Mario Salerno, apresentação
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Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Mario Sergio SalernoLaboratório de Gestão da Inovação
Departamento de Engenharia de ProduçãoEscola Politécnica da Universidade de São Paulo
(Poli-USP)
Observatório da Inovação e CompetitividadeInstituto de Estudos Avançados da USP
(IEA-USP)
12º Fórum de Debates Brasilianas.org - Política de inovação Tecnológica e CientíficaSão Paulo, 30 de agosto de 2011
Provocações & Demonstrados1. O problema da inovação no Brasil está na empresa, não na
universidade ou nos mecanismos diretos de apoio2. Volume de patentes é função da estrutura industrial
Problema de tecido industrial: ausência de farmacêuticas/eletrônica TNCs fazem muito pouco P&D no Brasil (estr. produtiva internacionalizada)
3. Incentivos induzem aumento do gasto privado em P&D (comprovado no Brasil)3b. Fundos setoriais desenv. para e capturados pela comunidade científica
4. Melhor desempenho inovador P&D + organização dinâmica/ flexível e trabalho (semi)autônomo (Jensen et al, 2007)
5. Inovação na empresa é processo gerenciável Sistema de gestão de inovação tem muitas particularidades Organiz. e gestão contingente conforme o tipo de projeto de inovação Gestão de incertezas é fundamental
Há métodos para tratar projetos potencialmente disruptivos/grandes incertezasMario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Mario Sergio Salerno
Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Professor titular do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade de São PauloEngenheiro de Produção, mestre, doutor e livre-docente em Engenharia de Produção
Especializado em inovação tecnológica e desenvolvimento (Univ. Sussex, Inglaterra)Pós-doutorado no LATTS-ENPC (Laboratoire Techniques, Territoires et Sociétés, Ecole Nationale des Ponts et Chaussées, França)
Coordenador do Observatório da Inovação e Competitividade do Instituto de Estudos Avançados da USPCoordenador do Laboratório de Gestão da Inovação da Poli-USPMembro dos Conselhos de Orientação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Estado de São Paulo e do INT – Instituto Nacional de Tecnologia do Ministério da Ciência e TecnologiaEx-Diretor da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (2005-6)
Ex-Diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (2003-2004)
Laboratório de Gestão da Inovação Poli/USP www.pro.poli.usp.br
Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
CursosGraduação Projeto, Processo e Gestão da Inovação (9º.sem)
Pós-graduação Gestão Estratégica da InovaçãoExtensão Gestão da Inovação (modular)
ProjetosFapesp: Modelos para organização e gestão da cadeia de valor expandida da inovação na empresaImpactos da Petrobras nas empresas de serviços de engenhariaExtensionismo em organização / gestão da inovação Projeto Pro-Engenharia / Capes “Gestão de Operações em Empresas Inovadoras” – Com Coppe/UFRJ/PEP, DEI/UFRJ, Unisinos, INPI, UFPE
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Criado em 2007 - iniciativa dos Profs. Glauco Arbix (FFLCH-USP) e Mario Sergio Salerno (POLI-USP)
Histórico Objetivos Algumas realizações
Articulado com diversas instituiçoes externas
Sediado no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP)
Foco
- Inovação, Competitividade e Desenvolvimento na sociedade do conhecimento
Objetivos
- Geração de conhecimento;
- Discussão de políticas públicas e de estratégias empresarias pró-inovação
- Difusão
Observatório da Inovação e Competitividadewww.observatoriousp.pro.br
Observatório da Inovação e Competitividade - IEA/USP
DataEngenharia:Sistema de indicadores de Engenharia
Sistema de indicadores de Inovação
Construção de sistema de indicadoresque possibilite recortes temáticos (inovação não tecnológica, patentes, educação, etc.) e regionais, para permitir discussões de desenvolvimento e de políticas de inovação (nacionais, regionais, setoriais,...)
Construção de um amplo e consistente sistema de indicadores que permita avaliar sistematicamente a situação das engenharias no Brasil, viabilizando análises regionais, setoriais e comparações internacionais.
Projeto NAP/OIC Lançado publicamente dia 9 de maio de 2011
Observatório da Inovação e Competitividade - IEA/USP
Gestão da Inovação...
...Difere conformeContingências da empresa e do projeto Incertezas associadas a cada projeto (cf projeto Fapesp)
Proteção da “inovação” depende de cada “inovação”
Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
O tipo de proteção da inovação depende
Do setorfarmacêutico/eletrônico/químico X metalúrgico
conhecimento mais explícito ou mais tácito
Da inovação específica que se quer protegerDa capacidade de a empresa fazer valer seu direito de propriedade intelectual
caso WalkmanDa capacidade de gestão do portfólio de projetos e de patentes
patente custa.... Quanto vale?Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Modelo canônico de gestão da inovação Stage-gates (Cooper)
Projeto de produto como processo estruturado, independente do projeto“Gates” predefinidos: decisões para/continuaVoltado para inovações incrementais, para produtos-mercados “conhecidos”Decisões estruturadas a partir de índices tipo ROI, VPL, lucratividade etc.Pressupõe fluxo “contínuo” de projetos semelhantes (ref. avaliação/gestão)Independe (não aborda) organização e mobilização de recursos para fazer o processo “andar”
Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Conhecimento hegemônico e grau de sua codificação
Mercado: Maduro;
Em Formação; Em Ampliação;
Inexistente
Trajetória Tecnológica:Tec maduras;Adaptação;Integração;
Inexistentes
Dispêndio total
Conceito do produto
Posição na cadeia de valor / posição
do cliente para prateleira, empresa
ou a pedido
Ciclo de vida do produto Produto:
Melhorias;Nova família;
Nova plataformaa) Produto novo p/ empresab) Pedido de cliente / desenv. a partir de pré-existente
CONTINGÊNCIAS
Processo da InovaçãoNão é linear, mais para rede do que para cadeiaNão segue necessariamente o fluxo geração de ideias desenvolvimento lcto
Fluxos de concepção, de P&D e de desenvolvimento de produto (PDP) têm lógicas, exigem recursos e levam e resultados diferentes entre si
não misturá-los!!!Posição do cliente é decisiva
Pedido ≠ prateleira/estoqueProcesso de venda / lcto pode acontecer antes do PDPDesenvolvimento pode esperar vendas (ex.: viabilizar escala)
Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
BrasilAvaliação de Políticas de Apoio à Inovação
Pesquisas do Ipea
Maior conjunto de informações sobre a indústria brasileira jamais reunidoPINTEC/IBGE; PIA/IBGE; RAIS/MTE; SECEX/MDIC; BACEN; MPOG (1996-2002)95% do valor adicionado; 72.000 empresas, 5,6 milhões de trabalhadores
Categorização das empresas por estratégia competitiva e desempenhoA) Firmas que inovam e diferenciam produto
Lançaram produto novo para o mercado Obtiveram preço-prêmio nas exportações de no mínimo 30% com relação aos demais exportadores brasileiros do mesmo produto
B) Firmas especializadas em produtos padronizados (alta produtividade)
Exportadoras sem preço-prêmio (não incluídas no grupo acima)Não exportadoras com produtividade maior ou igual às exportadoras
C) Firmas que não diferenciam produto e têm produtividade menorNão classificadas nas categorias anteriores
Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Perfil das Empresas
34,2
158,1
545,9
Pessoal ocupado(média)
(VTI/Trabalhador)
10,0
44,3
74,1
Produti-vidade
(R$1000)
100%100% 71.996Total
38,2%11,5%55.486(77,1%)
Não diferen-ciam produtos e têm produti-vidade menor
48,7%62,6% 15.311(21,3%)
Especializadas em produtos padronizados
13,2525,9%1.199(1,7%)
Inovam e diferenciam produto
% do empreg
o
% do Fatura-mento
Total de empre-
sas
Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Inovar é bom para os salários
035,416,89431,00Não diferenciam e têm produtividade menor
1143,907,64749,00Especializadas em produtos padronizados
2354,099,131.255,00Inovam e diferenciam produto
Prêmio Salarial*
(%)
Tempo de emprego(meses)
Escolaridade
(anos)
Remune-ração
(R$/mês)
(*) isola o efeito da inovação e diferenciação sobre os salários, via controle de 200 variáveis, como faturamento, número de trabalhadores, setor, localização, coeficiente de exportação etc.
Média aritmética de 2.000
Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Esforço para inovarP&D interno / faturamento
0,7*Total da indústria
0,39Não diferenciam produtos e têm produtividade menor
0,99Especializadas em produtos padronizados
3,06Inovam e diferenciam produtos
(*) Alemanha: 2,7% França: 2,5%
Esforço para inovar é maior nas empresas nacionais
As empresas nacionais investem 80,8% mais em P&D interno como proporção do faturamento do que as filiais das
estrangeirasEsforço inovativo = gastos internos de P&D /faturamento
Dado bruto médio por empresa Nacionais: 0,75%; TNCs: 0,62% Análise probabilística a partir de consolidação firma a firma, controlando cerca de 200 variáveis esforço nacionais 80,8% maior
faturamento, setor, pessoal, coeficientes de exportação e importação etc.
TNCs: menos gastos internos e mais aquisições externas
TNCs: impacto positivo sobre o esforço inovativo das nacionais+ 1% de part. mercado das TNCs = + 9% gasto de P&D das nacionais+ 1% de gasto de P&D num setor = + 4% gasto P&D das nacionais
79% das TNCs não inovam e diferenciam produtoEsforço tecnológico concentrado nas matrizesSubsidiárias brasileiras estabelecidas para o mercado interno
O que a pesquisa mostra
Inovar e diferenciar produtos é o caminho para a indústria brasileira ganhar maior destaque no cenário mundialFirmas que inovam e diferenciam produtos representam 26% do faturamento da indústria
39% delas realizaram mudanças na estratégia corporativa
Inovação não é prerrogativa exclusiva de grandes empresas nem de determinados setoresParcela do empresariado está conectado com as transformações e oportunidades abertas no mundo, inovando e diferenciando produtos, buscando seu lugar na competição internacionalInovação gera efeitos positivos sobre salários, exportações, produtividade, crescimento das empresasPolítica Industrial relevante está orientada para fortalecer estratégias competitivas marcadas pela inovação e devem ajudar a disseminar a cultura da inovação
Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Mario Sergio SalernoLaboratório de Gestão da Inovação
Departamento de Engenharia de ProduçãoEscola Politécnica da Universidade de São Paulo
(Poli-USP)
Observatório da Inovação e CompetitividadeInstituto de Estudos Avançados da USP
(IEA-USP)
12º Fórum de Debates Brasilianas.org - Política de inovação Tecnológica e CientíficaSão Paulo, 30 de agosto de 2011
(11) 30915363www.observatoriousp.pro.br
www.pro.poli.usp.br