MAPEAMENTO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS VIA WEB NO PERÍODO DE 2008 A OUTUBRO DE 2012
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UNIVERSIDADE DE SOROCABA PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE LETRAS: HABILITAÇÃO EM PORTUGUÊS E INGLÊS
Manuela Marques de Jesus
MAPEAMENTO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS VIA WEB NO
PERÍODO DE 2008 A OUTUBRO DE 2012
Sorocaba/SP
2012
Manuela Marques de Jesus
MAPEAMENTO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS VIA WEB NO
PERÍODO DE 2008 A OUTUBRO DE 2012
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
como exigência para obtenção do Diploma de
Graduação em Letras: Habilitação em
Português e Inglês, da Universidade de
Sorocaba.
Orientador: Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes
Sorocaba/SP
2012
Manuela Marques de Jesus
MAPEAMENTO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS VIA WEB NO
PERÍODO DE 2008 A OUTUBRO DE 2012
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
como exigência para obtenção do Diploma de
Graduação em Letras: Habilitação em
Português e Inglês, da Universidade de
Sorocaba.
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA:
Ass. _________________________________
Pres.: ________________________________
Ass. _________________________________
1.º examinador _________________________
Ass. _________________________________
2.º examinador _________________________
Dedico este trabalho a todos os educadores
que fazem a diferença e que lutam por uma
sociedade mais justa.
AGRADECIMENTOS
Muitas pessoas ajudaram-me ao longo da minha formação para a realização deste
trabalho, mas algumas foram indispensáveis. Primeiramente, agradeço aos meus pais pelo
apoio incondicional que sempre me deram. Acredito que educar não é uma das tarefas mais
fáceis de realizar, no entanto, admito que ambos nasceram com esse dom e todas as minhas
conquistas estão fundamentadas nessa educação que recebi dentro de casa. Ao meu irmão que
diversas vezes sentou ao meu lado e disse ―Escreve, não desista!‖. Marcel, muito obrigada
mesmo. Ao meu esposo que teve muita paciência quando eu estava totalmente envolvida com
esta pesquisa, respeitou todos os meus momentos e sempre falou que tudo daria certo no final.
Quero agradecer, também, aos meus professores da UNISO, especialmente ao meu
orientador professor Dr. Luiz Fernando Gomes que acreditou nos meus projetos e que sempre
esteve presente quando precisei. Aos meus colegas da faculdade e ao meu amigo Jansen pelos
diversos trabalhos e momentos divididos ao longo desses três anos.
Acima de tudo, agradeço a Deus por ter me proporcionado uma vida cheia de
conquistas e agora, por mais esta vitória.
―Os movimentos são o coração, o pulsar da sociedade.‖
(Touraine)
RESUMO
Na Era da Informação, os sites de redes sociais unem indivíduos pelos seus interesses,
independente da localização geográfica de cada um deles. Os movimentos sociais sempre
estiveram presentes em nossa sociedade e agora eles também têm seu lugar no ciberespaço
gerando assim o ciberativismo. A finalidade deste trabalho é mapear os movimentos sociais
que surgiram na web de 2008 a 2011, levantar suas propostas e formas de utilizar os sites de
redes sociais. Tal mapeamento foi realizado através do Site de Participação Cidadã da Cidade
de São Paulo e foram consideradas as categorias de Movimentos Sociais, Redes, Associações
e Organizações Virtuais. A conclusão desta pesquisa mostra que os movimentos sociais
seguem o perfil daqueles que surgiram na década de 90 os quais se dividem em grupos que
lutam por seus ideais e inclusão social. A maioria utiliza os sites de redes sociais para apoiar e
conscientizar as pessoas dos seus objetivos, contudo somente alguns para mobilizar encontros
off-line e on-line.
Palavras-chave: Internet. Redes Sociais na Internet. Comunidades Virtuais. Ciberativismo.
Movimentos Sociais.
ABSTRACT
In the Age of Information, sites of social networks bring individuals together by their
interests, independently of the geographical localization of each one of them. Social
movements have always been present in our society and they now too have their place in the
cyberspace, thus generating the cyber-activism. This work aims at mapping the social
movements which arose in the web from 2008 to 2011, highlighting their proposals and forms
of utilizing social networks. Such mapping was done through the Site of Citizenship
Participation of Sao Paulo city, having taken into consideration the categories of Social
Movements, Networks, Associations and Virtual Organizations. The conclusion of this
research shows that these social movements follow the profile of those which arose during the
decade of the 90s, which are divided in groups that fight for their ideals and social inclusion.
Most of these groups use sites of social networks to support and make people aware of their
objectives, while only some of these groups use them to mobilize online and offline
encounters.
Keywords: Internet. Social Networks on the Internet. Virtual Communities. Cyber-Activism.
Social Movements.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................11
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................13
1.1. Internet.........................................................................................................................13
1.2. Redes Sociais na Internet............................................................................................15
1.3. Comunidades Virtuais..........................................................................,.....................18
1.4. Ciberativismo...............................................................................................................20
1.5. Movimentos Sociais.....................................................................................................25
2. METODOLOGIA...................................................................................................30
3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS..............................................................31
3.1. Movimentos Sociais, Redes e Associações.................................................................31
3.1.1. Adote um Vereador.....................................................................................................31
3.1.2. Árvores Vivas...............................................................................................................32
3.1.3. Associação Cidade Escola Aprendiz..........................................................................33
3.1.4. Associação Nacional de Transportes Públicos — ANTP.........................................33
3.1.5. Associação Outras Palavras.......................................................................................34
3.1.6. Associação Portal de Santana — APSA....................................................................35
3.1.7. Associação Preserva São Paulo..................................................................................35
3.1.8. Associação Rede Rua..................................................................................................36
3.1.9. Comissão Pró-Índio de São Paulo – CPI – SP..........................................................36
3.1.10. Frente de Lutas por Moradia – FLM........................................................................37
3.1.11. Grupo de Incentivo à Vida – GIV..............................................................................38
3.1.12. Instituto de Fomento à Tecnologia do Terceiro Setor — IT3S...............................38
3.1.13. Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social...............................................39
3.1.14. Movimento Ministério Público Democrático – MPD...............................................39
3.1.15. Movimento Pró Autista – MPA..................................................................................40
3.1.16. Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo – PFP ASP...........................40
3.1.17. Projeto Juventude Ecológica......................................................................................41
3.1.18. SPressoSP.....................................................................................................................42
10
3.1.19. Teatro Silva..................................................................................................................42
3.1.20. Transition Brasilândia – TTBrasa.............................................................................43
3.1.21. União Municipal dos Estudantes Secundaristas – UMES.......................................43
3.2. Organizações Virtuais.................................................................................................44
3.2.1. Ciclobr..........................................................................................................................44
3.2.2. Ciclocidade - Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo................................44
3.2.3. Cidade Democrática....................................................................................................45
3.2.4. Good News Brasil........................................................................................................45
3.2.5. Hortelões Urbanos.......................................................................................................46
3.2.6. Observatório da Educação.........................................................................................46
3.2.7. Transporte Ativo.........................................................................................................47
3.2.8. Vote na Web.................................................................................................................47
3.3. Discussão de Dados......................................................................................................48
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................53
REFERÊNCIAS......................................................................................................................54
LISTA DE SITES....................................................................................................................57
11
INTRODUÇÃO
Os indivíduos sempre viveram em comunidades. Os interesses sociais, econômicos e
históricos fazem com que os homens organizem-se em grupos. As comunidades formadas por
diferentes redes sociais procuram sempre o seu bem-estar e seus direitos. Os objetivos dos
movimentos sociais variam de acordo com a situação socioeconômica que a sociedade
encontra-se no momento. Houve diversos movimentos sociais ao longo da história brasileira,
desde a luta pela independência até os dias atuais.
A década de 70 foi muito importante para a formação comunicacional da sociedade
contemporânea. O surgimento da Internet mudou a forma das pessoas se comunicarem. A
partir da criação da web, os grupos sociais não precisaram mais compartilhar o mesmo
momento e espaço geográfico para poder se comunicar. A Internet é uma ferramenta que
complementa o mundo real. Sites de redes sociais surgiram e facilitaram a criação de
comunidades virtuais. As pessoas agrupam-se de acordo com seus interesses,
independentemente de sua localização.
A partir da década de 90, os Movimentos Sociais brasileiros sofreram algumas
mudanças e a mídia nacional passou a exercer um papel muito significativo junto aos
movimentos nacionais. Um exemplo foi o Movimento Nacional Ética na Política, responsável
pela articulação que depôs o ex-presidente Collor de Mello em 1992. Diversos grupos
passaram a lutar pelos direitos civis e, inclusive, apareceram certos movimentos
antiglobalização. Na era da Internet, esta desenvolve um papel diferenciado dentro desses
movimentos, facilitando fóruns de discussão e protestos on-line e off-line.
Estudar sobre os Movimentos Sociais é explorar e analisar os ideais e os objetivos da
sociedade em que vivemos. Saber e compreender o motivo pelos quais as pessoas lutam evita
a alienação e melhora a nossa leitura sobre o mundo. Na Era da Informação, a Internet
desenvolve um papel de extrema importância para comunicação de tudo o que acontece e os
sites de redes sociais são cada vez mais usados como forma de mídia alternativa. Foram esses
fatores que me levaram a explorar um pouco mais sobre esses assuntos que sempre
despertaram o meu interesse.
De acordo com Maria da Glória Gohn, ―Enquanto houver injustiças sociais e
desigualdades socioeconômicas, haverá movimentos sociais‖. Assim sendo, o objetivo dessa
pesquisa é fazer um levantamento dos movimentos sociais nacionais que surgiram na web no
período de 2008 a 2011. Bem como, levantar os seus ideais e sua forma de utilização dessa
ferramenta comunicacional, chamada Internet.
12
Para alcançar esse objetivo foram escolhidas as seguintes questões para esta pesquisa
exploratória:
- Quais o movimentos sociais nacionais que surgiram na Web?
- Que propostas trazem?
- Com qual finalidade utilizam os sites de redes sociais?
Para chegar às respostas dessas perguntas foram utilizados diversos autores, entre eles
Maria da Glória Gohn e Raquel Recuero, após a fundamentação teórica a pesquisa foi
realizada no Mapa da Participação Cidadã da Cidade de São Paulo, o qual está disponível no
site http://www.mapadaparticipacao.org.br.
13
1. Fundamentação Teórica
Este primeiro capítulo abordará as definições das palavras-chave (Internet, redes
sociais na internet, comunidades virtuais, ciberativismo, movimentos sociais) utilizadas neste
trabalho de acordo com a visão de diferentes autores.
1.1 Internet
A internet é a revolução da comunicação e da informática. De acordo com Leiner et al.
(2012), o telégrafo, o telefone, a rádio e o computador foram os alicerces para esse
instrumento comunicacional, até então, inédito. ―A internet é uma ferramenta de emissão
mundial, um mecanismo para disseminar informação e um meio para a colaboração e a
interação entre pessoas e seus computadores‖ 1
(LEINER ET AL., 2012, online).
Para Castells (2003), a internet de hoje pode ser comparada à rede elétrica ou ao motor
elétrico na Era Industrial, pois promove a informação a todos os domínios da atividade
humana. Da mesma forma que a energia fundamentou a sociedade industrial, a internet é a
base tecnológica da era da informação.
A internet é o tecido de nossas vidas. Se a tecnologia da informação é hoje o que a
eletricidade foi na Era industrial, em nossa época a internet poderia ser equiparada a
uma rede elétrica quanto a um motor elétrico, em razão de sua capacidade de
distribuir a força da informação por todo o domínio da atividade humana.
(CASTELLS, 2003, p.7)
Para Bogo (2000), a internet pode ser considerada o maior sistema de comunicação
criado pelo homem. Dominar e utilizar todos os seus recursos não é mais uma questão de
escolha ou luxo. A afirmação de Bogo (2000) é complementada por Leiner et al. (2012,
online) o qual diz que a influência da internet abrange a toda a sociedade, ―já que nos
movemos a um uso maior das ferramentas em linha para o comércio eletrônico, a obtenção de
informação e as operações comunitárias ‖
De acordo com Castells (2003, p. 13), a internet é uma ―aventura humana
extraordinária‖ e seu processo de formação iniciou-se na década de 1960, com a criação da
Arpanet e sua explosão foi na década de 1990 com a World Wide Web. Em 1958, o
14
Departamento de Defesa dos Estados Unidos criou a Advaced Research Projects Agency
(ARPA) com intuito de apresentar uma superioridade tecnológica militar frente à União
Soviética, após o lançamento do primeiro Sputnik em 1957. Foi então que em 1962, um
departamento da Arpa iniciou o projeto da Arpanet para que as pesquisas em computação
interativa fossem estimuladas (CASTELLS, 2003).
O objetivo desse departamento, tal como definido por seu primeiro diretor, Joseph
Licklider, (...) era estimular a pesquisa em computação interativa. Como parte desse
esforço, a montagem da Arpanet foi justificada como uma maneira de permitir aos
vários centros de computadores e grupo de pesquisa que trabalhavam para a agência
compartilhar on-line tempo de computação. (CASTELLS, 2003, p.14)
No entanto, para Bogo (2000), até a criação da Arpanet toda a comunicação da defesa
norteamericana estava centralizada no Pentágono, o que a tornava muito vulnerável
considerando que se vivia a era na guerra fria e qualquer ataque da antiga União Soviética ao
Pentágono poderia ser fatal para a defesa comunicacional dos Estados Unidos. Com um Back
Bone instalado por baixo da terra, essa rota de informações seria quase indestrutível. Para
Castells (2003) tal projeto de rede de comunicação flexível resistente a um ataque nuclear,
fora feito pela Rand Corporation – instituto californiano de pesquisas – e nunca foi o objetivo
da Arpanet.
Assim sendo, a Arpanet continuou crescendo ano após ano e em 1970 passou a
trabalhar com o protocolo chamado Network Control Protocol (NCP) (LEINER ET AL.,
2012).
Castells (2003) afirma que depois de 1973 já haviam sido criadas outras redes de
computadores, no entanto era necessária uma padronização do protocolo de comunicação para
que todas as redes pudessem transmitir informações de uma para a outra.
No final da década de 1970, o NCP tornou-se inapropriado e mudou para Transfer
Control Protocol/Internet Protocol (TCP/IP). (BOGO, 2000).
Depois de algumas pesquisas, a ARPANET mudou do NCP para um novo protocolo
chamado TCP/IP (Transfer Control Protocol/Internet Protocol) desenvolvido em
UNIX. A maior vantagem do TCP/IP era que ele permitia (o que parecia ser na
época) o crescimento praticamente ilimitado da rede, além de ser fácil de
implementar em uma variedade de plataformas diferentes de hardware de
computador. (BOGO, 2000, online)
Em 1990, a Arpanet foi extinta e deu lugar a que hoje conhecemos como Internet.
Muitos provedores já tinham a sua própria porta de comunicação (CASTELLS, 2003).
15
Castells (2003, p. 15) afirma que ―o formato atual da internet é também o resultado de uma
tradição de base de formação de redes de computadores‖. Baseando-se em todas as teorias, até
então consideradas utópicas, Berners-Lee e Robert Cailliau construíram um programa
navegador, chamaram ―esse sistema de hipertexto de world wide web, a rede mundial. O
software do navegador da web foi lançado na Net (...) em agosto de 1991‖ (CASTELLS,
2003, p.16).
Castells (2003, p. 16) ainda confirma que muitos hackers criaram seus próprios
navegadores com base nesse primeiro projeto e em 1995 o Natscape Navigator tornou-se
gratuito para ―fins educacionais e ao custo de 39 dólares para uso comercial‖. No mesmo ano
a Microsoft, criou seu próprio navegador, o Internet Explorer, junto com o software Windows
95. Em 1998, a Netscape liberou o código-fonte do Navigator, aumentando a competição com
a Microsoft.
Dessa forma, na metade da década de 90 havia muitos navegadores e os computadores
de todo o mundo já estavam conectados e a www funcionando apropriadamente.
(CASTELLS, 2003).
Embora a internet tivesse começado na mente dos cientistas da computação no início
da década de 1960, uma rede de comunicações por computador tivesse formada em
1969, e comunidade dispersas de computação reunindo cientistas e hackers tivessem
brotado desde o final da década de 1970, para a maioria das pessoas, para os
empresários e para a sociedade em geral foi em 1995 que ela nasceu. (CASTELLS,
2003, p.17)
De acordo com Recuero (2009) a internet permite uma maior interação e comunicação
entre as pessoas e possibilidade de Redes Sociais na Internet. Tal fenômeno será apresentado
a seguir.
1.2 Redes Sociais na Internet
Desde o nascimento, o ser humano está implantado em uma sociedade. Ele se
relaciona com diversas pessoas, primeiramente, no entorno familiar, logo no escolar, no
profissional, enfim, esses relacionamentos consolidam e fortificam a esfera social. ―A própria
natureza humana nos liga a outras pessoas e estrutura a sociedade em rede‖ afirmam Tomaél;
Alcará; Chiara (2005, p. 93).
16
Marteleto (2001) afirma que as redes sociais são formadas por determinadas pessoas
que compartem ideias e objetivos em comum.
As redes nas ciências sociais designam normalmente – mas não exclusivamente – os
movimentos fracamente institucionalizados, reunindo indivíduos e grupos em uma
associação cujos termos são variáveis e sujeitos a uma reinterpretação em função
dos limites que pesam sobre suas ações. É composta de indivíduos, grupos ou
organizações, e sua dinâmica está voltada para a perpetuação, consolidação e
desenvolvimento das atividades dos seus membros (MARTELETO, 2001, p. 73)
As redes sociais são dinâmicas, flexíveis, descentralizadas e não obedecem a uma
linearidade. São utilizadas para que informação e conhecimento sejam compartilhados. Os
lugares de tal compartilhamento poderão ser virtuais ou presenciais. O importante é que seus
atores continuem gerando informações relevantes. O contato entre os atores pode ser direto,
pessoalmente, ou indireto, através de mediadores como a Internet, o telefone. Evidentemente,
na Era da Informação a rotina das pessoas mudaram e, após a criação da Internet, a troca de
informações não depende mais do espaço geográfico e físico, ou seja, ela ocorre em qualquer
lugar e em qualquer momento. As redes sociais mantêm seus atores ligados entre si.
(TOMAÉL; ALCARÁ; CHIARA, 2005)
Redes sempre pressupõem agrupamentos, são fenômenos coletivos, sua dinâmica
implica relacionamento de grupos, pessoas, organizações ou comunidades,
denominados atores. Possibilitam diversos tipos de relações – de trabalho, de estudo,
de amizade, entre outras –, apesar de quase sempre passarem despercebidas.
(TOMAÉL; ALCARÁ; CHIARA, 2005, p. 94)
Para Recuero (2009) a rede é composta de dois elementos: os atores e as conexões. Os
atores são as pessoas, grupos ou instituições: os nós da rede. As conexões são as interações e
os laços sociais.
Uma rede, assim, é uma metáfora para observar os padrões de conexão de um grupo
social, a partir das conexões estabelecidas entre os diversos atores. A abordagem de
rede tem, assim, seu foco na estrutura social, onde não é possível isolar os atores
sociais e nem suas conexões. (RECUERO, 2009, p.101)
Segundo Recuero (2009), as redes sociais na Internet, dividem-se em duas topologias:
as redes de filiação e as redes emergentes. As redes de filiação são mantidas pelo próprio
sistema e exigem menos esforço dos atores. Como por exemplo: a lista de seguidores de um
blog. As redes emergentes exigem maior dedicação de seus atores, pois é representada pelo
17
uso de suas ferramentas para a interação de seus atores. Exemplo: um comentário deixado no
blog de outra pessoa. ―Como particularidade, estão as redes de filiação como as redes mais
facilmente perceptíveis nos sites de redes sociais e as redes emergentes como decorrentes da
permanência das interações no ciberespaço‖ (Recuero, 2009, p. 101)
Para o estudo das redes sociais na Internet, Recuero (2009) cita, também, a existência
de diversos sites de redes sociais. ―Sites de redes sociais são os espaços utilizados para a
expressão das redes sociais na Internet‖. (Recuero, 2009, p.102).
Os sites de redes sociais são aqueles que permitem que o usuário crie um perfil, tenha
uma lista de contatos a qual poderá acessar e interagir com os outros usuários. Esses sites não
se tornam únicos porque permitem o contato entre pessoas desconhecidas, mas sim por
permitir que seus usuários articulem suas redes sociais e tornem-nas visíveis. (Boyd; Ellison,
2007)
Recuero (2009) também ressalta tal diferença:
A grande diferença entre sites de redes sociais e outras formas de comunicação
mediada pelo computador é o modo como permitem a visibilidade e a articulação
das redes sociais, a manutenção dos laços sociais estabelecidos no espaço off-line.
(RECUERO, 2009, p.102)
Recuero (2009) ressalta também que os sites de redes sociais não se tratam de redes
sociais em si. Eles são somente um sistema apresentá-las e auxiliá-las. O que constituem a
rede são os atores que as utilizam. A autora dividem os sites de redes sociais em dois grupos:
sites de redes sociais propriamente ditos e sites de redes sociais apropriados.
Segundo Recuero (2009) Facebook e Orkut são exemplos de sites de redes sociais
propriamente ditos, pois são aqueles que publicam e expõe as redes sociais dos atores.
Sites de redes sociais propriamente ditos são aqueles que compreendem a categoria
dos sistemas focados em expor e publicar as redes sociais dos atores. São sites cujo
foco principal está na exposição pública das redes conectadas aos atores, ou seja,
cuja finalidade está relacionada à publicação dessas redes. (RECUERO, 2009,
p.104)
O Twitter, o Fotolog e os weblogs são exemplos de sites de redes sociais apropriados,
pois os atores que os utilizam com tal fim. (RECUERO, 2009)
Sites de redes sociais apropriados são aqueles sistemas que não eram, originalmente,
voltados para mostrar redes sociais, mas que são apropriados pelos atores com este
fim. (...) São sistemas onde não há espaços específicos para perfil. Esses perfis são
18
construídos através de espaços pessoais ou perfis pela apropriação dos atores.
(RECUERO, 2009, p. 104)
A existência de redes sociais na internet cria a possibilidade de comunidades virtuais,
que podem ser consideradas como grupos sociais que surgem no ciberespaço. (RECUERO,
2009)
As comunidades virtuais serão apresentadas a seguir.
1.3 Comunidades Virtuais
A sociedade está em constante transformação e assim mesmo as comunidades vêm
recriando-se e ressurgindo. Consideradas como algo do passado, as comunidades estão
revigoradas e mantêm-se vivas. A primeira vista a globalização seria responsável pelo
desaparecimento das formas comunitárias de comunicação, no entanto, houve uma dinâmica
de criação e recriação de comunidades. (PERUZZO, 2002).
Para Peruzzo (2002), o termo comunidade não tem um rigor conceitual, no entanto ela
afirma que tal termo está sendo usado como sinônimo para outras agrupações sociais.
O termo comunidade passa a ser utilizado, nos anos recentes, em várias perspectivas
e sem rigor conceitual. Tem servido para referenciar qualquer tipo de agregação
social, por vezes, servindo mais como termo ou expressão decorativa visando
chamar a atenção ou passar um ―ar‖ de atualidade. Tem sido usado na tentativa de
explicar fenômenos os mais diversos. Por vezes é empregado como sinônimo de
sociedade, organização social, grupos sociais ou sistema social. É também utilizado
para designar segmentos sociais como por exemplo, comunidade universitária,
comunidade negra, comunidade religiosa, comunidade de informação, comunidade
científica, comunidades dos artistas etc. Usa-se o termo comunidade, ainda, para
caracterizar agrupamentos sociais situados em espaços geográficos de proporções
limitadas (bairro, vila, lugarejo) e para designar grupos de interesse afins,
interconectados na rede mundial de computadores, chamados de ―comunidades
virtuais‖, entre outros. (PERUZZO, 2002, p. 2)
Assim sendo, a autora ressalta que com as mudanças na sociedade surge, também, a
importância de repensar a definição de comunidade. Entretanto, de acordo com Peruzzo
(2002, p. 2) ―falar em comunidade significa falar de fortes laços, de reciprocidades, de sentido
coletivo dos relacionamentos‖.
Segundo Castells (2003, p.105) a proposta de comunidades virtuais ―chamava a
atenção para o surgimento de novo suportes tecnológicos para a sociabilidade, diferentes das
formas anteriores de interação‖. Tal proposta realizada, pelos pioneiros da interação social na
19
Internet, era apenas distinta das anteriores e não inferior, porém a utilização do termo
comunidade foi um grande erro, pois se iniciou uma discussão ideológica.
(...) induziu também a um grande equívoco: o termo ―comunidade‖, com todas as
suas fortes conotações, confundiu formas diferentes de relação social e estimulou
discussão ideológica entre aqueles nostálgicos da antiga comunidade, espacialmente
limitada, e os defensores entusiásticos da comunidade de escolha possibilitada pela
Internet.(CASTELLS, 2003, p. 105)
.
Para Castells (2003) os laços sociais não têm como base a localização espacial e sim
as afinidades. A Internet da ênfase ao papel de apoio que as comunidades desempenham entre
os indivíduos e famílias. O autor também ressalta a necessidade da redefinição de
comunidade. Castells (1999) define comunidade virtual como ―a comunicação entre pessoas
através de meios eletrônicos.‖
Desde o desenvolvimento das telecomunicações as noções de tempo e espaço estão
sendo reorganizadas. Com o ciberespaço não há mais necessidade de transporte físico, contato
face a face e de estar no mesmo território geográfico para a realização de um processo
comunitário. (PERUZZO, 2002)
De acordo com Rheingold (1995 apud RECUERO, 2009, p. 137),
As comunidades virtuais são agregados virtuais que surgem da Rede (Internet),
quando uma quantidade suficiente de gente leva adiante essas discussões públicas
durante um tempo suficiente com suficientes sentimentos humanos, para formar
redes de relações pessoais no ciberespaço.
Castells (2003) afirma que a Internet já foi acusada pelo distanciamento entre
indivíduos. Dessa forma, as pessoas prefeririam viver em uma realidade virtual. No entanto,
não foi esse o papel que a Internet desempenhou em nossa sociedade. Na realidade ela é uma
extensão de nossa vida fora do ciberespaço. O seu uso está ligado ao trabalho, à família e à
vida cotidiana. O que ocorreu foi um deslocamento da comunidade para a rede. ―Dessa forma,
a grande transformação da sociabilidade em sociedades complexas ocorreu com a substituição
de comunidades espaciais por redes como formas fundamentais de sociabilidade.‖
(CASTELLS, 2003, p. 107)
Ainda segundo Castells (2003), as pessoas estão distribuídas não somente em redes
sociais, mas em redes sociais mediadas por computadores. A estrutura das relações sociais
recebe uma grande contribuição da Internet para o desenvolvimento de um novo padrão de
sociabilidade com base no individualismo. ―O individualismo em rede é um padrão social,
não um acúmulo de indivíduos isolados.‖ (CASTELLS, 2003, p. 109) Assim sendo, o autor
20
afirma que devido à flexibilidade comunicacional oferecida pela internet, as pessoas montam
suas próprias redes (on-line e off-line) de acordo com seus projetos, valores, afinidades e
interesses.
Por causa da flexibilidade e do poder de comunicação da Internet, a interação social
on-line desempenha crescente papel na organização social como um todo. As redes
on-line, quando se estabilizam em sua prática, podem formar comunidades,
comunidades virtuais, diferentes das físicas, mas não necessariamente menos
intensas ou menos eficazes na criação de laços e na mobilização. (CASTELLS,
2003, p.109)
Assim sendo, a dinâmica existente no ciberespaço não inibe a heterogeneidade, assim
sendo o ativismo político também está aí presente. (LEMOS, 2002)
1.4 Ciberativismo
A Internet atua como um instrumento indispensável para as lutas sociais
contemporâneas pelas facilidades proporcionadas em relação a custo e tempo; por reunir e
mobilizar pessoas e entidades em prol de causas locais ou internacionais. Ela também anuncia
informações sobre qualquer assunto e rompe o monopólio de emissão. Dessa forma,
―indivíduos, movimentos e organizações fundam, a partir do uso da Internet, o chamado
ciberativismo, ativismo digital ou ativismo on-line‖. (RIGITANO, 2003, p.3)
Rodrigues, Silval (2011) afirmam que para uma melhor compreensão da prática do
ciberativismo é preciso aprimorar o conhecimento de ciberespaço e cibercultura.
De acordo com Lemos (2002, p. 93):
A cibercultura vai se caracterizar pela formação de uma sociedade estruturada
através de uma conectividade telemática generalizada, ampliando o potencial
comunicativo, proporcionando a troca de informações sob as mais diversas formas,
fomentando agregações sociais. O ciberespaço cria um mundo operante, interligado
por ícones, portais, sítios e home pages, permitindo colocar o poder de emissão nas
mãos de uma cultura jovem, tribal, gregária, que vai produzir informação, agregar
ruídos e colagens, jogar excesso ao sistema.
Segundo Nasi, Raddatz (2009) o termo ciberativismo originou-se de um neologismo
do termo ‗ciberespaço‘. Tal designação apareceu a primeira vez em 1984, no livro de ficção
21
científica, Neuromancer, de William Gibson. Desde então, tem sido utilizado pelos
estudiosos. Lemos (2002) diz que atualmente vemos o prefixo ‗ciber‘ em quase todas as
coisas que dizem à cibercultura. Para o autor cada forma tem suas particularidades,
semelhanças e diferenças.
Na Internet, por meio do ciberativismo os ativistas visam aprimorar as atividades dos
grupos bem como desenvolver outras. Por meio da rede os grupos reivindicam e divulgam
informações sem mediações. A rede pode desempenhar diferentes papéis; online permitindo a
criação e organização dos grupos e off-line como um outro canal de comunicação.
(RIGITANO, 2003)
A partir da incorporação da Internet, os ativistas expandem suas atividades
tradicionais e/ou desenvolvem outras. A utilização da rede por parte desses grupos
visa, dentre outras coisas poder difundir informações e reinvindicações sem
mediação, com o objetivo de buscar apoio e mobilização para uma causa; criar
espaço de discussão e troca de informação; organizar e mobilizar indivíduos para
ações e protestos on-line e off-line. (RIGITANO, 2003, p. 3)
Moraes (2001, p.2) garante que ―a Internet vem dinamizar as lutas das entidades civis
a favor da justiça social num mundo que globaliza desigualdades de toda ordem‖. Assim
sendo, o autor afirma que nessa luta de direitos e valores democráticos a organização em rede
é totalmente inovadora, pois ela permite o agrupamento heterogêneo de pessoas que defendem
os mesmos desejos, anseios e visões de mundo.
De acordo com Moraes (2001, p. 3) a internet oferece diversos instrumentos para
dinamizar os movimentos sociais, principalmente no que diz respeito a espaço e tempo.
A internet oferece novas ferramentas de intervenção como campanhas virtuais, o
correio eletrônico, grupos de discussão, fóruns, salas de conversação, boletins,
manifestos on line, murais, anéis de sites e árvores de links. É uma arena
complementar de mobilização e politização, somando-se a assembleias, passeatas,
atos públicos e panfletos. (MORAES, 2001, p. 3)
Utilizando as ferramentas disponíveis na Internet (sites de redes sociais, fóruns, chats)
o ciberativismo tem como objetivo criar canais de participação autênticos e eliminar o
desinteresse pelos assuntos públicos. Indivíduos que ocupam diferentes espaços ―podem
organizar movimentos, difundir opinião e informação, agregar outras pessoas, promover ações
22
físicas e eletrônicas, expressar seus descontentamentos em relação aos problemas cotidianos‖.
(CAVALCANTE, 2010, p. 40)
Conforme Moraes (2001, p.1):
As vozes que se somam no ciberespaço representam grupos identificados com
causas e comprometimentos comuns, a partir da diversidade de campos de interesse
(educação, saúde, direitos humanos e trabalhistas, cidadania, minorias e etnias, meio
ambiente, ecologia, desenvolvimento sustentável, defesa do consumidor,
cooperativismo, habitação, economia popular, reforma agrária, Aids, sexualidade,
crianças e adolescentes, religiões, combate à fome, emprego, comunicação e
informação, arte e cultura), de metodologias de atuação (movimentos autônomos ou
redes), de horizontes estratégicos (curto, médio e longo prazos) e de raios de
abrangência (internacional, nacional, regional e local). Essas variáveis, muitas vezes,
entrelaçam-se, fazendo convergir formas operativas e atividades.
O ativismo digital surgiu no momento em que a World Wide Web tornou-se mais
popular e as pessoas tinham acesso à rede. Um dos primeiros movimentos sociais a usar a
Internet foi o EZLN – Exército Zapatista de Libertação Nacional. O Movimento teve algumas
modificações ideológicas desde a sua concepção. Ao início, tratava-se de um movimento
socialista que visava tomar o poder do Estado mexicano e transformá-lo em socialismo, por
meio de lutas armadas. Atualmente, EZLN não luta mais pela tomada do poder, mas sim,
pelas comunidades indígenas e comunidades excluídas socialmente por governos neoliberais.
―Hoje o EZLN se caracteriza por buscar um constante diálogo com a sociedade organizada
mexicana e internacional – com uso das redes de computadores‖. (RIVELLO; PIMENTA,
2008, p. 1)
Conforme Rivello, Pimenta, (2008) a primeira aparição pública do EZLN foi de
janeiro de 1994. Nessa época, a internet ainda estava conquistando o seu espaço. As pessoas
usavam e-mails e algumas empresas já tinham sua página web. No entanto, somente no ano de
1996 o movimento Zapatista cria seu site oficial e começa a utilizar a internet de forma
indireta, pois seus comunicados eram enviados somente para jornais locais e nacionais. A
partir desse momento, simpatizantes do movimento começaram a enviar os documentários e
gerar discussões por e-mail. ―Esse foi o embrião do ciberativismo do EZLN‖. (RIVELLO;
PIMENTA, 2008 p. 6)
No Brasil o ciberativismo consagrou-se em 2001, no Fórum Social Mundial, quando
se constatou que as organizações não governamentais e entidades civis utilizam a cada vez
23
mais a Internet para divulgar, reivindicar, mobilizar as pessoas e criar uma maior interação
entre elas na luta pela cidadania. (MORAES, 2001, p. 1)
Para Cavalcante (2008), outro exemplo é o MST – Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra. A autora afirma que após serem marginalizados pelas grandes mídias os
ativistas criaram sua própria página web, a qual contém informações sobre o movimento, sua
agenda, suas bandeiras de lutas e todas as informações que dizem respeito ao movimento.
Vegh (2003 apud CAVALCANTE, 2008) dividiu o ciberativismo em três categorias.
A primeira delas é Conscientização/Apoio. Nesta categoria a Internet atua como uma fonte de
comunicação alternativa. Muitas informações não são divulgadas nas grandes mídias, assim
sendo elas estão difundidas pela Internet. De acordo com Vegh (2003 apud RIGITANO,
2003), por meio dessas informações os ativistas podem gerar discussões, fóruns, fazer com
que a notícia chegue a diferentes localidades, podendo sensibilizar pessoas, mobilizá-las em
prol de alguma causa e motivar protestos on-line e off-line.
Para Rigitano (2003), a relevância dessa categoria está em difundir informações de
uma minoria, geralmente marginalizada.
A maioria das organizações ativistas que podem ser classificadas nessa categoria de
conscientização e apoio, tem como objetivo proteger e reivindicar os direitos de
segmentos marginalizados, como minorias étnicas e mulheres, por exemplo. Sua
atuação é muito importante na divulgação de informações provenientes de
localidades com regimes antidemocráticos. (RIGITANO, 2003, p. 3)
Na segunda categoria citada por Vegh (2003 apud CAVALCANTE, 2008), a Internet
atua como organizadora e mobilizadora. No entanto, essa segunda categoria caracteriza-se em
três formas: i) convite para uma ação off-line, ii) convite para uma ação que geralmente
ocorre off-line, porém pode ser mais eficiente on-line, iii) o convite para uma ação que só
pode ser realizada on-line.
Nessa primeira forma os convites são enviados por e-mails e difundidos na rede. Neles
contêm as informações sobre as mobilizações; como lugar, horário e causa. (VEGH, 2003
apud RIGITANO, 2003)
Rigitano (2003) cita como exemplo os movimentos ―antiglobalização‖ que tiveram seu
espaço off-line. No entanto, suas informações estavam disponíveis on-line, no site dos
movimentos ou enviados para listas de e-mails. Nos sites dos movimentos constavam
24
informações de como participar, bem como, fóruns, calendários, lugares dos protestos,
instruções de como chegar, enfim toda a mobilização foi feita on-line. Alguns exemplos de
sites mencionados pela autora são: http://www.a16.org (protesto de Washington) e
http://www.s26.org (protesto de Praga).
Já a segunda forma, de acordo com Cavalcante (2008), a mobilização on-line para a
participação de movimentos resulta muito mais eficiente e impactante, principalmente pela
economia de tempo.
De acordo com Cavalcante (2008), a última forma desta segunda categoria consiste em
ações on-line como, por exemplo, o envio de spams. O objetivo de um envio em massa de
spams é saturar o servidor. A ideia é enviar mensagens ―em uma quantidade e frequência que
sature a capacidade de resposta e, portanto, perturbe e pare o servidor da entidade alvo.‖
(VEGH, 2003 apud CAVALCANTE, 2008, p. 46)
Rigitano (2003) inclui nesta subcategoria as campanhas on-line que tem como objetivo
arrecadar fundos assistenciais. ―A partir de um clique em um determinado banner de um
anunciante ou do tempo de permanência do internauta no site, empresas credenciadas fazem
doações‖. (RIGITANO, 2003, p. 5)
A última categoria citada por Vegh (2003 apud CAVALCANTE, 2008) é chamada de
Ação/Reação. O autor também a chama de hacktivismo, pois muitas de suas ações exigem
conhecimentos específicos de hackers. Em prol de uma causa financeira ou política é umas
das ações mais agressivas e proativas da internet. Segundo Rigitano (2003, p. 5) o
―‗hacktivismo‘ envolve diversos atos, como apoio on-line, invasão e/ou congestionamento de
sites e, até mesmo cibercrimes ou ciberterrorismo‖.
Cavalcante (2008) cita como exemplo de hacktivismo a criação de páginas falsas de
sites de grandes instituições internacionais como, por exemplo, a OMC – Organização
Mundial do Comércio. Assim sendo, quando as páginas eram acessadas o texto que aparecia
era aquele que os hackers queriam que fosse lido e não o qual estava no site oficial. Vegh
(2003 apud RIGITANO, 2003) afirma que tal procedimento ocorreu nas manifestações
―antiglobalização‖ enquanto os protestos aconteciam nas ruas (off-line), o site da OMC era
invadido.
25
Para Rigitano (2003) os movimentos ―antiglobalização‖ que ocorreram nas cidades de
Seattle, Washington, Praga, Gênova, entre outras, são ótimos exemplos de ciberativismo. Pois
tais movimentos utilizaram a Internet de diversas formas: na divulgação de informações
referentes aos protestos, na mobilização on-line e off-line e iniciativas de hacktivismo.
Cavalcante (2008) afirma que as novas mídias – entre elas a Internet – estão mudando
uma característica importante dos movimentos sociais: a localidade. Para maior informação
sobre tal afirmação, o próximo item abordará tal tema.
1.5 Movimentos Sociais
Apesar de parecer clara a definição de movimentos sociais o termo vem sendo
empregado de diversas formas quando se refere a revoluções sociais e políticas que ocorreram
desde século XIX. (DOWNING, 2002).
Contudo, Downing (2002, p. 55) afirma que ―os movimentos sociais constituem uma
das expressões mais dinâmicas de resistência, em comparação com instituições mais estáveis
e duradouras, como sindicatos e partidos‖.
Gohn (1997, p. 247) afirma que ainda não há um único conceito para Movimentos
Sociais. A autora afirma que ―movimento social refere-se à ação dos homens na história‖. No
entanto, apesar de assumir que pode ter se equivocado, Gohn (1997, p. 251) assim o
conceituou:
Movimentos sociais são ações sociopolíticas construídas por atores sociais coletivos
pertencentes a diferentes classes e camadas sociais, articuladas em certos cenários da
conjuntura socioeconômica e política de um país, criando um campo político de
força social na sociedade civil. As ações se estruturam a partir de repertórios criados
sobre temas e problemas em conflitos, litígios e disputas vivenciados pelo grupo na
sociedade. As ações desenvolvem um processo social e político-cultural que cria
uma identidade coletiva para o movimento. Esta identidade é amalgamada pela força
do princípio da solidariedade e construída a partir da base referencial de valores
culturais o políticos compartilhados pelo grupo, em espaços coletivos não-
institucionalizados. Os movimentos geram uma série de inovações nas esferas
pública (estatal e não-estatal) e privada; participam direta ou indiretamente da luta
política de um país, e contribuem para o desenvolvimento e a transformação da
sociedade civil e política. Estas contribuições são observadas quando se realizam
26
análises de períodos de média ou longa duração histórica, nos quais se observam os
ciclos de protestos delineados. Os movimentos participam portanto da mudança
social histórica de um país e o caráter das transformações geradas poderá ser tanto
progressista como conservador ou reacionário, dependendo das forças sociopolíticas
a que estão articulados, em suas densas redes; e dos projetos políticos que constroem
com suas ações. Eles têm como base de suporte entidades e organizações da
sociedade civil e política, com agendas de atuação construídas ao redor de demandas
socioeconômicas ou político-culturais que abrangem as problemáticas conflituosas
da sociedade onde atuam.
Arato e Cohen (1992 apud Downing, 2002) classificam os movimentos sociais de
acordo com seus modelos. O primeiro modelo foi um ativismo descontrolado, um tumulto
formado pelos operários e socialistas indignados pela Revolução Francesa. As ações desse
primeiro modelo foram impetuosas e descontroladas. O segundo modelo, veio de encontro a
este primeiro modelo, com autores coerentes, geralmente pobres e que criavam saídas
alternativas para influenciar os processos políticos. Entre as ações estão: as greves, passeatas,
ocupações, paralisações do trânsito. Não eram ações impetuosas e eram levadas a cabo
detalhadamente. O terceiro modelo é chamado de Novos Movimentos Sociais (NMSs).
Downing (2002) afirma que os Novos Movimentos Sociais são diferentes a todos os
movimentos anteriores pois representam a cultura política contemporânea. Enquanto os
movimentos operários lutavam por ganhos econômicos com características capitalistas, os
NMSs lutam pelas interações das identidades pessoais, ou seja, tratam-se de movimentos
ecológicos, feministas, pacifistas, entre outros.
O ponto essencial é que, na vida dos movimentos sociais, existem altos e baixos
vertiginosos, momentos dramáticos, conflitos e cisões e, geralmente, uma intensa
interação com as forças e as subculturas que estão em suas fronteiras, bem como em
oposição a eles. (DOWNING, 2002, p. 59)
Gohn (1997) divide os Movimentos Sociais em três paradigmas: Paradigma Norte-
americano, Paradigma Europeu e Paradigma Latino-americano. A autora justifica para a
divisão utilizou um critério geográfico-espacial e refere-se a um recurso pedagógico que não
busca definir as diferentes teorias aplicadas ao termo e sim localizá-los a partir de realidade
específicas. Segundo Gohn (1997, p. 13) ―A América do Norte, a Europa e a América Latina
possuem contextos históricos específicos, e lutas e movimentos sociais correspondentes a
eles‖.
Para Gohn (1997) o paradigma europeu aborda duas correntes teóricas: a marxista e a
dos Novos Movimentos Sociais.
27
A corrente marxista tem seu foco nas contradições e nas lutas sociais que ocorreram
ao longo da história. Algumas categorias básicas criadas pelos estudiosos para a análise dessa
corrente são: as classes sociais e suas lutas, a reprodução da força de trabalho, consciência,
interesses e conflitos de classes. Foram desenvolvidas também algumas noções e conceitos
como: a experiência coletiva, organização popular, cultura política, movimentos sociais
urbanos etc. (GOHN, 1997)
Os Novos Movimentos Sociais são encontrados no campo político ou nos
microprocessos do cotidiano. Cultura, autonomia, subjetividade, cotidiano, interações
políticas são algumas categorias básicas de análise desse paradigma. Alguns conceitos e
noções desenvolvidas são: identidade e representações coletivas, política de grupos sociais,
solidariedade, redes sociais etc. (GOHN, 1997)
O paradigma norte-americano tem suas explicações focadas nas estruturas dos
sistemas sociopolítico e econômico. Algumas de suas categorias básicas de estudo são: ação
coletiva, comportamento organizacionais, integração social etc. Uns conceitos e noções
desenvolvidos a partir desse paradigma são: escolhas racionais, ciclos de protestos,
micromobilizações, oportunidades políticas etc. (GOHN, 1997)
Conforme Gohn (1997), a partir dos anos 80 o paradigma dos Novos Movimentos
Sociais passou a envolver os americanos e a estender-se por toda a América.
Gohn (1997) explica que o paradigma dos movimentos sociais latino-americanos tem
seu foco na busca pela liberdade e pelos direitos civis.
O paradigma latino-americano concentrou-se, em sua quase totalidade, nos estudos
sobre os movimentos sociais libertários ou emancipatórios (índios, negros, mulheres,
minorias em geral); nas lutas populares urbanas por bens e equipamentos coletivos,
ou espaço para moradia urbana (nas associações de moradores e nas comunidades de
base da Igreja), e nas lutas pela terra, na área rural. (GOHN, 1997, p. 15)
De acordo com Gohn (1997) durante os anos 70 os movimentos latino-americanos
seguiam o paradigma marxista. Houve uma transformação política-cultural dos países que
estavam em fase de redemocratização. Um grupo social de minoria e oprimidos opôs-se a um
Estado que tinha total poder em suas mãos. No entanto a autora afirma que embora as pessoas
participassem desses movimentos ―a articulação só ocorria em grandes eventos ou por
acontecimentos excepcionais, como na solidariedade diante da morte‖. (GOHN, 1997, p. 237)
Nos anos 90 iniciou-se um novo período conhecido como a era da globalização. O
capitalismo derrubou barreiras, a economia informal cresceu, houve uma nova redefinição do
trabalho e o desemprego chegou ao ‗Primeiro Mundo‘. Houve demissões em massa e a rotina
28
dos trabalhos transformou-se. Esse cenário atual trouxe consigo novas lutas e movimentos
sociais. (GOHN, 1997)
Ao realizar um estudo sobre a estrutura atual dos movimentos sociais latino-
americanos, Gohn (2008) criou três subdivisões de acordo com a frente de ação, as demandas,
os formatos organizativos e seu campo de atuação. A autora afirma que tais subdivisões foram
criadas somente para fins didáticos, uma vez que as frentes de ações misturam-se entre si:
Primeira tipologia: movimentos que lutam pelos direitos sociais, econômicos, políticos
e culturais. Incluem-se, também, os tipos de movimentos que concernem a uma camada mais
popular e a uma minoria social (GOHN, 2008)
Movimentos identitários que lutam por direitos sociais, econômicos, políticos, e,
mais recentemente, culturais. São movimentos de segmentos sociais excluídos,
usualmente pertencentes às camadas populares (mas não exclusivamente). Podem-se
incluir, nesse formato, as lutas das mulheres, dos afro-descendentes, dos índios, dos
grupos geracionais (jovens, idosos), grupos portadores de necessidades especiais,
grupos de imigrantes sob a perspectiva de direitos, especialmente dos novos direitos
culturais construídos a partir de princípios territoriais (nacionalidade, Estado, local),
e de pertencimentos identitários coletivos (um dado grupo social, língua, raça,
religião etc.). (GOHN, 2008, p. 440)
Segunda: ―movimentos de luta por melhores condições de vida e de trabalho, no meio
urbano e no rural, que demandam acesso e condições para terra, moradia, alimentação,
educação, saúde, transportes, lazer, emprego, salário etc.‖ (GOHN, 2008, p. 440)
Terceira: conforme Gohn (2008) são movimentos globais que caracterizam o que há
de novo no cenário dos movimentos sociais.
Gohn (2008, p. 440) afirma que:
São lutas que atuam em redes sociopolíticas e culturais, via fóruns, plenárias,
colegiados, conselhos etc. Essas lutas são também responsáveis pela articulação e
globalização de muitos movimentos sociais locais, regionais, nacionais ou
transnacionais. Na realidade, essa forma de movimento constitui a grande novidade
deste novo milênio. (GOHN, 2008, p. 440)
No mundo globalizado estão aparecendo novos atores nos movimentos sociais latino-
americanos. Surgiram os novos movimentos antiglobalização e eles abordam as mais diversas
temáticas como lutas étnicas e religiosas de diferentes crenças. Os movimentos se
intercionalizam rapidamente e explodem com grande facilidade. (Gohn, 2008)
Gohn (2008) afirma que nas últimas décadas no século XX houve mudanças que
alteraram o conceito teórico dos movimentos sociais latino-americanos, tais alterações
defrontam com novas demandas, lutas e conflitos. Os movimentos antiglobalização venceram
29
as fronteiras e tornaram-se transnacionais. A autora também chama atenção para a
importância das redes sociais para a visibilidade dos movimentos.
O tema dos movimentos sociais retoma um lugar central no plano internacional
como objeto de investigação por intermédio do movimento antiglobalização, de uma
nova perspectiva: como movimento global que rompe as barreiras das nações e se
torna não apenas internacional, mas transnacional. A ênfase está nas redes que
constroem e os projetos sociais que se inserem; os fóruns que realizam são seus
momentos principais de visibilidade. (GOHN, 2008, p. 442)
Gohn (2008, p. 442) afirma que os Movimentos Sociais na América Latina ―não mais
se limitam à política, à religião ou às demandas socioeconômicas e trabalhistas. Movimentos
por reconhecimento, identitários e culturais, ganharam destaques ao lado de movimentos
sociais globais‖.
Os Movimentos Sociais atuam como um sujeito social coletivo, assim sendo não
podem ser analisados fora de um contexto histórico. Ele assume uma identidade, que pode
variar de acordo com os contextos. (GOHN, 2008)
Segundo Gohn (2008) a tendência dos movimentos sociais no Brasil é a organização
por meio de grupos sociais e novos atores sociais como entidades do Terceiro Setor e ONGs.
Os projetos sociais desses novos grupos sociais influenciaram, também, a realidade social.
Resulta desse cenário que a sociedade civil organizada passou a ser orientada por
outros eixos, focada menos nos pressupostos ideológicos e políticos, e mais nos
vínculos sociais comunitários organizados segundo critérios de cor, raça, idade,
gênero, habilidades e capacidades humanas. Dessas articulações surgem as redes
sociais e temáticas (gênero, faixas etárias, questões ecológicas e socioambientais,
étnicas, raciais, religiosas), os fóruns, as câmaras, etc. (GOHN, 2008, p. 446)
De acordo com Castells (2003), as sociedades administradas politicamente mudam por
meio de conflitos sociais. O autor afirma, também, que a Internet tem mudado a organização
comunicacional da esfera dos movimentos sociais. Para Castells (2003, p. 114) ―os
movimentos sociais do século XXI, ações coletivas deliberadas que visam à transformação de
valores e instituições da sociedade‖. Para o autor a Internet é a base para que os movimentos
produzam uma nova sociedade, ela é uma ferramenta organizacional.
30
2. Metodologia
O objetivo deste capítulo é detalhar o processo da coleta de dados e sua análise. Para
tal detalhamento, foram utilizadas as referências teóricas apresentadas no capítulo anterior.
Considerando o objetivo do trabalho de mapear os Movimentos Sociais na web, ou
seja, o ativismo digital ou ciberativismo; a pesquisa será realizada no ciberespaço. Assim
sendo, serão analisados os movimentos sociais que usam como ferramenta os sites de redes
sociais. Serão considerados os sites de redes sociais propriamente ditos (Facebook, Orkut) e
os apropriados (Twitter, weblogs). (RECUERO, 2009)
A pesquisa dos sites de redes sociais utilizados pelos Movimentos Sociais será feita no
site http://www.mapadaparticipacao.org.br. Neste site encontramos o Mapa da Participação
Cidadã da cidade de São Paulo, no qual os Movimentos Sociais cadastram-se gratuitamente.
O objetivo desse site é informar aos cidadãos sobre os Movimentos existentes e fortalecê-los.
Assim sendo, aqueles que utilizam a Internet como uma ferramenta comunicacional estarão
devidamente cadastrados neste site. O Mapa da Participação Cidadã apresenta diferentes tipos
de organização, no entanto, serão considerados somente aqueles classificados de
―Movimentos Sociais, Redes e Associações‖ e as ―Organizações Virtuais‖.
Para analisar os movimentos sociais serão consideradas as três categorias de
ciberativismo apresentadas por Vegh (2003 apud CAVALCANTE, 2008). Dessa forma, serão
utilizadas as seguintes questões de pesquisa:
1 – Em qual categoria ciberativista estão classificados tais Movimentos Sociais?
2 – Há convite para mobilizações (on-line ou off-line)?
3 – Quais sites de redes sociais são utilizados pelos Movimentos?
Serão consideradas todas as tipologias de Movimentos Sociais apresentadas por Gohn
(2008). Assim sendo, todas as áreas de atuações propostas pelo Mapa da Participação Social.
31
3. Análise e Discussão de Dados
O Mapa da Participação Cidadã de Cidade de São Paulo está dividido por categorias
estabelecidas por seus organizadores. Para a discussão dos dados serão consideradas as
seguintes categorias:
3.1 Movimentos Sociais, Redes e Associações
Seguem os movimentos sociais, redes e associações que utilizam os sites de Redes
Sociais para contribuir com suas mobilizações ou como fonte de mídia alternativa.
3.1.1 Adote um Vereador
Área de atuação: Cidadania
Endereço: R. Francisco Muniz Barreto, 221 — Vila Sônia
Site: http://www.adoteumvereadorsp.com.br/
Esse movimento foi criado em 2008 e seu objetivo é fazer com que um cidadão
informe-se a respeito de um determinado vereador, deputado ou senador e disponibilize essa
informação em um blog, que deve ser criado para essa finalidade.
O movimento propõe que os participantes informem-se através de rádio, TV, jornais,
sites, blogs, sites de redes sociais, por telefone e que façam visitas a Câmara Municipal, a
Assembleia ou ao Congresso, se for necessário.
Os vereadores adotados são informados pelo próprio site, bem como, os blogs
responsáveis pela divulgação das suas atividades parlamentares. De acordo com a
classificação dada por Vegh (2003 apud CAVALCANTE, 2008), o movimento pertence à
primeira categoria ciberativista, pois utiliza a Internet como conscientizadora e apoiadora.
Atualmente, o movimento é formado pelos seguintes blogs:
http://adoteianibaldefreitas.wordpress.com
Vereador adotado: Anibal de Freitas
http://a1vabouanni.wordpress.com
Vereador adotado: Abbou Anni
http://deolhonoacr.wordpress.com
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Vereador adotado: Antonio Carlos Rodrigues
http://vereadordonatosp.blogspot.com.br
Vereador adotado: Donato
http://adoteiumvereador.blogspot.com.br
Vereador adotado: José Police Neto
http://deolhonorolim.wordpress.com
Vereador adotado: José Rolim
http://adoteidrmarcoaureliocunha.blogspot.com.br
Vereador adotado: Marco Aurélio Cunha
http://mbserel.blogspot.com.br
Vereadora adotada: Marta Costa
http://cuidandodacidadania.blogspot.com.br
Vereador adotado: Netinho de Paula
3.1.2 Árvores Vivas
Área de atuação: Meio Ambiente
Endereço: Alameda Cleveland, 733 – Bom Retiro
Blog: http://arvoresvivas.wordpress.com
Twitter: http://www.twitter.com/arvoresvivas
Facebook: http://www.facebook.com/arvoresvivas
O objetivo desse movimento é a conscientização e a sensibilização das pessoas em
relação às árvores e à natureza presentes no nosso cotidiano. Além de disponibilizar
informações históricas, culturais e científicas; o movimento desenvolve passeios, caminhadas
em parques, produtos ecológicos, mudas e sementes, oficinas artísticas, projetos de
paisagismo e consultoria para o plantio de árvores.
No Facebook (utilizado a partir de 2010) são postadas fotos e frases sobre árvores e
meio ambiente. Também são publicadas as datas e os locais das próximas caminhadas e
―Passeios Verdes‖. O Twitter também é usado para publicar os próximos eventos. Conforme
com a classificação dada por Vegh (2003 apud CAVALCANTE, 2008), o movimento
pertence à primeira e à segunda categoria, pois utiliza a Internet como conscientizadora,
apoiadora, organizadora e mobilizadora.
33
3.1.3 Associação Cidade Escola Aprendiz
Área de Atuação: Cidadania e educação
Endereço: Rua Belmiro Braga, 146, Vila Madalena
Site: http://www.cidadeescolaaprendiz.org.br
Twitter: http://twitter.com/ceaprendiz
Facebook: http://www.facebook.com/associacaocidadeescolaaprendiz
O objetivo dessa organização é construir um sistema de corresponsabilidade, no qual
famílias, escolas e comunidades dividem o compromisso do desenvolvimento integral de
jovens e crianças.
Com a definição de Bairro-Escola, a organização quer acabar com a ideia que a escola
é o único lugar onde os jovens e as crianças podem aprender. Visando assim a criação uma
comunidade educativa.
As informações sobre a finalidade e o foco dessa associação estão disponíveis no site.
Mas no Facebook (página criada em 2011) são postadas matérias sobre educação e cultura; a
agenda dos encontros propostos pela associação, observações e fotos dos eventos realizados.
No Twitter são postadas, principalmente, as datas dos eventos, saraus, oficinas e
encontros sugeridos pela associação. Segundo a classificação dada por Vegh (2003 apud
CAVALCANTE, 2008), o movimento pertence à primeira e à segunda categoria, pois utiliza
a Internet como conscientizadora, apoiadora, organizadora e mobilizadora.
3.1.4 Associação Nacional de Transportes Públicos — ANTP
Área de Atuação: Transporte
Endereço: Alameda Santos nº 1000 - 7º andar - conj. 71 – Jd. Paulista
Site: http://portal1.antp.net
Facebook http://www.facebook.com/antpbrasil
Twitter: http://twitter.com/antpbr
A ANTP fundada em 1977, essa organização tem como objetivo desenvolver e
divulgar informações sobre o transporte público tendo em vista o seu aprimoramento.
No site da associação encontra-se a agenda das reuniões e dos fóruns que os
participantes e parceiros podem comparecer.
34
O Facebook (página criada em 2011) é utilizado somente para a conscientização da
importância e do papel do transporte público. Para isso, há postagens de entrevistas e artigos
sobre o assunto. Os links dessas entrevistas e artigos também são postados no Twitter.
Conforme com a classificação dada por Vegh (2003 apud CAVALCANTE, 2008), o
movimento pertence à primeira categoria, pois utiliza a Internet como conscientizadora e
apoiadora. A Internet é uma mídia alternativa para o movimento, mas toda a informação
disponível nos sites de redes sociais é controlada pelo próprio movimento. Não há links para
outros blogs ou sites.
3.1.5 Associação Outras Palavras
Área de Atuação: Comunicação
Endereço: Rua Augusta, 1239 - Consolação
Site: http://www.outraspalavras.net
Twitter: http://twitter.com/outraspalavrass
Facebook: http://www.facebook.com/outraspalavras
O movimento funciona como uma mídia alternativa. No site pode-se encontrar
diversos artigos sobre variados assuntos: políticos, sociais, feministas, financeiros.
No Facebook (página criada em 2010) e no Twitter são postados artigos e entrevistas
presentes no site do movimento ou em blogs. Os links desses artigos e entrevistas
encaminham o usuário para o site do movimento ou para blogs que têm a mesma finalidade.
Esse movimento é composto da reunião de textos disponíveis no site e de textos de
outros blogs. Clicando em um texto de um blog, o usuário é encaminhado para este e terá
acesso a todo o seu conteúdo. De acordo com a classificação dada por Vegh (2003 apud
CAVALCANTE, 2008), o movimento pertence à primeira categoria, pois utiliza a Internet
como conscientizadora e apoiadora. A Internet é uma mídia alternativa e nesse site há
diversos emissores. Em alguns blogs ou entrevistas há informações sobre mobilizações off-
line, mas a Internet não atua como organizadora e mobilizadora.
35
3.1.6 Associação Portal de Santana — APSA
Área de Atuação: Cidadania
Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 972 - Santana
Blog: http://portaldesantana.blogspot.com
O objetivo do Portal de Santana é a implementação de projetos sociais, ambientais,
econômicos e culturais que beneficiem à localidade de Santana – Zona Norte de São Paulo.
Seus integrantes utilizam o blog para informar os projetos que beneficiarão à localidade, as
solicitações já atendidas pelas autoridades, bem como fotos das últimas reuniões.
Para participar do movimento é necessário comparecer as reuniões. No entanto, no
blog não consta as datas das mesmas. Conforme com a classificação dada por Vegh (2003
apud CAVALCANTE, 2008), o movimento pertence à primeira categoria, pois utiliza a
Internet como conscientizadora e apoiadora.
3.1.7 Associação Preserva São Paulo
Área de Atuação: Arte e Cultura
Endereço: Senador Feijó, 30 - 6º andar - sala 607 - Centro
Site: http://www.preservasp.org.br/
Facebook: http://www.facebook.com/preservasp
Twitter: http://twitter.com/preservasp
Flickr: http://www.flickr.com/groups/preservasp/pool/
Yahoo Groups: http://br.groups.yahoo.com/group/preservasp/
O objetivo dessa associação é a preservação do patrimônio histórico, arquitetônico,
cultural e paisagístico da cidade de São Paulo. No site do movimento podem-se encontrar
todas as formas de participar da associação e a agenda das reuniões.
No Facebook (página criada em 2011) do movimento são postados artigos e fotos
antigas dos patrimônios urbanos. As datas das reuniões também são postadas.
O Twitter é utilizado, principalmente, para divulgar as datas dos encontros. No Yahoo
Groups ocorre uma discussão online sobre a preservação dos patrimônios urbanos. Já no
Flickr há diversas fotos de prédios, igrejas, parques, museus, fotos do cotidiano das pessoas
na cidade de São Paulo. Segundo a classificação dada por Vegh (2003 apud CAVALCANTE,
2008), o movimento pertence à primeira e à segunda categoria, pois utiliza a Internet como
36
conscientizadora, apoiadora, organizadora e mobilizadora. O Movimento propõe encontros
off-line assim como discussões através de fóruns on-line.
3.1.8 Associação Rede Rua
Área de Atuação: Assistência Social
Endereço: Rua Sampaio Moreira, 110/C9 - Brás
Site: http://www.rederua.org.br
Facebook: http://www.facebook.com/rederua.org
Youtube: http://www.youtube.com/user/RedeRuadeComunicacao
O movimento social atua na luta da população de rua pelos seus direitos de uma
moradia e uma vida digna.
A página do Facebook passou a ser usada a partir de Agosto de 2012. Ela está
composta principalmente de fotos de mobilizações off-line e de informações sobre as mesmas.
O Movimento também disponibilizou um canal no youtube onde há diversos vídeos para a
conscientização da luta da população de rua. Seguindo a classificação dada por Vegh (2003
apud CAVALCANTE, 2008), o movimento pertence à primeira e à segunda categoria, pois
utiliza a Internet como conscientizadora, apoiadora, organizadora e mobilizadora de encontros
off-line.
3.1.9 Comissão Pró-Índio de São Paulo – CPI – SP
Área de Atuação: Arte e Cultura, Direitos Humanos, Raça e Etnia
Endereço: Rua Padre Carvalho, 175 - Pinheiros
Site: http://www.cpisp.org.br/
Facebook: http://www.facebook.com/comissao.proindio
Twitter: http://twitter.com/proindio
Blog: http://comissaoproindio.blogspot.com.br/
Através do fortalecimento da democracia e o reconhecimento dos direitos das minorias
étnicas, o objetivo desse movimento é garantir os direitos territoriais, políticos e culturais dos
índios e quilombolas.
37
O Blog (criado em 2009) é utilizado como um diário dessa comissão. Nele são
postadas as informações pertencentes à comissão, artigos de jornais ou revistas relacionados
aos indígenas, datas e objetivos dos encontros off-line e até mesmo vagas de empregos
disponíveis na associação.
O Facebook (criado em 2011) traz muitas fotos dos eventos realizados e convites para
os próximos eventos. Há, também, alguns links que direcionam ao blog da comissão. No
Twitter há links para a leitura de textos que estão relacionados aos direitos indígenas.
Conforme a classificação dada por Vegh (2003 apud CAVALCANTE, 2008), o movimento
pertence à primeira e à segunda categoria, pois utiliza a Internet como conscientizadora,
apoiadora, organizadora e mobilizadora de encontros off-line. A comissão aproveita os três
sites de redes sociais (Facebook, Twitter e Blog) de formas diferentes e não de maneira
repetitiva, pois usa o Blog como um diário, o Facebook como um álbum de fotos e o Twitter
oferecendo diferentes links sobre o assunto.
3.1.10 Frente de Lutas por Moradia – FLM
Área de Atuação: Habitação
Endereço: Avenida São Jõao, 1495 - 2 piso - Centro
Site: http://www.portalflm.com.br
Facebook: http://www.facebook.com/lutamoradia.frentedelutapormoradia
Twitter: http://twitter.com/LutaMoradia
Flickr: http://www.flickr.com/photos/frentedelutapormoradia
Este movimento luta para conquistar projetos habitacionais destinados à população de
baixa renda. Além disso, estimula e articula lutas populares com a participação das famílias.
A página do Facebook (criada em 2011) publica fotos de prédios ocupados pelas
famílias e das lutas populares. Há o convite para a participação de algumas passeatas e
debates políticos, mas não há datas das invasões. No Twitter está o passo a passo da frente e
alguns links que encaminham ao site oficial do movimento e a pagina do Facebook. No Flickr
há exposição de fotos das diversas ocupações realizadas pelo grupo.
Obedecendo à classificação de Vegh (2003 apud CAVALCANTE, 2008), a FLM
utiliza a Internet como conscientizadora e apoiadora, assim sendo pertence à primeira
categoria. Há convites para mobilizações off-line, mas que não pertencem ao movimento
como, por exemplo, convites para passeatas e debates políticos.
38
3.1.11 Grupo de Incentivo à Vida – GIV
Área de Atuação: Saúde
Endereço: Rua Capitão Cavalcante, 145 – Vl. Clementino
Site: http://www.giv.org.br/
Facebook: http://www.facebook.com/pages/GIV-Grupo-de-Incentivo-%C3%A0-
Vida/259788710699286
Esse grupo tem como objetivo oferecer alternativas para uma melhor qualidade de
vida das pessoas portadoras do vírus HIV. As alternativas são tanto no âmbito social quanto
no da saúde física e mental. Além disso, ele está envolvido politicamente na maior parte das
decisões e reivindicações que são importantes para essas pessoas.
Na página do Facebook (criada em 2011) encontramos diversas matérias sobre a
AIDS. Muitas são relacionadas às pesquisas da doença e são de sites estrangeiros. Há também
algumas noticias de esfera política. No entanto, todas as informações referentes aos encontros
e mobilizações off-line não são encontradas nessa página.
De acordo com Vegh (2003 apud CAVALCANTE, 2008), o movimento pertence à
primeira categoria, uma vez que utiliza sua página no Facebook como conscientizadora e não
como mobilizadora.
3.1.12 Instituto de Fomento à Tecnologia do Terceiro Setor — IT3S
Área de Atuação: Cidadania e comunicação
Endereço: Rua Emiliano Cardoso de Melo - Rio Pequeno
Site: http://it3s.org/
Facebook: http://www.facebook.com/IT3S.org?ref=ts&fref=ts
Blog: http://blog.it3s.org/
O objetivo desse movimento é promover a comunidade Mootiro, uma rede de
organizações sociais que trabalham em prol da construção colaborativa de conhecimentos
relevantes para a área social e a implantação de software para apoiar os trabalhos sociais.
O Blog foi utilizado como um diário da pesquisa desse novo software. Após a
implantação do mesmo, o blog não foi mais atualizado. O Facebook (criado em 2010) atua
como um divulgador dos trabalhos efetuados pelo software e propõe, também, algumas
atividades culturais relacionadas com o tema, como por exemplo, visitas a exposições e a
39
museus. A Mootiro tem diversas ferramentas para serem usadas em prol das organizações e
ONG‘s.
A Internet atua como conscientizadora e apoiadora na conquista desse novo software,
pertencendo assim à primeira categoria ciberatisvista, de acordo com Vegh (2003 apud
CAVALCANTE, 2008).
3.1.13 Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
Área de atuação: Comunicação
Endereço: Rua Rego Freitas, 454 - Cj 122 12º andar - República
Site: http://www.intervozes.org.br
Facebook: http://www.facebook.com/intervozes
Esse movimento luta pela concretização do direito à comunicação. A organização
acredita que o direito à comunicação está plenamente associado ao exercício da cidadania
democrática. Um dos objetivos do grupo é promover uma mídia diversa e fortalecer a
comunicação popular.
O coletivo criou sua página no Facebook no ano de 2011. Desde então, publica fotos
de mobilizações e links que encaminham para reportagens, entrevistas, blogs e artigos
relacionados com a democratização da comunicação. Internet é utilizada como
conscientizadora, apoiadora, organizadora e mobilizadora de encontros off-line. Assim sendo,
o grupo pertence à primeira e à segunda categoria ciberativista, segundo Vegh (2003 apud
CAVALCANTE, 2008).
3.1.14 Movimento Ministério Público Democrático – MPD
Área de atuação: Cidadania
Endereço: Rua Riachuelo, 217, 5 andar — Sé
Site: http://www.mpd.org.br/
Facebook: http://www.facebook.com/MPDemocratico
Twitter: https://twitter.com/mpdemocratico
O objetivo do movimento é fazer com que a justice esteja ao alcance de todos. Para
promover a conscientização da sociedade quanto aos seus direitos, o movimento oferece
40
palestras, cursos, seminários e outras atividades para orientar a população sobre os seus
diretos e como acioná-los.
Em sua página do Facebook (criada no início de 2012) o grupo expõe entrevistas,
reportagens, artigos e textos relacionados com o tema. Além disso, divulga as datas de
diversos eventos e como participar de cada um deles. Há também diversas fotos dos eventos
realizados. O Twitter traz links para acessar assuntos relacionados com o tema e chamados
para os eventos. Ambos os sites de redes sociais propõem mobilizações off-line. Como a
Internet executa o papel de conscientizadora, apoiadora, organizadora e mobilizadora de
encontros off-line, esse movimento concerne à primeira e à segunda categoria ciberativista, de
acordo com Vegh (2003 apud CAVALCANTE, 2008).
3.1.15 Movimento Pró Autista – MPA
Área de atuação: Pessoa com Deficiência
Endereço: R. Teixeira Dormundo, 78 - Limão
Blog: http://www.movimentopro-autista.blogspot.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/groups/104726526298376/
O Movimento busca melhorar a vida dos autistas. Para isso pais, profissionais e
amigos orientam sobre características do autismo e estudam a melhor forma de enfrentá-las.
No Blog há postagens sobre eventos voltados para pais e profissionais, textos sobre os
direitos dos autistas e outros links que encaminham para sites relacionados com o tema.
Foi criado, também, um grupo no Facebook, no qual amigos trocam experiências e
publicam assuntos relacionados com o autismo. Conforme com a classificação dada por Vegh
(2003 apud CAVALCANTE, 2008), o movimento pertence à primeira categoria, pois utiliza a
Internet como conscientizadora e apoiadora. Há proposta de diversos cursos, palestras e
simpósios sobre autismo que acontecem em diversas localidades, mas não há proposta de
mobilizações off-line.
3.1.16 Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo – PFP ASP
Área de Atuação: Cidadania
Endereço: Av. Higienópolis, 890 - Consolação
41
Site: http://www.pastoralfp.com
Blog: http://www.pastoralfp.blogspot.com.br
Facebook: http://www.facebook.com/pastoralfp
O objetivo do grupo é atuar na formação cidadã, política, religiosa e social da
comunidade cristã. Para tanto, o grupo propõe diversas atividades que são realizadas em
diferentes arquidioceses de São Paulo.
No blog, o grupo publica diversos textos relacionados à sociedade, política e religião,
além de publicar a agenda mensal dos eventos que acontecerão nas Arquidioceses. A página
do Facebook (criada no início de 2012) publica os links do que já foi postado no blog.
A organização pertence à primeira categoria ciberativista (VEGH, 2003 apud
CAVALCANTE, 2008), pois utiliza a Internet como conscientizadora e apoiadora. Apesar de
publicar agendas com encontros off-line, os mesmos não se tratam de mobilizações, estão
somente relacionados com o objetivo do movimento.
3.1.17 Projeto Juventude Ecológica
Área de Atuação: Juventude e Meio Ambiente
Endereço: Parque da Juventude - Santana/Zona Norte
Blog: http://www.juventudeecologica.blogspot.com.br
O objetivo desse grupo é a conscientização da importância da preservação do meio
ambiente e da proteção e defesa dos animais. Para tanto o grupo organiza encontros e
mobilizações, além de atividades culturais, educativas e esportivas.
No Blog do grupo podemos encontrar informações sobre as leis que protegem o meio
ambiente, bem como informações sobre fóruns e convites para mobilizações off-line. No
entanto, a atualização do blog não tem sido feito regularmente, pois a última postagem data
fevereiro de 2012 (blog acessado em 11-11-2012). Por organizar mobilizações e difundir
informações sobre o meio ambiente apoiando a importância da sua preservação, pode-se
classificar esse projeto na primeira e na segunda categoria ciberativista (VEGH, 2003 apud
CAVALCANTE, 2008).
42
3.1.18 SPressoSP
Área de Atuação: Arte e cultura, cidadania, comunicação, direitos humanos, raça e
etnia, gênero, pessoa com deficiência, idosos, criança e adolescente, diversidade sexual,
educação, esporte e lazer, habitação, juventude, meio ambiente, saúde, segurança, trabalho e
transporte.
Endereço: Rua Senador César Lacerda Vergueiro, 73 - Pinheiros
Site: http://www.spressosp.com.br/
Facebook: http://www.facebook.com/pages/SPressoSP/219966481393891
O objetivo desse grupo é divulgar todas as informações referentes à cidade de São
Paulo. Devido à dimensão da cidade, o próprio movimento afirma que fazer um jornal
regional da cidade é um desafio. Por interessar-se por todas as notícias relacionadas à cidade o
movimento classifica-se em todas as áreas de atuação.
A página do Facebook (criada em 2011) é utilizada para divulgar todas as informações
contidas no site. As notícias abordam diversos assuntos como as mobilizações que acontecem
na cidade, politica, economia, esportes e tudo o que estiver relacionado à cidade. Há
informações sobre encontros que acontecerão off-line, debates que acontecerão on-line, mas
SPressoSP não organiza mobilizações off-line ou on-line. Assim sendo, a Internet atua como
conscientizadora e apoiadora desse movimento, pertencendo assim à primeira categoria
ciberatisvista, de acordo com Vegh (2003 apud CAVALCANTE, 2008).
3.1.19 Teatro Silva
Área de Atuação: Arte e Cultura
Endereço: Rua Céu Azul, 24, Vila Mirante - Pirituba
Blog: http://teatrosilva.wordpress.com
Facebook: http://www.facebook.com/teatrosilva
O objetivo deste grupo é levar o teatro para a periferia. O grupo visa transformar
jovens e idosos dessa região em profissionais da área teatral como, por exemplo, atores,
contra-regras, iluminadores, dramaturgos.
O blog atua como um diário onde o grupo registra todo o trabalho é realizado. A
página do Facebook (criada em 2011) divulga fotos dos eventos realizados, links que
encaminham para o blog e organiza encontros off-line. Por ser conscientizadora, apoiadora,
43
organizadora e mobilizadora de encontros off-line, esse movimento concerne à primeira e à
segunda categoria ciberativista, de acordo com Vegh (2003 apud CAVALCANTE, 2008).
3.1.20 Transition Brasilândia – TTBrasa
Área de Atuação: Arte e cultura, cidadania, comunicação, direitos humanos, raça e
etnia, gênero, pessoa com deficiência, idosos, criança e adolescente, diversidade sexual,
educação, esporte e lazer, habitação, juventude, meio ambiente, saúde, segurança, trabalho e
transporte.
Blog: http://transitionbrasilandiablog.blogspot.com.br/
Facebook: http://www.facebook.com/transition.brasilandia?fref=ts
O objetivo desse grupo é lutar em coletivo pelos interesses da comunidade de
Brasilândia. Esses interesses podem ser desde a comunicação até temas que envolvem a
segurança, bem-estar de crianças e adolescentes.
Para manter todos informados sobre o que está acontecendo na comunidade, o
movimento dispõe de um blog que traz atualizações e convites das mobilizações off-line. No
Facebook do movimento podem-se encontrar fotos, convites e reportagens de interesse da
organização. A Internet executa o papel de conscientizadora, apoiadora, organizadora e
mobilizadora de encontros off-line, dessa forma movimento diz respeito à primeira e à
segunda categoria ciberativista (VEGH, 2003 apud CAVALCANTE, 2008).
3.1.21 União Municipal dos Estudantes Secundaristas – UMES
Área de Atuação: Cidadania e Educação
Endereço: Professor Filadelfo Azevedo, 642 – Vl. Nova Conceição
Facebook: http://www.facebook.com/groups/507207909291767/?fref=ts
Esse movimento tem como objetivo defender os interesses dos estudantes e visa um
ensino público de qualidade. Não consta nenhum site do movimento, mas há um grupo no
Facebook (desde outubro de 2012) que divulga assuntos que interessam aos estudantes do
Ensino Fundamental e Médio. Há diversas reportagens e links que encaminham para outros
sites relacionados com esse tema. O movimento pertence à primeira categoria ciberativista,
44
pois utiliza a Internet como apoiadora e conscientizadora. (VEGH, 2003 apud
CAVALCANTE, 2008).
3.2 Organizações Virtuais
O site do Mapa da Participação Cidadã da Cidade de São Paulo considera alguns
movimentos como organizações virtuais por não terem uma sede em um lugar determinado.
Seguem tais organizações que utilizam os sites de redes sociais:
3.2.1 Ciclobr
Área de atuação: Transporte
Site: www.ciclobr.org.br
Twitter: https://twitter.com/CicloBR
Youtube: http://www.youtube.com/CicloBR
Vímeo: http://vimeo.com/ciclobr
Flickr: http://www.flickr.com/photos/ciclobr
O objetivo desse grupo é divulgar o uso da bicicleta como um meio de transporte
alternativo e uma alternativa de melhora da qualidade de vida.
O movimento utiliza os sites de redes sociais para informar sobre os passeios
ciclísticos e também posta vídeos e fotos dos mesmos. O grupo também expõe a ideia de
Bicicromia: arte, grafite e bicicleta. De acordo com Vegh (2003 apud CAVALCANTE,
2008), o movimento pertence à primeira e à segunda categoria, pois utiliza a Internet como
conscientizadora, apoiadora, organizadora e mobilizadora de passeios ciclísticos.
3.2.2 Ciclocidade - Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo
Área de Atuação: Transporte
Site: http://www.ciclocidade.org.br/
Facebook: http://www.facebook.com/ciclocidade?fref=ts
45
Twitter: http://twitter.com/ciclocidade
Esse movimento tem como objetivo difundir a cultura da bicicleta. Em diálogo com
entidades políticas o grupo defende assuntos de interesse dos ciclistas na capital e na região
metropolitana de São Paulo.
O coletivo tem uma página no Facebook (desde 2009) que divulga os passeios,
encontros, eventos e festas da Associação. Tais divulgações também são feitas através do
Twitter. Esse Movimento pertence à primeira e à segunda categoria ciberativista, pois a
Internet atua como organizadora, conscientizadora, apoiadora e mobilizadora de diversos
eventos off-line. (VEGH, 2003 apud CAVALCANTE, 2008)
3.2.3 Cidade Democrática
Área de atuação: Cidadania
Site: http://www.cidadedemocratica.org.br
Facebook: http://www.facebook.com/cidademocratica?fref=ts
Twitter: https://twitter.com/intent/user?screen_name=cidademocratica
O objetivo desse grupo é promover um espaço onde cidadãos expressam suas opiniões
sobre qualquer assunto referente à cidade em que vivem. O site tem um desenho bem similar
ao do Facebook e seu funcionamento é bem similar a um site de rede social, ou seja, usuários
criam um perfil e relacionam-se de acordo com interesses em comum e que visam uma
sociedade melhor para se viver.
O Facebook (criado em 2011) e o Twitter postam diversas informações sobre os
serviços oferecidos pelo site, encontros off-line e links de outros sites que tratam sobre
cidadania. Segundo a classificação dada por Vegh (2003 apud CAVALCANTE, 2008), o
movimento pertence à primeira e à segunda categoria, pois utiliza a Internet como
conscientizadora, apoiadora, organizadora e mobilizadora.
3.2.4 Good News Brasil
Área de atuação: Cidadania
Facebook: http://www.facebook.com/GoodNewsBrasil/photos_stream
46
O único objetivo desse grupo, o qual está no Facebook desde 2011, é publicar somente
boas notícias sobre os mais diversos assuntos: saúde, terceira idade, política, economia, entre
outros. Esse grupo não propõe nenhuma mobilização on-line ou off-line. A Internet é
somente conscientizadora e apoiadora, por isso pertence à primeira categoria ciberativista.
(VEGH, 2003 apud CAVALCANTE, 2008)
3.2.5 Hortelões Urbanos
Área de Atuação: Meio Ambiente
Facebook: http://www.facebook.com/groups/170958626306460/
O objetivo desse grupo é dividir experiências e trocar informações sobre plantio e
agroecologia. Pertence à primeira categoria ciberativista, pois utiliza a Internet como
conscientizadora e apoiadora. (VEGH, 2003 apud CAVALCANTE, 2008)
O grupo não propõe discussões e mobilizações off-line ou on-line.
3.2.6 Observatório da Educação
Área de Atuação: Educação
Site: http://www.observatoriodaeducacao.org.br
Twitter: https://twitter.com/obseducacao
Facebook:http://www.facebook.com/pages/Observat%C3%B3rio-da-
Educa%C3%A7%C3%A3o/144459215564840
Youtube: http://www.youtube.com/observatorioeducacao
O objetivo desse grupo é difundir informações sobre a educação no Brasil e as ações
do poder público nesse campo.
A página do Facebook (criada em 2010) e o Twitter divulgam as matérias expostas no
site oficial do movimento, bem como, links de outros sites que têm o mesmo tema. No
Youtube, há vídeos de palestras e debates sobre Educação. A Internet é conscientizadora e
apoiadora, portanto pertence à primeira categoria ciberativista segundo Vegh (2003 apud
CAVALCANTE, 2008)
O movimento não propõe mobilizações on-line ou off-line.
47
3.2.7 Transporte Ativo
Área de Atuação: Transporte
Site: http://www.ta.org.br
Facebook: http://www.facebook.com/transporteativo?fref=ts
Blog: http://www.blog.transporteativo.org.br/
Twitter: https://twitter.com/TransporteAtivo
O objetivo do grupo é a conscientização da importância de diversos meios de
transporte eficazes e seguros para os grandes centros urbanos. O coletivo defende que as
cidades devem ter diferentes opções de transportes como trens, metros, bicicletas, ônibus e
carros. Todos devem ter segurança e suas devidas rotas dentro do espaço urbano.
O Blog do movimento traz diferentes informações e ideias para solucionar os
problemas de transporte em grandes cidades. Há fotos e curiosidades dos costumes de outros
países e também palestras a respeito desse tema. A página do Facebook (criada em 2009) e o
Twitter trazem diferentes links para o blog do movimento e links de assuntos relacionados ao
movimento. A internet é utilizada como apoiadora e conscientizadora do movimento, assim
sendo, este pertence à primeira categoria ciberativista. (VEGH, 2003 apud CAVALCANTE,
2008).
3.2.8 Vote na Web
Área de Atuação: Cidadania
Site: http://www.votenaweb.com.br/
Facebook: http://www.facebook.com/votenaweb?fref=ts
Twitter: http://twitter.com/votenaweb_
Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=96457509
O objetivo desse movimento é aproximar os cidadãos dos assuntos que são decididos
no Congresso Nacional.
O site do grupo é bem interativo e propõe votações on-line sobre o que foi decidido
pelos políticos. A Comunidade do Orkut não foi atualizada desde abril de 2011. No entanto, a
página do Facebook (criada em 2010) está atualizada e nela são postados diferentes links que
encaminham ao site do movimento e às votações. Na página do Facebook, também há links
que encaminham o internauta para outros sites que trazem discussões políticas. Apesar de não
48
propor nenhuma discussão online, o grupo faz algumas enquetes e geram uma troca de ideias.
O Twitter também é utilizado para encaminhar o internauta ao site da organização e para as
enquetes do mesmo. Pertence à primeira categoria ciberativista, pois utiliza a Internet como
conscientizadora e apoiadora. (VEGH, 2003 apud CAVALCANTE, 2008)
3.3 Discussão dos Dados
Os sites de redes sociais ocupam um lugar cada vez mais relevante para a formação de
grupos sociais que dividem as mesmas ideias, mas que muitas vezes não dividem o mesmo
espaço geográfico. Dos trinta e oito movimentos sociais abordados no site de Participação
Cidadã da Cidade de São Paulo, vinte e um utilizam essa ferramenta para, pelo menos,
divulgar seus ideais, objetivos e missões. Considerando esses movimentos, onze deles
utilizam os sites de redes sociais para a conscientização dos cidadãos sobre os seus interesses.
Essa conscientização é feita de diversas formas como vídeos, reportagens e até mesmo links
de outros sites que abordam temas de interesse de cada um dos movimentos. Os outros dez
além de utilizar os sites de redes sociais como conscientizadores e apoiadores, também
agendam e promovem encontros off-line. Esses encontros podem ser passeatas, workshops,
passeios, debates, enfim, das mais diversas formas. No entanto, somente um deles tem um
grupo de discussão on-line (Associação Preserva São Paulo).
Vivendo na Era da Informação, a comunicação não era para ser um dos problemas
para os Movimentos Sociais, no entanto, ainda é. Muitos grupos, que constam no site de
Participação Cidadã da Cidade de São Paulo não têm sites. Seguem grupos que não contam
com tal ferramenta comunicacional:
- Associação Feminina Comunitária Conjunto Habitacional Brigadeiro Eduardo
Gomes (Pirituba)
- Casa dos Meninos (Jd. Fim de Semana - Jd. Fim de Semana)
- Ecopress - Agencia de Notícias Ambientais — Ecopress (Itaim Bibi)
- Instituto Terra, Guardião da Natureza e Assistencial (Cidade Dutra)
- Rede das Agendas 21 de São Paulo — Rede21sp (Moema)
- Movimento Defenda São Paulo (Moema)
- Movimento Nossa Zona Leste (São Miguel)
- União dos Movimentos em Defesa das Moradias e Melhorias das Comunidades do
Completo Paraisópolis — UMMCP (Paraisópolis)
49
Outros grupos têm sites, mas não têm perfil criado em sites de redes sociais. Seguem
tais grupos:
- Associação Saúde Sem Limites — SSL (Centro)
- Confederação Nacional das Associações de Moradores — CONAM (Centro)
- Movimento de Defesa do Favelado – MDF (Vl. Alpina)
- Rede Mulher de Educação — RME (Santa Efigênia)
- União dos Movimentos de Moradia da Grande São Paulo e Interior — UMM
(Liberdade)
- Movimento dos Idosos Solidários – MIS (Morumbi)
- Rádio Jaraguá FM (Jaraguá)
Esses problemas não são somente dos Movimentos Sociais que possuem sede física.
Algumas organizações virtuais também não têm nenhum site de rede social. Seguem essas
organizações:
- Associação Bike Brasil
- Respira São Paulo
- Arqueiros do Apocalipse ZenSurreal - Espaço de Criação da Arte Viva Quotidiana -
AAZS-ECAVQ
Outros estavam com o site fora do ar (acesso realizado em 22 de novembro de 2012) e
também não consta perfil em site de redes sociais:
- SACSP - Sistema de estatísticas e acompanhamento das reclamações dos munícipes
da cidade de São Paulo
- Urbanias
A comunicação estabelecida pelos sites de redes sociais é muito relevante para os
movimentos. Pois o primeiro passo para que um movimento obtenha um número considerável
de militantes é a sensibilização. Essa sensibilização pode ocorrer facilmente no ciberespaço e,
especialmente, em sites de redes sociais. Somente a partir desse momento é que tais
organizações criam autonomia para lutar por seus ideais e organizar protestos e encontros off-
line para pode alcançar importantes resultados. (GOHN, 2012).
50
Outro problema comunicacional que notamos nos grupos estudados é que eles ainda
não se comunicam em rede, ou seja, não estabelecem um contato entre si. Por exemplo, os
movimentos sociais que atuam na área de transportes não se comunicam com outros da área
da cidadania ou do meio ambiente. Notamos que ainda está muito forte a característica dos
movimentos que surgiram na década de 90. Cada grupo luta pelo seu próprio interesse.
(GOHN, 2012). Se os movimentos estabelecessem uma comunicação entre si, aperfeiçoariam
seu poder de informação e poderiam criar diferentes estratégias para organizar e orientar seus
participantes (MARTELETO, 2001)
Assim sendo, pode-se considerar que a maioria dos movimentos e organizações
virtuais estudadas utilizam os sites de rede sociais como apoiadores e conscientizadores.
Alguns propõem mobilizações off-line e somente um propõe discussões on-line. Ainda
seguem o perfil dos movimentos da década de 90, pois estão divididos em grupos que lutam
por seus ideais e inclusão social. Para uma melhor visualização dos dados coletados seguem
duas tabelas. A primeira aborda os Movimentos Sociais, Redes e Associações; a categoria
ciberativista, de acordo com Vegh (2003 apud CAVALCANTE, 2008) e os respectivos sites
de redes sociais. A segunda traz as Organizações Virtuais; a categoria ciberativista, de acordo
com Vegh (2003 apud CAVALCANTE, 2008) e seus respectivos sites de redes sociais.
Nome do
Movimento
Categoria
Ciberativista
Mobilização Sites de Redes Sociais
Off-line On-line
3.1 Adote um
Vereador 1ª Não Não www.adoteumvereadorsp.com.br
3.2 Árvores Vivas 1ª e 2ª Sim Não
arvoresvivas.wordpress.com
www.twitter.com/arvoresvivas
www.facebook.com/arvoresvivas
3.3
Associação
Cidade Escola
Aprendiz
1ª e 2ª Sim Não www.facebook.com/associacaocidadeescolaaprendiz
twitter.com/ceaprendiz
3.4
Associação
Nacional de
Tranportes
Públicos - ANTP
1ª Não Não
www.facebook.com/antpbrasil
twitter.com/antpbr
vimeo.com/antp
3.5
Associação
Outras Palavras -
OP
1ª Sim Não www.facebook.com/outraspalavras
twitter.com/outraspalavrass
3.6
Associação Portal
de Santana -
APSA
1ª Não Não portaldesantana.blogspot.com
51
3.7
Associação
Preserva São
Paulo
1ª e 2ª Sim Sim
www.facebook.com/preservasp
twitter.com/preservasp
www.flickr.com/groups/preservasp/pool/
br.groups.yahoo.com/group/preservasp/
3.8 Associação Rede
Rua 1ª e 2ª Sim Não
www.youtube.com/user/RedeRuadeComunicacao
www.facebook.com/rederua.org
3.9
Comissão Pró-
Índio de São
Paulo CPI-SP
1ª e 2ª Sim Não
www.facebook.com/comissao.proindio
twitter.com/proindio
comissaoproindio.blogspot.com.br/
3.10
Frente de Lutas
por Moradia -
FLM
1ª Sim Não
www.facebook.com/lutamoradia.frentedelutapormoradia
twitter.com/LutaMoradia
www.flickr.com/photos/frentedelutapormoradia
3.11
Grupo de
Incentivo à Vida -
GIV
1ª Não Não www.facebook.com/pages/GIV-Grupo-de-Incentivo-à-
Vida/259788710699286
3.12
Instituto de
Fomento à
Tecnologia do
Terceiro Setor -
IT3S
1ª Não Não
www.facebook.com/IT3S.org
blog.it3s.org/
3.13
Intervozes -
Coletivo Brasil
de Comunicação
Social
1ª e 2ª Sim Não www.facebook.com/intervozes
3.14
Movimento
Ministério
Público
Democrático -
MPD
1ª e 2ª Sim Não
www.facebook.com/MPDemocratico
twitter.com/mpdemocratico
3.15 Movimento Pró
Autista - MPA 1ª Não Não
www.facebook.com/groups/104726526298376/
www.movimentopro-autista.blogspot.com.br/
3.16
Pastoral Fé e
Política da
Arquidiocese de
São Paulo - PFP
ASP
1ª Não Não
www.facebook.com/pastoralfp
www.pastoralfp.blogspot.com.br/
3.17 Projeto Juventude
Ecológica 1ª e 2ª Sim Não www.juventudeecologica.blogspot.com.br
3.18 SPressoSP 1ª Sim Não www.facebook.com/pages/
SPressoSP/219966481393891
3.19 Teatro Silva 1ª e 2ª Sim Não www.facebook.com/teatrosilva
teatrosilva.wordpress.com
3.20
Transition
Brasilândia -
TTBrasa
1ª e 2ª Sim Não transitionbrasilandiablog.blogspot.com.br/
www.facebook.com/transition.brasilandia?fref=ts
3.21
União Municipal
de
Estudantes
Secundaristas -
UMES
1ª Não Não www.facebook.com/groups/507207909291767/?fref=ts
52
Nome do Movimento Categoria
Ciberativista
Mobilização Sites de Redes Sociais
Off-line On-line
3.2.1 Ciclobr 1ª e 2ª Sim Não
www.youtube.com/CicloBR
vimeo.com/ciclobr
www.flickr.com/photos/ciclobr
twitter.com/CicloBR
3.2.2
Ciclocidade - Associação dos
Ciclistas
Urbanos de São Paulo
1ª e 2ª Sim Não www.facebook.com/ciclocidade?fref=ts
twitter.com/ciclocidade
3.2.3 Cidade Demorática 1ª e 2ª Sim Não www.facebook.com/cidademocratica?fref=ts
twitter.com/intent/user?screen_name=cidademocratica
3.2.4 Good News Brasil - GNB 1ª Não Não www.facebook.com/GoodNewsBrasil/photos_stream
3.2.5 Hortelões Urbanos 1ª Não Não www.facebook.com/groups/170958626306460/
3.2.6 Observatório da Educação 1ª Não Não
www.youtube.com/observatorioeducacao
www.facebook.com/pages/Observat%C3%B3rio-da-
Educa%C3%A7%C3%A3o/144459215564840
twitter.com/obseducacao
3.2.7 Transporte Ativo 1ª Não Não
www.facebook.com/transporteativo?fref=ts
www.blog.transporteativo.org.br/
twitter.com/TransporteAtivo
3.2.8 Vote na Web 1ª Não Não
www.facebook.com/votenaweb?fref=ts
twitter.com/votenaweb_
www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=96457509
53
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mesmo vivendo em sociedade, muitos não participam ativamente de movimentos
sociais enquanto outros batalham por uma causa até o fim. Algumas questões, no entanto, não
saiam da minha cabeça: Onde estão os Movimentos Sociais? Nossa sociedade está satisfeita
com a política, a economia e com a educação? Ao levantar essas questões, passei a observar
melhor e ver que certos grupos como os movimentos feministas, os movimentos gays e os
movimentos negros estavam alcançando importantes conquistas de inclusão social. Foi então
que percebi que os movimentos ainda existiam, mas em pequenos grupos e que seus ideais
também haviam mudado, pois lutavam pela inclusão social. Apesar disso, dificilmente
podemos encontrar notícias sobre tais movimentos nos jornais ou na TV.
A Internet revolucionou a forma das pessoas se comunicarem. Além dos e-mails, sites
e chats ela trouxe também os Sites de Redes Sociais. As pessoas sempre gostaram de estar em
grupos, isso já faz parte da natureza humana e agora não é mais necessário estar no mesmo
lugar geográfico de outras pessoas para compartilhar as mesmas ideias. Não é necessário, nem
mesmo, marcar hora para um diálogo no mundo virtual. Tais mudanças também começaram a
fazer parte do mundo dos movimentos sociais e abriram novas portas para os movimentos do
século XXI. Um exemplo foi o movimento do Ocuppy Wall Street. Ele aconteceu em
novembro de 2011, era contra o sistema capitalista e foi considerado como um movimento
transnacional, pois ocorreram manifestações em diversas cidades do mundo.
Nas análises dos dados dessa pesquisa pude concluir que muitos movimentos ainda
seguem o perfil dos movimentos da década de 90, os quais são grupos separados de acordo
com sua raça, sexo, classe ou interesses em comum. A maioria utiliza os sites de redes sociais
para difundir seus objetivos e alguns organizam e convidam para mobilizações off-line. Ainda
assim não estabelecem uma comunicação em rede, conforme característica dos movimentos
da década de 90. Além disso, notei que muitos não utilizam todas as ferramentas desses sites,
somente um deles organiza uma discussão on-line e poucos geram pequenos debates. A
maioria posta reportagens e textos sobre a área de atuação dos movimentos.
A configuração dos Movimentos Sociais está mudando, como já observado a respeito
do Occupy Wall Street, no entanto, acredito que os educadores têm um papel muito
importante que é parar de ―produzir‖ robôs que sabem somente obedecer e passar a serem
mediadores de uma educação que ensine a pensar.
54
REFERÊNCIAS
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GOHN, Maria da Glória. Teoria dos movimentos sociais: paradigmas clássicos e
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LEINER, Barry M. et al. Breve História de Internet. Disponível em <
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Alegre: Ed. Sulina, 2002.
55
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transferência da informação. Brasília, v. 30, n. 1, p. 71-81, jan./abr. 2001. Disponível em:
< http://www.scielo.br/pdf/%0D/ci/v30n1/a09v30n1.pdf > Acesso em 21 maio de 2012.
MORAES, Dênis. O ativismo digital. Universidade Federal Fluminense, Brasil 2001.
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de setembro de 2009. Disponível em:
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PERUZZO, Cicilia Maria Krohling. Comunidades em tempo de redes. Porto Alegre:
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http://www.ciciliaperuzzo.pro.br/artigos/comunidades_em_tempos_de_redes.pdf > Acesso
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RECUERO, Raquel. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.
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centro de mídia independente. I Seminário Interno do Grupo de Pesquisa em Cibercidades,
FACOM-UFBA. Outubro de 2003. Disponível em:
< http://bocc.ufp.pt/pag/rigitano-eugenia-redes-e-ciberativismo.pdf > Acesso em 30 de maio
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Disponível em:
< http://www.intercom.org.br/papers/regionais/sudeste2008/resumos/R9-0215-1.pdf >
Acesso em 30 de maio
RODRIGUES, A; SILVAL, J. F. M. Ciberativismo: A extensão da militância no espaço
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setembro de 2011. Disponível em:
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56
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v. 34, n. 2, p. 93-104, maio/ago. 2005. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/ci/v34n2/28559.pdf > Acesso em 21 maio de 2012.
57
LISTA DE SITES
Acessados em 28 de outubro de 2012
http://www.mapadaparticipacao.org.br
http://www.adoteumvereadorsp.com.br/
http://arvoresvivas.wordpress.com
http://www.twitter.com/arvoresvivas
http://www.facebook.com/arvoresvivas
http://www.cidadeescolaaprendiz.org.br
http://twitter.com/ceaprendiz
http://www.facebook.com/associacaocidadeescolaaprendiz
http://www.cafeaprendiz.com.br/
http://www.outraspalavras.net/
http://twitter.com/outraspalavrass
http://www.facebook.com/outraspalavras
http://portaldesantana.blogspot.com.br/
http://www.preservasp.org.br/
http://www.flickr.com/groups/preservasp/pool/
http://br.groups.yahoo.com/group/preservasp/
http://twitter.com/preservasp
http://www.facebook.com/preservasp?fref=ts
Acessados em 04 de novembro de 2012
58
http://www.rederua.org.br
http://www.youtube.com/user/RedeRuadeComunicacao
http://www.facebook.com/rederua.org?fref=ts
http://www.saudesemlimites.org.br/oquefazemos
http://www.cpisp.org.br/
http://www.facebook.com/comissao.proindio
http://twitter.com/proindio
http://comissaoproindio.blogspot.com.br/
http://www.conam.org.br/
http://www.portalflm.com.br
http://www.flickr.com/photos/frentedelutapormoradia
http://www.twitter.com/LutaMoradia
http://www.facebook.com/lutamoradia.frentedelutapormoradia
http://www.giv.org.br/giv/reunioes.htm
http://www.facebook.com/pages/GIV-Grupo-de-Incentivo-%C3%A0-
Vida/259788710699286?fref=ts
Acessados em 09 de novembro de 2012
http://www.intervozes.org.br
http://www.facebook.com/intervozes
http://www.mdf.org.br
http://www.idosossolidarios.com.br/
http://www.mpd.org.br/
http://www.facebook.com/MPDemocratico?fref=ts
59
https://twitter.com/mpdemocratico
http://www.movimentopro-autista.blogspot.com.br/
https://www.facebook.com/groups/104726526298376/
http://www.pastoralfp.blogspot.com.br/
http://www.facebook.com/pastoralfp
http://www.pastoralfp.com/
Acessados em 11 de novembro de 2012
http://www.juventudeecologica.blogspot.com.br
http://www.jaraguafm.radio.br/default.php?p=faleconosco.php
http://www.jaraguafm.radio.br
http://www.redemulher.org.br
http://www.spressosp.com.br
http://www.facebook.com/pages/SPressoSP/219966481393891
http://www.facebook.com/teatrosilva
http://teatrosilva.wordpress.com
http://transitionbrasilandiablog.blogspot.com.br/
http://www.facebook.com/transition.brasilandia?fref=ts
http://www.sp.unmp.org.br
Acessados em 22 de novembro de 2012
https://twitter.com/CicloBR
www.ciclobr.org.br
60
http://vimeo.com/ciclobr
http://www.youtube.com/CicloBR
http://twitter.com/ciclocidade
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http://www.facebook.com/GoodNewsBrasil/photos_stream
http://www.facebook.com/groups/170958626306460/
http://www.respirasaopaulo.com.br/
http://www.youtube.com/observatorioeducacao
https://twitter.com/obseducacao
http://www.facebook.com/pages/Observat%C3%B3rio-da-
Educa%C3%A7%C3%A3o/144459215564840
http://www.observatoriodaeducacao.org.br
Acessados em 26 de novembro de 2012
http://www.blog.transporteativo.org.br/
http://www.facebook.com/transporteativo?fref=ts
http://www.ta.org.br/
https://twitter.com/TransporteAtivo
http://www.votenaweb.com.br/
http://www.facebook.com/votenaweb?fref=ts
61
http://twitter.com/votenaweb_
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=96457509