[Mari Nobre Historia Garimpos] Cap 1 Artacho Jurado
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Não guardo mágoa, mas guardo todo o resto…
Mariana Nobre
Sou garimpeira, pesquisadora e articuladora cultural. Trabalho com Tendências de Comportamento e Inovação, mas também sou uma entusiasta dos Movimentos de
Volta ao Passado e Resgate das Ruas.
Mariana Nobre
Fepp
a R
odri
gues
Uma paixão pela descoberta Faz de mim alguém que quer inspirar pessoas a recuperar
culturas de tempos atrás e olhar para o futuro através dos lastros
da história.
Senta que lá vem história! Meus olhos brilharam quando roubei uma coleção de revistas Manchete da
minha avó, aos 10 anos. Não ligava para os dedos que ficavam sujos, nem para as broncas que a minha mãe me dava por
isso. O que me encantavam eram aquelas fotos, propagandas e uma sensação de viagem ao mundo dos sonhos, que tudo
aquilo me proporcionava.
E, ao passo em que eu descobria mais sobre este ‘mundo novo’, tentava convencer os outros de que aquilo era mágico (que é o que eu faço até hoje!), mas nem eu sabia o porquê...
Passei da criança que colecionava revistas, cédulas e moedas à adolescente ‘fashionista’ que comprava roupas legais nos brechós.
Em uma época em que sebos, antiquários e todo o comércio de ítens usados eram tidos como depósitos de peças indesejadas…
O status de descolado, na verdade, escondia o que havia de mais precioso em tudo isto: o resgate. Peças recuperadas poderiam ter sua
história continuada, passavam a colaborar com uma retração econômica necessária e tinham papel fundamental no rompimento com
os paradigmas da obsolescência.
Mas ainda era cedo pra se falar em tudo isso. Me mudei pra São Paulo.
Cheguei na cidade nova. Ganhei olhos de turista. Olhava pra todos os lugares, pra todos os cantinhos dessa cidade imensa.
Mas um dia, andando e observando tudo,
olhei pro céu…
… e reencontrei Artacho Jurado.
Gal
Opp
ido
Eu não sabia muito bem o nome dele. Na verdade, eu só sabia que os prédios que ele
tinha feito eram os que me hipnotizavam na orla da praia de Santos. “Só alguem muito
feliz pode fazer um prédio tão colorido. Parecia coisa de ET…”
Gal
Opp
ido
Fui atrás do nome dele. Me apaixonei por sua história. Era engraçado como tudo isso me
levava para um mundo de sonho. (Acho que estou me repetindo…)
Mas eu só queria que mais gente soubesse. Soubesse o quanto tudo isso é tão mágico…
Thais N
F M
orales
Foi um bom tempo na espera. Mas um dia apareceu. A luz que vinha da janela
era linda. É aqui! É aqui!
E esse apartamento tão esperado – o primeiro que era só meu – abrigou todos os meus
cacarecos, tudo o que eu gosto de guardar…
Hel
io S
ique
ira
Mas ainda faltava contar pra todo mundo quem era este grande sonhador. �
Mesmo que “todo mundo” fossem só os meus amigos.
Mas, de amigo em amigo, conheci o professor Ruy Debs. Ele estava publicando o primeiro
livro sobre a vida e a obra do Artacho. Juntos, fizemos uma noite só para celebrar
esta história e contá-la pra mais gente!
Palestra Artacho Jurado Setembro de 2008
Ed. Planalto
Eram móveis de grandes designers brasileiros. Tudo isso vindo de
colecionadores e antiquários que acreditaram nesse encontro.
(Meus imensos agradecientos ao Ricardo Dembosch, da London 335, que fez o bar com lindos objetos dos anos 50 e 60, e ao Augusto Tiese, da 5 Décadas, que levou estes móveis raríssimos ao evento!
(Estas em primeiro plano são originais Zanine)
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Continua… Veja as próximas apresentações nos links a seguir [slideshare]