Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1
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8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1
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ORGANIZAO, PLANEJAMENTO E ADMINISTRAO DE
SEGURANA EMPRESARIAL.
Autor Plcido Ladrcio Soares
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1 . INTRODUO SEGURANA
1.1 TEORIA DE MASLOW
Antes de entrarmos na questo especfica da Organizao,
Planejamento e Administrao da Segurana so importante que
faamos algumas observaes sobre a Segurana Empresarial no
sentido mais lato. Se considerarmos que as empresas tm fins
lucrativos, e que so regidos dentro de normas tcnicas especficas,
importante que tenhamos uma noo do que venha a ser a Segurana
Empresarial como um todo.
1.1.1 A NECESSIDADE DE SEGURANA
Sabe-se que o ser humano possui inmeras necessidades, que
vo desde as mais simples como se alimentar e descansar at as maiscomplexas como as necessidades de afeto, compreenso e at mesmo
auto-realizao.
Disposto a desvendar e hierarquizar essas necessidades, o
pesquisador norte-americano Abraham Harold Maslow desenvolveu
inmeras pesquisas at chegar a um sistema que ficou conhecido como
Teoria de Maslow, que enumera as necessidades humanas dentro de
uma pirmide hierrquica, qualificando-as em primrias esecundrias.
Maslow nasceu em 1 de abril de 1908, no Brooklyn, em Nova
York, de uma famlia descendente de russos. Inicialmente Maslow
estudou direito na Universidade de Nova York, mas aps trs
semestres percebeu que sua verdadeira vocao no era jurdica, mas
sim o estudo da personalidade humana, pendendo a partir da, de
forma irreversvel, para a Psicologia.
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Assim, formou-se em Psicologia em 1930, pela
Universidade de Wisconsin. Em 1931 obteve seu mestrado e em 1934
obteve o grau de PhD em Psicologia pela mesma universidade.
Maslow chegou a ser considerado um dos maiores estudiosos
do comportamento humano de todos os tempos e, aps uma longa e
intensa vida acadmica, morreu de causas naturais em 1970, na
Califrnia.
O grande mrito de Maslow, para os estudiosos da Segurana,
de uma forma geral, foi a constatao de que ela a segurana -
uma necessidade humana primria, posterior apenas s necessidades
fisiolgicas, ou animais, como alimentar-se, abrigar-se das intempries
e reproduzir-se.
Abraham Maslow (1908-1970)
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1.2 HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS, SEGUND O
MASLOW.
1.2.1 NECESSIDADES PRIMRIAS
As necessidades qualificadas como primrias so aquelas sem
as quais o ser humano simplesmente no consegue sobreviver e
manter-se de forma estvel em seu habitat. So as seguintes:
1.2.1.1 Necessidades Fisiolgicas
As necessidades fisiolgicas, como a prpria designao diz,
so as necessidades do fsico, ou seja, alimentar-se, repousar, abrigar-
se das intempries e reproduzir-se (instinto sexual). At aqui no
existem muitas diferenas entre o ser humano e os animais irracionais,
ou seja, so necessidades capazes de garantir a sobrevivncia
imediata.
1.2.1.2 Necessidades de SEGURANA
Uma vez satisfeitas as necessidades do fsico, a primeira
necessidade que o ser humano passa a sentir a de segurana. No
entanto, a segurana descrita aqui por Maslow uma segurana no
sentido lato, ou seja, no apenas a segurana contra a violncia e a
criminalidade, mas tambm a segurana contra qualquer ameaa ou
perigo, como doenas, desemprego, situaes difceis ou simplesmente
o desconhecido.
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1.2.2 NECESSIDADES SECUNDRIAS
As necessidades qualificadas como secundrias so aquelas
que completam e realizam o ser humano, mas no so indispensveis sua sobrevivncia animal. So as seguintes:
1.2.2.1 Necessidades Sociais
Uma vez satisfeitas as necessidades primrias, a primeira
necessidade que o ser humano passa a sentir a de relacionar-se, ter
amigos, trabalhar, constituir uma famlia. So as chamadas
necessidades sociais.
1.2.2.2 Necessidades de Estima ou Afeto
A partir do momento em que o ser humano passa a viver em
sociedade, uma nova necessidade se manifesta, ou seja, no basta ter
uma vida social, preciso ser estimado, admirado, amado ou
reconhecido.
1.2.2.3 Necessidades de Auto-realizao
Finalmente e uma vez supridas as outras necessidades o
ser humano passa a querer realizar-se como pessoa, criando,
revolucionando ou simplesmente realizando seus desejos mais ntimos.
No entanto, importante observar que a segurana abordada
por Maslow uma segurana no sentido genrico, ou seja, todo e
qualquer evento que possa ameaar o ser humano. Aqui no entanto,
trataremos de um segurana especfica, a Segurana de Hotis.
Como a atividade hoteleira est enquadrada dentro da atividade
empresarial, aplicam-se a ela todos os princpios da Segurana
Empresarial como um todo, apenas com as devidas reas de
concentrao, que devem ser ressaltadas.
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Algumas publ icaes de Maslow, ou sobre ele.
Ponte do Brooklyn, bai rro de Nova York, onde Maslow nasceu em 1908.
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Univers idade de Wisconsin, onde Maslow se formou em Psicologia e tambm fez
Mestrado e Doutorado.
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1.3 CONCEITO DE SEGURANA EMPRESARIAL
Antes de falarmos especificamente em Segurana Patrimonial,
vamos procurar conceituar a Segurana Empresarial como um todo.
Conceituar o que quer que seja sempre uma tarefa difcil e as
discordncias so inevitveis. No entanto, profissionais de Segurana
de todo mundo, concordam que uma boa definio de Segurana
Empresarial pode ser a seguinte:
Conjunto de Medidas, capazes de gerar um estado,no qual os interesses vitais de uma empresaestejam livres de danos, interferncias eperturbaes.
O conceito acima, aparentemente simples, reveste-se, no
entanto, de grande profundidade e complexidade. Vamos analisar
individualmente cada uma das designaes grifadas em negrito.
a) Conjunto de Medidas: A segurana s eficiente se for
sustentada sobre um conjunto de medidas, onde umas
possam influenciar outras. Assim, a segurana isolada ou
localizada geralmente no eficiente. No adianta ter uma
boa segurana na portaria, por exemplo, se o sistema anti-
furto simplesmente no existe. No adianta muito ter umavigilncia de primeira qualidade se a instituio empresarial
simplesmente no possui um bom sistema de preveno e
combate a incndios. Assim, as chamas podem queimar e
consumir toda a empresa, incluindo a, muitas vezes, o
prprio vigilante. Por isso, a segurana s ser eficiente se
for organizada dentro de um conjunto de medidas inter-
relacionadas e complementares.
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b) Estado: Estado diferente de situao. Enquanto a
situao sempre localizada e passageira, o estado
sempre abrangente e permanente. Assim quando uma pessoa
diz que est passando por uma situao difci l, ela est
querendo dizer que, sobre aquele assunto especfico e
naquele momento as coisas no esto bem, mas que podem
melhorar de uma hora para outra. Estamos assim diante de
uma situao. Por outro lado, quando uma autoridade
decreta um Estado de calamidade pblica, ela est dizendo
que a situao genrica, abrangente e no tem data certa
para ser alterada. Isso diferencia situao de estado. Assimuma empresa no deve ter situaes de segurana, mas sim
um estado de segurana, ou seja, a segurana deve
abranger toda a empresa por todo o tempo. S assim a
segurana ser eficiente e cumprir sua funo no ambiente
empresarial.
c) Interesses Vitais: Vital, vem de vida, assim, interesses
vitais so todos aqueles que so indispensveis para manter
a empresa viva e em atividade. Infelizmente no meio
empresarial h um conceito de segurana meramente
patrimonial, com a adoo de medidas contra furtos, assaltos,
incndios e coisas do gnero mas, na maioria das vezes, no
existem medidas capazes de proteger os negcios da
empresa, que, em ltima anlise o que mantm a empresafuncionando. De nada adianta manter grandes instalaes,
super protegidas, se a empresa simplesmente perder seu
mercado, em razo de atos de espionagem e concorrncia
desleal. Assim a segurana dos negcios (inteligncia) to
importante quanto a segurana patrimonial (fsica).
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d) Danos, Interferncias e Perturbaes: Finalmente,
esse estado, criado por um conjunto de medidas, deve
proteger os interesses vitais da organizao empresarial de
danos, interferncias e perturbaes.
Os danos geralmente esto relacionados a perdas materiais,
como furtos, roubos, acidentes, incndios e outras ocorrncias capazes
de causar prejuzo material empresa.
As interferncias, regra geral, esto relacionadas a atos deespionagem, sabotagem, furto de informaes e concorrncia desleal,
ou seja, atos capazes de interferir nos negcios da empresa, causando-
lhe prejuzos financeiros.
As perturbaes esto sempre relacionadas com aquelas
situaes que alteram, ameaam ou interrompem as atividades normais
da empresa, geralmente com prejuzos financeiros, como greves,
paralisaes, alcoolismo e drogas no ambiente de trabalho, entre
outros eventos.
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1.4 IMPORTNCIA DA SEGURANA
Uma das grandes dificuldades enfrentadas por Profissionais de
Segurana de todo o mundo convencer o empresrio de que
empregar dinheiro na Segurana da empresa se constitui num
investimento e no em um gasto.
Um mtodo que tem dado resultado fazer um demonstrativo
ao empresrio, dos inmeros benefcios que uma empresa capaz de
gerar sociedade e, ao mesmo tempo, os inmeros riscos a que elaest exposta.
Vamos comear aqui, enumerando os benefcios. De uma forma
geral, pode-se dizer que uma organizao empresarial capaz de
proporcionar, entre outros, os seguintes benefcios comunidade:
a) Lucro aos acionistas ou proprietrios;
b) Gerao de empregos diretos e indiretos;
c) Desenvolvimento tecnolgico
d) Crescimento do comrcio local, em razo do aumento do
poder aquisitivo da populao.
e) Aumento de agncias bancrias , em ra zo do aumento do
fluxo de dinheiro no meio circulante.
f) Melhoria da infra-estrutura, como estradas, portos e
aeroportos, para o escoamento da produo.g) Investimento em atividades esportivas
h) Apoio a iniciativas comunitrias
i) Incentivo cultura
j) Aquecimento da economia, de uma forma geral, gerando
maiores e melhores perspectivas de consumo.
At aqui os benefcios. No entanto, essa organizao, capaz de
gerar tantos benefcios sociedade e ao pas, est, ao mesmo tempo,
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exposta a inmeros riscos e perigos, que se no forem previstos,
evitados ou administrados com eficincia podem causar srios
prejuzos, ou at mesmo a extino, dessas organizaes. De uma
forma geral, podemos dizer que uma organizao empresarial est
exposta, entre outros, aos seguintes riscos e perigos:
a) Incndios, capazes de causar desde riscos materiais
considerveis at a destruio completa das instalaes,
podendo ocorrer, ainda a perda de vidas humanas.
b) Furtos, internos ou externos.c) Assaltos, que podem inclusive por em risco a vida de
funcionrios e dirigentes.
d) Atos de espionagem e concorrncia desleal, que podem por a
perder, anos de trabalho e investimentos.
e) Penetrao no autorizada em sistemas informati zados,
provocando danos ou praticando fraudes.
f) Atos de terrorismo
g) Sabotagem e Chantagem
h) Greves violentas e paralisaes provocadas
intencionalmente.
i) Alcoolismo e drogas no ambiente de trabalho, prejudicando a
produo e ensejando a prtica de crimes.
j) Epidemias e contaminaes coletivas
k) Acidentes, exploses e desabamentos.
l) Seqestros de dirigentes da empresa.
Como se pode ver, numa anlise atenta de custo/benefcio,
extremamente importante o investimento na segurana das atividades
empresariais. A se lamentar apenas que, nem sempre, os empresrios
tm uma exata percepo dessa necessidade.
No entanto, o que estamos falando aqui no nenhumanovidade. J no ano de 1916, Henri Fayol, considerado um dos pais da
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moderna Administrao, em razo de ter sido o fundador da
Escola Clssica da Administrao, j alertava o meio empresarial para
a necessidade de se manter sistemas eficientes de segurana nas
empresas.
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1.5 A SEGURANA NA OBRA DE FAYOL
Henri Fayol era francs, nascido em Constantinopla, ento sob
domnio da Frana, em 1841. Formou-se em engenharia de minas aos
19 anos de idade e passou a trabalhar em diversas empresas
metalrgicas e carbonferas da Frana. Durante seu trabalho nessas
empresas, Fayol adquiriu o hbito de tomar notas de todos os detalhes
que chamavam sua ateno, sempre objetivando uma melhoria da
produo e da administrao. Com base nessas anotaes, Fayol
lanou o seu livro Administrao Industrial e Geral, dando incio
assim Escola Clssica da Administrao.
Henri Fayol (1841-1925), considerado um dos pais da moderna Adminis t rao.
Liv ro Admin is t rao Indus t r ia l e Gera l , pub l i cado por Fayo l em 1906 e a t ho je cons iderado um
c lss ico da Admin is t rao.
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Constant inopla, onde Fayol nasceu em 1841.
Foi numa indstr ia metalrgica e carbon fera, como essa que Fayol in ic iou sua
vida prof iss ional , como engenheiro, aos 19 anos de idade.
No vamos fazer maiores consideraes sobre os detalhes das
teorias de Fayol, mesmo porque esse no o nosso objetivo aqui. Sob
o ponto de vista da Segurana, importante ressaltar que, j naquela
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poca, Fayol considerou a atividade de Segurana, como
essencial, dentro de uma organizao empresarial.
Segundo Fayol, uma empresa tem seis funes essenciais, que
so as seguintes:
Funes Tcnicas Produo de bens e de servios.
Funes Comerciais Vendas, Distr ibuio e Divulgao.
Funes Financeira s Busca e gerncia de capi ta is .
Funes Contbeis Dados, Estat st icas e Balanos.
Funes de Segurana Proteo de Bens e de Pessoas.
Funes Administrat ivas Prever , organizar , coordenar e controlar as
at iv idades da empresa.
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1.6 SEGURANA EMPRESARIAL NO BRASIL E NO EXTERIOR
Muito embora esse gnio da Administrao, que foi Henri Fayol
j ter previsto, a tanto tempo, a necessidade de se manter sistemas
eficientes de segurana no meio empresarial, infelizmente, no Brasil,
essa atividade tem sido relegada a um segundo plano pela maioria das
empresas.
Observe-se tambm que Fayol no colocou nenhuma funo
como dependente da outra. Assim, a atividade de Segurana, segundoFayol, est em p de igualdade com as demais funes dentro da
empresa.
No Brasil, possvel observar que as outras funes so
contempladas com cargos de direo e gerncia dentro das empresas,
enquanto a segurana geralmente contemplada apenas com um
modesto cargo de chefia.
Para confirmar isso, basta uma anlise na Bolsa de Cargos eSalrios do jornal de maior circulao no Brasil Folha de So Paulo
para a confirmao do que aqui se afirma.
Como se v, as reas Tcnicas, Administrativas, Comerciais e
Financeiras so contempladas com cargos de diretoria. As funes
contbeis so contempladas com cargos de gerncia, enquanto as
funes de Segurana so contempladas apenas com um cargo de
Chefia, assim mesmo dentro de apenas um dos aspectos da SeguranaEmpresarial (segurana patrimonial), quando se sabe que a segurana
de uma empresa no se limita apenas proteo de seu patrimnio
fsico, como veremos mais adiante.
Em outros pases, principalmente Estados Unidos e Europa, a
Segurana Empresarial tratada da forma mais profissional possvel,
com a existncia de cursos de graduao e ps-graduao
especificamente em Segurana Empresarial, naqueles pases.
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No Brasil, felizmente, algumas universidades j esto
comeando a entrar na rea de ensino da segurana empresarial.
Universidades como a Fundao lvares Penteado, de So Paulo,
Universidade Estcio de S e Fundao Getlio Vargas, ambas do Rio
de Janeiro, j oferecem cursos de ps-graduao e MBA em algumas
reas da Segurana Empresarial.
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1.7 PRINCPIOS BSICOS DA SEGURANA EMPRESARIAL
Toda atividade humana, para ser bem sucedida, deve basear-se
em princpios. Com a Segurana Empresarial no diferente. Regra
geral, sete so os princpios que regem as atividades de Segurana
Empresarial:
1.7.1 SEGURANA PREVENO
A segurana sempre preventiva. No h que se falar em
Segurana depois que os fatos aconteceram. A funo principal da
Segurana prever os riscos e perigos e, assim, evit-los. Em ltima
anlise, deve estar preparada para agir imediatamente aps a
ocorrncia dos fatos danosos.
1.7.2 PREVENO TREINAMENTO
Se Segurana preveno, a melhor forma de consegu-la
atravs de treinamentos constantes. O treinamento gera
condicionamento, que, por sua vez, agua e desenvolve as medidas
preventivas, na medida em que as pessoas se acostumam com a idia
de uma situao ideal de segurana.
1.7.3 O INVESTIMENTO EM SEGU RANA PROPO RCIONAL AO
RISCO QUE SE CORRE
Um dos grandes problemas das organizaes justamente em
relao aos investimentos em Segurana, a tendncia geral
economizar quando as coisas esto bem e depois gastar
excessivamente quando alguma coisa acontece no ambiente. O ideal
o equilbrio. No h porque a empresa gastar grandes somas em
Segurana se os riscos no so to grandes. Por outro lado, no deveomitir-se quanto a essa importante rea com a desculpa de
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economizar. Uma Anlise de Vulnerabilidades, feita por
profissional qualificado que vai determinar o quanto gastar com
Segurana. Qualquer coisa, alm disso, desperdcio e qualquer coisa
aqum omisso e irresponsabilidade.
1.7.4 A SEGURANA NO DEVE IMPEDIR NEM DIFICULTAR A LIVRE
MARCHA DA EMPRESA
No preciso transformar a empresa num quartel ou delegacia
de polcia para que a Segurana seja eficiente. A atividade de
Segurana uma atividade meio, que tem por funo proteger aempresa para que ela atinja sua atividade fim, que a produo, sem
maiores problemas. Por isso, a Segurana dever ser eficiente e at
rgida em determinadas situaes, mas nunca autoritria ou inibidora, a
ponto de causar constrangimento s pessoas ou entraves no processo
produtivo.
1.7.5 A SEGURANA SUSTENTA-SE NUMA BUROCRACIA EFICIENTE
Inicialmente esse princpio pode parecer contraditrio, uma vez
que as atividades de Segurana sempre lembram ao e
operacionalidade e no burocracia. No entanto, se essas aes e
operaes no forem devidamente planejadas, catalogadas,
administradas e relatadas a eficincia da segurana pode ser
comprometida. Manter um sistema de Administrao da Segurana de
fundamental importncia para a sua eficincia. Em captulo prpriofalaremos especificamente desse tema.
1.7.6 A SEGURANA DEVE ESTAR INTEGRADA S OUTRAS REAS
DA EMPRESA
A Segurana no deve funcionar como uma ilha dentro da
empresa, ou como um quartel ou delegacia de polcia, como j disse.
Ela deve estar integrada s outras reas da empresa, prestando a elas
um servio satisfatrio e, em contra partida, recebendo delas apoio e
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cooperao. muito importante esclarecer as todas as reas da
empresa os detalhes das atividades de Segurana, sua importncia e
como cada uma delas pode colaborar para que as pessoas e as
instalaes da empresa estejam cada vez mais protegidas.
1.7.7 A SEGURANA DEVE SER COMPREENDIDA, ADMITIDA E
APROVADA POR TODOS.
Para que a Segurana seja eficiente, ela deve ser,
primeiramente, compreendida por todos, desde a alta direo at o
mais humilde trabalhador. Uma vez compreendida a necessidade e asformas de atuao da Segurana, passa-se a admitir sua necessidade.
E, uma vez admitida sua necessidade, ela deve ser aprovada por todos
e, por via de conseqncia, todos devem colaborar com ela e respeitar
suas regras. S assim se ter uma segurana eficiente no meio
empresarial.
1.7.8 SEGURANA TRIDIMENSIONAL
Como j dissemos anteriormente, no Brasil, infelizmente,
confunde-se a Segurana Empresarial com a Segurana Patrimonial,
simplesmente. Quando conceituamos a Segurana Empresarial no item
1.2., dissemos que ela tem por funo proteger os interesses vitais da
empresa, ou seja, tudo aquilo que diz respeito vida da empresa e no
apenas seu patrimnio fsico.
Assim, podemos dizer que a Segurana Empresarial possui trs
dimenses que poderamos classificar da seguinte forma:
a) Segurana Fsica (Patrimonial)
b) Segurana Estratgica (Inteligncia)
c) Segurana Especial (Complementar)
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Uma empresa que organizar e administrar essas reas,
ainda que com algumas alteraes superficiais ou pontuais, estar
certamente contando com um sistema de segurana satisfatrio.
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c) Terrorismo
d) Sabotagem
e) Chantagem
Segurana Especial (Complementar)
a) Eventos
b) Greves e Paralisaes
c) Alcoolismo e Drogas no Ambiente de Trabalho
d) Epidemias
e) Segurana Pessoal, Familiar e Residncia
f) Seqestros
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2 SEGURANA FSICA (PATRIMONIAL)
2.1 PROTEO PERIMETRAL
2.1.1 A PROTEO DO PATRIMNIO FSICO
A primeira providncia a ser adotada pela empresa, na
organizao de um bom sistema de Segurana Patrimonial, proteger
suas instalaes de violaes ou acessos no autorizados, o que deve
ser feito atravs de um eficiente sistema de Proteo Perimetral, que
nada mais do que o cercado colocado em torno das instalaes do
estabelecimento.
A Proteo Perimetral tem por funo proteger o local contraacessos no autorizados, obrigando dirigentes, funcionrios, visitantes
e fornecedores a entrarem na empresa por locais determinados para
cada um.
A Proteo Perimetral deve ser forte e resistente o suficiente
para impedir ou dificultar sua violao por vndalos ou delinqentes e
impedir acessos no autorizados.
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2.2 TIPOS DE CERCADO
De uma forma geral, so util izados numa Proteo Perimetral
um dos seguintes materiais:
a) Muros
b) Alambrados
c) Grades
d) Estrutura de madeira
e) Estacas de concretof) Cercas de arame farpado
Os materiais mais util izados em Proteo Perimetral so os
muros, a grade e o alambrado. Vamos conhecer as vantagens e
desvantagens de cada um.
MATERIAL VANTAGENS DESVANTAGENS
MurosResistncia
Dif c i l V iolao
Al to Custo
Nenhuma visibi l idade internaou externa
Grades
Resistncia
Visibi l idade interna e externa
Dif c i l V iolao
Al to Custo
Alambrados
Baixo Custo
Fci l Instalao
Visibi l idade interna e externa
Pouca Resistncia
Fci l V iolao
Normalmente, nas empresas comum a util izao do
alambrado, por sua praticidade e baixo custo.
Outra vantagem do alambrado, que ele permite que o pessoalda segurana veja o que se passa do lado de fora da empresa,
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podendo identificar, assim, possveis suspeitos nas redondezas ou
mesmo prever e antecipar-se a alguma ameaa ou atentado.
O cercado deve ser alto o suficiente para impedir sua
transposio por pessoas estranhas. Recomenda-se a altura mnima de
3,00 metros, podendo chegar at 5,00 metros.
No topo do cercado deve ser colocada uma rede de proteo,
que pode ser de arame farpado ou qualquer outro material que cumpra
a mesma funo.
Empresa protegida com muro Empresa protegida com grades
Empresa protegida com alambrado
Tipos de mater ia is que podem ser colocados no topo do cercado
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2.3 ZONA LIVRE INTERNA E EXTERNA
importante observar a Zona Livre Interna e a Zona Livre
Externa. A primeira o espao existente entre o cercado e as
instalaes da empresa e o segundo o espao existente entre o
cercado e a via pblica.
No primeiro caso, a metragem ideal a ser observada em torno
de 15 metros e no segundo, algo em torno de 4 a 5 metros.
Essas medidas so necessrias para manter um espao vazio
entre o cercado e a via pblica e entre o cercado e as instalaes daempresa, obrigando assim um eventual invasor a ter que se expor em
campo aberto, o que chamaria a ateno do pessoal de segurana.
Observe-se, no entanto, que nem sempre isso possvel,
principalmente para empresas que j esto construdas e em atividade,
mas uma regra fundamental a ser seguida para futuras edificaes.
2.4 CONDIES DO TERRENO
O terreno deve ser preferencialmente plano, evitando buracos,
morros ou acidentes geogrficos capazes de ocultar um invasor,
principalmente no perodo noturno.
Caso o terreno em torno da empresa seja muito acidentado,
necessrio providenciar uma terraplanagem. O ideal que o terreno
seja cimentado ou coberto de grama.
2.5 RVORES E VEGETAES
Evite tanto quanto possvel a existncia de rvores ou
vegetaes nas proximidades da proteo perimetral. Pode ser bonito,
mas tambm contribui para ocultar invasores, bombas, aparelhos deescuta ou outras ameaas empresa.
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No entanto, necessrio tomar muito cuidado com essas
questes, para que no ocorra uma violao da lei ambiental. Assim,
antes de cortar rvores ou vegetaes existentes na empresa,
necessrio consultar os rgos de fiscalizao ambiental para verificar
se isso possvel sob o ponto de vista legal.
2.6 ALARMES E DETECTORES
Alm da util izao dos materiais e mtodos adequados,
importante instalar tambm alguns equipamentos eletrnicos, capazesde denunciar a presena de invasores nas proximidades da proteo
perimetral.
Existe no mercado um grande nmero desses produtos,
cabendo empresa escolher os modelos que mais se adaptam sua
realidade, observando sempre os parmetros de qualidade,
funcionalidade e custos.
Existem basicamente dois tipos de equipamentos que cumpremessa finalidade:
a) Sistemas eletrnicos de deteco de invaso;
b) Sistemas eletrnicos de deteco perifrica
Alguns equipamentos de deteco per i fr ica e de invaso
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2.7 INSPEO E MANUTENO
necessrio tambm fazer constantes inspees em toda a
extenso da proteo perimetral, para verificar possveis rachaduras no
terreno, processos de eroso ou tentativas de violao. Essa inspeo
deve ser feita pelo menos uma vez por ms.
Tambm importante testar o funcionamento dos equipamentos
de segurana instalados ao longo da proteo perimetral, para verificar
se esto funcionando regularmente, evitando assim que eles venham a
falhar diante de uma situao real de risco ou perigo.
2.8 SERVIOS DE VIGILNCIA
2.9 VIGILNCIA PRPRIA OU TERCEIRIZADA
A vigilncia de fundamental importncia para a segurana
patrimonial da empresa.
Enquanto a Proteo Perimetral trata-se de uma segurana
esttica, constituda por barreiras, a Vigilncia a segurana dinmica,
desenvolvida pelo elemento humano.
Em empresas de grande porte, recomendvel o s is tema de patru lhamento interno
e per imetral .
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A primeira providncia a ser tomada pela empresa optar pela
vigilncia prpria ou por servios terceirizados.
O primeiro caso s recomendvel para grandes corporaes,
em razo das muitas exigncias legais para conseguir uma autorizao
de funcionamento de um sistema prprio de vigilncia armada, alm de
custos muito elevados.
As exigncias so praticamente as mesmas para a constituio
de uma empresa de vigilncia, da a dificuldade em se conseguir esse
tipo de autorizao para as empresas de menor porte.Assim, o mais recomendvel a contratao de servios
terceirizados de vigilncia, principalmente da vigilncia armada.
A maioria das empresas adota um sistema misto, ou seja, a
vigilncia armada fica a cargo de empresas terceirizadas, enquanto os
servios de portaria e vigilncia desarmada ficam a cargo da prpria
empresa.
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2.10 SELEO E TREINAMENTO DO PESSOAL DE
SEGURANA
Para o caso da empresa resolver manter seu prprio pessoal de
segurana, recomenda-se que a seleo dos funcionrios seja rigorosa,
tanto sob o aspecto tcnico como de honestidade pessoal, uma vez
que, pessoas tecnicamente despreparadas podem provocar acidentes,
desastres ou danos ao ambiente empresarial.
Por outro lado, pessoas desonestas podem praticar diversosatos ilcitos na empresa ou mesmo fornecer informaes a criminosos,
para que possam, posteriormente, agir contra o patrimnio da empresa,
ou mesmo contra dirigentes e funcionrios.
Por isso, importante dar ateno especial ao pessoal que ir
trabalhar na segurana da empresa.
O ideal recrutar pessoas com experincia militar ou policial,
ou ainda que j tenham freqentado cursos de vigilncia emestabelecimentos de ensino credenciados pelo Ministrio da Justia.
2.10.1 IMPORTNCIA DE UMA BOA SELEO
A eficincia profissional e a idoneidade moral dos funcionrios
da empresa so de fundamental importncia para a segurana do
estabelecimento, uma vez que a prestao de servios de m qualidade
ou a prtica de atos ilcitos por parte dos funcionrios, pode
comprometer a imagem da empresa, alm de causar prejuzos de toda
ordem. Da a importncia de serem bem selecionados e treinados.
2.10.2 PROCESSO SELETIVO
Alm das habilidades especficas para as funes de
segurana, a empresa deve fazer as seguintes averiguaes, antes deefetivar a contratao do funcionrio:
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a) Verifique empregos anteriores. Procure conversar com
antigos patres e empregadores, no sentido de obter,principalmente, informaes sobre comportamento pessoal,
honestidade e integridade moral do funcionrio.
b) Faa uma investigao social sobre a vida pessoal do
funcionrio, tomando cuidado apenas para no cometer
invaso de privacidade ou qualquer outra atitude
constrangedora ou ilegal. Procure saber, principalmente,como sua vida social e familiar.
c) Faa uma checagem de antecedentes criminais, procurando
verificar se o funcionrio no possui envolvimento ou
vnculos com o mundo do crime. Com relao aos
antecedentes criminais, importante ressaltar que o
cometimento de crimes do tipo que qualquer pessoa estexposta a cometer, como atropelamentos, leses corporais
em razo de brigas e discusses ou outros delitos mais leves
no devem ser empecilhos para sua contratao.
perfeitamente possvel que uma pessoa que tenha passado
por essas experincias seja uma pessoa ntegra e honesta. O
que se deve observar se o funcionrio j praticou crimes
graves, se tem tendncias a praticar crimes contra a empresa
ou capazes de comprometer a imagem da organizao. Em
casos como esses a no contratao recomendada.
d) Faa tambm uma avaliao psicolgica, principalmente para
aferir o nvel de sanidade mental do funcionrio. Pessoas
desequilibradas ou emocionalmente instveis podem provocar
desde situaes constrangedoras at verdadeiras catstrofesno ambiente empresarial.
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2.10.3 ACOMPANHAMENTO
Exija lealdade e bons servios por parte de seus funcionrios,
mas, por outro lado, dispense a eles um tratamento cordial erespeitoso.
Para evitar constantes admisses e demisses, procure pagar-
lhes um salrio atraente e oferecer-lhes vantagens adicionais, capazes
de mant-los no emprego.
No so raros os casos de envolvimento de funcionrios da
empresa em atividades criminosas, seja praticando-as diretamente,
seja fornecendo informaes a criminosos, para que possam agir contra
o estabelecimento empresarial.
Por isso, a empresa tambm deve se prevenir contra aes
dessa natureza, adotando o seguinte comportamento:
a) Observe eventuais mudanas de comportamento dosfuncionrios, procurando investigar, sigilosamente, quais as
razes dessas mudanas;
b) Evite que funcionrios recebam muitos visitantes na empresa
durante o horrio de trabalho. Alm de restritas, as visitas
devem ocorrer em locais apropriados, como uma sala de
visitas, por exemplo. No se deve permitir a livre circulaode amigos e parentes dos funcionrios nas dependncias da
empresa;
c) Mantenha um arquivo de e x-funcionrios. D iante de alguma
suspeita ou ameaa, verifique a possibilidade de
envolvimento de alguns deles;
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d) Caso no meream mais sua confiana, devem ser
demitidos. No entanto, pague a eles todos os valores a que
tm direito.
A melhor maneira de evitar problemas com funcionrios,
mantendo-os sempre leais e motivados para o trabalho desenvolver
constantemente treinamentos, palestras e debates, procurando fazer
com que se sintam responsveis e importantes para a vida da empresa.
2.10.4 TREINAMENTO
Todos os funcionrios devem ser orientados a informar ao
responsvel pela segurana, qualquer atitude suspeita ou
acontecimentos estranhos que constatarem no exerccio de suas
funes.
Instrua-os para que, caso venham a se deparar com cenas de
crimes, como arrombamentos, exploses, depredaes ou cadveres,
no devem tocar em nada e, sim, chamar imediatamente o responsvelpela segurana.
importante tambm ministrar a eles treinamentos especficos
na rea de segurana, com a contratao de profissionais capacitados
e idneos para desenvolver esse tipo de trabalho.
Existem no Brasil diversas empresas especializadas em
treinamento de vigilantes e de pessoal de segurana, de uma forma
geral. necessrio, no entanto, verificar se a empresa est autorizadaa funcionar pelo Poder Pblico e se seus servios so satisfatrios.
Todo funcionrio da empresa deve ser treinado em questes de
Segurana, em especial sobre os seguintes aspectos:
a) Como se comportar e agi r diante de situaes de incndio,
pnico ou catstrofe.
b) Reconhecer e ide ntificar at itudes suspeitas de pessoas no
interior da empresa.
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c) No tocar em ob jetos ou artefatos suspeitos, como
bombas, explosivos ou equipamentos eletrnicos. Em
situaes como essas o responsvel pela segurana deve ser
acionado.
d) Conhecer o f uncionamento do sistem a de segurana da
empresa, para colaborar com sua eficincia e no atrapalh-
lo ou obstru-lo.
Todo funcionr io deve ser t re inado em s i tuaes de emergncia e combate a
incndios
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2.11 CONTRATAO DE EMPRESAS DE VIGILNCIA
A contratao de servios terceirizados de vigilncia exige, no
entanto, alguns cuidados por parte da empresa.
Procure fazer uma pesquisa de mercado para verificar a
idoneidade da empresa que pretende contratar.
Converse com clientes atuais da empresa de vigilncia que
pretenda contratar e procure verificar critrios como qualidade,
eficincia, honestidade e custos.
Procure averiguar tambm a qualidade tcnica de seus
vigilantes, procurando saber onde foram treinados e se so reciclados
periodicamente, como manda a lei.
Com relao contratao de empresas de vigilncia,
transcrevemos a seguir, as recomendaes da FENAVIST Federao
Nacional das Empresas de Segurana e Transporte de Valores:
(Clique aqui para ver o Guia do Contratante)
Tambm com o objetivo de orientar o tomador de servios na
rea de Segurana e Vigilncia, Delegacia Regional do Ministrio do
Trabalho em Minas Gerais elaborou um Manual, cujo teor transcreveaqui, na ntegra.
(Clique aqui para ver o Manual )
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2.12 ORGANIZAO DA SEGURANA
2.13 IMPORTNCIA DA SEGURANA
Para que a empresa venha a ter uma segurana efetiva e
satisfatria necessrio eliminar todo empirismo e improvisao.
Como j vimos inicialmente, a atividade de segurana tem o
mesmo grau de importncia, dentro da empresa, do que as demais
atividades, como Produo, Marketing, Contabilidade, Finanas eAdministrao.
Assim, importante que a empresa dispense rea de
Segurana os mesmos cuidados que dispensa a outras reas. E o
primeiro passo para isso criar uma Gerncia ou Diretoria de
Segurana, colocando como responsvel por ela um profissional
qualificado e habilitado.
Nos pases desenvolv idos, a Segurana desempenha um papel da maior
importncia na v ida das organizaes empresar ia is .
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2.14 CENTRAL DE SEGURANA
necessrio tambm que a empresa organize e mantenha uma
Central de Segurana, ou seja, um local onde devem estar
centralizados todos os servios de Segurana.
Essa central dever ser dirigida pelo Gerente de Segurana, e
deve possuir os seguintes recursos:
a) Monitoramento eletrnico de todas as reas e dependncias
da empresa, atravs de alarmes, sensores e circuito fechadode TV.
b) Controle das tubu laes de gua, ar condicionado, centra is
de energia eltrica e elevadores.
c) Controle do som ambiente com canal exclusivo de
penetrao, para avisos sobre incndios, emergncias e
situaes de crimes ou violncias.
d) Central de Ala rmes de furt os, assaltos, incn dios e outrasemergncias.
e) Central de radiocomunicao, envolvendo o pessoal de
Segurana e todas as reas da empresa.
f) Linhas exclusivas de t elefone, independentes da cent ral
telefnica e de telefonistas.
g) Burocracia interna da Gerncia de Segurana.
Central de Segurana
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2.15 PESSOAL DE SEGURANA
E para que todo esse sistema de segurana funcione
adequadamente, cumprindo assim sua funo, que proporcionar
segurana ao ambiente empresarial, necessrio organizar
adequadamente a equipe que ir oper-lo.
O tamanho e complexidade da equipe de segurana vo
depender diretamente do porte da empresa. No entanto, o ideal que
seja constituda da seguinte forma:
a) Presidente ou Diretor Geral: o responsvel d ireto pelocomando da empresa. A ele est subordinada a Gerncia ou
Diretoria de Segurana.
b) Gerente ou Diretor de Segurana: o responsvel absoluto
por toda a rea de Segurana dentro da empresa. Reporta-se
apenas Presidncia ou Direo Geral.
c) Supervisor de Seg urana: o respo nsvel pelos turno s de
trabalho na rea de Segurana, que deve ser desenvolvida
durante as 24 horas do dia.
d) Vigilante: Trabalha nos mais variados ambientes, como
recepo, garagem, corredores e outras instalaes da
empresa.
e) Pessoal de Apoio: composto po r tcnicos e engenhei ros,
capazes de agir em situaes como quedas de energia
eltrica, falhas nos sistemas de comunicao, danificao de
equipamentos de segurana, ou qualquer outra misso
tcnica que lhes seja solicitada pelo Gerente de Segurana.
f) Pessoal de Emergncia: com posto por mdicos, socor ristas,
bombeiros, e outros profissionais, capazes de atender
prontamente a situao como acidentes, incndios,
desabamentos e outras situaes de crise ou emergncia;
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2.16 IDENTIFICAO E CONTROLE INTERNO
2.17 SISTEMAS DE IDENTIFICAO
A portaria ou recepo da empresa de vital importncia para a
segurana, uma vez que por ela que entram e saem dirigentes,
funcionrios, visitantes e fornecedores. Tambm por ela que tentam
passar ladres, assaltantes, seqestradores, terroristas, espies e
outros tipos de criminosos.Da a importncia em treinar adequadamente os funcionrios
que nela trabalham.
importante que existam funcionrios da Segurana apoiando
os porteiros e recepcionistas, sempre atentos a qualquer anormalidade.
Alm do apoio humano, necessrio que o local seja
monitorado com cmeras de circuito interno de TV, controladas
diretamente pela central de segurana.
O pessoal da Segurana, em servio na recepo deve estar
munido de equipamentos de comunicao, capazes de mant-los em
contato permanente com a central de segurana.
O ingresso de qualquer pessoa, no interior da empresa, s deve
ser permitido dentro de um processo de identificao e controle de
acesso eficiente.
O sistema mais prtico e simples de identificao atravs de
crachs. Por isso, adote um sistema especfico para cada tipo de
pessoa, como dirigentes, funcionrios, estagirios fornecedores,
servios terceirizados e visitantes, entre outros.
Existem no mercado diversas empresas especializadas em criar
sistemas de identificao, cabendo empresa escolher o sistema que
melhor se adapte sua situao particular.
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Crachs
Os funcionrios de empresas de servios terceirizados como
empreiteiras, manuteno, jardinagem e outros, devem receber crachs
para circularem apenas nas reas onde prestaro seus servios,
devendo ser vedado seu acesso a outras reas.
Alguns modelos de catracas, que podem ser ut i l izados no contro le de acesso de
funcionr ios, v is i tantes e fornecedores.
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2.18 ENTRADA E SADA DE FUNCIONRIOS
Para o pblico interno recomendvel crachs com fotos e
cdigos de barras. J para o pblico externo, o recomendvel o
sistema que fotografa automaticamente o visitante, guardando a foto e
seus dados em arquivo no computador.
Essas informaes podero ser teis, posteriormente, em casos
de furtos, assaltos e seqestros, ou mesmo para comprovar a presena
ou no de determinada pessoa na empresa, em determinado dia ehorrio.
Os funcionrios de empresas de servios terceirizados devem
receber crachs para circularem apenas nas reas onde prestam seus
servios, devendo ser vedado seu acesso a outras reas.
Crachs com ml t ip las funes so os mais indicados para o contro le de acesso
de funcionr ios.
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2.19 ENTRADA E SADA DE VISITANTES
Todo visitante dever ser cadastrado na recepo, com os
seguintes dados, que devero ficar arquivados:
a) Nome completo do visitante;
b) Endereo;
c) Nmero do Documento de Identidade;
d) Nome da pessoa ou setor que veio visitar;
e) Assunto ou motivo da visita; Horrio de entrada; e
f) Horrio de sada.
2.20 ENTRADA E SADA DE FORNECEDORES
Adote um sistema semelhante para fornecedores e prestadores
de servio.
Os crachs fornecidos a visitantes e fornecedores devem possuir
informaes sobre o local exato onde devem ir ou circular, atravs decores, por exemplo. Assim o pessoal da Segurana poder observar
pessoas circulando em locais no autorizados, possibilitando assim a
identificao de possveis suspeitos.
Os veculos de visitantes e fornecedores, tambm, devem ser
cadastrados com todas as informaes j mencionadas, acrescidas com
os seguintes dados: marca e tipo do veculo, cor, modelo e n da placa.
Com relao aos fornecedores e visitantes mais freqentes,
necessrio tomar todo o cuidado possvel para evitar a rotina. Na
maioria das vezes, quando uma pessoa, ou representante de alguma
empresa, se tornam freqentes no ambiente empresarial, comum a
segurana relaxar, no fazendo os registros necessrios. No raro
ocorrem casos de amizade entre os funcionrios da segurana e tais
pessoas.
Por isso, muito importante treinar o pessoal da Segurana para
evitar esse tipo de comportamento. J houve casos em que criminosos
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se disfararam de prestadores de servio para ingressar em
empresas e cometer crimes. Assim, quando algum se apresentar na
portaria como fornecedor ou prestador de servio, o porteiro deve
tomar as seguintes providncias:
a) Pedir a apresentao da Ordem de Servio ou Nota Fiscal.
b) Telefonar para a empresa, pedi ndo confirmao do servio
ou fornecimento.
c) Comunicar dir eo da empresa sobre a presena do
funcionrio e pedir autorizao para entrada.
2.21 SEGURANA DOS ESTACIONAMENTOS
Os estacionamentos tambm devem contar com sistemas de
segurana, envolvendo a presena fsica de vigilantes, instalao de
circuito fechado de TV, sistemas de controle de acesso e boa
iluminao no perodo noturno.
Procure manter estacionamentos especficos para funcionrios,visitantes e fornecedores. Os critrios de admisso aos
estacionamentos por parte de visitantes e fornecedores, devem
obedecer aos mesmos critrios adotados para o ingresso de pessoas,
j mencionados anteriormente.
Providencie credenciais ou autorizaes para os veculos dos
funcionrios, capazes de identific-los junto aos vigilantes. De
preferncia util ize sistemas de controle, atravs de cartes magnticosespecficos.
Os estac ionamentos tambm devem contar com serv ios de segurana ef ic ientes
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2.22 SEGURANA DE REAS RESTRITAS
Para reas restritas como diretoria, laboratrios, centros de
pesquisa, tesouraria, reas de risco, depsitos, almoxarifados, entre
outros, deve-se criar um sistema complementar de identificao, como
digitao de cdigos, leitura de mos ou de ris ou qualquer outro
sistema igualmente eficiente.
Por ocasio da demisso de algum dirigente ou funcionrio,
necessrio recolher seu crach, chaves e outros objetos da empresa,
que estejam em seu poder. Se a pessoa demitida tiver acesso a reas
restritas, deve-se providenciar uma alterao nos cdigos ou senhas.
Equipamentos de le i tura biomtr ica, catracas codi f icadas e le i tura de r is so
ideais para o contro le de acesso em reas restr i tas ou de al ta segurana.
2.23 MAPA DE CONTROLE
Procure fazer um mapa das atividades internas da empresa emantenha-o em arquivo. Nunca se sabe quando ser necessrio
consultar dados e eventos ocorridos no passado.
O ideal desenvolver um programa de computador, capaz de
armazenar todos os dados sobre entradas e sadas de funcionrios,
visitantes e fornecedores.
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2.24 INCNDIOS E EMERGNCIAS
2.25 O RISCO DE INCNDIOS EM EMPRESAS
Um incndio na empresa pode provocar uma verdadeira
catstrofe, que pode ir desde danos materiais considerveis, passando
pela perda completa das instalaes, podendo causar ainda a perda de
vidas humanas.
Por isso, a empresa deve tomar todas as medidas no sentido deevitar um incndio e, tambm, de control-lo, caso ele venha a ocorrer,
apesar de todas as precaues.
Um incndio na empresa pode ter
conseqncias catastrf icas
Incndio em prdio comerc ia l em Madr i ,
em 14 de feverei ro de 2005
2.25.1 PROJETO DE PREVENO DE INCNDIOS
Comece providenciando um projeto de preveno de incndio
especfico para a empresa, que dever ser elaborado e assinado por
um Engenheiro de Segurana especializado.
Existe no mercado um grande nmero de profissionaishabilitados para a elaborao desse tipo de Projeto. Antes de contrat-
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los, no entanto, procure saber mais sobre suas habilidades e
legalidade de suas atividades.
2.25.2 AS PRINCIPAIS CAUSAS DE INCNDIOS EM EMPRESAS
O risco da ocorrncia de incndios numa empresa, vai depender
diretamente da quantidade de fontes de possveis ignies e carga de
elementos combustveis que se encontram num determinado local,
alm, claro, dos riscos e possibilidades dessa ignio ocorrer, seja
acidentalmente, seja atravs da ao humana.
importante manter extintores de incndio em todos osandares e instalaes da empresa. Todos os dirigentes e funcionrios
devem receber treinamento sobre como manusear corretamente, e com
eficincia, um extintor de incndio.
Observe tambm o prazo de validade dos extintores.
Providencie para que eles sejam recarregados quando estiverem
prximos do vencimento da validade.
A manuteno constante dos ext intores de incndio de v i ta l importncia para a
segurana da empresa.
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2.26 TEORIA DO FOGO E DA COMBUSTO
Combusto uma reao qumica de oxidao, auto-
sustentvel, com liberao de luz, calor, fumaa e gases. Para que isso
ocorra necessria a unio de quatro elementos essenciais do fogo,
que so:
a) CALOR Forma de ene rgia que eleva a temperatura.
Gerada da transformao de outra energia, atravs de
processo fsico ou qumico.b) COMBUSTIVEL toda a substancia capaz de queimar e
alimentar a combusto. Elemento que serve de campo de
propagao ao fogo. Os combustveis podem ser, slidos,
lquidos ou gasosos.
c) COMBURENTE o elem ento que possib ilita vida as
chamas, e intensifica a combusto. O mais comum que o
oxignio desempenhe este papel, porem no o nico,
existindo outros gases.
d) REAO EM CADEIA a queima auto-sustentvel.
a unio dos trs itens acima descritos, gerando uma reao
qumica. Quando o calor irradiado das chamas atinge o
combustvel e este decomposto em partculas menores, que
se combinam com o comburente e queimam, irradiando outra
vez calor para o combustvel, formando um ciclo constante.
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Extino: o resultado da retirada de um ou mais dos
componentes acima citados.
2.26.1 FORMAS DE COMBUSTO
a) Combusto Completa - aquela em que a queim a produz
calor e chamas e se processa em ambiente rico em
comburente.
b) Combusto Incompleta - aquela em que a queima produz
calor e pouca ou nenhuma chama e se processa em ambientepobre em comburente.
c) Combusto Espontnea - aquela gerada de maneira
natural, podendo ser pela ao de bactrias que fermentam
materiais orgnicos, produzindo calor e liberando gases,
alguns materiais entram em combusto sem fonte externa de
calor, ocorre tambm na mistura de determinadas substancias
qumicas, quando a combinao gera calor e libera gases.
d) Exploso - a queima de gases ou partculas slidas em
altssima velocidade, em locais confinados.
2.26.2 FORMAS DE PROPAGAO
O calor pode-se propagar de trs diferentes maneiras:
Conduo, Conveco e Irradiao. Como tudo na natureza tende ao
equilbrio, o calor transferido de objeto com temperatura mais alta
para aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de dois objetos
absorvera calor at que esteja com a mesma quantidade de energia do
outro.
a) Conduo a transferncia de calor atravs de um corpo
slido de molcula a molcula. Quando dois ou mais corpos
esto em contato, o calor conduzindo atravs deles como
se fosse um s corpo.
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b) Conveco a transfe rncia de calor pelo prprio
movimento ascendente de massas de gases ou lquido.
c) Irradiao a transmisso de calor por ondas de energia
calorficas que se deslocam atravs do espao.
2.26.3 CLASSIFICAO DOS INCNDIOS
2.26.3.1 INCNDIO combusto sem controle.
Essa Classificao foi elaborada pela NFPA - AssociaoNacional de Proteo a Incndios/EUA, e adotada pelas: IFSTA -
Associao Internacional para o Treinamento de Bombeiros/EUA, ABNT
Associao Brasileira de Normas Tcnicas/BR e Corpos de
Bombeiros/BR.
Os incndios so classificados de acordo com os materiais neles
envolvidos, bem como a situao em que se encontram. Essa
classificao determina a necessidade do agente extintor adequado.
a) CLASSE A - Combust veis slidos , ex. ma deiras, p apel,
tecido, borracha, etc., caracterizado pelas cinzas e brasas
que deixam como resduos, sendo que a queima se da na
superfcie e em profundidade.
b) CLASSE B - Lquidos inflamveis, graxas e gases
combustveis, caracterizados por no deixar resduos e
queimar apenas na superfcie exposta.c) CLASSE C- o Material e equipamentos energizados,
caracterizado pelo risco de vida que oferece.
d) CLASSE D - o Metais combustveis, ex. magnsio, selnio,
antimnio, ltio, potssio, alumnio fragmentado, zinco,
titnio, sdio e zircnio, caracterizado pela queima em altas
temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns
principalmente se contem gua.
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2.26.6 EXTINTORES
2.26.6.1 EXTINTOR DE GUA PRESSURIZADO
Este o extintor mais indicado para o combate a prncipio de
incndio em materiais da classe A (slidos); no dever ser usado em
hiptese alguma em materiais da classe C (eltricos energizados),
pois a gua excelente condutor de eletricidade, o que acarretar no
aumento do fogo; devem-se evitar tambm seu uso em produtos da
classe D (materiais pirofricos), como o magnsio, p de alumnio e o
carbonato de potssio, pois em contato com a gua eles reagem deforma violenta.
A gua agir por resfriamento e abafamento. Procedimentos para uso:
- retirar o pino de segurana;
- empunhar a mangueira e o gatilho; e
- apertar o gatilho e dirigir o jato para a base do fogo.
2.26.6.2 EXTINTOR DE GUA PRESSURIZVEL (PRESSO
INJETADA)
Seu uso equivalente ao de gua pressurizada, diferindo-se
apenas externamente pelo pequeno cilindro contendo gs propelente,
cuja vlvula deve ser aberta no ato de sua util izao, a fim depressurizar o ambiente interno do extintor, permitindo o seu
funcionamento. O agente propulsor (propulente) o gs carbnico
(CO2).
Procedimentos de uso:
- abrir a vlvula do cilindro de gs;
- empunhar a mangueira e o gatilho; e
- apertar o gatilho e dirigir o jato para a base do fogo.
-
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2.26.6.3 EXTINTOR DE P QUMICO SECO (PQS)
o mais indicado para ao em materiais da classe B
(lquidos inflamveis), mas tambm pode ser usado em materiais classeA e em ltimo caso, na classe C. Age por abafamento, isolando o
oxgnio e liberando gs carbnico assim que entra em contato com o
fogo.
Procedimentos para uso:
- retirar o pino de segurana;
- empunhar a pistola difusora; e
- atacar o fogo acionando o gatilho.
2.26.6.4 EXTINTOR DE PQS COM PRESSO INJETVEL
As mesmas caractersticas do PQS pressurizado, mas
mantendo externamente uma ampola de gs para a pressurizao no
instante do uso.
Procedimentos para uso:
- abrir a ampola de gs;
- empunhar a pistola difusora; e
- apertar o gatilho e dirigir a nuvem de p para a base do fogo.
2.26.6.5 EXTINTOR DE ESPUMA MECNICA PRESSURIZADO
A espuma gerada pelo batimento da gua com o lquido
gerador de espuma e ar (a mistura da gua e do lquido gerador de
espuma est sob presso, sendo expelida ao acionamento do gatilho,
juntando-se ento ao arrastamento do ar atmosfrico em sua passagem
pelo esguicho). Ser usado em princpios de incndio das classes A e
B.
Procedimentos de uso:
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- retirar o pino de segurana;
- empunhar o gatilho e o esguicho; e
- apertar o gatilho, lanando a espuma contra o fogo.
2.26.6.6 EXTINTOR DE ESPUMA MECNICA COM PRESSO
INJETADA
As mesmas caractersticas do pressurizado, mas mantendo a
ampola externa para a pressurizao no instante do uso.
Procedimentos para uso:
- abrir a vlvula do cilindro de gs;
- retirar o pino de segurana;
- empunhar o gatilho e o esguicho; e
- apertar o gatilho, lanando a espuma contra o fogo.
2.26.6.7 EXTINTOR DE ESPUMA QUMICA
Embora esteja em desuso no mercado, ainda possvel
encontr-lo em edificaes. Seu funcionamento possvel devido a
colocao do mesmo de cabea para baixo, formando a reao de
solues aquosas de sulfato de alumnio e bicarbonato de sdio.
Depois de iniciado o funcionamento, no possvel a interrupo da
descarga.Deve ser usado em princpios de incndio das classes A e B.
Procedimentos para uso:
- no deitar ou virar o extintor antes de chegar ao local do fogo;
- no local, inverter a posio do cilindro; e
- lanar a espuma contra o fogo.
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- de espuma qumica;
- de p qumico seco; e
- de gs carbnico.
TABELA DE USO DE AGENTES EXTINTORES
Classe de Incndio GUA ESPUMA PQS CO HALON
ASIM
Excelente
SIM
Regular
Somente na
superf c ie
Somente na
superf c ie
Somente na
superf c ie
B NOSIM
Excelente
S IM
Excelente
SIM
Bom
SIM
Excelente
C NO NOSIM
Bom
SIM
Excelente
S IM
Excelente
D NO NOPQS
EspecialNO NO
UNIDADE
EXTINTORA10 l i t ros 9 l i t ros 4 Kg 6 Kg 2 Kg
ALCANCE
MDIO DO
JATO
10 m 5 m 5 m 2,5 m 3,5 m
TEMPO DE
DESCARGA60 seg 60 seg 15 seg 25 seg 15 seg
Mater ia l e laborado por Bombeiros Comrc io e Serv ios Tcnicos Ltda
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2.27 CLASSES DE INCNDIO E AGENTES EXTINTORES
As ilustraes abaixo, mostram cada um dos agentes extintores
que devem ser aplicados em cada classe de incndio.
O tringulo verde, o quadrado vermelho e o crculo azul, esto
estampados nos extintores, bastando verificar qual deles deve ser
util izado em determinado tipo de incndio.
2.28 EXTINTORES DE GUA
A gua o agente extintor de uso mais comum. Usa-se o jato
para o resfriamento e proteo de instalaes a distncia e para o
enxarcamento de slidos. Usa-se a gua sob a forma de neblina para o
resfriamento de superfcies lquidas; emulsificao de leo; proteo de
pessoas, estruturas, mquinas e equipamentos; diluio (lcoois,
amnia); e absoro do calor desprendido na combusto.
A gua, contudo, no deve ser empregada em incndios que envolvam:
equipamentos eltricos energizados; materiais reativos com a gua
(carbonatos, perxidos, sdio metlico, p de magnsio, etc); e gases
liquefeitos por resfriamento. Para usar o extintor: a) retire a trava ou o
pino de segurana; b) empunhe firmemente a mangueira; e c) ataque o
fogo, dirigindo o jato para a sua base.
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2.29 EXTINTORES DE ESPUMA MECNICA
Indicado para incndios Classes A e B. Um lquido gerador de
espuma (de base protenica ou sinttica, usado na concentrao de 3
ou 6%) age mecanicamente com gua, originando a soluo de espuma
que, misturada com ar, forma finalmente a espuma. (O volume da
espuma formada em relao ao volume da soluo empregada, pode
ser de at 10 (baixa expanso, a mais usada, por ter maior poder de
espalhamento e ser mais pesada), 100 mdia expanso) ou 1.000
vezes (alta expanso). Restries ao uso da espuma mecnica: gases
liquefeitos; lquidos em fluxo; substncias que reagem com a gua; e
lquidos superaquecidos (superior a 100oC).
2.30 EXTINTORES DE P QUMICO
O p qumico um material pulverulento finamente dividido,
tratado para ser repelente a gua e escoar fluidamente em tubulaes,eliminando as chamas por interrupo das reaes em cadeia.
Podem ser empregados em: gases, lquidos e slidos combustveis; e,
ainda, em equipamentos eltricos energizados. Os tipos de ps so:
bicarbonato de sdio, de potssio ou de potssio + uria (MONEX) e
fosfato monoamnio.
2.31 EXTINTORES DE GS CARBNICO (CO2)
Os extintores de Gs Carbnico, Dixido de Carbono ou
simplesmente CO2 so util izados, preferencialmente, no combate aos
fogos das Classes B e C, embora possa ser usado, tambm, nos
incndios de Classe A, em seu incio. Depois dos extintores de gua
so, por tradio, um dos mais usados. Os extintores portteis so
oferecidos com cargas de 4 e 6 kg cada e os extintores sobre rodas,com carga de 10, 25, 30 e 50 kg cada.
-
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2.32 AGENTES EXTINTORES HALOGENADOS
Podem ser considerados como derivados do Metano ou do
Etano, pela substituio dos tomos de Hidrognio por tomos de
Flor, Cloro e/ou Bromo. So eles: Tetracloreto de Carbono,
Bromoclorometano, Bromoclorodifluormetano e Bromotrifluormetano.
So usados nos incndios envolvendo: gases, lquidos e slidos
combustveis; e equipamentos eltricos energizados. Seu mecanismo
de extino d-se pela interrupo da reao em cadeia e,
secundariamente, por resfriamento. Limitaes: substncias com alto
teor de oxignio, metais combustveis e hidretos metlicos.
2.33 ESCOLHA CORRETAMENTE O EXTINTOR
P QUMICO CO2 - GS
CARBNICOGUA
ESPUMAMECNICA
CLASSE A
Mater ia iss l idos, papel ,
madeira ,
tec idos.
BC - Somente
no estg ioin ic ia l
ABC -
EXCELENTE
Somente no
estg io in ic ia l
EXCELENTE
satura omater ia l e no
permite a
re ign io
EXCELENTE
Forma
cobertura,
satura o
mater ia l e ev i ta
a res ignao
CLASSE B
L qu idos
in f lamveis e
h idro
carburetos,
gasol ina, leo,
t in ta
EXCELENTE
O p abafa e
in terrompe a
cadeia de
combusto. A
cort ina cr iada
protege o
operador .
EXCELENTE
No de ixa
res duos
No
recomendvel
ESPALHA O
FOGO!
EXCELENTE
Forma
cobertura,
satura o
mater ia l e ev i ta
a res ignao
CLASSE C
Equ ipamento
eltr ico at ivo
onde o agente
no condutor
de
eletr ic idade,
motores e
chaves
e ltr icas
EXCELENTE
No condutor
de e letr ic idade
e protege o
operador do
calor
EXCELENTE
No condutor
de
eletr ic idade,
No de ixa
res duos nem
dani f i ca o
equ ipamento
No
recomendvel
condutor de
e letr ic idade
No
recomendvel
condutor de
e letr ic idade
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EQUIPAMENTO A UTILIZAR
Material AApagar
GUA P QUMICO "BC"
CO2
(GS
CARBNICO)
ESPUMAMECNICA
Materiais
Slidos SIM
(excelente)
NO
(s para
pequenos
incndios de
superfcie)
NO
(s para
pequenos
incndios de
superfcie)
SIM
(excelente)
Lquidos
inflamveis e
hidrocarburetos
NO
(o lquido
incentiva
o fogo)
SIM
(excelente,
inclusive para
gases
liquefeitos)
SIM
(excelente)
SIM
(excelente)
Fogo de
Origem Eltrica
NO
(condutorde
eletricidade)
SIM
(excelente - a
nicadesvantagem
que deixa
resduos)
SIM
(excelente) NO
(eletricidade
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2.34 RISCOS DE INCNDIO. NECESSIDADE DE EXTINTORES
EXEMPLO: Calcular o nmero de extintores para incndio
classe "A" e risco mdio, numa rea de 1.500 m2.
1) Clculo do nmero de Unidades Extintoras (U.E.) = rea total / rea
mxima protegida pela capacidade extintora de 1A (Tabela 2):
U.E. = 1.500 m2 / 135 m2 = 12A (aproximadamente)
2) Clculo do nmero de extintores = rea total / rea mxima
protegida por extintor (Tabela 2, risco mdio):
E = 1.500 m2 / 800 m2 = 2 extintores (aproximadamente)
3) Determinao da rea mxima a ser protegida por cada extintor
(Tabela 3, risco mdio): A = U.E. / E = 12A / 2 = 6.
Entrando-se na Tabela 3 com 6A e risco mdio, encontra-se a
rea mxima de 800 m2.
4) Se optarmos pela GUA como agente extintor PORTTIL, veremos
pela Tabela 4, que haver a necessidade de: 12A / 2A = 6 extintores
(de 10 litros cada).
Tabela 1 - QUANTIDADE DE EXTINTO RES SEGUNDO O RISCO DE FOGO
REA COBERTA POR U.E.RISCO DE
FOGO
CLASSE DE
OCUPAO(*)DIST.MX. A PERCORRER
500 m2 pequeno "A" - 01 e 02 20 metros
250 m2 mdio "B" - 02, 04, 05 e 06 10 metros
150 m2 grande"C" - 07, 08, 09, 10,
11, 12 e 1310 metros
(*) Segundo Tar i fa de Seguro Incndio do Brasi l do Inst i tuto de Resseguros do
Brasi l IRB.
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Tabela 2 - DETERMINAO DA UNIDADE EXTINTORA, REA MXIMA PROTEGIDA E
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DISTNCIA MXIMA A SER PERCORRID A PARA FOGO CLASSE "A"PARMETROS / RISCO DE INCNDIO peq. md. grd.
Unidade Extintora (U.E. ) 2A 2A 4A
rea mx.prot .pela capac. ext intora de
1A (m2)
270 135 90
rea mxima protegida por ext intor
(m2)800 800 800
Distncia mxima a percorrer at o
ext intor (m)20 20 20
Tabela 3 - REA MX. PROT. POR EXTINTOR (cl asse A), m2
EXT. peq. md. grd.
2A 540 270 - - -
3A 800 405 - - -
4A 800 540 360
6A 800 800 540
10A 800 800 800
20A 800 800 800
30A 800 800 800
40A 800 800 800
Tabela 4 - CLASSIFIC AO DOS EXTINTORES SEGUNDO O AGENTE EXTINTOR, ACARGA NOMINAL E A CAPACIDADE EXTINTORA EQUIVALENTE (C.E.E. )
AGENTE
EXTINTORCARGA E.P. C.E.E. E.P. CARGA E.R. C.E.E. E.R.
gua 10 l 2A 75 l 150 l 10A 20A
Espuma qumica
10 l 20 l 2A:2B 2A:5B 75 l 150 l6A:10B
10A:20B
Espuma mecnica 9 l 2A:20BGs carbnico
(CO2)
4 kg 6 kg 2B 2B 10 kg 25 kg 30
kg 50 kg
5B 10B 10B
10B
P qumico
base de
bicarbonato de
sdio
1 kg 2 kg
4 kg 6 kg
8 kg 12 kg
2B 2B 10B 10B
10B 20B20 kg 50 kg
100 kg
20B 30B
40B
Hidrocarbonetos
halogenados
1 kg 2 kg
2,5 kg 4 kg2B 5B 10B 10B
LEGENDA: E.P.= Extintor Portt i l E.R.= Extintor sobre Rodas
-
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2.35 BRIGADAS DE INCNDIO
Faa um Plano de Emergncia para os casos de incndio,
abordando o comportamento de cada funcionrio, incluindo o socorro e
orientao a pacientes, funcionrios, profissionais de sade e
visitantes.
O Plano deve conter instrues sobre evacuao do local e
socorro a feridos e acidentados.
O hospital deve organizar e treinar uma Brigada de Incndio,
que ter por misso a preveno e combate a incndios bem comoprestao de primeiros socorros.
interessante que o hospital contrate empresas especializadas
para o treinamento de sua Brigada de Incndio. Geralmente um curso
de formao de brigadas de incndio aborda os seguintes aspectos:
2.36 PREVENO E COMBATE A INCNDIO:
a) Teoria do fogo
b) Mtodos de extino de incndios
c) Classes de incndios
d) Tcnicas de extino de incndios
e) Utilizao de sistemas de combate a incndios
f) Util izao dos equipamentos de proteo individual
g) Mtodos de preveno de sinistros
h) Procedimentos em situao de incndio
i) Controle de pnico
Treinamento de Combate a Incndios
-
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2.37 PRIMEIROS SOCORROS:
a) Definio e preveno de acidentes
b) Princpios e qualidades bsicas do socorrista
c) Primeiras aes do socorrista
d) Exame corporal
e) Identificao dos sinais vitais
f) Procedimentos em caso de parada cardaca, parada
respiratria, hemorragia, desmaio, estado de choque,
convulses, ferimentos, fraturas, queimaduras e
envenenamento.
g) Transporte de vtimas
Treinamentos em Pr imeiros Socorros
2.38 BRIGADA DE INCNDIO
atravs de pessoas treinadas, que se poder evitar grandesperdas materiais, sociais e principalmente salvar vidas de muitas
pessoas, alm da sua. Sabemos que a preveno a melhor estratgia
a ser adotada, muito mais simples do que o combate, alm dos custos
ser reduzido. Aplicando os conhecimentos da "Teoria Geral da
Combusto" em nosso ambiente de trabalho ou em nossa residncia,
faremos a preveno correta, evitando incndios com procedimentos
simples, lgicos e sem grandes investimentos.
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2.38.1 DEFINIO
O fogo uma reao qumica que fornece calor, luz e chama.
S existe fogo na presena de trs elementos bsicos (combustvel,oxignio e calor). O fogo pode ser definido como produto da combusto
de material slido, lquido, gasoso, com liberao de luz e calor. O
oxignio o comburente e o material que queima o combustvel
(pode ser slido, lquido, em forma de vapor ou ainda na forma
gasosa).
* Calor - a quantidade de energia, unidade de medida [J], [cal]
* Temperatura - o nvel de energia, unidade de medida dada emgraus [C], [F], [K].
2.38.2 TRANSMISSO DO CALOR:
* Conduo-propagao atravs de um meio fsico (continuidade
molecular) ex.: barra de ao.
* Conveco - propagao atravs de um meio circulante gasoso ou
lquido (correntes "trmicas" de vapores) ex.: evaporao de solventes,
vazamento de GLP.
* Irradiao - propagao por ondas calorficas que um corpo aquecido
transmite em todas as direes semelhantes a luz. Ex: calor do sol,
chapa de metal aquecida (solda).
* Combusto - uma reao qumica em cadeia (contnua), de
oxidao rpida entre um combustvel, um comburente, com adio de
energia de ativao, liberando luz e calor.
* Combustvel - todo material que libera vapores inflamveis
chegando ao ponto de combusto.
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a) slido - madeira, papel, tecido
d) lquido - gasolina, lcool, ter, tinta, solvente...
e) gs - hidrognio, GLP, acetileno, metano...
f) Comburente - o oxignio do ar
g) Ar atmosfrico - a mistura de oxignio 21%, nitrognio 78%
e 1% de outros gases.
h) Reao qumica - reao de oxidao do combustvel pelo
oxignio do ar.
2.38.3 PONTO DE FULGOR
a mnima temperatura em que os vapores do combustvel
aquecido com a aproximao de uma fonte externa de calor, entram em
combusto, e retirada a fonte externa de calor a combusto cessa.
2.38.4 PONTO DE COMBUSTO:
a mnima temperatura em que os vapores de combustvelaquecido com aproximao de uma fonte externa de calor, entram em
combusto, e retirada a fonte de calor externa de calor a combusto
continua (se auto alimenta).
2.38.5 PONTO DE IGNIO:
a temperatura da chama ou da fonte de calor; a temperatura
necessria para inflamar a mistura ou os vapores de combustvel. Se
elevar-mos o combustvel acima do ponto de ignio, ele explode (auto-
ignio). Ex: gasolina - 42 (ponto de fulgor) + 257 (ponto de ignio)
2.38.6 CLASSES DE INCNDIO
So quatro classes de incndio; classes A, B, C, D. Foi dividido
desta maneira para facilitar a aplicao e util izao correta do agenteextintor correto para cada tipo de material combustvel.
-
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a) * Classe A: Fogo em materiais slidos de fcil
combusto, que queimam na superfcie e profundidade,
deixando resduos e cinzas. Ex: madeira, papel, tecido,
fibras, borrachas. Mtodo de extino - resfriamento.
b) * Classe B: Fogo em combustveis lquidos que queimam na
superfcie e no deixam resduos. Ex: gasolina, lcool,
solvente. Mtodo de extino - abafamento/resfriamento.
c) * Classe C: Fogo em equip amentos elt ricos energi zados.
Ex: computadores, centrais telefnicas, quadros de comando,
eletrodomsticos, motores eltricos. Mtodo de extino -
abafamento/extino qumica.d) * Classe D: Fogo em materiais pirofricos, ou que
necessitem mtodos especiais de extino. Ex: magnsio,
sdio metlico, titnio. Mtodo de extino -
abafamento/extino qumica. (areia seca, p qumico
especial, l imalha de ferro, carvo em p).
2.38.7 AGENTES EXTINTORES
a) * gua - efeito de resfriamento e abafamento.
b) * P qumico - abafamento.
c) * Areia seca - abafamento.
d) * Gases inertes - (CO2, nitrognio, hlio) - retiram/baixam o
nvel de oxignio para menos de 18%.
e) * Espuma mecnica - abafamento.
f) * Espuma qumica - extino qumica.g) * Vapor
2.38.8 EXTINTORES PORTTEIS
So util izados para combater o princpio de incndio.
a) * extintores de gua (fogo classe A)
b) * extintores de gs carbnico (CO2) (fogo classe B e C)c) * extintores de espuma (fogo classe A e B)
d) * extintores de p qumico (fogo classe B,C e D)
-
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2.38.9 OBSERVAO
* Existem tambm os extintores tipo carreta, que levam em seu
interior os mesmos agentes extintores, porm com maior quantidade decarga.
* Os extintores devem ser vistoriados mensalmente, analisando suas
partes (casco, mangotes, vlvulas, manmetro), carga, presso do
cil indro.
2.38.10 MTODOS DE EXTINO
A extino do fogo se d pela interrupo da reao fsico-
qumica, ou seja, atravs da eliminao de qualquer um dos elementos
[calor, combustvel, comburente (oxignio)]. Pode ser por:
a) * Remoo - retirada do combustvel.
b) * Resfriamento - baixar a temperatura do combustvel abaixo
do ponto de fulgor.
c) * Abafamento - criar uma barreira entre o combustvel e o ar
[isolando o combustvel, retirando o ar (baixar taxa de
oxignio para menos de 18%)].
d) * Extino qumica - bloqueio qumico da reao de
combusto.
2.38.11 SISTEMA DE PREVENO E COMBATE AO FOGO
a) * alarmes
b) * detectores de fumaa
c) * detectores de calor (spincklers)
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2.38.12 PROCEDIMENTOS EM CASOS DE INCNDIO
a) * Desligue a chave geral de eletricidadeb) * D o alarme geral
c) * Chame o corpo de bombeiros
d) * Combata o princp io de incndio dentro das limitaes do
equipamento
e) * Impea a propagao do fogo
f) * Salve vidas em primeiro lugar, depois os objetos
g) * No use elevadores
h) * Tente sempre descer (o fogo e o calor tendem a subir)
i) * Molhe suas roupas
j) * No se tranque em salas
k) * Use um leno umedecido no nariz para evitar respir ar a
fumaa.
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Currculo bsico do curso de formao de brigada de
incndio com tcnicas de Primeiros Socorros
Parte TericaMdulo Assunto Objet ivos
01 - Introduo Objet ivos do curso e obr igadista
Conhecer os objet ivos gerais do curso,responsabi l idade e comportamento do
br igadista
02 - Teor ia do fogoCombusto, seus
elementos e a reao emcadeia
Conhecer a combusto, seus elementos,funes, pontos de fulgor , ignio e
combusto e a reao em cadeia
03 - Propagao dofogo
Conduo, i r radiao econveco
Conhecer os processos de propagao dofogo
04 - Classes deincndio
Classi f icao ecaracter st icas Conhecer as classes de incndio
05 - Preveno deincndio Tcnicas de preveno Conhecer as tcnicas de preveno paraaval iao dos r iscos em potencial
06 - Mtodos deextino
Isolamento, abafamento,resfr iamento e qumico Conhecer os mtodos e suas apl icaes
07 - Agentes ext intores gua ( jato/nebl ina) , PQS,CO , espumas e outros
Conhecer os agentes, suas caracter st icase apl icaes
08 - Equipamentos decombate a incndio
Extintores, hidrantes,mangueiras e acessr ios,EPI , corte, arrombamento,
remoo e i luminao
Conhecer os equipamentos, suasapl icaes e manuseio
09 - Equipamentos dedeteco, a larme e
comunicaesTipos e funcionamento Conhecer os meios mais comuns de
sistemas e manuseio
10 - Abandono de rea Procedimentos
Conhecer tcnicas de abandono de rea,
sada organizada, pontos de encontro echamada e controle de pnico
11 - Anl ise de v t imas Aval iaes pr imr ia esecundr ia
Conhecer as tcnicas de exame pr imr io(sinais v i ta is) e exame secundr io
(sintomas, exame da cabea aos ps)
12 - Vias areas Causas de obstruo el iberao
Conhecer os sintomas de obstrues emadultos, cr ianas e bebs conscientes e
inconscientes
13 - RCP (reanimaocardiopulmonar)
Venti lao ar t i f ic ia l ecompresso cardaca
externa
Conhecer tcnicas de RCP com um e doissocorr istas para adultos, cr ianas e
bebs
14 - Estado de choque Classi f icao preveno etratamento
Reconhecimento dos sinais e s intomas etcnicas de preveno e tratamento
15 - Hemorragias Classi f icao e tratamentoReconhecimento e tcnicas de hemostasia
em hemorragias externas
16 - Fraturas Classi f icao e tratamento Reconhecimento de fraturas abertas efechadas e tcnicas de imobi l izaes
17 - Fer imento Classi f icao e tratamento Reconhecimento e tcnicas de tratamentoespec f icos em fer imentos local izados
18 - Queimaduras Classi f icao e tratamentoReconhecimento, aval iao e tcnicas de
tratamento para queimaduras trmicas,qumicas e e ltr icas
20 - Emergnciascl nicas
Reconhecimento etratamento
Reconhecimento e tratamento parasncope, convulses, AVC (AcidenteVascular Cerebral ) , dispnias, cr ises
hipertensiva e hipotensiva, IAM ( Infar toAgudo do Miocrdio) , diabetes e
hipogl icemia
21 - Transporte dev t imas Aval iao e tcnicas
Reconhecimento e tcnicas de transportede v t imas cl nicas e traumticas comsuspeita de leso na coluna vertebral
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Parte Prtica
Mdulo Assunto Objet ivos
01 - Prt ica Combate a incndios
Prat icar as tcnicas de combate a
incndio, em local adequado
02 - Prt ica Abandono de reaPrat icar as tcnicas de abandono de
rea, na prpr ia edi f icao
03 - Prt ica Pr imeiros socorrosPrat icar as tcnicas dos mdulos 11 a 21
da parte ter ica
Mater ia l e laborado por Bombeiros Comerc io e Serv ios Tcnicos Ltda
Os bombeiros devem ser ac ionados ao menor s inal de incndio ou s i tuaes de
emergncia.
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2.39 EQUIPAMENTOS CONTRA INCNDIO
Mantenha hidrantes em locais estratgicos da empresa, bem
como reservatrios de gua com grande capacidade de
armazenamento.
Instale sensores de temperatura em todos os andares e
ambientes da empresa, capazes de denunciar um princpio de incndio.
De preferncia, instale chuveiros capazes de lanar jatos de gua
quando ocorrer um aquecimento exagerado do ambiente.
A empresa deve manter um sistema de som ambiente, com umcanal exclusivo de penetrao pela Segurana capaz de emitir avisos
sobre incndios e outros perigos.
De uma forma geral, os equipamentos contra incndio
indispensveis numa empresa so os seguintes:
Porta corta- fogo
Sinal izadores
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Sistema de Alarmes de Incndio
Sensores de Temperatura
Hidrantes e Mangueiras
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Spr ink lers Hidrantes
ESPECIFICAES TCNICAS
Tipo Dimetro Presso Prova
kgf (kPa)
Presso Ruptura
kgf (kPa)
Presso Ruptura
aps abraso
kgf (kPa)
1 1.1/2" 21 (2060) 35 (3430) 15 (1470)
2 1.1/2" 28 (2745) 42 (4120) 21 (2060)
2 2.1/2" 28 (2745) 42 (4120) 21 (2060)
APLICAO (ITEM 4.1)
Local Errado Correto
Prdio de Apartamento
(ocupao residencia l)
Mangueira Tipo 1
Shopping Center
Edif c io Comercia l
Prdio de Escr i tr io
Hotel
Cinema
Aeroporto
Hospita l
Estao Rodovir ia
Estao Ferrovir ia
Indstr ia-rea Administrat iva
Mangueira Tipo 2
Mangueira Tipo 1: Destina-se a edi f c ios de ocupao residencia l .
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Magueira Tipo 2: Destina-se a edi f c ios comercia is e industr ia is ou Corpo
de Bombeiros.
2.39.1 CENTRAIS DE ALARME:
2.39.1.1 Central de Alarme 1
1 Central de Alarme N. 1
Gabinete externo confeccionado em chapa de ao previamente
tratado por processo de fosfatizao (anti-ferrugem) pintado a base de
p