Manut senar

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO MANUTENÇÃO DE TRATORES AGRÍCOLAS “O SENAR-AR/SP está permanentemente empenhado no aprimoramento profissional e na promoção social, destacando-se a saúde do produtor e do trabalhador rural.” FÁBIO MEIRELLES Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

Transcript of Manut senar

  • SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURALADMINISTRAO REGIONAL DO ESTADO DE SO PAULO

    Manuteno de tratores agrcolas

    O SENAR-AR/SP est permanentemente empenhado no aprimoramento profissional e na promoo social, destacando-se a sade

    do produtor e do trabalhador rural.FbIO MEIRELLES

    Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

  • FEDERAO DA AGRICULTURA E PECURIA DO ESTADO DE SO PAULOGesto 2008-2012

    FbIO DE SALLES MEIRELLESPresidente

    SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURALAdministrAo regionAl do estAdo de so PAulo

    Conselho AdministrAtivo

    FbIO DE SALLES MEIRELLESPresidente

    AMAURI ELIAS XAVIERVice-Presidente

    EDUARDO DE MESQUITAVice-Presidente

    JOS CANDOVice-Presidente

    MAURCIO LIMA VERDE GUIMARESVice-Presidente

    LENY PEREIRA SANTANNADiretor 1 Secretrio

    JOS EDUARDO COSCRATO LELISDiretor 2 Secretrio

    ARGEMIRO LEITE FILHODiretor 3 Secretrio

    LUIZ SUTTIDiretor 1 Tesoureiro

    IRINEU DE ANDRADE MONTEIRODiretor 2 Tesoureiro

    ANGELO MUNHOZ bENKODiretor 3 Tesoureiro

    DANIEL KLPPEL CARRARARepresentante da Administrao Central

    bRAZ AGOSTINHO ALbERTINIPresidente da FETAESP

    EDUARDO DE MESQUITARepresentante do Segmento das Classes Produtoras

    AMAURI ELIAS XAVIERRepresentante do Segmento das Classes Produtoras

    MRIO ANTONIO DE MORAES bIRALSuperintendente

    SRGIO PERRONE RIbEIROCoordenador Geral Administrativo e Tcnico

  • SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURALADMINISTRAO REGIONAL DO ESTADO DE SO PAULO

    Manuteno de

    tratores agrcolas

    so Paulo - 2010

  • Federao da agricultura e Pecuria do estado de so Paulo

    IdealIZaoFbio de Salles MeirellesPresidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

    suPerVIso geralJair KaczinskiChefe da Diviso Tcnica do SENAR-AR/SP

    resPonsVel tcnIcoJarbas Mendes da SilvaDiviso Tcnica do SENAR-AR/SP

    Marco Antonio de OliveiraDiviso Tcnica do SENAR-AR/SP

    autoresLuiz Atlio PadovanEngenheiro Agronmo, Mestre em Mquinas Agrcolas

    Hermes Souza dos AnjosTcnico em Mecnica

    Jlio Lorensetti NettoTcnico em Mecnica

    reVIso graMatIcalAndr Pomorski Lorente

    FotosAmauri Bemvindo Maciel

    desenHIstaFabio Nardi Ribeiro

    colaBoradoresFundao Shunji Nishimura de Tecnologia - Pompia/SPNew Agro Mquinas Agrcolas Ltda - Marlia/SP

    dIagraMaoThais Junqueira FrancoDiagramadora do SENAR-AR/SP

    Direitos Autorais: proibida a reproduo total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a expressa e prvia autorizao do SENAR-AR/SP.

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    SUMRIO

    INTRODUO ..............................................................................................................................................9

    MANUTENO DO TRATOR AGRCOLA ..................................................................................................10

    I. CONHECER OS COMPONENTES DOS TRATORES AGRCOLAS DE PNEUS ..............................11

    1. Identifique os componentes dos tratores agrcolas de pneu ............................................................11

    II. CONHECER O FUNCIONAMENTO DO MOTOR ................................................................................12

    1. Identifique os componentes bsicos do motor ..................................................................................12

    2. Conhea o funcionamento do motor .................................................................................................12

    3. Conhea os tipos de alimentao de ar dos motores .......................................................................1

    . Identifique os sistemas complementares do motor ...........................................................................16

    III. CONHECER O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE TRANSMISSO .............................................17

    1. Conhea o funcionamento dos componentes do sistema de transmisso .......................................17

    2. Conhea a classificao dos tratores, quanto ao tipo de rodado de pneu ........................................19

    IV. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA DE ALIMENTAO DE AR DO MOTOR ..........................20

    1. Identifique os componentes do sistema de filtragem de ar a seco ....................................................20

    2. Conhea a funo dos componentes do sistema de alimentao de ar ...........................................21

    3. Conhea o circuito do ar no motor ....................................................................................................23

    . Faa a manuteno do sistema de filtragem de ar a seco ................................................................23

    V. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA DE ALIMENTAO DE COMbUSTVEL DO MOTOR .....26

    1. Identifique os componentes do sistema de alimentao de combustvel do motor ...........................26

    2. Conhea a funo dos componentes do sistema de alimentao de combustvel ...........................27

    3. Conhea o circuito do combustvel no motor .....................................................................................28

    . Faa a manuteno do sistema de alimentao de combustvel ......................................................28

    . Atente para os cuidados na armazenagem do combustvel ..............................................................3

    VI. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA DE LUbRIFICAO DO MOTOR ......................................36

    1. Identifique os componentes do sistema de lubrificao do motor .....................................................36

    2. Conhea a funo dos componentes do sistema de lubrificao ......................................................36

    3. Conhea o circuito do leo lubrificante no motor ...............................................................................38

    . Conhea os tipos e as classificaes de lubrificantes para tratores agrcolas. .................................38

    . Faa a manuteno do sistema de lubrificao do motor .................................................................1

    VII. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA DE ARREFECIMENTO DO MOTOR ..................................44

    1. Identifique os componentes do sistema de arrefecimento do motor .................................................

    2. Conhea a funo dos componentes do sistema de arrefecimento ..................................................

  • Federao da agricultura e Pecuria do estado de so Paulo6

    3. Conhea o circuito do lquido no sistema de arrefecimento ..............................................................

    . Faa a manuteno do sistema de arrefecimento do motor .............................................................6

    . Conhea algumas causas do superaquecimento nos motores dos tratores .....................................9

    VIII. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA DE TRANSMISSO ...........................................................50

    1. Faa a manuteno da embreagem ..................................................................................................0

    2. Faa a manuteno do cmbio, do diferencial e dos redutores ........................................................0

    IX. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA HIDRULICO DO TRATOR ...............................................52

    1. Identifique os elementos que formam o sistema hidrulico do trator .................................................2

    2. Faa a manuteno do sistema hidrulico ........................................................................................3

    3. Atente para os cuidados no manuseio e utilizao do sistema hidrulico de controle remoto ..........

    X. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA DE DIREO .....................................................................55

    1. Identifique os componentes do sistema de direo de acionamento mecnico ................................

    2. Identifique os componentes do sistema de direo de acionamento hidrulico (hidrosttico) ..........

    3. Faa a manuteno nos componentes do sistema de direo de acionamento mecnico...............6

    . Faa a manuteno nos componentes do sistema de direo de acionamento hidrulico...............6

    . Atente para regulagem da convergncia das rodas dianteiras..........................................................6

    XI. FAZER A MANUTENO DO EIXO DIANTEIRO ................................................................................57

    1. Faa a manuteno do eixo dianteiro do trator simples (Trator x2) ................................................7

    2. Faa a manuteno do eixo dianteiro do trator traado (Trator x2 TDA) ........................................8

    XII. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA DE FREIOS .........................................................................61

    1. Conhea as formas de acionamento de freios ..................................................................................61

    2. Faa a manuteno do sistema de freios ..........................................................................................61

    XIII. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA ELTRICO .........................................................................63

    1. Identifique os componentes do sistema eltrico ................................................................................63

    2. Faa a manuteno do sistema eltrico ............................................................................................63

    3. Conhea as formas de ligao de bateria .........................................................................................66

    XIV. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA DE RODADOS ....................................................................67

    1. Conhea a funo dos rodados .........................................................................................................67

    2. Faa a manuteno do sistema de rodados .....................................................................................67

    XV. ENGRAXAR OS PONTOS DE LUbRIFICAO DO TRATOR ...........................................................69

    1. Identifique os pinos graxeiros no trator ..............................................................................................69

    2. Faa a manuteno dos pinos graxeiros ...........................................................................................69

    bIbLIOGRAFIA .............................................................................................................................................71

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    APRESENTAO

    Plante, cultive e colha a Paz

    OSERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - SENAR-AR/SP, criado em 23 de dezembro de 1991, pela Lei n 8.31, e regulamentado em 10 de junho de 1992, como Entidade de personalidade jurdica de direito privado, sem fins lucrativos, teve a Administrao Regional do Estado de So Paulo criada em 21 de maio de 1993.

    Instalado no mesmo prdio da Federao da Agricultura e Pecuria do Estado de So Paulo - FAESP, Edifcio baro de Itapetininga - Casa do Agricultor Fbio de Salles Meirelles, o SENAR-AR/SP tem, como objetivo, organizar, administrar e executar, em todo o Estado de So Paulo, o ensino da Formao Profissional e da Promoo Social Rurais dos trabalhadores e produtores rurais que atuam na produo primria de origem animal e vegetal, na agroindstria, no extrativismo, no apoio e na prestao de servios rurais.

    Atendendo a um de seus principais objetivos, que o de elevar o nvel tcnico, social e econmico do Homem do Campo e, consequentemente, a melhoria das suas condies de vida, o SENAR-AR/SP elaborou esta cartilha com o objetivo de proporcionar, aos trabalhadores e produtores rurais, um aprendizado simples e objetivo das prticas agro-silvo-pastoris e do uso correto das tecnologias mais apropriadas para o aumento da sua produo e produtividade.

    Acreditamos que esta cartilha, alm de ser um recurso de fundamental importncia para os trabalhadores e produtores, ser tambm, sem sombra de dvida, um importante instrumento para o sucesso da aprendizagem a que se prope esta Instituio.

    Fbio de sAlles meirellesPresidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

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    A presente cartilha no tem a pretenso de esgotar o assunto, mas descrever de forma simples as operaes necessrias para o operador executar a manuteno preventiva do trator agrcola com pneus. Aps conhecer todas as partes do trator, o funcionamento do motor e do sistema de transmisso, o operador ir identificar os demais sistemas que fazem parte do trator e, tambm, como realizar a manuteno em todos estes sistemas.

    Pretende ainda, fornecer subsdios que auxiliem este trabalhador a desenvolver seu senso crtico e de observao, contribuir com a preservao da sade e segurana no trabalho, assim como a menor agresso ao meio ambiente.

    INTRODUO

  • Federao da agricultura e Pecuria do estado de so Paulo10

    A manuteno o conjunto de operaes realizadas, visando conservao do trator de forma a mant-lo em condies de uso.

    Quando realizada no perodo certo e de forma correta, a manuteno garante um melhor aproveitamento da mquina e maximiza sua vida til, resultando em operaes com qualidade e menor custo operacional.

    O perodo de manuteno preventiva de tratores agrcolas pode variar de marca para marca, portanto, o manual do operador deve estar sempre mo. No foi considerado aqui quando se fazer a manuteno, e sim como se fazer.

    MANUTENO DO TRATOR AGRCOLA

  • servio NacioNal de aPreNdizagem rural admiNistrao regioNal do estado de so Paulo 11

    O trator agrcola formado por vrios componentes, com funes especficas de transformao e transferncia de energia para sua locomoo e movimentao das mquinas e implementos nele acoplados.

    1. IDENTIFIQUE OS COMPONENTES DOS TRATORES AGRCOLAS DE PNEU

    1. MOTOR

    1.1. Sistema de alimentao de ar

    1.2. Sistema de alimentao de combustvel

    1.3. Sistema de lubrificao

    1.. Sistema de arrefecimento

    2. SISTEMA DE TRANSMISSO

    2.1. Embreagem

    2.2. Cmbio

    2.3. Diferencial

    2.. Redutores traseiros

    3. RODADO

    4. TOMADA DE POTNCIA

    5. EIXO DIANTEIRO

    6. SISTEMA DE DIREO

    7. SISTEMA DE FREIO

    8. SISTEMA HIDRULICO

    9. SISTEMA ELTRICO

    10. bARRA DE TRAO

    11. PAINEL DE INSTRUMENTOS DE CONTROLE

    12. COMANDOS DE OPERAO

    I. CONHECER OS COMPONENTES DOS TRATORES AGRCOLAS DE PNEUS

  • Federao da agricultura e Pecuria do estado de so Paulo12

    O motor o componente do trator responsvel pela transformao da energia dos combustveis em energia mecnica (rotao).

    1. IDENTIFIQUE OS COMPONENTES bSICOS DO MOTOR

    1.1. Identifique as partes fixas

    a) Cabeote

    b) Bloco

    c) Crter

    1.2. Identifique as partes mveis

    a) Pisto ou mbolo

    b) Biela

    c) Virabrequim

    d) Eixo comando de vlvulas

    e) Balancins

    f) Tuchos

    g) Vlvulas

    h) Volante do virabrequim

    2. CONHEA O FUNCIONAMENTO DO MOTOR

    Para ocorrer uma combusto necessrio estar presentes os seguintes elementos: ar, calor e combustvel.

    II. CONHECER O FUNCIONAMENTO DO MOTOR

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    A exploso gerada pela queima do combustvel sob presso na cabea do pisto faz deslocar uma biela ligada ao eixo virabrequim. Essa condio transforma o movimento linear de sobe e desce do pisto em movimento rotativo no virabrequim.

    Quanto ao funcionamento, os motores podem ser de 2 e de tempos, ciclo Otto ou ciclo Diesel. Como os tratores utilizam motores de tempos e de ciclo Diesel, ser focado esse tipo de motor.

    O termo tempos em funo de que o pisto submetido a quatro fases distintas, descritas a seguir:

    1 TEMPO - ADMISSO: O pisto desloca-se do ponto morto superior para o ponto morto inferior com a vlvula de admisso aberta, provocando a entrada de ar no interior do cilindro.

    2 TEMPO - COMPRESSO: A vlvula de admisso fecha-se, o pisto sobe comprimindo o ar no cilindro, aumentando a sua presso e a sua temperatura.

  • Federao da agricultura e Pecuria do estado de so Paulo1

    3. CONHEA OS TIPOS DE ALIMENTAO DE AR DOS MOTORES

    3.1. conhea o sistema aspirado

    Nesse sistema a entrada do ar no cilindro ocorre somente com a presso ambiente (presso atmosfrica).

    3 TEMPO - COMbUSTO: O bico injetor pulveriza o leo diesel no interior do cilindro, este se inflama com o calor do ar comprimido, empurrando o pisto para baixo, gerando rotao.

    4 TEMPO - ESCAPE: A vlvula de escape abre-se, o pisto sobe dentro do cilindro, provocando a sada dos gases residuais da combusto. Aps este tempo, o ciclo se reinicia.

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    3.2. conhea o sistema turbo alimentado

    Nesse sistema, o compressor centrfugo, que movido por uma turbina acionada pelos gases de escape, fora uma maior quantidade de ar para dentro do cilindro, tornando a queima do combustvel mais eficiente.

    Aumentando o volume de ar nos cilindros, possvel injetar mais combustvel, o que leva a um incremento da potncia e do torque, sem diminuir a vida til do motor.

    ATENO!!!

    1. Em tratores turbo-alimentados, d a partida e mantenha em marcha lenta por algum tempo, pois o leo lubrificante demora um pouco para chegar at o

    turbocompressor e pode causar srios danos.

    2. O mesmo vale para desligar o motor. Deixe-o funcionando em marcha lenta por alguns segundos antes de fazer o corte do combustvel.

    3.3. conhea o sistema intercooler

    Alguns motores, alm do turbocompressor, dispem de um sistema complementar, onde o ar resfriado antes de entrar no cilindro, pois, se o ar sofrer diminuio de temperatura, sua densidade aumenta e possvel inserir uma maior quantidade no cilindro.

    Esse sistema chamado de intercooler ou aftercooler e o ar pode ser resfriado de duas formas: ar-ar ou ar-gua.

    No sistema intercooler ar-ar, o ar resfriado com o ar do ventilador.

    No sistema intercooler ar-gua, o ar resfriado pela gua do sistema de arrefecimento.

    Em tratores agrcolas o sistema mais comum o de ar-ar.

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    4. IDENTIFIQUE OS SISTEMAS COMPLEMENTARES DO MOTOR

    O motor o componente do trator que mais requer manuteno preventiva. Para o seu correto funcionamento, o motor possui quatro sistemas:

    Sistema de alimentao de ar

    Sistema de alimentao de combustvel

    Sistema de lubrificao

    Sistema de arrefecimento

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    Sua funo transferir o movimento de rotao do motor para as rodas e para a tomada de potncia.

    1. CONHEA O FUNCIONAMENTO DOS COMPONENTES DO SISTEMA DE TRANSMISSO

    Esse sistema composto por um conjunto de componentes bsicos: embreagem, caixa de cmbio, diferencial e redutores.

    1.1. entenda sistema de embreagem

    O sistema de embreagem um interruptor do movimento do motor para as rodas, possibilitando o incio e o fim do movimento do trator de forma suave e tambm a mudana de marcha.

    Alguns tratores possuem uma segunda embreagem, que tem a funo de interromper o movimento entre o motor e a tomada de potncia, com comando independente ou pedal integrado. Quanto ao seu acionamento, pode ser mecnico ou hidrulico.

    1.2. entenda a caixa de cmbio

    A caixa de cmbio um mecanismo composto por combinaes de engrenagens, que transmite diferentes velocidades e foras s rodas de trao do trator. Tem tambm, como funo, modificar o sentido do movimento (marcha a r) e possibilitar o ponto neutro.

    III. CONHECER O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE TRANSMISSO

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    1.3. entenda o diferencial

    A principal funo do diferencial a de diferenciar a rotao entre as duas rodas motrizes, traseiras ou dianteiras, sob certas circunstncias como curvas e patinagem.

    O diferencial tem tambm as funes de transferir o movimento em ngulo de 90o do pinho para os semi-eixos e aumentar o torque para as rodas atravs da reduo da relao pinho e coroa.

    Incorporado ao diferencial existe o bloqueio, cuja funo eliminar o efeito do diferencial, igualando o giro das rodas, quando uma das rodas perde aderncia com o solo em patinagem.

    ATENO!!!

    Com o bloqueio do diferencial aplicado, o trator desloca-se somente em linha reta.

    1.4. entenda os redutores

    O redutor um conjunto de engrenagens incorporadas aos eixos traseiros ou trao dianteira auxiliar, cuja funo diminuir a rotao das rodas, aumentar o torque e amortecer os impactos sofridos pelas rodas, evitando danos ao diferencial e caixa de cmbio.

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    2. CONHEA A CLASSIFICAO DOS TRATORES, QUANTO AO TIPO DE TRAO DE PNEU

    De acordo com o tipo de rodado de pneu, o trator pode ser classificado em:

    2.1. trator 4x2 (trao simples)

    Possui rodas, sendo as duas traseiras de trao e as duas dianteiras, menores, apenas com finalidade direcional.

    2.2. trator 4x2 tda (trao dianteira auxiliar) traado

    Este trator possui as rodas dianteiras menores que as traseiras. Alm de possuir funo direcional, as rodas dianteiras so providas de trao, sendo ento denominado de trator traado

    Quando acionada a TDA, a velocidade do rodado dianteiro tem um avano de aproximadamente % em relao traseira.

    2.3. trator 4x4

    Possui todas as rodas do mesmo tamanho , p rov idas de t rao permanentes, com velocidade igual nos dois eixos.

  • Federao da agricultura e Pecuria do estado de so Paulo20

    O trator agrcola trabalha sob condies muito severas de poeira ou outros abrasivos e aspira esse ar diretamente do ambiente em que se encontra. Por isso importante que se tenha um eficiente sistema de filtragem de ar.

    Existem trs sistemas de filtragem de ar em tratores agrcolas:

    1. Sistema de filtragem de ar a seco ou de papel (utilizado nos tratores fabricados atualmente)

    2. Sistema de filtragem de ar a banho de leo

    3. Sistema de filtragem de ar conjugado ou misto

    Os tratores fabricados atualmente s utilizam o sistema de filtragem de ar de papel, portanto, ser abordado apenas este tipo.

    A manuteno do sistema de filtragem do ar essencial para obter a quantidade e a qualidade de ar suficiente, aumentando o desempenho e a vida til do motor.

    1. IDENTIFIQUE OS COMPONENTES DO SISTEMA DE FILTRAGEM DE AR A SECO

    O sistema de filtragem de ar a seco contm os seguintes componentes:

    Pr-purificador

    Carcaa ou corpo

    Ciclonizador

    Elemento filtrante primrio ou principal

    Elemento filtrante secundrio ou de segurana

    IV. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA DE ALIMENTAO DE AR DO MOTOR

  • servio NacioNal de aPreNdizagem rural admiNistrao regioNal do estado de so Paulo 21

    Vlvula de descarga ou ejetor de poeira

    Indicador de restrio

    Condutor de admisso

    2. CONHEA A FUNO DOS COMPONENTES DO SISTEMA DE ALIMENTAO DE AR

    2.1. entenda o pr-purificador

    Alguns modelos de tratores dispem de pr-purificador externo carcaa do filtro, com a funo de reter as impurezas maiores, por centrifugao.

    Outros modelos fazem a pr-purificao diretamente na carcaa do filtro, onde o ar passa pelo ciclonizador, sofrendo uma centrifugao e eliminando as partculas mais pesadas pela vlvula de descarga ou pelo ejetor de poeira atravs do escapamento.

  • Federao da agricultura e Pecuria do estado de so Paulo22

    2.2. entenda o elemento filtrante principal

    O elemento filtrante principal constitudo de papel poroso e sanfonado e responsvel pela reteno da maior parte das partculas contidas no ar admitido.

    2.3. entenda o elemento filtrante de segurana

    O elemento filtrante de segurana constitudo de feltro e tem a funo de impedir a passagem das impurezas que no foram retidas pelo elemento filtrante primrio.

    2.4. entenda o indicador de restrio

    O indicador de restrio do filtro de ar, localizado no painel do trator, tem a funo de indicar quando deve ser feita a limpeza ou a troca do elemento filtrante primrio.

    Funciona atravs do vcuo gerado no condutor de admisso, quando o elemento primrio est muito sujo, ocorrendo uma restrio passagem do ar.

    luz do indicador

  • servio NacioNal de aPreNdizagem rural admiNistrao regioNal do estado de so Paulo 23

    ATENO!!!

    1. Outras referncias que indicam a necessidade de limpeza ou troca do elemento filtrante primrio so:

    Fumaa preta no escapamento

    Perda de potncia

    Elevao da temperatura do motor

    2. Caso a luz do indicador de restrio acenda, no h necessidade de parada imediata do trator, podendo ainda trabalhar por algum

    tempo, porm com constante observao da cor (preta) da fumaa do escapamento, da temperatura do motor e da perda de potncia.

    3. CONHEA O CIRCUITO DO AR NO MOTOR

    O ar atmosfrico entra pelo pr-purificador, passa pelo elemento filtrante primrio e depois pelo elemento filtrante secundrio. Ento, j limpo, o ar conduzido para os cilindros do motor.

    4. FAA A MANUTENO DO SISTEMA DE FILTRAGEM DE AR A SECO

    O elemento filtrante principal pode ou no sofrer limpeza, dependendo da marca e modelo do trator. Caso o trator possua filtro descartvel, este dever ser substitudo na ocasio em que o indicador acusar restrio. Quando o filtro precisar de limpeza, proceda conforme abaixo.

    4.1. Faa a limpeza do elemento filtrante principal

    .1.1. Retire o elemento filtrante primrio.

    .1.2. Limpe-o batendo com as mos, para retirar a sujeira mais grossa.

    .1.3. Aplique jatos de ar comprimido no sentido de dentro para fora.

  • Federao da agricultura e Pecuria do estado de so Paulo2

    ATENO!!!

    1. Presso mxima do compressor: 70 lbf/pol2.

    2. Para limpeza, utilize somente ar comprimido de boa qualidade, pois gases de escapamento so prejudiciais para o elemento filtrante.

    .1.. Verifique o estado do elemento filtrante.

    .1.. Introduza uma lmpada ou lanterna acesa para verificar a existncia de furos ou rasgos.

    .1.6. Limpe o ciclonizador.

    .1.7. Faa a limpeza no interior da carcaa.

    .1.8. Monte os componentes.

    Recoloque e fixe o elemento filtrante, apertando-o suficientemente de maneira a vedar a entrada de p, porm com cuidado para no danific-lo.

    O nmero de operaes de limpeza que o elemento filtrante principal poder receber varia de acordo com a recomendao do fabricante.

    ATENO!!!

    A limpeza em excesso do elemento filtrante principal diminui a qualidade de filtragem, uma vez que o p impregnado no papel do

    elemento filtrante aumenta essa eficincia.

    4.2. Faa o teste do funcionamento do indicador de restrio

    Verifique se a luz do indicador de restrio est funcionando corretamente, ligando a chave de ignio sem dar a partida. A lmpada dever acender.

    acesa

    apagada

  • servio NacioNal de aPreNdizagem rural admiNistrao regioNal do estado de so Paulo 2

    Para testar o funcionamento do indicador de restrio do filtro de ar, funcione o motor em rotao mediana e, com auxlio de outra pessoa, obstrua parcialmente a entrada do ar.

    ATENO!!!

    observe se a lmpada acende. caso no acenda, procure um profissional da rea. Faa estes testes

    periodicamente.

    4.3. efetue a manuteno do elemento filtrante secundrio ou de segurana

    O elemento de segurana no deve ser submetido limpeza. A sua manuteno a troca, que deve ser feita conforme as recomendaes contidas no manual do operador.

    ATENO!!!

    Inspecione periodicamente as borrachas de vedao, mangueiras e abraadeiras do sistema de alimentao, evitando a entrada de poeira.

  • Federao da agricultura e Pecuria do estado de so Paulo26

    O combustvel deve chegar na cmara de combusto com boa qualidade, por isso o sistema de alimentao de combustvel deve realizar filtragens, separao de gua ou de quaisquer outras impurezas.

    1. IDENTIFIQUE OS COMPONENTES DO SISTEMA DE ALIMENTAO DE COMbUSTVEL DO MOTOR

    O sistema de alimentao de combustvel contm os seguintes componentes:

    Tanque de combustvel - Tampa - Torneira

    Copo sedimentador de gua

    Bomba alimentadora

    Filtro(s) de combustvel

    Bomba injetora

    Bico injetor

    Tubulaes: baixa presso - alta presso - retorno

    V. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA DE ALIMENTAO DE COMbUSTVEL DO MOTOR

  • servio NacioNal de aPreNdizagem rural admiNistrao regioNal do estado de so Paulo 27

    2. CONHEA A FUNO DOS COMPONENTES DO SISTEMA DE ALIMENTAO DE COMbUSTVEL

    2.1. entenda o tanque de combustvel

    O tanque deve armazenar combustvel para uma autonomia mnima de 10 horas de trabalho. O tanque possui um respiro que permite a entrada de ar, compensa o volume de combustvel consumido e controla a presso provocada por diferenas de temperatura.

    Tanques localizados acima ou no nvel do motor possuem torneira na sada do combustvel, que utilizada quando se faz reparos, limpeza ou troca dos elementos.

    2.2. entenda o copo sedimentador

    O copo sedimentador est situado na linha de suco do combustvel e tem a funo de separar a gua e impurezas mais pesadas.

    2.3. entenda a bomba alimentadora

    A bomba alimentadora tem a funo de elevar a presso para que o diesel passe pelo filtro e chegue com volume suficiente na bomba injetora. Serve tambm para fazer a sangria quando acionada manualmente.

    2.4. entenda o filtro de combustvel

    O filtro constitudo de papel poroso ou feltro, por onde passa o combustvel, sua funo reter as impurezas.

    2.5. entenda a bomba injetora

    A bomba injetora tem a funo de gerar uma vazo de combustvel capaz de abrir os bicos injetores, quando solicitados. A dosagem de combustvel feita pela abertura de alimentao, atravs do acelerador.

    2.6. entenda o bico injetor

    O bico injetor tem a funo de injetar o combustvel de forma atomizada na cmara de combusto, a fim de homogeneizar com o oxignio e produzir a queima da mistura.

    2.7. entenda os tubos de retorno

    O tubo de retorno conduz a sobra do combustvel dos injetores para o tanque. Esta sobra tem a funo de fazer a lubrificao, resfriamento e limpeza nos injetores.

  • Federao da agricultura e Pecuria do estado de so Paulo28

    3. CONHEA O CIRCUITO DO COMbUSTVEL NO MOTOR

    O combustvel sai do tanque, passa inicialmente pelo sedimentador e succionado pela bomba alimentadora; depois, sob mdia presso, passa pelo(s) filtro(s) e chega bomba injetora, que gera uma vazo de combustvel abrindo os bicos injetores. Estes pulverizam o leo diesel, em alta presso, na cmara de combusto.

    4. FAA A MANUTENO DO SISTEMA DE ALIMENTAO DE COMbUSTVEL

    A correta manuteno desse sistema garante um combustvel livre de impureza fsica, contribuindo para o timo desempenho do motor, e aumentando a vida til dos componentes.

    O perodo para realizao dessa manuteno dever ser conforme recomendado no manual do operador.

    PRECAUO!!!

    Durante esta operao, utilize o EPI adequado.

    4.1. Faa a manuteno do tanque de combustvel

    Ao abastecer, faa a limpeza do bocal do tanque antes de abrir a tampa. Verifique o estado da borracha de vedao da tampa do tanque e, caso esteja danificada, substitua-a por uma nova.

    ATENO!!!

    Utilizar pano que no deixe fiapos.

    Periodicamente verifique a limpeza do respiro do tanque.

    ATENO!!!

    O abastecimento do tanque deve ser feito sempre aps a jornada diria. Isso evita a condensao da gua que ocupa o tanque. Se

    abastecido, o volume de ar expulso pelo bocal.

  • servio NacioNal de aPreNdizagem rural admiNistrao regioNal do estado de so Paulo 29

    PRECAUO!!!

    No fumar ou provocar fascas durante esta operao, para evitar riscos de incndio ou exploso.

    4.2. Faa a manuteno do copo sedimentador

    O copo sedimentador possui uma manuteno de drenagem e uma de limpeza.

    .2.1. Drene o copo sedimentador.

    Esta operao feita diariamente, abrindo-se o bujo de drenagem localizado na parte inferior do copo. Deixe escorrer a gua e/ou impurezas at que saia leo limpo e feche novamente.

    ALERTA ECOLGICO!!!

    Descarte o leo em local apropriado, evitando contaminar o meio ambiente.

    .2.2. Faa limpeza do copo sedimentador.

    No mesmo perodo da troca do(s) filtro(s) de combustvel, faa a limpeza do sedimentador, procedendo da seguinte forma:

    a) Feche a torneira do tanque, se for o caso.

    b) Remova os componentes do filtro sedimentador.

    copo sedimentador

  • Federao da agricultura e Pecuria do estado de so Paulo30

    c) Lave todos os componentes com leo diesel. d) Monte os componentes do copo sedimentador.

    ATENO!!!

    Evitar aperto exagerado do parafuso, pois poder causar danos no copo que, em alguns casos, de vidro.

    Em alguns casos, os sedimentadores so descartveis, rosqueados manualmente, e devem ser substitudos de acordo com a recomendao do fabricante.

    ATENO!!!

    O leo diesel retirado do copo sedimentador pode ser utilizado na limpeza de componentes.

    ALERTA ECOLGICO!!!

    Descarte o leo diesel sujo em local apropriado, evitando contaminar o meio ambiente.

    4.3. Faa a manuteno da bomba alimentadora

    Existem dois tipos de bombas alimentadoras: as de pisto e as de diafragma.

  • servio NacioNal de aPreNdizagem rural admiNistrao regioNal do estado de so Paulo 31

    .3.1. Faa a limpeza peridica do filtro de tela da bomba alimentadora.

    Algumas bombas alimentadoras possuem um filtro de tela, que deve ser limpo periodicamente. Limpe da seguinte forma:

    a) Solte o parafuso localizado na entrada da bomba. b) Retire a tela.

    c) Lave com leo diesel ou sopre com ar comprimido.

    d) Monte novamente a tela na bomba alimentadora.

    4.4. troque o(s) filtro(s) de combustvel

    Existem vrios modelos de filtro de combustvel, alguns descartveis. Para a sua utilizao, basta encaix-los ou rosque-los manualmente.

    Normalmente a troca do(s) filtro(s) de leo diesel feita conjuntamente com a troca de leo do motor, porm deve-se consultar o manual do operador. Troque da seguinte forma:

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    ..1. Feche a torneira do tanque, se for o caso.

    ..2. Remova os componentes.

    ..3. Lave os componentes com leo diesel. ... Monte os componentes do(s) filtro(s) novo(s).

    ATENO!!!

    Ateno: Utilize as vedaes de borracha que acompanham as embalagens.

    ... Faa a sangria do copo sedimentador e do filtro do leo diesel.

    ATENO!!!

    Faa a sangria conforme recomendado no manual do operador.

    O leo diesel retirado do filtro pode ser utilizado na limpeza de componentes.

  • servio NacioNal de aPreNdizagem rural admiNistrao regioNal do estado de so Paulo 33

    ALERTA ECOLGICO!!!

    Descarte o leo diesel sujo e o filtro usado, em local apropriado, evitando contaminar o meio ambiente.

    4.5. Faa a manuteno da bomba injetora

    Existem dois tipos de bombas injetoras que equipam os motores diesel: rotativa e de pisto.

    Na bomba rotativa, a lubrificao feita pelo prprio leo diesel.

    Na bomba de pisto ou em linha, em alguns modelos, a lubrificao feita diretamente pelo leo lubrificante do motor. Em outros modelos, a lubrificao feita em reservatrio existente na prpria bomba injetora.

    4.6. Faa a troca do leo da bomba injetora de pisto

    O intervalo dessa manuteno e o leo a ser utilizado na bomba injetora so o mesmo do motor.

    Troque o leo da bomba injetora da seguinte forma:

    .6.1. Remova o bujo de enchimento. .6.2. Retire o bujo de nvel.

    bomba injetora rotativa bomba injetora de pisto

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    .6.3. Abastea com leo.

    ATENO!!!

    Coloque leo novo at sair todo leo sujo pelo bujo de nvel.

    .6.. Recoloque o bujo de nvel.

    .6.. Recoloque o bujo de enchimento.

    ATENO!!!

    Ao recolocar o bujo de nvel, aperte moderadamente para no danificar a rosca.

    4.7. atente para a importncia da manuteno dos bicos injetores

    A manuteno a ser feita no bico injetor para garantir a qualidade da pulverizao, a estanqueidade e a presso adequada. O intervalo dessa manuteno segue de acordo com as recomendaes do fabricante.

    Esta operao deve ser feita por profissionais treinados, em local e com equipamentos apropriados.

    bujo de nvel do leo

    entrada do leo

  • servio NacioNal de aPreNdizagem rural admiNistrao regioNal do estado de so Paulo 3

    4.8. conhea as causas que provocam a entrada de ar no sistema de alimentao de combustvel

    O sistema de combustvel deve funcionar apenas com leo diesel. Qualquer entrada de ar no circuito do diesel provoca a parada do motor. Neste caso, deve-se reparar a causa da entrada de ar e fazer a sangria do sistema. As causas mais frequentes de entrada de ar so:

    Falta de combustvel no tanque

    Tubo de alimentao furado ou obstrudo

    Filtro de combustvel obstrudo

    Respiro do tanque obstrudo

    Conexes do tubo de alimentao frouxas

    Tela filtrante da bomba alimentadora obstruda

    Vlvula solenoide da bomba injetora com defeito

    ATENO!!!

    Faa a sangria conforme recomendado no manual do operador.

    5. ATENTE PARA OS CUIDADOS NA ARMAZENAGEM DO COMbUSTVEL

    A armazenagem do leo diesel deve ser feita de modo a garantir suas qualidades qumicas e a preservao do meio ambiente.

    O tanque de armazenagem deve ser protegido de intempries e inclinado para decantao da gua originada da condensao do ar.

    Ao proceder recarga do tanque, faa limpeza prvia para evitar contaminaes com gua e resduos de leo velho.

  • Federao da agricultura e Pecuria do estado de so Paulo36

    O sistema de lubrificao tem com funo levar o lubrificante de forma forada por uma bomba para o interpor nas partes mveis do motor.

    1. IDENTIFIQUE OS COMPONENTES DO SISTEMA DE LUbRIFICAO DO MOTOR

    O sistema de lubrificao do motor contm:

    Crter

    Bomba de leo - vlvula de alvio

    Filtro - vlvula de desvio

    Galerias de lubrificao

    Manmetro

    Respiro do motor

    2. CONHEA A FUNO DOS COMPONENTES DO SISTEMA DE LUbRIFICAO

    2.1. entenda o crter

    O crter o reservatrio de leo lubrificante localizado na parte inferior do motor.

    2.2. entenda a bomba de leo

    A bomba de leo serve para succionar o lubrificante do crter, bombeando-o para as galerias. O volume bombeado proporcional rotao do motor e a presso mxima limitada por uma vlvula de alvio.

    2.3. entenda o filtro de leo

    O filtro do leo lubrificante localizado no circuito logo aps a bomba, constitudo de papel poroso que impede a passagem das partculas abrasivas contidas no leo.

    Incorporado ao filtro, existe uma vlvula de segurana que permite o desvio do fluxo de leo, no caso de aumento da presso causada pelo entupimento do filtro ou em casos de ocorrncia de baixas temperaturas.

    VI. FAZER A MANUTENO DO SISTEMADE LUbRIFICAO DO MOTOR

    vlvula de segurana

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    2.4. entenda as galerias de lubrificao

    As galerias internas so cavidades por onde passa o lubrificante, que distribuido para os pontos de lubrificao.

    2.5. entenda o manmetro

    O manmetro marca a presso de lubrificao, indicando-a no painel atravs de uma luz ou de um mostrador em escala.

    ATENO!!!

    Caso a luz de leo acenda ou o mostrador indique baixa presso, pare imediatamente o trator e desligue o motor para verificaes.

    2.6. entenda o respiro do motor

    O respiro do motor tem a funo de controlar a presso dos gases entre o ambiente interno e externo do motor.

    acesaapagada

    manmetro com graduao manmetro de faixas

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    3. CONHEA O CIRCUITO DO LEO LUbRIFICANTE NO MOTOR

    O leo succionado do crter pela bomba de leo, passa por uma tela metlica e segue com presso controlada pela vlvula de alvio, at o filtro de leo. Mais limpo, segue por uma rede de galerias, lubrificando de forma forada todas as partes internas do motor, retornando ao crter por gravidade.

    4. CONHEA OS TIPOS E AS CLASSIFICAES DE LUbRIFICANTES PARA TRATORES AGRCOLAS

    4.1. entenda a funo do lubrificante

    O leo lubrificante tem a funo de:

    Reduzir o atrito e o desgaste dos componentes

    Diminuir o aquecimento dos componentes em contato

    Reduzir o efeito da corroso sobre os componentes lubrificados

    Melhorar a vedao de compartimentos

    Amortecer choques e reduzir rudo

    Auxiliar a limpeza das superfcies lubrificadas

    Vedar o espao entre a parede do cilindro e dos anis de segmento do pisto

    4.2. conhea as classificaes dos lubrificantes

    As classificaes mais comuns e utilizadas no Brasil so:

    SAE (Society of Automotive Engineers Sociedade dos Engenheiros Automotivos)

    API (American Petroleum Institute Instituto Americano do Petrleo)

    NLGI (National Lubricant Grease Institute Instituto Nacional de Graxas Lubrificantes)

    .2.1. Entenda a classificao SAE dos leos lubrificantes.

    A classificao SAE baseia-se na viscosidade, que a resistncia que um fluido apresenta ao escoamento a uma dada temperatura e condio de presso.

    Os leos lubrificantes segundo a classificao SAE podem ser: monoviscoso e multiviscoso.

    O leo monoviscoso representado pela sigla da norma SAE seguida por um nmero, sendo que, quanto maior for esse nmero, maior ser a viscosidade. Exemplo: SAE 30, SAE 0, SAE 90, etc.

  • servio NacioNal de aPreNdizagem rural admiNistrao regioNal do estado de so Paulo 39

    O leo multiviscoso representado pela sigla SAE, seguida de dois nmeros, sendo o primeiro acompanhado pela letra W, indicando o intervalo de viscosidade. Exemplo: 1W-0, 20W-0, 8W-10, etc.

    A letra W (inicial de winter = inverno, em ingls) designa leos especiais para trabalhos a baixas temperaturas.

    Os leos multiviscosos so os mais recomendados para motores, em razo de menor variao da viscosidade com a alterao da temperatura, melhorando o processo de lubrificao. Para motores diesel, o leo multiviscoso mais recomendado o SAE 1W- 0.

    .2.2. Entenda a classificao API dos leos lubrificantes.

    A classificao API indica onde o leo lubrificante vai ser utilizado e o seu grau de qualidade.

    Para motores de ciclo Otto designada a letra S (Spark plug = vela de ignio).

    Para motores de ciclo Diesel designada a letra C (Compression = compresso).

    Para as transmisses designada a sigla GL (Gear Lubricant = Lubrificante para engrenagens).

    CLASSIFICAO SAE PARA LEOS LUbRIFICANTES

    LEO PARA MOTORES LEO PARA TRANSMISSO (ENGRENAGENS)0 W 70 W

    W 7 W

    10 W 80 W

    1 W 8W

    20 W 80

    2 W 90

    20 10

    30 20

    0

    0

    60

    CLASSIFICAO API PARA LEOS LUbRIFICANTES

    leo para motores de Ciclo Otto

    (Gasolina, lcool, etc.)

    leo para motores de Ciclo Diesel

    (leo Diesel, biodiesel)

    leo para Transmisso(Engrenagens)

    SA Obsoleto CA Obsoleto GL 1 ObsoletoSB Obsoleto CB Obsoleto GL 2 ObsoletoSC Obsoleto CC Em Vigor GL 3 ObsoletoSD Obsoleto CD Em Vigor GL Em VigorSE Em Vigor CE Em Vigor GL Em VigorSF Em Vigor CF Em VigorSG Em Vigor CG- - CF- Em VigorSH Em Vigor CH- Em VigorSJ Em Vigor CI- Em VigorSL Em Vigor CJ- Em VigorSM Em Vigor

  • Federao da agricultura e Pecuria do estado de so Paulo0

    .2.3. Entenda a classificao dos leos multifuncionais.

    leo multifuncional um lubrificante para trator dotado de freio mido conjugado com o sistema de transmisso (hidrulico, cmbio, diferencial e redutores).

    .2.. Entenda as graxas lubrificantes.

    Graxas so lubrificantes pastosos, compostos por um leo mineral liquido e um espessante (sabo metlico), que oferece uma consistncia semelhante ao gel para manter o lubrificante lquido no lugar. Por isso so classificadas pela consistncia e pelo tipo de sabo.

    Consistncia a resistncia oferecida por uma graxa sua penetrao e classificada pelo NGLI em: 000, 00, 0, 1, 2, 3, , e 6. Quanto maior o nmero, mais consistente a graxa.

    De acordo com o sabo utilizado, as graxas podem ser base de clcio, sdio, alumnio, ltio, etc.

    Outra propriedade importante da graxa o ponto de gota, que indica a temperatura em que a graxa passa do estado slido ou semi-slido para o estado lquido. Na prtica, esta medida serve como orientao da temperatura mxima em que a graxa pode ser submetida durante o trabalho.

    A graxa de uso agrcola mais recomendada a de consistncia nmero 2, de sabo de ltio, que rene as caractersticas desejveis como resistncia umidade, poeira, variaes de temperatura e altas rotaes.

    4.3. atente para a utilizao dos lubrificantes para sistemas hidrulicos

    O sistema ISO/ASTM se aplica apenas aos lubrificantes fluidos para sistemas hidrulicos. Ex: ISO VG 68

    Alguns modelos de tratores agrcolas utilizam este lubrificante no sistema hidrulico, enquanto outros utilizam o leo multifuncional (hidrulico e transmisso). Portanto, fundamental que se observe o acoplamento de implemento a diferentes marcas e modelos de tratores, para evitar misturas de leos lubrificantes.

    LEOS MULTIFUNCIONAIS

    Fabricante Nome comercial Classificao SAE/API

    Bardahl Agro HGO 10W-30 / GL-

    Castrol AS Especial - Agricastrol 10W-30 / GL-

    Fiat Tutela AF 87 e Multi F 10W-30 / GL-

    Ipiranga ISA Fludo 33 HD 10W-30 / GL-

    John Deere Hy Gard 10W-30 / GL-

    Mobil S - 99 e MOBIL 2 10W-30 / GL-

    New Holland Ambra Multi G 10W-30 / GL-

    Petrobras Lubrax THF 11 30 / GL-

    Shell WBF 100 10W-30 / GL-

    Texaco TDH Oil 10W-30 / GL-

    CASE IH Hy-Tran 10W-30 / GL-

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    5. FAA A MANUTENO DO SISTEMA DE LUbRIFICAO DO MOTOR

    A manuteno do sistema de lubrificao de fundamental importncia para prolongar a vida til do motor.

    5.1. Verifique, diariamente, o nvel de leo do motor

    Antes da primeira partida no motor, verifique o nvel de leo que deve estar entre o mnimo e o mximo indicados na vareta. Para isso, o trator deve estar em local plano. Se necessrio, complete.

    5.2. Faa a troca de leo do motor

    A especificao do leo e o intervalo de troca devem ser consultados no manual do operador.

    PRECAUO!!!

    Durante esta operao, utilize o EPI apropriado.

    .2.1. Coloque o trator em local plano.

    .2.2. Limpe externamente o bujo do crter, o bocal de enchimento e o filtro.

    ATENO!!!

    Utilize panos limpos.

    .2.3. Remova o bujo do crter.

    mximo

    mnimo

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    .2.. Retire a tampa do bocal de abastecimento.

    ATENO!!!

    O motor deve ser aquecido para facilitar o escoamento do leo.

    Utilize a chave adequada e o vasilhame especfico, para a drenagem do leo.

    ALERTA ECOLGICO!!!

    O leo lubrificante usado reciclvel e deve ser estocado em tambores com tampa, para no contaminar o meio ambiente.

    .2.. Retire o filtro do leo do motor.

    Usando as mos ou uma ferramenta adequada, retire o filtro e recolha o leo em vasilhame.

    ATENO!!!

    Sempre que trocar o leo do motor, substitua, tambm, o filtro.

    ALERTA ECOLGICO!!!

    O filtro lubrificante usado pode ser estocado, para ser enviado para reciclagem.

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    .2.6 Coloque o filtro novo.

    Ao colocar o filtro novo, unte com leo a guarnio de borracha e aperte-o apenas com as mos.

    .2.7. Recoloque o bujo do crter.

    Verifique se o anel de vedao metlico do bujo est em perfeitas condies. Caso necessrio, troque-o.

    .2.8. Faa o abastecimento do crter do motor com leo novo.

    Coloque o leo pelo bocal de enchimento e confira o nvel pela vareta, que dever estar na marca mxima.

    ATENO!!!

    1. A capacidade de leo indicada no manual do operador.

    2. O funil de abastecimento deve estar limpo.

    .2.9. Coloque a tampa do bocal de abastecimento de leo e limpe possveis respingos.

    .2.10. Ligue o motor em marcha lenta, observando o indicador de presso.

    Esse procedimento para que ocorra o enchimento do filtro e galerias. Aps isto, confira novamente o nvel e se no h vazamentos.

    5.3. Faa a limpeza do respiro do motor

    Em alguns motores o respiro pode ser retirado para limpeza da tela filtrante. Essa limpeza deve ser feita com leo diesel ou jatos de ar comprimido.

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    VII. FAZER A MANUTENO DO SISTEMADE ARREFECIMENTO DO MOTOR

    O sistema de arrefecimento tem como funo manter o motor no intervalo de temperatura adequada, pois a queima do combustvel e o atrito das peas em movimento geram calor.

    Os motores dos tratores agrcolas podem ser arrefecidos por sistema gua ou a ar. Aqui, ser abordado o sistema de arrefecimento gua.

    1. IDENTIFIQUE OS COMPONENTES DO SISTEMA DE ARREFECIMENTO DO MOTOR

    O sistema de arrefecimento contm os seguintes componentes:

    Radiador

    Tampa do radiador

    Mangueiras condutoras

    Bomba dgua

    Ventilador e correia

    Galerias internas do motor

    Vlvula termosttica

    Termmetro

    Grade protetora e/ou tela frontal do radiador

    2. C O N H E A A F U N O D O S C O M P O N E N T E S D O S I S T E M A D E ARREFECIMENTO

    2.1. entenda o radiador

    O radiador um trocador de calor do lquido aquecido pelo motor e o ar ambiente gerado pelo ventilador.

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    2.2. entenda a tampa do radiador

    A tampa do radiador tem uma vlvula de presso e uma de descompresso. A pressurizao do sistema de arrefecimento tem funo de retardar o ponto de ebulio do lquido, prevenindo a perda do lquido por evaporao, e evitar o fenmeno da cavitao.

    2.3. entenda a bomba dgua

    A bomba dgua faz com que o lquido de arrefecimento circule dentro do sistema.

    2.4. entenda a vlvula termosttica

    A vlvula termosttica controla o fluxo dgua entre o motor e o radiador, provocando um aquecimento rpido e controlando a temperatura adequada de funcionamento.

    ATENO!!!

    A vlvula termosttica deve ser substituda quando apresentar defeito.

    2.5. entenda o termmetro

    O termmetro um medidor de temperatura do lquido de arrefecimento localizado no ponto de maior calor no motor, indicando no painel atravs de luz ou medidor, que mostra a faixa ideal de temperatura de funcionamento do sistema.

    3. CONHEA O CIRCUITO DO LQUIDO NO SISTEMA DE ARREFECIMENTO

    A bomba dgua succiona o lquido pela mangueira inferior do radiador, forando-o para as galerias do motor retirando o calor. O lquido aquecido retorna para a parte superior do radiador. Ao descer pelas canaletas do radiador, o lquido resfriado pela corrente de ar que passa pelas colmias. Esta corrente de ar aspirada pelo ventilador montado no eixo da bomba.

    indicador de temperatura

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    Quando o motor est frio, a vlvula termosttica est fechada, fazendo com que o lquido circule somente entre o bloco do motor e a bomba dgua, provocando um aquecimento rpido.

    4. FAA A MANUTENO DO SISTEMA DE ARREFECIMENTO DO MOTOR

    A manuteno do sistema de arrefecimento fundamental na durabilidade e bom funcionamento do motor.

    O lquido de arrefecimento composto por gua e aditivo, e tal proporo deve ser feita conforme recomendao do fabricante. As funes do aditivo para radiadores so:

    Inibir o processo de oxidao dos componentes

    Diminuir o ponto de congelamento da gua

    Retardar o ponto de ebulio da gua

    4.1. Verifique, diariamente, o nvel do lquido de arrefecimento

    Antes de dar a partida no motor, verifique o nvel do lquido de arrefecimento no radiador ou no reservatrio de expanso.

    No radiador coloque o lquido at cobrir as colmias.

    Alguns tratores possuem um reservatrio de expanso, onde h a indicao de nvel mnimo e mximo do lquido.

    vlvula termosttica fechada vlvula termosttica aberta

  • servio NacioNal de aPreNdizagem rural admiNistrao regioNal do estado de so Paulo 7

    4.2. Inspecione a tampa do radiador

    Periodicamente, faa uma inspeo na tampa do radiador, nos seguintes itens:

    Estado de funcionamento Estado de funcionamento Condies da da vlvula de presso da vlvula de descompresso vedao de borracha

    Encaixe da tampa no bocal do radiador

    Medida de presso da vlvula

    Toda tampa de radiador tem especificaes de presso, adequadas s marcas e modelos de tratores, que vm indicadas no manual do operador.

    Se a tampa apresentar problemas em alguns destes componentes, faa a sua reposio.

    4.3. confira a tenso da correia do ventilador do radiador

    Com o passar do tempo a correia sofre variaes de tenso, afrouxando-se, o que pode provocar patinagens entre a correia e as polias.

    Tenso excessiva provoca desgaste prematuro da correia e dos rolamentos da bomba dgua e/ou do alternador.

    O ponto de medio da folga da correia deve ser entre as polias do motor e bomba dgua.

    A medida da folga e o procedimento de regulagem devem ser consultados no manual do operador.

    (7) presso em lbf/pol2

    (13) presso em lbf/pol2

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    4.4. Faa a troca do lquido de arrefecimento

    PRECAUO!!!

    Faa esta operao somente com motor frio, evitando o risco de queimadura.

    ..1. Drene o lquido de arrefecimento do radiador.

    Desaperte a abraadeira e retire a mangueira de sada do radiador. Retire a tampa do radiador para facilitar o escoamento do lquido.

    ..2. Drene o lquido de arrefecimento do bloco do motor.

    Retire o bujo de dreno do bloco para escoamento. Consulte o manual do operador quanto localizao do bujo de drenagem.

    ..3. Limpe o sistema de arrefecimento.

    Recoloque a mangueira de sada do radiador e o bujo do bloco do motor. Encha o sistema com gua e drene novamente. Repita essa operao at que a gua saia limpa.

    ... Reabastea o sistema de arrefecimento.

    Recoloque a mangueira de sada do radiador e o bujo do bloco do motor. Reabastea com o lquido de arrefecimento (gua+aditivo) lentamente para ocorrer a sada de ar.

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    4.5. Faa a limpeza externa da colmeia do radiador

    Durante a operao do trator, poder ocorrer obstruo das colmeias do radiador devido ao acmulo de impurezas, diminuindo a passagem de ar, causando o superaquecimento.

    A limpeza poder ser feita com uma escova macia. Pode ser feita ainda com jatos de ar comprimido ou jatos de gua com pouca presso para no danificar as aletas de ventilao.

    Ao lavar ou soprar, o direcionamento do jato deve ser em sentido contrrio ao fluxo de ventilao.

    ATENO!!!

    Evite o uso de objetos ou ferramentas perfurantes para realizar alguma limpeza da colmeia.

    5. CONHEA ALGUMAS CAUSAS DO SUPERAQUECIMENTO NOS MOTORES DOS TRATORES

    Falta de lquido de arrefecimento

    gua suja

    Radiador ou mangueira furados

    Radiador com parte frontal suja

    Correia da bomba dgua frouxa ou quebrada

    Bomba dgua com vazamento

    Tampa do radiador com defeito ou fora da especificao

    Filtro de ar obstrudo

    Vlvula termosttica com defeito

    Junta de cabeote queimada

    Sobrecarga no motor

    ATENO!!!

    1. Caso a luz da temperatura acenda ou o medidor indique superaquecimento, pare o trator, contudo no desligue o motor. Desa do trator e verifique a possvel causa.

    2. Quando a causa do superaquecimento for a quebra da correia ou a perda total do lquido (mangueira), desligue o motor imediatamente. Para as demais causas, mantenha

    o motor ligado por um perodo, para diminuir a temperatura.

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    VIII. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA DE TRANSMISSO

    Esse sistema composto por um conjunto de componentes bsicos: embreagem, caixa de cmbio, diferencial e redutores.

    A sua manuteno importante para prolongar a vida til de seus componentes.

    1. FAA A MANUTENO DA EMbREAGEM

    1.1. Verifique a folga do pedal de embreagem

    O pedal da embreagem possui uma medida de folga, que deve estar dentro dos limites, para assegurar o seu correto funcionamento.

    A sequncia de regulagem e a medida da folga variam de marca e modelo do trator, devendo ento ser consultadas no manual do operador.

    1.2. lubrifique o feltro do mancal da bucha guia da embreagem

    Em alguns modelos de tratores deve ser feita a lubrificao peridica da bucha guia da embreagem com leo lubrificante. Os passos dessa operao devem ser consultados no manual do operador.

    2. FAA A MANUTENO DO CMbIO, DO DIFERENCIAL E DOS REDUTORES

    O cmbio, diferencial e os redutores so componentes que podem ou no pertencer ao mesmo reservatrio de leo, dependendo da marca e modelo do trator.

    Na maioria dos tratores, o reservatrio de leo do cmbio e do diferencial tambm comporta o sistema de freio, quando este do tipo banhado em leo. Neste caso o tipo de lubrificante a ser utilizado so os leos multifuncionais.

    Para obter a informao sobre o reservatrio, a capacidade e o tipo de leo, deve-se consultar o manual do operador.

    2.1. Verifique o nvel de leo da caixa de cmbio, do diferencial e dos redutores

    Quando o reservatrio de leo conjugado para os trs componentes, a verificao de nvel feita por vareta, localizada na carcaa ou visor de nvel.

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    Quando o reservatrio dos redutores especfico, a verificao feita por um bujo de nvel.

    ATENO!!!

    Para verificar o nvel de leo, coloque o trator num local plano.

    O perodo para verificao do nvel do leo desses componentes deve ser o recomendado no manual do operador.

    2.2. troque o leo do cmbio, do diferencial e dos redutores

    Verifique se os reservatrios so conjugados ou no, qual o tipo de leo a ser utilizado, o intervalo de troca e a capacidade do reservatrio. Para obter estas informaes, consulte o manual do operador.

    PRECAUO!!!

    Durante esta operao, utilize o EPI adequado.

    Para alguns modelos de tratores o sistema de lubrificao forado por uma bomba de leo na caixa de cmbio. Neste caso, possui, no painel, uma luz indicadora da presso do leo da transmisso, cujo funcionamento, o operador deve sempre estar atento.

    2.3. Verifique os respiros

    Periodicamente, os respiros devem ser limpos com ar comprimido ou solvente.

    Os respiros permitem a troca de presso entre os reservatrios e o ar ambiente, equilibrando a presso.

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    O sistema hidrulico tem a funo de acionar pistes e/ou motores hidrulicos localizados no prprio trator ou nas mquinas a ele acopladas.

    A maioria das marcas de tratores utiliza o mesmo leo da transmisso para acionar o sistema hidrulico. Outras marcas possuem reservatrio e leo especfico para o sistema hidrulico.

    1. IDENTIFIQUE OS ELEMENTOS QUE FORMAM O SISTEMA HIDRULICO DO TRATOR

    O sistema hidrulico composto dos seguintes componentes:

    Reservatrio de leo

    Filtro de suco e de presso

    Bomba de leo hidrulica

    Comando hidrulico (alavancas)

    Pistes (Cilindros) ou motor hidrulico

    Tubulaes

    IX. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA HIDRULICO DO TRATOR

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    2. FAA A MANUTENO DO SISTEMA HIDRULICO

    A manuteno do sistema hidrulico consiste na verificao de nvel de leo, sua troca e a substituio do(s) filtro(s).

    2.1. Verifique o nvel de leo

    Ao verificar o nvel de leo, coloque o trator num local plano.

    O perodo para verificao do nvel do leo do sistema hidrulico est especificado no manual do operador.

    Para verificao do nvel de leo do sistema hidrulico de trs pontos, abaixe totalmente os braos inferiores.

    Quando o reservatrio de leo do sistema hidrulico for o mesmo da transmisso, a verificao de nvel feita por vareta, que dever estar entre as marcas de mnimo e de mximo.

    Quando o reservatrio especfico para o sistema hidrulico, a verificao de nvel pode ser feita por vareta ou bujo de nvel.

    2.2. Faa a manuteno do filtro do sistema hidrulico

    Conforme o modelo do trator, a manuteno do filtro hidrulico feita atravs da lavagem (tela metlica) ou da sua substituio (papel).

    O perodo para esta manuteno varivel conforme a marca e modelo do trator, devendo-se, portanto, seguir as recomendaes do manual do operador.

    ALERTA ECOLGICO!!!

    O filtro lubrificante usado pode ser estocado, a fim de ser enviado para reciclagem.

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    2.3. Faa a substituio do leo do sistema hidrulico

    Quando o reservatrio especfico para o sistema hidrulico, a troca do leo deve ser feita conforme o especificado no manual do operador.

    Quando o reservatrio de leo do sistema hidrulico o mesmo da transmisso, a troca do leo feita seguindo as mesmas orientaes e perodo da troca do leo da transmisso.

    3. ATENTE PARA OS CUIDADOS NO MANUSEIO E UTILIZAO DO SISTEMA HIDRULICO DE CONTROLE REMOTO

    O leo contido dentro do cilindro hidrulico do implemento dever ser da mesma classificao e marca do leo do reservatrio do trator. Atente para esse detalhe, para que no haja misturas de leo.

    ATENO!!!

    Quando o implemento estiver muito tempo parado, o leo do cilindro deve ser trocado.

    Quando no estiver usando o engate rpido, mantenha a tampa plstica no seu lugar, tanto no trator quanto no implemento.

    O engate rpido do implemento dever ser da mesma classificao e marca daquele que est no comando hidrulico do trator, para no

    causar danos a ele.

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    O acionamento do sistema de direo pode ser mecnico ou hidrulico, e este ltimo pode ser hidrosttico ou servo-assistida.

    As operaes de manuteno do sistema de direo dependem da forma de acionamento desse sistema (mecnico ou hidrulico).

    1. IDENTIFIQUE OS COMPONENTES DO SISTEMA DE DIREO DE ACIONAMENTO MECNICO

    Volante

    Coluna de direo

    Caixa de direo

    Brao da barra de direo

    Barras de direo longitudinal e transversal

    Terminais de direo

    Pinos mestres das mangas de eixo

    2. IDENTIFIQUE OS COMPONENTES DO SISTEMA DE DIREO DE ACIONAMENTO HIDRULICO (HIDROSTTICO)

    Volante

    Coluna de direo

    Unidade hidrosttica

    Pisto hidrulico

    Barras de direo transversal

    Terminais de direo

    Reservatrio de leo

    Bomba hidrulica

    Filtros de suco e de presso

    Mangueiras e tubulaes

    X. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA DE DIREO

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    3. FAA A MANUTENO NOS COMPONENTES DO SISTEMA DE DIREO DE ACIONAMENTO MECNICO

    3.1. Faa a manuteno da caixa de direo

    A caixa de direo o componente da direo mecnica que contm lubrificante. A sua manuteno consiste na verificao do nvel de leo.

    O leo recomendado e o intervalo para verificao do nvel devem ser consultados no manual do operador, pois variam conforme a marca do trator.

    4. FAA A MANUTENO NOS COMPONENTES DO SISTEMA DE DIREO DE ACIONAMENTO HIDRULICO

    O sistema hidrulico da direo pode ser conjugado com o sistema hidrulico de engate de trs pontos ou especfico para direo.

    Quando for conjugado, a manuteno do sistema hidrulico da direo a mesma do sistema hidrulico do trator.

    Quando o sistema hidrulico da direo for especfico, a sua manuteno consiste na verificao do nvel de leo, na troca desse leo e na limpeza ou troca do filtro de suco.

    O tipo de leo recomendado, o intervalo para verificao do nvel e a troca desse leo devem ser consultados no manual do operador, pois variam com a marca do trator.

    5. ATENTE PARA REGULAGEM DA CONVERGNCIA DAS RODAS DIANTEIRAS

    O procedimento para verificao da convergncia o mesmo para as rodas dos eixos dos tratores x2 e x2 TDA, tanto nas direes de acionamento mecnico quanto hidrulico.

    A medida da convergncia e o procedimento para regulagem devem seguir o recomendado no manual do operador.

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    XI. FAZER A MANUTENO DO EIXO DIANTEIRO

    O eixo dianteiro tem a funo de sustentar parte do corpo do trator e de suportar parte do sistema de direo, alm de permitir, pela sua oscilao (balana), a permanncia dos quatro pontos de apoio do trator no solo.

    De acordo com o modelo do trator, o eixo dianteiro pode ser simples ou com trao e a sua manuteno ser descrita conforme essa classificao.

    1. FAA A MANUTENO DO EIXO DIANTEIRO DO TRATOR SIMPLES (TRATOR 4X2)

    1.1. Identifique os componentes do eixo dianteiro

    Eixo oscilante

    Barra telescpica

    Manga de eixo

    Ponta de eixo

    Cubo

    Rodado (roda e pneu)

    Pino do eixo (pino da balana)

    Pinos graxeiros

    1.2. Faa o ajuste do rolamento do cubo do eixo dianteiro

    O mancal da roda dianteria do trator sofre um desgaste normal em funo do esforo a que submetido.

    1.2.1. Levante a roda.

    1.2.2. Retire a tampa do cubo.

    1.2.3. Retire a trava da porca castelo.

    1.2.. Aperte a porca castelo.

    1.2.. Coloque a trava na porca castelo.

    1.2.6. Coloque a tampa no cubo.

    Repita esta operao do outro lado do eixo dianteiro.

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    1.3. engraxe as articulaes que contem pinos graxeiros

    A localizao e o intervalo para esta operao devem ser consultados no manual do operador.

    2. FAA A MANUTENO DO EIXO DIANTEIRO DO TRATOR TRAADO (TRATOR 4X2 TDA)

    2.1. Identifique os componentes do eixo dianteiro

    Diferencial

    Articulao do redutor

    Junta universal (cruzeta)

    Redutor dianteiro (cubo epicclico)

    Rodado (roda e pneu)

    Pino do eixo (pino da balana)

    Pinos graxeiros

    2.2. Faa a manuteno do eixo dianteiro

    2.2.1. Verifique o nvel de leo dos redutores dianteiros.

    Pare o trator de tal forma que a marcao do nvel de leo do cubo esteja na posio horizontal. Limpe em torno do bujo de enchimento e retire-o. O nvel do leo deve estar altura da parte inferior do orifcio do bujo. Se necessrio, complete.

    O intervalo para verificao do nvel e a especificao do leo a ser utilizado no redutor devem ser conforme informao contida no manual do operador.

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    2.2.2. Verifique o nvel de leo do diferencial dianteiro.

    Coloque o trator em posio nivelada. Retire o bujo de enchimento. O nvel do leo deve estar altura da parte inferior do orifcio do bujo. Se o nvel estiver abaixo desse ponto, complete.

    O intervalo para verificao do nvel e a especificao do leo a ser utilizado no diferencial devem ser conforme informao contida no manual do operador.

    2.2.3. Troque o leo dos redutores dianteiros.

    Atente para as especificaes do leo a ser utilizado e para o intervalo de troca, conforme indicado no manual do operador. Essa tarefa segue os procedimentos:

    a) Pare o trator em local plano, com o bujo para baixo.

    b) Retire o bujo.

    c) Deixe escoar o leo em um recipiente.

    d) Movimente o trator de tal forma que o indicador de nvel fique na posio horizontal.

    e) Reabastea com leo lubrificante at comear escoar pelo orifcio.

    f) Recoloque o bujo.

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    ALERTA ECOLGICO!!!

    O leo lubrificante usado reciclvel e deve ser estocado em recipientes apropriados antes de ser enviado para reciclagem.

    2.2.. Troque o leo do diferencial dianteiro.

    Atente para as especificaes do leo a ser utilizado e para o intervalo de troca, conforme indicado no manual do operador. Essa tarefa segue os procedimentos:

    a) Posicione o trator em local plano.

    b) Retire o bujo de nvel e o bujo de dreno.

    c) Deixe escoar o leo em um recipiente.

    d) Recoloque o bujo de dreno.

    e) Reabastea com leo lubrificante at comear escoar pelo orifcio.

    f) Recoloque o bujo de nvel.

    ALERTA ECOLGICO!!!

    O leo lubrificante usado reciclvel e deve ser estocado em recipientes apropriados antes de ser enviado para reciclagem.

    bujo de nvelbujo de dreno

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    XII. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA DE FREIOS

    O sistema de freios do trator tem por finalidade reduzir a sua velocidade ou efetuar sua parada.

    A manuteno do sistema de freios subdivide-se de acordo com a forma de acionamento, podendo ser mecnica ou hidrulica.

    1. CONHEA AS FORMAS DE ACIONAMENTO DE FREIOS

    1.1. entenda o sistema de freios de acionamento mecnico

    O sistema de freios de acionamento mecnico possui dispositivos mecnicos, como pedais, vares, alavancas e parafusos de ajuste.

    1.2. entenda o sistema de freios de acionamento hidrulico

    O sistema de freios de acionamento hidrulico possui dispositivos hidrulicos acionados pelos pedais que, atravs da injeo de fluidos em tubulaes e cilindros, acionam os mecanismos de frenagem. Tambm dispe de parafusos de ajuste.

    2. FAA A MANUTENO DO SISTEMA DE FREIOS

    2.1. regule a folga dos pedais do freio de acionamento mecnico ou hidrulico

    Caso ocorra a folga dos pedais de forma diferente, deve-se proceder sua regulagem, a fim de igualar a posio de frenagem.

    A folga medida entre o acionamento do pedal e a efetiva frenagem. Essa medida e os procedimentos de ajuste variam com o modelo ou marca do trator, devendo ser consultado o manual do operador.

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    2.2. Verifique o nvel de leo do reservatrio de fluido do sistema de freio de acionamento hidrulico

    Caso necessrio, complete o reservatrio, com fluido de freio, at o nvel recomendado.

    ATENO!!!

    O fluido de freio, se cair sobre a pintura do trator, poder danific-la, pois possui substncias corrosivas.

    PRECAUO!!!

    O fluido de freio, em contato com a pele, poder acarretar queimaduras devido sua composio, portanto utilize o EPI apropriado para a sua proteo.

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    XIII. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA ELTRICO

    A funo do sistema eltrico, nos tratores mais simples ou antigos, resume-se partida do motor, acendimento de luzes e medidores do painel.

    Nos tratores modernos, alm dessas funes, o sistema atua tambm no funcionamento de acionadores de trao auxiliar, tomada de potncia, variadores de torque, controladores, dentre outros, alm de dar suporte para sistemas automatizados e no uso da agricultura de preciso.

    1. IDENTIFIQUE OS COMPONENTES DO SISTEMA ELTRICO

    2. FAA A MANUTENO DO SISTEMA ELTRICO

    2.1. Faa a manuteno da bateria

    A bateria o componente do sistema eltrico que mais requer cuidados de manuteno.

    A bateria especificada conforme sua capacidade de carga (amperagem) e voltagem, que, na maioria dos casos, de 12 volts.

    ATENO!!!

    Alguns tratores com dispositivos eletrnicos de controle e operao podem ter problemas com desprogramao de componentes ao se desconectar a bateria.

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    2.1.1. Faa a limpeza externa da bateria.

    Caso as tampas dos bocais no estejam protegidas, proceda da seguinte forma:

    Limpe ao redor das tampas dos bocais de cada clula

    Desobstrua os orifcios de cada tampa

    Limpe o suporte da bateria

    ATENO!!!

    Essas tarefas so realizadas com jatos de gua ou de ar comprimido.

    2.1.2. Faa a limpeza dos terminais dos cabos da bateria.

    Em funo do uso e das contaminaes, podem ocorrer formao de zinabre (azinhavre) entre o material dos terminais dos cabos da bateria e seus plos. Essas reaes podem causar mal contato e perda da capacidade de recarga da bateria.

    A limpeza dos terminais dos cabos da bateria deve ser feita quando necessrio; para isto, desconecte os cabos, sendo primeiro o negativo e depois o positivo.

    PRECAUO!!!

    Ao desconectar o cabo negativo, a bateria fica isolada eletricamente da carcaa, evitando danos ao sistema eltrico, alm de riscos de exploso.

    Para a limpeza dos terminais da bateria, utiliza-se o bicarbonato de sdio diludo em gua ou apenas gua corrente.

    Realizada a limpeza, faa a montagem dos terminais, sendo primeiro o positivo e depois o negativo, e unte-os somente com vaselina para prevenir a corroso.

    ATENO!!!

    Quando efetuar reparos com solda eltrica no trator ou no implemento a ele acoplado, desconecte os cabos da bateria, para evitar danos ao circuito eltrico do trator.

  • servio NacioNal de aPreNdizagem rural admiNistrao regioNal do estado de so Paulo 6

    PRECAUO!!!

    Ao executar essa tarefa utilize o EPI adequado.

    O curto circuito entre terminais pode provocar exploses pela presena de gases oriundos das reaes qumicas.

    2.1.3. Verifique o nvel da soluo eletroltica da bateria.

    PRECAUO!!!

    Ao executar essa tarefa utilize o EPI adequado.

    A verificao faz-se com um tubo transparente, mergulhando-o at tocar nas placas. Com um dedo, tampe a ponta que ficou exposta e retire-o. A altura do lquido que ficou no tubo corresponde ao nvel da soluo. Repita esse processo em todas as clulas da bateria.

    O nvel da soluo eletroltica deve ser de 1 a 2 centmetros acima das placas da bateria. Se necessrio, coloque gua destilada ou desmineralizada nas clulas que estiverem com nvel abaixo do recomendado.

    PRECAUO!!!

    A bateria produz gases letais, portanto cuidado ao manuse-la.

    Quando a bateria for do tipo selada no necessrio fazer a verificao de nvel.

    nvel da soluo eletroltica deve ser de 1 a 2 cm

  • Federao da agricultura e Pecuria do estado de so Paulo66

    2.2. Verifique o funcionamento de luzes, faris e indicadores luminosos

    O funcionamento de luzes e faris deve estar sempre em perfeitas condies para que o trator desenvolva seu trabalho, sem riscos de acidentes.

    Os indicadores luminosos so imprescindveis para que o operador confira o correto funcionamento de cada sistema do trator.

    2.3. confira a tenso da correia do alternador

    O procedimento para essa verificao segue os mesmos passos para a regulagem de tenso da correia para o ventilador do radiador, no sistema de arrefecimento.

    3. CONHEA AS FORMAS DE LIGAO DE bATERIA

    A bateria comumente instalada de forma individual, porm h casos de ligaes com duas baterias para o aumento da capacidade de amperagem. Neste caso importante entender as formas de ligaes da bateria.

    a) Ligao de uma bateria

    b) Ligao de duas baterias: Ligao em paralelo - Dobra-se a amperagem e mantm-se a voltagem. Esta ligao a mesma para partida com bateria auxiliar.

    terra-+motor de partida

    terra

    -+

    motor de partida

    -+

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    O sistema de rodados o elemento responsvel pela estabilidade, direcionamento e trao do trator.

    Um rodado pneumtico composto por:

    Pneu (parte de borracha)

    Roda (parte metlica) - pode ser divida em aro e disco

    1. CONHEA A FUNO DOS RODADOS

    As principais funes dos rodados so:

    Sustentao

    Amortecimento do peso

    Trao

    Controle direcional

    O amortecimento e a sustentao do peso do trator so obtidos pelo efeito da presso de ar nos pneus.

    Nos tratores com trao x2 TDA (Trao Dianteira Auxiliar), a trao e a direo so feitas por pneus de caractersticas iguais aos da traseira.

    2. FAA A MANUTENO DO SISTEMA DE RODADOS

    A manuteno dos rodados consiste na calibragem da presso dos pneus e no reaperto dos parafusos de fixao. Para efetuar esta manuteno, consulte o manual do operador.

    XIV. FAZER A MANUTENO DO SISTEMA DE RODADOS

    pneu

    aro

    disco

    batentes de fixao do disco

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    2.1. Faa a calibragem da presso dos pneus

    A calibragem da presso dos pneus influencia em sua durabilidade e na aderncia ao solo.

    A calibragem da presso dos pneus depende da:

    Marca do pneu

    Dimenso e especificao

    Terreno

    Operao

    Carga

    Para manter a presso adequada, deve-se, periodicamente, efetuar sua calibragem, conforme a recomendao do fabricante.

    A presso de inflao a mesma com gua ou sem gua no pneu.

    2.2. Faa o reaperto dos parafusos de fixao do aro, do disco e dos anis de peso

    Confira o aperto dos parafusos de fixao do aro, do disco e dos anis de peso periodicamente, conforme as recomendaes do fabricante.

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    Os pontos de lubrificao com graxa esto localizados em diversas posies do trator. Em cada ponto de lubrificao existe um pino graxeiro, que funciona como uma vlvula, para introduo da graxa.

    1. IDENTIFIQUE OS PINOS GRAXEIROS NO TRATOR

    A localizao dos pinos graxeiros, no trator, e o intervalo entre as lubrificaes com graxa devem ser consultados no manual do operador, pois variam com a marca e o modelo do trator.

    2. FAA A MANUTENO DOS PINOS GRAXEIROS

    2.1. limpe os pinos graxeiros

    Essa operao dever ser executada com pano limpo, para impedir que resduos de sujeira penetrem no local de lubrificao junto com a graxa.

    ATENO!!!

    Se houver algum pino danificado, substitua-o.

    2.2. aplique graxa pelos pinos graxeiros

    XV. ENGRAXAR OS PONTOS DE LUbRIFICAO DO TRATOR

    1/4 3/16 3/8

    90

    45

    reto

  • Federao da agricultura e Pecuria do estado de so Paulo70

    Com uso de uma bomba engraxadora manual ou sob presso, engraxe os pinos.

    ATENO!!!

    1. Os excessos de graxa devero ser retirados para evitar acmulo de poeiras e contaminaes.

    2. As graxas recomendadas para uso em mquinas agrcolas so base de ltio, classificao NLGI 2, ou conforme recomendao do fabricante.

    3. No coloque graxa em excesso nos pontos de lubrificao, para evitar desperdcio e possvel risco de rompimento de retentores.

  • servio NacioNal de aPreNdizagem rural admiNistrao regioNal do estado de so Paulo 71

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