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MAPEAMENTO SISTEMÁTICO: Adoção de Governança de TIC em Cidades Inteligentes na Administração Pública
Thauane Moura GarciaMestranda em Ciência da Computação. Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PROCC)
Universidade Federal de Sergipe (UFS) – São Cristóvão, SE – Brasil. Graduada em Sistemas de Informação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) – São Cristóvão, SE – Brasil. [email protected]
Denise Xavier FortesMestranda em Ciência da Computação. Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PROCC) Uni-versidade Federal de Sergipe (UFS) – São Cristóvão, SE – Brasil. Especialista em Banco de Dados pela Univer-
sidade Gama Filho (2010). Graduada em Sistemas de Informação pela Faculdade Sete de Setembro – FASETE (2010) - Paulo Afonso – BA, Brasil. [email protected]
Rogério Patrício Chagas do Nascimento Pós-Doutorado na Universidade de Valência (UVEG) – Espanha (2012). Doutor em Engenharia Informática pela Universidade de Aveiro (UA) – Portugal (2004). Mestre em Ciências da Computação pela Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE) – Brasil (1999). [email protected]
RESUMO
Com o aumento da população urbana surge a necessidade da Administração Pú-blica planejar soluções hábeis para uma melhor governança. Surgindo o grande desafio da adoção de Cidades Inteligentes que é considerado uma ferramenta para melhorias da prestação de serviços de maneira sensata, ou seja, gerando qualidade de vida para o cidadão. Mas para que exista uma Governança Inteli-gente dos recursos e serviços disponibilizados é preciso que exista o alinhamento com a Governança de TIC, onde tem sido uma instigação para o Governo. Por-tanto, este artigo objetiva apresentar quais países existem iniciativas da adoção de plataformas de desenvolvimento, aplicações e serviços para as Cidades inteli-gentes na Administração Pública (AP), destacando principalmente um estudo de utilização de possíveis métodos/técnicas de Governança de TIC.
Palavras-Chave: Governança de TIC, Cidades Inteligentes, Administração Pú-blica, Governança Inteligente
ABSTRACT
With the increasing of the urban population, it emerges the necessity of Public Administration to plan possible solutions for a better management. It arises the great challenge of adopting Smart Cities, which is considered a tool to improve the providing of service in an intelligent form, that is, providing life quality to the citizen. But to achieve a smart management of the resources and services available, it is necessary the existence of an alignment with the ICT Governan-ce, which has been encouraging for the government. Therefore, this paper aims
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to present in which countries there are initiatives of adoption of development, application an service platforms for the Smart Cities in Public Administration , highlighting specially a study about the use of possible methods and techniques of ICT Governance.
Key-Words: ICT Governance, Smart Cities, Public Administration, Intelligent Governance
1 INTRODUÇÃO
Devido ao rápido desenvolvimento das cidades e o crescimento populacional moderno, surgiu
a necessidade de aplicar soluções tecnológicas no meio urbano, ou seja, acesso a tecnologias e
dados capazes de conectar pessoas e conhecimento que possam levar a mudanças, que envolve
o uso estratégico na busca de soluções que liguem os cidadãos e as tecnologias urbanas em uma
plataforma em comum (PAN 2011). Diante do exposto, a Administração Pública precisa buscar
eficiência no gerenciamento e na governança da cidade, com a necessidade de planejar soluções
hábeis, abrangendo fornecimento de melhores serviços aos cidadãos e consequentemente pro-
porcionar melhor qualidade de vida, iniciando-se o progresso em direção ao desenvolvimento
de Cidades Inteligentes (Department of Economic and Social, 2014).
O termo “Cidades Inteligentes” é visto por alguns autores como o emprego eficiente de Tecno-
logias de Informação e Comunicação (TICS) para auxiliar no provimento eficiente de infraes-
trutura e serviços da cidade, podendo trazer melhorias para o dia a dia dos habitantes. Segundo
Bolivar (201�), Cidade Inteligente refere-se à satisfação do cidadão com a prestação dos servi-
ços públicos, que são resultantes da alavancagem de aplicações de TIC.
Então, para que a cidade torne-se inteligente, é preciso que exista o alinhamento de Gover-
nança de TIC com a Administração Pública, que segundo o Information Technology Gover-
nance Institute – ITGI (201�) a Governança é uma estrutura de relações e processos que
monitora e controla uma organização com o intuito de promover valor ao negócio por meio
do equilíbrio entre risco e retorno dos investimentos em TI, ou seja, envolve avaliação e di-
recionamento dos planos para o uso de TIC com a finalidade de monitorar para alcançar os
objetivos do negócio.
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A Administração Pública que utiliza práticas de Governança de TIC, pode apresentar mais
chances de disponibilizar serviços inteligentes. Isso ocorre, pois, as chances de gerar condições
que identifiquem essas necessidades aumentam. Sendo assim é possível planejar o atendimento
de maneira eficiente e consequentemente gerar um ganho em qualidade de vida para sociedade
(MAURO and AUGUSTO, 2010).
Este trabalho tem como objetivo apresentar um mapeamento sistemático, no qual identifica
e mapeia quais países existem iniciativas da adoção de plataformas de desenvolvimento, fra-
meworks, aplicações e serviços para as Cidades Inteligentes na Administração Pública (AP),
destacando principalmente um estudo de utilização de possíveis métodos/técnicas de Gover-
nança de TIC com relação às Administrações Públicas.
Este artigo está estruturado em cinco seções. Após esta introdução, a seção 2 apresenta uma
visão geral da metodologia adotada para esse mapeamento sistemático. A seção 3 demonstra a
análise dos resultados obtidos. A seção 4 mostra as ameaças à validade. A seção 5 são descritas
as considerações finais, bem como a indicação de trabalhos futuros e a seção � apresenta os
agradecimentos.
2 METODOLOGIA ADOTADA
Com o objetivo de identificar e mapear quais países preocupam-se com a utilização das Ci-
dades Inteligentes na Administração Pública, quais (frameworks, aplicações, modelos, meto-
dologias, serviços, etc.) são utilizados para as Cidades Inteligentes e quais técnicas e/ou mo-
delos de Governança de TIC estão sendo utilizados, foi escolhido o método de mapeamento
sistemático da literatura.
Para Petersen (2011), um Mapeamento Sistemático da Literatura (Systematic Literature Map-
ping - SLM) é um estudo rigoroso baseado em métodos sistemáticos de verificação da litera-
tura, ao qual esses estudos se diferenciam das Revisões Sistemáticas (RS). A RS fornece reco-
mendações baseadas em evidências e o SLM visa estruturar a área que está sendo investigada.
Para Wienhofen et al. (2015), um SLM é um processo iterativo definido como estudo secun-
dário, no qual começa com uma ou várias questões de pesquisa e termina com um mapa siste-
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mático. Tendo como objetivo fornecer uma visão geral de uma determinada área; identificar a
quantidade e o tipo de pesquisa; e identificar os seus resultados relevantes disponíveis.
Nesta seção, foi introduzido o conceito da metodologia por meio de um Mapeamento Siste-
mático da Literatura na qual foi adotada para a realização deste estudo. Com isso, é essencial
estabelecer as questões de pesquisa e os critérios para a seleção dos artigos.
Nas próximas seções, serão apresentadas a realização deste mapeamento sistemático, na qual foi
baseado pelo artigo de Diniz et al. (201�) que por sua vez foi adaptado dos parâmetros estabeleci-
dos por Petersen et al. (2008): (a) Definição das questões de pesquisa; (b) Estratégia para defini-
ção das fontes de busca; strings de busca e critérios de Inclusão e Exclusão; (c) Busca nas fontes
selecionadas; (d) Análise dos trabalhos analisados sobre as questões de pesquisa; (e) Conclusão
do estudo realizado. Dessa maneira, outros pesquisadores que possuem interesse neste trabalho
poderão repetir/avaliar de forma mais precisa, podendo efetuar os mesmos passos.
A) Definição das questões de pesquisa
O escopo para utilização deste mapeamento sistemático relaciona-se em identificar a impor-
tância da adoção das Cidades Inteligentes pela Administração Pública. Portanto, formou-se as
cinco seguintes questões de pesquisa com intuito de alcançar o objetivo desta revisão:
Questão de pesquisa 1: Em quais países existem iniciativas das administrações públicas com
relação às Cidades Inteligentes?
Questão de pesquisa 2: Quais (Técnica/ Framework/ Método/ Modelo/ Metodologia/ Boa Prática/
Guia/ Plataforma/ Aplicação/ Serviço/ Padrão/ Aplicativo) são sugeridos para Cidades Inteligentes?
Questão de pesquisa 3: Em quais países existem iniciativas das administrações com relação à
governança de TIC?
Questão de pesquisa 4: Quais métodos e/ou técnicas de Governança de TIC são sugeridos com
relação às Administrações Públicas?
Questão de pesquisa 5: Quais autores estão publicando nesta área?
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B) Estratégia utilizada para a busca
As bases de dados utilizadas para esta pesquisa na área da computação foram: Scopus, ScienceDirect,
ACM Digital Library, IEEE Xplore, Springer e Web of Science. A Scopus foi escolhida por ser uma
das maiores fontes de referência a qual abrange trabalhos de diversas bases, que são: ACM Digital
Library, IEEE Xplore, ScienceDirect, dentre outras (Scopus 2017). Apesar desta conter a presença
de diversas bases de artigos científicos, não existem garantias que o resultado contemple todo o con-
teúdo existente referente a consulta realizada, sendo assim a fim de apresentar maior completude e
solidificação do conteúdo que pode ser adquirido, se fez necessário a realização de consultas comple-
mentares nas bases ACM Digital Library, IEEE Xplore, ScienceDirect, Springer e Web of Science.
Para a execução da pesquisa nas seis bases foram utilizadas strings de busca para realçar as
definições de termos ou palavras chaves a serem utilizadas. Nessa pesquisa alguns métodos
de filtragem foram adotados, como o título (title), o resumo (abstract) e as palavras-chaves
(keywords) dos artigos. Além disso, também foram considerados artigos em inglês e da área de
pesquisa referente a Computação, com o objetivo de remover os artigos que não contribuíram
para a temática abordada.
Os termos definidos para a busca foram:
● Em Inglês: Public Administration; Governance; Government; Smart City; Smart Governance.
A Tabela 1 são exibidas as bases e as strings de busca utilizadas inicialmente.
Tabela 1: Bibliotecas e strings de busca.Bases String
Scopus
((TITLE-ABS-KEY (“Smart cit*”)) AND (TITLE-ABS-KEY
(“government”) OR TITLE-ABS-KEY (“public administration”)
OR TITLE-ABS-KEY (“public sector”) OR TITLE- ABS-KEY
(“public management”)) AND (TITLE-ABS-KEY (“smart gover-
nance”) OR TITLE-ABS-KEY (“governance”) OR TITLE-ABS-
KEY (“strategic planning”) OR TITLE-ABS-KEY (“strategic alig-
nment”) OR TITLE-ABS-KEY (“management”) OR
TITLE-ABS-KEY (“IT governance”)).
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Web of Science
(TS = (“Smart cit*”)) AND (TS= (“government”) OR TS = (“pu-
blic administration”) OR TS = (“public sector”) OR TS = (“public
management”)) AND (TS = (“smart governance”) OR TS = (“go-
vernance”) OR TS = (“strategic planning”) OR TS = (“strategic
alignment”) OR TS = (“management”) OR TS = (“IT governan-
ce”)).
ScienceDirect e IEEE
Xplore
(“Smart cit*”) AND (“government”) OR (“public administration”)
OR (“public sector”) OR (“public management”) AND (“smart
governance”) OR (“governance”) OR (“strategic planning”) OR
(“strategic alignment”) OR (“management”) OR (“IT governan-
ce”).
Springer e ACM Digital
((“Smart cit*”)) AND ((“government”) OR (“public administra-
tion”) OR (“public sector”) OR (“public management”)) AND
((“governance”) OR (“strategic planning”) OR (“strategic align-
ment”) OR (“smart governance”) OR (“Management”) OR (“IT
governance”)).Fonte: Autor, 2018
Como estratégia para selecionar as buscas nas bases foram utilizadas palavras-chave em inglês.
No total 910 artigos foram encontrados. A base ScienceDirect retornou a maior parte dos arti-
gos, 4�0, em seguida a Springer com 1�8. Na Scopus foram 1�1 artigos, a IEEE Xplore foram
25 artigos, a ACM Digital foram 43 artigos, e por fim, a Web of Science com 53.
Após a conclusão das pesquisas nas bases, começou-se a seleção dos artigos filtrados com base
nos critérios e análise dos métodos de seleção.
C) Critérios e Procedimentos de seleção de estudos
Com o propósito de excluir estudos que não são relevantes para as questões de pesquisa, foram
definidos critérios de Inclusão e Exclusão. Ainda, esses critérios são essenciais para evitar os
pontos de vistas dos avaliadores no processo de inclusão e exclusão. Conforme a Tabela 2 fo-
ram definidos os critérios de Inclusão.
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Tabela 2. Critérios de Inclusão para a pesquisa.Número Critérios de Inclusão
1Estudos sobre adoção da Governança de TIC em Cidades Inteligentes na Ad-
ministração Pública;
2Estudos sobre algumas técnicas utilizadas na Governança de TIC para Cida-
des Inteligentes;3 Estudos abrangendo o ano de publicação superior a 200�;
4Estudos contendo o escopo de pesquisa: artigos, anais de conferências ou
journals.Fonte: Autor, 2018
Já para exclusão foram definidos os seguintes critérios, ilustrados na Tabela 3.
Tabela 3. Critérios de Exclusão para a pesquisa.Número Critérios de Exclusão
1 Estudos pagos para realizar a leitura completa;
2Estudos onde o abstract não define claramente o objetivo/contribuição do
trabalho;
3Estudos que não especificam qual modelo/ técnica de Governança de TIC foi
adotado na Cidades Inteligentes;4 Estudos abrangendo o ano de publicação inferior a 2007;5 Estudos com menos de três páginas;6 Estudos duplicados.
Fonte: Autor, 2018
A Figura 1 ilustrada, demonstra que com a aplicação da String de busca e palavras chaves em
inglês e português nas bases foram encontrados inicialmente 910 artigos. Com a intenção de de-
terminar um critério para a inclusão e exclusão dos artigos como mostra as Tabelas 2 e 3, foram
analisados seus principais campos (resumo, introdução e conclusão) nos resultados retornados,
obtendo-se 105 artigos nas seis bases utilizadas.
Ao decorrer do processo da execução das buscas e seleções dos artigos, foram lidos todos os
105 artigos encontrados para efetuar uma análise mais aprofundada, tendo como finalidade de-
tectar os artigos aos quais se encaixam com o objetivo da pesquisa. Por fim, foi realizada uma
leitura no artigo por completo resultando em 89 artigos relevantes.
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Figura 1. Processo de busca e seleção de artigos.
Fonte: Autor, 2018
A seção 3 possui os resultados provenientes dos estudos primários, de modo que estes deman-
dam a leitura dos seus resumos.
3 ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS COM O MAPEAMENTO
A seguir os resultados do estudo são apresentados como respostas às questões de pesquisa apre-
sentadas na Seção 2 deste artigo.
A Figura 2 a seguir consiste sobre a resposta para a Questão de pesquisa 1, onde foram identificados os
15 países que mais tiveram iniciativas nas administrações públicas com relação às Cidades Inteligentes.
Figura 2: Gráfico dos países que se preocupam com a
adoção de Cidades Inteligentes na Administração Pública.
Fonte: Autor, 2018
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De acordo com esses resultados, ilustrado na Figura 2, observa-se que dentre os 15 países, a
Espanha, o Brasil e a China se destacam com maiores contribuições em publicações nesta área,
com 8, 5 e � publicações, respectivamente. Por sua vez a República Checa e a Alemanha apre-
sentam um menor número, ambas com 1 contribuição.
A Tabela 4, referente a resposta para a Questão de pesquisa 2, foram identificados (Técnica/
Framework/ Método/ Modelo/ Metodologia/ Boa Prática/ Guia/ Plataforma/ Aplicação/ Servi-
ço/ Padrão/ Aplicativo) sugeridos para Cidades Inteligentes.
Tabela 4. Técnica / framework / método / modelo de Governança de TIC utilizadas na Admi-
nistração Pública.Referências
Aplicativos/
Aplicações
(Ramirez et al., 2017) (Walravens, 2015)
Framework
(Alawadhi et al., 2012) (Belanche-Gracia et al., 2015) (Carli et al., 2015)
(Castelnovo et al., 201�) (Chen, 2013) (De Azambuja et al., 2014) (Ef-
thymiopulos, 201�) (Joshi et al., 201�) (Khan et al., 2014) (Lee and Lee,
2014) (Liu et al., 2017) (Macadar et al., 201�) (Ojo et al., 2014) (Yau et
al., 201�)Boas Práticas (Scholl and Alawadhi, 2015)
Métodos(Ergazakis et al., 2011) (Goraczek and Parycek, 201�) (Klein et al., 2017)
(Lom et al., 201�) (Pan et al., 2011) (Rochet, 201�)Modelos (Dameri and Benevolo, 201�) (Pereira et al., 201�) (Pereira et al., 2015)
Plataformas(Cho, 2012) (Curry et al., 201�) (Díaz-Díaz et al., 2017) (Gutiérrez et al.,
2013) (Hernández-Muñoz et al., 2011) (Li and Wang, 2014)Serviços (Belanche et al., 201�) (Lee and Lee, 2014)
Ferramentas (De Filippi et al., 201�)Fonte: Autor, 2018
Diante do exposto, observa-se que frameworks e plataformas são os que foram mais sugeridos
para administração pública.
É possível verificar que dos 49 trabalhos identificados nos países, �9% apresentaram algum
tipo de (Técnica/ Framework/ Método/ Modelo/ Metodologia/ Boa Prática/ Guia/ Plataforma/
Aplicação/ Serviço/ Padrão/ Aplicativo) sugeridos para Cidades Inteligentes, como mostra a
Figura 3 a seguir.
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Figura 3. Percentual de (Técnica/ Framework/ Método/ Modelo/
Metodologia/ Boa Prática/ Guia/ Plataforma/ Aplicação/ Servi-
ço/ Padrão/ Aplicativo) identificados para Cidades Inteligentes.
Fonte: Autor, 2018
Quanto aos países que contém iniciativas nas administrações com relação à Governança de
TIC, a Figura 4 a seguir, ilustra sobre a resposta para a Questão de pesquisa 3, onde são evi-
denciados os 15 países que mais tiveram iniciativas nesta área.
De acordo com esses resultados, apresentados na Figura 4, observa-se que dentre os 15 paí-
ses, a Espanha, o Brasil, os Estados Unidos e a Itália se destacam com maiores iniciativas em
publicações nesta área, com 4, 5, 5 e 4, respectivamente. Por sua vez, a República Checa, a
Alemanha e Portugal apresentam um menor número, ambos com 1 contribuição.
Figura 4. Gráfico dos países que mais tiveram iniciativas
nas Administrações com relação a Governança de TIC.
Fonte: Autor, 2018
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A resposta para a Questão de pesquisa 4, onde foram identificados (métodos e/ou técnicas de Gover-
nança de TIC) sugeridos com relação às Administrações Públicas pode ser demonstrado na Tabela 5.
Tabela 5. Boas práticas/ modelos/ metodologias de Governança
de TIC nas Administrações.Referências
DEA (Pan et al., 2011)ITIL (Scholl and Alawadhi, 2015)
Fonte: Autor, 2018
De acordo com os resultados obtidos na Tabela 5, observa-se que foram encontrados somente
dois artigos: um artigo referente a boas práticas (Scholl and Alawadhi, 2015) e outro sobre
metodologia (Pan et al., 2011). Esses dois autores foram os que contribuíram para essa área, na
qual apresenta a resposta da Questão de pesquisa 5.
Figura 5. Percentual de (Técnica/ Framework/
Método/ Modelo/ Metodologia/ Boa Prática/
Guia/ Plataforma/ Aplicação/ Serviço/ Padrão/
Aplicativo) aplicados a Governança de TIC.
Fonte: Autor, 2018
É possível verificar que dos 40 trabalhos identificados nos países, apenas 5% apresentaram
algum tipo de (Técnica/ Framework/ Método/ Modelo/ Metodologia/ Boa Prática/ Guia/ Pla-
taforma/ Aplicação/ Serviço/ Padrão/ Aplicativo) sugeridos para Governança de TIC, como
mostra a Figura 5 acima.
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A pesquisa realizada buscou a exploração do mapeamento dos países e das boas práticas/me-
todologia que mais está sendo utilizados nos últimos 10 anos, contribuindo para o objetivo de
auxiliar o desenvolvimento de pesquisas nessa área. Esses resultados servirão de apoio para a
proposição de trabalhos futuros descritos na seção 5.
4 AMEAÇAS À VALIDADE
Por mais que se planeje e conduza, em um Mapeamento Sistemático sempre haverá ameaças à
validade dos resultados (Wohlin et al. 2000).
Ao final da execução deste mapeamento foram detectadas algumas ameaças à validade do estudo:
Viés de seleção: a fim de estreitar o escopo do estudo e selecionar apenas artigos relevantes ao tema,
foram aplicados critérios de inclusão e exclusão com base no nosso entendimento, logo alguns tra-
balhos podem ter sido categorizados incorretamente. Com intuito de contornar esta possível ameaça,
discutiu-se o protocolo de revisão até chegar em um senso comum entre os pesquisadores.
Validade de construção: as questões de pesquisa e as strings de busca definidas neste estudo
podem não abranger a área de Ciência da Computação relacionadas a adoção das Cidades Inte-
ligentes pela Administração Pública, que sugerem quais (frameworks, aplicações, modelos, me-
todologias, serviços, etc.) são utilizados para as Cidades Inteligentes e quais técnicas e/ou mo-
delos de governança de TIC estão sendo utilizados. Para reduzir esse viés, realizamos pesquisas
em alguns artigos relacionados à Cidades Inteligentes na Administração pública nas Bases de
Dados (Scopus, Springer, Web of Science, ACM Digital Library, IEEE Xplore e ScienceDirect)
para extrair termos relevantes que estavam associados. Depois disso, nós discutido sobre ter-
mos relacionados e, finalmente, definido, as questões de pesquisa e as strings de busca.
Extração de dados: aqui uma falha pode afetar a caracterização das abordagens e análise dos
estudos selecionados. Com a intenção de contornar este problema discutiu-se as formas e cate-
gorias de extração até que se chegasse a um denominador comum entre os pesquisadores.
Validade Externa: neste artigo foi realizado um mapeamento sistemático com trabalhos pu-
blicados a partir de 200�. A busca foi efetuada nas bases Scopus, Springer, Web of Science,
ACM Digital Library, IEEE Xplore e ScienceDirect. Por não contemplar todas as bases, alguns
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estudos relevantes podem não ter sido incluídos neste estudo. Desta forma não é possível gene-
ralizar as conclusões obtidas aqui, porém com estas é possível fomentar trabalhos futuros.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste trabalho foi a obtenção de um Mapeamento Sistemático que visou responder
quais (Técnica/ Framework/ Método/ Modelo/ Metodologia/ Boa Prática/ Guia/ Plataforma/
Aplicação/ Serviço/ Padrão/ Aplicativo) são sugeridos para Cidades Inteligentes, quais métodos
e/ou técnicas de Governança de TIC adotados na Administração Pública e quais os países estão
empenhados para essa adoção, considerando-se que há poucos estudos publicados neste tema.
Desse modo, cinco questões de pesquisa surgiram a fim de direcionar o mapeamento sistemáti-
co, logo nesse processo foram encontrados um total de 910 resultados, onde após um processo
criterioso de seleção, 89 artigos entraram no processo de categorização e somente 2 estudos que
de fato tinham importância ao mapeamento.
Por meio da seleção dos resultados, foi possível detectar que com relação a adoção de Cidades
Inteligentes na Administração Pública, 49 publicações foram selecionadas.
Diversos países demonstraram preocupação com adoção de Cidades Inteligentes na AP, po-
rém 15 deles apresentaram maior intensidade, como: Alemanha (1), Áustria (2), Brasil (5),
China (�), Cingapura (2), Espanha (8), Estados Unidos (5), França (3), Índia (3), Irlanda (3),
Itália (4), México (2), Portugal (2), República Checa (1) e Suíça (2). A Espanha foi o que
mais se destacou no ranking de publicações com iniciativas da pesquisa, contendo 8 publica-
ções. Já com relação aos países que mais tiveram iniciativas na AP com relação a Governança
de TIC, são: Áustria (2), Brasil (5), China (4), República Checa (1), França (2), Alemanha
(1), Índia (2), Irlanda (3), Itália (4), México (2), Portugal (1), Cingapura (2), Espanha (4),
Suíça (2) e Estados Unidos (5). Logo, o país que mais destacou nesse ranking foi os Estados
Unidos, obtendo 5 contribuições. Ao longo do mapeamento, foi identificado que dos 89 arti-
gos selecionados, somente 2 deles possuíram técnicas mais utilizadas de Governança de TIC
na adoção de Cidades Inteligentes para a AP, que são: DEA (1) e ITIL (1). E por fim, outro
resultado proveitoso foi referente a quais autores possuem maior atividade acerca do tema,
como: Pan e Scholl, ambos com um artigo cada.
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Com isso, esta pesquisa contribui diretamente para as administrações e também agrega os estu-
dos relevantes, aqui apresentados, para à academia sobre a adoção das Cidades Inteligentes em
qualquer Administração Pública. Por fim, este trabalho pode servir de base para pesquisadores
que possuem interesse sobre essa área.
Como objetivo futuro, será realizado uma revisão sistemática para verificar como as técnicas de Gover-
nança de TIC estão sendo utilizados na AP. Por fim, por se tratar de um novo tema, outro trabalho é propor
um modelo de Governança de TIC com relação às Cidades Inteligentes nas administrações públicas.
6 AGRADECIMENTOS
Este trabalho é parcialmente apoiado pelo INES, concede CNPq/4�5�14/2014-0 e por uma
bolsa de estudos de mestrado da Fapitec/SE.
REFERÊNCIAS
Alawadhi, S. et al. (2012). Building understanding of smart city initiatives. Lecture Notes in Computer Science (including subseries Lecture Notes in Artificial Intelligence and Lecture Notes in Bioinformatics), v. 7443 LNCS, p. 40–53.
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