Maratona MasterFoot Destaques - clubegalpenergia.com · A banda constituída por bateria, baixo,...
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1 Maratona MasterFoot Inverno
2 e 17 Seu Jorge
3 e 21 Viagem ao Sri Lanka
18 Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 minutos
19 Travessia da Ponte 25 de abril
30 Férias de P|scoa Dance Factory
35 Fado & Solidariedade
36 You must be the change you wish to see in the world
No passado mês de março, o Clube Galp Energia - Núcleo Centro juntou-se a
outras 15 equipas nacionais para participar numa longa noite futebolística no
complexo desportivo do Prior Velho: a Maratona MasterFoot Inverno 2016.
Este evento teve a participaç~o de mais de 80 jogadores, contando inclusive
com uma equipa que viajou diretamente do Porto.
Esta maratona prolongou-se por noite dentro, sendo que durante toda a
competiç~o imperou o fair-play e o desportivismo.
Apesar da equipa do Clube Galp ter-se quedado pelos oitavos de final, impor-
ta realçar o espírito de grupo entre Associados envolvendo as mais diversas
|reas de negócio da empresa - desde a Gest~o de Áreas de Serviço até { Dis-
tribuiç~o de G|s Natural.
Gonçalo Maria Conceiç~o Pinheiro
Destaques Maratona MasterFoot Inverno 2016
17 jun - SoliDARiedade: Aç~o de Rua
18 jun - Final do Campeonato Nacional Interno de Karting Masculino
a partir de 20 jun - Colónias de Férias no Ocean|rio de Lisboa
25 jun - Visita {s Capitais de Distrito: Aveiro
a partir de 26 jun - Colónias de Férias na Quinta da Broeira - MyCamp
a partir de 27 jun - Colónias de Férias Sérgio Ramos Basketball Camp
28 jun - Scorpions
01 , 02 e 03 jul - Festival Panda
07 , 08 e 09 jul - NOS Alive
Próximas Iniciativas
www.clubegalpenergia.com 2 # 227 março 2016
Passavam poucos minutos das 22 horas, de s|bado dia 05 de março, quando subiu ao palco do MEO Arena o Seu Jorge!
Seu Jorge (Jorge M|rio da Silva) nasceu num bairro pobre do Rio de Janeiro, condiç~o que n~o o impediu de seguir o sonho
da representaç~o, onde começou, e da música, onde brilha até hoje!
Apesar da noite gelada, o MEO Arena encheu e recebeu de braços abertos aquele que j| é por muitos considerado o me-
lhor artista de música popular brasileira (MPB) da atualidade.
O cantor brasileiro veio apresentar o mais recente trabalho - Músicas para Churrasco II - sendo este um espet|culo mais
intimista, com Marisa Monte como convidada especial.
A banda constituída por bateria, baixo, guitarra, teclas, DJ e uma exímia secç~o de metais com a melodia e coreografia bem
estudadas, esteve irrepreensível, e em v|rios momentos da noite mostrou o seu talento em solos dignos das mais conceitu-
adas escolas de jazz!
O concerto começou com Ela é bipolar, com um Seu Jorge um pouco retraído e a cantar para dentro. Trazendo consigo a
simplicidade que o caracteriza, desde a própria indument|ria (subiu ao palco de casaco com capuz e óculos de sol) { forma
como se apresenta ao vivo, sem truques, nem artifícios, que nos roubassem a atenç~o daquilo que realmente é fundamen-
tal.
Seu Jorge cantava eu fiz de tudo mas era tarde, foi o que eu podia dar, você não entendeu, quando puxou da flauta transver-
sal e tentou cativar o público. O Bom Senso imperou com já senti saudade, já fiz muita coisa errada, já pedi ajuda e seguiu-se
um forte Boa Noite, Lisboa!
Sabendo que este espaço n~o prima pela qualidade acústica, ou seja, o som n~o ajudava, de-
pois do tema É Isso Aí, o público cantou os primeiros coros afinados e uníssonos da noite. O
músico, até ent~o pouco comunicativo, dirigiu-se pela primeira vez { audiência para agrade-
cer e deixar uma mensagem de conforto e optimismo em relaç~o { crise económica que se
est| a viver no mundo e, mais especificamente, em Portugal.
O cantor j| mostrava o cabelo e mais empatia, e sentou-se em frente { plateia, sozinho ao
viol~o, e foi quando se levantaram vozes aproveitando a proximidade para fazer pedidos…
Seu Jorge
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E foi nesta altura que, de rompante e inesperadamente, sobe ao palco um jovem brasileiro e faz um pedido de casamento,
ao vivo e a cores, { sua bela namorada, que muito envergonhada responde com um tímido sim, aceito…ao que se segue o
tal beijo da praxe!
Seu Jorge n~o desfaz o alinhamento e prossegue com Preciso me Encontrar. Quando a sua voz rouca entoa deixe-me ir, pre-
ciso andar, vou por aí a procurar, rir pra não chorar, o público rende-se e concede-lhe o primeiro aplauso caloroso da noite
(que deixou de estar fria). O músico responde ao carinho do público e agora j| de guitarra na mão, entrega-se nas versões
dos temas de David Bowie que tocou no filme de Wes Anderson, Um Peixe Fora de Água.
O MEO Arena ficou em profundo estado de êxtase com a Amiga Da Minha Mulher e Tive Razão. E j| próximo do final do con-
certo, era chegada a altura de ir buscar ao público as últimas reservas de energia para acabar a noite em grande. Primeiro
Carolina até ao aclamado Samba Esporte Fino, e de seguida, uma celebrada Burguesinha que colocou toda a gente a cantar e
a dançar, e a transformar o espaço num gigantesco sambódromo!
O último adeus chegou com um momento que colocou os artistas e
a plateia a dançar ao som de uma gravaç~o de On The Beat dos B.B.
& Q. Band.
Em suma: Seu Jorge cantou, encantou e encheu as medidas. A ban-
da brilhou e a Marisa pôs o público a cantar e acabou com soul no
pé! Valeu!
Obrigada e até breve, pois j| ouvi dizer que vai voltar este ano com
a Ana Carolina.
Isabel Anjos
Seu Jorge
www.clubegalpenergia.com 18 # 227 março 2016
Chico Buarque de Holanda completou
71 anos. O Chico tem uma obra inigua-
l|vel, rica e muito variada, ao longo
duma vida que reconheceremos por
“bem, plena e surpreendentemente
vivida” – recordemos por exemplo a
história do Irm~o Alem~o.
S~o os livros, os poemas, as óperas,
os musicais, mas, em minha opini~o,
existe a voz, doce, meiga ... melodio-
sa, quente, que nos enche a alma, e
que nos conforta.
O espet|culo a que fui assistir preten-
de ser uma Homenagem { obra imen-
sa de Chico Buarque de Holanda, rela-
tiva sobretudo aos musicais e { come-
moraç~o dos seus 70 anos.
Ouvi um dos atores/cantores interve-
nientes informar numa entrevista que
Chico tinha assistido a uma sess~o e
tinha gostado, e que todos estavam
com receio de n~o o agradar.
Imagino, o difícil que é para uma com-
panhia conseguir em 90 minutos (n~o
foram 90, mas sim 120) resumir uma
obra t~o vasta, variada e magnificen-
te.
O conceito foi bem imaginado. Uma
companhia de teatro que vai percor-
rendo o Brasil, e que, com o seu so-
nho de grandeza, pensa por vezes em
diversas cidades fora do Brasil, mas
que afinal, por lapsos de memória do
narrador, s~o cidadezinhas bem do
interior, e assim vai desfiando muitos
dos poemas e canções do Chico Buar-
que.
Confesso que esperava mais, mais
cen|rio, mais vozes, mais plenitude. O
Chico merece. Soube muito bem re-
cordar todas as músicas, mas ficou
tanto por cantar e por dizer.
“Valsinha”, “A Banda”, “Acorda
Amor”, “Minha História” e “Mulheres
de Atenas” foram algumas das que
considero mais marcantes e que falta-
ram no espet|culo.
Mas provavelmente n~o estavam in-
cluídas em nenhum musical, pois est|-
vamos a assistir a um espet|culo inti-
tulado “Todos os Musicais de Chico
Buarque em 90 minutos”, o que deve
ser impossível de se conseguir numa
só peça.
Bárbara, Geni e o Zepelin, Tatuagem,
Palavra De Mulher, Teresinha, Pedaço
de mim, Basta Um Dia, Sem Fantasia,
foram algumas das canções interpre-
tadas, por entre as peripécias de vida
de um grupo de teatro com as suas
tristezas, alegrias, amores, desamo-
res, traições e reconciliações.
N~o deixaram de ser duas horas de
recordaç~o de boa música, de que é
impossível n~o gostar, e estou certa
que muitos mais espet|culos vir~o
para homenagear condignamente e
celebrar uma obra t~o marcante.
Ana Diniz
Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 minutos
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Que pode fazer Deus quando consta-
ta que a espécie humana, por si cria-
da, multiplica atitudes insensatas e
desvairadas? De entre as muitas op-
ções (mais ou menos radicais) de que
dispunha, optou por eliminar as ins-
truções das T|buas da Lei e dar aos
homens 10 mandamentos “novos”.
Ao longo de duas horas, Joaquim
Monchique incorpora a imagem de
Deus e, coadjuvado pelos arcanjos
Miguel e Gabriel, passa em revista os
dez “antigos” mandamentos e os dis-
lates por eles justificados e explica a
escolha dos “novos”.
A magnífica interpretaç~o de Monchi-
que e o texto acutilante, atual, crítico
e satírico da peça prendem os espec-
tadores, levam-nos {s l|grimas de riso
e fazem-nos desejar que houvesse
vinte mandamentos em vez de dez.
Uma vez mais agradeço ao Clube Galp
Energia - Núcleo Centro a oportunida-
de de assistir a um espet|culo que
prima pela qualidade, mas n~o esque-
ce o divertimento.
José Piedade
O desporto é uma parte importante
da minha vida, por isso quando verifi-
quei que o Clube Galp Energia, como
habitualmente, nos convidava a parti-
cipar na Mini Maratona da Ponte 25
de abril, n~o hesitei em pedir a inscri-
ç~o e no dia l| estava para participar.
Como sempre, passar a Ponte 25 de
abril sem ser de carro é uma oportuni-
dade fant|stica, uma vez que temos
uma noç~o completamente diferente
e por outro lado sentimos todo o ca-
lor humano do conjunto de pessoas
que, como eu, participam, para além
de se usufruir de uma maravilhosa
vista da cidade de Lisboa.
É certo que n~o fui para competir
com os concorrentes internacionais,
mas é sempre uma satisfaç~o quando
passamos a meta, algo cansados mas
com uma sensaç~o de termos passa-
do um bom momento.
Nuno
GOD Atletismo: Travessia da Ponte 25 de abril
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Os treinos de futsal feminino realiza-
dos no mês de março continuaram a
decorrer muito bem, com jogadoras
bem dispostas, cada vez mais profis-
sionais e com mais técnica futebolísti-
ca do que nunca.
No dia 2 de março, o jogo teve um
resultado de 2-1, e no dia 9 de março
foi decidido fazer um treino geral com
todas as jogadoras.
A equipa, cujas membros mais antigas
levam j| um ano e meio a treinar, tem
estado encantadas com a ideia de re-
ceber novas jogadoras, algumas vin-
das do novo ano de trainees da Galp e
outras que vêm aconselhadas por
amigas ou colegas que j| praticam
este desporto.
Como a equipa é muito din}mica, e
sempre conta com jogadoras novas,
n~o existem grupos definidos para os
jogos. Os grupos s~o sempre feitos
no momento com as jogadoras dispo-
níveis, e por isso recomenda-se alta-
mente a todas aquelas mulheres da
empresa que queiram participar que
venham um dia experimentar sem
medos, porque nunca v~o ficar sem
equipa para jogar.
Os treinos, que têm uma duraç~o de
uma hora, s~o aproveitados ao m|xi-
mo com um aquecimento inicial e de-
pois um jogo entre as equipas, jogo
que usualmente tem uma duraç~o de
30 a 40 minutos, divididos em duas
partes.
O fim do jogo é celebrado com um
jantar-convívio comparticipado pelo
Clube Galp Energia – Núcleo Centro.
A iniciativa, organizada pelo Clube
Galp Energia - Núcleo Centro, teve por
objetivo reunir adeptas e simpatizan-
tes da pr|tica desportiva, com foco
no público feminino e fomentar o es-
pírito de equipa num ambiente infor-
mal.
Aguardamos pela inscriç~o de mais
Associadas com vista a tornar esta
atividade mais frequente. Os jogos
ir~o decorrer durante os próximos
meses.
Para mais informações contate a Se-
cretaria do Clube Galp Energia - Nú-
cleo Centro, através do e-mail interno
Clube GalpEnergia – Secretaria ou d
extens~o interna 10 532.
Associada Natacha Galan Velasco
Iphigénie en Tauride, é uma obra cl|s-
sica com encenaç~o e cenografia sim-
plista, executada por cantores de ex-
celência, acompanhados por uma óti-
ma orquestra, o que resultou numa
noite de ópera magnífica, num dos
mais belos teatros - o de S~o Carlos.
Manuela Costa
Casimiro Machado
Encontro de Futsal Feminino em março
Iphigénie en Tauride
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As Armas e os Barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
(…)
N~o me proponho hoje, (nem possivelmente nunca), a propor-me a escrever um épico. N~o sou Camões, e ainda conto
com as duas “vistinhas”, apesar de estarem devidamente salvaguardada por umas lentes bifocais. Muito menos pretendo
copiar os Lusíadas, tarefa cansativa e necessariamente demorada que quase toda a gente iria notar. O que pretendo hoje,
e com toda a humildade creiam-me, é falar um pouco sobre aquela última palavra do último verso: Taprobana. E quantas
vezes é que eu j| a li, senhores e senhoras que neste momento me leem? “Brinquei” com ela assim como com o grande
épico (shame), sem ligar grande coisa { tal palavra Taprobana. Afinal Taprobana quer dizer Sri Lanka. Que também j| foi
Ceil~o. E este foi justamente o meu destino do transacto mês de Março, mais precisamente entre os dias 13 e 23 do dito.
E as expectativas levadas cumpriram-se? Pois amplamente.
Sou de História por vocaç~o. Também de formaç~o. Gosto de conhecer o que me antecedeu, com todos os seus monu-
mentos físicos, escritos, registos antropológicos, restos arqueológicos… mas sou da Natureza de coraç~o. Gosto de Bi-
chos, de Plantas e demais Paisagem Natural. Pois na Taprobana eu tive isso tudo. E muito mais.
No primeiro dia reservava-nos a surpresa de irmos a Pinnawala, visitar um campo de protecç~o, género orfanato de elefan-
tes, calculem! Dizem que foi criado em 1975 para tratar dos paquidermes abandonados. E que bom que foi vê-los ali, no
seu espaço, mais ou menos natural… uns a banharem-se no rio que passava, enquanto outros se passeavam tranquila-
mente, pois claro, acompanhados pelos seus tratadores. Um dos paquidermes gostava mais de estar sozinho para se re-
frescar { sua vontade. E ali permanecia ele deitado. Depois apanhava |gua, com a sua excelente (e proeminente) tromba e
fazia o chuveiro, atingindo amplamente as partes do seu corpo que n~o estavam submersas. Acredito que a felicidade dele
era ali absolutamente efectiva. Ele (para ser feliz) n~o precisava mesmo de mais nada.
Fiz-me { fotografia, o que n~o é f|cil. Gosto de viajar, de estar, mas depois n~o tenho assim um grande gosto de me ver
em fotografias… mas se ali me fiz, foi por uma segunda intenç~o. A de me aproximar efectivamente in loco de um grande
paquiderme. Estar ali ao pé dele, poder tocar-lhe… Naturalmente que me haviam garantido que aquela que me serviu de
parceira ao retrato era pacífica e capaz de tolerar a minha intrus~o e presença abusiva ali. Afinal tratava-se do espaço dela.
Mas ela deixou. E fic|mos amigas! E que belo abracinho nós demos. A tromba é do mais fofinho que existe, mas a parte do
restante corpo j| n~o o é. É bastante dura e rugosa. Elas, as elefantas, que têm um par de maminhas só, situadas na parte
da frente.
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E desculpem-me antecipadamente todas as mulheres que possam ler isto e com
esta referência se possam sentir ofendidas, mas as elefantas nisso, s~o um bocadi-
nho parecidas connosco. Elas que depois têm longuíssimas gestações de quase
dois anos. Adorei ver os animais bebés. E as suas dedicadíssimas m~es.
No dia seguinte fomos a Anuradhapura, que foi declarado património Mundial da
Unesco em 2006. É l| que dizem estar a clavícula do Buda. Mas nós n~o a vimos,
mas acredit|mos no que nos diziam. E l| íamos nós, todos contentes,
“descalcinhos” com apenas umas meias (por pura condescendência dos locais pa-
ra connosco, porque os mesmos, seguem mesmo descalços) e sem chapéu na ca-
beça. O sítio era sagrado e havia de ser local de veneraç~o e de m|ximo respeito.
Só que o pior é que estavam para cima de 35 graus centígrados. E também havia um muito consider|vel número de de-
graus para subir. Pois… É muito difícil ser crente e respeitador, com os pés a arder e a cabeça a fervelhar de ideias impro-
prias, provocadas por um aquecimento algo excessivo. As pedras estavam em ponto de rebuçado. Para além do mais a
cabeça também dava j| mostras de frigir. Mas era assim e pronto. Em Roma sê romano. E respeita! É imperioso.
E depois disso, n~o se pode perder uma oportunidade. Eu n~o perdi. E o que eu me ri senhores/as, com uma companheira
de viagem que a dada altura insistia com o marido em tirar ali uma fotografia a ele. É que a fotografia ficaria mesmo bem
conseguida, justamente naquele enquadramento… E a mesma senhora tentava-o. E l| continuava a tent|-lo… Era esse o
seu papel. E o cavalheiro? Pois abriu-lhe amplamente os olhos e sibilou-lhe: “Mas tu est|s louca!” Enquanto dava uns salti-
nhos muito engraçados e a compasso.
Engraçado foi ainda uma outra coisa: ali e um bocado por todo o lado, os macacos s~o omnipresentes. E ali est~o eles sozi-
nhos, muitos em grupo e ainda outros carregando os seus próprios filhotes. E que encantadora é essa imagem! Enquanto
subíamos, íamos olhando para todos os bichos, isto apesar do Niroshem, o nosso excelente guia, ir reparando que isto
acontece sempre: era ele a explicar as coisas mais interessantes do local e o turista a olhar para os macacos… É que nem
ouve nada… Pois naquela altura ia a subir também uma senhora. Falava a língua da Merkle. E levava com ela um saquinho
de bananas. Est|vamos todos a subir, visualizem. A esforçarmo-nos ao m|ximo. A dada altura os abençoados (e budistas)
macaquinhos apiedaram-se muito da senhora. E carregaram-lhe com o saco, coitaditos! Foram foi um bocado mais depres-
sa que o conveniente. E com o saco firmemente agarrado nas m~ozinhas mas a arrastar-se nas pedras e por ali acima. E a
alem~? Pois se quis bananas, teve que ir comprar mais. Amigos, nós só temos aquilo que merecemos, e quem deseja o mal
dos outros, fomentando inúmeras e ridículas medidas de austeridade…
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Fomos também { zona que apelidam como berço do Budismo, mais concretamente Mihintale com a sua montanha sagra-
da. E com mais alguns degraus para subir, alguns deles somente com as meias. Que maravilha! Que me dera voltar l|. É
que primeiro estranha-se, mas depois j| parece que também somos dali.
No outro dia seguiu-se Dambula, onde visitamos o Templo de Rocha também muito bem classificado pela Unesco. E data
do século I antes de Cristo. L| encontramos muitas mais est|tuas de Budha, cerca de 150 divididas por cinco grutas. As pa-
redes e os tectos das mesmas s~o pintadas. E ali, a maior est|tua do Budha foi gravada na rocha e tem catorze metros. É
mesmo muito concorrido aquele local. E l| íamos nós, de m|quina em riste, silenciosos e… descalços. Seguiu-se Polon-
naruwa, também muito interessante de ser visitado. Esta era a antiga capital do Sri Lanka nos séculos XI e XIII e ainda l|
existem vestígios da antiga riqueza que ali se concentrou no passado.
Fomos também a templos hindus, de entre eles se destaca o Templo de Shiva. Também ele muito interessante.
Ao quarto dia fomos desafiados a subir 1200 degraus. Para subirmos ao topo do Lion Rock, que é a parte superior de uma
antiga fortaleza rochosa de Sigiriya. H| quem a designe também por Fortaleza do Céu. É igualmente também Património
da Humanidade. Distinç~o que obviamente é dada pela UNESCO. E meus amigos, eu consegui subir aquilo tudo. Eu e mais
onze companheiros. A vista dali é soberba. Os reis só tinham mesmo que se sentir muito bem ali de cima. Muito podero-
sos. Exceptuando obviamente o calor porque passavam… Existem ainda ali os vestígios de um passado onde o mais pode-
roso ser se reclinava e era banhado por |guas, que subiam {quelas alturas, através de um sistema de elevaç~o de pesos
muito intrincado. Que eu lamentavelmente n~o vos sei aqui explicar.
Depois fomos fazer um Safari no Minneriya Nacional Park, onde tivemos oportunidade de visualizar inúmeras espécies de
animais, de entre elas, veados, muitos p|ssaros e também muitos veados. Vimos ali a natureza no seu estado mais ou me-
nos primitivo, com muitos elefantes inclusivamente um que era o “bad boy”, pois chegou a atirar-se com todo o vigor para
cima de um dos veículos.
No sexto dia, começamos a fazer as nossas contas, o maior da permanência ali j| tinha passado. É sempre assim, uma
imensid~o na espera, e depois a coisa passa a correr. E naquele dia fomos ao Jardim das Especiarias. E l| tivemos oportuni-
dade de ver de onde provém a grande parte dos nossos temperos. De verificar in loco, o que havia motivado os nossos an-
tepassados conquistadores, o correrem naturais e imensos riscos e a irem “além da Taprobana”. A |rvore da canela que é
bem mais pequena que aquilo que eu julgava. O sempre presente picante, das suas versões mais soft, até {s mais podero-
sas, também ali constava. O picante que ali é usado como uma grande arma contra as possíveis ameaças bacteriológicas
ao organismo humano, j| que ali surgem como algo capaz de evitar uma enorme número de maleitas. Serve de alguma
forma como um medicamento que as previne ou até combate, quando as mesmas pretendem intervir.
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Foram também ali referenciadas mezinhas naturais, como a que permite acabar com a tosse e para outros problemas físi-
cos. E no fim quem quis foi amplamente massajado. E o que eu vi ali, foram v|rios corpos que se contorciam de prazer,
devido {s m~os m|gicas daqueles que ali trabalhavam. Alguns “dos nossos” pretendiam ser tocados no dorso. Aparente-
mente pareciam queixar-se da coluna. Era pois l| que mais se queixavam. Outros era mais para a zona do pescocinho, ou-
tros nos braços. E ainda outros nos pés. E n~o se ouviu ali ninguém a queixar-se do tratamento. Mas do mesmo eu tam-
bém n~o posso falar. É que o dispensei.
À tarde fomos para Kandy que é também ela uma cidade real e sagrada. E rodeada amplamente por uma muito frondosa
vegetaç~o. No passeio de barco, que ali tivemos oportunidade de realizar, nós avistamos morcegos gigantes. Disseram-
nos que se tratavam de morcegos da fruta. E que grandes morcegos eram aqueles, senhores/as! Por ali andavam, a voar
desajeitadamente, como ali|s fazem todos os morcegos, e em grande número. E a sorte que tivemos deles n~o nos ataca-
rem. Sim porque fruta era aquilo que nós menos parecíamos, protegidos amplamente pelos coletes (muito sexy’s) de sal-
vaç~o.
Naquela cidade também se encontra uma outra relíquia do Budha, desta vez é um dente. Muita relíquia existe por ali, é
verdade. E com tanta relíquia, e se permitem, eu questiono: haveria um Budha t~o espaçoso que se pudesse assim e desta
forma se subdividir? Pois, mas é a fé que nos salva… Nesse dia também assistimos a um espect|culo cultural cingalês. Ah
pois, mas eu aqui mesmo em cima, estava a duvidar das relíquias do Budha. Pois… ele n~o dorme…
Seguiu-se uma noite em que eu quase nada dormi, nem eu nem grande parte daqueles que me acompanharam. E n~o foi
porque houvéssemos decidido fazer todos juntos uma qualquer rave. Ou ent~o decidido realizar um qualquer baile tipo
dos bombeiros, n~o. O que aconteceu foi que durante toda (mas toda a noite mesmo) os muçulmanos estiveram a rezar.
Isto se acreditarmos que é aquilo que eles fazem quando se ouvem as suas palavras em alto som através dos seus poten-
tes altifalantes. E aquilo que inicialmente me pareceu consequência de uma festa prolongou-se por toda a noite. Acto con-
tinuo… E sempre…
A populaç~o muçulmana est| ali em maioria, mas eu pergunto, como é que é possível que tal ocorra sem que ninguém se
possa queixar? Ainda bem que só ali estivemos uma noite. Mas houve gente que dormiu o sono dos justos e que n~o deu
conta. Ser~o naturalmente os (que de entre nós) s~o os mais justos. Os que menos prevaricam e que por isso mesmo j|
rezaram tudo aquilo que havia para rezar. Pois n~o ser| esse o meu caso, é o que parece. Também tive conhecimento que
houve gente que devido aquele t~o inusitado acontecimento, foi acometido por pesadelos terríveis… e que até sonhou
com a morte efectiva de familiares directos e que até lhe s~o muito queridos. Pode tratar-se de uma outra pessoa necessa-
riamente perversa…
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No sétimo dia visitamos o Jardim Bot}nico e que belas espécies bot}nicas ali se encontram…Flores lindíssimas. Arvores
muito frondosas e belas. O passeio foi maravilhoso. Muito silencioso. Pois… ao que parece, os muçulmanos ainda estariam
a dormir…
À tarde fomos para Nuwara Eliya que também é conhecido como Little England do Sri Lanka. Que é zona montanhosa por
definiç~o, constitui-se num cen|rio lindíssimo elevado {s alturas dos 1889 metros. É uma clara cidade colonial onde as suas
casas s~o directamente influenciadas pela arquitectura inglesa, quer se tratem de simples casas de ver~o, quer se tratem
de mansões estilo Queen Anne. É também por aqueles lados que se produz aquele que é considerado o melhor ch| do
mundo. E onde parte substancial dos seus habitantes (e produtores) pertence aos tamils. N~o nos podemos esquecer que
o Sri Lanka sofreu { relativamente pouco tempo, de uma guerra absolutamente fratricida, que fez sofrer por todo o lado a
sua populaç~o. Os t}mil eram assim umas das facções. Mas ali (e resolvidas que parecem estar as coisas) eles trataram-nos
muitíssimo bem. Serviram-nos ch| e até gracejaram connosco. Se bem que o que eles naturalmente queriam (e em última
inst}ncia) eram venderem-nos do… seu ch|.
No oitavo dia fomos a Buduruwagala, que dizem os entendidos que quer dizer: Rocha com Est|tua de Budha. E trata-se de
um grupo escultórico cuja est|tua principal anda pelos quinze metros e meio. S~o datadas do século IX e X da nossa era.
Visitamos algumas cascatas, como por exemplo a cascata Ravana, que n~o eram t~o cascatas assim, j| que possuíam cur-
sos ínfimos de |gua. Ocorre-me dizer que o calor era intenso, e a precipitaç~o nula, claro est|. Estivéssemos nós no tempo
das monções… E nessa cascata parece existir uma muito bela lenda: Ao que parece o rei Ravana, num acesso de fúria ter|
raptado a Princesa Sita para se vingar do seu marido, por este ter cortado o nariz da sua irm~. E isso faz-se senhores/as?
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Pelo que tê-la-| raptado e mantido escondida nas grutas que se encontram por detr|s da cascata. A Sita j| l| n~o est|, por-
que se estivesse era capaz de ser avistada devido { escassa cortina de |gua que a poderia ocultar.
Seguiu-se mais um safari em Jeep. Este para mim ainda foi mais espectacular que o primeiro. Avistamos muitos mais ani-
mais. Andamos por ali, no meio de javalis, pavões, crocodilos e búfalos (búfalos que s~o entendidos quase como ovelhas,
pois h| quem os leve a pastar). E com todos nós polvilhados generosamente de muito pó. Houve mesmo quem achasse
ter avistado um leopardo, que registasse o momento. Contudo n~o foi suficientemente conclusiva a prova apresentada. A
prova deixou assim o rasto da dúvida. É que a pele do leopardo parecia enrolar uma outra perna, gorducha que baste, e
que até { data presente, tem-se revelado perfeitamente funcional e de confiança. Nada ameaçadora mesmo…
No final do dia visitamos Kataragama onde se encontra um célebre templo de import}ncia e funcionalidade tríplice: j| que
contenta e é procurado por budistas, hinduístas e até pelos amigos muçulmanos, os das rezas nocturnas. Templo que foi
visitado e percepcionado com fortes batidas de tambor e outras notas musicais provenientes de instrumentos de sopro.
Eram sincopadas as batidas. Eram omnipresentes as rezas. E verdade seja dita, eu senti muita paz naquele local. Pudera, j|
havia rezado durante toda uma noite…
No nono dia, j| cheirava a regresso. Infelizmente para mim, pois até { data presente nunca tive vontade de regressar quan-
do em viagens me encontro. Acho sempre que aguentava mais um mês ou dois. E a voltinha naquele dia, implicava a visua-
lizaç~o de uns certos pescadores, que no meio do mar se encontravam sentados/pendurados numa espécie de estacas de
madeira. E pescavam { linha. Ora aqueles pescadores só pescam efectivamente { noite, pois deve ser aí que os desgraça-
dos dos peixes andam mais para o desprevenido. Mais ou menos pelas quatro ou cinco da madrugada.
O profissional guia que durante todo o percurso da viagem nos acompanhou, l| nos avisava que aqueles pescadores que
ali estavam, j| a altas horas da manh~, figuravam somente para a fotografia. Fotografia conseguida que seria necessaria-
mente paga. E tanto os pescadores como um seu representante que andava na praia, funcionavam em conjunto. E se se
quisessem tirar fotografias aos pescadores, tinha-se que desembolsar uma nota. Esse foi o momento em que todo um au-
tocarro se esgueirou das janelas do mesmo, para eternizar o momento, apesar de se ter um vidro levemente empoeirado
pela frente. E foi também quando o senhor Bertelo se bateu valentemente com o Relações Publicas daquela classe piscíco-
la. Empunhando o lusitano, e com todo o vigor, um tablet. E aproveitando ao m|ximo as oportunidades em que o também
“administrativo da companhia da pesca” n~o conseguia importunar o registo fotogr|fico. O senhor Bertelo conseguiu o
que queria. Foi persistente o bastante. E ficou assim registado para todo o sempre, um outro tipo de pesca, necessaria-
mente mais artesanal, mas que se adivinha igualmente prazerosa. Para quem aprecia.
Depois veio Galle, com o seu Forte e pescadores. Esta terra foi fortemente fustigada pelo terrível Tsunami verificado no
Natal de 2004. Ali o terreno e o mar est~o exactamente na mesma altitude.
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Pelo que uma qualquer onda maior atravessa com muita facilidade a terra chegando ao parque habitacional. O mar, quan-
do l| estivemos, estava flat. E o calor? Pois era mesmo muito intenso.
Quando nos dirigíamos para o Forte, e j| em caminhada, observamos, mais os que iam { frente, que um senhor de bicicleta
nos acompanhava. E n~o nos largava. E nós n~o sabíamos o porquê. A dada altura o senhor pergunta: “Vocês s~o Portu-
gueses?”. “Sim, somos.” Respondemos. Foi ent~o que ele nos deu as boas vindas em nome da terra. Cuja nomenclatura
parece provir da língua portuguesa. Da referência a priori a um galin|ceo. Galle… É que portugueses, e ao que parece, s~o
muito poucos os que por ali se perdem. S~o mais os espanhóis. Portugueses esses que j| governaram aquela ilha por mais
de uma centena de anos. Sendo afastados da mesma pelos “primos” holandeses, piratas quanto baste.
Foi nesse dia também, e j| l| mais para o fim, que nós visitamos um centro de desova de tartarugas. Quando l| fomos as
mesmas j| haviam nascido. Presentemente, um grupo de volunt|rios e beneméritos seres, recolhem os ovos de noite, nas
areias da praia. Ao que parece os mesmos s~o o acepipe perfeito para alguns bichos-bichos e até bichos-homem. E ali esta-
vam elas, as recém-nascidas, dentro de um grande tanque. T~o contentes a girar! E eram mesmo muitas as que por ali na-
davam { volta. Seriam largadas no mar quatro dias depois. E iriam cumprir o seu destino de tartarugas livres e (quem sabe)
conscientes da sua condiç~o. Se n~o viram, aconselho que vejam o filme da Pixar: À Procura de Nemo”. Entender~o aquilo
a que me estou a referir.
Ali no Kosgoda Sea Turtle Conservation Project, peguei
numa pequenita tartaruga, mas que emoç~o… Aquela
pequenita que poderia cruzar oceanos e viver até daqui
a muito tempo, se ela n~o fosse importunada por nin-
guém. Nem enrolada num qualquer lixo de pl|stico. Que
lhe pudesse limitar os movimentos até { morte. Desejei-
lhe muita sorte. Dei-lhe um beijinho na carapaça. E fiquei
com muita pena de a n~o ter trazido comigo. Penso que
ela seria uma companhia perfeita para os meus três ga-
tos. Que obviamente s~o muito civilizados e comem so-
mente da sua raç~o.
No último dia ficamos em Colombo. Que era somente um pequeníssimo porto até { chegada dos lusitanos em 1505. Palmi-
lhamos a cidade e muitos dos seus monumentos e viajamos de tuk tuk. E foi mesmo por muito pouco que n~o ganhamos a
corrida. O nosso motorista esforçava-se bastante, coitado, mas n~o pode ultrapassar o grande líder. N~o se pode ganhar
nunca, quando as regras j| est~o condicionadas. Visit|mos o templo Budista Gangaramaya que é um dos templos budistas
mais importantes do país. Onde se encontravam muitos crentes, todos eles a rezar.
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Este monumento é também ele muito interessante.
No Hotel de Colombo foi o sítio onde visualizei mais mulheres de burka. As mulheres condenadas a andarem com as bur-
kas mas contentes. Mas como é que eu sei que est~o contentes, se n~o se lhes vê as caras? Pois calculo. E ser| que elas
v~o mesmo contentes? É que se lhe n~o se lhes vislumbra qualquer sorriso. H| por ali também muito muçulmano. E aqui
n~o se trata de ser preconceituosa, ou nem tanto assim, mas faz-me alguma impress~o ter gente amplamente embrulhada
em panos… E ser| mesmo gente quem l| est|? É que dali n~o se consegue ver nada… Quando íamos pelos corredores, j|
a caminho dos quartos, vimos uma senhora que ia apressada. Com uma “bruta” mini-saia e uma muito visível maquilha-
gem. E mal nos vê, se assusta e ultrapassa rapidamente a porta do quarto que entretanto deixara entreaberta. Sai de l|
poucos segundos depois, disfarçada com uma burka. Olhem l| só o trabalho… andar toda jeitosa l| por baixo, e disfarçada
de saco negro. Bem, vendo as coisas como elas parecem ser, ela só tem que agradar ao que a espera l| em casa. Mas eu
confesso, bem melhor ficam as hinduístas com os seus sari, que as muçulmanas com as tais das burkas.
Este é o país onde os seus habitantes sentem muita devoç~o pelas |rvores que consideram sagradas, e n~o é só a original
|rvore, s~o também os seus filhos. Existem por l| lagos artificiais gigantescos, o ch| mais para o Norte, as montanhas, as
especiarias, o Jardim bot}nico com |rvores de qualidades nunca vistas, de palmeiras e outras espécies. As pedras precio-
sas, as safiras que s~o muito lindas. É assim um país muito abençoado. Onde eu me senti muitíssimo bem. Se ficasse l|
mais algum tempo j| me poderia sentir de l| natural…
O dia a seguir seria o do regresso. Foi também o dia depois, do terrível atentado terrorista de Bruxelas. Quando soubemos
do mesmo, fic|mos naturalmente transidos e preocupados. Estes acontecimentos horríveis que nada mais pretendem, do
que espalhar o terror e o medo. Mas nós n~o podemos ter medo, nem viver condicionados, com as acções intimidatórias
de um grupo de facínoras alucinados que pretendem obrigar toda a gente a pensar exactamente como eles. H| que resis-
tir. É obrigatório e fundamental.
E como n~o podia deixar de ser, na viagem de regresso, sentiu-se toda a press~o do momento. Com três passagens pelo
Raio X, no Aeroporto de Colombo e um check in feito quase manualmente, devido ao facto de terem ficado por algum
tempo sem base de dados. A viagem que teria como destino o Dubai sofreu por isso um consider|vel atraso. Na ligaç~o, e
j| no Dubai, nós tivemos que nos apressar, para apanhar o voo que finalmente nos traria a Lisboa. E j| no voo, a caminho
da terra do fado, nós fomos informados por um comiss|rio de bordo, que as nossas malinhas, tinham ficado todas elas nos
Emirados. E foi desta maneira, e pela primeira vez, que eu desembarquei sem a minha mala. Eu e toda a gente que me
acompanhava.
Mas tudo isso passou, a mala chegou logo no dia seguinte…e agora, j| nada disso interessa. E para os anais, se me permi-
tem a ousadia, fica a lembrança de uma viagem, ocorrida em muito boa companhia.
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J| conhecia algumas pessoas de outras aventuras, mas desconhecia muitos outros. Gostei de todos. Divertimo-nos todos a
valer. Do país trago boas e muito gratas recordações. É um país fascinante, que apesar de pequeno, n~o se deve esgotar
numa única incurs~o. Com gentes simp|ticas e cordatas, que sorriem sempre, especialmente as crianças que em grupos
enormes (e sempre uniformizadas) se dirigem para as escolas, ou fazem visitas de estudo. E a educaç~o é de graça. E o
sistema de saúde também. Só trabalham meio ano, que no resto do tempo é feriado. Todos os dias que correspondem a
uma Lua Cheia, por exemplo, s~o feriados. E s~o muito felizes, pois… ora assim também eu…
Gostei do clima, dos seus habitantes, dos animais e dos templos. Da sua luxuriante vegetaç~o. Gostei de ter sentindo ainda
a presença de outros dos que nos antecederam, que viram naqueles locais também a necessidade de estabelecer laços,
que n~o somente os comerciais. Gente de se cruzou, que comunicou e que sobretudo se fundiu e criou estruturas que per-
mitem falar numa comunidade tendencialmente mais globalizante. Onde n~o podem ter lugar preconceitos de espécie
alguma. Se bem que as burkas…
É natural que tenhamos visitado muito mais do que eu aqui referenciei. Mas quando eu me proponho a escrever estas po-
bres crónicas, pretendo { partida fazer um relato que seja facilmente visualiz|vel por parte de todo aquele que n~o foi co-
migo. E que se se quiser saber sobre os locais que se visitaram, bastar| ir a um qualquer guia turístico ou site na Internet, l|
estar| tudo e com muita precis~o e detalhe. Contudo eu n~o poderei (nem deverei) fazer tal. Trata-se aqui de um relato de
uma viagem que fiz, com os olhos que s~o os meus, com as emoções que me assistem. Algumas { flor da pele, outras nem
tanto… Todas as pessoas que comigo foram, conservar~o as suas impressões, necessariamente diferentes destas aqui,
contudo a riqueza da viagem é justamente essa. A de estabelecer ligações, aceitar diferenças e experienciar in loco realida-
des diferentes das nossas, colocadas fora das realidades que nos assistem em grande parte do nosso tempo. E sempre
sempre em mote próprio.
Porque meus amigos… navegar é preciso.
DIVIRTAMSEMAZÉ
Celeste Silveira
Campeonato Interno de Bowling Feminino Começou, no passado dia 19 de março, mais um campeonato de bowling feminino no FunCenter do Centro Comercial Co-
lombo. As novas pistas de bowling s~o muito modernas e fant|sticas o que contribuiu para os bons resultados e grande
animaç~o da nossa equipa.
Como sempre, foi um momento de grande convívio e estamos ansiosas pela 2ª etapa que vai ter lugar nas pistas da Play-
Bowling na Aldeia de Juzo, em Cascais, no dia 14 de Maio.
Associada Teresa Carvalho
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Eu gostei muito da dança. Nas aulas
de Broadway tínhamos chapéus, nas
de Hip-Hop aprendemos coisas novas,
nas de Jambé toc|mos tambores mui-
to alto. Eu fiz novos amigos!
Daniela Branqueiro (6 anos)
Eu gostei muito de ir { dança.
Dancei: Hip-Hop, Broadway e fiz per-
curs~o. No Hip-Hop aprendemos v|-
rios passos. No Broadway, a Anita en-
sinou-nos uma coreografia nova logo
no primeiro dia, e na percurs~o toquei
jambé; também fizemos uma percur-
s~o corporal.
Antes de ir, no primeiro dia, sentia-me
um pouco envergonhada. No segun-
do dia j| tinha muitos amigos!!!!
Espero que haja uma próxima vez!
Matilde Branqueiro (8 anos)
“Nós, no Dance Factory, quando l|
cheg|vamos fazíamos dança livre.
Chegava o professor de break dance -
e ele era muito bom para nós - na me-
tade da aula par|vamos e íamos co-
mer o lanche da manh~.
Entretanto acab|vamos de comer e
volt|vamos para dançar.
Almoç|vamos e íamos para a aula de
afro-house, que para mim foi o me-
lhor professor, brincava muito con-
nosco na aula.
Quando a aula acabava, íamos lanchar
e, de seguida, tínhamos a aula de per-
cuss~o.
E assim foi a nossa rotina durante 4
dias.
Foi o melhor programa de férias de
SEMPRE.
Patricia Lourenço
Férias de P|scoa
Dança na Dance Factory
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Foi a primeira vez que participei numa
“saída de rua” e pediram-me para es-
crever as minhas impressões.
Na primeira paragem, no Saldanha,
encontramos um grupo de pessoas
que nunca pensei pudessem estar ali.
Constatei que algumas delas tinham a
sua casa e iam buscar comida para
alimentar a família.
Outros, sim, viver~o na rua.
Percorremos v|rias artérias de Lisboa,
e encontramos os chamados “sem
abrigo” deitados no ch~o, cobertos
com cartões, cheios de frio (estava
uma noite fria) e ao verem uma sopa
quente, e um saco com v|rios alimen-
tos, ficaram agradecidos.
Uma senhora ucraniana, quando viu o
Pedro, perguntou se n~o precis|va-
mos de volunt|rios, porque passava
os dias num parque e sentia que a
cabeça j| n~o estava bem.
Só quando se faz esta atividade, se vê
como todos temos de ajudar esta po-
bre gente que, n~o tendo emprego,
n~o podem ganhar a vida.
Para mim foi muito gratificante po-
der, de uma forma t~o singela, ajudar
quem precisa.
Voltarei certamente a fazê-lo muito
mais vezes.
Isabel Vidigal
A Direç~o do Clube Galp Energia - Nú-
cleo Centro vai proceder ao sorteio
de quatro exemplares de A Viagem de
Arlo, que nos coloca a quest~o: E se o
asteroide que mudou para sempre a
vida na Terra n~o tivesse atingido o
planeta e os dinossauros nunca tives-
sem sido extintos, como seria a rela-
ç~o entre dinossauros e humanos?
Com a chancela Disney·Pixar, vamos
ser levados numa aventura nada ju-
r|ssica, onde a dupla de amigos im-
prov|veis, Arlo e Spot, ir| vivenciar
uma história de ação e humor.
Para se inscreverem devem os Associ-
ados do Clube Galp Energia – Núcleo
Centro enviar, até ao dia 02 de agosto
próximo, um mail para o endereço
interno “Clube GalpEnergia – Secreta-
ria” ou telefonar para a Secretaria do
Clube Galp Energia - Núcleo Centro
através do número 21 724 05 32
(extensão interna 10 532).
Voluntariado Sorteio A Viagem de
Arlo
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Abre-se a cortina para contar a história de Iphigénie…
…uma mulher que foi salva da morte, mas que vive num
pesadelo vivo com v|rias outras mulheres que também
foram levadas de suas casas.
A história gira em trono da sua libertaç~o e das restantes
mulheres pela chegada inesperada de seu irm~o que ela
julgava estar morto e de como se reencontram.
A produç~o da ópera é assinada por uma jovem equipa
artística que junta um encenador norte-americano e um
diretor musical brit}nico e foi interpretada pela Orquestra
Sinfônica Portuguesa.
A obra foi composta pelo compositor alem~o Christoph
Willibald Gluck e estreou em Paris em 1779, tendo j| estado
anteriormente, em 1961, em cena no Teatro Nacional de S~o
Carlos.
Regressou agora a Portugal e n~o perdi a oportunidade de
visualizar um excelente espect|culo.
Obrigado Clube Galp Energia
Ópera Iphigénie en Tauride
Noite de Fado O concerto de beneficência por Um Novo Futuro, foi
ao mesmo tempo um tributo a Am|lia Rodrigues.
Pelo palco passaram nomes mais ou menos conheci-
dos do Fado português.
O fado é tido como tendo uma conotaç~o bastante
triste e uma aura sombria, no entanto a seleç~o de
estilos apresentados pelos diversos convidados con-
seguiu ir do cariz sóbrio e elegante ao jovial, sempre
estabelecendo contacto com o público sem puxar
muito o cinzento do fado.
O espet|culo terminou com a surpresa da artista bra-
sileira Simone, que contribuiu para dar diversidade e
mostrar a universalidade do fado.
Lurdes Fernandes
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Mais uma vitória contra uma equipa
que nos surpreendeu na 1ª volta, em
que perdemos 1-0.
Desta vez n~o facilitamos, ali|s, até
encontrarmos pela frente os dois pri-
meiros classificados n~o exis-
te margem de erro.
Temos que ganhar os jogos todos, um
de cada vez, dois j| est~o agora va-
mos para o terceiro - Vialonga -, com
quem também perdemos na 1ª volta
em casa.
Em relaç~o ao jogo com o Reboleira
voltamos a entrar bem na partida,
pusemos um ritmo intenso sem dar
tempo ao advers|rio de abrir a pesta-
na. Ao contr|rio de outros jogos, a
efic|cia na finalizaç~o foi notória. Em
algumas jogadas treinadas - cantos e
livres - conseguimos surpreender ain-
da mais o advers|rio e ao intervalo j|
ganh|vamos por 5 – 1.
Na 2ª parte marcamos mais um golo e
depois gerimos a partida com a entra-
da de todos os jogadores que esta-
vam de fora. Vamos tentar ganhar
mais um jogo no próximo fim de se-
mana, sabemos que em Vialonga vai
ser difícil, mas temos os nossos trun-
fos.
Treinador Manuel Ismael
Parece que finalmente a equipa me-
lhorou um pouco na finalizaç~o. Conti-
nuamos a falhar muitos golos mas j|
conseguimos marcar alguns.
Marcamos mais em quatro jornadas
da segunda volta do que em toda a
primeira volta (9 jornadas), o que é
animador.
Em relaç~o ao jogo, o resultado revela
a supremacia da nossa equipa em to-
da a partida.
Com 3 – 0 ao intervalo, optamos por
rodar toda a equipa e ficamos satisfei-
tos.
De destacar que nestas 4 jornadas j|
nos foram anulados 5 golos limpos,
que felizmente n~o fizeram falta ao
resultado final, mas fica o registo.
A nota negativa do jogo foi a expuls~o
do meu colega do banco - Hugo - por
dizer ao |rbitro que tem de ter
um critério igual para os dois lados
nos lançamentos de bola fora.
Sinceramente, ridículo ser expulso
por isso … enfim só mesmo na Funda-
ç~o INATEL - num jogo que n~o teve
situaç~o alguma de indisciplina das
duas equipas.
Vamos continuar a acreditar que so-
mos capazes de chegar ao primeiro
lugar, tentado melhorar os resultados
da primeira volta jogo a jogo.
Treinador Manuel Ismael
11ª jornada: Clube Galp
Energia 6 vs Reboleira 2
13ª jornada: Clube Galp Energia 5 vs Povoense 0
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Sabíamos que ia ser um jogo complicado, n~o pela disputa
de bola e marcaç~o de golos mas pela press~o que o Vialon-
ga faz no seu reduto {s equipas de arbitragem.
Foi realmente isso que se viu, uma equipa a querer jogar e
outra a pressionar os |rbitros desde o apito inicial até ao
fim.
Em relaç~o ao jogo , foi totalmente dominado pelo Clube
Galp Energia.
Entramos bem no jogo, com marcações bem feitas sem dar
espaço ao advers|rio, jogamos com velocidade pelas alas e
acabamos por marcar com naturalidade três golos, um dos
quais mal anulado fruto da press~o exercida pelo advers|rio
{ equipa de arbitragem.
Tivemos outras oportunidades que n~o aproveitamos por
falta de competência da nossa parte, mas o objetivo foi al-
cançado, somamos mais três pontos e vamos preparar o
próximo jogo.
Treinador Manuel Ismael
12ª jornada: Vialonga 1 vs Clube Galp Energia 2
Resultado enganador para quem n~o viu o jogo, pois foram
muitas as oportunidades desperdiçadas.
J| sabíamos do resultado da equipa que lidera o campeona-
to - o S~o Jo~o empatou 1 a 1 com o Reboleira no s|bado - e
era a nossa oportunidade de reduzirmos a dist}ncia classifi-
cativa para 1 ponto.
Por tudo isso a equipa entrou a dominar o jogo do princípio
ao fim. O advers|rio tentou v|rias situações (anti-jogo, pres-
sionar o |rbitro, esconder a bola quando ia para fora, ...)
mas n~o conseguiu parar o Clube Galp Energia.
Fomos uma equipa unida, organizada e disciplinada e conse-
guimos os 3 pontos.
Agora vamos preparar a próxima jornada com calma e super
motivados para defrontar um advers|rio { altura (G. D. C. R.
Lei~o).
Treinador Manuel Ismael
14ª jornada: G.D.Roussada 1 vs
Clube Galp Energia 2
www.clubegalpenergia.com 35 # 227 março 2016
Foi com a Direç~o do Clube Galp
Energia – Núcleo Centro que assis-
timos a uma grande noite de fado,
na verdade um belo espet|culo!
A homenagem e tributo { “nossa”
Am|lia Rodrigues foi possível por
reunir talentosos artistas tais co-
mo António Zambujo, Filipa Cardo-
so, Gisela Jo~o, José Manuel Neto,
K|tia Guerreiro, Marco Rodrigues,
Maria Ana Bobone, Ricardo Ribeiro
e tantos mestres de guitarra. O
poder da voz e da interpretaç~o de
cada um dos artistas fez jus { força
e { poesia que caracterizam mais
de 50 anos de trabalho da nossa
ícone Portuguesa.
Assim como Am|lia Rodrigues le-
vou a nossa língua além-fronteiras,
também este concerto preparou
uma surpresa, trazendo algo de
internacional ao MEO Arena, i.e.,
uma voz da música popular brasi-
leira - Simone - que encerrou o con-
certo com “Foi Deus” e “Nem {s
Paredes Confesso”.
Entre atuações, a plateia foi ali-
mentada pela fant|stica história da
Associaç~o Novo Futuro, pois o
propósito deste concerto foi cele-
brar os 20 anos desta IPSS. Esta
Associaç~o acolhe crianças e jo-
vens, facultando-lhes um acolhi-
mento que lhes garanta bem-estar,
afeto e educaç~o, criando as con-
dições que permitam o seu desen-
volvimento e formaç~o humana
até { sua autonomia plena ou rein-
tegraç~o na família.
Considerando uma Miss~o t~o
grande como esta, poder fazer
parte deste evento foi gratificante,
porque…. ajudar é mesmo um es-
pet|culo!
E para finalizar,
Acho inúteis as palavras
Quando o silêncio é maior….
Nicole Ribeiro
Concerto de Fado e Solidariedade
Am|lia, Que Perfeito Coraç~o!
www.clubegalpenergia.com 36 # 227 março 2016
No }mbito da unidade “Solidarity and Volunteering” da disciplina de Inglês do 11º Ano, no dia 04 de março, os
nossos Pedro e Vasco do 11º A e os alunos Catarina, Gonçalo e Pedro do 11º B/C, juntamente com a professora
Paula, reuniram-se e, com a ajuda imprescindível de um Encarregado de Educaç~o, passaram uma noite em tu-
do diferente.
Participaram numa aç~o de solidariedade noturna, distribuindo alimentos (sopa quente e sacos com |gua, bola-
chas, p~o, leite, bolos) aos muitos sem-abrigo espalhados pela capital.
Passaram pelo Saldanha, pelo Mercado e pela Igreja de Arroios, pela Avenida da Liberdade e por outros locais
onde foram distribuindo mantimentos, cobertores, sorrisos, palavras carinhosas e de conforto e, acima de tu-
do, onde revelaram na sua forma mais natural o altruísmo e a capacidade de ajudar o outro.
No final da noite, cansados mas de alma cheia, refletiram sobre o qu~o importante é darmos um pouco de nós,
fazermos a diferença neste mundo muitas vezes acomodado ao aposto e que, na realidade, n~o é assim t~o difí-
cil dedicarmos um pouco do nosso tempo, da nossa atenç~o, emprestarmos as nossas palavras e o nosso cari-
nho a quem mais precisa…
Ajudar é ser maior, é ser um ser grandioso.
Essa foi a liç~o aprendida e interiorizada. E todos cresceram um pouco mais…
Uma vez mais, o nosso muito obrigada ao Encarregado de Educaç~o e ao seu colega pela gentileza, atenç~o e
disponibilidade para connosco e pelo magnífico trabalho que desenvolvem, semana após semana, com os mais
necessitados.
Pedro, Vasco, Catarina, Gonçalo, Pedro e Paula
You must be the change you wish to see in the world
Mahatma Ghandi