a energia eólica offshore continue se firmando como uma área chave para investimentos em 2013.

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A China novamente se destacou como a líder em atratividade de energias renováveis, o que, de acordo com o índice, se deve a suas metas ambiciosas de capacidade para o próximo ano e ao aumento nos investimentos estratégicos. O segundo lugar ficou com a Alemanha, cujo governo aumentou proativamente a infraestrutura de rede do país. No entanto, o anúncio em janeiro de 2013 do congelamento da taxa de consumo de energia renovável provavelmente deve colocar o setor sob pressão daqui para frente.

Foto: Divulgação/Internet

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/03/energia.jpg Os Estados Unidos, o terceiro na classificação, renovou seu foco na energia eólica, e o presidente norte-americano Barack Obama prometeu ainda mais investimentos para 2013. “No último ano, a energia eólica acrescentou cerca de metade de toda a capacidade de novas energias nos EUA. Então vamos gerar ainda mais”, disse ele em um discurso recente. Mas não são apenas os mercados desenvolvidos que estão crescendo. Alguns países emergentes também estão se destacando no setor. Um deles é a África do Sul, que em 2012 ultrapassou a Espanha no ranking, tomando o 16º lugar e firmando acordos para 28 projetos renováveis, totalizando 1,4 GW. Já o Chile subiu duas posições na classificação, ficando em 36º, e pretende construir a maior usina solar da América do Sul no deserto do Atacama. O país também aprovou vários projetos eólicos e solares em parceria com outras nações, totalizando 178 MW. Marrocos, por sua vez, pulou para a 23ª posição do ranking, e tem como meta instalar 4 GW de capacidade solar e eólica até 2020. No último trimestre de 2012, o país firmou um acordo para os primeiros 160 MW, e entre 400 e 500 MW devem ser instalados até 2014. O Brasil, desta vez, não se destacou entre os emergentes, perdendo sua 10ª posição para a Austrália. Entretanto, o relatório salientou que o país continua apresentando boas oportunidades de geração para a biomassa, o etanol e a energia eólica. Para 2013, o documento afirma que a queda nos preços das tecnologias renováveis deve trazer benefícios, e cada vez mais empresas devem desenvolver e implementar estratégias de energias renováveis, o que deve resultar no aumento das fontes limpas na participação do mix energético mundial. No entanto, mesmo os países desenvolvidos enfrentarão alguns desafios, como investir na infraestrutura de rede, para que os mercados energéticos estejam cada vez mais conectados. “O mercado de energia como um todo está começando a ver acordos de infraestrutura significativos; no entanto, precisa haver um aumento no investimento para resolver os desafios de infraestrutura que desafiam o desenvolvimento das renováveis, tais como restrições na rede e a falta de capacidade dos mercados e interconexões entre fronteiras”, observou Ben Warren, líder de finanças energéticas e ambientais da Ernst & Young. “Esperamos ver um aumento nas transações e atividades financeiras nessas áreas em 2013, como parte de um investimento global mais amplo em uma economia de baixo carbono”, concluiu Warren. * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias3/noticia=733296).

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Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/investimentos-em-energias-renovaveis-caem-em-2012/)

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02/03/2013 Biodiesel produzido por cianobactérias rende quase mil vezes mais do que o de milho, aponta pesquisa da USP por Alessandra Morgado, do UOL

Cianobactérias produzem biodiesel em culturas na água

Foto: Divulgação Fonte: http://imguol.com/2013/03/01/cianobacterias-produzem-biodisel-em-pesquisa-da-usp-

1362187408570_615x300.jpg As cianobactérias – organismos unicelulares fotossintetizantes – são uma opção econômica e viável para a produção de biodiesel, segundo pesquisa da USP (Universidade de São Paulo). Um hectare de milho produz 168 litros de biodiesel, o equivalente ao mesmo hectare de cianobactérias produziria 140 mil litros do cianodiesel. Além disso, em seu cultivo, podem ser utilizadas águas residuais e marinhas, por isso não há necessidade de terra cultivável, o que não interfere na produção de alimentos. O QUE É? As cianobactérias são organismos microbianos de aplicações biotecnológicas variadas e de potencial de desenvolvimento ilimitado. Elas são unicelulares e produzem seu próprio alimento, dependendo apenas de água, dióxido de carbono, substâncias inorgânicas e luz (fotossintetizantes). O cianodiesel é produzido com o lipídeo extraído desses organismos, que se multiplicam facilmente em meio aquoso em colônias, além de serem tolerantes a variações salinidade, temperatura e até mesmo poluição. Existem muitas linhagens de cianobactérias, inclusive algumas tóxicas, como as algas azuis que comprometem a qualidade da água de vários reservatórios, como a Represa Billings, em São Paulo. Na pesquisa não foram utilizadas espécies toxicas. A pós-doutoranda Caroline S. Pamplona da Silva, que participou do projeto, disse que foram avaliadas várias linhagens e duas apresentaram resultados bastante promissores. "Os óleos dessas duas linhagens com características químicas adequadas foram testados na síntese de biodiesel comercialmente aceito. No entanto, a produção de biomassa em larga escala ainda é um desafio", afirmou ela. A utilização de cianobactérias na produção de biodiesel tem várias vantagens, como diminuir a pressão sobre outras matérias-primas, como o milho, sorgo, soja, mamona e girassol, que são fontes de alimentação mundial. Caroline disse ainda que a necessidade nutricional das células de cianobactérias é simples; o período de produção de biomassa é curto e a concentração de óleo pode chegar a 50% da biomassa seca; menos emissões e contaminantes do que o combustível derivado do petróleo; o gás carbônico emitido pelas indústrias pode ser usado como fonte de carbono para seu cultivo e, quando cultivadas em sistemas contínuos, podem ser colhidas diariamente.

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A professora Heizir Ferreira de Castro disse que as cianobactérias são mais uma opção para a produção do biodiesel, mas não são "a salvação da lavoura", ou seja, não podem substituir totalmente as outras matrizes. "Seriam uma opção porque têm maior produtividade. Nós retiramos o óleo vegetal delas e transformamos como se fosse qualquer outro óleo", disse ela. Fonte: UOL Notícias > Meio Ambiente(http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2013/03/02/biodiesel-produzido-por-cianobacterias-rende-quase-mil-litros-a-mais-do-que-o-de-milho-aponta-pesquisa-da-usp.htm)

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03/03/2013 Pesquisadores buscam na Antártica micróbios que pur ifiquem esgotos urbanos por Manuel Fuentes Ilha Decepção (Antártica), 3 mar (EFE) – A Antártica é muito mais que geleiras, pinguins e baleias. Nem todos sabem, mas em seu subsolo há uma rica flora microbiana que pode servir para fins tão úteis quanto transformar os esgotos das cidades em canais de água limpa.

Foto: Reprodução internet

Fonte: http://odia.ig.com.br/polopoly_fs/1.555910!/image/image.jpg_gen/derivatives/landscape_575/image.jpg

A pesquisadora francesa Léa Cabrol, uma jovem doutora de 29 anos que trabalha na Universidade Católica de Valparaíso, está realizando um trabalho de campo no continente mais inóspito do planeta. Seu objetivo é contribuir para resolver um dos principais problemas das grandes cidades, fazer com que a água suja saia limpa e, de quebra, gerar gás metano para uso industrial. A pesquisa, chamada "Seleção e Identificação de Consórcios Microbianos com Atividade Metanogênica e Acidogênica a Baixa Temperatura para Aplicação à Digestão Anaeróbica Siprofílica" impressiona já pelo nome. Mas Léa explica o projeto de maneira sucinta e didática: "Estamos desenvolvendo o tratamento de águas residuais com bactérias". "É um processo muito interessante, o problema é que funciona a 37 graus, enquanto a temperatura das águas residuais nas cidades europeias ou no sul do Chile, por exemplo, é muito mais baixa. O processo de aquecimento significa um custo enorme", comenta. Acompanhada de seu assistente, o chileno Daniel Valenzuela, Léa colhe amostras de sedimentos depositados sob uma fina camada de gelo, na Ilha Rei George, onde chegou nos últimos dias a 49ª Expedição Antártica Chilena. "Buscamos essas bactérias em fontes naturais, onde a temperatura sempre se mantém baixa. Esse tipo de microorganismo foi encontrado em algumas regiões do Ártico e na Rússia, mas não na Antártica", explica.

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"A ideia é buscar sedimentos em zonas úmidas com uma camada superior de gelo ou neve que facilite a digestão anaeróbica, porque as bactérias que produzem metano não funcionam na presença de oxigênio", acrescenta. Segundo a doutora francesa, que está há um ano e meio trabalhando no Chile, "descobrir bactérias dessa natureza em um meio como o antártico permitiria tratar as águas residuais de áreas frias do mundo, onde a temperatura média é de dez graus". Mas, além disso, aponta seu assistente, as bactérias devem metabolizar a matéria orgânica dos esgotos em alta velocidade, porque o volume de líquido a tratar é muito grande e o processo não pode desacelerar. Ao contrário de outros cientistas que participam da Expedição Antártica Chilena, essa equipe de pesquisa não procura apenas uma espécie de bactéria para isolá-la e cultivá-la no laboratório. "Nós buscamos um consórcio, uma comunidade microbiana com centenas de espécies diferentes que trabalhem interagindo umas com outras", detalha a doutora Léa, que se mostra otimista sobre os resultados que possa alcançar o trabalho de campo. "Acredito muito nas amostras que colhemos ontem (na ilha Rei George), porque havia muita matéria orgânica dos leões marinhos e isso é uma fonte de nutrientes para as bactérias. Além disso, nos poços de água se viam borbulhas, e isso indica que está saindo gás da camada de sedimentos", afirma. Para uma bactéria desse tipo, se alimentar da matéria orgânica que há no solo antártico ou dos resíduos humanos dá exatamente no mesmo, porque envolve os mesmos processos metabólicos. No projeto da pesquisadora participam a Universidade Católica de Valparaíso e a de Concepción no Chile, a Universidade de Lyon (França) e a Universidade Técnica da Dinamarca. Após ser submetida à avaliação de duas comissões de microbiologista, em setembro do ano passado a pesquisa foi incorporada ao programa do Instituto Antártico Chileno (INACH), uma instituição pública que atualmente subsidia 64 projetos. Até hoje, nenhuma instituição privada financia o estudo dessas microbactérias, mas algumas empresas, como a espanhola Águas Andinas, já mostraram seu interesse em outros projetos vinculados a essa pesquisa. Após a coleta de amostras em várias partes do território antártico e a realização de análise preliminares, Léa Cabrol e sua equipe da Universidade Católica de Valparaíso terão mais três anos de trabalho em laboratório antes de saber se esses grupos microbianos finalmente servem para o objetivo que buscam. Caso não sirvam, os cientistas continuarão tentando, "porque na pesquisa científica a questão é saber como é preciso enfrentar coisas que nem sempre funcionam, de aceitar o fracasso e buscar que na próxima vez as coisas saiam melhor", resume Léa. Fonte: UOL Notícias > Ciência(http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/efe/2013/03/03/pesquisadores-buscam-na-antartica-microbios-que-purifiquem-esgotos-urbanos.htm)

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04/03/2012 Brasil pode gerar mais de 280MW de energia a partir do biogás por Redação da Abrelpe

Foto: Reprodução/cemig-energia.blogspot.com.br

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/03/energia1.jpg Estudo inédito da Abrelpe destaca que só na destinação de resíduos o País tem potencial de redução de emissões da ordem de 29 milhões de toneladas de CO2 equivalentes por ano. O potencial para geração de eletricidade pelas unidades de destinação de resíduos no Brasil é de mais de 280 MW, volume suficiente para abastecer uma população de cerca de 1,5 milhão de pessoas, segundo o Atlas Brasileiro de Emissões de GEE e Potencial Energético na Destinação de Resíduos Sólidos que a Abrelpe– Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais acaba de lançar, com o apoio da EPA – Environmental Protection Agency, agência ambiental dos Estados Unidos, e da Global Methane Initiative. “O potencial de geração de energia limpa e renovável tende a ser ainda maior, considerando o horizonte de tempo de 2009 a 2039, ou seja, 30 anos. Isso porque o País terá, segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que universalizar a destinação final dos resíduos, já que quase 30 milhões de toneladas por ano ainda não têm tratamento adequado”, observa o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho. De acordo com o levantamento inédito, atualmente o Brasil conta com 22 projetos que preveem o aproveitamento energético do biogás, o que equivale a uma capacidade instalada de 254 MW. Essas unidades de destinação final de resíduos têm potencial de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) da ordem de 12 milhões de toneladas de CO2 equivalentes por ano, quantidade que considera apenas os projetos brasileiros de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) registrados perante a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC) da ONU (Organização das Nações Unidas). Baseado no horizonte de 30 anos, o Atlas aponta ainda que as emissões de GEE pela destinação de resíduos sólidos atingiriam cerca de 892 milhões de toneladas de CO2 equivalentes, o que representa uma média anual de 29,7 milhões de toneladas, que seriam mitigadas por meio da implantação de tais projetos. Sudeste lidera geração de energia a partir do lixo Dos 46 projetos de MDL brasileiros relacionados a resíduos sólidos registrados na ONU, 33 estão localizados no Sudeste do País, cujo potencial energético pode atingir, até 2039, 170 MW, o suficiente para abastecer a cidade de São Bernardo do Campo, que tem pouco mais 750 mil habitantes. No horizonte de tempo analisado pela Abrelpe, a região também responderia por cerca de 60% das emissões de GEE. As regiões Nordeste, Sul e Norte possuem 7, 4 e 2 projetos respectivamente, enquanto o Centro-Oeste não dispõe de nenhum atualmente. O potencial de geração de energia e percentual de emissão de GEE em cada uma dessas regiões, respectivamente, é o seguinte: Nordeste, 49 MW e 18%; Sul, 23 MW e 8%; Centro-Oeste, 22 MW e 8%; e Norte, 18 MW e 6%.

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“Trata-se de um estudo inédito e bastante atrativo, pois permite mensurar não apenas as emissões específicas da destinação de resíduos no Brasil, como também o potencial energético dessas unidades, demonstrando a plena capacidade do país desenvolver projetos nesse sentido que, além de mitigar as emissões de GEE, contribuirão, de alguma forma, com a ampliação do mix energético no país”, conclui o Diretor Executivo da Abrelpe. Para realizar a estimativa de biogás nos diferentes locais de destinação final de resíduos e regiões do Brasil, a Abrelpe contratou a consultoria especializada MGM Innova, que aplicou o método do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change ou, em português, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), utilizando como base os dados do setor de resíduos sólidos publicados no Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil. * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias3/noticia=733303). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/brasil-pode-gerar-mais-de-280mw-de-energia-a-partir-do-biogas/)

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04/03/2013 O lixo que vira energia por André Trigueiro*

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/03/trigueiro_lixo1.jpg

A demanda por energia no mundo cresce de forma tão preocupante quanto o volume de lixo. Harmonizar de forma inteligente essas curvas de crescimento constitui um dos grandes desafios tecnológicos da atualidade. Essa é a razão pela qual vem crescendo rapidamente o número de países que investem no aproveitamento energético do lixo. São basicamente duas as rotas tecnológicas empregadas para alcançar esse objetivo: a queima direta dos resíduos (waste-to-energy) ou a queima do biogás produzido a partir da decomposição da matéria orgânica do lixo. Existem hoje no mundo aproximadamente 1,5 mil usinas térmicas que queimam o lixo para gerar energia ou calor. O Japão, o bloco europeu, a China e os Estados Unidos lideram o ranking. No Brasil, não há térmicas com esse perfil em operação, embora alguns municípios estejam bastante interessados no assunto. A tecnologia é cara e o custo do megawatt-hora bastante elevado em relação à energia convencional. A vantagem é a transformação do lixo queimado a aproximadamente 12% de seu tamanho original em cinzas, que podem ser usadas (se forem inertes) como base de asfalto ou matéria-prima para a construção civil. Sem uma política pública que estimule essa fonte de energia com a redução de impostos e outros incentivos, ela continuará desprestigiada e marginal. Ainda não está completamente superada a polêmica envolvendo a emissão de substâncias cancerígenas — dioxinas e furanos — que seriam liberadas a partir da queima do lixo. Nos países em que a combustão dos resíduos foi autorizada, o entendimento é de que a queima acima de 900º C eliminaria o risco de contaminação. Em alguns desses países, onde a consciência ecológica é maior — Alemanha, por exemplo — foram exigidas novas tecnologias que assegurassem a qualidade dos gases emitidos. No Brasil — onde a disponibilidade de terra torna a opção pelos aterros menos complicada do que na maioria dos países desenvolvidos –, a exploração energética do lixo tem sido possível a partir da queima do gás do lixo, também chamado de biogás. A matéria orgânica descartada como lixo (especialmente restos de comida, podas de árvore e restos de animais e vegetais) leva aproximadamente seis meses para se transformar em metano, um gás combustível que agrava o efeito estufa. A simples queima do metano, sem nenhum aproveitamento energético, já assegura um benefício ambiental por transformar CH4 (metano) em CO2 (dióxido de carbono). O metano é de 20 a 23 vezes mais danoso para a atmosfera do que o dióxido de carbono.Na lógica do empreendedor, o retorno do capital investido se dá por duas vias: a emissão de créditos de carbono (quando uma certificadora da ONU mede a quantidade de metano queimado e converte esse número em papel com valor de mercado para os países ricos signatários do Protocolo de Kyoto que assumiram o compromisso de reduzirem suas emissões) e a venda de energia elétrica.

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São Paulo (a cidade mais populosa e com o maior volume concentrado de lixo do país) largou na frente em 2004 instalando a primeira usina de biogás do país no aterro Bandeirantes. Depois, instalou a segunda no Aterro São João. JUNTOS, esses dois aterros (que já não recebem mais lixo) respondem por mais de 2% de toda a energia elétrica consumida na maior cidade do país. Em três leilões, foram vendidos mais de R$ 70 milhões de créditos de carbono, dos quais 50%, por contrato, ficaram com a Prefeitura. Uma receita extra, de onde muitos jamais esperavam receber um dia qualquer centavo.

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/03/am4.jpg

Do outro lado da Via Dutra, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o gigantesco Aterro de Gramacho (que até ser encerrado em junho do ano passado ostentava o título nada honroso de maior aterro de lixo da América Latina) hospeda uma empresa privada que investiu mais de R$ 250 milhões para poder explorar o biogás acumulado em quase 35 anos de lançamentos diários dos resíduos do Rio de Janeiro e de boa parte da Região Metropolitana. Por contrato, a empresa se comprometeu a fornecer para a Refinaria Duque de Caxias (da Petrobras) 70 milhões de m³ de biogás por dia pelos próximos 15 anos. Esse volume de gás, que seria suficiente para abastecer todas as residências e todos os estabelecimentos comerciais do Estado do Rio, vai suprir 10% da demanda energética da Reduc. O biogás será retirado com a ajuda de 300 poços (260 já foram instalados) que bombearão o combustível até uma estação de tratamento construída no próprio aterro. Ali o gás será limpo, seco e bombeado através de um gasoduto de 6 km de extensão até a refinaria (pelo menos 1,2 km de tubulações passarão debaixo de áreas de mangue e rios). A operação será iniciada ainda neste primeiro semestre. Num país que gera 182.728 toneladas de lixo por dia, dá pra imaginar o que isso significa em termos de energia? Pelas contas do Ministério do Meio Ambiente, considerando apenas os 56 maiores aterros do país, o biogás acumulado seria suficiente para abastecer de energia elétrica (311 MW/h) uma população equivalente à do município do Rio de Janeiro (5,6 milhões). O cenário para 2020 aponta uma produção ainda maior de energia (421 MW/h) , suficiente para abastecer quase 8,8 milhões de pessoas, a população de Pernambuco. Em outro estudo lançado esta semana pela Abrelpe (Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) se deteve na análise de 22 aterros sanitários que já manifestaram interesse explorar o gás do lixo. Segundo o “Atlas Brasileiro de Emissões de GEE (gases de efeito estufa) e Potencial Energético na Destinação de Resíduos Sólidos”, o biogás estocado nesses aterros (280 MW/h) poderia

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abastecer 1,5 milhão de pessoas. Para isso, seriam necessários investimentos de aproximadamente R$ 1 bilhão. Até 2039, esse potencial poderá chegar a 500 MW/h, o suficiente para abastecer 3,2 milhões de pessoas, o equivalente à população do Rio Grande do Norte. Embora o Brasil necessite importar dos Estados Unidos a microturbina que transforma o biogás em energia elétrica, aproximadamente 80% das instalações contam com equipamentos fabricados no Brasil. É consenso entre os especialistas do setor que o Brasil deveria estimular o aproveitamento energético do lixo com uma política pública específica, que desonerasse os custos e estimulasse novos investimentos. Em um país onde a produção monumental de lixo gera enormes impactos socioambientais, a geração de energia elétrica a partir dos resíduos é uma ideia que merece atenção, investimentos e um ambiente de negócios favorável à inclusão do biogás em nossa matriz energética. * André Trigueiro é jornalista com pós-graduação em Gestão Ambiental pela Coppe-UFRJ onde hoje leciona a disciplina geopolítica ambiental, professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC-RJ, autor do livroMundo Sustentável – Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em Transformação, coordenador editorial e um dos autores dos livros Meio Ambiente no Século XXI, e Espiritismo e Ecologia, lançado na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, pela Editora FEB, em 2009. É apresentador do Jornal das Dez e editor chefe do programa Cidades e Soluções, da Globo News. É também comentarista da Rádio CBN e colaborador voluntário da Rádio Rio de Janeiro. ** Publicado originalmente no site Mundo Sustentável(http://g1.globo.com/platb/mundo-sustentavel/2013/03/01/o-lixo-que-vira-energia/). Fonte: Mundo Sustentável/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/o-lixo-que-vira-energia/)

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04/03/2013 Catalisador pode viabilizar hidrogênio como combust ível limpo, diz estudo Gás pode ser produzido a partir de metanol utilizando o catalisador. Processo liberaria vapor de água e CO2, que pode ser armazenado. do Globo Natureza, em São Paulo

Cristais de novo de catalisador de rutênio produzido por cientistas

Foto: Reprodução/"Nature" Fonte: http://s2.glbimg.com/jnAa7OqD-K3e_dmR_opj3ZKmOP3W08tL8FuII1kL9YdIoz-

HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/03/01/catalisador1.jpg Cientistas dizem haver criado uma maneira de extrair hidrogênio do metanol usando um catalisador, o que pode, segundo eles, solucionar um dos grandes obstáculos para criar um combustível limpo e viável economicamente, aponta estudo publicado nesta semana no site da renomada revista "Nature". Segundo os pesquisadores, o novo catalisador de rutênio (um metal pouco abundante, encontrado normalmente em minas de platina) permite obter hidrogênio do álcool a partir de temperaturas de 65ºC a 95ºC, consideradas relativamente baixas, e à pressão atmosférica normal. Processos anteriores só permitiam que o gás fosse extraído do metanol a temperaturas de 200°C e a pres sões de 25 a 50 vezes superiores à da atmosfera. Os pesquisadores da Universidade de Rostock, na Alemanha, apontam que o metanol, na forma líquida, pode ser facilmente transportado e armazenado, ao contrário do hidrogênio, um gás difícil de ser guardado. O metanol poderia ser usado no tanque de automóveis, por exemplo, onde uma reação química com o catalisador produziria hidrogênio - que serviria como combustível. No processo, o metanol produziria três partes de hidrogênio e uma parte de gás carbônico, que poderia ser "aprisionado" para evitar a liberação na atmosfera e posteriormente reciclado. O hidrogênio, ao ser queimado como combustível, produz grande quantidade de energia e libera vapor de água como resíduo, segundo os pesquisadores. "É difícil estimar quanta energia vai restar no hidrogênio [quando for feita a catalisação]. O projeto ainda está em estágio inicial, a anos de distância de ser produzido em larga escala", disse o engenheiro químico Matthias Beller, um dos autores da pesquisa, à revista "Nature".

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"Mas nós pensamos que [o estudo] pode ser útil para transformar o metanol em uma fonte intermediária de energia viável, com potencial para liberar hidrogênio que gere eletricidade para alimentar baterias de celulares, computadores e até carros", ressaltou o engenheiro. Para o pesquisador Edman Tsang, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, a pesquisa é atraente devido à temperatura relativamente baixa em que ocorre a reação química de catalisação. "É uma descoberta importante", disse ele à "Nature". Fonte: G1 > Natureza(http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/03/catalisador-pode-viabilizar-hidrogenio-como-combustivel-limpo-diz-estudo.html)

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04/03/2013 Biogás que vem dos aterros pode gerar eletricidade para 1,5 mi de pessoas

Gás que se forma no aterro sanitário do Lixão da Cidade Estrutural , em Brasília

Foto: Elza Fiúza/ABr(http://agenciabrasil.ebc.com.br/galeria/2008-06-12/12-de-junho-de-2008?foto=1400ef092)

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/marco/biogas-que-vem-dos-aterros-pode-gerar-eletricidade/images/gas-t.jpg A equação seu lixo + destinação em aterro sanitário + conversão do metano em biogás pode ser = a eletricidade para 1,5 milhão de pessoas. A conta está presente no Atlas Brasileiro de Emissões de GEE e Potencial Energético na Destinação de Resíduos Sólidos, estudo realizado pela Abrelpe (Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), lançado na quinta-feira, 28 de fevereiro. São 280 megawatts (MW) que podem ser produzidos a partir do aproveitamento do biogás(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2011/novembro/ecod-basico-gases-de-efeito-estufa-gee), o metano obtido através da decomposição do lixo. Este gás de efeito estufa, aliás, é um dos mais nocivos ao meio ambiente, segundo os especialistas, por ter poder de destruição 21 vezes maior ao do dióxido de carbono (CO2), que é mais abundante. Mas para que esse potencial se transforme efetivamente em energia, ainda é necessário um investimento de quase R$ 1 bilhão, segundo o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho. A estimativa foi feita com base no custo de US$ 5 milhões (R$ 9,87 milhões) para instalação de uma planta média, com capacidade de geração de 3MW. São 62 milhões de toneladas ao ano, das quais 11% não chegam sequer a ser coletadas, e outros 41% (75 mil toneladas diárias) ainda têm destinação inadequada. "Um dos objetivos desse atlas é estimular que os negócios do setor sejam desenvolvidos. A ideia é incentivar tanto o investidor a implantar e operar a geração de energia, como também incentivar os órgãos de governo a estimular essa energia a partir do lixo, como foram estimuladas outras fontes de energia, como a eólica", exemplificou Dias Filho ao Estadão(http://www.ae.com.br/?1=1). Destinação inadequada O estudo, realizado com apoio da EPA (Environmental Protection Agency, a agência ambiental dos Estados Unidos) e da Global Methane Initiative, mostra o potencial de aproveitamento do lixo no Brasil, que em 2011 gerou 198 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia. São 62 milhões de toneladas ao ano, das quais 11% não chegam sequer a ser coletadas, e outros 41% (75 mil toneladas diárias) ainda têm destinação inadequada, indo parar em lixões ou aterros sem condições seguras de proteção ao meio ambiente. Biogás como alternativa

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A Abrelpe mapeou todos os 46 projetos brasileiros de redução de emissões de GEE com registro na ONU, por meio do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (estabelecido pelo Protocolo de Kyoto) e constatou que 22 deles preveem o aproveitamento energético do biogás. Desse total, apenas dois aterros de São Paulo já produzem eletricidade: o São João, na zona leste da capital paulista, e o Bandeirantes, fechado em 2007, que chegou a receber metade de todo o lixo produzido na capital e possui 40 milhões de toneladas de lixo enterradas - o suficiente para fornecer energia elétrica para 300 mil pessoas. Lei dos resíduos sólidos O cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010 e prevista para entrar em vigor em agosto de 2014, trará uma revolução para o setor no país, na opinião do diretor executivo da Abrelpe e, se cumprida integralmente, poderia elevar para 500 MW a capacidade instalada em 2039. No entanto, o cumprimento da PNRS esbarrará em um problema: 91% dos municípios brasileiros não tinham planos para a destinação correta de resíduos sólidos em 2012, 1.607 ainda depositavam todo o lixo recolhido em lixões e 2.358 não tinham nenhuma inciativa de coleta seletiva. "Até agosto, 100% das cidades brasileiras vão ter que dar uma destinação aos resíduos sólidos, o que gera uma gasto. Os municípios não terão como resolver isso sozinhos e terão que se unir para buscar uma solução. O que não pode é, quando chegar esta data, pôr um cadeado no lixão, prender o prefeito e achar que o problema está resolvido", ressaltou Silva Filho à Agência Brasil. Para ele, o objetivo da publicação é incentivar o engajamento da sociedade no tratamento dos resíduos e no seu uso para gerar energia. O país tem mais 23 projetos que queimam o biogás sem gerar energia, o que reduz em 21 vezes seu potencial poluente, e o Aterro de Gramacho, que é o único do Brasil que vende o biogás, para a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc). De um total de 46 projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo, que incluem os que geram energia e os que não geram, 33 ficam na Região Sudeste, sete no Nordeste, quatro no Sul e dois no Norte. A Região Centro-Oeste é a única que não tem nenhum. EcoDesenvolvimento.org - Tudo Sobre Sustentabilidade em um só Lugar(http://www.ecodesenvolvimento.org.br/). Fonte: iBahia > Notícias > Sustentabilidade(http://www.ibahia.com/detalhe/noticia/biogas-que-vem-dos-aterros-pode-gerar-eletricidade-para-15-mi-de-pessoas/?cHash=b7de32e904804972c6721eab093ecaf2)

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04/03/2013 Brasil responde por 2% da emissão global de gás met ano Aterros sanitários são a terceira fonte antrópica que mais gera esse tipo de gás, com 13% por Redação Bem Paraná com Assessoria Combustível valioso por possuir um alto teor calorífico, o gás metano (CH4) tem um potencial de aquecimento global 25 vezes maior que o dióxido de carbono (CO2). Por conta disso, tem crescido o número de projetos que visam recuperar o metano, em especial para geração de energia elétrica. Durante seminário promovido pela ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais no Rio de Janeiro, para lançar o Atlas Brasileiro de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e Potencial Energético na Destinação de Resíduos Sólidos, Christopher Godlove, coordenador de projetos da Environmental Protection Agency (EPA), destacou que o Brasil é responsável pela geração de 2% do gás metano emitido no planeta. No entanto, os maiores geradores são os Estados Unidos, com 26%, e a China, com 11%. “Os aterros sanitários são a terceira maior fonte de emissão de metano”, acrescentou. Ainda segundo o especialista da EPA, há mais de 1.100 projetos de aproveitamento de biogás de aterro sanitário no mundo, sendo que pelo menos 600 estão nos Estados Unidos. Dessas iniciativas americanas, mais de 250 visam a geração de energia elétrica, totalizando uma capacidade instalada de 1.100 MW. “Os projetos têm porte médio de 4 MW, mas podem variar de 500 kW a 40 MW”, afirmou Sandra Mazo-nix, consultora da SCS Engineers, que atua como parceira da EPA no Global Methane Initiative (GMI), grupo que conta com a adesão de mais de 70 países, incluindo o Brasil. Godlove salientou que, para que sejam viáveis economicamente, os projetos de recuperação de biogás contam nos Estados Unidos com mecanismos de incentivo fiscal, como o PTC (Production Tax Credit), pelo qual o governo federal concede incentivo de US$ 0,10 por kWh. “Outros pontos que devem ser considerados para se avaliar a viabilidade de um projeto dessa natureza são a proximidade do gride, o preço da energia no mercado, as condições regulatórias e os possíveis compradores”, salientou Alfredo Nicastro, VP da MGM Innova, consultoria que desenvolveu o Atlas em conjunto com a ABRELPE. Para o diretor executivo da entidade, Carlos Silva Filho, o governo brasileiro precisa criar programas que estimulem novas fontes de energia renovável. “Além disso, é importante que a redução de tarifas de distribuição e transmissão seja estendida a projetos com potência superior a 30 MW”, ponderou, ao enfatizar que, em razão desses fatores, a energia gerada a partir do biogás não é competitiva se comparada à eólica e à solar. “Um de nossos objetivos ao desenvolver o Atlas é justamente municiar o governo de dados, de forma que possam avaliar possíveis incentivos para a geração de energia pelo setor de resíduos sólidos”, concluiu Silva Filho. Fonte: bem paraná > Notícias > Ciência & Meio Ambiente(http://www.bemparana.com.br/noticia/249173/brasil-responde-por-2-da-emissao-global-de-gas-metano)

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06/03/2013 Aterros podem gerar energia por Leandro Isola

Fonte: http://mundoconectado.net/wp-content/uploads/2013/03/aterro.jpg

O lixo é algo inevitável, mas agora estão sendo consideradas possibilidades para uso do lixo para geração de energia, que pode beneficiar 1,5 milhão de pessoas. Os aterros sanitários brasileiros possuem um potencial energético de 280 megawatts (MW) que podem ser produzidos a partir do aproveitamento do biogás, o metano obtido por meio da decomposição do lixo. A conclusão é do “Atlas Brasileiro de Emissões de GEE (gases de efeito estufa) e Potencial Energético na Destinação de Resíduos Sólidos”, um estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) Mas para que esse potencial se transforme efetivamente em energia, ainda é necessário um investimento de quase R$ 1 bilhão, segundo o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho. Destinação inadequada O estudo, realizado com apoio da EPA (Environmental Protection Agency, a agência ambiental dos Estados Unidos) e da Global Methane Initiative, mostra o potencial de aproveitamento do lixo no Brasil, que em 2011 gerou 198 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia. São 62 milhões de toneladas ao ano, das quais 11% não chegam sequer a ser coletadas, e outros 41% (75 mil toneladas diárias) ainda têm destinação inadequada, indo parar em lixões ou aterros sem condições seguras de proteção ao meio ambiente. Gramacho O aterro de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, teve suas atividades encerradas em junho do ano passado, às vésperas da Rio + 20, a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável. Gramacho já hospeda uma empresa privada que investiu mais de R$ 250 milhões no local para poder explorar a energia do lixo, ou seja, o biogás resultante do mesmo processo de decomposição da matéria orgânica do lixo que resulta no aparecimento do chorume. Por contrato, a empresa se comprometeu a fornecer para a Refinaria Duque de Caxias (da Petrobras) 70 milhões de m³ de biogás por dia pelos próximos 15 anos. Esse volume de gás, que seria suficiente para

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abastecer todas as residências e todos os estabelecimentos comerciais do Estado do Rio, vai suprir 10% da demanda energética da Reduc. O biogás será retirado com a ajuda de 300 poços (260 já foram instalados), que bombearão o combustível até uma estação de tratamento construída no próprio aterro. Ali, o gás será limpo, seco e bombeado através de um gasoduto de 6 km de extensão até a refinaria (pelo menos 1,2 km de tubulações passarão debaixo de áreas de mangue e rios). A operação será iniciada ainda neste primeiro semestre. Veja o processo:

Fonte: http://mundoconectado.net/wp-content/uploads/2013/03/uso-de-biogas.jpg

Lei dos resíduos sólidos O cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010 e prevista para entrar em vigor em agosto de 2014, trará uma revolução para o setor no país, na opinião do diretor executivo da Abrelpe e, se cumprida integralmente, poderia elevar para 500 MW a capacidade instalada em 2039. No entanto, o cumprimento da PNRS esbarrará em um problema: 91% dos municípios brasileiros não tinham planos para a destinação correta de resíduos sólidos em 2012, 1.607 ainda depositavam todo o lixo recolhido em lixões e 2.358 não tinham nenhuma inciativa de coleta seletiva. Fonte: Mundo Conectado > Notícias(http://mundoconectado.net/noticias/tiverde/aterros-podem-gerar-energia/)

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11/03/2013 Evolução do mercado de carbono Existem hoje 5.547 projetos em MDL registrados no Conselho Executivo da ONU, que geram anualmente 744 milhões de créditos de carbono(http://www.ambienteenergia.com.br/index.php/tag/carbono). A China permanece na liderança de projetos registrados, com 2.939, seguida da Índia (1.013) e do Brasil (234), segundo dados do UNEP Risoe Centre(http://www.ambienteenergia.com.br/index.php/tag/unep-risoe-centre), divulgados em janeiro. China, Índia, Brasil, Vietnã e México somam 81,6% dos projetos de MDL registrados, gerando cerca de 617 milhões de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs) ao ano. A China se destaca ao responder por 65,6% das RCEs. Os projetos de MDL são desenvolvidos de acordo com as metodologias aprovadas pelo Conselho Executivo. A maior parte das atividades dos projetos registrados do Brasil está no setor energético (122). O país apresenta também 91 projetos de redução de gás metano, subdivididos em emissões de metano evitadas (56), captura de CO2 (1), aterro sanitário (32) e emissões fugitivas (2). Estão situados na Região Sudeste 45,4% dos projetos de MDL brasileiros, sendo São Paulo o estado com participação mais expressiva. Acesse o Boletim Escritório do Carbono N° 36 (https://www.matrizlimpa.com.br/index.php/03/boletim-escritorio-carbono-n-36/4492) Conteúdos Relacionados: Em busca de créditos de carbono(http://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2012/10/em-busca-de-creditos-de-carbono/21057) Eletrobras dá início a processo na ONU que pode reduzir tarifas de energia. Empresa quer créditos de carbono para 32 empreendimentos incluídos no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa)... Matriz energética: evolução das renováveis(http://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2012/06/matriz-energetica-evolucao-das-renovaveis/19891) EPE publica cartilha “Brasil: Renováveis para o Desenvolvimento”, que apresenta as vantagens competitivas do país no setor energético a partir do alto percentual de fontes renováveis... Gestão de carbono ganha publicação(http://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2013/02/gestao-de-carbono-ganha-publicacao/22070) Projeto do CEBDs promoveu, ao longo de 2012, a capacitação de 32 fornecedores da Vale, Votorantim, Banco do Brasil e Itaú para elaboração de inventários de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) ... Fonte: Ambiente Energia > Economia Verde > Notícias(http://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2013/03/evolucao-do-mercado-de-carbono/22233)

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11/03/2013 Projetos de produção de biogás no Brasil começam a liderar por André Trigueiro*

Usinaverde, instalada na cidade do Rio de Janeiro.

Foto: Divulgação/Planeta Sustentável Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/03/Usina.jpg

Biogás seria suficiente para abastecer município do Rio de Janeiro. Existem hoje, no mundo, 1.483 usinas de biogás. Em boa parte do mundo, o problema do lixo se transformou em solução energética. Existem hoje 1.483 usinas térmicas que queimam resíduos para produzir energia. O Japão lidera o ranking com 800 oitocentas usinas, seguido do bloco europeu (452), China (100), e Estados Unidos (86). No Brasil, há apenas um protótipo com tecnologia 100% nacional operando no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão. É a Usina Verde. A plena carga, uma usina como essa é capaz de produzir energia suficiente para abastecer 15 mil residências, mas o custo ainda é elevado. Só o protótipo ficou em aproximadamente R$ 50 milhões. Mais do que produzir energia, o grande beneficio da Usina Verde é transformar lixo em cinzas. Para cada tonelada de resíduo que entra no forno, saem 120 kg de material carbonizado. É menos volume e menos peso. “Essas cinzas podem ser aproveitadas em calçamento ou base asfáltica para pavimentação de cidades, ou pode ir para aterros, ocupando 12% da área que seria ocupada normalmente com todos os resíduos sendo destinados”, diz Mário Amato Neto, presidente da Usina Verde. A outra forma de produzir energia a partir do lixo já começa a ganhar escala no Brasil. É o biogás. A parte orgânica do lixo, que é aquela composta principalmente de restos de comida, podas de árvore ou qualquer resíduo de origem animal ou vegetal, leva aproximadamente seis meses para se decompor e virar gás metano, um gás de efeito estufa, de fácil combustão. São Paulo foi a primeira cidade do Brasil a aproveitar o biogás como fonte de energia. Vinte e quatro geradores de alta potência queimam todo o gás do lixo. As máquinas transformam o biogás do aterro em energia elétrica suficiente para abastecer 35 mil domicílios da cidade de São Paulo. São dois aterros: juntos, o Bandeirantes e o São João respondem por mais de 2% de toda a energia elétrica consumida na maior cidade do país. A queima do biogás ainda gera receitas extras para o município. São os créditos de carbono.

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Até junho do ano passado, era o maior aterro de lixo da América Latina. A partir deste ano, Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, passará a ser o único fornecedor de biogás do mundo para uma refinaria de petróleo (leia mais). É um negócio sem precedentes, que dará um destino mais nobre e lucrativo para milhões de metros cúbicos de gás. “Estamos estimando que isso vai gerar 70 milhões de m³ de metano quase que puros, que vão ser fornecidos à Reduc após processamento”, afirma Eduardo Levenhagen, diretor da Novo Gramacho e da Gás Verde. Até julho, o gás de lixo já estará sendo bombeado até a refinaria Para isso, foram instalados 300 pontos de captação. Do aterro, o biogás será levado até uma estação de tratamento para a retirada de impurezas. Dali, seguirá por um gasoduto de seis quilômetros de extensão até a refinaria Duque de Caxias. O volume de biogás bombeado a cada dia para a Reduc vai equivaler a 10% de todo o consumo da refinaria. Em um país que gera 182.728 toneladas de lixo por dia, dá para imaginar o que isso significa em termos de energia? Pelas contas do Ministério do Meio Ambiente, considerando os 56 maiores aterros do país, a estimativa é que o biogás acumulado seria suficiente para abastecer de energia elétrica uma população equivalente à do município do Rio de Janeiro. O cenário para 2020 aponta uma produção ainda maior de energia, suficiente para abastecer 8,8 milhões de pessoas, a população de Pernambuco. Nesta quinta-feira (28), a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública divulgou que a produção nos 22 aterros onde a captação de biogás é uma realidade já é suficiente para abastecer de energia 1,67 milhão de pessoas. Especialistas garantem que o biogás pode ser um bom negócio. “Pode ser rentável, mas tem que ser feito com muita cautela. O governo tem que fazer a parte dele também, investir em incentivos”, diz Cintia Philippi Salles, gerente de gestão e sustentabilidade da Arcadis Logos. Tanto o lixo urbano quanto os resíduos agrícolas têm potencial para turbinar a matriz energética brasileira. Para um país que tem fome de energia, não dá mais para abrir mão do que ainda insistimos em chamar de lixo. * Publicado originalmente no site Mundo Sustentável(http://www.mundosustentavel.com.br/2013/03/projetos-de-producao-de-biogas-no-brasil-comecam-a-liderar/). Fonte: Mundo Sustentável/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/projetos-de-producao-de-biogas-no-brasil-comecam-a-liderar/)

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11/03/2013 Finlândia inaugura maior usina de biogás do mundo Refinaria usará restos do corte das árvores para produzir gás combustível. Indústria vai ter capacidade de produzir 140 megawatts, diz agência. do G1, em São Paulo

Usina de biogás construída na Finlândia, com 140 megawatts de potência

Foto: Divulgação/Metso Fonte: http://s2.glbimg.com/vsJt7bRXihmIr8RT6XGAQUEERcraoJERqdG-s1GEJvpIoz-

HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/03/11/refinaria1.jpg A Finlândia inaugurou nesta segunda-feira (11) a maior usina de biogás do planeta, na região de Vaasa, na costa ocidental do país. Com 140 megawatts de potência, a indústria vai ter a maior produção de gás combustível originário de biomassa do mundo. A central foi montada ao lado de uma usina de carvão já existente, segundo a agência de notícias AFP. A nova refinaria "vai aumentar o uso de energias renováveis e reduzir o uso do carvão, ao mesmo tempo em que vai melhorar a balança comercial do país", afirmou o ministro do Trabalho, Lauri Ihalainen, em um comunicado enviado. A nova usina, administrada pela empresa Vaskiluodon Voima, da Finlândia, vai utilizar como combustível a biomassa procedente principalmente dos restos do corte de árvores, pois a indústria madeireira é uma das principais atividades econômicas do país. "A construção da usina de biogás é um passo importante na missão da empresa de utilizar combustíveis limpos para produzir eletricidade", afirmou Rami Vuola, diretor da Vaskiluodon Voima. Fonte: G1 > Natureza(http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/03/finlandia-inaugura-maior-usina-de-producao-de-biogas-do-mundo.html)

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12/03/2013 SP não atinge meta de emissões de gás de efeito est ufa, aponta inventário por Agência Brasil(http://www.agenciabrasil.ebc.com.br/) São Paulo – A meta de reduzir 30% das emissões de gás de efeito estufa na capital paulista entre 2003 e 2012, conforme determina a Lei 14.933 de 1999, não foi cumprida pelo município. O Inventário Municipal de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa (GEE), apresentado hoje (12) pela prefeitura, mostra que, além de não alcançar o objetivo, a cidade aumentou a emissão de gás em 2010 e 2011. Foram 16 mil gigagramas de gás carbônico equivalente (Gg CO2e) a mais, o que equivale a um ano de emissões. No último inventário, divulgado em 2005, mas que analisa dados referentes a 2003, as emissões somavam 15.738 Gg CO2e. De 2009 para 2010, o total de emissão de gases saltou de 15.115 para 16.087 Gg CO2e. Em 2011, o número chegou a 16.430 Gg CO2e.

São Paulo não conseguiu reduzir em 30% as emissões de gás de efeito de estufa de 2003 a 2012

Fonte: http://www.jb.com.br/media/fotos/2013/03/12/627w/sao-paulo-nao-conseguiu-reduzir-em-30-as-emissoes-de-gas-de-efeito-de-es.jpg

"Não é aquilo que a gente esperava, apesar de todo o esforço que se está fazendo. É importante deixar claro que a cidade de São Paulo não tem o controle sobre a maioria dessas emissões. A gente tem uma lei muito boa, mas todo esse controle, quase nenhum é nosso. É um início e, apesar de termos um aumento, mostra que a cidade está no caminho certo, que está preocupada com a questão", avaliou o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Ricardo Teixeira. O relatório mostra que a grande maioria dos gases (81,9%) são gerados pela queima de combustível e pelo gases que escapam da rede de gás natural. Esses itens compõem a categoria 'energia' do inventário. Cerca de 60% do item queima de combustível, por sua vez, está relacionada ao sistema de transporte. Para o secretário, esses dados reforçam a importância de aperfeiçoamentos da lei de inspeção veicular que está em discussão no município. "Você percebe que o foco principal é energético. Você tem que ter uma conscientização da população para mudar esse modelo. A inspeção veicular, que está engatinhando no Brasil, tem que ser aperfeiçoada e ser mais rigorosa. É um erro, por exemplo, só a capital fazer e a região metropolitana não", apontou.

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O segundo setor que mais contribui para a emissão de gases de efeito estufa, com 15,6%, é o de 'resíduos', que inclui efluentes líquidos (esgoto doméstico e efluentes industriais) e sólidos (disposição em aterros, compostagem e incineração). Os aterros são destaque nessa categoria, pois representam 14% das emissões. Os gases de efeito estufa relacionados aos setores de energia e resíduos, portanto, somam quase 100% das emissões de São Paulo. "Não era muito claro até agora o perfil dessas emissões. Achava-se que era o sistema de transporte, mas não havia uma métrica que fazia essa avaliação. Agora tem. Agora é mais fácil de atacar setores específicos. Se eu trabalhar com transporte e resíduos, vamos ter altos ganhos no resultado. Temos uma ferramenta para orientação de política". As demais categorias, que são processos industriais (2,4%) e uso da terra (0,1%), têm pequena parcela de contribuição. Na comparação com Nova Iorque (EUA), São Paulo, apesar de emitir menos gases, tem uma proporção em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) maior: são gerados mais poluentes para produzir a mesma riqueza. Na cidade americana, a relação é de 20 toneladas de gás carbônico equivalente (t CO2e) por real. Na cidade brasileira, a proporção é de 39 t CO2e/R$. Vilela acredita que para possibilitar avaliações mais criteriosas sobre os efeitos dos gases, o período de produção do inventário, que hoje é de cinco anos, deveria ser encurtado. "Fazendo a aferição ano a ano, você avalia quais são os impactos das políticas públicas para as emissões de gás de efeito estufa e dá para estender isso também para a poluição, porque ela impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas", declarou. Fonte: Jornal do Brasil > Notícias > País(http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/03/12/sp-nao-atinge-meta-de-emissoes-de-gas-de-efeito-estufa-aponta-inventario/)

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12/03/2013 Japão consegue pela primeira vez extrair gás a part ir de hidrato de metano por AFP(mailto:[email protected]) - Agence France-Presse Cientistas japoneses conseguiram nesta terça-feira pela primeira vez extrair do fundo do mar gás a partir de hidrato de metano, uma fonte de energia que poderia salvar o Japão da deficiência energética. Após vários anos de preparativos, o primeiro teste começou durante a manhã, informou o ministro da Indústria do Japão, Toshimitsu Motegi. "Pretendemos consolidar as tecnologias para explorá-las comercialmente", explicou. "Conseguimos produzir um pouco de gás esta manhã, quatro horas depois do início do teste", afirmou uma fonte do ministério. O objetivo é alcançar uma extração estável durante duas semanas. Motegi manifestou satisfação, pois tecnicamente a produção de gás a partir de hidrato de metano é mais complexa que a de gás de xisto, considerado por alguns como um recurso revolucionário. O teste da extração, coordenado pela empresa estatal japonesa de Petróleo, Gás e Metais (JOGMEC) e pelo Instituto de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão, aconteceu na costa do município de Aichi. O experimento, realizado a 330 metros debaixo da terra (1.000 metros de profundidade marinha), consiste em provocar uma queda da pressão para recuperar o gás, preso na água de forma cristalina. O fundo do mar do arquipélago nipônico contém grandes quantidades deste recurso. "O Japão está cercado (por este gás), mas, por exemplo, é encontrada pouca quantidade nas costas do leste da África. Isto se explica porque os hidratos de metano se encontram presentes sobretudo em lugares fortemente sísmicos", explicou Chiharu Aoyama, especialista em recursos energéticos. Segundo algumas estimativas, o Japão teria quantidades equivalentes a um século de consumo energético. Atualmente, o país depende da produção estrangeira, pois importa 95% da energia que consome. Além disso, o consumo de gás no Japão aumentou nos últimos dois anos, desde que a grande maioria dos 50 reatores nucleares do país foram paralisados após o acidente nuclear de Fukushima em 2011. O atual governo considera a situação como algo economicamente insustentável e propõe retomar a operação dos reatores atômicos considerados seguros. "Desejo que chegue rapidamente o dia em que o Japão possa utilizar seus recursos naturais e consiga superar um a um todos os obstáculos", declarou Motegi. Os hidratos de metano foram descobertos há dois séculos, mas até agora nenhum país havia conseguido extraí-lo pela dificuldade técnica e pelo alto custo da perfuração de um poço no fundo do mar. Os avanços tecnológicos do Japão, o país mais avançado neste campo, são essenciais. O Estado nipônico criou em 2001 um consórcio para explorar os hidratos de metano. O projeto de pesquisa, que deve prosseguir até 2019, prevê um segundo teste de extração entre 2014 e 2015. Este tipo de gás é teoricamente adequado para o transporte de longas distâncias e, eventualmente, poderia competir com o gás natural liquefeito (GNL) ou o gás de xisto. Uma das principais vantagens é que a temperatura e a pressão necessárias para sua estabilização são menos estritas que as do GNL.

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Fonte: Jornal o Estado de Minas > Notícias > Internacional(http://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2013/03/12/interna_internacional,356336/japao-consegue-pela-primeira-vez-extrair-gas-a-partir-de-hidrato-de-metano.shtml)

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13/03/2013 O etanol de segunda geração está próximo? por Vanessa Barbosa(http://info.abril.com.br/autores/vanessa-barbosa/), da EXAME.com(http://exame.com.br/)

Custo da enzima para produzir um litro de etanol celulósico caiu 72% entre 2008 e 2012

Foto: Arquivo Fonte: http://info.abril.com.br/images/materias/2013/03/etanol-20130313131748.jpg

São Paulo – O tão aguardado etanol celulósico, também conhecido como etanol de segunda geração (EG2), pode deixar de ser uma perspectiva e se tornar em breve uma tecnologia disponível a preço competitivo. Um novo estudo feito pela Bloomberg New Energy Finance sugere que o preço do álcool produzido a partir de resíduos agrícolas, como o bagaço, palhas e outros tipos de biomassa, tem chances de se tornar mais competitivo em relação às fontes convencionais de bicombustível já a partir de 2016. A pesquisa coletou dados e previsões de custos de produção junto a 11 grupos empresariais que estão liderando a indústria de etanol celulósico no mundo. Segundo a análise, em 2012, o custo da produção de EG2 foi de US$0,94 (R$ 1,84) por cada litro, cerca de 40% a mais que os US$ 0,67 (R$1,31) gastos na produção da mesma quantidade de etanol de milho, fonte que domina o mercado de biocombustível nos Estados Unidos, competindo diretamente com a gasolina. Os maiores elementos de custo para os produtores de etanol celulósico, em 2012, foram as despesas com matéria-prima e enzimas. Todas as empresas que estão à frente no desenvolvimento usam uma mesma técnica, chamada de hidrólise enzimática, para quebrar e converter a celulose da matéria residual, e também a etapa de fermentação que dá origem ao etanol. Em contrapartida, os custos operacionais do processo caíram significativamente desde 2008, devido aos avanços da tecnologia. Para se ter uma ideia, o custo da enzima para produzir um litro de EG2 caiu 72% entre 2008 e 2012.

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Indústria em amadurecimento – A melhoria nos custos operacionais das plantas de etanol celulósico promete virar os holofotes diretamente para os custos de capital. “Os desenvolvedores terão de encontrar formas de reduzir o investimento inicial na planta, e reduzir o risco para atrair financiamento mais barato” avalia Harry Boyle, principal analista do setor da Bloomberg New Energy Finance. “Esperamos ver, portanto, uma mudança de foco ao longo dos próximos cinco a 10 anos, de melhorias tecnológicas para o planejamento logístico, que por sua vez sugere que a indústria está amadurecendo". De acordo com o estudo, existem 14 projetos-piloto de hidrólise enzimática em curso no mundo; nove empresas em estágio de demonstração, e 10 plantas de escala semi-comercial em implantação ou previstas para breve. A Bloomberg New Energy Finance define como instalação semi-comercial uma planta com capacidade de produzir 90 milhões litros por ano, o que requer um desembolso inicial de aproximadamente US$ 290 milhões (cerca de R$ 567 milhões). Cinco das instalações semi-comerciais estão localizadas nos EUA. Devido à economia de escala e redução do preço de instalação das plantas nos próximos anos, a expectativa é que o investimento inicial por litro instalado deverá cair dos atuais US$ 3 para US$ 2 em 2016. Uma mudança com poder de acelerar a revolução do etanol de segunda geração. EG2 no Brasil - Em um momento em que a expansão da área agrícola para produção de bicombustível está em xeque no Brasil, o etanol celulósico apresenta-se como um uma fonte promissora. Calcula-se que essa tecnologia pode aumentar em 50% da produção de álcool nacional apenas usando o bagaço da cana-de-açúcar, sem necessidade de expandir a área de plantação. De olho nesse mercado, o setor sucrooenergético já começa a se mexer. A primeira usina de porte comercial no país está sendo construída em Alagoas, e deve entrar em operação no início de 2014. Responsável pelo projeto, a empresa de biotecnologia GraalBio recebeu em janeiro deste ano um aporte de 600 milhões de reais do BNDESpar. Outras empresas que também estão acelerando projetos na área são a Raízen, Odebrecht Agroindustrial e Usina São Manoel, que tem parceria com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Fonte: Info EXAME > Notícias > Tecnologias Verdes(http://info.abril.com.br/noticias/tecnologias-verdes/o-etanol-de-segunda-geracao-esta-proximo-13032013-20.shl)

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14/03/2013 FAO destaca o potencial das iniciativas de carbono do uso da terra por Fernanda B. Müller, do CarbonoBrasil

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/03/grafico11.jpg

Novo relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação faz um balanço dos projetos de carbono voltados para agricultura e florestas, e aponta as barreiras para seu avanço. As emissões de gases do efeito estufa (GEEs) do setor de Agricultura, Florestas e Outros Usos da Terra (AFOLU) equivalem a cerca de 30% do total mundial liberado pelas atividades humanas, segundo o relatório de 2007 do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. A agricultura é responsável por cerca de 60% das emissões de óxido nitroso e 50% do metano, sendo que o dióxido de carbono é liberado principalmente pelo desmatamento e mudanças no uso da terra. Estes setores, defende a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), oferecem um potencial de mitigação das emissões enorme. A agricultura poderia cortar suas emissões entre 5,5 e 6 gigatoneladas de CO2 equivalente (Gt de CO2e) anualmente, enquanto as atividades florestais poderiam mitigar 5,4Gt de CO2e ao ano. Porém, até agora o envolvimento destas atividades tem sido pequeno na maior parte dos mercados regulados de carbono, como no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), conclui a edição atualizada de um relatório lançado pela FAO em 2010. “Dado que esquemas de mitigação através de AFOLU bem sucedidos também oferecem benefícios ambientais e ao desenvolvimento, vale a pena explorar as limitações atuais para o seu desenvolvimento”, coloca a FAO. Nesta segunda análise do banco de dados de projetos de mitigação de GEEs na Agricultura, Florestas e Outros Usos da Terra, mais 78 novas iniciativas foram identificadas além das 497 já englobadas na primeira publicação. Um dos principais comentários do relatório foca nas brechas emergentes na agenda climática mundial em relação aos projetos de AFOLU em países em desenvolvimento. A atualização do banco de dados nota diferenças, mas também confirma tendências já identificadas, por exemplo, no fato de que os mercados regulados continuam a dominar o cenário do carbono e que os projetos voluntários ainda têm uma pequena contribuição. “Os projetos sob o MDL ainda constituem o maior número de iniciativas AFOLU (40% delas), sendo que a maioria são projetos de tratamento de dejetos, e em menor escala (0,8% de todos os projetos de MDL), aflorestamento/reflorestamento”, coloca o relatório, lembrando que o esquema não considera o potencial do sequestro de carbono no manejo da terra, nem de sistemas de agroflorestas e do REDD.

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Apesar de não estar mais em operação, a Bolsa do Clima de Chicago (CCX) tem o segundo maior número de projetos (25%). O terceiro esquema que mais envolve estes projetos é a Aliança Clima, Comunidade e Biodiversidade (CCBA, em inglês), englobando 6% deles – grande parte na América Latina -, seguido do Climate Action Reserve (CAR).

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/03/grafico21.jpg

A distribuição regional dos projetos continua similar, com a América Latina encabeçando a lista – com 28 novos projetos entre 2010 e 2011 -, seguida da América do Norte (17) e África (16). No geral, o número de projetos AFOLU está crescendo, apesar de não tão rapidamente como nos anos anteriores a 2010. Isto é atribuído às incertezas sobre o estado dos mercados internacionais de carbono após 2012. Em 2010 e 2011, principalmente projetos de MDL e do Verified Carbon Standard (VCS) foram desenvolvidos no setor de AFOLU, apesar de o CCBA e Plan Vivo também terem registrado várias iniciativas novas. Grande parte dos projetos registrados no período era do setor florestal, com o manejo de dejetos caindo consideravelmente. Na América Latina e África, os projetos florestais apresentaram um aumento marcado em relação à primeira publicação. Em termos de corte nas emissões, as atividades florestais e, especificamente, de redução das emissões do desmatamento e degradação (REDD) apresentaram as maiores reduções médias anuais. O CCBA, com vários projetos grandes de REDD na Ásia e América Latina, contabiliza um montante extremamente alto de reduções anuais de emissão. Cinco projetos de REDD de enormes proporções, vários deles cobrindo florestas muito antigas e valiosas, são os responsáveis por grande parte das projeções de corte de emissão, entre eles o Projeto Juma, no Amazonas, com 589 mil hectares; Ulu Masen na Indonésia com 750 mil ha e April Salumei em Papua Nova Guiné com 521 mil ha. Desafios sociais A FAO nota que ainda restam muitas questões a serem resolvidas quando se trata de projetos de carbono em pequenas propriedades e que o bom relacionamento institucional entre os desenvolvedores do projeto e os agricultores é um fator de sucesso nas iniciativas que abordam a agricultura e o clima. Além disso, as experiências iniciais também mostram que a capacitação nacional e local para a mensuração, relato e verificação (MRV), além do desenvolvimento de projetos de carbono, e a parceria com investidores, também são fatores importantes para o sucesso das iniciativas. O desenvolvimento de metodologias para quantificação do carbono no solo para o mercado voluntário, novas ferramentas e métodos para a contabilização dos gases do efeito estufa em nível de paisagem e englobando toda a propriedade, e a capacitação em nível nacional foram identificados pela FAO como ações que poderiam dar suporte para o avanço dos projetos.

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O setor agrícola também precisa que trabalhos específicos sejam incentivados e apoiados nas negociações climáticas internacionais e que estratégias de baixo carbono sejam desenvolvidas em nível nacional, nota o relatório. “Para apoiar os projetos de carbono terrestre, uma abordagem integrada [em nível de] paisagem precisa ser considerada na elaboração das políticas”, conclui o relatório. Leia o relatório completo aqui(http://www.fao.org/docrep/017/i3176e/i3176e.pdf). * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/agricultura1/noticia=733399). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/fao-destaca-o-potencial-das-iniciativas-de-carbono-do-uso-da-terra/)

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14/03/2013 Produção de biogás a partir de dejetos de frangos d e corte O zootecnista Airon Magno Aires, especialista em energias renováveis com ênfase em biogás, defendeu sua tese de doutorado na Unesp de Jaboticabal sobre o tema ‘Desenvolvimento de um sistema para o pré-processamento da cama de frangos de corte destinada à biodigestão anaeróbia e compostagem ‘in-vessel’. Sob a orientação de Jorge de Lucas Junior, professor do Departamento de Engenharia Rural, foi desenvolvido um equipamento em escala industrial para a produção de biogás a partir de dejetos de frangos de corte (cama de frango), um protótipo de compostagem ‘in-vessel’ de carcaça de aves. Também foi realizado um estudo de viabilidade econômica, para instalação de uma unidade modelo, que está em fase final de aprovação financeira para iniciar ainda nesse semestre. Para Aires, atualmente existe uma preocupação muito grande com a escassez de energia elétrica, visto os desafios relacionados ao crescimento econômico e grandes eventos (Copa do Mundo 2014, Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016) que serão sediados nos próximos anos e vão exigir grandes picos de energia. “Nos últimos 15 anos o consumo de energia não renovável (óleo diesel e lenha) aumentou com a tecnificação e automação da produção avícola. Além disso, acompanhamos uma grande oscilação no valor da energia elétrica e do óleo diesel, resultado de políticas internas”, comenta o especialista. Aires explica que alternativas para geração de energia limpa estão sendo geradas no meio científico para o desenvolvimento de pilotos de equipamentos que auxiliem a geração de energia (biogás) a partir de dejetos de frangos de corte (cama de frango). Os equipamentos em escala industrial podem demonstrar resultados próximos aos que serão encontrados no campo, auxiliando o técnico no dimensionamento do biodigestor para o tratamento dos resíduos e geração de biogás, biofertilizante e adubo orgânico. O grande diferencial da compostagem ‘in-vessel’ é a fabricação de um protótipo 100% nacional, de um reator de compostagem ‘in-vessel’ que pode ser escalonado e utilizado para o tratamento de resíduos de qualquer gênero orgânico, em três diferentes formatos (cilíndrico, container e células fixas), sem precedentes de concorrência no Brasil. Esse tipo de reator vem sendo utilizado em alguns países como Alemanha, Itália, EUA e Canadá. O especialista esclarece que esta tecnologia possui uma gama de possibilidades para utilização, como estações de tratamento e aproveitamento energético de resíduos, dentre eles agroindústrias (incubatórios de aves, frigoríficos, abatedouros), agropecuários (resíduos de pescado, carcaça de aves e suínos), frações orgânicas de resíduos sólidos urbanos, resíduos de restaurantes, lodos de indústrias alimentícias. O produto gerado no processo é utilizado como adubo orgânico, para nutrição e estruturação física do solo, beneficiando a produção vegetal. Quanto à produção de biogás a partir de cama de frango, o diferencial do projeto é a utilização de um pré-processo para viabilizar a utilização de resíduos sólidos em biodigestores tipo tubular horizontal “plug flow” e resolver alguns problemas ocasionados pela falta de equalização da carga diária. “Os resultados da tese influenciam positivamente na viabilidade econômica de produções avícolas, por meio da sustentabilidade energética e ambiental da produção. Todos os equipamentos e processos utilizados não possuem precedentes, tornando-se assim inovadores para o meio científico e para o mercado nacional”, conclui Aires.

Fonte: Unesp Fonte: Avicultura Industrial (http://www.aviculturaindustrial.com.br/noticia/producao-de-biogas-a-partir-de-dejetos-de-frangos-de-corte/20130314083133_P_904)

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15/03/2013 Usina de biogás em Santa Catarina A Eletrosul, junto de outras seis importantes instituições do meio acadêmico e científico, irá implantar em Itapiranga, no Oeste de Santa Catarina, uma central de geração de energia de até 400 kilowatts (kW), que será abastecida pelo biogás produzido em 12 propriedades de criação de suínos. Com esse projeto, a empresa se propõe a aprofundar as pesquisas na área e contribuir para o avanço do aproveitamento energético da biomassa no País. Em dez das propriedades que farão parte do projeto já existem biodigestores para tratamento dos resíduos e produção de biogás, que foram instalados durante o Projeto Alto Uruguai, realizado pela Eletrosul e Eletrobras, na região de maior concentração de criação de suínos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nas outras duas propriedades, a implantação dos sistemas de biodigestão também será objeto de estudos, buscando mais eficiência no processamento dos resíduos para a obtenção de um biogás de qualidade sob o aspecto energético. Outra vertente da pesquisa identificará a melhor alternativa técnica de canalização do biogás das propriedades até a central geradora. A energia produzida será ligada à rede elétrica local. “Buscamos novas soluções, tanto para o processo de biodigestão como para o transporte de gás de baixa pressão, e apresentar alternativas economicamente viáveis e adequadas à realidade de pequenos agricultores”, explicou o gerente do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética da Eletrosul, Jorge Luis Alves. Estão previstos investimentos de R$ 9,8 milhões, durante os próximos três anos. A pesquisa envolverá cerca de 60 pesquisadores e técnicos da Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal de Santa Maria, Fundação Certi, Instituto de Tecnologia Aplicada Itaipu, Fundação de Pesquisa Tecnológica Itaipu e Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa). O projeto de pesquisa da Eletrosul está entre os selecionados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o Projeto de P&D Estratégico “Arranjos Técnicos e Comerciais para Inserção da Geração de Energia Elétrica a partir de Biogás oriundo de Resíduos e Efluentes Líquidos na Matriz Energética Brasileira”. A chamada foi lançada em julho de 2012. Fonte: Ambiente Energia (http://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2013/03/usina-de-biogas-em-santa-catarina/22274)

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16/03/2013 Reflorestamento da Mata Atlântica absorve 1,2 milhã o de toneladas de CO 2 do UOL, em São Paulo

Área de reflorestamento da Mata Atlântica em São Paulo

Foto: Apu Gomes/Folhapress Fonte: http://imguol.com/2013/03/15/07-10-2010-vista-de-mata-ciliar-em-area-de-nascente-na-zona-rural-

de-guaratingueta-no-vale-do-paraiba-em-sao-paulo-sp-o-loco-e-foco-de-atuacao-do-projeto-corredor-ecologico-do-vale-do-paraiba-cujo-1363392783764_615x300.jpg

O reflorestamento da Mata Atlântica foi responsável, nos últimos 11 anos, pela retirada da atmosfera de 1,2 milhão de toneladas de gás carbônico equivalente. São 23.354.266 árvores plantadas pelo projeto Clickárvore com a captura de 1,05 milhão de toneladas de CO2e e 3.842.426 árvores do Florestas do Futuro, que sequestraram 194, 23 mil toneladas de CO2e. Para se ter uma ideia, a cidade de São Paulo emitiu, em 2011, 16,430 milhões de toneladas CO2 equivalente. As diferenças de absorção de CO2 entre as áreas ocorrem devido a fatores diferentes, como espécie, clima e solo, que impactam o desenvolvimento das árvores em cada local avaliado. O estudo, realizado pelo Instituto Totum e pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, estima que cada árvore da Mata Atlântica absorve 163,14 kg de gás carbônico equivalente ao longo de seus primeiros 20 anos.

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A meta de reduzir 30% das emissões de gás de efeito estufa na capital paulista entre 2003 e 2012, conforme determina lei, não foi cumprida pelo município. Em 2011, o número chegou a 16,430 milhões de toneladas de CO2e. O relatório mostra que a grande maioria dos gases (81,9%) são gerados pela queima de combustível e pelo gases que escapam da rede de gás natural. Esses itens compõem a categoria "energia" do inventário. Cerca de 60% do item queima de combustível, por sua vez, está relacionada ao sistema de transporte.

Foto: Juca Varella/Folhapress Fonte: http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/album/2013/01/03/veja-os-destaques-de-meio-ambiente-

2013.htm#fotoNav=70 O gás carbônico em excesso no ar é prejudicial, sendo um dos responsáveis pelo aquecimento global, mas por outro lado, é matéria prima para a fotossíntese das árvores. Para fazer a estimativa, foi considerado um plantio médio de 1.667 plantas por hectare. A amostra abrangeu árvores de idades entre 3 a 11 anos, sendo projetada uma expectativa para a idade de 20 anos. Para assegurar a restauração de uma área degradada com essências nativas, o plantio deve seguir normas, como selecionar espécies adequadas para a região, averiguar a qualidade de sementes e de mudas, preparar o solo para o plantio e cuidar da manutenção da área. Se as normas forem seguidas, os reflorestamentos serão mais eficientes na remoção de gases do efeito estufa da atmosfera, com reconhecimento da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC). A análise de ambos os programas de reflorestamento avaliou oito plantios nas regiões de Penápolis, Valparaíso, Ibaté, Andradina, Salesópolis, Itatiba e Itu em São Paulo; e uma região no Estado do Rio de Janeiro, em Pinheiral. Foram medidas e identificadas 2.496 árvores, de 128 espécies, distribuídas da seguinte forma: 1.199 árvores, de 81 espécies, pelo programa Clickárvore, e 1.297 árvores, de 93 espécies, do Florestas do Futuro. Para o cálculo de biomassa e do carbono, o relatório considerou as árvores com Diâmetro à Altura do Peito (DAP) igual ou superior a 5 cm. Fonte: UOL Notícias > Meio Ambiente(http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2013/03/16/reflorestamento-da-mata-atlantica-absorveu-12-milhao-de-toneladas-de-co2.htm)

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18/03/2013 Uso de carros 'verdes' pode reduzir poluição nos EU A em 80% até 2050 Custo é alto, mas ter carro ecológico a longo prazo é benéfico, diz estudo. Uso dos veículos reduziria em 10% a contaminação causada no planeta. da AFP

Prius, veículo apontado no estudo como 'verde'

Foto: Louise Calandrino/G1 Fonte: http://s2.glbimg.com/J9Yjm8iRFMsFu7-

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Automóveis que usam combustíveis alternativos e ecologicamente corretos podem reduzir as emissões de gases-estufa nos Estados Unidos em cerca de 80% até 2050, caso sejam adotados para deslocamentos diários no país, afirma uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (18). O uso destes veículos reduziria em mais de 10% a contaminação que os EUA provocam na atmosfera mundial. Carros particulares e os pequenos caminhões são responsáveis por aproximadamente 17% das emissões de gases-estufa no país, afirma o estudo. A análise foi divulgada pelo Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA e pela Academia Nacional de Ciências (NAS, na sigla em inglês). Os veículos "verdes" custam mais caro do que os veículos tradicionais, fator que pode desestimular os consumidores. Mas os benefícios a longo prazo são maiores que os custos iniciais, aponta o relatório. O estudo prevê que futuros automóveis e pequenos caminhões vão ser capazes de circular por 42,5 quilômetros com um litro de combustível. Veículos com tecnologias mais eficientes - leves, com design aerodinâmico - poderiam combinar fontes de energia alternativas, como biocombustíveis, eletricidade e hidrogênio, reduzindo também o uso do petróleo em 80% até 2050, segundo o informe. Sem solução única Não há uma única solução prevista, mas entre os combustíveis incluídos estão o etanol e o biodiesel, que já são produzidos em grande escala. O gás natural foi descartado, pois suas emissões de gases-estufa são altas demais. O estudo também destacou "um potencial muito maior" nos combustíveis produzidos a partir de resíduos de madeira, palha de trigo e milho, conhecidos como combustíveis de biomassa lignocelulósica. "Este combustível é projetado para ser um substituto direto da gasolina e poderia levar a grandes reduções no uso do petróleo e nas emissões de gases de efeito estufa", afirmaram os cientistas, na pesquisa. O levantamento examinou os veículos elétricos híbridos, os veículos elétricos "de tomada" e os veículos elétricos a bateria que já estão no mercado, como o Toyota Prius e o Chevrolet Volt, assim como os veículos elétricos a pilha de hidrogênio, como o Mercedes F-Cell, cujo lançamento no mercado está previsto para 2014.

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Segundo a pesquisa da Academia Nacional de Ciências, durante ao menos uma década os preços dos veículos permanecerão altos, embora o combustível para fazê-los funcionar seja mais barato e mais ecológico. Ainda assim, o estudo disse que os benefícios para a sociedade em termos de economia de energia, redução no consumo de petróleo e diminuição das emissões-estufa seriam "muito maiores do que os custos projetados". As metas estabelecidas serão "difíceis mas não impossíveis de cumprir", desde que se orientem por fortes políticas públicas, afirma a pesquisa, financiada pelo setor de energias renováveis do Departamento de Energia dos EUA. Fonte: G1 > Natureza(http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/03/uso-de-carros-verdes-pode-reduzir-poluicao-nos-eua-em-80-ate-2050.html)

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18/03/2013 TERRAMÉRICA – Boom de energias renováveis por José Adán Silva*

Painéis solares da unidade fotovoltaica de La Trinidad, no departamento de Carazo, que fornecerá 1,38 megawatts à rede elétrica nicaraguense.

Foto: Óscar Navarrete/Cortesia La Prensa Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/03/am21.jpg

A Nicarágua está apelando ao sol, à água, ao lixo e até aos vulcões para revolucionar sua matriz elétrica. Manágua, Nicarágua, 18 de março de 2013 (Terraméric a) – A Nicarágua desponta como o país mais dinâmico do istmo centro-americano, e o segundo da América Latina, na adoção de energias limpas. Uma mescla de políticas estatais, financiamento de organismos internacionais e cooperação para o desenvolvimento permitiram reduzir notavelmente a dependência nicaraguense do petróleo para gerar eletricidade. Em 2005, apenas 10% da eletricidade não procedia de combustíveis fósseis. Em 2012, as fontes renováveis já forneciam 41%, o que permitiu reduzir em US$ 228 milhões a fatura com importação de petróleo, segundo estatísticas do governo. E as últimas contribuições, de Japão e Alemanha, permitirão maior economia nessa área. No final de fevereiro, o Ministério de Energia e Minas inaugurou o maior parque fotovoltaico do país e da América Central, com capacidade para iluminar 1,1 mil moradias e pequenas propriedades rurais do município de Diriamba, no departamento de Carazo, 55 quilômetros ao sul de Manágua e perto da costa do Pacífico. A central, que iniciou sua fase de testes esse mês, foi financiada com US$ 11,4 milhões doados pelo Japão e US$ 500 mil aportados pelo governo nicaraguense. Os 5,88 mil painéis solares instalados terão capacidade máxima de geração de 1,38 megawatts. Segundo o ministro de Energia e Minas, Emilio Rappaccioli, esse parque permitirá reduzir as emissões de dióxido de carbono (gás-estufa) em 1,1 mil toneladas por ano. “A Nicarágua está empenhada em transformar sua matriz de geração elétrica do petróleo para energias renováveis, como hidreletricidade, geotermia, eólica e biomassa para ajudar a mitigar a contaminação climática”, informou Rappaccioli. Além disso, as autoridades de 12 municipalidades das principais cidades assinaram em fevereiro um convênio com a espanhola Biomasa Investment Nicaragua SA (Binicsa), que investirá US$ 150 milhões nos próximos dois anos para transformar lixões em fontes de biogás para gerar eletricidade. Os estudos técnicos sobre esses 12 lixões a céu aberto indicam que quase todos podem produzir dois megawatts a partir do processamento de sua biomassa, menos Masaya, cujo potencial é de quatro megawatts, e a capital, que poderia gerar entre oito e dez megawatts, disse o representante da Binicsa, Fernando Liaño. “Temos vários projetos em diferentes países, mas nenhum com as condições que encontramos na Nicarágua”, explicou o espanhol à imprensa oficial. O convênio compromete a empresa a construir usinas de produção de biomassa e geração elétrica, transformar os lixões em áreas verdes e contribuir para a coleta de resíduos sólidos nos municípios em questão. Como a Nicarágua se tornou atraente para investimentos em energias renováveis, o governo da Alemanha está financiando oito projetos superiores a

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US$ 40 milhões, por meio de empréstimos concedidos pelo Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW), disse ao Terramérica o embaixador alemão, Karl-Otto König. Neste país, com mais de seis milhões de habitantes, a pobreza afeta 47% da população. Nessa realidade, o salto energético não é apenas “espetacular, mas estratégico”, afirmou ao Terramérica o empresário César Zamora. “Quando se economiza mais de US$ 200 milhões ao ano na compra de combustíveis, é possível usar esse recurso para investir em projetos sociais, e a economia local se torna dinâmica, cria-se fontes de trabalho e se gasta menos em obras para mitigar a poluição ambiental”, acrescentou. Em 2005, 90% da geração elétrica era produzida a partir de combustíveis fósseis. Quando os preços internacionais do petróleo começaram a subir, este país entrou em crise energética, pois não tinha recursos para atender a demanda. A partir de 2007, as autoridades planejaram uma substituição progressiva do petróleo. No ano passado, as fontes renováveis responderam por 41% da energia, e a meta é elevar essa participação a 50% neste ano, a 97% em 2017, e a 100% em 2026, segundo o Plano Nacional de Desenvolvimento Humano. Este plano destina quase US$ 2 bilhões no período 2012-2017 ao item investimentos em centrais hidrelétricas, geotérmicas, solares e eólicas, que deverão fornecer 546 megawatts. Para cumprir essas metas foram forjadas alianças econômicas e técnicas com potências mundiais em novas energias, como Japão e Alemanha, petróleo, como a Venezuela, e hidreletricidade, como o Brasil. Segundo David Castillo, presidente do Conselho Diretor do estatal Instituto Nicaraguense de Energia, o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) permitiu criar uma infraestrutura sólida para o crescimento deste setor. Dos US$ 1,308 bilhão desembolsados pelo BID nos últimos cinco anos, US$ 227,7 milhões foram destinados à energia, US$ 218,3 milhões aos transportes e US$ 225,2 milhões aos investimentos sociais. Graças a isso, desde o ano passado a eletricidade chega a 128.390 pessoas que careciam do serviço em zonas do Pacífico e do Caribe, e este ano chegará a outras 164 mil, destacou Castillo. Entre as opções de fontes renováveis que dispõe esse país se conta também o vapor de seis vulcões ativos na faixa do Pacífico. O desenvolvimento de pelo menos 25 projetos nos últimos oito anos colocou a Nicarágua no segundo lugar, depois do Brasil, no índice Climascópio 2012, desenvolvido pelo Fundo Multilateral de Investimentos do BID para avaliar a capacidade de 26 nações da América Latina e do Caribe de atrair “investimentos para fontes de energia com baixas emissões de carbono e que contribuam para uma economia mais verde”. * A autora é correspondente da IPS. LINKS Cruzada verde na Nicarágua(http://www.tierramerica.info/nota.php?lang=port&idnews=1081) Metas do Milênio – Cobertura especial da IPS, em espanhol(http://www.ipsnoticias.net/_focus/metas_milenio/index.asp) Ministério de Energia e Minas, em espanhol(http://www.mem.gob.ni/index.php?s=1) Embaixada do Japão na Nicarágua, em espanhol e japonês(http://www.ni.emb-japan.go.jp/) Instituto Nicaraguense de Energia, em espanhol(http://www.ine.gob.ni/) Banco Interamericano de Desenvolvimento, em português, espanhol, inglês e francês(http://www.iadb.org/es/banco-interamericano-de-desarrollo,2837.html) Climascópio 2012, pdf em espanhol(http://www5.iadb.org/mif/Climatescope/2012/img/content/pdfs/esp/Climascopio2012-reporte.pdf) Plano Nacional de Desenvolvimento Humano, em espanhol(http://www.pndh.gob.ni/) Artigo produzido para o Terramérica, projeto de com unicação apoiado pelo Banco Mundial Latin America and Caribbean, realizado pela Inter Press S ervice (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde. Fonte: Terramérica/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/terramerica-boom-de-energias-renovaveis/)

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19/03/2013

Gestão de resíduos sólidos na União Europeia rende 1% do PIB do bloco

A gestão de resíduos sólidos na União Europeia criou um mercado que emprega 2 milhões de pessoas e rende 145 bilhões de euros por ano, disse hoje (18) a engenheira portuguesa Rosa Novaes, formadora em gestão de resíduos, no 4º Seminário Internacional de Engenharia em Saúde Pública. O rendimento chega ao equivalente a 1% do PIB do bloco, que é formado por 27 países. De acordo com Rosa, quando as metas pretendidas pela comunidade europeia forem atingidas, o número de empregos gerados deve aumentar para 2,4 milhões, com rendimento de 200 bilhões de euros por ano. "Com o crescimento do mercado, as pessoas que trabalham com lixo passaram a ser vistas como muito importantes para o meio ambiente. Houve uma dignificação dessas carreiras", disse Rosa. Para cumprirem as metas do bloco, os países investiram em técnicas distintas. Estados com cidades e populações menores, como Portugal, apostaram principalmente nos aterros, enquanto nações maiores, como a Alemanha, valorizaram mais a incineração do lixo. No caso português, diz Rosa, o trabalho começou em 1995, quando o país, de 10 milhões de habitantes, tinha 365 lixões, problema que foi resolvido em cinco anos. Em 2011, 58% do lixo português foi para aterros sanitários, proporção que deve cair para 45% nos números de 2012, graças à inauguração de mais dez estações de valorização dos detritos orgânicos. Outro caminho adotado por Portugal foi o investimento em gerar energia de biogás a partir da fermentação do lixo. O combustível é usado hoje para reduzir a dependência energética que o país tem em relação ao exterior. A política portuguesa, segundo Rosa, se baseia primeiro na redução do lixo, com a conscientização da população e a fiscalização dos produtores de embalagens. Em segundo lugar, aparecem a reutilização e a valorização dos resíduos, possibilitada pela coleta seletiva e a reciclagem. Outros tipos de valorização, como a geração do biogás, vem em seguida, para que, por último, o que não for aproveitado vá para os aterros sanitários. Fazem parte da União Europeia: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia e Suécia. Fonte: em.com.br (http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2013/03/19/internas_economia,359253/gestao-de-residuos-solidos-na-uniao-europeia-rende-1-do-pib-do-bloco.shtml)

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20/03/2013 Biogás, exemplo brasileiro em fórum internacional O Centro Internacional de Energias Renováveis com Ênfase em Biogás (CIER-Biogás) será apresentado pelo diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Miguel Samek, no próximo Fórum de Energia de Viena (Áustria). O evento, promovido pela Organização das Nações Unidas para o Desenolvimento Industrial (Onudi), ocorrerá no próximo mês de maio e reunirá lideranças políticas e autoridades do mundo inteiro no campo das energias renováveis. Entre os principais temas do fórum, estão as estratégias para alcançar as metas estabelecidas pelo plano Energia Sustentável para Todos, lançado na Conferência Rio+20 pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O plano prevê a disseminação de tecnologias sustentáveis que permitam levar energia para toda a população mundial até 2030. Alinhado com as metas da ONU e também com o Plano ABC (de diminuição das emissões de gases do efeito estufa do setor agropecuário brasileiro), o CIER-Biogás é uma iniciativa liderada pela Itaipu e que reúne 22 instituições trabalhando em rede. “A geração de energia a partir do biogás se insere nesse contexto da ONU e do Plano ABC porque oferece uma solução para um problema ambiental ao mesmo tempo que oferece benefícios econômicos para o produtor rural”, disse Jorge Samek. “Além de produzir alimentos, ele produz também kilowatts”. Entre as instituições participantes, estão o Itamaraty, Eletrobras/Cepel, Ministério do Desenolvimento Agrário (MDA), Embrapa, Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis CTGAS-ER, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Onudi, Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) e outras. Representantes dessas instituições reuniram-se, na semana passada, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI) para definir o estatuto do centro e apresentar um estudo de mercado sobre o potencial do biogás no País. Segundo o superintendente de Energias Renováveis da Itaipu, Cícero Bley, todos os trâmites burocráticos e jurídicos para a criação do CIER-Biogás estarão concluídos nos próximos 30 dias. “As 22 instituições participantes tem atuação direta no campo do biogás. Então, a palavra de ordem é sinergia, ou seja, coordenar as ações, pesquisas e dados dos integrantes, de maneira a otimizar e potencializar os resultados”, explicou Bley. Apesar de o centro ainda estar em um estágio inicial, é grande o interesse de governos nacionais, principalmente de países vizinhos, em estabelecer parcerias. É o que assegura o oficial de Bioenergia para a América Latina e o Caribe (da FAO), Luis Felipe Duhart. Segundo ele, somente nos últimos 18 meses, países como Argentina, Peru, Chile, Colômbia, Bolívia, Honduras, México e Costa Rica manifestaram à FAO o interesse em desenvolver estudos e cooperação no campo da geração de energia a partir do biogás. “Pela primeira vez, temos um diretor latino-americano na FAO (o brasileiro José Graziano da Silva). Ele é francamente favorável ao desenvolvimento das energias renováveis no campo, enfatizando que elas não podem concorrer com a produção de alimentos e que precisam incluir o produtor familiar. Daí o nosso interesse no CIER-Biogás”, explicou. O caráter internacional do centro foi reforçado pelo representante do Itamaraty, Ademar Seabra da Cruz Junior, chefe da Divisão de Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores. Ele afirmou que o Itamaraty vê na iniciativa uma oportunidade de incrementar a cooperação internacional no âmbito do desenvolvimento tecnológico. “Queremos acompanhar as discussões do projeto e identificar possíveis gargalos na cadeia de produção do biogás. Por exemplo, já sabemos que os medidores de gás metano são todos importados. Então, iremos inserir esse tema na agenda diplomática para que possamos trazer a produção desse equipamento para o Brasil”, explicou Cruz Junior. O CIER-Biogás conta com a experiência acumulada da Itaipu e do PTI na geração de energia a partir de dejetos da agricultura em diversas unidades de demonstração espalhadas pelo Oeste Paranaense. Mas, a exemplo da FAO, o que mais chama a atenção da Onudi é a aplicação desse tipo de geração para produtores familiares, como o que é feito no Condomínio de Agroenergia para a Agricultura Familiar do Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon. Ali, 34 produtores, de forma cooperativa, utilizam o biogás para produzir energia térmica, elétrica e veicular, tendo como subproduto biofertilizante. E ainda vendem o excedente de energia elétrica para a concessionária local.

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A expectativa do MDA é a de que o CIER-Biogás se converta em um instrumento que irá contribuir para o atingimento de metas do Plano ABC, entre elas, o tratamento de 4 milhões de metros cúbicos de dejetos da pecuária até 2020 (volume que equivaleria a 5% do total gerado pelo setor). “Para que isso ocorra, pretendemos colocar os instrumentos de crédito do MDA (como o Pronaf) à serviço da disseminação da tecnologia, da infra-estrutura, assistência técnica e da comercialização da energia gerada a partir do biogás”, informou o assessor do ministro, Marco Aurélio Pavarino. A disseminação da tecnologia também é uma das metas da Eletrobras no projeto. “A Eletrobras está interessada em desenvolver todas as etapas (das cadeias produtivas) das várias energias renováveis. É um dos objetivos da empresa incentivar a geração de energia no País”, afirma Egídio Schoenberger, assessor da Diretoria Técnica da Eletrobras. “E o biogás é hoje um das fontes de energia com maior potencial no Brasil, dadas as dimensões da agricultura e da pecuária no País”, completou. Funcionamento – Na composição do CIER-Biogás, a Itaipu atuará como sócia-mantenedora, garantindo os recursos básicos para seu funcionamento nos próximos cinco anos. O centro se encarregará de buscar financiamentos complementares junto a organismos de fomento de P&D. “O CIER também se beneficiará da estrutura do PTI e da proximidade com outras iniciativas ali abrigadas, como centros de referência, universidades, empresas incubadas, pesquisas em baterias e sistemas elétricos, entre outras”, explica o diretor técnico da Fundação PTI, Cláudio Osako.

Fonte: Ambiente Energia (https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2013/03/biogas-exemplo-brasileiro-em-forum-internacional/22342)

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20/03/2013 Estudante norte-americano desenvolve asfalto orgâni co por Redação CicloVivo

O material torna o solo mais liso, menos empoeirado e mais durável.

Foto: Matt/Flickr Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/03/n53.jpg

Um novo tipo de asfalto ecológico foi proposto por um estudante de engenharia civil da Universidade do Kansas, Estados Unidos. Trata-se de um material desenvolvido com um composto vegetal facilmente encontrado na natureza. Batizado de bioasfalto, o produto realiza, com a mesma eficiência, a função de endurecer e alisar estradas de terra. A substância orgânica conhecida como lignina é responsável por dar rigidez às células vegetais. Além disso, o elemento serve como liga quando em contato com terra solta e pedras. A lignina foi escolhida pelo estudante Wilson Smith como matéria-prima para o desenvolvimento do novo produto. Seus experimentos vêm sendo realizados através dessa substância e ele tem tido sucesso com a escolha. Também conhecida como lenhina, essa molécula consegue desempenhar, de modo satisfatório, o mesmo papel dos materiais, tradicionalmente, encontrados em estradas de terra. Basta que seja acrescentado um pouco de água. Ao colocar o líquido, o material torna o solo mais liso, menos empoeirado e mais durável, pois a mistura é mais resistente à erosão em especial nos períodos chuvosos. A partir das experiências, Smith chegou a cinco concentrações de lignina. O próximo passo é analisar a resistência e a diminuição da erosão em cada uma delas. “Nós queremos fazer uma análise exaustiva de como a coesão varia de acordo com a concentração de lignina, a quantidade de água e a compactação,” afirmou Smith. “Isso vai determinar, em estudos de campo, qual porcentagem de lignina produz a maior estabilização do solo”. A molécula é facilmente obtida, pois é resultante de um processo natural do metabolismo das plantas. É encontrada em diversos resíduos da agricultura, como no bagaço da cana-de-açucar e da palha de milho. Além disso, é o terceiro componente mais importante encontrado na madeira. Consequentemente, também pode ser coletada em resíduos da indústria de papel. Tudo isso, torna a solução encontrada por Smith sustentável e renovável. Os resultados das pesquisas devem ser apresentados ainda este ano. Em seguida, o estudante buscará parcerias para que possa realizar testes de campo com a substância. * Com informações do Brasília em pauta. ** Publicado originalmente no site CicloVivo(http://ciclovivo.com.br/noticia/estudante-norteamericano-desenvolve-asfalto-organico). Fonte: CicloVivo/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/estudante-norte-americano-desenvolve-asfalto-organico/)

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24/03/2013 Unesp desenvolve sistema para geração de energia a partir de resíduos de frango

Camila Maciel Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Resíduos de frango que seriam descartados por granjas podem ser utilizados para gerar energia elétrica por meio da produção de biogás. Um equipamento desenvolvido na Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Jaboticabal, separa os dejetos em partes líquidas e sólidas, melhorando o desempenho dos biodigestores. "A proposta é transformar a criação de animais em sistemas sustentáveis de produção", declarou o pesquisador Airon Magno Aires, que desenvolveu o equipamento durante sua tese de doutorado em zootecnia na Unesp. Segundo Aires, o produtor de frangos de corte necessita, em média, de 26,5 quilowatt-hora de potência por cada galpão avícola. Com esse invento, um galpão de frangos de corte pode gerar 65.250 metros cúbicos de biogás, os quais podem ser convertidos em 110,1 megawatts de energia. As avícolas também costumam utilizar lenha para aquecer os galpões durante os primeiros 15 dias de vida das aves. "Com a substituição da energia da lenha pela do biogás, a redução de gases de efeito estufa pode chegar a 8 toneladas de gás carbônico equivalente ao ano por galpão", destacou. A geração de biogás ocorre pela utilização de micro-organismos para degradação da matéria orgânica contida nos resíduos. Esse processo gera um composto de gases que pode ser convertido em energia. De acordo com o pesquisador, a novidade desse trabalho é que, antes de colocar os dejetos no biodigestor, é feito um pré-processamento, separando-os em líquido e sólido. A separação é importante porque a parte líquida concentra grande volume de nutrientes e essa separação melhora o desempenho do biodigestor. "[Além disso] o biogás tem a vantagem de ser um combustível renovável e limpo, quando comparado à energia de combustíveis fósseis e lenha", destacou. Aires explica que a proposta da pesquisa teve origem quando foi identificado que os produtores tinham dificuldades para utilizar as tecnologias disponíveis para produção de biogás, principalmente devido à variação das características químicas e físicas dos compostos. Isso provocava, por exemplo, a diminuição do volume útil do equipamento e entupimentos na tubulação. A pesquisa também propõe que a fração sólida resultante do processamento seja utilizada em um sistema de compostagem chamada in vessel (envazada) para produção de adubos orgânicos. "O processo tradicional de compostagem desagrada aos produtores, porque gera um odor muito forte", relatou Aires. Outro avanço é que o processo envazado demora cerca de 30 dias, enquanto o tradicional leva entre 120 e 150 dias. Edição: Davi Oliveira Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil

Fonte: Agência Brasil (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-03-24/unesp-desenvolve-sistema-para-geracao-de-energia-partir-de-residuos-de-frango)

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25/03/2013 Descubra como os principais tipos de energia limpa são aplicados no Brasil Maria Eduarda Chagas Para o TechTudo A Apple anunciou recentemente que 75% da eletricidade que a empresa consome é gerada por fontes renováveis. Com energia hidráulica, eólica e solar, a companhia pretende suprir toda a sua demanda. Mas o que é energia limpa e sustentável? O TechTudo vai ajudar a entender o conceito e explicar como elas podem ser implementadas para ajudar o meio ambiente.

Painéis solares no escritório do Google (Foto: Reprodução Reuters)

Fonte: http://s.glbimg.com/po/tt/f/original/2013/03/25/energia-limpa-reuters.jpg

A energia limpa, por definição, é aquela que não emite gases poluentes em sua produção ou consumo, ou tem uma emissão bem reduzida. Segundo Luiz Brandão, coordenador do Núcleo de Pesquisa em Energia e Infraestrutura da PUC-Rio, atualmente, energia limpa é quase sinônimo de energia renovável, aquela gerada a partir de recursos naturais que se restabelecem facilmente. “O uso do etanol é considerado uma energia limpa, apesar de liberar gás carbônico quando queimado. Isso porque quando você planta a cana, há uma compensação”, explica. No Brasil, de acordo com o Balanço Nacional Energético de 2012, divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética, o uso desse tipo de energia correspondeu a 44,1% do total do ano anterior e existe uma previsão de aumento desse valor. A empresa divulgou o investimento de R$ 14,6 bilhões em novos projetos de transmissão entre 2013 e 2017, destinados principalmente para a usina hidrelétrica de Belo Monte. Energia Hidráulica A energia hidráulica é aquela gerada por meio de barragens em rios, que devem apresentar desníveis e grande volume de água. A correnteza movimenta as turbinas da usina e gera energia mecânica. Depois, ela é captada por um gerador e convertida em eletricidade. De acordo com o governo federal, o potencial hidrelétrico brasileiro é estimado em cerca de 260 gigawatts, o dobro da capacidade do país hoje. Entretanto, essa forma de gerar energia pode não ser considerada totalmente limpa. As barragens podem causar grandes prejuízos para o meio ambiente e as árvores submersas acabam por emitir metano, gás que polui a atmosfera ainda mais que o gás carbônico. Por isso, o Greenpeace defende a instalação de hidrelétricas menores, que tenham uma área alagada inferior 3 Km² e um maior custo-benefício. Uma desvantagem deste tipo de geração de eletricidade está na diminuição da produção em períodos de seca, quando os reservatórios ficam vazios. E, assim, o problema pode ser ainda maior, de acordo com o professor Brandão. “Nesses casos, o governo tem recorrido a usinas térmicas a diesel, o que é muito mais poluente”, explicou.

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Energia Solar A energia solar é obtida pelo calor e pela luz do sol. Painéis solares são equipados com células fotovoltaicas, em geral formadas por átomos de silício, que, com a luminosidade do astro, geram uma corrente de elétrons. O Brasil tem um grande potencial para o aproveitamento da energia solar, mas sua instalação é cara.

Painel solar (Foto: Reprodução/Stock.XCHNG)

Fonte: http://s.glbimg.com/po/tt/f/original/2011/12/06/painel-solar-2.jpg

Entretanto, o uso da energia térmica do sol é um pouco mais simples e por isso vem sendo adotada em algumas residências para o aquecimento da água. O calor é transmitido para a tubulação e o líquido quente fica armazenado em um reservatório que funciona como uma garrafa térmica. Estudos em energia solar ainda têm que avançar para torná-la mais viável no país. O gasto para fabricar os painéis muitas vezes ainda não compensa sua implementação. Energia Eólica A energia eólica é gerada pela força dos ventos. Para aproveitar o movimento das correntes de ar, é necessário o uso de turbinas eólicas ou aerogeradores. Eles convertem a energia cinética em eletricidade, que depois pode ser transmitida para o consumo. É importante, no entanto, que a velocidade dos ventos seja, no mínimo, de 7 a 8 m/s a uma altura de 50 metros para essa ser uma opção viável.

Turbinas eólicas captam a energia do vento

Fonte: http://s.glbimg.com/po/tt/f/original/2013/03/25/energia-eolica-portalbrasil.jpg

No Brasil, o potencial eólico é de 60 gigawatts, de acordo com estudos apontados pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Grande parte da extensão da costa nacional é propícia para esse tipo de

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energia, devido à força do vento na região. No entanto, o vento pode ser instável e o movimento dos cataventos, às vezes, acarreta na morte de pássaros. Biogás O biogás é um gás que resulta de decomposição orgânica. A deterioração do lixo orgânico gera gás metano, que pode ser capturado para gerar energia. Assim, essa é uma solução para aproveitar resíduos e produzir energia elétrica, térmica e biocombustíveis, por exemplo. No Brasil já existem usinas do gênero no Rio de Janeiro e em São Paulo. No último dia 11 de março, foi inaugurada na Finlândia a maior usina de biogás do mundo, com capacidade de gerar 140 megawatts de potência. Biocombustíveis Os biocombustíveis são uma alternativa àqueles tradicionais, usados em automóveis. Eles são produzidos a partir de elementos da natureza que podem ser repostos, como a cana-de-açúcar e o milho. No Brasil, os principais são o etanol e o biodiesel. O país é pioneiro na produção de álcool a partir da cana-de-açúcar. O professor Emilio La Rovere, coordenador do Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente, da COPPE/UFRJ, entretanto, ressalta que é muito difícil dizer se uma tecnologia por si só é limpa e sustentável. “Uma tecnologia pode ser apropriada ou não a um contexto. Não basta escolher uma forma de energia; tem que fazê-la direito, porque senão não é sustentável”, explica. O professor destaca também que, com pesquisas, estudos e um trabalho bem feito, o Brasil pode ser uma referência em energia sustentável devido aos seus recursos naturais. “Nós temos condições de olhar para um futuro de longo prazo e ver que a enorme demanda de energia da sociedade pode ser atendida de forma sustentável”, afirmou. Fonte: techtudo (http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2013/03/descubra-como-principais-tipos-de-energia-limpa-sao-aplicados-no-brasil.html)

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25/03/2013 Grupo de mulheres do Alto Sertão recebe prêmio em B rasília Grupo de mulheres do Alto Sertão sergipano viajou a Brasília para receber o prêmio Um grupo de mulheres do Alto Sertão sergipano resolveu tirar do baú a sua história que ganhou o mundo e conquistou um prêmio. Esse grupo é formado por trabalhadoras rurais do povoado Lagoa da Volta, em Porto da Folha, que no último dia 13, viajou a Brasília para receber o prêmio ”Mulheres rurais que produzem o Brasil Sustentável”, pelo trabalho “Associação de Mulheres resgatando a sua História”. Elas concorreram com outros 516 grupos de todo o País e venceram com a história de superação, organização e muita luta. A premiação é da Secretaria Nacional das Mulheres da Presidência da República, que em Sergipe foi divulgado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM). A Associação das Mulheres de Lagoa da Volta fica no maior povoado de Porto da Folha e o segundo maior do Estado com cerca de quatro mil habitantes. Localizado em meio à caatinga, a 196 quilômetros da capital. O grupo produz hortaliças, picles, doces e mel orgânicos e é o primeiro do Estado a ter em casa um fogão que utiliza o esterco como gás de cozinha. A inscrição O Centro Dom José Brandão de Castro (CDBJ), uma ONG com forte atuação no semiárido brasileiro, inscreveu o trabalho junto à SPM-PR. Já a existência do prêmio foi comunicada ao CDJBC pela SEPM, secretaria criada há dois anos pelo governo do Estado para implementar políticas públicas de gênero. A secretária Maria Teles, assistente social é a titular da pasta. “Temos um desafio enorme de garantir em todo o território sergipano, a implementação dessas políticas de forma transversal em todo o governo estadual por meio de parcerias entre as suas diversas instâncias e com as organizações da sociedade civil”, disse Maria Teles. A coordenadora da associação, Luzinete Dória, relembra que o primeiro passo para a conquista do prêmio foi dado quando um técnico do CDJBC esteve na associação para ouvir, escrever e inscrever no prêmio a história do grupo. “Quando recebi um email comunicando do resultado da premiação, ah! Meu Deus, foi uma grande alegria que compartilhei logo com as colegas”, relembra Dória que foi ao Palácio do Planalto acompanhada da filha Laís, para receber o troféu. O trabalho “A Associação de Mulheres Resgatando sua História”, ficou entre os 30 finalistas e recebeu por essa colocação o prêmio. Outros 10 trabalhos de mulheres rurais conquistaram, além do troféu, R$ 20 mil em dinheiro. A solenidade de entrega aconteceu com a presença da presidente Dilma e da ministra da Mulher, Eleonora Menicucci. Além da associação de dona Luzinete. Outro grupo, este de Poço Verde, acompanhado pela Emdagro, também foi premiado. Uma história de desafios A grande virada na história de vida daquelas mulheres começou em 1995 com a chegada da missão da Divina Providência. Essa missão, com sede na Alemanha, era formada por freiras da Igreja Católica, que chegaram a Porto da Folha com a incumbência de evangelizar, de melhorar as condições de vida daquelas famílias e resgatar a auto-estima das mulheres rurais. Dona Luzinete ressaltou que, juntamente com a Pastoral da Criança, a Divina Providência conseguiu reduzir a zero a mortalidade infantil, que era alta, naquele povoado. Surgiram então as primeiras reuniões coordenadas pelas irmãs religiosas, até que em maio de 2003, um grupo de mulheres se sentiu forte o suficiente para formar uma associação, a Associação de Mulheres de Lagoa da Volta. No final deste mesmo ano, a Divina Providência vendo a evolução do grupo, cedeu o dinheiro para a compra de três tarefas de terra (1 hectare) e instalação da sede da associação, um galpão com cinco salas e área onde são cultivadas as hortaliças e onde fica o minhocário. Em 2007, a associação fez o seu estatuto e se firmou como entidade rural. Hoje, a associação conta com 30 mulheres que vencem o desafio de um solo castigado pela seca e de se mostrarem capazes para lutar contra as adversidades da vida. “Hoje nós somos uma família. Nos sentimos ’empoderadas’, disse dona Luzinete ao acrescentar que a auto-estima foi resgatada.

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Conseguimos esse prêmio e vamos conseguir muito mais”, complementou uma das fundadoras da associação e a única da vila a ter um fogão biodigestor, Maria Aparecida da Silva. Na semana passada, ela recebeu um telefonema que sinalizou a conquista de mais um prêmio, desta vez pelo pioneirismo de fazer um fogão que acende com gás obtido de esterco animal. Desenvolvimento sustentável A produção, sob forma de cooperativa,e os lucros obtidos pela associação ainda são pequenos. Por mês são vendidas cerca de 3 mil balas de banana com doce-de-leite e uma média de 70 geleias e 50 compotas. O doce de umbu em calda e o de manga são a sensação da associação e, segundo dona Luzinete, fazem sucesso quando vistos – e saboreados. Os doces e geleias são cozidos em ecofogões, uma espécie de fogão a lenha que nãosuja as panelas de fuligemnão agride a natureza (utiliza gravetos que caem ao chão e são recolhidos diariamente, sem precisar desmatar a caatinga para utilizar a lenha ou fabricar o carvão). A venda do mel, piclese hortaliças é muito reduzida, mas as mulheres não desistem. “Ainda estamos começando. Investimos muito e hoje conseguimos tirar até R$ 80 por mês, cada uma, é pouco, mas estamos no começo. Vamos conseguir mais”, disse dona Luzinete cheia de otimismo e ávida por receber encomendas. A renda de tudo que é vendido pela cooperativa é repartida entre as mulheres que trabalharam na produção e 30% do lucro segue para a associação. Como o solo é pobre, as mulheresaprenderam a produzir adubo orgânico, para enriquecer a terra ruim e garantir uma melhor produção sem agredir a natureza. Fazem o biogel, remédio natural contra as pragas,e o húmus que retiram do minhocário. Com a técnica apreendida com técnicos do CDJBC, enriquecem o solo, e dele retiram alface, coentro e pimentão que vão para a mesa de cada uma delas e de moradores do povoado que compram a produção ainda incipiente. Sertaneja usa esterco animal para cozinhar No meio do sertão, de solo árido e rostos curtidos pelo sol, a sabedoria do sertanejo em vencer a seca se sobressai. É lá, em Lagoa da Volta, que uma das fundadoras da Associação de Mulheres de Lagoa da Volta, Maria Aparecida da Silva, construiu um fogão à gás de esterco animal. Maria Aparecida é a primeira sergipana a ter um biodigestor em pleno funcionamento no quintal de sua casa. De longe, a casa de Cida da Silva, como é conhecida na região, se destaca pelo jardim florido e animais nutridos. Ela cria cabra e galinhas que fornecem, juntamente com o esterco de boi recolhido nas pastagens vizinhas, a matéria-prima do combustível que faz acender o fogão em sua cozinha. “Em 2011, o Centro Dom José Brandão de Castro me levou pra um intercâmbio em Riachão do Jacuípe, na Bahia e lá eu vi um aparelho desses e fiquei pensando, porque não fazer um desses em casa. Gosto de ir pra esses lugares com um caderninho pra anotar tudo e não esquecer nada”, disse Cida da Silva. E ela não esqueceu. Quando retornou, reviu as anotações e, com a ajuda de moradores, construiu o primeiro biodigestor de Sergipe. Um técnico do CDJBC finalizou o serviço e há cinco meses, Cida da Silva cozinha e aquece os alimentos para ela, o marido e os dois filhos com o gás que vem dos animais. Diariamente, ela abastece o tanque com um balde de esterco para garantir o gás e a chama acesa. “Tô economizando por mês R$ 40 do botijão de gás que comprava e ajudando a natureza”, disse a sertaneja de 48 anos que semana passada recebeu um convite para disseminar esse conhecimento com outros do sertão. O biodigestor O biodigestor é um equipamento que transforma esterco animal em gás inflamável e que pode substituir o GLP e ser usado nos serviços domésticos. Segundo Manual do Biodigestor Sertanejo, produzido pelo Projeto Dom Helder Câmara (PDHC), do Ministério do Desenvolvimento Agrário, em parceria com a Diaconia, uma ONG com atuação no sertão brasileiro, o biogás é uma mistura de vários tipos de gases. O metano é o principal componente do biogás. Não tem odor, cor ou sabor e apesar de ter como fonte primária o esterco animal, não exala cheiro no local onde está instalado. Além disso, não desprende fumaça nem suja as panelas de fuligem. O custo médio de instalação é de R$ 1,7 mil. Utiliza um tanque de cimento onde é colocado o esterco. Apósa finalização da obra, basta alimentar o biodigestor diariamente com uma média de um balde de

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esterco por dia. Segundo o PDHC, os biodigestores não são novidades no Brasil e foram introduzidos tomando-se como base os modelos da China e Índia. Atualmente, o modelo mais usado é indiano. Criando cabras e mudando o sertão O Grupo de Criadores de Caprino do povoado Cacimba Nova, em Poço Verde, também viajou a Brasília e trouxe para casa o troféu “Mulheres rurais que produzem um Brasil Sustentável”. O trabalho inscrito pela Emdagro foi a ordenha das cabras para coleta e comercialização de leite esterilizado, além outros subprodutos como o iogurte, queijo e doces. A associação produz mensalmente 900 litros de iogurte de leite de cabra, o equivalente a cinco mil saches por mês, que gera autonomia financeira de forma sustentável para as 18 famílias que fazem parte do grupo. Toda a produção de iorgurtes é destinada à merenda escolar por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), e a instituições de assistência social, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O grupo vende, também carne caprina, gerando uma média total de renda mensal para cada família de R$ 500. “Com o nosso trabalho a gente também promove uma distribuição de renda com outras pessoas da nossa comunidade, uma vez que utilizamos sua mão-de-obra no processo de produção e distribuição do iogurte, permitindo assim fixá-las cada vez mais na área rural de forma a evitar que elas se desloquem para a cidade em busca de trabalho”, afirma a responsável pelo grupo de mulheres, Ana Maria de Oliveira Souza Santos. Ana Maria revela ainda que o próximo passo na qualificação do grupo será a obtenção do selo de certificação de inspeção estadual que dará condições de grupo comercializar os produtos em outros municípios. O Grupo de Criadores de Caprinos da Cacimba Nova, dentre outros parceiros, recebe o apoio do Governo do Estado de Sergipe, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), e da Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese). A Emdagro presta um serviço contínuo de assistência técnica e extensão rural através do seu escritório local de Poço Verde. Já o Pronese, investiu, através da Associação Comunitária do Povoado São José, R$ 69.681,80 para todo o processo produtivo que envolve a construção de oito apriscos, aquisição de 48 caprinos e aquisição de ensiladeira e iogurtadeira. Fonte: Plenário (http://www.faxaju.com.br/viz_conteudo.asp?id=160516)

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26/03/2013 Conferência discutirá destino dos resíduos sólidos Evento será no dia 3 de setembro, no Centro de Convenções

Comissão organizadora do evento foi apresentada pela Semarh (Foto: Alfredo Moreira)

Fonte: http://www.infonet.com.br/sysinfonet/images/secretarias/cidade/grande-sebrae_reuniao_fotoalfredomoreira_250313.jpg

Representantes de 18 instituições governamentais e 15 da sociedade civil, incluindo o Sebrae, serão os

responsáveis pela organização da IV Conferência Estadual do Meio Ambiente. O evento, que será realizado

no dia 03 de setembro, no Centro de Convenções de Sergipe, buscará contribuir para a implementação da

Política Nacional de Resíduos Sólidos, com foco na produção e consumo sustentáveis, redução dos

impactos ambientais e geração de emprego e renda.

A apresentação da comissão organizadora estadual e a definição de suas funções foram realizadas durante

reunião realizada nesta segunda-feira, no auditório da Semarh (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e

dos Recursos Hídricos). Além de oferecer apoio logístico para a realização do evento, os representantes

terão a função de mobilizar empresas e pessoas para participar dos encontros e ampliar as discussões

sobre o tema da conferência.

“ É importante que a população sergipana discuta de forma participativa a questão dos resíduos sólidos,

pois esse é um tema que interessa a todos. Queremos discutir e colocar em prática o que as políticas

públicas relacionadas a esses resíduos estão propondo”, explica a superintendente de Qualidade

Ambiental, Desenvolvimento Sustentável e Educação da Semarh, Maria de Fátima Maynard.

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Segundo um levantamento feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mais da metade dos

municípios do Brasil ainda possuem lixões. Dos 5.564 municípios brasileiros, somente 766 fazem coleta

seletiva do lixo. Um outro estudo feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que

apenas 27% das cidades brasileiras possuem aterro sanitário.

Ainda de acordo com o IBGE, das 189 mil toneladas de resíduos produzidos diariamente no país, somente

1,4% é formalmente reciclado. Caso os resíduos fossem reciclados e/ou aproveitados, R$ 8 bilhões seriam

adicionados à economia brasileira.

Etapas

Antes do evento estadual, serão promovidas conferências regionais nas sedes dos quatro consórcios

públicos de saneamento ambiental sergipano: Itabaiana, Boquim, Propriá e Laranjeiras. Os encontros serão

realizados nos meses de julho e agosto. Além disso, algumas cidades do interior também ampliarão o

debate por meio da realização de conferências municipais.

“ Todos nós somos responsáveis pela destinação dos resíduos sólidos. Já estamos estimulando essa

discussão junto às micro e pequenas empresas que acompanhamos e pretendemos levar essa experiência

para os encontros”, destaca o gerente da Unidade de Articulação Institucional do Sebrae, Edílson

Nascimento.

Todas as ideias e sugestões apresentadas durante a fase estadual serão levadas à IV Conferência Nacional

do Meio Ambiente, que será promovida em outubro, na cidade de Brasília (DF).

Fonte: Sebrae

Fonte: Infonet (http://www.infonet.com.br/cidade/ler.asp?id=142138)

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26/03/2013 Afinal, empresa sustentável dá lucro? por Jorge Abrahão*

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/03/ec21.jpg

Esta é a pergunta do bilhão. A resposta, convincente, pode impulsionar o novo modelo de desenvolvimento para o século 21. Uma pergunta sempre aparece nos debates sobre negócios e sustentabilidade: empresa sustentável dá lucro? Uma das muitas entidades a pesquisar o tema, a Universidade de Harvard, nos EUA, não tem dúvidas sobre a resposta: sim, as empresas sustentáveis dão lucro e ainda ganham da sociedade a “licença para lucrar”. Como a universidade chegou a essa conclusão? Pesquisando o desempenho das maiores empresas globais listadas em bolsas de valores, entre 1992 e 2010, e comparando com o número de políticas de sustentabilidade adotadas por elas nesse intervalo. Na verificação dessas listas, a universidade enumerou vinte e sete políticas de sustentabilidade mais adotadas pelas empresas, nas áreas de meio ambiente (ex: eficiência energética, redução de emissão, destinação de resíduos sólidos), social (ex: promoção da diversidade na empresa e na comunidade, respeito aos direitos humanos, promoção da agenda do trabalho decente) e governança (ex:transparência nas informações, código de ética). Harvard dividiu essas empresas em dois grupos: as empresas de alta sustentabilidade, que adotam mais de 10 políticas de sustentabilidade que começaram o processo ainda nos anos 1990; e as empresas de baixa sustentabilidade, que possuem menos de 4 políticas de sustentabilidade e estão nesse processo desde os anos 2000. Para verificar a performance das empresas, Harvard estudou o setor, o porte e a estrutura de capital de cada uma delas. Completou essa análise com os dados obtidos pela leitura de balanços anuais e de informações nos sites institucionais, bem como com entrevistas de 200 executivos, para confirmar o histórico do processo de gestão sustentável das empresas. Agregando todas essas informações, o resultado obti do foi o seguinte: • As empresas de alta sustentabilidade apresentaram melhores taxas de retorno, num período de 18 anos. O patrimônio delas valorizou 30% a mais do que aquele das empresas de baixa sustentabilidade; a rentabilidade líquida desse primeiro grupo cresceu o dobro da rentabilidade do grupo de baixa sustentabilidade. • Analisando a evolução do valor das empresas, ano a ano, também é possível verificar que, mesmo em momentos de queda nas bolsas, a desvalorização das empresas de alta sustentabilidade foi significativamente menor que a das empresas de baixa sustentabilidade. Por que as empresas de alta sustentabilidade tivera m esse desempenho?

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A Universidade de Harvard também encontrou resposta a essa pergunta: as empresas de alta sustentabilidade apresentam desempenho superior porque possuem uma governança distinta, como foco no diálogo estruturado com as partes interessadas, metas sustentáveis sob a responsabilidade expressa da Diretoria e maior parte do investimento direcionado para o longo prazo e para suprir as necessidades e demandas dos públicos de interesse da empresa. Outras características da gestão dessas empresas são: sistema de compensação da liderança atrelado tanto a desempenho financeiro quanto a cumprimento de metas sustentáveis; tomada de decisões leva em conta dados financeiros e de mercado, bem como informações relativas às partes interessadas. Vale ressaltar que as empresas de alta sustentabilidade adotaram a gestão sustentável voluntariamente e antes das demais, lançando tendências de mercado. Portanto, não há mais motivo para duvidar dos benefícios da sustentabilidade para os negócios. É hora de pôr mãos à obra! * Jorge Abrahão é presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. Fonte: O autor/Envolverde(http://envolverde.com.br/economia/afinal-empresa-sustentavel-da-lucro/)

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27/03/2013 GE prevê geração de 300 MW com venda de motores a g ás, até 2016 Equipamentos da companhia instalados em aterros sanitários garantem produção de 26 MW Brasil Econômico - Rafael Palmeiras

Getty Images No mundo, o negócio de motores a gás da GE tem mais de 1.650 unidades operando em gás de aterro sanitário com uma produção elétrica de mais de 1.650 MW

Fonte: http://i0.statig.com.br/bancodeimagens/0z/36/vi/0z36vin726r9tewyyu7w5tjjz.jpg

A GE está confiante de que nos próximos anos vai conseguir alavancar as vendas de motores a gás no Brasil. E o principal motivo para esse cenário será a geração de energia, por meio do biogás, em aterros sanitários. Com 24 motores instalados no país, Rodrigo Portes, diretor executivo da divisão de motores a gás da GE Power & Water para a América Latina anuncia mais um novo contrato para a empresa. A divisão vai fornecer quatro motores para aterros sanitários da Valorgas, localizados em Guatapará (SP) e Juiz de Fora (MG). Segundo o executivo, os equipamentos que serão entregues até o final do ano e têm valor de ¤ 2 milhões (R$ 5,17 milhões), vão gerar 5,6 megawatts (MW), energia suficiente para abastecer uma cidade com 20 mil habitantes. Cheia de apetite, a GE tem metas ambiciosas para os próximos anos. “Acreditamos que até 2016 temos a oportunidade de gerar mais 300 MW através da venda de novos motores”, destaca o diretor. No mundo, o negócio de motores a gás da GE tem mais de 1.650 unidades operando em gás de aterro sanitário com uma produção elétrica de mais de 1.650 MW. O cenário previsto por Portes para o Brasil pode significar a venda de entre 60 a 600 novos motores, levando em consideração que os equipamentos são feitos sob medida e com capacidade que pode variar entre 0,5 MW até 5 MW. Para este ano, o executivo estima a venda de pelo menos mais quatro motores. O motores a gás são fabricados na Áustria pela Jenbacher, comprada pela GE em 2005, e levam em média sete meses para chegar ao Brasil. Entre os possíveis compradores está novamente a Valorgas, empresa

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responsável por gerenciar os projetos de geração de energia em aterros sanitários. “A parceria com a companhia vem de longa data e se estenderá para muitos outros projetos”, afirma Jorge Matos, executivo da Valorgas. A favor dos novos projetos da GE está o prazo estabelecido pela Lei Nacional de Resíduos Sólidos, que determina que até 2014 estados e municípios desativem lixões e todos os resíduos sejam encaminhados a aterros sanitários. O executivo explica que os motores Jenbacher reaproveitam o gás metano, que seria desperdiçado ao ser liberado para a atmosfera e, a partir da decomposição de resíduos sólidos, o transforma em combustível renovável. “A energia produzida pode ser vendida para a indústria, por exemplo”, destaca o diretor. Atualmente a GE tem 19 motores instalados em Salvador, quatro em Belo Horizonte e um em Uberlândia, que juntos geram 26 MW de energia elétrica por meio do biogás. Oportunidade Mas Portes não quer ficar restrito apenas a geração de energia pelos aterros sanitário. O executivo revela que a empresa está em período de teste para a geração de energia limpa, por meio do biogás também em usinas de açúcar e álcool. “Já estamos gerando 1 MW em fase de teste e acreditamos que a primeira compra de equipamento deve sair neste ano gerando energia através da vinhaça.” Mas se por um lado o panorama é animador ao falar do biogás, por outro o gás natural não tem apresentado o mesmo nível de crescimento. “Acreditamos que se o governo reduzir o preço do gás novos projetos devem aparecer. Por enquanto nosso foco maior está no biogás”, pondera o executivo da GE. Esse cenário leva o Brasil para o segundo mercado dentro da divisão de motores a gás da companhia. “A Argentina aparece como principal mercado motivado por suas reservas a gás”, explica Portes, que tem como principal cliente a Secco, empresa que atua na área de geração de energia. “Mesmo assim, o Brasil é o país da América Latina que apresenta o maior potencial de crescimento”, completa o diretor. Fonte: Economia IG (http://economia.ig.com.br/empresas/2013-03-27/ge-preve-geracao-de-300-mw-com-venda-de-motores-a-gas-ate-2016.html)

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30/03/2013 China e Brasil investem em pesquisa Os dois países estão investindo em energias limpas e querem se transformar nos grandes produtores de energia renovável do mundo da Redação

Presidente do CNPq, Glaucius Oliva defende parceria com a China e acredita nas pesquisas sobre energia renovável

Fonte: http://www.diariodecuiaba.com.br/conteudo/2013/03/31/429022.jpg O Brasil, com sua matriz energética considerada uma das mais "limpas" do mundo, com 45% proveniente de fontes renováveis, e China, a maior poluidora do planeta, estão trabalhando em conjunto para desenvolver pesquisas que auxiliem no desenvolvimento de inteligência em novas energias com enfoque comercial. "A China quer se tornar um grande produtor de energias renováveis, e o mercado verde deverá ser um grande impulso para o reaquecimento da economia mundial", diz o diretor geral do Ministério de Ciência e Tecnologia Chinês, Wang Qiang. Pauta recorrente no cenário internacional, a China está muito interessada em soluções mais limpas. Na metade do ano passado, Pequim reiterou a intenção do seu Plano Quinquenal com aporte de 816 bilhões de yuans (cerca de R$ 268 bilhões) em medidas contra a poluição do ar e da água, além de outros 932 bilhões de yuans (aproximadamente R$ 306 bilhões) que serão destinados a iniciativas para a construção civil e produção de automóveis que usem menos recursos não renováveis. O ministro da Indústria e Tecnologia da Informação, Miao Wei, anunciou na semana passada subsídios para carros que rodem com energia limpa, um audacioso plano que pretende alavancar as vendas de automóveis "verdes" de 12.791 unidades em 2012 para 500 mil em 2015. Brasil e China são grandes expoentes atuais nas pesquisas em energia limpa. O Brasil com o desenvolvimento de pesquisas em energia eólica e marítima, e os chineses com os painéis solares, um mercado que lideram mundialmente com 60% da produção. A China tomou como prioridade em 2012 o desenvolvimento tecnológico de bioenergia, energia solar e tratamento de resíduos, um plano consoante ao Plano Quinquenal iniciado em 2010 que tem o enfoque nas indústrias limpas. A participação brasileira no projeto chinês é encabeçada pelo Centro China-Brasil de Mudanças Climáticas e Tecnologias Inovadoras em Energia (Coppe), criado em 2010 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela chinesa Tsinghua. O modelo inspira-se na criação de parcerias entre empresas e universidades desenvolvido na China, num processo iniciado durante a abertura econômica, em 1979, e a privatização de centenas de empresas. A ideia é que o projeto sirva como um complemento, senão uma alternativa, ao programa Ciência Sem Fronteiras, que até o final de fevereiro tinha oferecido mais de 22,646 mil bolsas para pesquisadores brasileiros em 16 países - 22,4% da meta de 101 mil bolsas até 2015 - conforme anunciou o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Glaucius Oliva. Fonte: Diário de Cuiabá > Notícias > Meio Ambiente(http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=429022)