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    Edio, Impressoe Acabamento

    Editora Jocum Brasil

    Distribuio e Vendas:Editora Jocum Brasil

    www.editorajocum.com.br

    Fone: |55| 41 3657-2708

    A Orao do JustoOitava Edio: Agosto de 2013

    Capa: Alessandro BarrimDiagramao: Marcos de S. BorgesCorreo: Ana Glaubia de S. Paiva

    Todos os direitos reservados.Nenhuma parte da edio deste

    livro deve ser reproduzida deforma alguma sem a autorizao,por escrito, da editora, exceto emcasos de citaes curtas em artigoscrticos ou em resenhas.

    Dados Internacionais deCatalogao na Publicao (CIP)

    Borges, Marcos de Souza

    A Orao do Justo /Almirante Tamandar, PR:Editora Jocum Brasil, 2013.176 pginas; 21cmISBN 85-904901-4-91. Vida crist. 2. Liderana.3. Orao. I. Ttulo.

    CDD 240

    ndide para catlogo sistemtico:1. tica crist e Teologia

    devocional 240

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    SUMRIO

    Apresentao.....................................................................07

    Prefceo.............................................................................09

    Introduo.........................................................................11

    1. O Discernimento Proftico do Momento Presente.......29

    2. O Carter de Perseverana............................................45

    3. A Objetividade Espiritual..............................................67

    4. O Esprito da Aliana....................................................85

    5. Coerncia e Identificao............................................103

    6. Viso e esperana........................................................121

    7. O Esprito de Unidade................................................145

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    APRESENTAO

    Marcos de Souza Borges, conhecido afetuosamente comoCoty, pastor, escritor, missionrio, conferencista e enge-nheiro mecnico. Ele e sua esposa, Pr. Raquel, tm um casal

    de filhos, Gabriel e Brbara e, atualmente, trabalham como di-retores de uma base de Jovens Com Uma Misso - Jocum, emAlmirante Tamandar, na regio metropolitana de Curitiba.

    Esto no campo missionrio desde Janeiro de 1986, quan-do tambm se casaram. Desde ento, vm atuando nacional-mente e internacionalmente com intercesso, treinamento,aconselhamento, mobilizao missionria, impactos de evan-gelismo e conquista de cidades, edificao e implantao deigrejas e tambm de muitas outras formas continuam servin-do interdenominacionalmente o corpo de Cristo.

    Eles tambm tm desempenhado um expressivo minist-rio na rea de cura e libertao, investindo na restaurao defamlias e igrejas, bem como, na formao de conselheiros elibertadores com o propsito de sarar e capacitar a Igreja paraalcanar as naes.

    Pr. Marcos Borges tambm autor dos livros:

    A Face Oculta do Amor

    O Obreiro Aprovado

    Cura e Edificao do Lder

    O Avivamento do Odre Novo

    As Razes da Depresso

    Pastoreamento Inteligente

    A Espiritualidade e a Homossexualidade

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    PREFCIO

    A orao do justo muito pode na sua eficcia (Tg 5:16).

    No qualquer orao ou as oraes de qualquer um queso caracterizadas pela eficcia. Tanto a estratgia de umaorao e principalmente o carter de quem ora so elementosaltamente relevantes. Por isso, existem oraes eficazes e ora-es ineficazes, oraes poderosas e oraes inofensivas.Algumas oraes so to perigosamente ineficazes ou negati-vamente eficazes, que podem nos destruir: E ele lhes deu oque pediram, mas f-los definhar de doena (Sl 106:15).

    Tiago evidencia que ... a orao do justo muito pode nosseus efeitos (Tg 5:16). Como poderamos definir isso que Tia-

    go denomina de orao do justo? A melhor resposta a estapergunta pode ser elaborada atravs da famosa orao sacer-dotal de Jesus, o Justo, e tambm o Justificador de toda araa humana.

    Dentre muitas oraes feitas por Jesus e que esto descritasnos Evangelhos, escolhi essa devido ao crucial momento deprova que confrontou o Seu carter, como tambm, revelou se-gredos do Seu estilo de vida. Dessa orao do Justo podemosextrair pelo menos sete elementos que sinergicamente preci-sam estar integrados no estilo de vida do intercessor, e que socapazes de justificar os poderosos efeitos de uma orao:

    1. O discernimento proftico do momento presente: a in-teligncia espiritual da orao.

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    2. Carter de perseverana: o corte, o fio, a agudez da orao.

    3. Objetividade espiritual: a mira da orao.

    4. O esprito da aliana: o poder da orao.

    5. Coerncia e identificao: a autoridade da orao.

    6. Viso e esperana: o alcance da orao e o teto da nossa f.

    7. O esprito de unidade e amor: a causa da revelao e dapresena salvadora de Deus atravs da orao.

    Marcos de Souza Borges

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    INTRODUO

    F e Carter:A Base da Orao

    Est aflito algum entre vs? Ore. Est algum contente?

    Cante louvores. Est doente algum de vs? Chame os anci-

    os da igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com leo em

    nome do Senhor; e a orao da fsalvar o doente, e o

    Senhor o levantar; e, se houver cometido pecados, ser-

    lhe-o perdoados. Confessai, portanto, os vossos pecados

    uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes cura-

    dos. A orao do justomuito pode em seus efeitos. Eliasera homem sujeito s mesmas paixes que ns, e orou

    com fervor para que no chovesse, e por trs anos e seis

    meses no choveu sobre a terra. E orou outra vez e o cu

    deu chuva, e a terra produziu o seu fruto. Meus irmos,

    se algum dentre vs se desviar da verdade e algum o

    converter, sabei que aquele que fizer converter um peca-

    dor do erro do seu caminho salvar da morte uma alma,

    e cobrir uma multido de pecados (Tg 5:13-16).

    Orao nunca foi e jamais ser um assunto secundrio.Continua sendo a chave do avivamento e a respirao da vidaespiritual. Tiago descreve a orao como um imperativo. Oexerccio da vida espiritual exige, no apenas um ajustamen-

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    to com os princpios que regem o mundo espiritual, comotambm, uma profunda correspondncia com Deus. Oraono apenas o que pedimos para Deus, mas tambm, comocorrespondemos aos seus mandamentos e conselhos.

    O governo moral de Deus no se baseia em uma soberaniaque O isola da vontade humana; antes, fundamentado emuma interao que Deus deseja manter com o homem. A ora-o a grande oportunidade espiritual de sermos parceirosde Deus naquilo que ele est criando e fazendo.

    Muitas coisas podem unilateralmente determinar o favor

    de Deus, porm, existem outras que so bilaterais. Deus imutvel no seu carter. Ele gracioso e o seu reino abundan-te. H muito para todos. Porm, acima de tudo, Ele um serpessoal. Isso significa que o propsito maior da nossa vidano reside no que fazemos para Deus, mas no simples fato demantermos um relacionamento com ele. Esse o principaleixo da nossa existncia.

    Relacionamento , por definio, bilateral, e s genui-namente possvel atravs da confiana. Confiana no cai depra-quedas, mas precisa ser construda e depende, no ape-

    nas da nossa f no carter de Deus, como tambm da nossacredibilidade. necessrio mais que acreditar vagamente, indispensvel ser confivel. Quando voc confivel, entofica fcil acreditar que os outros tambm possam ser. Essa finterativa o alicerce do relacionamento.

    F e carter, na verdade, so elementos interdependentes.F sem carter produz fanatismo e hipocrisia. Carter sem af redunda no racionalismo. F e carter, confiana e credibi-lidade so os pilares mestres que sustentam e estruturam osrelacionamentos.

    Confiar e ser confivel so situaes ligadas. A f pode serinibida pela infidelidade. A infidelidade crnica constrangea capacidade de acreditar e gera a superficialidade. A super-ficialidade pode rapidamente sofrer uma metamorfose e se

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    INTRODUO- 13

    transformar em mera hipocrisia. Aquele senso interno de se-gurana espiritual vai se desvanecendo.

    impossvel acreditar em ns mesmos se no somos con-fiveis. Como Deus acreditaria em ns se ns mesmos noacreditamos? Essa se torna uma questo existencial que im-pe um conflito interno entre a conscincia e a alma. Ou so-mos convencidos de pecado, ou estrangulamos nossa consci-ncia. Ou correspondemos, ou nos isolamos.

    O princpio da vida

    Vida ou morte uma questo de correspondncia. Um ca-dver pode ser definido como um corpo que perdeu a capaci-dade de se corresponder com o mundo fsico. Ele tem olhos,mas no enxerga, tem ouvidos, mas no ouve, etc. Como nopode mais se corresponder com o mundo fsico, est fisica-mente morto. Da mesma forma, no adianta apenas ter umrtulo religioso, manter o nome no rol de membros de umaigreja ou o corpo presente em um templo. Se voc no des-fruta de uma comunho com Deus, voc est espiritualmente

    morto. Isso sintomtico. Todo homem sem Deus enfermo.O princpio da vida espiritual se baseia em uma correspon-dncia com Deus. Para haver correspondncia, tem que haverconcordncia. Para haver concordncia, tem que haver reve-lao. Para haver revelao, tem que haver quebrantamento.Esta a linha da vida espiritual e a essncia da orao: que-brantamento, revelao, concordncia, correspondncia evida.

    O ponto central a concordncia. Concordncia o as-pecto prtico de uma vida reconciliada com Deus. ondetudo se encaixa espiritualmente. Salvao voc concordarcom o sacrifcio de Jesus. F voc concordar com a Palavrade Deus. Propsito voc concordar com a vontade de Deus.Unidade voc concordar com Deus concordando com ou-

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    tros. Perseverana voc concordar com o tratamento e o pla-no de Deus. E assim por diante: Mas todas as coisas provmde Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos

    confiou o ministrio da reconciliao (II Co 5:18).

    A cruz e a orao: ... No mundo tereis aflies ...

    Aquela perspectiva romntica de que a vida espiritual um mar de rosas precisa ser superada. importante ama-durecer. Por incrvel que parea, as aflies devem nos apro-

    ximar e no nos afastar de Deus. Aqui que muitos negligen-ciam e desperdiam a oportunidade de experimentar o poderda orao. Est aflito algum entre vs? Ore. Deixar de orarmediante as aflies um erro. A negligncia da orao abrea porta para a murmurao. Murmurao um pacto com aderrota. Esse foi o pecado que condenou toda uma gerao deIsrael a perecer no deserto.

    Aflies funcionam como um chamado para dependermosde Deus. Mediante as aflies temos a grande oportunidade decrucificar a justia prpria, a autopiedade e outras sutilezas do

    ego. Disso emerge o verdadeiro esprito da orao. A cruz a ferramenta que esculpe o carter. A aflio, quando cru-cificada, exercita a f, fortalece o esprito e produz oraesaltamente eficazes.

    bblico afirmar que dentre tantas promessas tremendasque Deus nos fez, Jesus tambm incluiu as aflies: Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz.No mundo

    tereis aflies; mas tende bom nimo, eu venci o mundo (Jo

    16:33). Bom nimo e paz coexistindo com as aflies credibi-liza a obra de Jesus e a real possibilidade de uma intervenodivina. Esse exerccio de f e piedade transforma o carter,constri a vitria e produz um crescimento qualitativo.

    Ningum precisa continuar aflito. imperativo orar. Ore!Em breve, haver um ambiente de gratido e louvor. como

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    INTRODUO- 15

    Tiago prossegue: Est algum contente? Cante louvores. Aorao liga a aflio ao contentamento. Esta a rota da vit-ria: Aflio, orao, contentamento e louvor.

    O salmista garante: O choro pode durar uma noite; pelamanh, porm, vem o cntico de jbilo (Sl 30:5). Quando aaflio no termina e o choro persiste deprimindo a vida sintoma que, de alguma forma, estamos fracassando no nossorelacionamento com Deus.

    Perfeio e coerncia: o dilema do carter

    Deus no espera que sejamos perfeitos, mas coerentes.O perfeccionismo e a coerncia levam a destinos opostos. Operfeccionismo exalta o mrito pessoal e conduz ao orgulho,legalismo, justia prpria e controle. A coerncia assegura adependncia de Deus e nos conduz pela estrada da integrida-de. Orao no mgica e nem muito menos algo pelo qualpodemos manipular a Deus de acordo com a nossa vontade,independentemente da nossa coerncia com as leis do mun-do espiritual.

    Jesus disse que quando a palavra de Deus afeta o nossocarter, passamos a ver nossas prprias necessidades do pon-to de vista de Deus, e dessa forma, nossas oraes passam aser plenamente respondidas. Se vs permanecerdes em mim,e as minhas palavras permanecerem em vs, pedireis o que

    quiserdes, e vos ser feito (Jo 17:7). Uma interpermannciaem relao Palavra de Deus gera uma transfuso do Seu ca-rter em nossas vidas. Esse o poder de uma vida coerente ede um carter condizente com as Escrituras.

    Portanto, a Bblia est longe de afirmar que uma oraopor si mesma surtir sempre grandes resultados. Tiago falaque a orao da fsalvar o doente e que a orao do justomuito pode em seus efeitos. A orao requer elementos comoa f e o carter para ser sinergizada.

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    Comumente, quando se fala em orao, a questo que maisfrisamos a f. Isso muitas vezes imposto de maneira ms-tica e inconsistente. A culpa de muitos fracassos sempreirresponsavelmente colocada sobre a falta de f de algum.A despeito disso, de fato, a f capaz de oraes sobrenatu-rais e isso sempre muito abordado. Porm, Tiago vai almda orao da f ao explicar a eficcia da orao do justo. Issodemonstra como o carter de uma pessoa pode afetar o de-sempenho da orao estreitando o relacionamento com Deuse movendo sua mo. necessrio, no apenas f, mas carter

    para potencializarmos a eficcia da orao.Essa abordagem sobre o carter e o estilo de vida do inter-

    cessor o que quero enfatizar. Na verdade, a orao apenasuma consequncia da nossa intimidade com Deus e de umaconfiabilidade mtua.

    Orao no fruto apenas do que fazemos para Deus, masde quem somos nEle. No fruto apenas da nossa capacida-de de trabalhar para Deus, mas de descansar confiantementenEle. No fruto da nossa ansiedade espiritual, mas o po-deroso resultado de ouvirmos a Deus e esperarmos com paci-

    ncia nas suas promessas. Orao no apenas guerra contrao inferno, mas, acima de tudo, uma paz inabalvel em Deus.Aqui entra a cruz como ponto de equilbrio entre a f e o car-ter. Este no um livro sobre como orar, nem sobre modelosde orao, mas sobre o poder que um carter provado, trans-formado e confivel tem de impactar o mundo espiritual.

    O meu objetivo, no dar a voc uma frmula mgica ouum modelo de orao que v garantir sua prosperidade, masincentivar a construo de verdadeiros alicerces sobre osquais Deus ir edificar uma obra permanente.

    Quando entramos na dimenso do carter, podemos enten-der como Deus pode se mostrar maior que as nossas maioresoraes e muito alm dos limites da nossa f. Como o apstoloPaulo experimentou: ...quele que poderoso para fazer tudo

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    INTRODUO- 17

    muito mais abundantemente alm daquilo que pedimos ou

    pensamos, segundo o poder que em ns opera... (Ef 3:20).Muitas coisas podem fazer Deus agir alm das nossas ora-

    es e dos nossos sonhos surpreendendo nossas expectativas.Acredito firmemente que uma delas um carter confivel,que fruto da submisso voluntria ao tratamento de Deus.

    A ORAO DA F

    Jesus ensinou que o mais importante em relao f no

    o seu tamanho, mas o fato de voc exercit-la. Voc podeter uma f minscula, do tamanho de um gro de mostarda,e, ainda assim, transportar um monte se estiver disposto aexercit-la em um ato de obedincia. fundamental acres-centarmos a esse entendimento o fato de que o exerccio da fest ligado ao princpio da autoridade.

    Antes de Tiago falar sobre a orao do justo, ele fala sobrea orao da f. Trs coisas so extremamente necessrias parao desencadear da orao da f: a misso da liderana, a unoda liderana e o perdo da liderana. Esses so os principais

    componentes da orao da f. Confiana pode ser subtradaou adicionada em virtude desses elementos.Muitas aflies e doenas podem estar ligadas a disfun-

    es do princpio de autoridade. Da mesma forma, muita res-taurao e cura vm de um alinhamento com esses aspectos.

    1. A orao da f e a submisso aos lderes: Chame osancios da igreja...

    A misso da liderana prov um referencial espiritual decarter orientativo e protetivo. O aspecto central da submis-so aqui a transparncia. Toda cobertura espiritual deve sercorrespondida com humildade e transparncia. Precisamosde pessoas adequadas para nos expor. Cobertura espiritual

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    para quem se expe e anda na luz! Isso pode parecer cons-trangedor, mas um tremendo princpio de f e uma das prin-cipais rotas do milagre.

    Jesus disse ao leproso: ... vai, mostra-te ao sacerdote, eapresenta a oferta que Moiss determinou... (Mt 8:4). Jesushonrou o princpio da submisso, ordenando que aquele le-proso se expusesse sua liderana. Humildade gera confian-a e refora a verdade. A cobertura espiritual entra em ao.

    A orao da f transmite misso e proteo. A vida espiri-tual ganha perspectiva. O senso de misso aviva a esperana.

    Esperana uma das condies existenciais da f. Isso geravitalidade e agua o senso de destino. o melhor antidepres-sivo que existe. Estar debaixo da liderana certa e do minist-rio certo fundamental para isso.

    O ponto de partida de uma vida ministerial vitoriosa vemde um encaixe da nossa misso com a comisso divina, viabili-zada pela autoridade e orao dos nossos lderes. A obedinciaao ide, dessa forma, sempre deixa um rastro de milagres.

    No s a insubmisso do liderado inviabiliza sua misso,como tambm, o esprito de controle por parte dos lderes

    pode dificult-la e at mesmo abort-la. Nesses dois casos oesprito da orao da f quebrado.

    2. A orao da f e a uno dos lderes: ... e estes oremsobre ele, ungido-o com leo em nome do Senhor.

    A uno uma capacitao sobrenatural compartilhvelque Deus concede s pessoas para desempenharem um cha-mado ou uma tarefa.A orao da f transmite capacitao.Alguns jugos perturbadores so quebrados, e dons e minist-rios podem ser comunicados e confirmados atravs da unocom imposio de mos e da orao da f feita pelos lderes.A uno quebra o jugo, suaviza o servio e manifesta o favorsobrenatural de Deus no desempenho ministerial.

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    INTRODUO- 19

    Existe uma uno adquirida pessoalmente e outra recebi-da, legada pelo princpio da autoridade como herana espiri-tual. A uno acompanha a misso e flui pela submisso parao cumprimento da comisso divina. Precisamos pagar o pre-o exigido pelo tratamento de Deus, mas tambm, precisamosser ungidos por algum. Deus tem as pessoas certas que, notempo certo, iro impor suas mos sobre ns, destrancandochamados, reavivando nossos dons e liberando capacitaoministerial para nossas vidas.

    No podemos deixar de mencionar acerca do perigo da im-

    posio de mos impuras. O princpio da imposio de mosacarreta uma impartio ou compartilhamento, no s dauno, mas do esprito da pessoa (Exemplo de Moiss - Nm11:17). Se o esprito da pessoa est contaminado ou enfermo,isso tambm ser transmitido s pessoas. Lderes em adult-rio ou com um esprito possessivo e manipulador reproduzi-ro essa mesma condio sobre as pessoas que lideram.

    3. A orao da f e o perdo dos lderes: ...e a orao daf salvar o doente, e o Senhor o levantar; e, se houver

    cometido pecados, ser-lhe-o perdoados.

    Todos ns, sem exceo, precisamos de muita cura e per-do.A orao da f transmite cura e restaurao. Isso umaconsequncia dos dois itens anteriores. Quando expomos nos-sos pecados e somos perdoados, ento podemos nos perdoar.A alma curada e a conscincia purificada. O resultado odescanso. O descanso, assim como a esperana, so elementosfundamentais que viabilizam a f que restaura o corao.

    Isso fala do poder que o perdo dos lderes tem de levantaruma pessoa, e tambm como o ressentimento e as palavras demaldio de uma liderana podem transtornar o funcionamentodo Corpo de Cristo. Por isso, a principal caracterstica do minis-trio sacerdotal o corao perdoador e reconciliador (Hb 5:1-3).

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    O poder da culpa subjugado, a conscincia purificadadas obras mortas. Fortalezas da mente e cadeias de pensa-mentos inquos so quebradas, a alma restaurada e o corpocurado pelo perdo dos lderes atravs da orao da f. Dessaforma a verdade restabelecida no corao e as pessoas soreconciliadas. A compaixo gera cura e opera milagres.

    Meus irmos, se algum dentre vs se desviar da

    verdade e algum o converter, sabei que aquele que fizer

    converter um pecador do erro do seu caminho salvar

    da morte uma alma, e cobrir uma multido de peca-dos (Tg 5:19,20).

    O perdo dos lderes no apenas fecha a porta dos fun-dos da igreja, como tambm, resgata a centsima ovelhaque havia se extraviado. A cana trilhada no esmagada enem o pavio que fumega apagado. A compaixo e sabedoriados lderes, atravs da orao da f, salva da morte a alma dosdesviados da Verdade.

    A ORAO DO JUSTO

    O que liga a orao da f e a orao do justo a confisso.F e carter so sinergizados pelo quebrantamento. A oraodo justo se contextualiza perfeitamente com a realidade domundo espiritual. O carter do intercessor, o contedo daorao e o discernimento proftico do momento produzemum impacto determinante nos Cus e na Terra.

    1. A orao de Elias

    O que isso significa? A orao de Elias, como muitos afir-mam o contrrio, no significa a orao de um homem comoqualquer outro. Elias no era um homem como qualquer ou-

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    INTRODUO- 21

    tro apesar de Tiago garantir que Elias era homem sujeito smesmas paixes que ns.

    Portanto, apesar de estar sujeito a tudo que tambm es-tamos, Elias escolheu ser diferente. Algo da justia de Deusfoi imputado no seu carter, apesar de toda sua fragilidade.O nvel de dependncia de Deus que alcanou deu-lhe umapercepo e uma penetrao no mundo espiritual que poucostiveram. Ele fez a diferena na sua gerao.

    Estava to afinado com as leis do mundo espiritual e coma vontade de Deus, que suas oraes estavam afetando toda a

    nao. Essa foi a histria de Elias e pode ser a sua.

    2. A orao do justo e o juzo de Deus: ... e orou com fer-vor para que no chovesse, e por trs anos e seis meses no

    choveu sobre a terra.

    O juzo sempre comea pela casa de Deus. O primeiro as-pecto na vida de algum que tem uma conscincia proftica a sensibilidade ao pecado. O justo ama o pecador, pormno tolera o pecado. O juzo de Deus vem para incomodar os

    acomodados. O que leva uma pessoa a orar fervorosamentepela seca? Acredito que seja o discernimento em relao aosbenefcios produzidos pelo juzo divino.

    Chega de pensar que profecias de juzo so artimanhasdos profetas da desgraa. Sabemos que, infelizmente, exis-tem muitas pessoas feridas que se colocam como profetas embusca de uma vingana emocional e autoafirmao. Em con-trapartida, verdadeiros profetas sentem o peso do pecado eentendem a urgente necessidade dos confrontos especficosque venham produzir um verdadeiro arrependimento.

    O juzo de Deus sempre tem um tempo limitado ao arre-pendimento. Em muitos casos, a orao do justo se baseia nodiscernimento em relao a pecados de liderana que estoperturbando a terra. Aqui, temos um conflito entre o lder e o

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    profeta. Acabe era o lder e Elias o profeta. Quando esse con-flito foi resolvido, os cus se abriram e a chuva veio.

    importante mencionar que o profeta no est acima dolder, mas ele o canal pelo qual Deus vai tentar corrigir oslderes antes de julg-los. Foi assim entre Elias e Acabe, entreNat e Davi, entre Ageu e Zorobabel, etc. lgico que qual-quer um pode imaturamente se autoafirmar como profeta eisso muito perigoso, porque a Bblia adverte:

    No tomars o nome do Senhor teu Deus em vo;

    porque o Senhor no ter por inocenteaquele que to-mar o seu nome em vo. (Ex 20:7).

    Precisamos saber a diferena entre a orao proftica dojusto e as ameaas irresponsveis de um profeta imaturo eferido.

    3. A orao do justo e a restaurao da terra: ... E orououtra vez e o cu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto...

    O propsito da seca de Deus gerar fome e sede de justiaem uma sociedade. O juzo vem para remover o engano e aseduo do pecado. Satans vive pintando o pecado de ouro.O juzo de Deus tem a sua ao completa, quando o enganosedutor do pecado quebrado e algo muda no corao daspessoas. Quando Acabe se arrependeu, a orao de Elias mu-dou de direo. A orao do justo se veste da realidade domundo espiritual.

    necessrio discernir o momento certo de mudar a orao.Quando Tiago fala que Elias orou outra vez, isso quer dizer queele orou de outra forma. Era uma orao diferente que certa-mente mudaria a realidade da nao.

    Ele viu apenas uma pequena nuvem nos cus e creu na chu-va. Era como uma pequena fechadura nos cus. Deu sete vol-

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    INTRODUO- 23

    tas com a chave da orao. Colocou a cabea entre os joelhos econtinuou orando perseverantemente, sem se distrair, a oraodo justo. Por sete vezes ele repetiu o processo at que a tem-pestade de Deus veio. A orao do justo destranca os cus eo refrigrio chega.

    Elias correu na chuva do avivamento de tal forma queultrapassou Acabe na sua carruagem. O avivamento nos fazcorrer com os que vo a cavalos. Uma grande restauraocomeou a brotar na nao a partir disso, que culminou nadestruio dos profetas de Baal (senhor) e na restaurao do

    culto ao verdadeiro Senhor.

    4. A orao do justo e a restaurao dos desviados: Meusirmos, se algum dentre vs se desviar da verdade e al-

    gum o converter, sabei que aquele que fizer converter um

    pecador do erro do seu caminho salvar da morte uma

    alma, e cobrir uma multido de pecados.

    Este o corao da orao do justo. Elias retirou toda umagerao de cima do muro. Estavam, no apenas indecisos,

    mas desviados. Coxeavam entre dois senhores. Serviam aDeus, mas tambm, serviam a Baal.Uma transgresso comum que muitos de ns praticamos

    desistir de pessoas que, por algum motivo, desistiram. Jesuscomparou o reino de Deus como um rei que sai a uma guerra.Muitos, atingidos e feridos, e tambm outros como prisionei-ros de guerra, tm ficado para trs. So perdas preciosas que,de alguma forma, podem e devem ser recuperadas.

    A igreja vive um momento proftico de buscar essas pes-soas. A ndole do avivamento atual tem sido indiscutivel-mente caracterizada por um intenso mover espiritual de re-conciliao, libertao e restaurao das ovelhas perdidasda casa de Israel. Precisamos mais do que nunca de inter-cessores!

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    Os efeitos da orao

    Esse o ponto onde realmente desejo chegar nesta intro-duo. Tiago afirma que a orao do justo muito pode emseus efeitos. Ou seja, a orao do justo produz efeitos. Afalta de orao e de respostas na orao basicamente o efeitocolateral da crise de carter que assola a Igreja.

    Toda orao certamente ter trs tipos de resposta: o no,o sim e o espera. O que faz uma orao no ser respondida?Que elementos em nossas prprias vidas poderiam viabilizar

    a eficcia de nossas oraes? O que em nossas vidas poderiaafetar o mundo espiritual de forma a alterar a velocidade daresposta de uma orao? Obviamente, de qualquer forma, pa-cincia um fruto do Esprito, e Deus sempre criar situaespara nos exercitar. O que faz uma orao perder ou ganharefeito? Que elementos poderiam alterar o efeito da vida deorao de uma pessoa?

    A resposta a todas essas perguntas simples e profunda: aorao do justo. Essa resposta dispensa a maneira como ora-mos, e recompensa o carter de quem ora; dispensa o tama-

    nho da orao e recompensa o discernimento. Dispensa a cul-tura e recompensa o conhecimento e a intimidade com Deus.Dispensa o mrito humano e recompensa a vida de cruz.

    Quando falamos sobre a orao do justo, a nica receitaque tenho e posso dar a dependncia de Deus. Essa no apenas uma questo de acreditarmos em Deus, mas de Deusacreditar em ns e saber que no usaremos o Seu poder paranos autodestruir.

    Definindo a orao do justo

    Como poderamos definir essa orao do justo que mui-to pode nos seus efeitos? Acredito no haver outro modelomelhor de orao do justo do que a orao sacerdotal de

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    INTRODUO- 25

    Jesus. Mais que Justo, Jesus tambm nosso Justificador,tornando-nos acessvel o apropriamento do Seu carter.

    ... para que ele sejajustoe tambmjustificadorda-

    quele que tem f em Jesus (Rm 3:26).

    De todas as oraes feitas por Jesus e registradas na Bblia,acredito que esta a mais significativa, principalmente emvirtude do momento circunstancial e existencial confronta-do. Para definir o significado da orao do justo, vamos ca-

    minhar sobre essas guas tempestuosas.

    A Orao Sacerdotal - Joo 17

    Depois de assim falar, Jesus, levantando os olhos ao

    cu, disse: Pai, chegada a hora; glorifica a teu Filho, para

    que tambm o Filho te glorifique; assim como lhe deste

    autoridade sobre toda a carne, para que d a vida eterna

    a todos aqueles que lhe tens dado. E a vida eterna esta:

    que te conheam a ti, como o nico Deus verdadeiro, e a

    Jesus Cristo, aquele que tu enviaste. Eu te glorifiquei naterra, completando a obra que me deste para fazer. Agora,

    pois, glorifica-me tu, Pai, junto de ti mesmo, com aquela

    glria que eu tinha contigo antes que o mundo existis-

    se. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me

    deste. Eram teus, e tu mos deste; e guardaram a tua pa-

    lavra. Agora sabem que tudo quanto me deste provm de

    ti; porque eu lhes dei as palavras que tu me deste, e eles

    as receberam, e verdadeiramente conheceram que sa de

    ti, e creram que tu me enviaste. Eu rogo por eles; no rogo

    pelo mundo, mas por aqueles que me tens dado, porque

    so teus; todas as minhas coisas so tuas, e as tuas coisas

    so minhas; e neles sou glorificado. Eu no estou mais

    no mundo; mas eles esto no mundo, e eu vou para ti.

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    Pai santo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para

    que eles sejam um, assim como ns. Enquanto eu estava

    com eles, eu os guardava no teu nome que me deste; e

    os conservei, e nenhum deles se perdeu, seno o filho da

    perdio, para que se cumprisse a Escritura. Mas agora

    vou para ti; e isto falo no mundo, para que eles tenham a

    minha alegria completa em si mesmos. Eu lhes dei a tua

    palavra; e o mundo os odiou, porque no so do mundo,

    assim como eu no sou do mundo. No rogo que os tires

    do mundo, mas que os guardes do Maligno. Eles no so

    do mundo, assim como eu no sou do mundo. Santifica-os na verdade, a tua palavra a verdade. Assim como tu

    me enviaste ao mundo, tambm eu os enviarei ao mundo.

    E por eles eu me santifico, para que tambm eles sejam

    santificados na verdade. E rogo no somente por estes,

    mas tambm por aqueles que pela sua palavra ho de

    crer em mim; para que todos sejam um; assim como tu,

    Pai, s em mim, e eu em ti, que tambm eles sejam um

    em ns; para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu

    lhes dei a glria que a mim me deste, para que sejam um,

    como ns somos um; eu neles, e tu em mim, para que elessejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conhe-

    a que tu me enviaste, e que os amaste a eles, assim como

    me amaste a mim. Pai, desejo que onde eu estou, estejam

    comigo tambm aqueles que me tens dado, para verem a

    minha glria, a qual me deste; pois que me amaste antes

    da fundao do mundo ...

    Podemos extrair dessa orao feita por Jesus alguns ele-mentos que, sem os quais, a orao comea a perder os seusefeitos. Existem coisas que impedem nossas oraes e exis-tem coisas que tornam nossas oraes eficazes.

    A seguir, captulo a captulo, vamos falar de sete elemen-tos contidos na orao sacerdotal que caracterizam a orao

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    INTRODUO- 27

    do justo e estabelecem o genuno carter, bem como, o estilode vida do intercessor:

    1. Discernimento proftico do momento presente. Isto de-fine a inteligncia espiritual na orao e da orao.

    Jesus falou assim, e, levantando os seus olhos ao

    cu, disse:Pai, chegada a hora (Jo 17:1).

    2. Carter de perseverana. Um estilo de vida marcado

    por perseverana define o corte, o fio e a agudez com que aorao rompe as resistncias do mundo espiritual.

    Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumadoa obra

    que me destes a fazer (Jo 17:4).

    3. Objetividade espiritual. Essa a mira da orao.

    Manifestei o teu nome aos homens que do mundo

    me deste ... Eu rogo por eles: no rogo pelo mundo,

    mas por aqueles que me deste, porque so teus (Jo17:9).

    4. O esprito da aliana. Aliana bem mais que um sim-ples acordo; um compartilhamento integral e mtuo davida. Aliana comea com entrega. A entrega atesta a con-fiana, definindo a fora e o poder espiritual da orao.

    E todas as minhas coisas so tuas, e as tuas coisas

    so minhas; e nisto sou glorificado (Jo 17:10).

    5. Coerncia e Identificao. A legitimidade de um rela-cionamento depende da coerncia. Disso emerge a genunaautoridade da orao. A autoridade inseparvel da verdade.

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    Santifica-os na verdade, a tua palavra a verda-

    de ... Epor eles me santifico a mim mesmo, para que

    tambm eles sejam santificados na verdade (Jo 17:19).

    6. Viso e esperana. Viso determina o alcance da oraoe o teto espiritual da nossa f.

    Eu no rogo somente por estes, mas tambm por

    aqueles que pela sua palavra ho de crer em mim

    (Jo 17:20).

    7. Esprito de unidade e amor. Unidade desencadeia a reve-lao e a presena salvadora de Deus na orao e atravs dela.

    Eu neles, e tu em mim, para que eles sejamperfei-

    tos em unidade, e para que o mundo conhea que tu

    me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me

    tens amado a mim (Jo 17:23).

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