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i Jéssica Mariane da Silva Guimarães Marcela Fernandes Marques MARKETING DAS EMBALAGENS: ANÁLISE DA ROTULAGEM NUTRICIONAL E IMPACTO NA ESCOLHA DE PRODUTOS DESTINADOS AO PÚBLICO INFANTIL Centro Universitário Toledo Araçatuba 2017

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Jéssica Mariane da Silva Guimarães

Marcela Fernandes Marques

MARKETING DAS EMBALAGENS: ANÁLISE DA

ROTULAGEM NUTRICIONAL E IMPACTO NA ESCOLHA DE

PRODUTOS DESTINADOS AO PÚBLICO INFANTIL

Centro Universitário Toledo

Araçatuba

2017

ii

Jéssica Mariane da Silva Guimarães

Marcela Fernandes Marques

MARKETING DAS EMBALAGENS: ANÁLISE DA

ROTULAGEM NUTRICIONAL E IMPACTO NA ESCOLHA DE

PRODUTOS DESTINADOS AO PÚBLICO INFANTIL

Trabalho de Conclusão do Curso apresentado

para obtenção do título de bacharel em

Nutrição apresentado no Centro Universitário

Toledo sob orientação da Profª Valéria

Nóbrega da Silva Franco.

Centro Universitário Toledo

Araçatuba

2017

iii

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1

METODOLOGIA ..................................................................................................................... 4

Tipo de estudo e população ........................................................................................................ 4

Coleta de dados ........................................................................................................................... 4

Identificação, seleção dos produtos alimentícios e análise da rotulagem nutricional ................ 4

Avaliação da preferência dos produtos alimentícios .................................................................. 5

Análise dos dados ....................................................................................................................... 5

RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................................... 6

CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 14

APÊNDICE 1 .......................................................................................................................... 16

ANEXO 1 ................................................................................................................................. 17

APÊNDICE 2 .......................................................................................................................... 20

ANEXO 2 ................................................................................................................................. 21

ANEXO 3 ................................................................................................................................. 22

APÊNDICE 3 .......................................................................................................................... 24

APÊNCIDE 4 .......................................................................................................................... 25

iv

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Percentual dos teores de carboidrato na porção dos produtos com e sem

marketing lúdico. Araçatuba – SP, 2017.

7

Figura 2. Percentual dos teores de proteína na porção dos produtos com e sem

marketing lúdico. Araçatuba – SP, 2017.

8

Figura 3. Percentual dos teores de gorduras totais na porção dos produtos com e sem

marketing lúdico. Araçatuba – SP, 2017.

8

Figura 4. Percentual dos teores de fibras na porção dos produtos com e sem marketing

lúdico. Araçatuba – SP, 2017.

9

Figura 5. Percentual dos teores de sódio na porção dos produtos com e sem marketing

lúdico. Araçatuba – SP, 2017.

10

Figura 6. Percentual dos escolares quanto a escolha dos produtos com e sem marketing

lúdico. Araçatuba – SP, 2017.

10

v

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Valores calóricos da porção dos produtos com e sem marketing lúdico.

Araçatuba – SP, 2017.

6

vi

LISTA DE SIGLAS

TCLE – Termo de consentimento livre e esclarecido

vii

MARKETING DAS EMBALAGENS: ANÁLISE DA ROTULAGEM

NUTRICIONAL E IMPACTO NA ESCOLHA DE PRODUTOS

DESTINADOS AO PÚBLICO INFANTIL

Autoras: Jéssica Mariane da Silva Guimarães1 - UNITOLEDO

Marcela Fernandes Marques2 - UNITOLEDO

Orientadora: Valéria Nóbrega da Silva Franco3 - UNITOLEDO

RESUMO

INTRODUÇÃO: As empresas estão gradativamente diversificando os recursos publicitários

com o bombardeio de propagandas, a mídia esta deixando o marketing progressivamente mais

desejado, o aumento da jornada de trabalho dos pais e a falta de opções saudáveis acarreta em

exposição gradual das crianças à alimentação industrializada. OBJETIVOS: selecionar

produtos de mesma categoria com marketing lúdico e convencional direcionados ao escolar,

avaliar sua preferência na escolha de produtos com ou sem marketing lúdico e comparar a

qualidade nutricional de ambos produtos analisados. METODOLOGIA: Estudo de campo do

tipo transversal realizado com escolares matriculados do 2º ao 5º ano em uma escola

municipal de Araçatuba-SP. O critério de seleção dos produtos foi à disponibilidade de obter

os produtos de mesma categoria nas versões com e sem o marketing lúdico. Para avaliar a

preferência, os escolares receberam uma lista de compras e foram conduzidos a uma prateleira

com todos os produtos. O protocolo desenvolvido foi preenchido pelas pesquisadoras de

acordo com o que as crianças compraram. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Foi possível

encontrar um número reduzido de produtos industrializados com e sem marketing lúdico, o

que impossibilitou ampliadas comparações. CONCLUSÃO: Não houve diferença

significativa entre os teores de energia, carboidrato, proteína, gorduras totais, fibras e sódio

entre os produtos analisados, mas os produtos com marketing lúdico apresentaram alguns

teores de nutrientes superiores aos dos produtos sem marketing lúdico. A opção por produtos

com marketing lúdico foi prevalente entre as crianças.

Palavras-Chave: Rotulagem nutricional; Público infantil; Influência do marketing;

Embalagens; Nutrição.

1 Graduanda no curso de nutrição no Centro Universitário Toledo – UNITOLEDO, Araçatuba/SP (2017);

2 Graduanda no curso de nutrição no Centro Universitário Toledo – UNITOLEDO, Araçatuba/SP (2017);

3Nutricionista – Mestre e Doutoranda Programa de Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia – FMB/UNESP

viii

ABSTRACT

INTRODUCTION: Companies are gradually diversifying their advertising resources with the

bombardment of advertisements, the media are leaving marketing more and more desired,

increasing the working hours of the parents and the lack of healthy options entails a gradual

exposure of children to industrialized food. OBJECTIVES: to select products of the same

category with playful and conventional marketing directed to the school, to evaluate their

preference in choosing products with or without playful marketing and to compare the

nutritional quality of both analyzed products. METHODOLOGY: Cross-sectional field study

conducted with students enrolled in grades 2 to 5 at a municipal school in Araçatuba-SP. The

criterion of selection of the products was the availability of obtaining the products of the

same category in the versions with and without the playful marketing. To evaluate the

preference, the students received a shopping list and were taken to a shelf with all the

products. The developed protocol was filled by the researchers according to what the children

bought. RESULTS AND DISCUSSIONS: It was possible to find a reduced number of

industrialized products with and without playful marketing, which made impossible

comparisons. CONCLUSION: There was no significant difference between the energy,

carbohydrate, protein, total fat, fiber and sodium contents among the analyzed products, but

the products with playful marketing presented some nutrient content higher than those of

products without recreational marketing. The option for products with playful marketing was

prevalent among children.

Key-words: Nutrition labeling; Children's audience; Marketing influence; Packaging;

Nutrition.

1

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, as empresas estão gradativamente diversificando os recursos

publicitários e de propaganda com a finalidade de se destacar no mercado e estimular maior

interesse no consumidor (LIMA, 2015).

Já a mídia esta cada vez mais focada no consumidor infantil tornando com o

marketing, os produtos progressivamente mais desejados; com apelos emocionais às crianças

(MIRANDA, 2013).

Segundo a Resolução n.º 157, de 31 de maio de 2002 entende-se por embalagem o

invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, removível ou não, destinado a

cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter, especificamente ou não o produto (BRASIL,

2002).

Os elementos da embalagem podem ser divididos em: visuais (gráficos, cores, formas,

tamanhos) e informativos (nome do produto, marca, produtor/país, informações nutricionais e

ofertas promocionais). O uso de personagens, branding, desenhos decorativos e atletas

desportivos nas embalagens de produtos infantis, prova que os elementos visuais têm tido

sucesso por influencia importante na escolha alimentar das crianças. O investimento em

marketing pela indústria alimentar é crescentemente mais direcionada para práticas em que o

produto é associado a figuras conhecidas, como jovens famosos, atletas, desenhos animados

ou personagens populares. A relação entre alimento e brinquedo faz com que os mais jovens

se sintam atraídos e praticamente forcem seus pais a comprarem o produto (LIMA, 2015).

Estima-se que 80% das provisões de gêneros alimentícios realizadas pela família são

instigadas pela criança e que 2/3 dos pais levam seus filhos ao supermercado, sendo que 9 em

cada 10 adquirem mercadorias alimentares segundo a opinião das crianças (LIMA, 2015).

Segundo Henriques (2012), na sociedade de consumo, as crianças passaram a ser

consideradas como clientes em função da crescente influência sobre as decisões de compra da

família. Uma vez que representam uma oportunidade bem explorada pelos profissionais de

comunicação e propaganda para alcançar toda a família, devido ao seu considerável “poder de

impertinência”.

O bombardeio de propagandas de produtos alimentícios que instigam negativamente

suas escolhas alimentares e o aumento da jornada de trabalho dos pais acarreta em exposição

gradual das crianças à alimentação industrializada (HENRIQUES, 2012).

Um estudo, desenvolvido por Souza e Révillion (2012), entre as categorias de

produtos mais suscetíveis à influência dos filhos estava os produtos alimentícios

2

industrializados. Desses produtos, estava no topo da influência a compra de biscoitos e

bolachas (87%), refrigerantes (75%), salgadinhos (70%), seguidos de achocolatados,

balas/chocolates, iogurtes, macarrão instantâneo, cereais e sorvetes.

Para Carmo (2012), a criança pode relacionar perfeitamente um personagem ao

produto correspondente já a partir dos quatro anos de idade, porém, o significado da marca

ainda não é assimilado.

Segundo Moura (2010), a preferência infantil por doces e guloseimas é amplamente

reconhecida, e sofre influência tanto ambiental quanto genética. A experiência de uma criança

com sabores começa ainda no útero. Existe evidência de que algumas preferências alimentares

são inatas e que, dependendo dos alimentos disponíveis, as preferências adquiridas podem

promover ou impedir o consumo de dietas nutricionalmente adequadas. Como as preferências

alimentares são adquiridas, elas são passíveis de serem modificadas, portanto é possível que

crianças aprendam a gostar de alimentos que sejam benéficos para elas, desde que sejam

precocemente educadas para isto.

A alimentação do ser humano nos primeiros anos de vida é de fundamental

importância, já que contribui para o processo global de desenvolvimento da criança, não só no

aspecto físico, mas também nos aspecto emocional e psicológico. Com relação ao consumo de

alimentos industrializados, não existem recomendações específicas identificando-se

quantidades e frequência ideais para a dieta infantil. As principais recomendações nutricionais

enfatizam o incentivo ao consumo de maior variedade de alimentos “in natura”, que incluam

pães, cereais, frutas e hortaliças, utilizando-se sal e açúcar com moderação (LAGO, 2009).

Alimentos com alto teor de gordura, açúcar e sódio são associados, a personagens para

elevar as vendas, pela indústria alimentícia. Esse foi um dos dados levantados, em outubro de

2010, no estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) que

analisou a qualidade nutricional de alimentos industrializados destinados ao público infantil

onde foram avaliados 44 produtos de 27 marcas, dos quais 37 apresentavam quantidades

elevadas de nutrientes não saudáveis (RABELO; CARDOSO, 2013).

Em pesquisa realizada por Soares et al. (2013) os pesquisadores argumentaram que a

obesidade, a alimentação inadequada e o consumismo são os males acarretados pelo

marketing das embalagens. A propaganda estampada na embalagem tira a capacidade da

criança presumir assiduamente se ela quer ou não consumir aquele produto.

Para Pontes et al. (2008), o profissional de saúde que faz a orientação nutricional de

crianças e adolescentes precisa se informar sobre rotulagem, divulgação e promoção de

3

alimentos processados que, progressivamente, passam a compor a dieta da população infanto-

juvenil.

Um trabalho que contribua para a obtenção de hábitos alimentares saudáveis é

primordial. Portanto, a escola e o ambiente familiar são locais privilegiados para que práticas

de educação a saúde sejam realizadas. Uma das maneiras de assegurar uma saúde de

qualidade é através de bons hábitos alimentares. Entretanto, vivemos em um corpo social que

o padrão alimentar é gradualmente inadequado, devido ao crescente consumo de alimentos

industrializados, prejudiciais à saúde por serem ricos em gorduras, sais, açúcares, além do

progressivo hábito de alimentação em fast-foods (MAGALHÃES, 2016).

Segundo Lima (2015), estudos que investiguem a associação entre a embalagem, as

suas informações nutricionais, a avaliação da marca e o consumidor são escassos. Portanto, é

importante interrogar se o marketing lúdico das embalagens influencia ou não na escolha do

consumidor infantil; e se os produtos alimentícios com marketing lúdico destinados ao

público infantil são mais saudáveis do que produtos sem o marketing lúdico.

Os objetivos desta presente pesquisa foi de selecionar produtos de mesma categoria

com marketing lúdico e convencionais direcionados ao escolar, avaliar a preferência do

escolar na escolha de produtos com marketing lúdico ou convencionais e comparar a

qualidade nutricional de ambos os produtos analisados.

4

METODOLOGIA

Tipo de estudo e população

Foi realizado um estudo de campo do tipo transversal no período de agosto a setembro

de 2017. O local para realizar a pesquisa foi em uma empresa de supermercado e em uma

escola municipal de Araçatuba-SP. A coleta de dados iniciou após a assinatura do termo de

autorização pela diretora da escola (ANEXO 2).

A população de estudo foi composta por escolares matriculados no 2º ao 5º ano no

período matutino. Nesta faixa etária houve aproximadamente 270 alunos matriculados no

período matutino, deste total através do critério de sorteio aleatório das turmas existentes no

período, a amostra foi de 135 alunos.

Após sorteio e antes de iniciar a coleta de dados, os alunos levaram para casa o termo

de consentimento livre esclarecido (TCLE), (ANEXO 3), que deveria ser assinado pelo

responsável para a efetivação da participação do mesmo no estudo.

Foram adotados como critérios de inclusão escolares de 7 à 10 anos, que consentiram

e que trouxeram o TCLE assinado pelo responsável. Como critério de não inclusão foram as

crianças que não consentiram, que não apresentaram o TCLE assinado pelo responsável,

portadores de deficiência visual, física, motora e/ou cognitiva. Foram excluídas as crianças

escolares que faltaram no dia da coleta de dados e que preencheram o TCLE de forma

inadequada.

Coleta de dados

Identificação, seleção dos produtos alimentícios e análise da rotulagem nutricional

A escolha e identificação dos produtos alimentícios convencionais e destinados ao

público infantil foi realizada em um supermercado. Foram selecionados alimentos dos grupos

de sucos, biscoitos, bolos, bebidas lácteas, massas e alimento proteico (ANEXO 1). O critério

de seleção dos respectivos produtos foi a disponibilidade de obter os produtos nas versões

com marketing lúdico e convencionais (sem o marketing lúdico). Outro critério para a seleção

dos produtos foi obter produtos alimentícios para comparação de mesma categoria (macarrão

instantâneo, bebida láctea, biscoito recheado, bolinho de chocolate, iogurte de morango, leite

fermentado, néctar de uva, nuggets tradicional e hambúrguer bovino, todos os produtos com e

sem o marketing lúdico). Não foram incluídos os produtos que não possuíssem as versões

com marketing lúdico (salsicha). Foram excluídos os produtos com designação light e diet.

5

A descrição dos rótulos nutricionais (APÊNDICE 2) foi adquirida pelo rótulo

nutricional dos produtos. A análise da rotulagem nutricional foi do tipo comparativa para os

seguintes teores: valores de energia (Kcal), carboidrato (g), proteína (g), gordura total (g),

fibras (g) e sódio (g). Para a análise dos teores dos nutrientes foi realizado o cálculo do

percentual do nutriente presente na porção indicada do produto, utilizando regra de 3 simples,

onde o volume do produto é 100% e a quantidade do nutriente é igual a x.

Avaliação da preferência dos produtos alimentícios

Uma vez analisados os produtos, foi necessário avaliar a preferência dos escolares

entre os produtos com marketing lúdico e os convencionais (sem o marketing lúdico). Assim

foi utilizado um protocolo desenvolvido pelas próprias pesquisadoras (APÊNDICE 3), já que

não existe estudo validado com protocolo específico na temática.

O processo de avaliação seguiu critérios: os alunos, um de cada vez, adentraram a sala

destinada a coleta das informações e foram conduzidos a uma prateleira com todos os

produtos, simulando o processo de compra no supermercado. Cada aluno recebeu uma lista de

compras contendo todos os itens alimentícios inclusos na análise (APÊNDICE 4), com os

itens a serem comprados. O protocolo foi preenchido pelas pesquisadoras de acordo com o

que a criança comprou.

Análise dos dados

Após a coleta, os dados foram avaliados quanto a sua consistência, codificados e

transcritos em um banco de dados. Os dados foram descritos em frequência relativa (%) e

absoluta (n), por meio da estatística descritiva e apresentados na forma de tabelas e gráficos.

O software utilizado para análise dos dados foi o programa Excel 2010.

Para a análise comparativa (teores dos nutrientes) entre os produtos e para a análise

comparativa da aceitação dos escolares foi utilizado o Teste t e através do programa Graph

Pad Prism versão 7.03. Em todas as análises estatísticas, o nível de significância adotado foi

de 5% (p< 0,05).

6

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram identificados 9 produtos (bebida láctea, biscoito recheado de chocolate, bolinho

de chocolate, iogurte morango, leite fermentado, macarrão instantâneo, néctar de uva) com a

mesma descrição, categoria e com duas apresentações com e sem o marketing lúdico. Dentre

os 9 produtos analisados, não houve diferença significativa entre os teores energéticos dos

produtos com e sem marketing lúdico (p>0,05 p=0.8255), entretanto observou-se que a

maioria dos produtos com marketing lúdico apresentaram teores energéticos superiores aos

dos produtos sem marketing lúdico (Tabela 1).

Tabela 1. Valores calóricos da porção dos produtos com e sem marketing lúdico. Araçatuba – SP,

2017.

Categorias de Produtos

Alimentícios Com marketing lúdico Sem marketing lúdico

Bebida láctea (200ml)* 186 130

Biscoito recheado de chocolate (30g)* 144 133

Bolinho de chocolate (40g)* 133 132

Iogurte de morango (100ml)* 92,3 88

Leite fermentado (80g)* 41 51

Macarrão instantâneo (85g)* 386 374

Néctar de uva (200ml)* 78 90

Hambúrguer bovino (80g)* 224 145

Nuggets tradicional (130g)* 299 334

*Porção dos produtos com e sem marketing lúdico. Teste T Student p=0.8255

Na literatura científica há evidência destacando que o marketing de alimentos e

bebidas pode influenciar no consumo e nas preferências alimentares das crianças, e ainda

contribui para obesidade infantil por serem produtos ricos em gordura e açúcares

(RODRIGUES et al, 2011).

A nutrição nesta faixa etária é essencial para garantir um processo adequado de

crescimento e desenvolvimento. Hábitos alimentares adquiridos nessa etapa geralmente são

levados para a fase adulta, condicionando o estado nutricional e podendo contribuir para o

desenvolvimento de doenças relacionadas às inadequadas práticas alimentares. Neste

contexto, a influência da televisão e do marketing está relacionada ao quadro epidemiológico

de obesidade e doenças crônicas não transmissíveis (HENRIQUES et al, 2012).

Hoje em dia a maioria dos escolares se alimenta de forma errada, preferindo alimentos

industrializados, sendo ricos em gorduras, açúcares e corantes, que prejudicam a saúde, o

7

aprendizado e o desenvolvimento infantil. Uma boa alimentação é aquela que mantém o

organismo em estado de saúde, ou seja, com ossos e dentes fortes, peso e estatura de acordo

com o biótipo do indivíduo, boa disposição, resistência às enfermidades, vontade de trabalhar

e divertir-se, para isso se faz necessária uma dieta balanceada que contenha variados

nutrientes com múltiplas funções (CUNHA, 2014).

Ao analisar os produtos em relação aos teores de carboidrato não houve diferença

significativa entre os produtos (p>0,05/ p=0,9017). Entretanto, é importante destacar que

alguns produtos com marketing infantil como a bebida láctea, bolinho de chocolate e

macarrão instantâneo apresentaram teores superiores ao sem marketing lúdico.

Figura 1. Percentual dos teores de carboidrato na porção dos produtos com e sem marketing lúdico.

Araçatuba – SP, 2017.

Em relação aos teores de proteína também não houve diferença significativa entre os

produtos (p>0,05/ p=0,8049). De modo geral os teores proteicos foram próximos entre os

produtos. Todavia o produto hambúrguer bovino com marketing infantil apresentou teores

bem superiores ao sem marketing lúdico.

p=0,9017

8

Figura 2. Percentual dos teores de proteína na porção dos produtos com e sem marketing lúdico.

Araçatuba – SP, 2017.

Quanto aos teores de gorduras totais não apresentou diferença significativa entre os

produtos (p>0,05/ p=0,8912). Novamente o produto hambúrguer bovino com marketing

infantil apresentou teores superiores ao sem marketing lúdico, assim como o biscoito

recheado de chocolate.

Figura 3. Percentual dos teores de gorduras totais na porção dos produtos com e sem marketing

lúdico. Araçatuba – SP, 2017.

p=0,8049

p=0,8912

9

Ao analisar os produtos em relação aos teores de fibras não houve diferença

significativa entre os produtos (p>0,05/ p=0,6459). De modo geral nota-se que os produtos

são deficientes em fibra alimentar.

Os estudos demonstraram que o consumo rotineiro de fibras da população brasileira

não atinge a meta de recomendação diária. Portanto, o incentivo ao consumo diário de fontes

alimentares de fibras precisa ser prioritário para todas as faixas etárias (Departamento de

Nutrição e Metabologia da SBD, 2009).

Evidências apontam que a utilização da recomendação de fibra alimentar idade + 5

está associada a menor risco de constipação intestinal na infância (VITOLO, 2015).

Figura 4. Percentual dos teores de fibras na porção dos produtos com e sem marketing lúdico.

Araçatuba – SP, 2017.

Ao analisar os produtos em relação aos teores de sódio não houve diferença

significativa entre os produtos (p>0,05/ p=0,9228). Destaca-se que alguns produtos com

marketing infantil como a bebida láctea, biscoito recheado de chocolate, bolinho de chocolate

e nuggets tradicional apresentaram teores superiores ao sem marketing lúdico.

O consumo excessivo de sódio na infância pode estar relacionado ao crescente

aumento de hipertensos na fase adulta. As crianças estão sendo cada vez mais diagnosticadas

com pressão alta e outros componentes da síndrome metabólica no Brasil e em outros países

em desenvolvimento (VITOLO, 2015).

p=0,6459

10

Figura 5. Percentual dos teores de sódio na porção dos produtos com e sem marketing lúdico.

Araçatuba – SP, 2017.

Ao avaliar a rotulagem nutricional dos produtos com marketing lúdico pode-se dizer

que a qualidade nutricional é inferior aos dos produtos sem marketing lúdico.

Para avaliar as preferências por esses produtos industrializados foram incluídos 135

escolares, estes apresentaram média de idade 8 ±1,06 e predomínio para o sexo masculino

(57,03%).

Figura 6. Percentual dos escolares quanto a escolha dos produtos com e sem marketing lúdico.

Araçatuba – SP, 2017.

p=0,9228

p=0,1167

11

Analisando as preferências do total dos escolares observou-se que não houve diferença

significativa entre os produtos (p>0,05/ p=0,1167). Entretanto, a opção por produtos com

marketing lúdico foi prevalente entre as crianças. As justificativas dos escolares, quanto à

preferência dos produtos, foram “porque é o que tem na minha casa”, “porque é o que a minha

mãe compra”, “porque eu acho que é mais saudável”, “porque a embalagem é mais bonita”.

A exposição ao marketing alimentar pode influenciar de diversas formas no

comportamento alimentar das crianças. A influência do marketing não funciona só ao nível da

marca publicitada, mas também ao nível de produtos pertencentes à categoria de elevada

densidade energética, existindo um impacto da publicidade televisiva generalizado a outros

produtos da mesma categoria, no qual o alimento publicitado se insere ((RODRIGUES et al,

2011).

Alguns estudos têm sugerido consistentemente que a exposição a anúncios de produtos

alimentares leva ao aumento da energia total ingerida pelas crianças. Em um estudo

mencionado por Carmo (2012) foi possível demonstrar que a exposição de crianças a

anúncios televisivos aumentava a sua seleção do número total de alimentos, de alimentos

ricos em gordura e do número total de alimentos de determinada marca e também estimulava

a ingestão energética, aumentando as escolhas de alimentos menos saudáveis. Para elevada

frequência dos anúncios a produtos alimentares dirigidos a crianças, os géneros alimentícios

mais publicitados diferiram significativamente dos recomendados no âmbito de uma

alimentação saudável, sendo eles frutas, legumes e hortaliças a escolha é principalmente em

produtos ricos em gordura, açúcares e sal, entre os produtos mais publicitados estão os cereais

açucarados, os bolos e doces, salgadinhos, e os refrigerantes e restaurantes de fast-food.

O marketing alimentar dirigido a crianças tem sido alvo e tema de debate internacional

devido à elevada frequência e intensidade de publicidade a alimentos menos saudáveis na

televisão, em particular em horários e canais em que as crianças são alvos principais

(RODRIGUES et al, 2011).

Observa-se na literatura científica escassez de estudos relacionados à temática, o

estudo que permitiu comparação foi de Letona et al., (2014 apud Lima, 2015) no qual

desenvolveram um estudo com crianças entre 7 e 12 anos na Guatemala. Os pesquisadores

solicitaram as crianças três atividades: listar os produtos alimentares que mais adquirem,

selecionar a imagem do seu produto preferido, a embalagem que eles mais gostavam, produto

que aparentava ser mais saudável, dentro de oito escolhas e desenhar uma embalagem de um

novo produto. As crianças selecionaram os seus produtos favoritos com base no sabor,

provando que a embalagem pode influenciar e melhorar a percepção do sabor do alimento. Os

12

pesquisadores concluíram que os elementos visuais influenciaram a criança, fazendo-a

escolher a embalagem favorita. Várias crianças não escolheram produtos com fruta e legumes

na embalagem, referindo à aparência de um sabor amargo. Entre os efeitos visuais, foram

referidos os desenhos, personagens populares e a combinação de cores.

De acordo a revisão de literatura publicada por Lima, (2015) foi legítimo referir que

as embalagens têm de alguma forma, um impacto positivo ou negativo nas escolhas das

crianças. E a revisão concluiu que a técnica presente nos produtos com maior referência e

consequente impacto positivo nas crianças, foi o design associado ao merchandising e ao

patrocínio.

Quanto ao conhecimento ou não dos produtos alimentícios com e sem o marketing

lúdico apresentados, todos os escolares os conheciam e/ou já os consumiram.

O resultado do presente estudo permitiu comprovar o impacto do marketing das

embalagens nas escolhas dos escolares, sendo necessária a implementação de atividades de

educação nutricional que envolvam e trabalhem a rotulagem nutricional dos produtos

alimentícios com os escolares.

13

CONCLUSÃO

Foi possível encontrar um número reduzido de produtos industrializados com e sem

marketing lúdico, o que impossibilitou ampliadas comparações. Apesar de não encontrar

diferenças significativas entres os teores de energia, carboidrato, proteína, gorduras totais,

fibras e sódio dos produtos, a qualidade dos produtos com marketing lúdico foi inferior. A

opção por produtos com marketing lúdico foi prevalente entre as crianças.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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15

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VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio,

2015

16

APÊNDICE 1

Quadro 2. Cronograma de atividades a serem seguidas conforme os meses para

desenvolvimento, entrega e apresentação do TCC. Araçatuba/SP, 2017.

CRONOGRAMA

Atividades/ Meses de 2017 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Formulação do tema X X

Elaboração da literatura X X

Revisão de literatura X X X X X X X

Elaboração do Projeto de pesquisa X X

Elaboração dos protocolos utilizados X X

Seleção das amostras X

Coleta das amostras no supermercado X X

Preparo das embalagens X X

Assinatura do termo de autorização da

diretora da escola para pesquisa

X

Termo de consentimento Livre e

Esclarecido para Menor

X

Aplicação do protocolo X

Coleta de dados dos protocolos X

Elaboração do banco de dados X

Digitação dos dados coletados X

Análise estatística X

Elaboração dos resultados X

Elaboração do relatório final X X

Apresentação X

17

ANEXO 1

Imagens 1. Embalagens dos produtos com e sem marketing lúdico analisados.

Macarrão instantâneo

Com marketing lúdico: Sem marketing lúdico:

Bebida láctea

Com marketing lúdico: Sem marketing lúdico:

Biscoito recheado

Com marketing lúdico: Sem marketing lúdico:

18

Bolinho de chocolate

Com marketing lúdico: Sem marketing lúdico:

Iogurte de morango

Com marketing lúdico: Sem marketing lúdico:

Leite fermentado

Com marketing lúdico: Sem marketing lúdico:

19

Néctar de maracujá

Com marketing lúdico: Sem marketing lúdico:

Nuggets tradicional

Com marketing lúdico: Sem marketing lúdico:

Hambúrguer bovino

Com marketing lúdico: Sem marketing lúdico:

20

APÊNDICE 2

Quadro 2. Dados dos rótulos nutricionais de produtos alimentícios avaliados do tipo

convencional e destinados ao público infantil, em diversas categorias. Araçatuba/SP, 2017.

Categorias de Produtos

Alimentícios

(*Convencional e Infantil)

Porção

Valor

Energético

(kcal)

Carboidrato

(g)

Proteína

(g)

Gorduras

Totais (g)

Fibras

(g)

Sódio (g)

*Bebida Láctea 200ml 130 20 (10%) 5,0 (2,5%) 3,5 (1,7%) 1,0 (0,5) 0,115

(0,05%)

Bebida Láctea Toddynho 200ml 186 31 (15,5%) 3,7

(1,85%)

5,5

(2,75%)

0 0,16

(0,08%)

*Biscoito Recheado de

Chocolate

30g 133 21 (70%) 2,5 (8,3%) 4,5 (15%) 0,7 (2,3%) 0,063

(0,21%)

Biscoito Recheado

Trakinas Chocolate

30g 144 21(70%) 1,8

(6%)

5,8

(19,3%)

1,0 (3,3%) 0,077

(0,25%)

*Bolinho de Chocolate 40g 132 18 (45%) 2,1 (5,2%) 5,7

(14,2%)

0,6 (1,5%) 0,062

(0,15%)

Bolinho de Chocolate do

Bob Esponja

40g 133 19 (47,5%) 2,1 (5,2%) 5,4

(13,5%)

0,8

(0,02%)

0,083

(0,20%)

*Iogurte de morango

Danoninho

100g 88 13 (13%) 2,1 (2,1%) 3,1 (3,1%) 0 0,038

(0,03%)

Iogurte de morango

Danone

100g 92,3 14,1 (14,1%) 2,05

(2,0%)

3,1 (3,1%) 0 0,037

(0,03%)

*Leite Fermentado 80g 51 11 (13,7%) 1,5 (1,8%) 0 0 0,030

(0,03%)

Leite Fermentado

Chamyto

80g 41 8 (10%) 1,6 (2%) 0 0 0,028

(0,03%)

*Macarrão Instantâneo

sabor Carne

85g 374 49 (57,6%) 8,5 (10%) 16

(18,8%)

2,2

(25,8%)

1,363

(1,60%)

Macarrão Instantâneo

Turma da Mônica Carne

85g 386 51 (60%) 8,1

(9,52%)

16

(18,8%)

2,4

(2,82%)

1,357

(1,59%)

*Néctar de Uva 200ml 90 21 (10,5%) 0 0 0 0

Néctar de Uva Kapo 200ml 78 19 (9,5%) 0 0 0 0,008

(0,004%)

*Hambúrguer bovino 80g 145 1,8 (2,25%) 12 (15%) 10 (12,5) 0 0,554

(0,69%)

Mini Hambúrguer bovino

Turma da Mônica

80g 224 0 19

(23,7%)

16 (20%) 0 0,235

(0,29%)

*Nuggets Tradicional 130g 334 25 (19,2%) 15

(11,5%)

20

(15,3%)

2,3

(1,76%)

0,476

(0,36%)

Nuggets Tradicional

Minions

130g 299 24(18,4%) 17 (13%) 15

(11,5%)

2,3

(1,76%)

0,530

(0,40%)

*Alimentos sem o marketing lúdico

21

ANEXO 2

TERMO DE AUTORIZAÇÃO

Exma. Sra. Diretora da EMEF Leonísia de Castro: Vânia Rosário Gabas.

Eu, Valéria Nóbrega da Silva, responsável pela orientação do Trabalho de Conclusão de

Curso das alunas pesquisadoras Jéssica Mariane da Silva Guimarães e Marcela Fernandes

Marques, as quais pertencem ao curso de nutrição do Centro Universitário Toledo, venho

requerer autorização para realizar coleta de dados sobre a influência do marketing das

embalagens na escolha do escolar, em Agosto de 2017. Estes dados subsidiarão o trabalho

intitulado Marketing das embalagens: análise da rotulagem nutricional e impacto na

escolha de produtos destinados ao público infantil, que tem como objetivo selecionar

produtos de mesma categoria com marketing lúdico e convencionais direcionados ao

escolar, avaliar a preferencia do escolar na escolha de produtos com marketing lúdico ou

convencionais e comparar a qualidade nutricional de produtos com marketing lúdico e

convencionais.

Esclarecemos que o aluno será convidado a participar da pesquisa, sendo devidamente

orientado por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido para Menor, e a coleta de dados dos alunos só ocorrera

após a assinatura do responsável. Informo ainda que todas as informações coletadas neste

estudo são estritamente confidenciais. Somente as pesquisadoras e a orientadora terão

conhecimento dos dados.

Araçatuba, 16 de Agosto de 2017.

________________________________________

Valéria Nóbrega da Silva - Assinatura da Professora Orientadora

_________________________________________

Jéssica Mariane da Silva Guimarães - Assinatura Aluna Pesquisadora

_________________________________________

Marcela Fernandes Marques - Assinatura Aluna Pesquisadora

Autorização/Ciência:

_______________________________________

22

ANEXO 3

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

para Menores de Idade

Prezado(a) Senhor(a) responsável/ representante legal:

Gostaríamos de obter o seu consentimento para o menor

____________________________________________ participar como voluntário da

pesquisa “Marketing das embalagens: análise da rotulagem nutricional e impacto na

escolha de produtos destinados ao público infantil”, que se refere a um projeto de Trabalho

de Conclusão de Curso das participantes Jéssica Mariane da Silva Guimarães e Marcela

Fernandes Marques portadoras dos RG: 47.968.688-9 e 36.459.217-5 da Graduação do

curso de nutrição do Centro Universitário Toledo localizado no município de Araçatuba,

que será realizada em Araçatuba- SP, na EMEF Leonisia de Castro.

O objetivo da pesquisa é selecionar produtos de mesma categoria com marketing

lúdico e convencionais direcionados ao escolar, avaliar a preferencia do escolar na escolha

de produtos com marketing lúdico ou convencionais e comparar a qualidade nutricional de

produtos com marketing lúdico e convencionais.

A participação de seu filho é muito importante e ela se daria da seguinte forma:

mediante exposição de embalagens de produtos alimentícios convencionais (embalagem

sem desenho) e destinados ao público infantil (embalagem com desenho), e ao

Questionário de apoio onde se fará a identificação da idade e série de seu filho e sua

escolha quanto a embalagem (ex: macarrão instantâneo: ( ) convencional ( ) infantil).

Gostaríamos de esclarecer que sua participação é totalmente voluntária, podendo você:

recusar-se a participar, ou mesmo desistir a qualquer momento sem que isto acarrete

qualquer ônus ou prejuízo à sua pessoa. Informamos ainda que as informações serão

utilizadas somente para os fins desta pesquisa e serão tratadas com o mais absoluto sigilo e

confidencialidade, de modo a preservar a sua identidade.

Os benefícios esperados são: conhecer o impacto do marketing das embalagens na

escolha das crianças. Informamos que o(a) senhor(a) não pagará nem será remunerado por

sua participação.

23

Caso você tenha dúvidas ou necessite de maiores esclarecimentos pode nos contatar:

Valéria Nóbrega da Silva, pelo endereço: Antônio Afonso de Toledo n°595, Araçatuba –

SP, telefone: (18) 3636 –7055 e-mail: [email protected]

Araçatuba, 16 de Agosto de 2017.

______________________________________________

Jéssica Mariane da Silva Guimarães – Pesquisadora Participante

______________________________________________

Marcela Fernandes Marques – Pesquisadora Participante

______________________________________________

Valéria Nóbrega da Silva – Professora Orientadora

____________________________________________________, tendo sido devidamente

esclarecido sobre os procedimentos da pesquisa, concordo em participar voluntariamente

da pesquisa descrita acima.

____________________________

(Responsável/ Representante legal)

24

APÊNDICE 3

Questionário de apoio para trabalho de conclusão de curso

Escola EMEF Leonísia de Castro

Série: Idade: Sexo:

1. Conhece os alimentos?

( )SIM ( )NÃO

Quais? ________________________________________________________________

2. Já consumiu os alimentos?

( )SIM ( )NÃO

Quais? ________________________________________________________________

3. Se fosse consumir, qual escolheria?

Macarrão instantâneo:

( )CONVENCIONAL ( )INFANTIL

Bebida láctea:

( )CONVENCIONAL ( )INFANTIL

Biscoito recheado:

( )CONVENCIONAL ( )INFANTIL

Bolinho de chocolate:

( )CONVENCIONAL ( )INFANTIL

Iogurte de morango:

( )CONVENCIONAL ( )INFANTIL

Leite fermentado:

( )CONVENCIONAL ( )INFANTIL

Néctar de uva:

( )CONVENCIONAL ( )INFANTIL

Nuggets tradicional:

( )CONVENCIONAL ( )INFANTIL

Hambúrguer bovino:

( )CONVENCIONAL ( )INFANTIL

Por que escolheu esses alimentos? _________________________________________

25

APÊNCIDE 4

Lista de compras

Macarrão instantâneo

Bebida láctea

Biscoito recheado

Bolinho de chocolate

Iogurte de morango

Leite fermentado

Néctar de uva

Nuggets tradicional

Hambúrguer bovino