Manual Metodologia Da Pesquisa
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MMAANNUUAALL DDEE MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA DDAA
PPEESSQQUUIISSAA
PROF. DR. POTIGUARA ACÁCIO PEREIRA
© DIREITOS RESERVADOS Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento.
Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu Televirtuais | 2012
Universidade Anhanguera-Uniderp
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INTRODUÇÃO Trabalho há muitos anos com Metodologia da Pesquisa. Para ensinar e para
pesquisar. Ao longo do tempo, deparei-me com muitos obstáculos. O mesmo
aconteceu com muitos de meus alunos. E não foram poucos os que desistiram de
tentar ultrapassá-los. Vencê-los, realmente, não é fácil.
Percebi, também, algo muito importante. É preciso deixar de lado a
preocupação com resultados, isto é, com o término do trabalho; seja porque há uma
data estabelecida para isso ou há uma nota por sua consecução ou um certificado...
Isto deixa aquele que pesquisa ansioso e a tendência é pensar mesmo nos resultados e
não no processo que leva à consecução da pesquisa.
Não há dúvida alguma de que há prazos. Mas, também, há planejamento e é
isto que faz com que o trabalho seja concluído “naturalmente”.
Há que se ter claro, antes de tudo, que toda pesquisa está associada à
formação de quem pesquisa. E é isto que garante que ela seja de qualidade, pois o
processo é de conhecimento.
Por outro lado, não se pode esquecer que as Ciências Humanas são, ainda,
muito criticadas – há aqueles que nem as consideram ciências. E isto tem complicado
bastante as pesquisas na área.
No tocante aos estudantes, há uma insatisfação muito grande quanto ao
desenvolvimento de trabalhos de pesquisa acadêmico-científicos. A maioria não traz
da graduação uma orientação segura. E a maioria só houve falar em pesquisa
científica nos cursos de pós-graduação.
Feliz, ou infelizmente, somos obrigados a admitir que as epistemologias, as
teorias, os métodos e os procedimentos metodológicos das Ciências Humanas não nos
têm dado muita segurança, porque também não estão seguros de si mesmos.
Pois bem, este trabalho é dirigido àqueles que se matricularam em um dos
cursos de pós-graduação “lato sensu” da Rede Anhanguera e quer contribuir para os
estudos, a pesquisas e os trabalhos de conclusão de cursos.
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Para tanto, responderá a algumas questões, a fim de permitir uma melhor
compreensão sobre os mecanismos da pesquisa. Quer também auxiliar na
compreensão de concepções, conceitos e perspectivas dos especialistas na matéria e
ser ponto de referência para melhor situar, interpretar e compreender a relação de
quem pesquisa com a própria pesquisa.
De início, uma ressalva:
pesquisas não são voltadas para objetos; elas o são para sujeitos.
É difícil a tarefa de procurar responder sobre o sujeito (o que é?). Mas isto
hoje, mais do que nunca, é necessário e urgente.
Dotados de consciência, os sujeitos têm o poder de agir sobre suas próprias
vidas. Eles conhecem, agem, sentem e querem. Isto dá, perfeitamente, a idéia do
que significa pesquisar para sujeitos. E dá também uma ideia do que significa
pesquisar os próprios sujeitos.
O conhecimento humano implica sempre uma reflexividade com vistas ao que
se conhece. E a Metodologia da Pesquisa Científica tem de possibilitar, àqueles que a
estudam, entender o porquê de as ciências serem tidas como rigorosas.
Elas o são, porque seus conhecimentos decorrem de pensamentos rigorosos,
isto é, daqueles pensamentos que se dirigem a um objeto, possuem um método e são
lógicos, isto é, coerentes, não contraditórios. E assim têm de ser, porque a Ciência
nasceu sob a égide da razão e da verdade. Não é, pois, por outro motivo que o rigor
da Ciência, hoje, se encontra nos seus próprios discursos.
Além do conhecimento científico, o conhecimento filosófico se constitui
também rigoroso. Por isto, a Filosofia e a Ciência são consideradas interpretações
rigorosas da realidade.
Além delas, a Arte, a Religião e o Senso Comum também se constituem formas
de interpretação da realidade, mas, não são interpretações rigorosas da realidade.
São interpretações, claro, mas interpretações que se dão a partir das características
próprias de cada uma delas. A Arte ligada à imaginação, à criatividade; a Religião, à
crença e o Senso Comum, às impressões ordinárias, vulgares, que temos da realidade.
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A questão do rigor da Ciência tem conseqüências importantes para a
Metodologia da Pesquisa Científica, uma vez que por ela os alunos terão de aprender
muito bem a diferença entre a construção de uma interpretação científica, em vista a
uma determinada situação, e a construção de uma interpretação construída a partir
de uma situação qualquer.
Assim, se um grupo de alunos constrói uma interpretação sobre a queda de um
objeto lançado do topo de um edifício, esta poderá ser até muito interessante, mas é
praticamente certo que não será a mesma interpretação que os físicos fariam. E isto
porque os físicos se baseariam nas teorias existentes sobre a queda dos corpos.
Nesse sentido, o conhecimento verdadeiro diz respeito a um conhecimento
que é pertinente ao nosso mundo. E é relativo aos contextos e aos projetos
científicos.
A CIÊNCIA
O homem, ao fazer ciência, nada mais faz do que interpretar suas próprias
ações e ao que o cerca – a realidade. Trata-se de um desejo. Desejo de superação
daquilo que lhe causa admiração. Espanto, no entendimento de Aristóteles.
É essa interpretação que se transforma num discurso verdadeiro. Num
discurso que pretende dizer exatamente como a realidade é. Mesmo que se saiba que
esse discurso será outro decorrido algum tempo, uma vez que a realidade se
transforma. Portanto, o discurso da ciência é um discurso com sentido.
A ciência tem proposto conhecer a realidade de modo cada vez mais
sistemático e preciso. Isto quer dizer que a ciência acaba por organizar os dados, que
colhe da realidade, em conjuntos logicamente coerentes e busca determinar as
ligações existentes entre os fenômenos. Não é por outro motivo, pois, que se
estabelece um contato com a realidade, de modo a obter informações a respeito dela
e, ao mesmo tempo, dispor de instrumentos que permitam coordená-las e criar
esquemas explicativos.
Um detalhe importante: ao considerar que seus conhecimentos devam ter
caráter universal, a ciência deseja resultados que sejam intersubjetivamente
controláveis.
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Mas, quero crer que, em vez de falarmos da ciência em geral, seja melhor
caracterizar o que seja uma disciplina científica. Nesse sentido, uma disciplina se
caracteriza como científica quando possui um objeto, um método e um corpo
conceitual.
Pois bem, toda disciplina científica tem obrigatoriamente um objeto, isto é,
aquilo para o qual ela quer conhecer. Daí constituir-se a objetividade numa de suas
principais características, já que por objetividade se entende o modo como uma
disciplina científica conhece o seu objeto. Por isto, e é o sentido que a Ciência
Moderna atribui ao termo, a objetividade acabou por se tornar a característica
daquilo que é objetivo, isto é, na postura que adota o cientista de ver as coisas como
as coisas realmente são.
É possível compreender agora, porque a concepção de objetividade só se
consolidou com o advento da Ciência Moderna. Foi ela que se preocupou em distinguir
o que é objeto de nossas percepções – no sentido de conhecimento empírico – e o que
é objeto de nossa subjetividade.
Pode-se afirmar que a Ciência Moderna nasceu sob a égide do que se chamou
método experimental. Aliás, ainda hoje, quando me refiro à ciência em sala de aula,
ouço freqüentemente referências à experimentação.
De fato, a ciência sempre se esforçou por eliminar tudo o que dizia respeito à
subjetividade, a fim de poder definir, reproduzir e comunicar os fatos. E o fez
prolongando nossos sentidos por meio de instrumentos de medir, o que acabou por
determinar o tratamento meramente quantitativo deles. Com isto, pensou-se
que por meio da repetição dos experimentos fosse possível evitar o risco de erro.
Nesta perspectiva, o fato científico nada mais é do que o fato mensurável. Por isto,
outro não foi o trabalho da Ciência Moderna que o de descrever seus procedimentos
de medida. E para tornar essa descrição fiável, valeu-se da linguagem matemática.
Portanto, é primordial para o cientista moderno poder reproduzir os fatos. Daí
a importância adquirida por aquilo que os cientistas modernos chamando de “método
experimental”. Nessa linha, para aqueles que trabalham com os fenômenos físico-
naturais, não há ciência sem experiência.
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Cabem aqui duas observações. A primeira, para dizer que há, hoje, outra
concepção de ciência – a Ciência Pós-Moderna. A segunda, que essa nova concepção
de ciência faz-nos refletir sobre uma nova concepção de método.
A Ciência Moderna deslocou a questão do método, do sujeito para o objeto.
Com isto, criou um grande problema, principalmente, para as Ciências Humanas. Por
exemplo, para os psicólogos, também a experiência (ou teste) passou a ter
importância. Para o historiador, a fidelidade aos documentos não deixa dúvida sobre a
importância dada ao fato.
Por isto, faço coro com aqueles que defendem a tese de que a questão do
método tem de ser aprofundada.
Em seu sentido etimológico, método quer dizer caminho, isto é, ir de um
lugar a outro. No caso que é o nosso, trata-se do caminho que o sujeito percorre para
conhecer determinado objeto. Trata-se, pois, de uma escolha. Não é, pois, sem
sentido a afirmação (LALANDE,1993, p. 679) de que a idéia de método é sempre a de
uma direção definível e regularmente seguida numa operação do espírito (o grifo é
meu).
Prefiro manter o termo espírito. Pensamento em seu lugar poderia dar a idéia
de que tomamos o sujeito apenas como cognoscente, esquecendo-nos das críticas
pertinentes a esse respeito. Noutros termos, o sujeito não é somente cognoscente.
Por outro lado, poderia surgir a idéia de uma fragmentação da própria
concepção de sujeito, tal qual às das antropologias contemporâneas, com relação à
concepção de homem, absolutamente indefensáveis em tempos pós-modernos.
Vejo, então, dois caminhos para o conhecimento do objeto: o categórico-
dedutivo e o empírico-indutivo.
LALANDE (Ibidem, p. 142), ao se referir a categórico-dedutivo, remete-nos ao
termo dedutivo (p. 229) - que constitui uma dedução – e atribui a ele quatro sentidos.
Interessa-nos o segundo:
Em particular: ao falar-se de uma conduta geral de pensamento: aquela que utiliza apenas o raciocínio (como nas matemáticas puras) sem fazer apelo à experiência no curso de seu desenvolvimento. O método dedutivo. Este método é dito categórico-dedutivo se partir de
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proposições dadas como verdadeiras; hipotético-dedutivo se essas proposições iniciais são apenas supostas a título provisório ou consideradas como simples lexis.
Para indutivo, o autor (Ibidem, p. 563) atribui dois significados: A. que
procede por indução: método indutivo. B. que resulta de uma indução: verdade
indutiva.
Ainda, para LALANDE (Ibidem, p. 559-560), há um sentido usual na linguagem
filosófica, para o termo indução:
operação mental que consiste em remontar de um certo número de proposições dadas, geralmente singulares ou especiais, a que chamaremos indutoras, a uma proposição ou a um pequeno número de proposições mais gerais, chamadas induzidas, tais que implicam todas as proposições indutoras.
Tenho-me permitido fazer um detalhamento que julgo dos mais importantes
para a metodologia da pesquisa científica. A distinção entre métodos, enfoques e
procedimentos. Tratarei disto, mais à frente.
Pensemos agora no corpo conceitual. Para facilitar o entendimento do que
isto seja, quero dizer que toda disciplina científica tem uma terminologia própria, o
que, na maioria das vezes, chega mesmo a identificá-la, sem referência explícita a
ela. Por exemplo, quando me refiro, aleatoriamente, a número, cálculo, binômio,
congruência, resto, função... sequer preciso mencionar Matemática. Quando me
refiro a peso, massa, aceleração, movimento, vetor, gravidade... sequer preciso
mencionar Física.
O corpo conceitual, pois, diz respeito aos conceitos que são próprios a uma
disciplina científica. Por isto, a lógica do discurso de uma disciplina científica
depende, também, de seu corpo conceitual.
Por discurso entende-se:
A. Operação intelectual que se efetua através de uma sucessão de operações
elementares parciais e sucessivas.
B. Especialmente, expressão e desenvolvimento do pensamento através de
uma sucessão de palavras ou proposições que se encadeiam (Ibidem, 1993,
p. 266).
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O EPISTEMOLÓGICO
Referir-se ao epistemológico significa referir-se a uma reflexão crítica sobre o
conhecimento científico, em geral, isto é, a um tipo de conhecimento que seja
fundamentado, justificado e validado. É, também, referir-se a como esse
conhecimento é construído.
Uma observação importante:
Fundamento foi durante tanto tempo sinônimo de contraforte abstrato, de base teórica, que existe algum perigo em pretender hoje atribuir-lhe, e subitamente, um conteúdo concreto. A distinção entre os fundamentos e os princípios parece-nos, sem dúvida, dever subsistir, mas não tão nitidamente como se pretende. Eu chamo fundamento aos princípios gerais sobre os quais pode repousar um sistema do mundo metafísico ou religioso; princípios, aos princípios especiais sobre os quais repousa uma disciplina oarticular; os fundamentos e os princípios são, uns e outros, de ordem abstrata, teórica e lógica (Ibidem, p. 436).
Quando refletimos criticamente sobre a Matemática, colocamos em jogo, por
exemplo, questões como a do raciocínio matemático, do sentido dos principais
conceitos utilizados por ela – número, relações numéricas etc. – e aprofundamo-nos
no fundamento de seus postulados, teoremas, axiomas.
A epistemologia da Biologia, por exemplo, estuda a maneira como os biólogos
construíram os saberes que são próprios dessa ciência.
A Epistemologia não é, contudo, História da Ciência, uma vez que esta se
preocupa com o resgate de como a Ciência se desenvolveu.
O PROJETO DE PESQUISA
Tenho observado, de uns anos para cá, que há uma predisposição, por parte
de alguns estudiosos, em não elaborar o projeto de pesquisa. Querem pesquisar,
imediatamente. Alguns até consideram ser perda de tempo debruçar-se sobre ele. O
que, evidentemente, não está correto, pelo menos no meu modo de entender. Para
mim, um projeto de pesquisa, bem elaborado, significa meio caminho andado na
consecução do trabalho de pesquisa. Além do mais,
antes de começar a pesquisar, é preciso saber o que vai pesquisar.
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É isso mesmo. Antes de qualquer coisa, você tem que se decidir por um TEMA.
De preferência, um tema que conheça bem. Um tema que já estudou bastante ou um
tema que mais goste.
Ao conhecer o tema, certamente, terá muitas dúvidas. Delas decorrerá o seu
problema de pesquisa. Mas, cuidado. O problema de pesquisa não é o conjunto das
dúvidas que você possui. Só se transformará em problema de pesquisa a dúvida que
realmente não puder ser resolvida. Por isto, o problema de pesquisa tem de ser,
além de específico, muito bem delimitado. De modo algum, vago ou impreciso.
Além disso, recomenda-se, academicamente, que seja único. Cuidado, pois,
com a sua formulação. Por exemplo, o projeto de pesquisa que tem como problema
de pesquisa “O Direito como norma” apresenta um único problema de pesquisa. Outro
projeto, que tem como problema de pesquisa “O Direito como norma e valor”
apresenta dois problemas de pesquisa. Muito cuidado, pois, na formulação do
problema de pesquisa.
Sempre que perguntamos por algo, bem ou mal, temos uma resposta para o
que perguntamos. Pode não ser a resposta adequada, mas não deixa de ser uma
resposta. Pois bem, a resposta, ou resposta, que se atribui ao problema de pesquisa é
exatamente a hipótese, ou hipóteses. E a pesquisa será exatamente a busca por
confirmá-la.
Depois disso, reflita sobre a relevância da pesquisa. Por que é importante
pesquisar o que se está propondo? Não se pode esquecer que toda pesquisa tem de ser
pensada em termos de relevância pessoal e relevância social.
Observe o seguinte. Quando pensamos a realidade física, pretendemos
descrevê-la, explicá-la ou interpretá-la. Já com a realidade humana é diferente. O
pensamento é uma atividade humana e surge de outras atividades humanas. Portanto,
exerce influência sobre tudo que é humano. Além disso, há o problema da
responsabilidade moral e social que o acompanha.
Outro quesito: o (s) objetivo (s) da pesquisa.
Muitos alunos-pesquisadores se atrapalham muito quando precisam se referir
aos objetivos da pesquisa. Muitas vezes, objetivos são tomados como problemas de
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pesquisa e vice-versa. É preciso atenção. Outros insistem em mencionar objeto de
pesquisa. Vejamos.
OBJETIVO adj. Relativo ao objeto. / Que existe independentemente do pensamento; que diz respeito ao mundo exterior (opõe-se a subjetivo). / Que expõe, investiga ou critica, baseando-se nos fatos e não nos sentimentos; isento de parcialidade: crítica objetiva. / - S. m. Fim a atingir; alvo, propósito.
OBJETO s.m. Tudo o que se oferece à vista, que afeta os sentidos. / Qualquer coisa. / Fig. Tudo o que se oferece ao espírito, que o ocupa; intenção, propósito. / Causa, motivo de um sentimento, de uma ação. / Matéria própria: o objeto de uma ação. / Dir. Aquilo sobre o que incide um direito, uma obrigação, um contrato, uma demanda em juízo. / Filos. O que é pensado e se opõe ao ser pensante, ou sujeito. / Gram. Complementos verbais: objeto direto e objeto indireto. // O objeto amado, a pessoa a quem se ama (KOOGAN/HOUAISS, 1997, p. 1157).
Percebeu a diferença? Aliás, não pense duas vezes para recorrer ao dicionário.
Quando estiver trabalhando com um texto de uma área específica, existem
dicionários para eles. Há dicionários de Filosofia, Sociologia, Psicologia, Ciências etc.
Use-os sempre. Nunca utilize um vocábulo que não conheça o seu real significado.
Outro passo para a consecução do projeto de pesquisa é a justificativa. Na
própria elaboração do projeto de pesquisa existe, implícita, uma justificativa. Afinal,
você está elaborando um projeto de pesquisa, porque a você foi solicitada uma
pesquisa. Será o seu Trabalho de Conclusão de Curso. Pois bem, aí está a justificativa
acadêmica.
Quero me referir a outra justificativa. A que diz respeito ao “por quê?” dela,
no aspecto contribuição para o desenvolvimento da Ciência, aliás, um ponto que tem
causado surpresa a muitos estudantes. Muitos, ou mesmo a maioria deles, não se
sentem capazes de contribuir com o desenvolvimento da ciência. Ora, se estão
pesquisando...
Descreva, pois, o contexto da pesquisa, fale sobre a definição do problema,
explicite os objetivos e diga por que quer pesquisar o que propõe. Antecipe uma
situação precisa, nova, que deseja realizada. Selecione, e/ou crie, e organize os
meios de intervenção que considerar pertinente relativamente à mudança que deseja.
Não esqueça da relevância pessoal e social.
Aliado à justificativa, o referencial teórico.
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Claro está que, se já se decidiu por um tema e tem um problema de pesquisa,
muitas leituras já foram feitas – artigos de revistas científicas, capítulos de livros, ou
mesmo alguns livros, um ou vários documentos – não esqueça, no caso da pesquisa, a
leitura é seletiva – propiciarão ter uma postura teórica. Será ela que fundamentará o
seu trabalho. Pergunte a você mesmo que argumentos sugeridos por um ou vários
autores apóiam o seu trabalho. Mas, cuidado. Não basta citar os nomes dos autores
lidos. O referencial teórico resulta da sua elaboração mental a partir do que leu.
De importância considerável, a metodologia da pesquisa científica. A
metodologia da pesquisa envolve o método. Se o método adotado for o categórico-
dedutivo, você terá ainda que se decidir por um enfoque ou uma abordagem. Se o
método adotado for o empírico-indutivo, você terá que optar por um, ou mais,
procedimentos metodológicos. Por fim, a coleta de dados.
Por método entende-se o caminho que o sujeito percorre para conhecer
determinado objeto. Sujeito é aquele que conhece e objeto aquilo que se conhece.
Portanto, o caminho escolhido pelo sujeito é decisão dele. Está em sua mente. Nesse
sentido, seu ponto de partida pode ser uma afirmação de caráter universal ou uma
afirmação de caráter particular a respeito do objeto. No primeiro caso, o método
categórico-dedutivo e no segundo, o método empírico-indutivo.
O método categórico-dedutivo é o que admite enfoques ou abordagens; o
método empírico-indutivo, procedimentos metodológicos. No primeiro caso, pode-se
dizer que a pesquisa é mais teórica e, no segundo, que é mais prática.
Dentre os enfoques ou abordagens existentes, as mais comuns são o
hermenêutico, o fenomenológico e o dialético.
Abbagnano (1996, p. 315, 531, 603) dá os seguintes significados para
dialética, fenomenologia e hermenêutica:
Dialética. Na história da filosofia este termo, derivado de diálogo, não tem uma significação unívoca, de modo que possa ser determinado e aclarado de uma vez por todas, mas tem recebido distintos significados diversamente aparentados entre si e não reduzíveis uns aos outros ou a um significado comum. No entanto, é possível distinguir quatro significados fundamentais: 1) a D. como método da divisão; 2) a D. como lógica do provável; 3) a D. como lógica; 4) a D. como síntese dos opostos.
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Fenomenologia. A descrição do que aparece ou a ciência que tem como tarefa ou projeto esta descrição.
Hermenêutica. Uma técnica qualquer de interpretação.
É claro que neste momento isto diz muito pouco, mas com o andamento da
pesquisa tudo tende a ser esclarecido.
A teoria tem uma função importantíssima no processo metodológico, uma vez
que é por ela que rompemos com o senso comum. É por ela que racionalizamos e
explicamos a realidade.
Dentre os procedimentos metodológicos, a análise documental, o estudo de
caso, a análise estatística, a análise comparativa, dentre outros.
A busca por um procedimento metodológico adequado esclarecerá melhor o
que estamos aqui a discutir.
Algumas instituições de ensino exigem solicitam que seus alunos incluam no
projeto de pesquisa um cronograma da pesquisa. O cronograma faz menção às etapas
que serão ser percorridas ao longo da pesquisa. Assinala o tempo a ser vencido pelo
aluno em cada uma delas.
Por fim, referências – não mais bibliografia. Todos os documentos consultados
para a elaboração do projeto de pesquisa. São considerados documentos os livros,
capítulos de livros, artigos científicos, anais de congressos científicos, documentos
históricos, relatórios de pesquisas já realizadas etc.
Um aspecto importante: mantenha-se atualizado com vistas aos documentos. E
mais, relacione todo material utilizado para a elaboração do projeto de pesquisa. Não
esqueça: siga as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A LEITURA DE TEXTOS FILOSÓFICOS OU CIENTÍFICOS
Você já deve ter percebido que não é fácil ler um texto filosófico ou científico.
Há de concordar comigo que são muitas as dificuldades. Ouço freqüentemente dos
meus alunos que eles não entendem o que os autores dizem. Alguns mais exacerbados
chegam a se perguntar por que têm de ler o que têm de ler.
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Ora, você irá elaborar uma monografia. Terá que ter elementos para isso. A
leitura da documentação pertinente é essencial; por ela você vai adquirir os
conhecimentos necessários para a consecução de sua pesquisa. Seu trabalho precisa
ser fundamentado, justificado e validado. Para isso, você precisa, de fato, ser um
bom leitor.
Não se esqueça. Você venceu uma etapa importante do seu trabalho de
pesquisa: elaborou o projeto de pesquisa. Portanto, já se decidiu por um tema e o
que é mais importante por um problema de pesquisa. Precisa agora resolvê-lo.
Faça o levantamento documental necessário; organize-o e passe a ler texto por
texto.
Em cada texto comece por conhecer o autor. Explore bem os dados de sua vida
e de sua obra. Conheça seu ambiente cultural e suas preocupações em relação a ele.
Um texto extenso precisa ser delimitado. Faça-o sempre em vistas de sua
capacidade de trabalho. Não há norma para isso. Avance na leitura parte por parte.
Leia cada parte atentamente. Uma por uma. No primeiro momento, de uma
única vez. Sua inteligência precisa ter noção do todo, para poder trabalhar com as
partes. Não interrompa a leitura, nada assinale. Simplesmente, leia.
Depois disso, faça outra leitura. Assinale tudo que for desconhecido para você.
Muita atenção ao vocabulário. Não dê qualquer sentido às palavras. Elas certamente
terão um sentido específico. Pesquise tudo aquilo que for desconhecido: datas,
acontecimentos, autores citados etc.
Feito isto, você tem disporá de todos os elementos necessários para saber
exatamente o que o autor disse. Se você dispuser a falar do texto sem que saiba
exatamente o que o autor quis dizer estará interpretando o texto, porém,
equivocadamente.
Uma maneira interessante de saber o que o autor disse é elaborando o resumo
do texto. Faça isso a partir da idéia, ou idéias, principal de cada parágrafo. Mas, não
altere nada. Trabalhe com as próprias palavras do autor.
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Agora sim, termine a leitura fazendo a interpretação. Coloque as suas idéias
frente às idéias do autor. Concorde, discorde, critique, problematize.
Não desanime. Se for o caso, leia o texto quantas vezes forem necessárias. Não
passe para a parte seguinte se for deixar alguma coisa para trás; alguma coisa que
não conseguiu descobrir; que não entendeu.
Aprenda a fazer anotações. Elas poderão ajudar no momento da elaboração da
dissertação. Abra “pastas” para isso em seu computador. Uma para o que poderá
servir como citação. Outra para relacionar os documentos lidos. Será muito mais fácil
organizar as referências. Outra, ainda, para expor, se necessário, o pensamento de
um autor. Enfim, crie quantas “pastas” forem necessárias; essas pastas poderão ser
de diferentes naturezas.
MEDEIROS (1996, p. 16) define anotação como processo de seleção de
informação para posterior aproveitamento. E aconselha: as notas devem permitir
redação a partir delas, ou seja, não devem ser tão sintéticas que dificultem o
entendimento e não possam ser convertidas em texto.
Mas, cuidado. Fique atento para a qualidade das fontes de pesquisa. Escolha
somente documentos que tenham referência. As bibliotecas hoje estão equipadas
para auxiliar você nesse aspecto. Procure-as com freqüência. Não se limite a uma ou
duas. Esteja em contato com quantas puder, desde que atualizadas. Não se esqueça
dos periódicos. Trabalhe os periódicos mais atuais, porque eles mostram as
tendências do momento.
OS ELEMENTOS FORMAIS DA MONOGRAFIA
São quatro os elementos formais da monografia. Eles não têm uma ordem pré-
estabelecida, apenas, têm de ser considerados quando da sua elaboração: o
epistemológico, o teórico, o morfológico e o técnico. DE BRUYNE, HERMAN e DE
SCHOUTHEETE (1977, p. 35) denominam pólos da pesquisa.
Ao epistemológico já se fez referência. Mas, não custa relembrar. O
epistemológico diz respeito ao conhecimento que temos de ter da Ciência.
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Na elaboração da monografia, o epistemológico permitirá o que chamo de
enfoques da pesquisa ou, como querem alguns, os processos discursivos.
No caso das pesquisas em Ciências Humanas, seriam, predominantemente, o
dialético, o fenomenológico, o hermenêutico.
O técnico diz respeito à coleta de dados. Assim a entrevista (estruturada, livre,
centralizada num tema particular), o questionário, a observação direta, a observação
participante e a análise documental.
Observem, algumas coisas que DE BRUYNE, HERMAN e DE SCHOUTHEETE ( 1977,
p. 211-4) dizem a respeito.
1. ENTREVISTA (ORAL) ESTRUTURADA (PROTOCOLO FIXO) LIVRE, SOBRE UM TEMA GERAL CENTRALIZADA NUM TEMA PARTICULAR (LISTA-CONTROLE) INFORMAL E CONTÍNUA ENTREVISTAS REPETIDAS EM PROFUNDIDADE INDIRETA
O QUE SE BUSCA FATOS OBSERVADOS E/OU OPINIÕES EXPRESSAS SOBRE ACONTECIMENTOS,
SOBRE OS OUTROS, SOBRE A PRÓPRIA PESSOA MUDANÇAS DE ATITUDES, DE INFLUÊNCIAS EVOLUÇÕES DOS FENÔMENOS SIGNIFICAÇÕES DAS RESPOSTAS CONTEÚDO LATENTE
ESCOLHAS TÉCNICAS
SELEÇÃO DOS INFORMANTES (APTOS E DISPOSTOS A RESPONDER) AMOSTRA RESPONDEDORES ¨REPRESENTATIVOS¨ PESSOAS ¨COMPETENTES¨
DIFICULDADES A SUPERAR BARREIRA PARA COMUNICAÇÃO; RELAÇÃO ARTIFICIAL MECANISMOS DE DEFESA (FUGA, RECUSA, RACIONALIZAÇÃO, CONFORMISMO ETC.) ESTADO DE INFORMAÇÃO ALEATÓRIO DOS RESPONDEDORES SUBJETIVIDADE
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DISPARIDADE ENTRE DECLARAÇÕES E COMPORTAMENTOS INADEQUAÇÃO DOS CONCEITOS COM O REAL, DIFICULDADES DE LINGUAGEM,
INCOMPREENSÕES
VANTAGENS RELATIVAS INCITAÇÕES A RESPONDER (ACOLHIMENTO, DESEJO DE COMUNICAR ETC.) QUANTIDADE E QUALIDADE AUMENTADAS DAS INFORMAÇÕES, PROBLEMAS MAIS
COMPLEXOS OU MAIS CARREGADOS AFETIVAMENTE FLEXIBILIDADE
2. QUESTIONÁRIO (ESCRITO) ESTRUTURADA (PROTOCOLO FIXO) LIVRE, SOBRE UM TEMA GERAL CENTRALIZADA NUM TEMA PARTICULAR (LISTA-CONTROLE) INFORMAL E CONTÍNUA ENTREVISTAS REPETIDAS EM PROFUNDIDADE INDIRETA
O QUE SE BUSCA
FATOS OBSERVADOS E/OU OPINIÕES EXPRESSAS SOBRE ACONTECIMENTOS, SOBRE OS OUTROS, SOBRE A PRÓPRIA PESSOA
MUDANÇAS DE ATITUDES, DE INFLUÊNCIAS EVOLUÇÕES DOS FENÔMENOS SIGNIFICAÇÕES DAS RESPOSTAS CONTEÚDO LATENTE
ESCOLHAS TÉCNICAS
FORMULAÇÃO DAS PERGUNTAS : FECHADAS (ESCOLHA DAS RESPOSTAS REDUZIDAS) ABERTAS (CONTEÚDO E FORMA DAS RESPOSTAS DEIXADAS À ESCOLHA) PRÉ-FORMADAS (COMPROMISSO ENTRE PERGUNTAS FECHADAS E ABERTAS)
DIFICULDADES A SUPERAR BARREIRA PARA COMUNICAÇÃO; RELAÇÃO ARTIFICIAL MECANISMOS DE DEFESA (FUGA, RECUSA, RACIONALIZAÇÃO, CONFORMISMO ETC.) ESTADO DE INFORMAÇÃO ALEATÓRIO DOS RESPONDEDORES SUBJETIVIDADE DISPARIDADE ENTRE DECLARAÇÕES E COMPORTAMENTOS
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INADEQUAÇÃO DOS CONCEITOS COM O REAL, DIFICULDADES DE LINGUAGEM, INCOMPREENSÕES
DESVIOS DEVIDO À RIGIDEZ EXAME E ORDENAÇÃO MAIS DIFÍCEIS INTERPRETAÇÃO DELICADA, RISCO DE ERRO CUSTO MAIS ELEVADO
VANTAGENS RELATIVAS UNIFORMIDADE ANONIMATO FACILIDADE DE EXAME FILTRAGEM DAS PERGUNTAS RESPOSTAS MAIS COMPLEXAS
3. OBSERVAÇÃO DIRETA, SISTEMÁTICA (OBSERVADOR EXTERNO)
O QUE SE BUSCA CARACTERES OU PROPRIEDADES DE UM NÚMERO DE ACONTECIMENTOS OU DE
UNIDADES (DISTRIBUIÇÕES, FREQÜÊNCIAS) VÁRIOS CARACTERES OU PROPRIEDADES DA MESMA SITUAÇÃO OU DO MESMO
OBJETO AÇÕES CONSTATADAS, EXPLICAÇÕES RECEBIDAS, SIGNIFICAÇÕES REFERIDAS INCIDENTES OU HISTÓRIAS, FATOS RECORRENTES
ESCOLHAS TÉCNICAS DEFINIÇÃO DE OBJETOS A SEREM OBSERVADOS E DAS UNIDADES AMOSTRAGEM REPRESENTATIVA SELEÇÃO DE DADOS NECESSIDADE DE SISTEMATIZAR AS ANOTAÇÕES (CATEGORIAS, ESCALAS)
DIFICULDADES A SUPERAR MANIFESTAÇÕES SENSÍVEIS (SINAIS A SEREM INTERPRETADOS) DIVERSIDADE DE OBJETOS E DE NÍVEIS DE OBSERVAÇÃO SUJEITO OBSERVADO COMPORTANDO-SE DE MODO DIFERENTE DO QUE SOZINHO;
COMPORTAMENTO DIFERENTE DO PENSAMENTO; CONDUTAS AMBÍGUAS IMPRECISÃO; ACÚMULO INÚTIL DOS DADOS; OBSERVAÇÃO INTENCIONAL; NÃO
CORRESPONDÊNCIA DA INTERPRETAÇÃO COM AS NOTAS
4. OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE (OBSERVADOR CONHECIDO OU OCULTO)
O QUE SE BUSCA FATOS TAIS COMO SÃO PARA OS SUJEITOS OBSERVADOS FENÔMENOS LATENTES (QUE ESCAPAM AOS SUJEITOS, MAS NÃO AO OBSERVADOR)
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ESCOLHAS TÉCNICAS ENTREVISTA ¨AO VIVO¨ DURANTE O ACONTECIMENTO E OBSERVAÇÃO QUER DIRETA,
QUER POR PESSOAS INTERPOSTAS (INFORMANTES SÃO ¨COLEGAS¨ RELAÇÃO FACE A FACE DURÁVEL, ATIVA OU NÃO (VER, ESCUTAR, COMPARTILHAR);
OBSERVADOR SIMULTANEAMENTE SEPARADO E IMPLICADO CAPACIDADES NECESSÁRIAS AO PESQUISADOR; INTUIÇÃO, IMAGINAÇÃO, PERCEPÇÃO
DOS PROBLEMAS
DIFICULDADES A SUPERAR RECUSA POSSÍVEL DO OBSERVADOR OU INTEGRAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO
EXCESSIVAS O ACONTECIMENTO QUE INTERESSA FREQÜENTEMENTE É FORTUITO PROBLEMA DE ÉTICA
VANTAGENS RELATIVAS PARTICIPAÇÃO MÁXIMA DO PESQUISADOR RELAÇÃO MENOS ARTIFICIAL
ANÁLISE DOCUMENTAL
FONTES PRIVADAS OU OFICIAIS (ARQUIVOS, RELATÓRIOS, ESTATÍSTICAS, DIRETA OU INDIRETAMENTE PERTINENTES, REFERINDO-SE À INSTITUIÇÃO OU À SITUAÇÃO ESTUDADA)
O QUE SE BUSCA FATOS, ATRIBUTOS, OPINIÕES, COMPORTAMENTOS, EVOLUÇÕES, TENDÊNCIAS (EXPLORAÇÃO, PRÉ-PESQUISA, VERIFICAÇÃO DE HIPÓTESES)
ESCOLHAS TÉCNICAS
a) ANÁLISE QUALITATIVA DO CONTEÚDO NECESSIDADE DE UMA CRÍTICA HISTÓRICA AUTENTICIDADE, VALOR MOTIVOS E CONDIÇÕES DO ESTABELECIMENTO DO TEXTO
b) ANÁLISE DE CONTEÚDO QUANTITATIVO
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ESCOLHA DOS TEXTOS (AMOSTRAGEM) DESCRIÇÃO QUANTITATIVA DO TEXTO DETERMINAÇÃO DAS UNIDADES
DIFICULDADES A SUPERAR DIFICULDADE DE ACESSO (SEGREDO) DIFICULDADE DE INTERPRETAÇÃO (SENTIDO DAS PALAVRAS, CONTEXTO ETC.) ¨REEMPREGO¨ NUMA PERSPECTIVA DE PESQUISA O IMPORTANTE NEM SEMPRE ESTÁ ESCRITO
VANTAGENS RELATIVAS INSTRUMENTOS ¨NÃO REATIVOS¨ ECONOMIA DE TEMPO E DE DINHEIRO
A coleta de dados vem intimamente ligada ao que chamo de procedimento
metodológico ou, como querem alguns, os modos de investigação.
A ESTRUTURA TÉCNICA DA MONOGRAFIA Apresento, aqui, uma estrutura ideal para monografias de conclusão de cursos
“lato sensu” E está baseada no que dispõe a NBR-14724/2002, da ABNT.
- Capa
- Página de Rosto
- Resumo
- Sumário
- Introdução
- Desenvolvimento
- Conclusão
- Referências Bibliográficas
Outros elementos como Folha de Aprovação, Lombada, Errata, Dedicatória,
Agradecimentos, Epígrafe, Listas, Glossário, Apêndices, Anexos e Índice podem ser
inseridos, desde que haja orientação para isso da instituição que exige o trabalho ou
que o próprio trabalho exija.
CAPA
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Obrigatória em todo trabalho acadêmico-científico. A instituição que exige o
trabalho decidirá sobre o material a ser utilizado. Papel simples, capa dura, cor etc.
Elementos da capa:
no alto, o nome da instituição e logo abaixo o nome do curso
logo abaixo, o nome do autor do trabalho
no meio, o título do trabalho
em baixo, o local onde o trabalho foi realizado e o ano
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21
MODELO DE CAPA
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO BARÃO DO RIO BRANCO
CURSO DE DIREITO
ANTÔNIO MARCOS PEREIRA DOS SANTOS
A PARTICIPAÇÃO DO PROFESSOR NA VIDA DA ESCOLA
Miríades – 2003
Observar 3 cm para a margem superior e esquerda e 2 cm para a inferior e
esquerda.
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PÁGINA DE ROSTO
Os mesmos elementos da capa, acrescidos da indicação da natureza do
trabalho.
MODELO DE PÁGINA DE ROSTO
ANTÔNIO MARCOS PEREIRA DOS SANTOS
A PARTICIPAÇÃO DO PROFESSOR NA VIDA DA ESCOLA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial, para conclusão do Curso de Pedagogia, no Instituto Barão do Rio Branco, sob a orientação do Prof. Maurício de Lima Duarte.
Miríades – 2003
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23
RESUMO
Uma breve apresentação dos pontos mais importantes do trabalho. Convém destacar a natureza do estudo, sua relevância, seus objetivos, os principais resultados encontrados e o que se concluiu.
São aproximadamente 250 palavras, no caso de monografias de conclusão de curso, em linguagem clara, breve e concisa.
SUMÁRIO
Trata-se de apresentar as divisões contidas ao longo do trabalho, seguidas
pelo número das páginas que iniciam tais divisões. Em monografias, geralmente
indicam a página onde se iniciam a Introdução, os Capítulos, a Conclusão e as
Referências Bibliográficas.
INTRODUÇÃO
De um modo geral, é na introdução que se anuncia o que se pretende fazer no
trabalho. O problema de pesquisa tem de ser anunciado, além de contextualizado. É o
estado da arte da questão. Serve para situar o leitor. O problema de pesquisa, as
hipóteses serão aqui declinadas, assim como os objetivos pretendidos. Não deixe de
fazer referência ao procedimento metodológico e à técnica de coleta de dados.
Anuncie o que fará em cada capítulo.
DESENVOLVIMENTO
Referir-se ao desenvolvimento significa referir-se ao trabalho propriamente
dito. Todo o seu empenho em construir algo novo aparece aqui. É o resultado de sua
elaboração mental. Para facilitar o trabalho de leitura, divida-o em capítulos mais ou
menos do mesmo tamanho. Se tiver necessidade de ilustrar o seu texto, faça-o sem
nenhuma preocupação. Para isso, poderá valer-se de fotos, quadros, tabelas, mapas
etc.
CONCLUSÃO
Local de apresentação dos resultados obtidos. Não esqueça. Ao iniciar o
trabalho propôs-se a resolver um problema. Relate agora como chegou a solucioná-lo.
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24
REFERÊNCIAS
Relação de todas as obras consultadas para a elaboração do trabalho.
Preferencialmente, as obras serão apresentadas no sistema alfabético. Seguir,
rigorosamente, as normas da ABNT.
APRESENTAÇÃO GRÁFICA MONOGRAFIA
Estrutura geral
A. Elementos pré-textuais
Capa dura
Lombada
Capa
Página de rosto
Resumo
Palavras-chave
Lista de tabelas
Lista de abreviaturas e siglas
Sumário
B. Elementos textuais
Introdução
Desenvolvimento do trabalho – capítulos
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Conclusão
C. Elementos pós-textuais
Referências
Anexos
Digite e imprima a monografia na cor preta, em papel branco, formato A4
(21,0 x 29,7 cm), somente de um lado da folha.
O espaço entre as linhas 1,5. Utilize como fonte Times New Roman ou Arial,
tamanho 12.
Os títulos das seções serão separados do texto por espaço duplo e deverão ser
escritos com letras maiúsculas, em negrito. Assim, INTRODUÇÃO, CAPÍTULO 1 ou
CAPÍTULO 4, CONCLUSÃO, REFERÊNCIAS.
As páginas deverão ser marginadas: superior e esquerda, 3 cm. Direita e
inferior 2 cm.
A numeração das páginas se dará na parte superior direita de cada uma delas,
a 2 cm da borda superior, com números arábicos em ordem crescente. Todas as
páginas devem ser contadas, mas somente numeradas a partir da Introdução.
Os parágrafos se iniciam a seis toques da margem esquerda.
Evite o uso de notas de rodapé. O que vai para o rodapé da página pode
perfeitamente fazer parte do texto.
A redação do trabalho apresenta características próprias. Afinal, trata-se de
um trabalho científico. Portanto, o texto tem de ser facilmente compreendido. Sua
linguagem, própria da área estudada, deve ser clara e precisa. Os argumentos
coerentes, isto é, lógicos, não contraditórios.
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26
Não suponha nada quando estiver escrevendo. Nenhum leitor é obrigado a
saber o que passa em seus pensamentos. Aliás, você escreve para o leitor e não para
você.
Não use gírias. Não abuse de citações, tabelas e gráficos. A leitura se torna
difícil e certamente desestimulará o leitor.
Muitos termos hoje, utilizados em informática, têm sido popularizados. Nada
justifica valer-se de deletar no lugar de apagar. Ou fazer um print no lugar de
imprimir. Não use esse tipo de expediente.
Não faça citações em língua estrangeira. Traduza o texto e jogue o original
para o rodapé da página, para que o leitor possa conferir. Neste caso, a nota de
rodapé pode ser utilizada.
Construa parágrafos curtos. Parágrafos longos podem trazer confusão para o
leitor.
Tome cuidado com a correção gramatical. Não vacile. Antes de dar o trabalho
por concluído, passe por um revisor. Um bom professor de Português vai chamar a
atenção para muitos aspectos que poderiam ser evitados em sua redação.
ARTIGO CIENTÍFICO
Entende-se por artigo científico “a parte de uma publicação com autoria
declarada, que apresenta e reflete ideias, métodos, técnicas, processos e resultados
nas diversas áreas do conhecimento” (ABNT. NBR 6022, 2003, p. 2).
Os artigos científicos podem ser: a) originais ou de divulgação, quando
apresentam temas ou abordagens originais, na forma de relatos de caso, comunicação
ou notas prévias e b) de revisão, quando analisam e discutem trabalhos já publicados,
revisões bibliográficas etc.
Os artigos científicos têm como elementos estruturais:
A. título e subtítulo (quando houver) - figuram na página de abertura do artigo;
B. a autoria - nome completo do (s) autor (es) grafado (os) na forma direta e acompanhado (os) de um breve currículo;
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27
C. currículo - inclui endereço (e-mail) para contato;
D. resumo – apresenta de forma concisa, o problema de pesquisa, os objetivos, os enfoques ou abordagens, o procedimento metodológico e os resultados alcançados. Não deve ultrapassar duzentas e cinquenta palavras e nem conter citações;
E. palavras-chave – obrigatória a indicação de palavras, que expressem, com clareza, sobre o que se está tratando. Devem ser separadas entre si por ponto;
F. introdução – expõe a finalidade e os objetivos do trabalho, de modo que o leitor tenha uma visão geral do que está será abordado. Deve conter, de modo geral: uma visão da problemática tratada, inclusive para apontar o surgimento do problema, o objeto do artigo, a revisão bibliográfica e a justificativa, que inclui a escolha do tema, o problema de pesquisa, a hipótese de estudo, o objetivo pretendido, o procedimento metodológico utilizado, ou o enfoque ou a abordagem;
G. desenvolvimento - parte principal e mais extensa do trabalho. Deve apresentar a fundamentação teórica, os resultados alcançados e a discussão. Poderá ser dividido em seções e subseções;
H. conclusão – corresponde ao que foi feito em termos do que havia sido anunciado na introdução. Deve ser breve e poderá conter recomendações e sugestões;
I. referências – lista ordenada dos documentos efetivamente citados no texto.
Atenção
Para mais informações, consulte as normas da ABNT.
Para publicação em periódicos, consulte as normas de publicação de cada um
deles.
CITAÇÕES E REFERÊNCIAS
Entende-se por citação a indicação, no texto acadêmico-científico, de todos
os documentos consultados para a realização de uma pesquisa. Além de propiciar
autenticidade à informação, é um subsídio ao trabalho, no que diz respeito ao seu
grau de aprofundamento. As referências constituem o conjunto das informações
próprias aos documentos citados e permitem prontamente a sua identificação.
As normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – permitem
que elas sejam utilizadas adequadamente.
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As indicações a seguir têm como base a NBR 10520 e a NBR 6023, que
normatizam quaisquer trabalhos acadêmico-científicos: dissertações, teses, projetos
etc.
São dois os sistemas de chamada para as citações: o numérico e o autor-data.
No Sistema Numérico, indica-se a fonte, por meio de uma numeração única e
consecutiva, em algarismo arábico, que se refere às “Referências”, situada no final
do trabalho, na mesma ordem em que aparecem no texto. Em alguns casos, ela pode
ser feita no final da seção ou do capítulo. Neste caso, as indicações serão realizadas
em ordem alfabética de sobrenome dos autores.
A indicação da numeração pode ser feita entre parênteses, alinhada ao texto,
ou situada um pouco acima da linha do texto; a pontuação fecha a citação.
Exemplo: Não se pode esquecer Ferry e Vincent: “(...) as formidáveis
descobertas feitas pela ciência da vida há alguns anos não devem deixar ninguém
indiferente” 1.
Ou: Não se pode esquecer Ferry e Vincent: “(...) as formidáveis descobertas
feitas pela ciência da vida há alguns anos não devem deixar ninguém indiferente” 1.
No Sistema Autor-data, o mais utilizado, o leitor identifica, com facilidade,
nas “Referências”, o documento citado. Neste caso, as citações se iniciam pelo
sobrenome do autor, ou pela instituição responsável, ou ainda pelo título de entrada
(caso a autoria não esteja declarada), seguidas da data de publicação do documento,
separados por vírgula ou entre parênteses. A citação, se for ipsis literis, incluirá o
número da página.
Exemplo: Como observa muito bem o autor, “o método empírico – caso em
que se justifique aquilo que chamamos método – é o mais comum em todos os
processos intelectuais” (HAZLITT, 1969, p. 31).
Para Derrida (1963, p.123), "apesar das aparências, a desconstrução do
logocentrismo não é uma psicanálise da filosofia".
No texto: [...] (DONAIRE, 1995, p.58).
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29
Na “Referências”: DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. São Paulo:
Atlas, 1995.
TIPOS DE CITAÇÕES
Citações de fontes primárias: é a citação da própria obra do autor.
Citações de fontes secundárias: é a citação de uma obra, mas referenciada
em outra obra que não a do autor.
Citações diretas: é a transcrição ipsis literis de palavras ou trechos de uma
obra. Neste caso, mantêm todas as características originais – grafia, pontuação,
idioma etc. Na transcrição, se usa aspas duplas e indica-se o número da página da
obra original.
A citação direta no texto, com até três linhas, deve ser incluída normalmente
no texto. A citação com quatro linhas ou mais deve ser colocada em parágrafo
especial, recuada somente do lado esquerdo, a 4 cm. da margem esquerda, corpo
tamanho 11 e espaçamento simples. Para este caso, dispensa-se o uso das aspas.
Omissões ou supressões são permitidas, desde que não alterem o sentido do
texto citado e serão representadas por reticências entre colchetes [...].
Exemplo: “[...] a técnica é a maneira mais adequada de se vencer as etapas
indicadas pelo método. Por isso, diz-se que o método equivale à estratégia, enquanto
a técnica equivale à tática [...]” (GALLIANO, 1979, p. 14).
A ênfase, ou o destaque, será assinalada por meio da expressão “grifo
nosso”, entre parênteses, após a chamada da citação, ou “grifo do autor”, caso o
destaque se situe na obra consultada.
Exemplo: “Uma filosofia, como ciência rigorosa, exige a prévia eliminação de
tudo o que é pressuposto [...]” (HUSSERL, 1973, p. 20, grifo nosso).
“[...] para que não tenha lugar o arbítrio e a força, que desestabilizam
qualquer sociedade” (PEREIRA, 1998, p. 16, grifo do autor).
É permitida a citação traduzida, desde que se inclua, após a chamada da
citação, a expressão tradução nossa, entre parênteses.
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30
Exemplo: [...] e “ao fazê-lo pode estar envolto em culpa, perversão, ódio de
si mesmo” (RAHNER, 1962, p. 463, tradução nossa).
Citação indireta é aquela que se dá quando, aquele que escreve o texto, faz
uma paráfrase, ou seja, uma síntese/interpretação livre das ideias expostas por outro
autor. É preciso, no entanto, tomar cuidado para não reproduzir quase que fielmente
o texto original. As citações indiretas ou parafraseadas dispensam o uso das aspas
duplas e o número de páginas.
Exemplo: Para River (2011), o e-mail é, hoje, um dos meios mais ágeis de
comunicação.
Todas as autorias citadas, direta ou indiretamente, deverão ser elencadas nas
“Referências”, em ordem alfabética de autor, no final do trabalho, e com “entrada”
igual à que foi citada no texto.
A citação de citação se dá quando uma citação direta ou indireta diz respeito
a um documento original, ao qual haja total impossibilidade de acesso (documentos
muito antigos, obra de difícil acesso, dados insuficientes para a localização etc.).
Nesse caso, indica-se o sobrenome do autor do texto original e o ano da
publicação de sua obra, seguido do termo apud (que significa citado por, conforme,
segundo) e do sobrenome do autor e ano de publicação da obra.
Nas “Referências” indica-se apenas a obra consultada. Em nota de rodapé,
insere-se a referência completa da obra citada.
Exemplo:
No texto:
“Marinho (1980, apud RENNAN, 1982) apresenta uma formulação que deriva
dela”.
Nas “Referências” indica-se somente a obra consultada (no exemplo, a obra
de Rennan).
Em nota de rodapé, a referência completa da obra citada (no exemplo, a
obra de Rennan).
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31
APRESENTAÇÃO DAS CITAÇÕES
Quando a indicação da fonte vier no final da citação, o sobrenome do autor
(em letras maiúsculas), o ano da publicação e a página, virão logo após as aspas e
antes do ponto. Todos os elementos são indicados entre parênteses.
Exemplo: “Uma maneira de vaticinar sobre o futuro da vida política é
perguntando sobre a ética dos políticos” (PEREIRA, 1999, p. 25).
Observação
Citação com mais de um autor:
Dois autores: (DIAS; SANTOS, 2000, p.27).
Três autores: (SOUSA; SERRANO; UEMURA, 2001, p.67).
Mais de três autores: (SILVA et al., 2003, p.54).
Entrada pelo título: O CLIMA (1998)...
Entidade: COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS (2002).
No caso de citação direta, quando o nome do autor estiver incluído na
sentença, citar a data, o volume, se houver, e a página entre parênteses, se for
mantido o texto original. Caso contrário, para citação indireta, colocar apenas a data.
Em ambos os casos, o nome do autor deve ser escrito em letras minúsculas, com
exceção da primeira letra, que é maiúscula.
Exemplos:
Citação direta:
Para Dreyfus (2001, p. 19), “a expertise não pode ser adquirida no
ciberespaço desencorpado”.
Citação indireta:
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32
Alfred Crawly (1997), historiador norte-americano, ao analisar o final da Idade
Média [...].
Observação: para mais de um autor:
Dois autores: Para Dias e Santos (2000), a...
Três autores: Quando Sousa, Serrano e Uemura (2001) escrevem no texto, que
[...]
Mais de três autores: Sempre que Silva et al. (2003) se referirem a ao
esquema da [...]
Entrada pelo título: O clima (1998)
Entidade: Comissão das comunidades européias (2002)
A referência, no caso de autor desconhecido, deve ser iniciada pelo nome da
instituição. Se o nome da instituição for desconhecido, a entrada deve ser feita pelo
título da obra. Segue-se com os outros itens de referência bibliográfica.
Exemplos:
No texto:
Quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1995, p.19)
assinala nas tabelas [...]
Nas “Referências”:
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Rio de Janeiro: IBGE,
1966, p.19.
Artigos e matérias sem identificação de autoria: a entrada deve ser feita pela
primeira palavra do título, em letras maiúsculas, seguida de reticências, vírgula, data
e página(s).
Citação direta: colocar entre parênteses. Caso o título se inicie por artigo ou
monossílabo, este deve ser incluído na indicação da fonte.
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33
Exemplos:
No texto: SEQÜESTROS... ( 2004, p. A11).
Nas “Referências”:
SEQÜESTROS põem países aliados em situação difícil. Folha de São Paulo, 10
abril 2004, p. A11.
Quando a autoria for de até três pessoas, todas são citadas separadas por
ponto e vírgula.
Exemplo:
“A metodologia do projeto deve ser muito bem detalhada” (MOURA;
FERREIRA; PAINE, 1998, p.57).
Observação
Quando a citação incluir até três autores, e seus nomes aparecerem na
sentença, ou seja, sem parênteses, a separação entre eles será feita da seguinte
forma:
Segundo Moura, Pereira e Peres (1998, p.57) “a metodologia do projeto...”
Quando a autoria for de mais de três autores, a indicação é feita pelo
sobrenome do primeiro seguido da expressão et al. (e outros).
Em casos específicos (projetos e relatórios de pesquisa), nos quais a menção
dos nomes for indispensável para comprovar autoria, é facultado indicar todos os
nomes.
Exemplo: Zaccarelli et al. (2008, p.46), define auto-organização empresarial
como...
Quando são utilizadas obras de vários autores, todos devem ser citados.
Exemplo 1: Lopes (1997), Orozco Gomes (1997), Souza (1995) e Berger (1997)
discutem as metodologias para o estudo de recepção.
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34
Exemplo 2: Há que compreender as mediações que ocorrem nos processos de
recepção (LOPES, 1997; OROZCO GOMES, 1997; SOUZA, 1995 e BERGER, 1997).
Ao utilizar vários trabalhos de um mesmo autor, publicados em um mesmo
ano, indicar a, b, c, (em minúsculas), após o ano de publicação e sem espaço, para
diferenciar e identificar cada obra.
Exemplos:
(VIEIRA, 1979a)
(VIEIRA, 1979b)
Observação
A referência do documento, no final do trabalho, deve corresponder à
citação utilizada no texto, ou seja, o mesmo ano e as mesmas letras devem ser
observados.
Vários trabalhos de um mesmo autor, publicados em anos diferentes, são
citados pela ordem, separados por vírgula.
Exemplos:
(ZACCARELLI, 2000, 2007 e 2008).
Quando ocorrer coincidência de autores com o mesmo sobrenome e data de
publicação, acrescentam-se as iniciais de seus nomes, ou os pré-nomes, quando as
iniciais são iguais.
Exemplos:
(TELLES, B.,1980, p.34)
(TELLES, R., 2000, p.120)
(SIQUEIRA, Carlos, 2008)
(SIQUEIRA, Cláudia, 2002)
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35
Reprodução de citação que contenha algo errado ou cause estranheza (erro
lógico ou ortográfico), a transcrição é feita normalmente, acrescida de [sic] entre
colchetes, logo após o surgimento do erro.
Quando houver palavras ou expressões que já estavam entre aspas, colocá-las
em aspas simples.
Exemplo:
“Um dos princípios básicos das leis das ‘gestalten’, formulado por vários
autores, é que as coisas aparecem no sujeito através da forma” (EPSTEIN, 1986, p.7).
Para indicar que se omissão de trecho ou palavra, usar reticências, entre
colchetes, no início, no meio ou no fim da passagem.
Exemplo:
“A organização paradigmática para a área da comunicação na década de 90
não é mais a Unesco, [...] mas uma outra organização das Nações Unidas, [...] a OMC”
(FADUL, 1998, p.77).
Acréscimos, explicações ou complementos às citações são apresentados entre
colchetes.
Exemplo:
“A concordância de que o consumerismo [não confundir com consumismo]
somente terá crescimento com um consumidor informado e consciente” (GIACOMINI
FILHO, 1998, p. 230).
Dados obtidos por informação verbal (palestras, debates, comunicações etc.)
podem ser usados. Para tanto, indicar, entre parênteses, a expressão “informação
verbal” e mencionar os dados disponíveis em nota de rodapé.
Citação de documentos jurídicos:
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36
Lei: mencionar no texto o número da lei, artigo, inciso etc., assim como a
data de promulgação; indique a fonte da lei.
Jurisprudência e acórdão: indicar a fonte e incluir o órgão judiciário
competente.
Tratados internacionais: mencionar no texto o título completo e por extenso
do tratado e o número do artigo, inciso etc. Indicar, entre parênteses, após o título
do tratado, o ano de sua promulgação.
Citação de trabalho em fase de elaboração: indicar entre parênteses a
expressão em fase de elaboração, e mencionar os dados disponíveis em nota de
rodapé.
Citação de documento eletrônico on line: indica-se, no texto, o autor ou
título do documento (quando não houver autoria) e a data da publicação. Na
referência desse documento, acrescenta-se a informação do endereço eletrônico e a
data de acesso ao documento.
Exemplo:
No texto:
O crescimento do número de funcionários do Macquaire Bank, de 1997 a 2002,
foi de 30% (MACQUAIRE BANK, 2002).
Nas “Referências”:
MACQUAIRE BANK. Why Macquaire?.[S.I.]: c2002. Disponível em
<http://www.macquaire.com.au/au/about_macquaire/careers/why_macquai
re.htm.> Acesso em: 13 out.2003.
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37
NOTAS DE RODAPÉ
Usadas, apenas, com o intuito de inserir esclarecimentos absolutamente
necessários. Se for o caso, podem ser usadas também para trazer a versão original de
uma citação traduzida no texto.
A numeração das notas de rodapé deve ser feita, em números arábicos, de
forma crescente e por seção. O número arábico deve ser colocado, em sobrescrito, ao
lado da palavra que se refere à nota de rodapé, em letra menor. No final da página, a
nota de rodapé aparece separada do texto por um traço, e deve ser escrita em letra
menor (tamanho 10) do que a do texto.
As referências de documentos impressos devem conter as informações básicas
para sua identificação: nome do autor, título da obra, subtítulo (se houver), edição
(somente a partir da segunda), local de publicação, editora e data de publicação. Se
for necessária uma informação mais completa podem ser inseridos outros dados como
o nome do tradutor, número de páginas, características físicas etc.
Exemplos:
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 5ed. São Paulo:
Cortez, 2001.
KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. 2ed. Tradução de
Beatriz Vianna Boeira e Nelson Boeira. São Paulo: Perspectiva, 1987, 257 p.
A entrada da referência é feita pelo último sobrenome do autor (em letras
maiúsculas), seguido de vírgula e do(s) prenome(s) e demais sobrenome(s), se houver.
Exemplos:
DONAIRE, Denis.
BOAVENTURA, João Maurício.
SIQUEIRA, João Paulo.
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38
RUÓTULO, Antonio C.
Nas “Referências”
Autor: é o responsável pela elaboração do conteúdo intelectual de um
documento.
Quando a autoria é de uma só pessoa:
SOBRENOME DO AUTOR, Prenome. Título da obra. Edição. Local: Editora, ano.
Páginas ou volumes.
Exemplo:
DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. 2ed. São Paulo: Atlas, 2003.
155 p.
Atenção
As “Referências” são alinhadas somente à margem esquerda e de forma a
identificar individualmente cada documento. Nesse sentido, deve-se usar espaço
simples e usar dois espaços entre uma obra e outra.
As referências não devem ser “justificadas” para que as letras não fiquem
com espaçamento indevido, principalmente, no caso de textos extraídos da Internet.
Com dois ou três autores
Quando houver dois ou três autores, os nomes devem ser separados por ponto
e vírgula, seguidos de espaço.
Exemplo:
DONAIRE, Denis; MARTINS, Gilberto de Andrade. Princípios de estatística.
4ed. São Paulo: Atlas, 1993. 255 p.
Com mais de três autores
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39
Quando houver mais de três autores, indica-se apenas o primeiro,
acrescentando-se et al.
Exemplo:
DILLENBURG, Darcy et al. (Ed) Current topics in nuclear physics and
quantum field theory: Festschrift for Th.A.J.Maris. Porto Alegre: UFRGS, 1994.
Com responsabilidade intelectual (editor, organizador, coordenador etc.)
Exemplo:
ALMEIDA, M.C.P.; ROCHA, S.M.M. (Org). O trabalho de enfermagem. São
Paulo: Cortez, 1997.
Com indicação de tradutor
Exemplo:
CANGUILHEN, G. O normal e o patológico. Tradução: Maria Thereza de
Carvalho Barrocas e Luiz Octávio Ferreira Barreto Leite. 3ed. ver ed. aumentada. Rio
de Janeiro: Forense Universitária, 1990.
Obras com autor desconhecido
A entrada é feita pelo título da obra e a primeira palavra do título é com letra
maiúscula. Segue-se listando os demais elementos.
Exemplo:
DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro. São Paulo: Câmara Brasileira do
Livro, 1993, 64 p..
Pseudônimo
No caso de o autor valer-se de pseudônimo, para publicar a obra, o
pseudônimo deve ser adotado na referência, desde que seja a forma adotada pelo
autor.
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40
Entidades
As obras de responsabilidade de entidades (órgãos governamentais, empresas,
associações, congressos), que não apresentem autor individual devem ser
referenciadas pelo nome da entidade.
Exemplo:
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Catálogo de teses da Universidade de São
Paulo (1992). São Paulo, 1993.
Observação
O nome da instituição nunca deve ser escrito em negrito, visto que as letras
maiúsculas já dão o devido destaque.
Parte de livros (Capítulos, Fragmentos, Volumes)
O título da parte deve ser transcrito sem destaque. O título do livro deve
estar em negritado precedido da palavra In, seguida de dois pontos. Local: Editora,
ano, página inicial-final da parte.
Exemplo:
VIEIRA E.M. A medicalização do corpo feminino. In: GIFFIN, K.; COSTA, S.H.
(Orgs). Questões da saúde reprodutiva. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1999, p. 67-78.
Quando o autor de parte da obra ou do capítulo é o mesmo do livro, substitui-
se o seu nome por um travessão equivalente a cinco caracteres ou cinco espaços.
Exemplo:
ROMERO, E. A arquitetura do corpo feminino e a produção do conhecimento.
In: _____. Corpo, mulher e sociedade. São Paulo: Papirus, 1995.
Quando não for necessário destacar o título do capítulo do livro, ou quando as
partes ou capítulos não tiverem títulos próprios, referencia-se o livro todo, e indica-se
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41
apenas o capítulo e/ou as páginas da parte consultada, precedida pela abreviatura
correspondente (cap. X, p. YY).
Exemplo:
MACHADO, L.M.V. A incorporação do gênero nas políticas públicas:
perspectivas e desafios. São Paulo: Anablume, 1999. cap. 1, p.15-37.
Referências de documentos eletrônicos
A referência do documento obtido por meio eletrônico deve incluir os mesmos
itens especificados para uma obra impressa, acrescidos das informações relativas à
descrição física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online, etc.).
Exemplo:
KOOGAN, A.; HOUAISS, A. Enciclopédia e dicionário digital 98. Direção geral
de André K. Burymam. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-Rom.
No caso de obras consultadas online é necessário acrescentar as informações
sobre o endereço eletrônico, entre <>, precedido da expressão “Disponível em:” e a
data de acesso ao documento, precedida da expressão “Acesso em:”.
Exemplo:
ALVES, Castro. Navio negreiro. Virtual Books, 2000. Disponível em:
<http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/navionegreiro./htm>.
Acesso em: 10 jan. 2002, 16:30:30.
Observação
Dados referentes à hora, minutos e segundos são opcionais.
Teses, dissertações, monografias etc.
Faz-se a indicação pelo SOBRENOME DO AUTOR, Prenome, Título, Ano,
Número de folhas. Tipo de trabalho (tese, dissertação, TCC etc.), o grau, a vinculação
acadêmica, o local e a data da defesa (se estiver mencionada na folha de aprovação).
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42
Exemplos:
MARTINS, Pérsio Penteado Pinto. Uma contribuição para o desenvolvimento
de um método de cenários por meio de sua aplicação na Indústria de Transportes
Rodoviários de Cargas no Brasil. 2008. 215f. Dissertação (Mestrado em
Administração) – Universidade Paulista, São Paulo.
SLATER, B. Desenvolvimento e validação de um questionário semi-
quantitativo de freqüência alimentar para adolescentes. 2001. 133f. Tese
(Doutorado em Nutrição em Saúde Pública) – Faculdade de Saúde Pública,
Universidade de São Paulo.
Observação
Sempre que o local (cidade) de publicação coincidir e aparecer no título da
obra ou no nome da instituição, não é necessário repeti-lo.
Título e subtítulo
Devem ser descritos da mesma forma que aparecem no documento, separados
por dois pontos. A primeira letra deve ser escrita em maiúsculo; as demais, em
minúsculo, com exceção dos nomes próprios ou científicos. Usar título em negrito ou
inclinado e subtítulo sem negrito e sem inclinação.
Exemplo:
DEMO, Pedro. Pesquisa: princípios científicos e educativos. 10.ed. São Paulo:
Cortez, 2003. 120 p.
Traduções
Se for uma obra traduzida, o nome do tradutor deve vir logo após o título:
SOBRENOME DO AUTOR, Prenome. Título. Nome do tradutor. Local: Editora, ano.
Exemplo:
SILVERTONE, Roger. Por que estudar a mídia? Tradução de Milton Camargo
Mota. São Paulo: Loyola, 2002.
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Observação
Outros tipos de responsabilidade (revisor, ilustrador, etc.) podem ser
acrescentados após o título, conforme aparecem no documento. Porém vale lembrar
que essa é uma informação opcional.
Número de páginas
Deve-se informar-se o número total de páginas da obra, seguido da
abreviatura “p.”.
Exemplo: 342 p.
Volume
O número do volume é indicado por “v.”. Exemplo: v. 2
Observação
Todas as informações são retiradas da própria obra, preferencialmente da
folha de rosto.
Edição
O número da edição, quando mencionado na obra, é indicado em algarismo
arábico, seguido da abreviatura da palavra edição. Não se menciona a primeira
edição.
Exemplo: 3ed.
Indicam-se emendas e acréscimos à edição, de forma abreviada.
Exemplo: 3ed. rev. e aum.
Local de publicação
Deve ser transcrito na língua original (exemplo: Firenze e não Florença), de
forma completa e por extenso (São Caetano do Sul e não S. C. Sul).
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44
No caso de cidades homônimas, acrescenta-se o nome do país ou do Estado.
Exemplo: Viçosa-MG, Viçosa-RN, Viçosa-AL.
Caso não seja possível determinar o local de publicação, escreve-se sem local,
simbolizada [s.l.], que significa sine loco, entre colchetes.
Exemplo: [s.l.]: Vida e Conhecimento, 2005.
Caso a página de rosto indique várias cidades, informar apenas a primeira ou a
que estiver em destaque. Se o local não estiver indicado, mas pode ser identificado, a
informação será colocada entre colchetes.
Exemplo: [São Paulo]: Livraria Ciência e Tecnologia Editora Ltda, 1985.
Editora
O nome da editora não deve incluir os elementos que designam a natureza
jurídica ou comercial: Atlas (e não Editora Atlas S. A.).
Para editoras com nomes pessoais, indicam os prenomes pelas iniciais,
seguidos de ponto.
Exemplo:
J.Olympio (e não José Olympio Editora).
Se não constar o nome da editora, adota-se a abreviatura [s.n.], que significa
sem nome (sine nomine), entre colchetes: São Paulo: [s.n], 2004.
Quando houver duas editoras indicam-se ambas, com seus respectivos locais:
São Paulo: EDUSP, Rio de Janeiro: E.P.U., 2000.
Se houver três ou mais editoras, indica-se a primeira ou a que estiver em
destaque. Se o local e a editora não puderem ser identificados na publicação,
utilizam-se as expressões, sine loco e sine nomine, abreviadas e entre colchetes: [s.l.:
s.n.], 2003.
Data
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O ano de publicação é transcrito em algarismos arábicos. Caso não seja
possível localizar a data de publicação, registrar [s.d.], sem data, entre colchetes.
Se não puder determinar nenhuma data de publicação, distribuição,
impressão etc., pode-se estabelecer uma data aproximada (se for possível estimar)
entre colchetes.
Exemplos:
[1981 ou 1982] um ou outro ano
[1989] data provável
[1975] data certa, não indicada no item
[entre 1900 e 1910] usar intervalos menores de 20 anos
[ca.1960] data aproximada
[196-] década certa
[196-?] década provável
[17--] século certo
[17-?] século provável
Descrição física
Diz respeito ao número de páginas ou de volumes, existência e natureza do
material ilustrativo e as dimensões. Caso o documento em questão tenha apenas um
volume, indica-se o número de páginas ou folhas, seguido da abreviatura “p.” ou “f.”.
Caso haja mais de um volume, registra-se o total deles, seguido da
abreviatura “v.”.
Exemplo:
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46
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo penal. 16ed. rev. e atual. São
Paulo: Saraiva, 1994. 4 v.
Se o documento não for paginado ou for paginado irregularmente, indica-se:
“Não paginado” ou “Paginação irregular”.
Exemplo:
KUNTZ, Ronald Anthony. Marketing político: manual de campanha eleitoral.
2ed. São Paulo: Global, 1998. Não paginado.
Exceções
A. No caso de autores de origem espanhola e italiana, a entrada é feita pelo penúltimo sobrenome: MAS GRAMUNT, José.
B. Quando há palavras indicando parentesco, elas devem acompanhar o sobrenome, tais como Júnior, Filho, Neto: DONAIRE JÚNIOR, Denis.
C. Sobrenomes compostos ou que formam unidade semântica não devem ser separados: BOA-VENTURA, João. CASTELO BRANCO, Camilo.
D. O mesmo critério deve ser usado para sobrenomes compostos consagrados pela literatura: MACHADO DE ASSIS, José M.
E. Casos em que um dos elementos do sobrenome, que não sendo o último, acaba ficando mais conhecido e consagrado pelo uso: VINICIUS DE MORAES.
F. Quando o sobrenome é precedido pelas partículas de, do, von, del, e, da, della, a entrada é feita sem a partícula: SILVA, Luiz da.
Informações suplementares podem ser incluídas ao final da referência.
Documentos em fase de publicação
MARINS, José L. C. Massa calcificada da naso-faringe. Radiologia Brasileira.
São Paulo, n. 23, 1991. No prelo.
Documentos traduzidos: pode-se indicar o título no idioma original.
LANGER, Susanne.
Ensaios filosóficos
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47
Tradução de Jamir Martins. São Paulo: Cultrix, 1971. 235 p. Título Original:
Philosofical sketches. c.Separatas, reimpressões, etc. devem ser transcritas como
figuram no documento.
BORST, Piet. Bauxitização no distrito de Poços de Caldas, Brasil. Separata de:
Boletim da Sociedade Brasileira de Geologia, v. 8, n. 1, p. 17-30, maio 1959.
Dissertações, teses e/ou outros trabalhos acadêmicos: devem ser indicados
em nota, o tipo de documento (trabalho de conclusão de curso, dissertação, tese
etc.), o grau, a vinculação acadêmica, local e a data da defesa, mencionada na folha
de aprovação (se houver):
NOMA, Ameli Kimiko. Repensando a orientação educacional. 1989. 126 f.
Dissertação (Mestrado em Educação) – Centro de Educação e Ciências Humanas,
Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 1989.
Publicação periódica
Coleção como um todo, fascículo ou número de revista, número de jornal,
caderno na íntegra, matéria existente em número, volume ou fascículo de periódico
(artigos científicos em revistas, artigos e matérias jornalísticas etc.)
Publicações periódicas consideradas no todo
Elementos essenciais: título da publicação (em maiúsculas), local, editora,
data de início e encerramento da coleção (se houver).
Elementos complementares: periodicidade, mudança de título ou
incorporações de outros títulos, indicação de índices, número no ISSN etc.
Exemplo de referência de uma coleção:
REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939-. trimestral.
Absorveu Boletim geográfico do IBGE. Índice acumulado, 1939-1983. ISSN 0034-723X.
Parte de uma publicação periódica
Inclui volume, fascículo, caderno, números especiais, suplementos, entre
outros. Elementos essenciais: título da publicação (em maiúsculas), título da parte
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48
(se houver), local da publicação, editora, numeração do ano e/ou volume,
numeração do fascículo, informações de períodos e datas e particularidades que
identificam a parte (suplemento, edição especial).
Exemplos:
REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO. São Paulo: INTERCOM, v.
XXV, n. 2, jul./dez.2002. 274 p. ISSN 0101-6453.
CONJUNTURA ECONÔMICA. As 500 maiores empresas do Brasil. Rio de Janeiro:
FGV, v. 38, n. 9, set. 1994. 135 p. Edição especial.
Observação
Os meses devem ser abreviados em suas três primeiras letras: exemplo:
janeiro = jan., dezembro = dez., com exceção de maio que vai completo.
Artigo e/ou matéria de periódico (revista, boletim, anuário) Inclui partes de
publicações periódicas (volumes, fascículos, números especiais e suplementos, com
título próprio), comunicações, editorial, entrevistas, recensões, reportagens,
resenhas e outros.
Elementos essenciais: (em negrito ou inclinado)
AUTOR(es) do artigo, Prenome(s). Título do artigo ou matéria. Título da
publicação. Local de publicação: Editor. volume, número, fascículo, página inicial
e final do artigo. Mês e ano. Nota especial, quando houver.
Exemplos:
CALDAS, Graça. Políticas de C&T, mídia e sociedade. Comunicação e
Sociedade: revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social. São
Bernardo do Campo: UMESP, n.30, p.185-207, 1998.
GWERCMAN, Sérgio. Evangélicos. Super Interessante. São Paulo: Abril, n.197,
p.52-61, fev. 2004.
Artigo e/ou matéria de revista em meio eletrônico
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49
As referências devem observar como nos padrões indicados para artigos e/ou
matérias de revistas impressas, acrescidas das informações relativas à descrição física
do meio eletrônico (disquete, CD-ROM, online).
Quando se tratar de obras consultadas online, é necessário incluir as
expressões “Disponível em:” e “Acesso em:”.
Exemplo:
SILVA, M.M.L. Crimes da era digital. Net. Rio de Janeiro, nov.1998. Seção Ponto de
Vista. Disponível em:<http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevistas.htm>.
Acesso em: 28 nov.1998.
Observação:
As referências de documentos impressos e online não devem ser apresentadas
na forma “justificada”.
Artigo e/ou matéria de jornal
Inclui editorial, entrevistas, reportagens, artigos etc. Os elementos essenciais
são: AUTOR(es) da matéria (se houver). Título do artigo ou matéria. Sub-Título, se
houver. Nome do jornal. Local de publicação, data (dia, mês e ano). Descrição
física (caderno, seção, suplemento - quando houver), página(s) do artigo
referenciado. Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo
precede a data.
Exemplo:
CALAIS, Alexandre. ONU: critica efeitos da globalização. Gazeta Mercantil. São Paulo,
p. A-5, 9 jul. 1999.
LEITE. Marcelo. Mais desgoverno na Amazônia. Folha de S. Paulo. 11 abr. 2004.
Caderno Mais, p.22.
Observação
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50
Quando o nome do jornal inclui o da cidade não é necessário repetir o local de
publicação.
Se a matéria não for assinada, inicia-se a entrada pelo título da matéria, com
a primeira palavra em letras maiúsculas. Em seguida vem o título do jornal e o
restante das informações.
Exemplo:
BUSH sabia de planos de Bin Laden nos EUA. Folha de S. Paulo. 11 abr. 2004. Folha
Mundo, p.19.
Artigo e/ou matéria de jornal em meio eletrônico
As referências devem observar aos padrões indicados para artigos e/ou
matérias de jornais impressos, acrescidas das informações relativas à descrição física
do meio eletrônico.
Quando se tratar de artigo e/ou matéria consultados online, é necessário
incluir as expressões “Disponível em:” e “Acesso em:”, conforme exemplos.
Exemplos:
Jornal (matéria assinada): LEMOS, Ana Amélia. Globalização: defeitos e virtudes. Zero
Hora, Porto Alegre, 25 jan. 2000. Disponível em: <http:www.clicrbs.com.Br/>. Acesso
em 29 jan.2000.
Jornal (matéria não assinada):
REPORTAGEM do FT [Financial Time] provoca mal-estar entre UE e Mercosul. O Estado
de São Paulo, 15 abr. 2004. Disponível em: <http://www.estadao.com.br>. Acesso
em: 15 abr. 2004.
Documento de evento
Inclui trabalhos apresentados em eventos (parte do evento) ou o conjunto dos
documentos reunidos num produto final (atas, anais etc.).
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51
Evento como um todo: dados essenciais: nome do evento (em maiúsculas),
numeração (se houver, ano e local (cidade) de realização). Em seguida, menciona-
se o título do documento (anais, tópico temático), seguidos de local de publicação,
editora e data de publicação.
Exemplo:
SIMPÓSIO BRASILEIRO DE REDES DE COMPUTADORES, 13, 1995, Belo Horizonte. Anais.
Belo Horizonte: UFMG, 1995. 655 p.
Evento como um todo em meio eletrônico
JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 1 e 2 SEMINÁRIO DE EXTENSÃO. 2003, São Bernardo
do Campo. Anais... São Bernardo do Campo: UMESP, 2003. 1 CD-ROM.
CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA UFPe, 4, 1996. Recife. Anais eletrônicos...
Recife: UFPE, 1996. Disponível em: <http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm>.
Acesso em: 21 jan. 1997.
Trabalhos apresentados em eventos
Dados essenciais: SOBRENOME(s) DO(s) AUTOR(es) do trabalho, Prenome(s).
Título trabalho apresentado. Em seguida inserir a palavra In: seguida de dois
pontos e TÍTULO DO EVENTO. Número, ano local de realização. Título da
publicação (atas, anais, tópico temático). Local: Editora, data da publicação,
página inicial e final da parte referenciada.
Exemplo:
MONSIVÁIS, Carlos. La cultura popular en el ámbito urbano. In: SEMINARIO DEL
CONSEJO LATINOAMERICANO DE CIENCIAS SOCIALES. 1983, Buenos Aires.
Comunicación y culturas populares en Latinoamérica. México: FELAFACS / G. Gilli,
1987. p.113-133.
Trabalhos apresentados em eventos extraídos de meio eletrônico
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52
As referências obedecem aos padrões indicados para trabalhos apresentados
em eventos de acordo a explicitação acima, acrescidas das informações relativas à
descrição no meio eletrônico.
Exemplos:
BARBALACCO, Rosangela. Horário eleitoral gratuito: a arena política na TV. In:
JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 2, e SEMINÁRIO DE EXTENSÃO, 5, 2003, São
Bernardo do Campo. Anais... São Bernardo do Campo: UMESP, 2003. 1 CD-ROM.
QUEIROZ, Adolpho e al. Terça-feira 13: barriga na web: uma leitura de propaganda
ideológica sobre a morte de Mário Covas na mídia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 24, 2001, Campo Grande. Anais eletrônicos... Disponível
em: <http://www.intercom.org.br/papers/xxivci/ np03/art-np03.html>. Acesso em:
15 abr. 2004.
Documento jurídico
Inclui legislação, jurisprudência (decisões judiciais) e doutrina (interpretação
dos textos legais). Elementos essenciais: jurisdição (ou cabeçalho da entidade, no
caso de se tratar de normas), título, numeração, data e dados de publicação. No
caso de Constituições e suas emendas, entre o nome da jurisdição e o título,
acrescenta-se a palavra Constituição, seguida do ano de promulgação, entre
parênteses.
Exemplos:
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília-
DF: Senado, 1988.
SÃO PAULO (Estado). Decreto lei nº 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea
de legislação e jurisprudência, São Paulo, v.62, n.3, p.217-20, 1998.
BRASIL. Código Civil. 46ed. São Paulo: Saraiva, 1995.
Documento jurídico em meio eletrônico
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53
As referências devem obedecer aos padrões indicados acima, acrescidas das
informações relativas à descrição do meio eletrônico
Exemplo:
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula nº 14. Não é admissível, por ato
administrativo, restringir, em razão de idade, inscrição em concurso para cargo
público. Disponível em: <http://www.truenetm.com.br/jurisnet/sumusSTF.html>.
Acesso em: 29 nov.1998.
Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico
Inclui base de dados, listas de discussão, BBS (site), arquivos em disco rígido,
programas, conjuntos de programas e mensagens eletrônicas, entre outros.
Os elementos essenciais são: autor, título do serviço ou produto, versão (se
houver) e descrição física do meio eletrônico.
Exemplos:
Lista de Discussão:
Nome da lista de discussão. Responsabilidade institucional
(administrada/mantida por...), Disponível em: entre < >, Acesso em: (data do
acesso).
BIONLINE Discussion List. List maintained by the Bases de Dados Tropical, BDT in
Brasil. Disponível em: <[email protected]>. Acesso em: 25 nov.1998.
E-mail:
Nome do remetente, assunto da mensagem, correio eletrônico do destinatário
e data de recebimento da mensagem.
TARSITANO, P. R. Dados sobre projetos experimentais [mensagem pessoal].
Mensagem recebida por <[email protected]> em 15 abr.2004.
Base de Dados:
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54
BIBLIOTECA DIGITAL. INTERCOM / PORTCOM – Rede de Informação em Comunicação
dos Países de Língua Portuguesa. PORTCOM. São Paulo, 7 jul.2000. Base de dados.
Disponível em: <http://www.intercom.org.br/portcom/index.htm>. Acesso em: 15
abr.2004.
Observação
Não se recomenda utilizar material de curta duração nas redes.
Ordenação das referências
Quando utilizado o sistema alfabético (autor-data), as referências devem
estar reunidas no final do trabalho, em uma única lista em ordem alfabética, sob o
título “Referências”. No entanto, a entrada da referência deve obedecer à forma
adotada na citação dentro do texto, mas não necessariamente quanto à grafia.
Exemplos:
No texto:
Como diz Morin (2001, v. 2, p. 311), “[...] luto aqui, não contra um
argumento, mas contra um imperativo paradigmático que ofusca: não condeno, ao
contrário, adiro plenamente à rejeição científica necessária do subjetivismo, isto é,
da idiossincrasia afetiva, do egocentrismo, do etnocentrismo, da opinião arbitrária.
Mas, importa distinguir a realidade da subjetividade e a ilusão do subjetivismo. É
porque esta distinção não foi operada que a luta elucidativa contra o subjetivismo
tornou a ciência cega para o sujeito”.
Na lista de referências:
MORIN, Edgar. O método II: a vida da vida. Tradução de Marina Lobo. Porto Alegre:
Sulina, 2001.
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55
CONCLUSÃO
As discussões acerca da teoria e da prática não são recentes. Há os que
defendem a prevalência da teoria e há os que defendem a prevalência da prática.
Mais recentemente defende-se, com razão, a indissociabilidade entre elas.
Isto significa que é preciso considerar que para “fazer” é preciso “saber”. E para
“saber” é preciso “fazer”.
Nesse sentido, há quem diga que “teoria e prática são duas faces de uma
mesma moeda”.
Por isto, privilegiamos em nossa disciplina a teoria, para que se possa “fazer
bem” aquilo que nos interessa – o TCC.
REFERÊNCIAS
LUDWIG, Antonio Carlos Will. Fundamentos e Práticas de Metodologia Científica. Petrópolis (RJ): Vozes, 2009. MARTINS, Gilberto de Andrade; THEOPHILO, Carlos Renato. Metodologia da Investigação Científica. 2ed. São Paulo: Atlas, 2009. DEMO, Pedro. Metodologia Científica em Ciências Sociais. 3ed. São Paulo: Atlas, 1995. APPOLINARIO, Fabio. Dicionário de Metodologia Científica – um Guia. São Paulo: Atlas, 2011. FREIXO, Manoel João Vaz. Metodologia Científica. 2ed. Portugal: Instituto Piaget, 2010.