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  • UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJA

    MARCO AURLIO DA SILVA AGUIAR

    ANLISE DO PROCESSO LOGSTICO DE DISTRIBUIO URBANA DOS PRODUTOS AMBEV PELA EMPRESA CONLOG EM FLORIANPOLIS

    Biguau 2014

  • MARCO AURLIO DA SILVA AGUIAR

    ANLISE DO PROCESSO LOGSTICO DE DISTRIBUIO URBANA DOS PRODUTOS AMBEV PELA EMPRESA CONLOG EM FLORIANPOLIS

    Trabalho de concluso de estgio como requisito parcial para obteno do ttulo de bacharel em administrao da Universidade do Vale do Itaja, Centro de Cincias Aplicadas. Orientador: Rosalbo Ferreira

    Biguau

    2014

  • MARCO AURLIO DA SILVA AGUIAR

    ANLISE DO PROCESSO LOGSTICO DE DISTRIBUIO URBANA DOS PRODUTOS AMBEV PELA EMPRESA CONLOG EM FLORIANPOLIS

    Este Trabalho de Concluso de Estgio foi julgado adequado para obteno do ttulo

    de bacharel em administrao e aprovado pelo curso de administrao da

    Universidade do Vale do Itaja, Centro de Cincias Aplicadas Gesto do Campus de

    Biguau.

    Biguau, 26 junho de 2014.

    ______________________________________________________

    Dr. Valrio Cristofolili UNIVALI Campus Biguau

    Coordenador do curso

    Banca Examinadora:

    _______________________________________________________ Dr. Rosalbo Ferreira

    UNIVALI CAMPUS Biguau Professor Orientador

    _______________________________________________________ MSc. Claudia Catarina Pereira UNIVALI CAMPUS Biguau

    Membro da Banca Examinadora

    _______________________________________________________ MSc. Rogrio Raul da Silva

    UNIVALI CAMPUS Biguau Membro da Banca Examinadora

    Biguau

    2014

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo primeiramente minha famlia, que soube entender minhas

    prioridades, dando total apoio no decorrer do curso e do trabalho, sempre com

    motivao, amor e carinho, o que meu deu fora para ir at o final, para que eu

    possa agora mais preparado lutar por um futuro melhor para mim e minha famlia,

    agradeo ao meu orientador professor Rosalbo Ferreira que esteve em todo

    momento a disposio, com toda sua bagagem de conhecimento orientando para

    um bom fluir do trabalho, agradeo a universidade por ter processos consistentes de

    educao e ter gente capacitada para execut-los, gerando credibilidade com

    professores competentes dando seu melhor para o desenvolvimento dos

    acadmicos.

  • RESUMO

    O referido estudo mostra a grande dificuldade da empresa Conlog em estruturar sua

    logstica, devido ao problema de locomoo enfrentado no trnsito catico todos os

    dias na grande Florianpolis, e tambm por consequncia de alguns processos de

    melhoria que devem ser reavaliados dentro da empresa. A locomoo terrestre a

    parte mais difcil de melhoria, por se tratar de uma varivel que no se pode

    controlar no dia a dia, o que se pode fazer ento mudar alguns processos internos

    para se adequar a esta realidade, com a finalidade de facilitar as entregas. Diante de

    tais evidncias, o objetivo geral da pesquisa est voltado no aspecto de rever alguns

    processos da empresa Conlog, como forma de agilizar o transporte e logstica da

    melhor forma possvel. O estudo foi construdo com pesquisas em livros, revistas,

    site de pesquisa cientfica, e com uma pesquisa exploratria atravs da tcnica de

    observao dos processos logsticos e conversas com os gestores da empresa, que

    auxiliou o acadmico para obteno de dados relevantes a fim de propor e

    implementar melhorias para a empresa Conlog. Algumas mudanas propostas j

    foram implementadas e com sucesso na melhoria de desempenho, o que demonstra

    ainda mais a importncia da pesquisa e das organizaes estarem sempre se

    aperfeioarem, alinhando os benefcios das novas tecnologias em seus processos

    produtivos e administrativos, possibilitando assim, um maior desempenho e

    lucratividade.

    Palavras-chave: Processo logstico. Logstica. AMBEV. CONLOG.

  • ABSTRAT

    The study shows the great difficulty of Conlog company in structuring its supply due

    to the problem of locomotion faced the chaotic everyday in Florianpolis, and

    consequently also of some improvement processes should be reassessed within the

    company. The terrestrial locomotion is the hardest part for improvement, because it

    is a variable that can not control the day to day, what can you do then is change

    some internal processes to adapt to this reality, in order to facilitate deliveries. Faced

    with such evidence, the general objective of the research is aimed at reviewing some

    aspect of business processes Conlog as a way to streamline the transportation and

    logistics as well as possible. The study was constructed research in books,

    magazines, scientific research site, and exploratory research through the observation

    technique of logistic processes and conversations with company managers, who

    assisted the academic to obtain relevant data in order to propose and implement

    improvements to the company Conlog. Some proposed changes have already been

    implemented and successfully improving performance, which further demonstrates

    the importance of research and organizations are always perfecting, aligning the

    benefits of new technologies in their production and administrative processes, thus

    enabling higher performance and profitability.

    Keywords: Logistics process. Logistics. AMBEV. CONLOG.

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ......................................................................................................... 8

    1.1 OBEJETIVOS ......................................................................................................... 9

    1.1.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 9 1.1.2 Objetivos especficos ....................................................................................... 9 1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 9

    2 FUNDAMENTAO TERICA ............................................................................. 11

    2.1 LOGSTICA ......................................................................................................... 12

    2.1.1 Evoluo da logstica ...................................................................................... 13 2.1.2 O papel da logstica ........................................................................................ 17 2.2 TRANSPORTES .................................................................................................. 19

    2.2.1 Formas de transportes ................................................................................... 20 2.2.1.1 Transporte rodovirio ..................................................................................... 21

    2.2.1.2 Transporte ferrovirio ..................................................................................... 21

    2.2.1.3 Transporte areo ............................................................................................ 22

    2.2.1.4 Transporte hidrovirio .................................................................................... 22

    2.2.1.5 Transporte dutovirio ..................................................................................... 23

    2.3 FROTA ................................................................................................................ 23

    2.5 DISTRIBUIO FSICA ....................................................................................... 26

    2.6 ALIANAS COM TRANSPORTADORES ........................................................... 29

    2.7 TERCEIRIZAO ............................................................................................... 30

    3 ASPECTOS METODOLGICOS .......................................................................... 33

    3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO .......................................................................... 33

    4 LEVANTAMENTO E ANLISE DE DADOS ......................................................... 37

    4.1 CARACTERIZAO DA EMPRESA ................................................................... 37

    4.1.1 Mapeamento da regio ................................................................................... 40 4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS ............................................................................ 41

    4.2.1 Processo logstico de distribuio ................................................................ 41 4.2.2 Ferramenta Tracking ....................................................................................... 44 4.2.3 Identificar pontos fortes e pontos a desenvolver no processo logstico .. 49

  • 4.3 PROPOSTAS DE MELHORIAS .......................................................................... 52

    4.4 SUGESTES PARA A EMPRESA ..................................................................... 53

    5 CONCLUSO ........................................................................................................ 54

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ......................................................................... 55

  • 8

    1 INTRODUO

    Com o grande desenvolvimento econmico, e o aumento do poder aquisitivo

    de compra de automveis que teve o pas nos ltimos anos, chega-se a um amplo

    problema de mobilidade urbana, que tem sido um grande desafio para autoridades

    responsveis e para as empresas que trabalham no ramo de logstica no nosso pas.

    Ainda percebe-se que muitas as empresas brasileiras tm o foco direcionado

    questo de controle de custos de produo, de vendas, de marketing, e demais

    custos relacionados diretamente produo, enquanto que os custos de logstica

    so, muitas vezes, desprezados pelos gestores das empresas brasileiras. Porm,

    atualmente, com os problemas enfrentados de mobilidade urbana, esses custos

    equivalem a nmeros significativos da receita operacional das empresas, portanto

    torna-se cada vez mais imprescindvel o estudo e o controle dos custos logsticos de

    transporte.

    A competitividade cada vez mais acirrada entre as organizaes, faz com que

    o estudo da logstica tenha um papel cada vez mais importante dentro das

    organizaes. Neste trabalho estudado os processos logsticos da empresa

    Conlog Concrdia Logstica AS, com suas operaes voltadas para a Ambev

    Companhia de Bebidas das Amricas na rea de Florianpolis e imediaes.

    Tendo em vista um crescimento de vendas anual da empresa AmBev em todo

    o pas, a Conlog, empresa responsvel pela distribuio de seus produtos em

    Florianpolis, tem um grande desafio de continuar contribuindo com os bons

    resultados evidenciados nos ltimos anos. Os investimentos em tecnologia, frota e

    mo de obra especializada uma busca constante da empresa, porm, atualmente,

    a questo da infraestrutura na parte da urbanizao est tendo uma grande ateno

    pela empresa para melhor se adaptar a realidade e atender com mais eficincia

    seus clientes.

    O trnsito na regio da grande Florianpolis est cada vez mais catico, o

    aumento acentuado do nmero de veculos rodando mesmo em perodos de baixa

    temporada, torna cada vez mais difcil a locomoo nas vias pblicas, com isso,

    analisam-se as principais estratgias e possveis oportunidades para que a direo

    da empresa possa desenvolver um plano de ao, que beneficie seus colaboradores

    internos e externos, no desenvolvimento dos processos.

  • 9

    Com o desenvolvimento deste trabalho dentro da organizao possvel que

    a empresa tenha uma viso diferenciada de seus concorrentes, e possa fazer um

    planejamento estratgico de acordo com as necessidades dos mesmos, atribuindo

    para o seu cliente o deslocamento de mercadorias de forma mais eficaz, garantindo

    uma maior satisfao para ambas as partes.

    Em um mercado gradativamente mais globalizado, onde a inexistncia de

    fronteiras impe a necessidade de uma intensa inovao para fazer frente a uma

    concorrncia cada vez mais acirrada, o uso de estratgias que possibilitem um

    ganho de competitividade torna-se um diferencial de extrema importncia. Nesta

    regio especfica da grande Florianpolis, onde o consumo alto, o custo de

    logstica para entrega das mercadorias tambm elevado e complexo. Com isso, o

    uso de ferramentas inovadoras como o Tracking que j utilizado pela a empresa,

    este que tem como traduo o rastreamento, mas que tem um papel maior que

    somente rastrear os veculos, que com o estudo proposto ir auxiliar em uma maior

    eficincia da logstica, possibilitando diminuio de gastos, tornando a empresa mais

    competitiva e possibilitando estar sempre a frente de seus concorrentes.

    1.1 OBEJETIVOS

    1.1.1 Objetivo Geral

    Analisar o processo de logstica urbana da empresa Conlog em Florianpolis.

    1.1.2 Objetivos especficos Descrever o atual processo de logstica de distribuio da empresa Conlog

    no perodo de 07/2013 a 06/2014;

    Identificar pontos a desenvolver e pontos fortes nos processos de

    distribuio da empresa para poder sugerir melhorias;

    Propor melhorias adequadas com a utilizao da ferramenta Tracking;

    Acrescentar propostas de melhorias;

    1.2 JUSTIFICATIVA

  • 10

    O crescente compartilhamento de informaes e o rpido desenvolvimento da

    tecnologia, provenientes do advento da globalizao, fizeram com que o mundo se

    tornasse cada vez mais integrado e competitivo, com empresas desenvolvendo

    solues inovadoras a cada dia. Nesse contexto, as empresas esto condicionadas

    a uma nova lgica de produo e transporte de mercadorias, na qual, esto tendo

    que se adaptar rapidamente as mudanas de urbanizao que ocorrem de forma

    muito acelerada, principalmente nas grandes cidades. Assim, o estudo da logstica

    passou a ter maior importncia, pois seu custo tornou-se elevado, e a

    implementao de novas tcnicas podem contribuir para sua diminuio.

    Esta pesquisa tambm servira para a empresa ter uma gama maior de

    informaes do mercado, com o objetivo de fazer um levantamento de dados

    contundentes na rea de logstica. A anlise dos dados coletados ser entre os

    colaboradores de logstica, equipe de vendas e clientes, para que todos possam

    analisar pontos fortes e oportunidades que a empresa tem de melhor, como por

    exemplo, o uso das ferramentas com uma tecnologia avanada, que a empresa

    disponibiliza para a comunicao de seus colaboradores.

    O presente trabalho se mostra com grande importncia acadmica por

    evidenciar que o estudo e o devido controle da logstica por parte dos

    administradores e operadores logsticos, implica o aumento da competitividade das

    empresas, interferindo diretamente no lucro auferido por elas.

    Para o acadmico, a anlise trar um maior conhecimento dos processos da

    empresa e das ferramentas por ela utilizadas, possibilitando maior aproveitamento

    nas atividades dirias da organizao. Alm disso, permitir ao acadmico, um

    maior desenvolvimento intelectual e profissional.

  • 11

    2 FUNDAMENTAO TERICA Com o advento da globalizao, os cenrios de concorrncia no comrcio

    exterior tornam-se cada vez mais competitivos, exigindo que as empresas implantem

    modificaes significativas nos sistemas logsticos que gerenciam, da forma mais

    eficiente e gil possvel.

    As empresas brasileiras vm desenvolvendo estratgias para atualizar-se e

    manterem-se competitivas no mercado. So elas influenciadas pela tecnologia e

    inovao do mercado internacional e tambm da prpria concorrncia interna que

    vem se aperfeioando para ganhar parte do mercado brasileiro que est aquecido

    nos ltimos anos.

    A crescente velocidade das trocas de informaes e o rpido

    desenvolvimento da tecnologia, provenientes do advento da globalizao, fizeram

    com que o mundo se tornasse cada vez mais integrado e competitivo. Nesse

    contexto, as empresas esto condicionadas a uma nova lgica de produo e

    transporte de mercadorias e servios, na qual transferem sua produo aos lugares

    que oferecem as melhores condies econmicas, e passam a dar maior

    importncia e ateno ao controle dos custos logsticos.

    Para a correta anlise dos custos logsticos de transporte, faz-se importante

    analisar como ocorreu a evoluo dos estgios de logstica, seguidos por uma

    anlise relacionada aos benefcios que o melhor uso dos modais de transporte

    podem gerar s empresas, descrevendo seus pontos fortes e pontos fracos no

    transporte de diferentes tipos de carga em diferentes distncias analisadas. Em

    seguida, observado como algumas ferramentas podem interferir de forma decisiva

    no controle de custos das empresas brasileiras.

    Inicialmente, uma correta conceituao de logstica se faz necessria aqui,

    por ainda apresentar algumas conceituaes tortuosas que costumam minimizar

    toda a importncia da gesto logstica, simplificando-a em termos gerais como o

    simples ato de armazenagem e transporte de cargas, o que veremos que no

    correto.

  • 12

    2.1 LOGSTICA

    O processo logstico essencial para o bom andamento das organizaes,

    pois atravs dele o consumidor tem a sua disposio o produto que necessita no

    tempo e na hora certa em que deseja.

    Segundo Dias (1993, p. 131), o "termo logstica vem do francs loger, que

    significa alojar, prover, introduzir'.

    Segundo Ballou (2009, p. 24):

    A Logstica Empresarial trata de todas as atividades de movimentao e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisio da matria-prima at o ponto de consumo final,assim como dos fluxos de informao que colocam os produtos em movimento,com o propsito de providenciar nveis de servio adequados aos clientes a um custo razovel.

    Parreiras e Mendona (1990) mencionam que a logstica pode ser definida

    como o planejamento das necessidades de materiais e termina com a colocao do

    produto acabado no mercado.

    Segundo Novaes (2007, p. 35):

    Logstica o processo de planejar, programar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os servios e informaes associados, cobrindo desde o ponto de origem at o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor.

    No entendimento de Larraaga (2003, p. 31), pode-se entender logstica

    como a gesto dos inventrios, estejam eles imobilizados em algum lugar ou

    movimentando-se entre pontos, ao longo de um fluxo de materiais que vai desde o

    fornecedor das matrias primas at o ponto final de consumo.

    Chiavenato (1991) aborda logstica como uma atividade que coordena os

    materiais em estoque, transporte e a movimentao dos produtos dentro da fbrica

    at o ciente final.

    Para Novaes (2004), a logstica d condies reais de garantir a posse do

    produto, por parte do consumidor, no momento desejado, porm se estivermos

    trabalhando com bens durveis e o vendedor prometer a entrega da mercadoria

    para certa data e essa promessa no for cumprida, por falhas nas informaes,

    operaes do depsito ou no transporte, gerar um efeito negativo para a imagem

    da empresa.

  • 13

    Segundo Bowersox (2007, p. 23):

    A Logstica de uma empresa um esforo integrado com o objetivo de ajudar a criar valor para o cliente pelo menor custo total possvel. A Logstica existe para satisfazer as necessidades do cliente. Facilitando as operaes relevantes de produo e marketing do ponto de vista estratgico, os executivos de Logstica procuram atingir uma qualidade pr-definida de servio ao cliente por meio de uma competncia operacional que represente o estado da arte, o desafio equilibrar as expectativas de servios e os gastos, de modo a alcanar os objetivos do negcio.

    O papel da logstica na empresa deve ser eficiente para no gerar

    constrangimentos aos seus clientes e abrange a funo de responder por toda a

    movimentao de materiais, seja ela no ambiente interno ou externo, tendo incio

    com a chegada da matria prima at encerrar-se com a entrega final do produto ao

    cliente, onde Ballou (2006) optou por dividir em atividades primrias e secundrias,

    as quais sero discriminadas a seguir.

    As atividades primrias so consideradas aquelas que contribuem com a

    maior parcela dos custos totais da logstica, compreendendo ao transporte em si,

    gesto dos nveis de estoque e ao processamento de pedidos. Enquanto que as

    atividades secundrias correspondem s funes de apoio s atividades primrias:

    armazenagem, manuseio de materiais (movimentaes dentro do armazm),

    embalagem de proteo, programao de produtos e manuteno da informao.

    Na concepo de Parreiras e Mendona (1990) os sistemas logsticos obtm

    trs funes bsicas: a estocagem fsica de matria-prima, desde sua aquisio at

    a entrada no processo de produo; fluxo de materiais, desde a entrada no processo

    das matrias-primas at que o produto acabado; e movimentao de produtos

    acabados, desde a sada dos processos at a entrega aos clientes finais, onde de

    suma importncia para as organizaes.

    2.1.1 Evoluo da logstica A evoluo da logstica vem ocorrendo h muito tempo, sendo que as

    estratgias logsticas j eram executadas nos quartis generais, onde os militares

    delegavam aos soldados para transportar armamentos pesados aos locais de

    combate e tudo que necessrio ser empregado nas guerras, sendo que isso era

    exigido uma grandiosa organizao logstica. E essa evoluo continua nos dias

  • 14

    atuais, onde a mesma est sendo adapta de acordo com as necessidades das

    organizaes.

    No h um entendimento entre os autores sobra a poca do surgimento da

    logstica, porm, muitos colaboram que ela teve origem na rea militar e evolui muito

    aps a 2 guerra mundial de 1939-1945.

    Historicamente, a logstica segundo Ferreira (2007, p. 5):

    Enquanto prtica inconsciente, a Logstica pelo menos to velha quanto o Homem. As suas manifestaes mais visveis prendem-se com o fluxo e o armazenamento de bens. Apesar de existirem testemunhos mais antigos (Jules Dupuit, 1844, por exemplo), no mundo empresarial o termo Logstica ganha expresso no final do sculo XIX, associado ao abastecimento e formao de estoque. Ralph Barsodi, em 1927, est j prximo do conceito atual. Smykay, Bowersox e Mossman (1961) ressaltam o interesse em coordenar a distribuio fsica, tema que Drucker elege como grande desafio em 1962.

    No Brasil, perceptivelmente essas mudanas registram datas posteriores a

    1990, com a reduo das alquotas de importao, pressionando as empresas

    brasileiras a apresentarem uma maior competitividade no tocante ao aumento da

    concorrncia internacional. A logstica constitui-se como um negcio de grandes

    propores que evoluiu muito e rapidamente nos ltimos anos, passando profundas

    transformaes na direo de sua sofisticao (FIGUEIREDO, 2003, p. 82).

    Segundo Arbache et al. (2006, p. 19) a logstica significativamente

    extraordinria porque:

    [...] capaz de auxiliar empresas e organizaes na agregao e criao de valor ao cliente. Ela pode ser a chave para uma estratgia empresarial de sucesso, provendo uma multiplicidade de maneiras para diferenciar a empresa da concorrncia atravs de um servio superior ou ainda por meio de interessantes redues de custo operacional.

    A logstica tem entre suas funes realmente a funo de transporte e

    movimentao, que so, certamente, duas das principais reas e talvez por isso seja

    enxergada dessa forma pela maioria das pessoas (ARBACHE et al., 2006, p. 20).

    O Council of Logistics Management (CLM), nos EUA, define logstica do

    seguinte modo:

    [...] o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os servios e informaes associados, cobrindo desde o ponto de origem at o ponto de consumo,

  • 15

    com o objetivo de atender os requisitos do consumidor (ARBACHE et al., 2006, p. 20).

    Colaborando com isso, Gomes e Ribeiro (2004), destacam que a logstica

    uma atividade que teve origem na rea militar, quando os exrcitos se deslocavam a

    grandes distncias para combater e conquistar terras e riquezas e eram obrigados a

    permanecer por longo tempo.

    Sua origem remonta poca dos gregos, pois com o distanciamento das lutas

    era preciso um estudo para poder fazer o abastecimento das tropas com

    armamentos, alimentos, gua e medicamentos. Entretanto essa tcnica se

    aperfeioou a partir de Napoleo Bonaparte.

    Desde o incio da histria da humanidade a necessidade de transporte de

    mercadorias como alimentos e utilidades bsicas para a sobrevivncia das famlias

    sempre esteve presente, forando os povos a viverem em locais de fcil acesso aos

    produtos de primeira necessidade como alimentos e gua. Os povos mais antigos

    consumiam os produtos em seus lugares de origem ou os levavam para algum local

    profundo ou armazenando-os para utilizao posterior (BALLOU, 2006, p. 25).

    A Logstica foi muito utilizada na antiguidade, pelos lderes militares para

    enfrentar seus inimigos; guerras eram longas e geralmente distantes sendo

    necessrios grandes e constantes deslocamentos de recursos, para transportar as

    tropas, alimentos, armamentos e carros de guerra pesados aos locais de combate

    eram necessrios o planejamento, organizao e execuo de tarefas logsticas,

    que envolviam a definio de uma rota, nem sempre era mais curta, pois havia

    necessidade de ter uma fonte de gua potvel prxima, transporte, armazenagem e

    distribuio de equipamentos e suprimentos.

    Com o fim da Segunda Guerra Mundial, as empresas observaram to grande

    era a importncia de se ter um departamento para cuidar da logstica onde a

    demanda crescia num ritmo acelerado, os consumidores tornavam se cada vez mais

    exigentes. A partir dos anos 1950 e 1960, as empresas comearam a se preocupar

    com a satisfao do cliente. A logstica concentrou-se no fluxo eficiente ao longo do

    canal de distribuio. Este fluxo por sua vez foi deixado de lado por muito tempo,

    pois no era visto como importante pelo cliente, alm, disso a velocidade das

    informaes era limitada pelos procedimentos realizados com papis (ARBACHE et

    al., 2004).

  • 16

    Historicamente, a 2 Guerra mundial, foi a maior operao logstica j

    realizada pelo homem. As atividades relacionadas logstica era de carter militar,

    na poca abrangiam a administrao de materiais, deslocamento (pessoal, munio,

    equipamentos) e instalaes.

    Dornier et al. (2000) destaca que com o fim das grandes guerras, o termo

    logstica passou a ter uma aplicao mais civil, pois iniciou-se o consequente

    xodo rural para as cidades e a ocupao dos subrbios, o que criou a necessidade

    de disseminao dos pontos de venda para dentro destes. Estas mudanas criaram

    uma elevao significativa nos custos de distribuio, pois este no poderia ser mais

    centralizado em torno do centro de produo, mas sim deveria estabelecer pontos

    de venda ou centros de distribuio capazes de atender o maior nmero de

    consumidores possveis. Aqueles que antes plantavam para sua subsistncia ou

    faziam parte do setor de produo de bens essenciais, agora eram meros

    consumidores e, para atend-los, muitas vezes gastos elevados com transporte e

    estocagem se faziam necessrios.

    A partir deste contexto, com o desenvolver dos povos e das necessidades, o

    termo adquiriu novos sentidos. Pela viso de Dornier et al. (2000), logstica

    atualmente conceituada como a gesto de fluxos entre funes de negcio, e no

    somente a simples entrada de matrias primas somada ao fluxo de produtos

    acabados, como se pensava anteriormente. Ou seja, o estudo da logstica se tornou

    uma questo a ser muito estudada pelos administradores de empresas, pois o bom

    gerenciamento de uma cadeia de abastecimento propicia grandes vantagens, em

    termos competitivos, para as empresas.

    Atualmente as empresas passaram a utilizar-se da logstica como estratgia

    genrica de competio, utilizando da diferenciao ou da prpria vantagem

    absoluta de custos como forma de atingir maiores parcelas do mercado, ou seja:

    diferenciando o produto ou o servio oferecido pela empresa, criando algo que seja considerado nico, no mbito de toda a indstria [ou atravs da] capacidade de uma empresa de projetar, produzir e comercializar um produto comparvel com mais eficincia do que seus competidores (PORTER,1986, p. 51).

    Para Dias (1993, p. 13) existe crescente interesse pela administrao logstica

    no Brasil, e esse interesse pode ser explicitado por seis razes principais.

  • 17

    1) Rpido crescimento dos custos, particularmente os relativos aos servios

    de transporte e armazenagem;

    2) Desenvolvimento de tcnicas matemticas e do equipamento de

    computao capazes de tratar eficientemente a massa de dados normalmente

    necessria para a anlise de um problema logstico;

    3) Complexidade crescente da administrao de materiais e da distribuio

    fsica, tornando necessrios sistemas mais complexos;

    4) Disponibilidade de maior gama de servios logsticos;

    5) Mudanas de mercado e de canais de distribuio, especialmente para

    bens de consumo;

    6) Tendncia de os varejistas e atacadistas transferirem as responsabilidades

    de administrao dos estoques para os fabricantes.

    Estas variveis influenciam no desenvolvimento de tcnicas logsticas e de

    administrao de estoques que passam a refletir em menores custos e aumento de

    resultados financeiros para o fabricante, o distribuidor e o varejista. O consumidor

    por sua vez tambm se torna participante deste ciclo, pois a reduo de custos de

    todo o processo industrial e logstico repercute em economia na aquisio de

    produtos e esse um dos principais papis da logstica abordado no tpico seguinte.

    2.1.2 O papel da logstica

    Os principal papel da logstica parte de uma dupla perspectiva: Viso Interna

    e Viso Externa. A primeira, a busca pela eficincia e reduo de custos. Quanto

    viso externa, a eficcia do produto e nvel de acesso ao cliente.

    Parreiras e Mendona (1990) mencionam o que papel da logstica tende a

    desempenhar, de acordo com suas caractersticas e vantagens, qualidade,

    eficincia, preo baixo, segurana e confiabilidade, para alcanar os objetivos

    propostos pela empresa e a satisfao do cliente.

    Obter altos nveis de satisfao dos clientes um dos desafios do

    gerenciamento da rea de logstica, onde cada vez mais os prazos so menores e

    mais difceis de serem cumpridos, sendo que este processo bem desenvolvido e

    aplicado de forma eficiente dentro de uma organizao gera bons negcios e

    principalmente satisfao de seus clientes.

  • 18

    Com a finalidade de melhor atender ao consumidor final, imperativo apontar

    os vrios tipos de valor que so agregados ao produto cadeia de abastecimento.

    Conforme Novaes (2007) os tipos de valor podem ser:

    a) Valor de lugar: o deslocamento, ou seja, o transporte do produto; o

    produto deve estar disponvel no local desejado pelo cliente;

    b) Valor de tempo: a entrega do produto rigorosamente nos prazos (local, data

    e hora) combinados com o cliente;

    c) Valor de qualidade: valor agregado pela produo, o produto deve estar

    com qualidade intrnseca desejada (quantidade corretas e cuidadoso manuseio);

    d) Valor de informao: transparncia de informaes importantes ao cliente e

    de forma gratuita; informaes transferidas dentro do fluxo logstico.

    Todos esses valores tende a satisfao do consumidor final, garantindo a

    preferncia do cliente diante da concorrncia.

    Larraaga (2003, p. 34) afirma que a logstica vital para a economia e para

    a empresa, sendo ainda um fator fundamental para incrementar o comrcio regional

    e internacional, ou seja, ele afirma que atualmente a dependncia da logstica

    passou a ser questo de sobrevivncia e no mais apenas um instrumento de

    auxlio s operaes globais.

    Do mesmo modo, o autor tambm cita que a logstica no se apresenta

    apenas como uma forma das empresas reduzirem custos e aumentarem sua

    competitividade, mas que sistemas logsticos eficientes e eficazes, ao permitir a

    reduo do custo final dos produtos, significam um melhor padro de vida para toda

    a sociedade (LARRAAGA, 2003, p. 34).

    Segundo Bowersox, (2007, p. 29):

    O nvel de custos Logsticos est relacionado com o desempenho desejado de servio. A obteno simultnea de grande disponibilidade, confiabilidade e desempenho operacional tem um alto custo. A dificuldade para aplicar o conceito origina-se no fato de que a relao entre o custo Logstico e um melhor desempenho no diretamente proporcional. Uma empresa que assume compromissos com seus clientes em termos de disponibilidade de estoque, prometendo entregas consistentes em 24 horas, poder duplicar seu custo Logstico em comparao com um compromisso menos ambicioso.

    Como tudo indica a evoluo da logstica teve a influncia de diversos fatores,

    aos quais sempre teve como princpio bsico, a busca de melhoria e evoluo do

    setor logstico atravs da tecnologia e reduo de custos. Hoje, com tantas

  • 19

    modalidades de transporte, h casos em que se utilizam vrios meios de transporte

    fazendo uma ligao entre os modais, para que o produto chegue ao cliente final.

    Neste caso estudaremos algumas formas de transporte que podem se adequar

    melhor ao tipo de empresa e o produto a ser transportado.

    2.2 TRANSPORTES

    O transporte a atividade responsvel pela circulao e distribuio de

    mercadorias, sem o qual no seria possvel mover a matria prima at s fabricas,

    ou os produtos manufaturados at seus distribuidores, ou mesmo o produto final at

    seus clientes. Desta forma, pode-se considerar o transporte como um dos principais

    responsveis pelas trocas comerciais no mundo todo (BALLOU, 2006).

    Observa-se que transporte tem um papel importante no processo logstico das

    organizaes, pois se o transporte oferecido pela prpria organizao poder

    reduzir custos e assim alcanar a satisfao do cliente. Caso seja terceirizado

    preciso um acompanhamento constante para que este servio no interfira na

    satisfao final de seus clientes.

    Para Ballou (1993) o transporte um componente muito importante para a

    logstica, e pode influenciar na economia tanto de naes desenvolvidas quanto nas

    em desenvolvimento, oferecendo meios de transportes mais baratos e fazendo com

    que pessoas que trabalham no campo possam morar em grandes centros na busca

    de qualidade de vida.

    Segundo Ballou (2009, p. 24):

    Transporte refere-se aos vrios mtodos para se movimentar produtos. Algumas das alternativas populares so os modos rodovirio, ferrovirio e aerovirio. A administrao da atividade de transportes geralmente envolve decidir-se quanto ao Mtodo do transporte, aos roteiros utilizao da capacidade dos veculos.

    Viana (2006) apresenta distribuio como atividade por meio da qual a

    organizao pode efetuar a entrega de suas mercadorias, estando diretamente

    ligada movimentao e transportes. Existe fatores de grande importncia no que

    se refere distribuio, a natureza dos produtos a serem transportados e a origem

    dos produtos de transporte, entre as diversas maneiras existentes para construir a

  • 20

    distribuio fsica, se deve escolher a mais apropriada as condies do mercado em

    que se atua.

    Sendo considerado como a atividade mais importante da logstica, o

    transporte responsvel pela maior parte dos seus custos e consequentemente por

    agregar valores ao produto, dessa forma, fundamental estudar as formas de

    transporte que sero descritas abaixo, de modo a identificar a mais eficiente e a de

    menor custo.

    2.2.1 Formas de transportes

    As cinco formas de transporte so rodovirio, ferrovirio, hidrovirio, duto

    virio e aerovirio. No Brasil os transportes mais utilizados so os hidro e

    rodovirios. O meio de transporte hidrovirio muito utilizado para exportaes e

    importaes transportadas por navios, enquanto o rodovirio mais utilizado no

    transporte interno por meio de rodovias.

    Bertaglia (2009) enfatiza que o meio de transporte utilizado depende da

    necessidade de cada empresa, levando em conta o preo, volume de carga,

    capacidade, flexibilidade, tempo de demora, terminais de carga e descarga,

    legislao governamentais, entre outros.

    Para Ballou (2006) existe, tambm os servios intermodais que so a

    utilizao de mais de um tipo de transporte de mercadoria, que tem crescido nos

    ltimos tempos, gerando ganhos relevantes, e com o desenvolvimento do transporte

    internacional este est sendo um dos principais agentes para esta mudana.

    A combinao de mais de um tipo de transporte j oferecido por algumas

    companhias de transporte. Assim, tanto as empresas quanto os clientes podem

    avaliar melhor a necessidade daquele momento para a utilizao de um tipo de

    transporte mais lento, porm, mais barato ou dependendo de sua necessidade um

    transporte mais eficiente e rpido, que ir agregar um custo maior em seu produto.

    Nos itens seguintes descreveremos as cinco possibilidades de transporte para

    melhor entender sua utilizao e suas vantagens.

  • 21

    2.2.1.1 Transporte rodovirio

    O Brasil, na formao de sua estrutura Logstica, optou por um dos meios de

    transporte mais caro dentre os existentes. A avidez pelo crescimento fez com que

    multinacionais automobilsticas se instalassem no pas, o que influenciou na criao

    de novas estradas e melhoramento das que j haviam sido construdas. Hoje, o

    transporte rodovirio um dos mais utilizados no pas, sua caracterizao se d

    pelo grande nmero de veculos trafegando e o encarecimento das mercadorias

    devido ao fato de o frete ser um servio de alto custo.

    Os custos existentes no transporte rodovirio se do pela pouca quantidade

    de produto transportado se comparado necessidade de manuteno mecnica dos

    veculos, gasto com combustveis, pneus, entre outras necessidades que impactam

    muito no preo das mercadorias.

    Para Bertaglia (2009), o transporte rodovirio o mais independente dos

    transportes, no qual possibilita movimentar vrios tipos de materiais e sua

    flexibilidade facilita a entrega ponto a ponto, o que invivel por exemplo nos

    demais.

    No entendimento de Faria (2000) o uso do transporte rodovirio apresenta-se

    como ideal quando refere-se a pequenas distncias, funcionando como um elo de

    ligao para distncias de at 200 ou 300km, limite no qual a opo rodoviria

    representa o menor custo global.

    2.2.1.2 Transporte ferrovirio

    Segundo Keedi (2004), o transporte ferrovirio consiste na utilizao de

    locomotivas para o deslocamento terrestre de cargas a longas distncias. Muito

    utilizado no transporte de granis. Sua grande vantagem est no fato de apresentar

    custos menores que o rodovirio para longas distncias, todavia no disponha da

    mesma flexibilidade. Outra desvantagem seria a velocidade, embora acredita-se ser

    supervel a partir de um processo logstico bem feito.

    O transporte ferrovirio no Brasil mais utilizado com carga cheia evitando

    assim desperdcio de tempo. Este tipo de transporte j foi mais utilizado no sculo

    passado, pois atualmente a falta de investimento no setor e a exigncia dos cientes

  • 22

    finais requer maior agilidade o que acaba se optando pela utilizao de outros

    meios.

    2.2.1.3 Transporte areo

    Rocha (2003) sinaliza que a via area bastante utilizada para o transporte

    principalmente de cargas urgentes ou com pouco peso/volume, alm de ser indicado

    para mercadorias de alto valor agregado.

    Vieira (2002) colabora, destacando que a principal caracterstica desse

    transporte a rapidez, possibilitando atingir qualquer lugar a um curtssimo espao

    de tempo. Alm disso, com a frequncia de embarques e recebimentos dirios,

    ajuda na reduo de estoques utilizando estratgias Just-inTime.

    O seu alto preo justificado quando tratamos de custos totais, j que sua

    velocidade e grande rotatividade capaz de multiplicar sua quantidade de carga

    transportada dentro de um mesmo tempo de transporte de outros tipos de

    transporte.

    2.2.1.4 Transporte hidrovirio

    O modal hidrovirio costuma transportar produtos de alto valor, principalmente

    quando se trata de transporte ocenico internacional por meio de container, contudo

    um dos modais com maior ndice de queixas devido ao mau manuseio nos

    processos de carga e descarga.

    Rodrigues (2007) aponta as vantagens do transporte martimo, tais como, a

    maior capacidade e diversidade de cargas, e menor custo de transporte. O autor

    ainda fomenta as desvantagens desta modalidade, como a necessidade de

    transbordo nos portos, a distncia dos centros de produo e maior exigncia nas

    embalagens.

    Os custos hidrovirios concentram-se principalmente em equipamentos de

    transporte e instalao de terminais, visto que as hidrovias e os portos so em

    grande parte de operao pblica, portanto, os custos fixos predominantes so

    aqueles relacionados a tarifas e ao custo de carga e descarga. Os altos custos

    dispendidos na manuteno e na compra de equipamentos dos terminais so

    compensados pelos custos quase nulos das linhas de transporte, tendo assim, um

  • 23

    cenrio em que quanto maior for a distncia a ser percorrida, menores sero os

    custos por unidade (BALLOU, 1993).

    2.2.1.5 Transporte dutovirio

    O transporte dutovirio possui uma gama de produtos transportados muito

    mais limitada que os demais tipos de transporte. Este se caracteriza por transportar

    produtos derivados do petrleo a uma baixa velocidade, o que no significa baixa

    capacidade ou baixa movimentao. Por se tratar de um servio ininterrupto de

    dutos de alta capacidade/hora, este transporte bastante eficaz nos seus poucos

    servios oferecidos.

    Para Ballou (1993) o transporte mais confivel de todos, porque no

    enfrenta trnsito ou interrupes. Alm disso, o fator meteorolgico no interfere e

    os prejuzo ou danos so baixos, apesar do transporte de lquidos e gases a

    manuteno devido a falhas ou outros problemas nos dutos extremamente

    pequena.

    2.3 FROTA

    A frota deve ser escolhida logo aps que se definiu o modal que vai ser

    utilizado na distribuio fsica das mercadorias. Ainda, a frota pode ser prpria e/ou

    terceirizada dependendo da estratgia que a organizao pretende usar. E, tambm

    quanto frota, importante salientar a escolha do veculo adequado para

    transportar todas e quaisquer mercadorias da organizao (BALLOU, 2001).

    Quanto aos tipos de veculo, Lavratti (2006, p. 84) demonstra aspectos que

    devem ser considerados:

    a) Custos fixos e variveis; b) Tempo de carga e descarga; c) Equipamentos para carga e descarga necessrios; d) Tempo de deslocamento para coletas e entregas; e) Flexibilidade na consolidao de produtos; f) Operaes com controle de temperatura; g) Necessidade de embalagens especiais; h) Volume de transporte por viagem; i) Problemas de atraso com o trnsito; j) Acesso aos terminais ou docas; k) Dificuldade para manobrar ou estacionar; l) Capacitao da mo-de-obra envolvida; m) Complexidade e freqncia da manuteno; h) Integrao com outros modais ou veculos; o) distncia a ser percorrida; p) Produtividade geral do veculo.

  • 24

    Ao se tratar de frota de veculos rodovirios, a frota deve passar por

    constantes revises, manutenes e diversas aferies a fim de evitar maior

    consumo de combustvel, desgastes suprfluos em pneus e quebras inesperadas,

    causando alto nvel de estresse tanto em funcionrios internos, quanto externos

    (motoristas), proporcionando tambm atraso da entrega das mercadorias

    transportadas, refletindo negativamente na imagem da empresa perante seus

    colaboradores, fornecedores e clientes.

    O nmero de veculos utilizados diariamente deve ser analisado e deve-se ter

    um grande planejamento para que possa atender a demanda conforme necessitado,

    no deixando veculos ociosos em baixos picos de jornada e atendendo de forma a

    suprir a necessidade.

    Analisando todos os problemas logsticos, estradas precrias e motoristas

    cada vez mais desmotivados devido aos stress dirio vivenciado nos

    congestionamentos, se faz necessrio um acompanhamento constante dos horrios

    e melhores rotas a serem planejadas para evitar tais transtornos.

    2.4 TRANSPORTE PRPRIO

    Depois dos produtos estarem armazenados corretamente no estoque, seguira

    a parte de distribuio, que muitas empresas utilizam o transporte prprio.

    O Modal rodovirio demasiadamente rpido e independente, o que o

    identifica como sendo esses, seus pontos favorveis e, segundo Bertaglia (2003, p.

    283):

    [...] o mais independente dos transportes, uma vez que possibilita movimentar uma grande variedade de materiais para qualquer destino, devido a sua flexibilidade, sendo utilizado para pequenas encomendas, e curtas, mdias ou longas distncias, por meio de coletas e entregas para o ponto. Ela faz a conexo entre os diferentes modos de transporte e os seus respectivos pontos de embarque e desembarque.

    Tornou-se o transporte mais utilizado no Brasil, no entanto, opostamente,

    possui como entrave, tendo contra o mesmo, o custo e estradas deficientes que

    encarecem o servio. Conforme esclarece Arbache et al. (2006, p. 67-68):

    Praticamente todos os produtos manufaturados utilizam o transporte rodovirio. Tal predominncia na matriz de transportes brasileira oriunda

  • 25

    da deficincia dos demais modais, que s recentemente esto passando por profundo processo de reestruturao, objetivando torn-los eficientes e competitivos.

    Muitas empresas se lanam por optarem de frota prpria sem ao menos

    considerar suas reais necessidades, observando simplesmente as vantagens como

    ter o controle em sua totalidade da frota, confiabilidade na entrega, dentre outras

    situaes, contudo as mesmas podem ocasionar significativos custos empresa

    (LAVRATTI, 2006).

    Segundo Ballou (2001, p. 97):

    [...] compensatrio ter frota prpria quando o volume a ser carregado for alto conseguindo-se reduzir os custos fixos. Uma empresa geralmente busca ao adquirir frota e equipamentos prprios, um melhor desempenho operacional, maior disponibilidade e capacidade de servio de transportes e custos menores com as entregas. Mas para isso, a empresa tem de estar ciente do comprometimento financeiro que passar a ser exigido para obteno e manuteno desta frota.

    Para o caso das empresas de carga prpria, a m gesto pode implicar em

    custos elevados de transporte e, por consequncia, comprometer o relacionamento

    comercial com boa parte dos clientes (NOVAES, 1997).

    Neste contexto com o alto nvel de concorrncia deve-se buscar os maiores

    nveis de eficincia, baixo custo e alta qualidade.

    Esta alternativa se d por conta de se ter um grande controle da operao

    garantindo os nveis de qualidade e baixo custo.

    Bertaglia (2003), diz que organizaes que possuem frota fixa de veculos

    precisam conhecer e controlar efetivamente seus ativos, reduzindo custos, pois este

    influencia diretamente no custo final do produto, junto com grande gesto da frota,

    pois esta parte implica na formao dos seus custos logsticos.

    Este transporte normalmente oferecido por caminhes, por serem

    adequados para a distribuio de mercadorias de pequeno volume podendo ser

    entregue de porta em porta por onde tiver estradas.

    A deciso de se optar por transporte prprio cabe ao gestor de logstica,

    que ter que avaliar constantemente a qualidade deste servio e dos seus custos,

    estando interligados em todas as reas afetadas como recursos humanos e

    financeiro, ter que ter um sistema eficiente de manuteno preventiva e corretiva

  • 26

    bem como a renovao da frota num perodo de tempo garantido um bom nvel de

    qualidade com baixo custo.

    2.5 DISTRIBUIO FSICA

    Os termos Distribuio, Distribuio fsica, logstica de sada ou outbound

    logistics referem-se ao que ocorre com os produtos acabados desde que so

    armazenados at o momento de que so entregues aos clientes (ARBACHE et al.,

    2006, p. 20).

    Para Bertaglia (2003, p. 30) a distribuio :

    [...] um processo que est normalmente associado ao movimento de material de um ponto de produo ou armazenagem at o cliente. As atividades abrangem as funes de gesto de controle de estoque, manuseio de materiais ou produtos acabados, transporte, armazenagem, administrao de pedidos, analise de locais e redes de distribuio, entre outras.

    Ressalta-se que esse processo significativamente importante para as

    empresas e, no tocante a viso do cliente, Bertaglia (2003, p. 30) explicita da

    seguinte forma:

    O processo de distribuio tem sido foco permanente das organizaes uma vez que os custos nele existentes so elevados e as oportunidades so muitas. Modelos de distribuio so discutidos a fim de obter-se a vantagem competitiva e colocar os produtos, principalmente bens de consumo, ao alcance dos consumidores.

    Para Arbache et al. (2006, p. 22) a importncia altamente relevante porque

    muitas vezes essa a nica avaliao do servio percebida pelos clientes da

    empresa distribuidora de bens.

    Bowersox e Closs (2009), mencionam, que a distribuio fsica so atividades

    relacionadas com o fornecimento de servios aos clientes, na qual os produtos e

    materiais so movimentados ao longo da cadeia de abastecimento, fluindo dos

    fornecedores para as plantas, delas para os centros de distribuio e da para os

    clientes.

    A distribuio fsica a parte da logstica de suma importncia, onde o

    produto ou servio ficar em estocagem, ser movimentado e dever chegar ao

    ciente final com qualidade sem que haja desperdcios e atraso na entrega.

  • 27

    Na percepo de Bertaglia (2009, p. 8), os produtos manuseados na

    distribuio fsica so produtos manuseados com eficincia, para que no haja

    impactos relevantes, no qual possa vir a diminuir a qualidade e o aumento dos

    custos dos produtos para o cliente final.

    Para Bowersox e Closs (2009, p. 46), o objetivo principal da distribuio fsica

    " ajudar na gerao de receita, prestando nveis estrategicamente desejados de

    servio ao cliente, ao menor custo total".

    A distribuio fsica deve preocupar sempre com a satisfao dos clientes

    finais e a customizao dos produtos.

    O roteiro de entrega uma etapa dentro da distribuio fsica. A mesma deve

    ser realizada dentro do setor de transportes da empresa, buscando melhoramento

    de suas rotas atravs da realizao de estudos frente a seus percursos, clientes,

    veculos, entre outros fatores relacionados, procurando sempre o melhor coeficiente

    de servio dentro do menor custo possvel (BALLOU, 2001).

    Para Alvarenga e Novaes (2000, p. 170), os roteiros de visita devem nortear

    os seguintes componentes:

    (a) Um percurso desde o depsito at a zona de entrega; (b) Percursos diversos entre pontos de paradas sucessivas, dentro da zona de entregas; (c) Paradas nos clientes para coleta ou entrega dos produtos; (d) Percurso de retorno, desde a zona de entrega at o depsito.

    No tocante a realizao de um roteiro de entrega, a empresa deve ter

    estabelecido previamente qual o modal que a mesma ir utilizar, bem como se

    utilizar frota prpria e/ou terceirizada. Mais ainda, quais os modelos de veculos

    que sero usados. Somente com esta etapa resolvida, a empresa deve passar para

    outro pr-requisito, ou seja, ter a informao exata do local dos pontos de coletas e

    entregas, ou seja, localizao perfeita de todos os depsitos e estabelecimentos dos

    seus clientes (ALVARENGA; NOVAES, 2000).

    Segundo Vieira (2010, p. 29) para realizar o roteiro de entrega:

    [...] essencial que esteja selecionada a frota, que se tenha os dado necessrios das localizaes dos depsitos e dos clientes, assim como, informaes dos tipos de caminhos e tabela de distncia entre os pontos. A roteirizao vem a fornecer solues ou melhorar o sistema de entrega, deve ser planejada, buscando o menor custo na entrega das mercadorias, porm, com grau de atendimento adequado. Com o transporte resolvido e as determinadas localizaes identificadas, pode-se iniciar o processo de

  • 28

    roteirizao dos veculos, sempre respeitando as restries que podem interferir no processo.

    A roteirizao pode e/ou deve ser realizada com ou sem a influncia de

    restries. Verifica-se que, uma roteirizao no admitindo restries realiza-se

    como se as situaes problemas de tempo e capacidade no existissem, porm

    necessrio considera-las para melhorar os resultados dos objetivos (NOVAES,

    2004).

    Existe um outro ponto a ser considerado, segundo Lavratti (2006, p. 92) os

    custos fixos precisam ser separados dos custos por quilometragem e dos custos por

    hora de trabalho. Tambm so computados os custos relativos aos tempos de

    descanso esperas e paradas assim como as dirias pagas ao pessoal de entrega.

    Vieira (2010, p. 31), acrescenta que, para a realizao de uma adequada

    roteirizao, deve-se alm de respeitar as variveis relacionadas no processo,

    bom que sejam seguidos alguns princpios para a organizao da roteirizao, estes

    princpios indicam um caminho possvel para encontrar o melhor meio de

    roteirizao de veculos.

    Segundo Ballou (2001), os princpios para uma boa roteirizao so os

    seguintes:

    Carregar o caminho com pedidos de clientes que estejam localizados os mais prximos possveis um dos outros; A reunio de pedidos deve separada por dia da semana; A construo de rotas deve comear pelo ponto de entrega mais distante, depois reunindo outros pontos a este primeiro da forma mais densa possvel, respeitando a capacidade do veculo, e assim, continuar o mesmo procedimento at que todos os pontos estejam enquadrados em uma entrega; A seqncia de paradas de entrega de um roteiro deve ser feita de tal modo que o veculo procura no passar pelo mesmo caminho das outras entregas anteriores deste mesmo roteiro; Os veculos de grande porte devem ser utilizados em primeiro lugar na classificao de ordem dos roteiros; As coletas, dentro do possvel, devem ser realizadas durante a prpria entrega (dois ou mais depsitos), para realizar outras entregas aps tiver acabado as entregas desde roteiro; As paradas de entrega de volume baixo que so servidas ocupando muito tempo do veculo e despesas do veculo, podem passar por mudanas, podem passar a ser transportadas por veculos menores, desde que perto desta haja outras particulares e dependendo de seus volumes forem compensatrios. Outra hiptese contratar uma empresa terceirizada para estes tipos de entrega; As janelas de tempos estreitas devem ser evitadas, esta restrio pode diminuir o nvel de roteirizao padro, quando ocorre, deve-se tentar renegociar este tempo (BALLOU, 2001 apud VIEIRA, 2010, p. 31).

  • 29

    2.6 ALIANAS COM TRANSPORTADORES

    Outra possibilidade o modelo hibrido e fazer parcerias com transportadores,

    pois em caso de necessidade e urgncia a empresa pode usufruir de uma soluo

    rpida e segura.

    Este tipo de aliana acaba sendo uma possibilidade eficiente e segura

    principalmente para aquelas empresas que no querem terceirizar seus servios de

    distribuio de mercadoria, mas que tambm no contam com uma frota elevada e

    funcionrios reservas para cobrir eventuais problemas.

    A rea de logstica deve estar em constante busca por conhecimentos sobre

    alternativas e solues para sua empresa, e com isto neste modelo Novaes (1997),

    diz que a parceria acontece quando duas empresas se unem para a realizao de

    um servio, sendo agregados as demandas e o uso das frotas, dividindo de forma

    proporcional as receitas e os custos ocorridos na operao da frota. Novaes relat

    que com o uso desta alternativa de transporte se obtm um melhor aproveitamento

    com um custo operacional menor.

    Arnold (1999), estabelecer parcerias implica um compromisso de longo prazo

    entre duas ou mais organizaes no intuito de atingirem metas especificas, e para

    que isto acontea esta relao deve estabelecer confiana mutua e de cooperao,

    e ainda de acordo com o autor so trs os principais fatores que influenciam nas

    parcerias:

    Compromisso a longo prazo: preciso que se atinjam os benefcios da

    parceria, resolvendo problemas, melhorando os processos e construindo a

    necessidade da relao.

    Confiana: os lados devem estar dispostos a compartilhar informaes e

    consolidar uma relao de trabalho, com comunicao aberta, eliminando a relao

    competitiva.

    Viso partilhada: entender a importncia de atender os clientes assumindo

    metas e objetivos, criando um senso comum.

    Quando pensamos em parcerias, a empresa interessada dever ter em mente

    uma viso estratgica bem ampla, conhecendo o potencial de cada parceiro e seus

    processos para uma possvel reduo de custos e ganhos substanciais para todos

    envolvidos no negcio (GONSALVES, 2004).

  • 30

    Parcerias como sociedades so difceis de se formar por serem relativamente

    frgeis, podendo se desmanchar facilmente, mas com seus benefcios potenciais se

    estimula a continuao.

    2.7 TERCEIRIZAO

    As relaes individuais de trabalho e entrega de mercadorias, sofreram vrias

    modificaes nos ltimos anos, ocorrendo certa flexibilizao nas relaes de

    prestao de servio relacionados a atividades meio. As atividades fins continuam

    sendo desenvolvidas grande parte pelas prprias empresas, porm a terceirizao

    das atividades meio permite uma especializao maior no objetivo principal do

    negcio

    A Terceirizao pode ser definida como a possibilidade de contratar um

    terceiro para a realizao de atividades que no constituem o objeto principal da

    empresa (MARTINS, 2008).

    Para Bertaglia (2003), a estratgia de terceirizao pode orientar a

    organizao a reduzir tempos e ciclos, aumentar a velocidade na tomada de

    decises, reduzir custos indiretos e se concentrar na essncia do negcio.

    Novaes (2007) apresenta, trs razes principais para que as empresas

    procurem por solues externas, em atividades realizadas por elas prprias: a

    necessidade de manter o foco nas funes que formam as competncias centrais da

    empresa, uma relao de custo e eficincia desfavorvel das atividades objeto de

    subconcentrao e problemas financeiros. Neste contexto a organizao deve

    prever que a terceirizao uma medida vivel para uma melhoria no seu processo

    logstico e a melhor adequao ao mercado.

    Conforme a cincia da administrao, a terceirizao deve ser entendida

    como a transferncia de atividades para fornecedores especializados, detentores de

    tecnologia prpria e moderna, que tenham esta atividade terceirizada como sua

    atividade-fim, liberando a tomadora para concentrar seus esforos gerenciais em

    seu negcio principal, preservando e evoluindo em qualidade e produtividade,

    reduzindo custos, gerando competitividade (CARELLI, 2004).

    Conforme Dornier et al. (2000) existe razes estratgicas e tticas:

  • 31

    Razes estratgicas: melhora o foco do negcio, obtm acesso a

    capacidades de nvel mundial, acelera os benefcios de reengenharia, compartilha

    os riscos e libera recursos para outras finalidades.

    Razes tticas: reduz ou controla os custos da operao, torna disponveis

    os fundos de capital, gera a introduo de capital, compensa a falta de recursos

    internos e melhora a gesto de funes difceis ou fora de controle.

    De acordo com Dornier Ballou (2006), diz que as empresas vm cada vs

    mais reconhecendo as vantagens estratgicas e operacionais na terceirizao de

    suas atividades logsticas. Alguns dos benefcios encontrados so os custos

    reduzidos e menores investimentos de capital, acesso a tecnologias novas e

    habilidades gerenciais, vantagens competitivas, acesso informao til para o

    planejamento e reduo de riscos e incerteza.

    Conforme Pagnocelli (1993), para desenvolver estratgias de terceirizao

    necessrio se estabelecer uma sequncia de etapas:

    Plano estratgico;

    Conscientizao;

    Decises e critrios gerais;

    Projeto de terceirizao;

    Programa de apoio;

    Auditorias;

    Avaliao dos resultados;

    A terceirizao um processo vlido e que pode trazer vrios benefcios a

    empresa, porem deve haver um rigoroso acompanhamento dos servios prestados

    pelos terceiros para que a qualidade e satisfao de seus clientes sejam mantidas.

    No tocante a frota terceirizada, a mesma utilizada por empresas que

    significativamente no querem depender de custos e/ou de tempo para administrar e

    controlar a gesto da frota prpria, logo, as suas mercadorias so diversamente

    repassadas s empresas, as quais tero o compromisso de entreg-las em

    determinada localizao (LAVRATTI, 2006).

    Existem diversas agncias que oferecem servios de transporte para os usurios, mas que no possuem equipamentos para prestar o servio. Em geral, elas manipulam numerosa quantidade de pequenas cargas e ento os consolida em cargas completas para um veculo. Cobram taxas competitivas com cargas parceladas e a agncia, via consolidao de muitos pequenos carregamentos, pode obter fretes de carga cheia (BALLOU, 1993, p. 132).

  • 32

    Existe uma situao problema para algumas transportadoras no tocante ao

    fato de dividirem o carregamento a seu encargo para com outros embarcadores,

    pois em diversas situaes, nem sempre podem atender aos pedidos feitos pelas

    empresas contratantes de imediato e dentro das exigncias (BALLOU, 2001).

    No entanto, quando a empresa contrata o transporte terceirizado apropriado,

    podem ser includas algumas exigncias no processo como: (1) entrega rpida com

    confiabilidade muito alta, (2) equipamentos especiais geralmente no-disponveis,

    (3) manuteno especial do frete, e (4) um servio que est disponvel quando

    necessrio (BALLOU, 2001, p. 129).

  • 33

    3 ASPECTOS METODOLGICOS

    Neste captulo sero apresentados procedimentos metodolgicos que foram

    utilizados para alcanar os objetivos propostos no estudo. Portanto, necessrio

    que se entenda primeiramente o conceito de metodologia.

    De acordo com Barros e Lehfeld (2007), a metodologia consiste em avaliar

    vrios mtodos disponveis, procurando identificar suas limitaes. A metodologia

    quando aplicada tem como finalidade examinar e avaliar os mtodos e processos de

    pesquisa, proporcionando a gerao ou verificao de outros mtodos que levam

    captao e ao processamento de informaes, com o objetivo de solucionar os

    problemas de investigao.

    Segundo Michel (2005), metodologia um caminho traado para atingir um

    objetivo qualquer. uma ferramenta utilizada para solucionar problemas e buscar

    respostas. A metodologia cientfica um processo em busca da verdade ou

    captao de conhecimentos, que como embasamento utilizar procedimentos

    cientficos, critrios normalizados e aceitos pela cincia.

    Sendo assim, entende-se por metodologia a forma de estudar e avaliar os

    mtodos e tcnicas de pesquisa utilizadas para coletar informaes essenciais para

    o desenvolvimento do estudo.

    3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO

    Por meio da tcnica de pesquisa bibliogrfica encontra-se a contribuio de

    autores renomeados na rea, para desenvolvimento da reviso de literatura, bem

    como para a construo de uma anlise do processo logstico de distribuio urbana

    dos produtos AMBEV pela empresa Conlog em Florianpolis.

    Foram utilizados na pesquisa bibliogrfica livros do acervo da Biblioteca da

    Universidade do Vale do Itaja, pesquisas na internet atravs de sites e portais de

    pesquisa, alm de consultas a artigos de revistas cientficas.

    Para Gil (2002, p. 44) a pesquisa bibliogrfica :

    desenvolvida com base em material j elaborado, constituindo principalmente de livros e artigos cientficos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, h pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fonte bibliogrfica. Boa parte dos estudos exploratrios pode ser definida como pesquisa bibliogrfica.

  • 34

    Por meio da pesquisa bibliogrfica o acadmico encontrou diferentes vises

    sobre o tema em estudo, que permitiu uma melhor fundamentao terica do tema

    proposto, a fim de embasar a pesquisa final.

    A observao foi utilizada pelo acadmico antes mesmo de iniciar a pesquisa,

    pois foi por meio dela, que foi identificada a necessidade de anlise mais profunda

    dos processos logsticos que envolvem a distribuio dos produtos AMBEV em

    Florianpolis.

    A tcnica de pesquisa de observao auxiliou o acadmico para obteno de

    dados de determinados aspectos do mercado que pretende atuar, ocorrendo o

    contato direto e facilitando sua tomada de deciso.

    Neste contexto, comenta Barros e Lehfeld (2007, p. 62). a tcnica da observao, do ponto de vista dos estudos e trabalhos cientficos, oferece a vantagem de possibilitar contato direto com o fenmeno, permitindo a coleta de dados sobre um conjunto de atitudes comportamentais, preciso, porm que o observador se preocupe em no criar impresses subjetivas (favorveis e / ou desfavorveis quilo que observa).

    Segundo Cs (2008, p. 78), o mtodo de observao um procedimento

    sistemtico e minucioso, em relao ao objeto de pesquisa e ao registro completo de

    todas as observaes. Sua finalidade coletar os dados pertinentes pesquisa.

    Por tratar-se de um Trabalho de Concluso de Curso, e pelo fato do

    acadmico ser funcionrio da empresa, a observao caracterizou-se como

    participante, que de acordo com Cervo e Bervian (2002), quando o observador,

    deliberadamente, envolve-se e deixa-se envolver com o objeto da pesquisa,

    passando a fazer parte dele. Na definio de Gil (2008, p. 103), a observao

    participante, ou observao ativa, consiste na participao real do conhecimento na

    vida da comunidade, do grupo ou de uma situao determinada.

    Para elaborao deste estudo, etapas foram percorridas, que na contribuio

    de Garcia (1998, p. 44) as apresenta como mtodo que: representa um procedimento racional e ordenado (forma de pensar), constitudo por instrumentos bsicos, que implica utilizar a reflexo e a experimentao, para proceder ao longo do caminho (significado etimolgico de mtodo) e alcanar os objetivos preestabelecidos no planejamento da pesquisa (projeto).

    As principais finalidades da observao participante, neste estudo, foram

    facilitar a delimitao do tema, a identificao do problema e a definio dos

  • 35

    objetivos para traar uma estratgia de estudo que possa melhorar o

    desenvolvimento de atividades dentro da empresa em questo.

    Com a compreenso do que mtodo, foi possvel definir o tipo mais

    adequado aos objetivos da pesquisa, neste caso, utilizou-se o mtodo indutivo,

    obtendo o enriquecimento do relatrio.

    Sob o ponto de vista de Oliveira (1999, p. 60), o mtodo indutivo possibilita o

    desenvolvimento de enunciados gerais sobre observaes acumuladas de casos

    especficos ou preposies que possam ter validades universais.

    A utilizao do mtodo indutivo nesta pesquisa, est relacionada a anlise

    dos processos logsticos que envolvem a distribuio dos produtos AMBEV em

    Florianpolis, bem como uma avaliao dos possveis problemas encontrados para

    a distribuio dos mesmos, como por exemplo: a mobilidade urbana.

    No entendimento de Gil (2002, p. 28), o mtodo indutivo possibilita o

    desenvolvimento de enunciados gerais sobre as observaes acumuladas de casos

    especficos ou preposies que possam ter validade.

    Devido necessidade de conhecer alguns aspectos relacionados logstica

    de um negcio, o estudo pode ser classificado como uma pesquisa exploratria,

    usado para fundamentar o assunto proposto, proporcionando ao acadmico uma

    viso ampla do problema abordado.

    Segundo Gil (2002, p. 43),

    As pesquisas exploratrias tm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulao de problemas mais precisos ou hipteses pesquisveis para estudos posteriores. De todos os tipos de pesquisas, estas so as que apresentam menor rigidez no planejamento. Habitualmente envolvem levantamento bibliogrfico e documental, entrevistas e estudos de caso.

    Dentro deste contexto, o trabalho utiliza a pesquisa exploratria pelo fato de

    buscar informaes sobre a possibilidade de melhorar os processos logsticos que

    envolvem a distribuio dos produtos AMBEV em Florianpolis.

    A pesquisa exploratria auxiliou o acadmico a delimitar o tema, bem como a

    definir os objetivos do estudo, pela necessidade de desenvolver e esclarecer o

    problema.

    Conforme Andrade (2003, p. 124) pesquisa exploratria : o primeiro passo de todo trabalho cientfico. So finalidades de uma pesquisa exploratria, sobretudo quando bibliogrfica, proporcionar maiores

  • 36

    informaes sobre determinados assunto, facilitar a delimitao de um tema de trabalho; definir os objetivos ou formular hipteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de enfoque para o trabalho que se tem em mente.

    Paralelo ao tipo de pesquisa exploratria, utilizou-se a descritiva, que no

    entendimento de Gil (2002, p. 44);

    [...] tm como objetivo primordial a descrio de caractersticas de determinada populao ou fenmeno ou, ento, o estabelecimento de relaes entre variveis. So inmeros os estudos que podem ser classificados sob este ttulo e uma de suas caractersticas mais significativas est na utilizao de tcnicas padronizadas de coleta de dados.

    O autor ainda coloca que as pesquisas descritivas, so juntamente como as

    exploratrias, as que habitualmente realizam os pesquisadores, que so tambm as

    mais solicitadas por organizaes. Neste tipo de pesquisa, Andrade (2003) diz que,

    os fatos so observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem

    que o pesquisador interfira neles.

  • 37

    4 LEVANTAMENTO E ANLISE DE DADOS

    Aqui ser apresentada a caracterizao da empresa com o mapeamento da

    regio em que ela atua, onde foi realizado o estgio, atendendo os objetivos

    especficos identificando pontos a desenvolver e criando propostas de melhorias.

    4.1 CARACTERIZAO DA EMPRESA

    O estgio foi realizado na empresa Conlog Concrdia Logstica que

    comeou suas atividades em 2006, com a incorporao de oito empresas atuantes

    no setor desde os anos 90.

    No incio da dcada de 80 os empresrios do setor liderados por Pedro

    Rogrio Garcia (in memoriam), que foi o grande idealizador na criao das maiores

    entidades e empresas que compe o transporte rodovirio de cargas de Concrdia

    (SC) e regio, fundou o SETCOM - Sindicato das Empresas de Transportes do

    Oeste e Meio Oeste Catarinense, com o objetivo de defender os interesses dos

    transportadores da regio, brigar por reajustes nos fretes e melhoraria na

    infraestrutura.

    A sindicato sempre foi muito atuante, cumprindo com seu objetivo e

    aproximando os empresrios do setor, mas ainda havia muitas dificuldades que

    ameaavam a permanncia das atividades, uma delas era a competitividade, que

    sempre foi forte e, de certa forma, possibilitou uma maior interao e unio entre os

    empresrios.

    Identificando essas dificuldades, Pedro Rogrio Garcia, junto com lderes do

    setor, formou a cooperativa de transportes com a unio de pequenos empresrios

    do oeste catarinense, fortalecendo sua atuao no mercado nacional, fundando

    assim, em 09 de fevereiro de 1990 a Coopercarga. Esta, proporcionou a formao

    de vrias empresas que se aperfeioaram em segmentos especficos, oferecendo

    servios diferenciados a este nicho de mercado.

    Com uma viso de futuro do negcio, os empresrios identificaram a

    necessidade de atender melhor e desenvolver um servio de logstica mais

    completo, criando em 2001 a UNILOG LOGSTICA E TRANSPORTES AS, fruto da

    fuso de um grupo de empresas associadas da Coopercarga. Esta atuao ganhou

    fora e foco no negcio de distribuio de bebidas e logo outra empresa, tambm

  • 38

    formada por cooperados da Coopercarga, constitu-se para alavancar as

    oportunidades de crescimento no setor, formando a ALT LOGSTICA, que passava a

    gerir as operaes de distribuio urbana de bebidas ao lado da UNILOG.

    Com toda esta evoluo e tambm o ingresso da organizao em terminais

    retro porturios, a profissionalizao levou a um rpido desenvolvimento, induzindo

    a organizao a dar mais um grande passo em 2006. Em assembleia geral ordinria

    os cooperados da Coopercarga, deliberaram pela criao de uma nova empresa,

    agora sociedade annima, surgindo, assim, a CONLOG em 11 de dezembro de

    2006.

    A empresa CONLOG, inicialmente teve o foco para o negcio de terminais de

    contineres, atravs da incorporao das operaes j em desenvolvimento dentro

    da Coopercarga, e pelo desenvolvimento de parcerias no segmento. J em 2007, a

    estrutura consolidada da Conlog, possibilita a incorporao dos negcios de

    distribuio urbana, de bebida, antes j conduzido pelas empresas incorporadas

    UNILOG e ALT.

    J a partir de 2009, acontece a incorporao de seis empresas (ALT

    LOGSTICA E TRANSPORTES SA; DANTHIAGO TRANSPORTES LTDA; TRANS-

    MILNIO LTDA; TRANSPORTES RODOZANI LTDA; TRANSPORTES SO

    CAETANO LTDA; TRANSPORTES TATO LTDA e UNILOG LOGSTICA E

    TRANSPORTES SA). Neste momento, a CONLOG comea tambm a ofertar

    solues logsticas em armazenagem, atravs de estruturas estrategicamente

    localizadas junto aos seus terminais retro porturios.

    Hoje, a CONLOG oferta em seu portflio, os mais variados servios e

    solues personalizados nos negcios de distribuio urbana, terminais retro

    porturios, armazenagem, operaes de transferncia Brasil, Mercosul e projetos

    logsticos customizados.

    Suas unidades:

  • 39

    Figura 1 - Mapa de unidades

    Fonte: CONLOG, 2014.

    A CONLOG tem como misso, Customizar solues logsticas, integrando a

    cadeia de suprimentos com simplicidade e efetividade.

    Sua viso ser reconhecida no mercado pela excelncia em solues

    logsticas.

    E para que isto acontea ela segue com muito empenho seus valores que

    so:

    - Orientao ao cliente.

    - Fazer bem feito.

    - Simplicidade com criatividade, austeridade e efetividade.

    - Honra ao contratado.

    - Atratividade, desenvolvimento e valorizao das pessoas;

    - Amor vida;

    - Desenvolvimento sustentvel ambiental, sociocultural e econmico;

    - Esprito empreendedor;

    Em Florianpolis ela est situada na BR 101 km 212/213 bairro Passa Vinte

    Cep:88130-790 telefone (048) 3286-8170.

  • 40

    Figura 2: Frota

    Fonte: CONLOG, 2014. 4.1.1 Mapeamento da regio

    O estudo foi realizado na regio da cidade de Florianpolis, capital do Estado

    de Santa Catarina que de acordo com o censo de 2010 apresenta uma populao

    de 421.203 mil habitantes.

    Apesar de ser a capital brasileira com o melhor ndice de Desenvolvimento

    Humano (IDH). Florianpolis tem o segundo pior ndice de mobilidade do mundo e o

    deslocamento mais complicado entre 21 das principais capitais brasileiras. Um dos

    principais motivos das dificuldades em ir e vir de carro ou transporte de carga em

    Florianpolis a geografia. O espao em que a cidade cresceu tem muitos morros,

    montanhas, lagoas e dunas, o que causou a no continuidade da malha viria. A

    falta de conexes entre os bairros gerou um mapa fragmentado (DIRIO

    CATARINENSE, 2009).

    E com tudo isto Florianpolis uma cidade com grande qualidade de vida, e

    por ser uma cidade turstica h uma alta demanda de mo de obra, principalmente

    no perodo de alta temporada, fazendo com que pessoas de outros lugares se

    instalem aqui aproveitando esta situao.

  • 41

    Para Pires (2008) o conceito de mobilidade que vem sendo construdo nas

    ltimas dcadas encontra base na articulao e unio de polticas de transporte,

    circulao, acessibilidade e trnsito, com a poltica de desenvolvimento urbano,

    considerando a configurao da cidade, equipamentos urbanos e infraestrutura para

    um melhor gerenciamento da mobilidade.

    Na viso de Real e Balassiano (2001), o termo Gerenciamento da Mobilidade

    caracteriza solues democrticas, flexveis, econmicas e ambientalmente

    corretas. O Gerenciamento da Mobilidade tambm pode ser entendido como a

    busca de um equilbrio mais estvel entre a oferta de infraestrutura de transportes e

    o atendimento adequado da demanda por viagens (deslocamentos). O conceito de

    Gerenciamento da Mobilidade admite a possibilidade de diferentes solues na

    busca desse equilbrio, considerando ainda a racionalizao na utilizao de

    recursos financeiros e a garantia de reduo dos impactos ao meio ambiente

    gerados pelos sistemas de transportes.

    Diante deste contexto, se faz ainda mais necessrio estudo de mapeamento

    da regio a fim de melhor planejar a distribuio urbana dos produtos AMBEV pela

    empresa Conlog em Florianpolis.

    4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS

    Para que se consiga analisar os pontos fortes e fracos no processo de

    distribuio da empresa Conloog, da se necessrio que se apresente o atual

    processo de distribuio.

    4.2.1 Processo logstico de distribuio

    Para que se consiga analisar os pontos fortes e fracos no processo de

    distribuio da empresa Conloog, faz-se necessrio que se apresente o atual

    processo de distribuio.

    A conlog em Florianpolis, na parte de distribuio de produtos, conta com

    uma frota de 50 caminhes truck no vero, chamados frota fixa (FF); 18 carretas FF;

    que fazem a puxada de produtos da fbrica e entregas de grandes redes, 5

    caminhonetes menores que fazem entregas em lugares de difcil acesso como:

    morros, algumas praias, entre outros. No inverno, a frota reduzida em mais ou

  • 42

    menos 25% do nmero de veculos e de pessoal tambm. Para eventuais

    necessidades, a empresa tambm utiliza freteiros previamente cadastrados tanto de

    caminhes truck como carretas.

    O armazm da empresa funciona 24 horas, recebendo, carregando,

    descarregando, organizando e separando produtos. A empresa conta com um

    grande espao fsico, com capacidade de armazenagem de at 4500 palets, o que

    d em mdia 160 carretas de produtos. Para isto, conta com o auxlio de 5

    empilhadeiras que fazem toda a movimentao dos produtos. Depois de

    armazenado, verificado os pedidos de vendas efetuadas pelos vendedores da

    empresa Ambev. Com estes pedidos, a entrega do produto feita durante o dia, das

    08:00hrs s 17:00 hs, de segunda a sexta e das 08:00 hs s 13:30 hs nos sbados.

    Tambm possui rotas noturnas, que atendem das 17:00 hs s 00:00 hs, de tera a

    sbado.

    Aps o trmino das vendas feito o processo de aprovao dos pedidos, 1

    aprovao pela rea de vendas, 2 financeira e 3 logstica. Na aprovao da

    logstica, inicialmente se analisa volume vendido, para saber se ele atende a

    capacidade de entrega, j definida com base no histrico de vendas, curva sazonal e

    crescimento proposto.

    A meta de avaliao para entrega se d em dois valores: um linear e outro

    mximo, este ltimo, usar caminhes freteiros cadastrados com a empresa, para

    possveis estouros de volume para compor o quadro e atender a demanda. Nestes

    casos, se o volume for muito superior, primeiramente so cortados pedidos fora da

    rota do dia programada, mesmo assim, se ainda no adiantar, sero cortados

    pedidos da rota sugeridos pela rea de vendas, com suas prioridades. Se este

    volume for inferior ao volume meta dirio, sero aprovados os pedidos e ficar parte

    da frota ociosa. Se este caso se repetir ao longo do perodo feito anlises para

    aes de vendas ou adequao da frota.

    Depois dos pedidos aprovados pela Cia e pelos rgos jurdicos (receita

    federal), feita a exportao dos pedidos, estes so lanados em sistema que se

    chama Road show, que roteiriza todos os pedidos, separando as quantidades que

    cabem em cada caminho, colocando nos caminhes certos de cada rea. Com os

    pedidos carregados dada a partida pela equipe da Ilha, s 06:00hrs e equipe

    continente s 07:00hrs, esta diferena de horrios se da por conta da rota da ilha

    enfrentar um grande trnsito todos os dias em seu deslocamento.

  • 43

    Antes da sada para entrega das mercadorias, cada equipe verifica suas

    cargas, se est de acordo com as notas que possuem. feita tambm blitz

    rotineiras, realizadas por supervisores conferindo as cargas para evitar falta de

    produtos nos caminhes, com isto, tambm so feitas blitz de segurana, verificando

    as condies dos veculos e dos EPIs dos colaboradores, com os caminhes.

    Na rua, as entregas so feitas pela ordem sugerida pelo Road Show. Em

    conjunto, usada a ferramenta Tracking, que auxilia os entregadores. Esta

    ferramenta possui um GPS que sinaliza a rota com os pontos de venda. Chegando

    ao PDV, o motorista marca no tracking, que est efetuando a entrega, j ao final, o

    motorista marca novamente e finaliza o processo, onde o tracking gera um relatrio

    com informaes de suma importncia para os gestores na tomada de deciso.

    As entregas so feitas como a rota sugere, mas no est livre de alteraes.

    Cada equipe possui telefone que se comunica tanto com a empresa Ambev, quanto

    com a Conlog, sem custo nenhum, para auxiliar no processo de comunicao com a

    finalidade de no haver erros.

    Depois de todos os PDVs visitados, as equipes retornam ao CD, e ento

    feito a conferncia dos caminhes, sendo realizado o fechamento dos mapas e

    acerto dos pagamentos, que podem ser em dinheiro, cheque ou boleto, onde

    conferido por ordem de chegada. Na medida em que as equipes vo chegando, so

    feitas as conferncias dos caminhes e depois so direcionados ao cofre para o

    pagamento, assim, esta finalizada o processo de distribuio.

  • 44

    4.2.2 Ferramenta Tracking

    Figura 3 - GPS

    Fonte: CARRIERWEB, 2009.

    Esta ferramenta foi implantada no ano de 2012 na Conlog em Florianpolis, e

    esta sendo de grande ajuda no processo logstico da empresa, o principal objetivo

    dele a gerao de informaes gerenciais que auxiliaro nas tomadas de deciso,

    sejam elas imediatas ou futuras, para que se faa uma melhor anlise da ferramenta

    necessrio que se entenda o seu processo.

    O tracking um sistema de GPS integrado que com o auxlio do Road show

    j comentado do processo logstico, tem como finalidade para os entregadores

    mostrar a rota do dia a ser feita, com base nos dados nele alimentado. Inicialmente

    feito toda alimentao de informaes no mecanismo, como dados cadastrais de

    clientes, produtos, caminhes, deposito, ocorrncias, rotas planejadas, rotas

    realizadas etc., depois da ferramenta devidamente alimentada e rotineiramente

    atualizada, o processo de funcionamento dela se da resumidamente quando o

    motorista do caminho inicia a rota no mecanismo conforme descrio abaixo.

    Com os dados alimentados, possvel fazer uma anlise do tempo gasto em

    cada rota, alm de ter a confirmao de entrega e o horrio que foi feito. Com isso,

    possvel trabalhar esses dados para melhorar a eficincia na entrega, como por ex.:

    se identificado que em determinado horrio uma rota demora muito a entrega,

  • 45

    devido a fatores externos ou at mesmo a disponibilidade do cliente receber a

    mercadoria, possvel fazer um novo alinhamento para que no acontea o

    desperdcio de tempo que vem ocorrendo nesta rota, alinhando a ordem de entrega.

    Abaixo est relacionado como funciona a ferramenta Tracking para melhor

    entendimento da mesma.

    Fonte: CARRIERWEB, 2009.

    Fonte: CARRIERWEB, 2009.

    Aps dar incio a sua jornada de entrega o mecanismo indica a melhor rota a

    ser feita, com o nome fantasia e endereos dos pontos de vendas.

  • 46

    Fonte: CARRIERWEB, 2009.

    Em cada ponto de venda marcado a chegada, sada e se aconteceu algum

    problema na entrega.

    Fonte: CARRIERWEB, 2009.

    BAR DO JOAQUIM

    BAR DO Z

    SUPERM BARATO

    CHICO DO CHURRASCO

    09507454 Bar do Joaquim Rua Ciclano da Silva, 11 Cascadura Rio de Janeiro

  • 47

    Fonte: CARRIERWEB, 2009.

    Fonte: CARRIERWEB, 2009.

    E ento se estiver tudo ok, feita a entrega, e no final o motorista ira

    selecionar a opo fim da entrega e partir pra o prximo ponto de venda, se houver

    algum problema no ato da entrega que no possibilitara a efetuao dela escolhida

    a opo do motivo da no entrega e ento ele aguardar instrues de tentativas de

    resolues do problema com logstica, rea de vendas e ponto de venda, que

    poder ser por telefone ou por prpria mensagem no mecanismo.

    E caso realmente no consiga efetuar a entrega ele ir marcar a opo do

    problema e se direcionar para o prximo ponto de venda.

  • 48

    Fonte: CARRIERWEB, 2009.

    Depois de todas as entregas feitas ou justificadas necessrio que se finalize

    o dia no mecanismo.

    Fonte: CARRIERWEB, 2009.

    Assim se da por fim o processo do traking na rota, ai sero retiradas

    informaes que ajudaram no processo logstico como um todo, ele ira coletar

    informaes da rota podendo melhorar a roteirizao no Road Show, automatizar a

    comunicao com a central de monitoramento reduzindo o uso do telefone

    aumentando a velocidade das resolues dos problemas, ele indicar tambm o

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    tempo em rota, volume ocupado no caminho, repasse em pontos de venda que por

    algum motivo no puderam rece