Maré de Notícias #39
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![Page 1: Maré de Notícias #39](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/568c35a71a28ab02359514eb/html5/thumbnails/1.jpg)
Perfil
Jorginho de BonsucessoPág. 3
Nossa história
Carta de D. Mironeide de 1980 ajudou a evitar remoção de moradores
Pág. 4 e 5
Deliciosa e fácilCanjica a qualquer hora
Pág. 15
39Ano IV, No março de 2013 - Maré, Rio de Janeiro - distribuição gratuita
Centro de ArtesConheça as novas oficinas
Pág. 15
Notícias sobre instalação de fu-tura UPP na Maré geram deba-tes sobre o direito do morador à segurança pública. Não cabe à polícia invadir casas sem man-dado judicial nem ditar regras de conduta social. Para esti-mular o debate entre os mora-dores, a campanha “Somos da Maré e temos direitos” voltou às ruas com a distribuição, de casa em casa, de folder e ade-sivo explicativo sobre o papel da polícia. Pág. 8 e 9
Moradores exigem respeito
Estilo Marcílio Dias Roquete Pintopede passagem
Fab
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Marcílio Dias tem crescido mais para os lados do que para cima. As casas de
um pavimento ainda são a maior parte, dando um estilo próprio à comunidade. Mas os espa-ços estão acabando e o cresci-mento vertical parece ser uma questão de tempo.
Pág. 10 e 11
Agora só há saída em direção à zona nor-te. Ir ao centro ou ao Hospital Federal de Bonsucesso só dando uma volta enorme. Estudantes penam para atravessar a rua e a Associação de Moradores de Roque-te pede à prefeitura para rever a situação.
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Repórteres e redatores Aramis Assis
Hélio Euclides (Mtb – 29919/RJ)Rosilene Miliotti
Fabíola Loureiro (Estagiária)
Fotógrafa Elisângela Leite
Projeto gráficoe diagramação
Pablo Ramos
Logotipo Monica Soffiatti
Colaboradores Anabela Paiva
André de LucenaAydano André Mota
Flávia OliveiraImagens do Povo
Impressão Gráfica Jornal do Commércio
Tiragem 40.000 exemplares
Leia nosso Maré na internet e baixe o PDF:www.redesdamare.org.br.
Expediente
Instituição Proponente Redes de Desenvolvimento da Maré
Diretoria Andréia Martins
Eblin Joseph Farage (Licenciada) Eliana Sousa Silva
Edson Diniz Nóbrega Júnior Helena Edir
Patrícia Sales Vianna
Coordenação de ComunicaçãoSilvia Noronha
Instituição Parceira Observatório de Favelas
Apoio Ação Comunitária do Brasil
Administraçãodo Piscinão de Ramos
Associação Comunitária
Roquete Pinto
Associação de Moradores e Amigos do Conjunto Bento Ribeiro Dantas
Associação dos Moradores e Amigos do Conjunto Esperança
Associação de Moradores do Conjunto Marcílio Dias
Associação de Moradores do Conjunto Pinheiros
Associação de Moradores do Morro do Timbau
Associação de Moradores do Parque Ecológico
Associação de Moradores do Parque Habitacional
da Praia de Ramos
Associação de Moradores do Parque Maré
Associação de Moradores do Parque Rubens Vaz
Associação de Moradoresdo Parque União
Associação de Moradores
da Vila do João
Associação Pró-Desenvolvimento da Comunidade de Nova Holanda
Biblioteca Comunitária Nélida Piñon
Centro de Referência de Mulheres da Maré - Carminha Rosa
Conexão G
Conjunto Habitacional Nova Maré
Conselho de Moradores da Vila dos Pinheiros
Luta pela Paz
União de Defesa e Melhoramentos do Parque
Proletário da Baixa do Sapateiro
União Esportiva Vila Olímpica da Maré
Editora executiva e jornalista responsável
Silvia Noronha (Mtb – 14.786/RJ)
Redes de Desenvolvimento da Maré Rua Sargento Silva Nunes, 1012,
Nova Holanda / Maré CEP: 21044-242 (21) 3104.3276 (21)3105.5531
www.redesdamare.org.br [email protected]
Os artigos assinados não representam a opinião do jornal.
Parceiros:
EDIT
OR
IAL
COMO VOCÊ ESTÁ HOJE?
Cartas
Editorial
Parabéns pro Maré
Moro no Parque União e pela primeira vez tenho o prazer de conhecer o site de vocês (redesdamare.org.br). Sempre que possível leio o Maré de Notícias e quero parabenizar pelo bom trabalho; vocês são nota 10. Espero que continuem assim com ótima qualidade. Em nome de todos que leem o Maré de Noticias eu agradeço o empenho de vocês. Muito obrigado a todos.
Edson Mauro
Resposta da Redação:
Caro Mauro, a equipe agradece imensamen-te. Se quiser fazer uma visita ou sugerir pau-ta, a Redação fica no prédio da Redes, na Rua Sargento Silva Nunes, 1.012, na esquina com a Principal, em Nova Holanda. Tudo de bom para você!
A história nos ensina
Esta edição traz novamente um tema caro ao morador da Maré: o direito à segurança pública, que não se resume à entrada da polícia na favela. Vai muito além. Requer dos órgãos públicos o reconhecimento de que nós somos cidadãos com os mesmos direitos dos moradores de qualquer bairro do Rio de Janeiro.
Cabe a nós lutar por esse reconhecimento. A história mostra que as conquistas sociais e políticas vêm a partir da mobilização coletiva. Foi assim com o direito ao voto (antes só os homens ricos votavam), com os direitos da mulher (parabéns a todas pelo dia 8 de março), entre muitos outros. Já temos muitas conquistas. Precisamos avançar mais.
Nas próximas páginas, você vai ler sobre outras batalhas empreendidas pela população da Maré. Roquete Pinto pede passagem, as mães da Maré se unem e D. Mironeide e Jorginho de Bonsucesso relembram o passado, quando o governo ameaçou remover os moradores para Santa Cruz.
Muitas pessoas se uniram naquela época para impedir a remoção. D. Mironeide também fez a sua parte.
Boa leitura!
Maré perderá kombis
Tive uma enorme surpresa (negativa) com a matéria sobre a retirada de linhas de Kombi na Maré. Como ficaremos? Que seja feita a regularização, mas que não deixem a popu-lação na mão, ou melhor, a pé. A gente que mora na Vila do João já tem a situação da passarela, que ficou muito mais distante de nossas casas. “Temos” os ônibus do Fundão (demoram pra caramba!) que passam na pas-sarela da Linha Amarela, mas quem não tem essa alternativa precisa encarar a passarela da Av. Brasil e andar MUITO depois de um dia de trabalho. Agora, isso de retirar as kombis, sem fazer um planejamento que respeite e priorize a população, realmente não é justo.
Ah! Minhas sobrinhas Marianna e Beatriz amaram a receita da Sula, iremos fazer, pois deu água na boca só de ver o bolo no jornal (pág. 15 da Ed. 38, de fevereiro) rsrsrs
Sara Alves
Criação das Mães da Maré para sinalizar o humor de cada dia.Recorte e mostre ao mundo como você está se sentindo!
Conheça mais sobre o grupo na pág. 6.O conjunto de imãs está à venda e vem com uma setinha para você apontar a cara do seu dia!
![Page 3: Maré de Notícias #39](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/568c35a71a28ab02359514eb/html5/thumbnails/3.jpg)
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LJorginho é bome faz sucesso!Músico da Maré faz sucesso por todo o Rio
Fabíola Loureiro
José Jorge Teixeira, de 57 anos, o Jorginho de Bonsucesso, é um sambista nato. Quando era pequeno, sua mãe cantava nos coretos das praças em Minas Gerais e Jorginho fazia paródias e poesias na escola, o que deixava sua antiga professora de Português admirada.Aos 12 anos, Jorginho veio para o Rio de Janeiro, onde morou em um barraco na Rua Almirante Tamandaré, no Parque Maré, e atualmente vive na Vila do João. Seu primeiro CD foi com o Grupo Comunicasamba e contou com a participação do pandeirista Merildo Peçanha e outros bambas do samba, todos moradores da Maré. Além de cantor, Jorginho toca cavaquinho e há 30 anos é compositor da GRES Estação Primeira de Mangueira.
Durante a semana, o cantor trabalha como torneiro mecânico, mas nos fins de semana sempre faz shows. Costuma marcar presença nas rodas de samba dos grupos Já é e Lá Samba, na Maré, dando uma “canja”. Nas noites de quinta-feira canta no Sublime Relicário, que fica na Lapa; e às sextas, no restaurante Severina, em Laranjeiras.
“Meu estilo musical é o samba e minhas músicas falam do dia-a-dia da população. Tenho feito show todas as sextas no Severina e lá são vendidos os meus CDs. Sambista eu sou desde sempre, mas com 13 anos eu comecei a escrever letras de músicas e não parei mais. O meu terceiro CD está bem eclético, com sambas homenageando a Mangueira, músicas que falam do nosso cotidiano e uma até que fala sobre a Região dos Lagos. Também já está sendo vendido, mas estou vendo um local para fazer o lançamento oficial”, conta o sambista.
Nossa Maréem letra e música
A música “Querer o quê?” foi feita em 1977 em uma parceria com Ciro Luís, como uma forma de reivindicação para que os moradores da Nova Holanda e do Parque Maré não fossem removidos para Santa Cruz. O trecho dizia assim:
“(...) Sou menino de favela, onde nasci e me criei
Com muito esforço e trabalho, a Maré eu aterrei
Tinha um barraco de zinco, ai meu Deus como eu sofria
Hoje me sinto feliz, construí em alvenaria.”
Em 1979, Jorginho fez um novo samba, em agradecimento às obras e moradias na Vila do João e por não terem sido removidos para Santa Cruz.
“(...) Todos vão ganhar uma casa bonitaVão acabar com as palafitasVai ter área de lazer pras crianças deitar e
rolarUm jardim florido pras gatinhas passear (...)”
Já a música “Vila colorida do João” foi feita assim que os moradores ganharam suas casas:
“Eu vejo a alegria estampada, no rosto desta multidão
São os ex-palafitados, que hoje residem na Vila do João.
Cada família escolheu a casa e a cor preferida
E foi assim que a Vila ficou colorida.”
Capa do CD recém-lançado
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Carta vitoriosaMoradora envia mensagem ao presidente e contribui para mudar a história
Hélio Euclides Elisângela Leite
Imagine, num belo dia, você receber a notícia de que sua comunidade vai ser extinta e você deverá ser alocada em outro bairro distante. Isso foi o que ocorreu no Parque União, em 1980. O governo militar da época (o Brasil vivia uma ditadura, que durou de 1964 a 1985) já havia demarcado com números as casas que iriam ao chão.Mironeide Rezende Beleza não aceitou o fato de ter que ir morar em Santa Cruz e tomou uma decisão que iria contribuir para mudar o futuro de todos. Ela enviou uma carta ao então presidente da República, o general João Figueiredo. Para sua surpresa, recebeu a resposta de que não haveria mais remoção e ainda que os moradores seriam contemplados com obras de urbanização e legalização dos imóveis.
Na época, existia uma articulação da população local para encontrar uma solução. Ocorriam reuniões no antigo Clube Bola Branca, no Parque União, mas ela achava que o grupo não chegava a um denominador comum. Mironeide, depois de uma visita como representante da Legião de Maria, viu uma moradora chorar por causa da remoção. E foi nesse momento que decidiu escrever a carta. “Ela não podia ir para longe, pois tinha filhos pequenos estudando na Escola Napion e um marido que bebia muito. Esse caso me fez tomar a iniciativa,
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bati o pé e disse que não iríamos. Então fiz a carta para o presidente”, lembra ela.
Mironeide nasceu no Maranhão, depois foi para Fortaleza e de lá veio direto para o Parque União. Ela acha que foi o destino que a colocou nesse momento na comunidade. “O governo tinha planos para esse espaço. Foi Deus que me deu coragem para enfrentar. Sabia que estava enviando a carta a um militar, mas acreditava que ele era diferente dos que estavam lá”, deduzia. Quando enviou a correspondência, tinha 51 anos, e confessa que não espalhou o que aconteceu.
Carta para Mironeide
Ela conta que dois meses depois do envio da carta, aviões do exército sobrevoaram a Maré. Mais dois meses e veio a resposta do Palácio Guanabara. O representante do governo estadual informava que todos iriam ficar no mesmo lugar e ocorreria a urbanização. O outro passo veio por meio do ministro do Interior, Mário Andreazza, que chamou os moradores na sede do Banco Nacional de Habitação (BNH).
Lá cada um recebeu o título provisório; e depois a escritura, na sede da Caixa Econômica Federal. “O importante foi o resultado final, o que mostrou que sem luta não se chega ao progresso”, comenta Mironeide, que continua morando no Parque União.
Depois de tudo isso, Mironeide recebeu proposta para apoiar um político, mas como ele não cumpriu com a palavra de trazer melhorias para a Maré, ela disse não.
Trinta e três anos depois, ela acredita que o Parque União necessita de uma nova urbanização e que os políticos precisam olhar mais para a favela. “Nós de comunidade merecemos respeito, somos iguais em tudo, ou até melhores. É horrível as pessoas discriminarem quem mora nessas áreas. A imprensa de fora só mostra o lado ruim do Parque União”, desabafa.
Para Mironeide foi muito importante as pessoas permanecerem no Parque União. Todos tinham suas vidas organizadas aqui, com as
“(...) somos humildes trabalhadores exaustivos de lutar para sobreviver. Esta área é ocupada a maioria por humildes nordes-tinos que vieram lutar com sua bravura e seu heroísmo de raça, para trabalhar e lutar por um lugar ao sol. Foi com muito sacrifício, com lágrimas de mulheres e crianças, muitas das quais até famintas de alimentos porque trocavam este por um caminhão de aterro para prepararem o solo em que iam habitar. Hoje as áreas prontas, suas casas com água, luz, esgotos, tudo feito com a cota de todos os moradores.”
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Maré - RJ
“A nossa área é semi-urbanizada. Nós não sabemos se o Sr. pode nos dar a honra de uma visita para ver de perto e sentir conosco a necessidade de ficar e desfru-tar desta luta árdua de grande sacrifí-cio, sem que tenhamos nenhum compromisso com o BNH, e sim com a prefeitura, ca-dastrando nossas casas. E que o Sr. dê o Título de Posse da Terra em que mora-mos e queremos a legalização da área na prefeitura e a Urbanização. E que o BNH fique com a área que ele vai aterrar e beneficie os moradores das palafitas, preparando novas moradias e não prejudi-cando o que já está feito.”
Resposta do governo do estado
-- A área do Parque União, área de sua residência, será urbanizada, e mantidas as benfeitorias feitas pela população;-- A posse da terra será assegurada aos residentes pelo BNH, dentro das premissas do PROMORAR: repasse da terra aos moradores a preços mínimos, compatíveis com sua renda;-- A participação da população está sendo feita através da Associação de Moradores do Parque União, mediante reuniões já realizadas e programadas, de acordo com o andamento do Projeto;-- A legalização da área junto à Prefeitura do Rio de Janeiro faz parte dos estudos em desenvolvimento.
Fawler de MeloPresidente interino da Fundação para o Desenvolvimento da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, 06 de outubro de 1980.
vantagens de estarem perto de um hospital, das escolas e de condução. “Lembro das palafitas e das muitas necessidades da época. E por isso percebi que nós mulheres devemos nos interessar mais pela família e o redor”, conclui.
O professor de história e diretor da Redes de Desenvolvimento da Maré, Edson Diniz, acha admirável quando não nos conformamos. “Muitos acham que o pessoal da favela é acomodado. A história mostra o contrário; há as atitudes coletivas e outras isoladas como esta. O barato nesse caso foi que, mesmo com medo dos militares, do governo ou sem saber ao certo o canal para reclamar, ela batalhou e correu atrás do direito. A carta ao presidente foi estratégica”, finaliza Edson.
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DA Mães artesãs da Maré
Fabíola Loureiro
Com o objetivo de trabalhar a auto-estima das mulhe-res da Maré e proporcionar geração de renda para as participantes, foi criado em julho de 2010 o proje-to Mães da Maré, que desenvolve técnicas artesanais para produzir bijuterias indígenas, crochê e peças com aproveitamento de garrafas pet e tampinhas de plásti-co. Atualmente o projeto é formado por oito mulheres. Este ano, o grupo foi o responsável por confeccionar os ornamentos (colares e cocares) da comissão de frente da Mangueira para a Sapucaí.A coordenadora do projeto, Twry Pataxó, explica que o grupo não é apenas uma sala de artesanato, mas também um local de conversas, terapia e troca de experiências. “Muitas mulheres chegam sem saber nada e no grupo aprendem um pouco de cada técnica. Contamos piadas, rimos, choramos. Nos encontros as mulheres despertam para o mundo, como foi o caso da Kelly, que era apenas dona de casa, mas sentiu necessidade de voltar a estudar e foi fazer o Curso Pré Vestibular na Redes”, afirma.
Maria Silvina de Oliveira, 58 anos, moradora do Parque Rubens Vaz, participa desde o início do projeto. Ela conta que na época estava desempregada, ficava em casa sem fazer nada e não achava trabalho por causa da idade. Não sabia fazer nada de artesanato, mas viu alguns trabalhos prontos e teve vontade de aprender.
“Estava quase entrando em depressão por causa dos problemas, mas ao vir para o grupo comecei a ficar animada, pois a convivência com as mulheres é muito boa, a gente brinca e se alguém pensa em desistir a gente ajuda a perseverar. O artesanato não dá muito lucro. A gente vai atrás de tecido, garrafa, tampa e tudo que pode ser reaproveitado. Tem que saber fazer direito, caprichado, pois artesanato é algo que dá trabalho de fazer”, disse Maria.
Conversas, trocas, risos e artesanato unem mulheres que aproveitam material reciclado para produzir peças criativas
Onde encontrar
Quem quiser participarou comprar os produtospode entrar em contatocom a Twry (pronuncia-se Turi)pelo telefone: (21) 8653-2190.
“Estava quase entrando em depressão
por causa dos problemas, mas ao vir
para o grupo comecei a ficar animada,
pois a convivência é muito boa”Maria Silvina, de Rubens Vaz
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EDa lata ao livroFotografia e literatura são os fios condutores do projeto Mão na Lata, que lança seu
segundo livro. A obra reúne fotos e textos produzidos por 15 jovens da Maré
Rosilene Miliotti
Uma lata com um pequeno furo, fita isolante e histórias para ler e narrar. Fonte de inspiração, os contos de Machado de Assis serviram de base para compor o ensaio fotográfico e as narrativas próprias. O resultado é uma leitura particular do Rio de Janeiro de hoje e o Rio de Janeiro que um dia abrigou Machado e suas histórias no livro “Cada dia meu pensamento é diferente”.
Jonas Willami Ferreira, 15 anos, responsável pela frase-título do livro, diz que “cada dia não sou eu, sou eus. Cada dia eu me sinto único.
Quando abro os olhos pela manhã, ouço o silêncio dos meus pensamentos”.
“Queríamos um título capaz de ressaltar a qualidade cambiante do pensamento refle-xivo, conquistado pelos alunos, após um prolongado processo de criação”, explica a fotógrafa e designer Tatiana Altberg, coorde-nadora do projeto Mão na Lata.
Além de registrar em fotos os locais citados na obra de Machado de Assis, o projeto une literatura, fotografia, geografia urbana, histó-ria, pesquisa e arte, dando ao leitor a oportu-nidade de viajar no tempo e no espaço e co-nhecer a dinâmica de uma cidade e de uma sociedade que se de-senvolvem em ritmo acelerado.
“Os meninos vão aprendendo a pensar as histórias e a gostar de seus personagens, sem se dar conta disso. Construir imagens faz com que eles se envolvam de tal maneira
que a resistência em relação à leitura é que-brada aos pouquinhos, e nesse lugar nasce o gosto pela criação, ao invés do medo da prova”, comemora Tatiana.
“Machado de Assis trabalha de um modo im-perceptível, como uma formiguinha, não en-trega tudo”, diz Juliana de Oliveira, 14 anos. Já Nicole Cristina da Silva, 12 anos, define sua experiência com a fotografia dizendo que “o bom da câmera é que a gente escolhe a nossa janela”.
Ped
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Onde encontrar o livro: Nas bibliotecas da Redes, no Centro de
Artes da Maré e nas escolas públi-cas da Maré.
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Foto escolhida para a capa do livro, do aluno Jailton Nunes
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Exigimos respeitoNotícias sobre futura instalação de UPP na Maré reavivam discussão
sobre segurança pública do ponto de vista do morador
Silvia Noronha Elisângela Leite
A campanha “Somos da Maré e temos diretos” voltou às ruas em março, com a distribuição de folders informativos e também adesivos para serem colados na porta das casas e de estabelecimentos comerciais. A ideia é estimular um debate na Maré do ponto de vista do direito do morador à segurança pública. E isso inclui dizer “Não!” às práticas desrespeitosas dos policiais civis e militares na favela.
A campanha é uma iniciativa inédita da Redes da Maré, do Observatório de Favelas e da Anistia Internacio-nal. Eliana Sousa Silva, diretora da Redes, sabe que muitos moradores têm receio de afirmar seus direitos diante dos policiais. “Isso acontece porque as ações policiais sempre ocorreram de modo autoritário. De-sejamos justamente mudar essa re-alidade. Aqui não existe cidadão de segunda classe”, enfatiza.
Segundo reportagens publicadas na imprensa corporativa, a Maré estaria prestes a receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). A cam-panha “Somos da Maré e temos di-retos”, lançada em novembro passa-do, visa contribuir para a percepção dos moradores sobre esse processo e, de certa maneira, garantir o pro-tagonismo da população no controle e ação das forças policiais. “É hora de focar nos moradores, pois a com-preensão deve ser a de que o direito
tardio à segurança precisa chegar às populações de favelas”.
O entendimento maior é que a polí-cia não tem a missão de ordenar o território em diferentes dimensões e demandas. Ou seja, existem órgãos públicos para atuar em outras áreas. As forças policiais atuam na área de segurança pública. Os policiais não têm que atuar na área social e inter-ferir na vida do cidadão, dizendo, por exemplo, o que pode ou não aconte-cer em cada uma das favelas. “Pen-samos que a ideia condutora deveria ser a do reconhecimento dos direitos dos moradores em todas as suas ex-tensões e que se a escola ou pos-to de saúde pública pode funcionar com qualidade em outras partes da cidade, por que não garantir os mes-mos princípios onde moram os po-bres?”, questiona Eliana.
Ela observa que essa tentativa de ordenamento da vida social por par-te da polícia militar tem gerado mui-tos conflitos nas favelas com UPP. Algumas enfrentam até mesmo to-que de recolher, ou seja, o morador é proibido de ficar na rua à noite e os bares são obrigados a fechar cedo.
O objetivo da campanha é que os moradores se organizem e se forta-leçam para impedir esse tipo de in-terferência na vida social da Maré. O que deve ser considerado no momento da entrada da polícia, via UPP, é jus-tamente a construção da agenda pública no campo da segurança
pública. A UPP deveria chegar com o paradigma da garantia de um direi-to básico a uma população que não se viu historicamente reconhecida nesse campo, explica Eliana.
As 16 associações de moradores locais participam desse debate por meio do projeto “A Maré que quere-mos”, lançado em fevereiro de 2010, voltado para a busca de ações estrutu-rantes para o bairro. O gru-po vem discu-tindo, com os diferentes ór-gãos públicos, como garantir qualidade e ampliação dos serviços e di-reitos básicos para a região.
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“Não assistiremos de forma passiva à ação das forças de segu-rança. Elas devem representar a chegada efetiva de uma perspec-tiva de presença republicana do Estado e não funcionar como um ‘Exército de Ocupação’, considerando que está em um território de guerra e com seus moradores sendo considerada a ‘população civil do exército inimigo’.Como cidadãos, o reconhecimento do direito à segurança pública dos moradores da Maré, dentre todos os outros, deve ser o ponto de partida. E essa é a nossa perspectiva diante da possibilidade de chegada da nova estratégia de segurança pública que vem sendo construída pelo governo estadual.” Eliana Sousa Silva
(trecho do artigo “Clima de apreensão na maior favela do Rio”, publicado em O Globo, em 23/02/2013)
Denuncie os abusos da políciaIdentifique o policial responsável pela práticaabusiva e ligue para:Corregedoria da Polícia Militar
Telefone: 2725-9098
Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Alerj)Telefones: 2588-1555 ou 2588-1660
Redes da Maré
Telefone: 3105-5531
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E Crescendo paraos ladosMarcílio dias, ao contrário do restante da Maré, não tem prédios. A maior parte das construções ainda tem apenas um pavimento
Hélio Euclides Elisângela Leite
Na edição 27, de março de 2012, o Maré de Notícias mostrou a verticalização da Maré. A matéria relatou que cada vez mais encontramos nas comunidades casas de três ou até quatro andares. Já em Marcílio Dias o crescimento habitacional toma outros rumos: as obras se espalham horizontalmente. Isso ocorre pela existência de espaços vazios, e dessa forma, o morador faz a ampliação de seu lar em apenas um pavimento. Contudo, esse movimento trouxe problemas, como a extinção de quintais, de árvores e até dos espaços públicos.
Marcílio cresceu para o lado. Tudo começou no passado quando havia oferta de barraco e de terreno na fábrica de bolsa e couro. Na época a comunidade era mais arborizada. “A expansão horizontal se deu porque tinha espaço; se fosse ao contrário iriam subir. Comparando com o passado, Marcílio Dias cresceu muito, principalmente no terreno da Kelson’s. Alguns fizeram suas casas ao lado dos galpões e aproveitaram até a parede”, observa o morador João Carlos Alves.
Na comunidade começam a surgir habitações de dois anda-res, que se dividem em sala, cozinha e banheiro no térreo, e três quartos na parte de cima. Outras têm laje com churras-queira e varal. Os barracos de madeira ainda existem, mas são
poucos, pois es-tão sendo substi-tuídos por casas de alvenaria, de-vido à facilidade de espaço para construção.
Casasestreitaram até a ruaO poder públi-co não utilizou os espaços e a população foi tomando posse, o que atrapalhou inclusive a criação de um Ciep na comunidade, segundo contam moradores. A presidente da Associação de Mo-radores, Jupira de Carvalho dos Santos, lembra da Rua Marcílio Dias no tempo em que era larga. Hoje se transformou pratica-mente em um beco, com passagem apenas para carros peque-nos. Os moradores foram construindo e estreitaram a via. Ela conta que certa vez a empresa de energia enviou uma equipe para troca de um transformador queimado, mas não foi possível chegar ao poste e outro acabou sendo instalado na entrada da rua para solucionar o problema.
A Rua Marcílio Dias ocupada pela expansão das casas
Casas com a laje no ponto para a expansão verticalCasas de um pavimento à direita e algumas já
com dois andares do outro lado da rua
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Marcílio dias, ao contrário do restante da Maré, não tem prédios. A maior parte das construções ainda tem apenas um pavimento
Outra explicação para a não expan-são vertical é a pre-sença de pessoas idosas que moram sozinhas e não sentem a necessi-dade de expandir os domicílios. Há ainda quem des-confie dos ter-renos, que não seriam tão fir-mes como os que
passaram pelo Projeto Rio, conjunto de obras de-senvolvidas pelo governo federal em outras favelas da Maré no início dos anos 1980. Marcílio também era mangue e as casas ficavam sobre palafitas.
“O pessoal deve ter medo de casa pesada. Mas acredito que casas baixas são até mais bonitas”, opina o vice-presidente da Associação de Moradores de Marcílio Dias, Luciano Aragão.
Assim, os terrenos vazios foram desaparecendo enquanto novas casas iam surgindo. Um exemplo foi Mandacaru, que aumentou em grande proporção até sua extinção por ter chegado muito perto do Mercado São Sebastião. Os moradores foram reassentados no ano passado na Zona Oeste.
Marcílio reivindica obras da CedaeUm problema crítico de Marcílio é o sistema de esgoto, que foi feito há 30 anos para um número de moradores bem inferior ao verificado atualmente. Ao andar pelas ruas é possível perceber habitações novas e com isso o aumento da gravidade do saneamento precário. “Quando fizemos a nossa casa não existia rede de esgoto e tivemos que improvisar uma caixa coletora. Os vizinhos jogaram a encanação para ela. De 15 em 15 dias temos que limpar para evitar vazamentos”, conta a moradora Elisângela Santos.
A associação luta por obras da Cedae, pois as intervenções da companhia previstas para este ano excluem Marcílio Dias. “Também somos Maré, pois estamos à margem da Baía, e precisamos entrar no pacote de obras das outras comunidades. Aqui é super urgente”, reivindica Luciano. Em Marcílio, a exemplo das demais favelas da Maré e da Zona Norte, todo o esgoto, sem tratamento, cai na Baía de Guanabara. Para piorar a situação, a maioria das ruas não tem galeria de águas pluviais, o que causa inundações quando chove.
Para o futuro, Luciano acredita que a mesma coisa que acontece no restante da Maré vai acontecer em Marcílio, pois não há mais espaço. “Ainda temos casa de telhas. É só bater uma laje e criar outro andar em cima, que pode ser até alugado. Algumas casas estão no ponto para continuar para cima, só falta o dinheiro”, expõe.
Casas coladas ao galpão, com as paredes aproveitadas pelos moradores
Os barracos hoje são poucos
Pessoas da terceira idadenão pensam em dois andares
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Altemir Cardoso, presidente da As-sociação de Moradores de Roque-te Pinto, faz um apelo à prefeitura para que, ao menos, instale sinal de trânsito na via. Mas o que ele reivin-dica mesmo é uma via de acesso rápido à pista da Av. Brasil em di-reção ao centro. “Peço à prefeitura que analise a situação, pois atual-mente damos uma volta enorme. Precisamos sair em direção à zona norte, pegar o elevado da Penha e a Av. Lobo Júnior para então aces-sar o outro lado da Av. Brasil. Não tem outro caminho. Além disso ficou impossível chegar rapidamente ao Hospital Federal de Bonsuces-so”, preocupa-se ele.
No final do ano, os moradores tiveram
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aos policiais do Batalhão de Operações
Especiais (Bope) para passar por dentro do antigo 24° Batalhão de Infantaria Blindada (BIP). É que duas crianças haviam sido atrope-ladas dentro da comunidade e os moradores queriam chegar rápido ao hospital para socorrer as meni-nas.
Por falar em Bope, o batalhão deve migrar totalmente para Roquete Pinto no meio do ano. Com isso, moradores que estavam construin-do casas de alvenaria coladas ao muro da unidade foram impedidos de continuar suas obras. São 32 ca-sas ameaçadas de demolição. “Es-tamos lutando pela permanência de todas as casas”, defende Altemir.
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e Sem saída Roquete Pinto pede passagem em
direção ao centro da cidade
Silvia Noronha Elisângela Leite
Roquete Pinto perdeu uma importante via de saída, que dava acesso rápido à Avenida Brasil em direção ao centro. É que a Rua Santo Adalardo, que contorna a comunidade, virou mão única, servindo somente a quem vem da Ilha do Governador em direção à zona norte. O contrário não é mais permitido desde outubro, quando a prefeitura revitalizou a via. Com o asfalto liso e o trânsito em mão única, os veículos passaram a trafegar pelo local em alta velocidade. Para piorar a situação, não há como chegar à Escola Municipal Tenente General Napion sem atravessar a rua, que não tem s i n a l
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molas em toda a sua extensão.
“Tem gente que se arrisca. Às vezes vem um caminhão atrás do outro, fico até 10 minutos esperando. Depende do dia. Os carros correm muito”, conta o adolescente Rodrigo Jhallys, estudante da General Napion. Seu colega Vanderson Simão da Silva também não gosta de enfrentar o trânsito. “Mas não tem como escapar. Tenho que atravessar”, conta ele.
Estão abertas as inscrições para os cursos de futebol de salão, futebol de campo, balé, capoeira, jiu jtsu, street dance, informática e supletivo. A maior parte dos cursos deve recomeçar neste mês de março. E a Vila Olímpica está investindo na infraestrutura do lo-cal onde as atividades acontecem, além de pagar os professores.
Inscrições na Associação de Moradores: Rua Ouricuri, 137 (rua da concessionária Miriam, atualmente o único acesso a Roquete Pinto para quem vem da Av. Brasil, pista lateral em direção à zona norte).
Cursos no Parque Roquete Pinto
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Alunos do futsal treinam durante a tarde
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Esgoto,sempre ele
O comerciante Edson Souza, da Nova Holan-da, não aguenta mais con-viver com o esgoto que mina de um beco e invade a sua loja. O problema ocorre há 12 anos. “Quero fazer obra aqui, mas não posso. Como vou quebrar o piso se o es-goto está por baixo? A Cedae vem, desentope, mas o pro-blema volta em poucos dias. Isso traz baratas, ratos, doen-ças e um cheiro insuportável”, afirma Edson. A Maré precisa de obras estruturais no siste-ma de esgoto sanitário. As in-tervenções estão prometidas pela Cedae para este ano, mas ainda faltam informa-ções detalhadas.
O que acontecee o que não deixade acontecer por aqui
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Cursos de grafite
O Grafitarte, curso de grafite oferecido na Associação de Moradores de Bento Ribeiro Dantas, está com inscrições abertas neste mês de março. As aulas passarão a ser aos sábados para jovens e adultos. O projeto, mantido pela Lamsa, tem como instrutores os irmãos Wellington e Adalberto Vicente de Melo, moradores da comunidade que participaram do grupo que grafitou as passarelas da Vila do João e do Pinheiro. Como se vê na foto, eles também têm espalhado a arte pelas ruas de Bento Ribeiro Dantas. Informações pelo telefone: 2005-5980.
E a oficina de Graffiti do Programa Criança Petrobras na Maré (PCP Maré) ainda tem vagas. Aulas às 2ª e 4ª, de 18h às 19h30 (a partir de 12 anos). Inscrições na Redes.
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Segunda edição do Travessias
De 13 de abril a 23 de junho, a Maré recebe a segunda edição do projeto Travessias da Arte Contemporânea, uma realização do Observatório de Favelas e da Automática, em parceria com a Redes da Maré, apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro e patrocínio da Petrobras.
Esta edição conta com exposição de arte, oficinas de arquitetura e design e
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Supletivo Maré
O curso supletivo do ensino médio da Maré, realizado pelas associações de moradores com apoio da Redes, está com inscrições
No Travessias de 2011, Mar-cos Chaves criou o jogo de palavras Amarésimples e Amarécomplexo
abertas até 29 de março. Para se inscrever, é preciso ter entre 18 e 21 anos, ser mora-dor da Maré e ter concluído o ensino fun-damental. Este ano, o curso é destinado a pessoas beneficiadas pelo programa Bolsa
Família. Basta ter algum membro da família inscrito no programa. As inscrições podem ser feitas na Redes da Maré, na Lona Cul-tural Herbert Vianna e nas associações de moradores. Informações: 3105-5531.
encontros que discutirão arte, cultura e vida contemporânea. Com curadoria de Felipe Scovino e Raul Mourão, a mostra contará com a participação de 10 artistas contemporâneos brasileiros, entre eles o fotógrafo e morador da Maré Ratão Diniz.
O evento acontecerá no Galpão Bela Maré, na Rua Bittencourt Sampaio, 169 (entre as passarelas 9 e 10 da Av. Brasil), às quartas, sábados e domingos, das 10h às 18h, e quintas e sextas, das 10h às 20h. Mais informações: www.travessias.org.br
![Page 15: Maré de Notícias #39](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/568c35a71a28ab02359514eb/html5/thumbnails/15.jpg)
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Programação suspensaA Lona da Maré está temporariamente fechada, desde 1º de fevereiro, por determinação da prefeitura. A decisão
se estende a todos os equipamentos públicos de cultura pertencentes ao município, até que esses espaços tenham suas condições de segurança atestadas pelo Corpo de Bombeiros. A medida foi tomada por precaução,
após o grave incêndio ocorrido em Santa Maria (RS).Herbert ViannaLona cultural
Canjica-maravilhaReceita enviada pela Elisângela Leite, fotógrafa
do Maré de Notícias que adora preparar esta delícia
Dança de rua Segundas-feiras, das 17h30 às 19h
Iniciante, a partir de 8 anos
Percussão (a partir de 10 anos) Terças-feiras, das 20h às 21h30
Consciência corporal Terças-feiras, das 18h30 às 20h
Quintas-feiras, das 18h30 às 20hA partir de 16 anos
Dança contemporânea Quartas-feiras, das 18h30 às 20hQuintas-feiras, das 20h às 21h30
A partir de 12 anos
Cia Urbana de Dança 23 de março, sábado, às 18h
Com o espetáculo Eu danço - 8 Solos no geralDireção: Sônia Destri Li
No mesmo dia, às 15h - Oficina com os bailarinos da Cia Urbana de Dança aberto ao público
interessado em dança de rua!
Cia Trança de Folia 24 de março, domingo, às 18h
Espetáculo de teatro infantil com Cortejo Mineiro
Ingredientes500g de canjica1 caixa de leite1 lata de leite condensado1 garrafinha 200ml de leite de coco150g de coco ralado
20 gotas de baunilha13 colheres de sopa de açúcar10 colheres de sopa de leite em póCravo/ canela a gosto.
Depois da canjica cozida, misture tudo.Quando ferver, está pronto!
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Fotos: Elisângela Leite
Corpo e expressão (nova oficina infantil) Quartas-feiras, das 17h30 às 18h30Sextas-feiras, das 17h30 às 18h30
Para crianças entre 04 e 08 anos
Dança criativa Quintas-feiras, das 18h30 às 20h
Para crianças de 08 a 12 anos
Dança de salãoa partir de 16 anos
Sextas-feiras, das 18h30 às 19h30Iniciante
Sextas-feiras, das 19h30 às 20h30Intermediário, salsa e samba de gafieira
Sextas-feiras, das 20h30 às 21h30Intermediário, forró e soltinho
ESCOLA LIVRE DE DANÇA DA MARÉoficinas regulares
Temporada Maréde Artes Cênicas
Veja os novos horários, níveis e faixa etária e as novas oficinas gratuitas abertas
R. Bitencourt Sampaio, 181 Nova Holanda (21) 3105-7265Programação no local ou pelo tel. 3105-7265
2 a a 6a, de 14h às 21h30
![Page 16: Maré de Notícias #39](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/568c35a71a28ab02359514eb/html5/thumbnails/16.jpg)
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pra Maré participar do Maré
todos os meses! Garanta o seu jornal da sua
comunidade!Busque um exemplar na Associação de Moradores
Todo verão a história se repete. Vem a chuva
e os moradores são obrigados a ultrapassar
os mesmos pontos de alagamento. Entre os locais
já conhecidos está a Rua Bittencourt Sampaio (veja
foto tirada este ano), na Nova Holanda.
Mas podemos citar outros, como o valão/Rua
do Canal, na Baixa do Sapateiro; as Travessas 55, 56, 57 e Via B/4 na
Vila do Pinheiro; a Via A/1 próximo ao Ciep Ministro
Gustavo Capanema, também no Pinheiro; a
saída de Marcílio Dias, na Avenida Lobo Junior; e a
Rua Sargento Silva Nunes, próximo ao Campo da Paty.
Mas a Maré resis-te bravamente. Um ponto positivo são as plantas cultiva-das por alguns mo-radores, como D. Estelita Morais, que deixa esta esquina de Rubens Vaz, na Rua 17, um espetá-culo verde, saca só. Na foto, ela aparece com sua vizinha, D. Maria do Rosário.
Rindoatoa)
O dentista dá o veredito: -- Seu dente está morto!O paciente decide arrancar, mas O doutor tem uma brilhante ideia:-- Posso colocar uma coroa nele.O paciente discorda:-- Já está morto, pode arrancar e enterrar sem cerimônia!
O amigo vê o outro triste no canto e pergunta: O que houve, meu amigo? Por que está triste?Fui ao hospital fazer um check up e descobri que só tenho um pulmão direito.O amigo entra em desespero e pergunta: Mas como assim só um pulmão direito? O amigo responde: Sim, só um direito; o outro é Esquerdo kkkkk...
Um rapaz vai preso acusado de roubar um burro. Ele nega. O policial diz que no animal tinha as iniciais ASD.O preso contesta: Levei porque entendi que era Animal Sem Dono
Burro roubadoCoroa nele Pulmão
Maré cheia Maré verde
Diogo dos Santos e convidados
Elis
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