Manual do Estaleiro

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Manual de formação do estaleiro

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Implantao do Estaleiro

Implantao do Estaleiro

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Englobamos aqui as actividades de obra que, muito embora no digam directamente respeito ao acto de construir, constituem tarefas que Ihe so inerentes e essenciais.

Reconhecimento do local da obra Os projectos de implantao do estaleiro so, muitas vezes, documentos genricos carecendo de serem corrigidos ou adaptados em questes de pormenor de acordo com as condies objectivas do local de implantao. Alm disso, as "filosofias" subjacentes gesto da obra so condicionadas, em grande medida, pelas realidades existentes no local e no previstas na fase de projecto. O ajuste do projecto de implantao s condies objectivas constitui uma medida de preveno de acidentes muito importante que se ir reflectir ao longo de toda a fase de execuo. Constitui, alm disso, a ltima oportunidade para incluir, ou alterar, de um modo estruturado, as medidas de preveno integrada preconizadas no "Plano de Segurana".

Por tal motivo, se justifica plenamente que, imediatamente antes de iniciar os trabalhos de implantao do estaleiro, se efectue uma verificao sistematizada dos condicionalismos existentes, confirmando o que j se sabia e, eventualmente, se identifique outros. A lista de verificao proposta a seguir meramente exemplificativa e dever ser ajustada realidade concreta da situao. Diz a experincia que o mais eficaz existir em cada empresa uma lista de verificao genrica para facilitar a sistematizao da recolha de informao, que dever ser acrescentada consoante o caso concreto.

Lista de verificao- Existe no local rede pblica de gua? - Qual a presso disponvel? - Qual a sua pureza? - Qual a regularidade do abastecimento (falha no Vero)? - Qual a alternativa fonte de abastecimento pblico? - Quais os meios necessrios para elevar, pressurizar, filtrar, purificar, etc.?

Obs: Um regular abastecimento de gua ao estaleiro indispensvel no s para a produo mas tambm para a segurana e bem estar dos trabalhadores. A sua escassez obriga ao estudo de medidas alternativas de combate a incndios, aumenta o risco de doenas, incentiva o consumo de bebidas alcolicas, etc...

- Existe, no local, rede de distribuio elctrica? - Qual a sua tenso? - Qual o regime de explorao? - Qual a potncia previsvel a instalar? - Quais os meios alternativos? - Qual a pessoa ou entidade a contactar em caso de emergncia (acidente ou falha)?

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Obs: A insuficincia de corrente elctrica num estaleiro provoca normalmente cortes intempestivos no fornecimento o que, por sua vez, aumenta o risco de acidente. A viso optimista do problema, baseando a sua soluo na gesto "apertada" dos consumos, resulta normalmente numa grande desorganizao geradora de perdas de produo e de acidentes. A adopo de fontes de energia alternativas ao abastecimento pblico de electricidade (gerador prprio, vibradores a gasleo, etc.) perfeitamente aceitvel, mas obriga tomada de medidas de organizao e de preveno complementares . Para o clculo aproximado da potncia elctrica necessria frequente multiplicar o valor da potncia instalada por um coeficiente de funcionamento igual a 0,7. Tal factor manifesta-se algumas vezes irrealista pelo que se recomenda o estudo caso a caso das necessidades de cada obra, com a eleio subsequente de um coeficiente ajustado situao concreta.

- Existe rede telefnica? - Qual o tempo previsvel para a montagem de um telefone?- O local est coberto por rede telemvel? - A comunicao por rdio uma alternativa possvel?

Obs:Em caso de acidente fundamental estar disponvel um meio de comunicao fivel que facilite o pedido de socorro. Por tal motivo, da mais elementar prudncia assegurar, desde o incio da montagem do estaleiro, os meios indispensveis. tambm prudente ter afixado, junto ao telefone, os contactos previsivelmente importantes em caso de emergncia.

- Onde se situa o vazadouro mais prximo para o "entulho" da obra? - Existe recolha de lixo orgnico? - Qual a capacidade de armazenagem de lixos a instalar? - Existe rede de esgotos? - Quais os meios alternativos a instalar e quais os condicionalismos a ter em conta? - A obra vai gerar resduos txicos e/ou perigosos? Se sim, quais os destinos a dar-lhes?

Obs: A "conscicia" ecolgica e a legislao sobre ambiente exigem hoje em dia uma especial ateno sobre os resduos. Deste modo, dever-se-o equacionar, o mais cedo possvel os problemas causados, quer pelos resduos inerentes ao acto de construir, quer os provocados pela concentrao dos trabalhadores. No caso especial de previsivelmente se gerarem quantidades significativas de resduos classificados como perigosos ou txicos (casos do amianto, leo queimado, etc.), dever-se- dispensar-lhes especial ateno, recorrendo, se necessrio, a consultas s entidades competentes.

- Qual o regime pluviomtrico do local? - Qual o regime de ventos? - Existe alguma linha de gua que, em caso de pluviosidade intensa, possa pr em risco o estaleiro?

Obs: No estudo de implantao do estaleiro importante ter em conta o regime meteorolgico do local. No faz sentido que, por exemplo, numa zona ventosa o estaleiro social seja colocado perto da zona de armazenagem dos inertes e a jusante da linha dos ventos dominantes.

- Qual a vegetao a abater e a preservar? - Qual a interferncia da obra com os vizinhos? - Quais os condicionalismos inerentes aos acessos (piso, largura da via, capacidade de pontes, viadutos, etc.).

Obs: Hoje em dia dificilmente se executam obras que, de um modo ou de outro, no sofram interferncias pelos condicionalismos da envolvente. A identificao desses condicionalismos deve ser feita o mais cedo possvel de modo a, em tempo til, se encontrarem alternativas ou solues que no reduzam o grau de segurana estipulado para a obra.

Delimitao Fsica da Obra

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Englobam-se aqui as actividades de estudo e implantao dos equipamentos destinados vedao da obra e estaleiro de apoio.

Riscos mais frequentes:- Acidentes virios por falta de visibilidade;- Acidentes virios por condicionalismos impostos ao trnsito de pees e/ou automveis;- Acidentes virios por ocultao ou iluminao de sinalizao reguladora;- Electrocusso pelo aparecimento acidental de corrente elctrica no tapume;- Cortes e perfuraes resultantes da natureza e/ou colocao inadequada dos materiais;- Acidentes diversos envolvendo terceiros por interveno de pessoas estranhas no permetro da obra.

Medidas de preveno:- Escolher o tipo, e mesmo a cor, do material de vedao de acordo com os condicionalismos do meio envolvente e do tipo de obra.- Estudar os transportes da obra (tipo de viaturas, frequncia, sentidos de circulao, comprimentos das cargas, etc.) e de acordo com o estudo, escolher o local e tipo de portes a implantar.- Escolher a localizao das entradas do estaleiro de acordo com um estudo prvio da circulao quer da obra quer da envolvente.

Obs:Se forem previsveis grandes movimentaes de terras e/ou entulhos conveniente identificar partida o vazadouro e colocar o porto de sada de modo a facilitar o trnsito das viaturas carregadas j que estas tm dificuldade em manobrar.

- Sempre que possvel, colocar os portes em local de boa visibilidade j que o recurso a "sinaleiros" dispendioso e muito falvel.- Em vias com trfego pedonal significativo criar, se possvel, um murete ou anteparo com +/- 70 cm de altura e +/- 1,50 m de comprimento de modo a constituir um resguardo que permita ao condutor sair com a frente da viatura para a via sem correr o risco de atropelar algum peo.- Se no for possvel criar anteparos optar por portes largos ou qualquer outro meio que reduza ao mnimo os ngulos mortos.- Evitar tanto quanto possvel a existncia de uma mesma entrada para viaturas e pessoal. Se tal no for vivel, criar um resguardo para o caminho dos operrios, que poder ser o prolongamento para dentro da obra do anteparo j sugerido para a proteco dos transeuntes.- Em todas as entradas da obra colocar avisos e informaes dissuasoras da entrada de pessoas estranhas.- Informar, por meio de avisos, as possveis visitas, da conduta que devem adoptar para circular no interior do estaleiro e, bem assim, como se devem proteger.- Implantar a vedao de modo correcto tendo o cuidado de no deixar chapas salientes, pontas de ferro ou qualquer outro material pontiagudo que possa vir a constituir elemento agressivo para terceiros.

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Obs:A utilizao de malha electrossoldada como elemento de vedao nos meios urbanos contra-indicada, na generalidade dos casos, no s porque enferruja com facilidade, mas tambm porque se deteriora ao longo do tempo passando a apresentar "pontas" de ferro muitas vezes perigosas.

- Nas vedaes do tipo "tapume" no as encostar completamente cota do terreno de modo a preserv-las e, ao mesmo tempo, permitir que, em caso de enxurradas, se possa fazer sob elas a passagem das guas pluviais.

- Ter em ateno que, se a vedao da obra ocultar ou reduzir a visibilidade da sinalizao de trnsito pr-existente, esta dever ser mudada ou repetida noutro local de modo a manter, pelo menos, a eficincia que era previsvel ter antes da implantao da vedao.

- Se a vedao estrangular ou de qualquer modo alterar as condies de circulao automvel das vias circundantes, tentar minimizar tais condicionalismos e sinalizar os constrangimentos residuals de acordo com os regulamentos legais em vigor.

Obs:Normalmente aplica-se a esta situao o preconizado no Dec. Regul. n. 33/88 (Sinalizao Temporria de Obras e Obstculos na Via Pblica) e as posturas municipais (se existirem) para a zona onde se efectua a obra.

- Se a vedao alterar ou eliminar as zonas pedonais devero estas ser refeitas com passadios apropriados resguardados lateralmente e bem iluminados.

- Se existir risco de queda de objectos de altura devero as zonas de trnsito de passagem de pees ser protegidas com pala superior com uma largura ligeiramente maior que a zona do passeio.

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Obs:Esta medida poder colidir com a livre circulao de viaturas na estrada (nomeadamente com veculos de cabine alta). Se for esse o caso dever-se- optar por elevar mais aquela proteco ou sinalizar o obstculo com faixas bem visveis. Durante a noite reforar com sinalizao luminosa.

- As zonas pedonais devero ser dimensionadas de acordo com o mximo fluxo previsvel de pees, respeitando de qualquer modo uma largura mnima de 60 cm.

- Quando se mostre conveniente colocar sinalizao nocturna indicadora da existncia de vedao, utilizar lanternins elctricos, de cor alaranjada, colocados a cerca de 2 m do solo e espaados de +/- 15 m entre eles. Este procedimento fundamentalmente aconselhado para as zonas urbanas.

- Nas vedaes metlicas ter o cuidado de as afastar convenientemente dos elementos elctricos nus e em tenso para evitar a sua electrizao.

- O atravessamento dos tapumes metlicos por cabos elctricos s admissvel se os bordos do orifcio do atravessamento estiverem de tal maneira protegidos com borracha ou outro tipo de material que garantam que a "chapa" do tapume no danifica em caso algum o isolamento dos condutores elctricos.

- Em princpio, a passagem de cabos elctricos isolados sobre o tapume dever ser feita de tal modo que no se possa verificar roamento do condutor na parte superior do tapume.

- Todas as vedaes metlicas devero ser ligadas terra de modo que no sejam, em nenhum caso, significativas as diferenas de potencial entre a chapa metlica e a terra.

Obs:Nas vedaes de rede metlica, alm de ligao a terra, opta-se muitas vezes por executar a ligao equipotencial do conjunto, no s por medida de segurana, mas tambm para evitar a corroso prematura dos materiais.

- A instalao elctrica da obra s poder estar apoiada no tapume metlico se, para a sua amarrao, forem utilizados apoios prprios que garantam um perfeito isolamento elctrico.

- A cor das vedaes dever ser suficientemente contrastante com o meio ambiente de modo a, s por si, constituir aviso da existncia de um obstculo. Nos tapumes em malha aconselhvel colocar, com espaamentos regulares, placas com faixas sinalizadoras fotoluminescentes.

Obs:A utilizao de cor negra nos tapumes, muito embora no esteja formalmente proibida em Portugal, de desaconselhar por ser pouco visvel durante a noite.

Organizao da Circulao

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Referimo-nos aqui, fundamentalmente, s vias de circulao horizontal a implementar no interior do estaleiro.

Riscos mais frequentes:- Atropelamento;- Choque de viaturas;- Esmagamento por viaturas;- Queda de viaturas de altura;- Queda de pessoas ao mesmo nvel;- Queda de pessoas de altura.

Medidas de prevenco:A organizao dos caminhos de circulao da obra deve ser definida tendo presente uma srie de factores no s ligados produo, mas tambm ao sector comercial, aos recursos humanos, manuteno do equipamento e, como bvio, segurana e socorro em caso de acidente grave. Por tal motivo, justifica-se quase sempre uma reunio preparatria com todos os intervenientes com poderes decisrios, em que o assunto seja tratado pormenorizadamente.

- Escolher o traado das vias tendo presente quer o "lay out" da produo quer o cronograma de execuo da obra de modo a que as vias se tornem, o mais possvel, definitivas e que o seu traado no inviabilize a simplificao das tarefas a exercer no estaleiro.

- Evitar o mais possvel os cruzamentos e curvas cegas.

- Ter presente que o desenvolvimento da obra poder criar, para o futuro, obstculos geradores de riscos nos caminhos de circulao.

- Adaptar os declives ao tipo de circulao esperada e, como princpio, evitar rampas com inclinaes superiores a 12%.

- Sempre que possvel os caminhos de circulao pedonal devero ser independentes dos reservados aos veculos motorizados. Se tal no for vivel prever uma faixa reservada aos pees com, pelo menos 60 cm de largura fisicamente separada da faixa de rodagem.

-As vias de circulao e, muito especialmente, os caminhos pedonais devero ser afastados prudentemente dos locais onde exista o risco de queda de objectos de altura.

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Obs:Quando no for prevista a aplicao de meios de proteco colectiva de queda de objectos de altura, a distncia mnima de afastamento das vias da prumada dever ser inferida do Diagrama de Queda de objectos de altura (figura abaixo representada).

- Escolher o perfil transversal da via tendo em conta os regimes meterolgicos do local e o tipo de pavimento a efectuar.

- Afastar, tanto quanto possvel, o traado das vias do coroamento das escavaes ou, ento, ved-las ao trfego durante aqueles trabalhos.

- Prever lugares para cargas e descargas e ainda para estacionamento de viaturas de modo a no impedir a livre circulao no estaleiro.

- Estudar uma rede de vias prioritrias, a manter constantemente desimpedidas, de modo a que,em caso de emergncia, estejam garantidos quer os caminhos de fuga quer as vias de socorro.

Obs:Nos casos especiais de construo em altura em que exista possibilidade de corte dos acessos normais, prever vias alternativas compatveis com carros de socorro de grande porte e pouca mobilidade como, por exemplo, as escadas "Magirus".

- Em estaleiros de grandes dimenses, ou sempre que as circunstncias o aconselhem, estabelecer, por escrito, um regulamento de acesso e circulao que dever ser distribudo pelos interessados e respeitado integralmente.

Diagrama de Quedas- Se for previsvel a circulao em obra de pessoas estranhas como, por exemplo, visitas ao andar modelo reservar e sinalizar uma via de acesso isenta tanto quanto possvel de perigos, tendo em conta que os seus utilizadores no esto habituados aos riscos inerentes ao acto de construir.

- Fazer um registo eficaz de todas as visitas de modo a que seja possvel saber,em qualquer momento, se existem ou no no estaleiro pessoas estranhas ao trabalho.

- Manter as vias em bom estado de conservao e sempre limpas de detritos ou objectos que originem riscos a circulao.

- Sempre que se verifique o levantamento de p dever-se- prever a "rega" das vias. Esta rega dever ser feita controladamente de modo a que uma excessiva quantidade de gua no torne o piso escorregadio.

- As vias do estaleiro devero ser sinalizadas recorrendo, sempre que tal se aplique, sinalizao convencional das estradas e seguindo a filosofia preconizada no Regulamento de Sinalizao Temporria de Obras e Obstculos na Via Pblica (Decreto-Regulamentar n. 33/88, de 29 de Agosto).

Organizao do Estaleiro de Apoio

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Procuramos aqui identificar e correlacionar, de um modo bsico, os diferentes equipamentos e instalaes a ter em conta na definio do estaleiro no sentido de o tornar funcional e por isso mais seguro.

Riscos mais frequentes:- Choque;- Atropelamento;- Queda de materiais;- Queda ao mesmo nvel;- Incndio.

Medidas de preveno:- Recolher os dados disponiveis sobre a obra a executar, nomeadamente os relativos arquitectura, implantao e planeamento.

- Definir o espao disponvel para o estaleiro e identificar os condicionalismos impostos pela envolvente e pelo terreno em si.

- Estudar o cronograma provisional da carga de mo de obra, identificando sobretudo os problemas logsticos postos pela necessidade de alojamento, alimentao, transporte, etc., nomeadamente no que diz respeito s fases crticas dos picos de produo.

- Identificar os subempreiteiros seleccionados e recolher informao sobre as caractersticas da mo de obra, tipo e especificaes do equipamento, materiais a utilizar, modo de organizao, etc..

- Correlacionar as actividades dos subempreiteiros com a actividade geral da obra evidenciando os pontos crticos e de possvel conflito.

- Definir os meios logsticos de armazenagem, movimentao de cargas, instalaes sociais e outros a disponibilizar aos subempreiteiros e quantificar a sua taxa de ocupao.

- Estudar os fluxos de materiais desde o transporte do exterior at colocao em obra.

- Programar as compras identificando os fornecedores, prazos de entrega, modos de embalagem, transportes utilizados, etc..

- Organizar a gesto de stocks definindo a partir da as quantidades mximas em armazm.

- Identificar o equipamento a utilizar no processo construtivo e recolher informaes sobre quantidades, dimenses, peso unitrio, modo de movimentao e outras caractersticas susceptveis de influenciar, de um modo sensvel, a organizao do estaleiro.

- Eleger as mquinas e viaturas necessrias execuo dos trabalhos e definir os requisitos de abastecimento, estacionamento, manuteno preventiva e rea de trabalho.

- Estudar o processo construtivo no sentido de definir e quantificar as proteces colectivas a aplicar e estabelecer cronograma de utilizao.

- Calcular a volumetria das instalaes fixas tendo em conta a ocupao previsvel e os pressupostos da legislao aplicvel.

- Definir as principais caractersticas dos meios mecnicos de movimentao de cargas e, caso se trate de gruas-torre, representar a sua implantao esquemtica na planta de estaleiro.

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Obs:Caso se trate de gruas dever-se- representar o seu alcance mximo, contemplando o movimento de translao caso se preveja a montagem de caminho de rolamento, assim como zonas intermdias referindo para cada alcance a carga mxima segundo o diagrama de cargas.

- Perante as caractersticas particulares de cada obra, avaliar as possveis situaes de emergncia e verificar se as estruturas de socorro locais tm capacidade tcnica para as enfrentar.

- Prever as necessidades no que diz respeito a instalaes mdicas, equipamentos de salvamento e primeiros socorros, material de combate a incndios, etc.

- Definir a circulao fundamental da obra tendo em conta os requisitos impostos pelos caminhos de evacuao e socorro.

- Estudar as correlaes possveis entre as instalaes, equipamentos, processos construtivos, recursos humanos e meio ambiente identificando as relaes de interdependncia e incompatibilidade.

Obs:As correlaes que se estabelecem num estaleiro de apoio so muito complexas e o seu estudo exige, quase sempre, o recurso dos diversos tcnicos e gestores interessados. Existem publicadas tabelas de correlaes bsicas que podem constituir um bom auxiliar para uma primeira abordagem do problema, mas que no dispensam estudos de pormenor. Normalmente, as tabelas referidas no contemplam com a profundidade desejada a preveno de riscos, o que constitui uma falha grave j que a segurana de todo o processo construtivo depende em parte das opes tomadas aquando da organizao do estaleiro.

- Depois de estabelecidas as necessidades da obra, as correlaes entre as diferentes actividades e instalaes e tendo presente os objectivos de segurana, produtividade e qualidade, proceder ao "arranjo" esquemtico do espao do estaleiro.

Escritrios de Obra

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Entende-se por escritrios de obra as instalaes destinadas organizao administrativa, tcnica e comercial de apoio ao estaleiro.

Riscos mais frequentes:- Risco de incndio;- Risco de electrocusso;- Riscos de queda ao mesmo nvel;- Riscos de queda de nvel superior;- Risco de esmagamento (por queda do contentor).

Medidas de preveno:- Os escritrios de obra devero ser montados, tanto quanto possvel, junto da entrada do estaleiro de modo a diminuir o trajecto dos possveis visitantes estranhos obra.

- O caminho que os separa da entrada do estaleiro dever ser particularmente cuidado e iluminado de modo a garantir a segurana dos utentes.

- Identificar bem as instalaes para evitar que os seus utentes ocasionais se percam e entrem inadvertidamente em zonas de laborao e/ou de risco acrescido.

- No caso de se optar por construir os escritrios a vrios nveis, os acessos verticals devero ter caractersticas de robustez, estabilidade e dimensionamento perto das exigidas para os acessos verticais definitivos.

- As portas devero abrir para o exterior e, em zonas ventosas, possuir dispositivos que amorteam os movimentos de abrir e fechar.- Se forem utilizados contentores metlicos dever-se- proceder sua ligao terra e se forem colocados em vrios nveis dever o seu conjunto ser ligado de um modo tal que se garanta a equipotencialidade do conjunto metlico.

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Obs:Esta medida destina-se no s a diminuir o risco elctrico mas tambm a aumentar a vida til da instalao.

- Sempre que se opte pela construo modulada em altura dever ser equacionado o risco de deslocamento dos mdulos superiores pela aco do vento e executadas medidas de preveno tais como espiamento, amarrao, etc.

- As coberturas dos escritrios devero ser tecnicamente isoladas de modo a garantir uma temperatura aceitvel, nomeadamente quando expostas directamente aos raios solares.

- Quando no tcnica ou economicamente possvel isolar as coberturas e previsvel a sua exposio, durante o Vero, aos raios solares directos, dever-se-o instalar acondicionadores de ar ou recorrer a outras tcnicas no sentido de garantir alqum conforto trmico.

Obs:Constitui muitas vezes soluo a cobertura superior da zona dos escritrios com "rede-rfia" de cor clara colocada sensivelmente a 60 cm acima do tecto dos contentores sobrepassando 2 m para cada lado dos beirais. Nas coberturas zincadas ou similares de grande vo recorre-se, algumas vezes, a rega por asperso da superfcie exposta ao Sol. Estaprtica acarreta bastante consumo de gua e no tem os resultados que em princpio seriam de esperar.

- Junto entrada dos escritrios dever ser construdo um, ou mais, lava-botas dotados de mangueira flexvel e ponteira com escova.

- Tambm junto entrada, mas da parte interior, devero ser colocados meios de extino de incndios (extintores).

- Os agentes extintores a eleger devero estar de acordo com os riscos existentes. Nos casos gerais o P Qumico seco tipo A.B.C. ser uma boa opo, no s pela sua polivalncia mas tambm por ser compatvel com a maioria das situaes de incndio previsveis em obra.

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Obs:Se no escritrio existirem mquinas de heliocpia no devero ser instalados extintores contendo B.C.F. (halon) j que esse agente extintor em certas condies de temperatura reage com o amonaco produzindo gases muito txicos.

- Dever ser assegurada a remoo peridica de papis velhos e ter o cuidado de no acumular quantidades significativas de materiais combustveis.

- O aquecimento ambiente dever ser feito recorrendo preferencialmente a equipamentos elctricos com baixo risco de incndio (tipo aquecedor a leo).

- A iluminao artificial dever ser feita com recurso a lmpadas fluorescentes em luminria dupla com condensador intercalado.

- Os escritrios de dimenses apreciveis devero ter iluminao de emergncia e mesmo sinalizao das vias de fuga e sadas.

- Dever ser instalado um telefone de acesso permanente e junto dele dever estar afixada uma ficha do tipo da que a seguir se prope, devidamente preenchida, pelo menos nas zonas assinaladas com asterisco.

Em caso de acidente

Nmero Nacional de Socorro:

Tel: Bombeiros:

Tel: Hospitais da Zona:

Tel: Nome:

Tel: Nome:

Tel: Ambulncias:

Tel: Farmcia mais Prxima:

Tel: Posto Mdico ca Comp de Seguros:

Tel: Entidade distribuidora de Electricidade:

Tel: Entidade disribuidora de guas:

Tel: Servio Nacional de Proteco Civil:

Tel: Delegao do I.D.I.C.T.:

Tel: Identificao

Obra:

Tel: Localizao:

Tel: Cliente:

Tel: Direco da Obra:

Tel: Nota: Para melhor identificao dos contactos dever-se- colocar antes do nmero de telefone pictogramas alusivos ao servio a que o nmero corresponde. Poder-se- utilizar os pictogramas normalmente usados nas listas de telefones nacionais.

- Tambm junto ao telefone dever existir uma lanterna porttil que ser mantida constantemente operacional que ser mantida constantemente operacional.

Obs:Para desincentivar o uso da lanterna em situaes que no as de emergncia poder ser instalado um aviso sonoro que ser activado pelo acto de retirar a lanterna do seu stio.

- Os escritrios devero possuir quadro elctrico autnomo com separao de circuitos de iluminao e tomadas, protegidas com disjuntores trmicos (um por cada circuito instalado) e um ou mais disjuntores diferenciais de alta sensibilidade (0,03A).

Instalaes Sociais

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Referimo-nos s instalaes do estaleiro que se destinam a apoiar os recursos humanos deslocados na obra. Como obvio, devem responder s necessidades especficas do local da obra, do nmero de utentes, da organizao do trabalho, etc. A quantificao e dimenses das instalaes encontram-se legisladas pelo que no se far referncia exaustiva a esses dois parmetros.

Riscos mais frequentes:- Incndio;- Electrocusso;- Exploso;- Intoxicaes.

Obs:Alm dos riscos especficos inerentes s instalaes dever-se- notar que as condies criadas nos estaleiros sociais se reflectem no comportamento e produtividade dos trabalhadores, pelo que aos riscos citados se devem juntar os riscos em obra criados pelas condies psico-fisiolgicas dos recursos humanos.

Medidas de preveno:- A implementao do estaleiro social deve ser alvo de estudo apurado tendo em conta as necessidades a que deve responder e aos condicionalismos introduzidos pela envolvente do local onde est inserido.

- Sempre que possvel, situar o estaleiro social em local geograficamente distinto do reservado ao estaleiro industrial.

- Preservar todos os elementos naturais (rvores, arbustos, etc.) que possam contribuir para amenizar o ambiente do estaleiro e criar locais aprazveis de convvio e descanso.

- O local de implantao do estaleiro dever, tanto quanto possvel, ser suficientemente drenado e ficar longe de elementos ou instalaes que criem riscos ou incomodidade para os utentes, tais como esgotos a cu aberto, lagos de gua estagnada, fbricas poluidoras do ambiente, etc.

- Se, como muito vulgar, o estaleiro social ficar integrado no estaleiro de apoio ter em conta o regime de ventos de modo a que as instalaes sociais no sejam invadidas pela poeira proveniente da obra ou de outras instalaes, nomeadamente da central de betonagem.

- Se for previsvel que a obra venha a funcionar em mais que um turno ter especial ateno ao rudo e ao seu impacto no sono dos trabalhadores que se encontrem em perodo de descanso.

- Sempre que possvel fazer o abastecimento de gua a partir da rede pblica.

- Se no se encontrar disponvel rede de abastecimento de gua "confivel" proceder a anlise mineralgica e bacteriolgica da gua disponvel no sentido de se averiguar da sua qualidade para o consumo humano.

- Se o estaleiro se encontrar numa zona fabril (por exemplo, fbrica em remodelo) a ligao rede de gua potvel deve revestir-se de especiais cuidados j que existe o risco de, por engano, se efectuar a ligao rede de gua industrial.

- No sentido de manter a temperatura da gua dentro de valores aceitveis a rede de distribuio dever, sempre que exequvel, ser subterrnea tendo o cuidado de elaborar desenho cotado da sua localizao.

- Junto ao estaleiro social instalar bocas de sada destinadas ao combate a incndios, estrategicamente distribudas consoante as dimenses e caractersticas das instalaes.

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Obs:Nos estaleiros, de acordo com as dimenses e riscos potenciais, dever ser instalada uma rede de incndios mesmo que bsica. Esta rede dever assegurar uma presso de gua de pelo menos 2 Kg na sada mais desfavorvel e os engates das bocas devero ser compatveis com o material vulgarmente utilizado pelos bombeiros. De notar que em Portugal os bombeiros utilizam, para engates roscados, dimetros diferentes consoante se trate de regies a Norte ou a Sul de Lisboa e Vale do Tejo.

- Se se verificar necessidade de intercalar na rede de distribuio depsitos de reserva de gua potvel, estes devero ter os requisitos apropriados para o efeito e estarem montados de tal modo que o contedo no seja contaminado por poeiras ou quaisquer outras substncias que possam alterar a qualidade da gua.

Obs: sempre recomendvel, antes de colocar qualquer depsito em funcionamento, proceder sua lavagem e desinfeco. Esta medida particularmente importante nos depsitos constitudos por materiais semi-porosos, tais como fibroamianto, alvenaria rebocada, etc.

- Se existir no estaleiro rede de gua no potvel, divulgar profusamente tal facto aos trabalhadores e sinalizar inequivocamente todas as sadas dessa gua atravs de pictogramas convencionais.

- Nas entradas das instalaes colocar lava-botas munidos de torneira e mangueira, assim como "raspadores" para ajudar a desagregar as lamas do calado.

- Ligar, sempre que possvel, os esgotos das instalaes rede pblica.

- Se no existir rede de esgotos, executar fossa sptica, com sumidouro ou no,de acordo com os condicionalismos do meio envolvente.

Obs:A fossa sptica dever permitir o seu fcil despejo por processos adequados, nomeadamente atravs de trasfega para cisternas sanitrias, o que implica estar colocada em local acessvel a viaturas pesadas.

- O espao compreendido entre dois blocos sociais contguos deve ser suficientemente largo de modo a impedir a propagao de incndios, permitir a insolao e criar condies de limpeza e drenagem.

- A escolha dos materiais e tipos de construo depende fundamentalmente dos condicionalismos impostos pelo prazo de construo e pelo espao disponvel. No entanto, escolher tambm os materials tendo em conta o regime climatrico do local, nomeadamente no que diz respeito s amplitudes trmicas.

- Se se optar pela construo de dormitrios recorrendo a contentores metlicos, dot-los de uma boa ventilao para impedir a condensao de vapor de gua nas paredes interiores.

- Os materiais isolantes colocados entre placas, nas paredes dos pr-fabricados em madeira e contentores metlicos, no devero libertar gases ou substncias que pela sua toxicidade possam afectar a sade dos utentes.

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Obs:Alguns produtos sintticos expansivos vulgarmente utilizados como isolantes trmicos e/ou acsticos libertam substncias txicas mesmo bastante tempo depois da sua aplicao. O risco quase desprezvel quando se trata de escritrios ou outros equipamentos muito arejados mas dever ser equacionado quando se trata de dormitrios ou outras instalaes de utilizao prolongada e onde o arejamento no est assegurado.

- As portas de entrada das instalaes sociais devero abrir para o exterior e recomendvel que sobre elas exista um pequeno telheiro que abrigue a zona de entrada da chuva e do sol.

- No sentido de facilitar a evacuao do dormitrio em caso de incndio dot-lo, sempre que se justifique, de pelo menos duas portas colocadas em plos opostos.

- Junto s portas colocar extintores de p qumico seco, tipo ABC, com capacidade de 6 Kg.

- O cho das instalaes dever ser liso e facilmente lavvel preferencialmente de mosaicos ou betonilha regularizada, com pendentes suaves que permitam o escorrimento das guas de lavagem. No entanto, o cho dos dormitrios dever possuir isolamento trmico que garanta o mnimo de conforto.

- Reservar junto entrada dos dormitrios uma pequena sala destinada troca de roupa de trabalho, equipada com bancos e cabides.

- Se possvel, destinar um compartimento para arrecadao de malas e outros volumes que pela sua dimenso no devam ser guardados junto aos leitos.

- Em nenhum caso arrumar no dormitrio veiculos motorizados ou qualquer outro equipamento e material que possa provocar mau cheiro ou agrave significativamente a carga trmica da instalao.

- Preferencialmente dividir a zona de quartos em compartimentos com portas de acesso para um corredor central. Estas portas devero, ao contrrio das da entrada, abrir para o interior dos quartos a no ser que o corredor tenha, pelo menos, uma largura dupla da porta.

- Dotar todos os quartos com janelas para o exterior, equipadas com persianas ou material similar que permita obscurecer o seu interior. De qualquer modo, assegurar a ventilao suficiente do compartimento.

- Equipar os quartos com armrios individuais (um por cada utente). Os armrios devero ser duplos, a no ser que no compartimento de muda de roupa exista local para guardar a roupa de trabalho.

- No permitir guardar nos quartos equipamentos ou produtos perigosos nem to pouco confeccionar refeies mesmo que ligeiras.

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Obs:Os estaleiros sociais devero, de acordo com a dimenso, possuir salas de convvio suficientemente acolhedoras para que incentivem o contacto social entre os utentes.

- Nunca permitir nos dormitrios aquecedores individuais consumindo gs ou qualquer outro combustvel que provoque abaixamento dos nveis de oxignio e, muito menos, que libertem gases txicos.

- Se o clima assim o aconselhar, dotar as instalaes com um sistema de aquecimento, quer a partir de uma unidade central, quer com radiadores individuais.

- Contguo ao dormitrio, mas no inteiramente ligado a este, devero existir instalaes sanitrias dimensionadas em funo da quantidade de utentes.

Obs:As quantidades mnimas de equipamentos a disponibilizar de acordo com o nmero de trabalhadores esto estipuladas em regulamento prprio e so basicamente as seguintes: uma retrete por cada 15 trabalhadores ou fraco; um urinol por cada 25 trabalhadores ou fraco; um chuveiro por cada 20 trabalhadores ou fraco; uma torneira por cada 5 trabalhadores ou fraco.

- O edifcio das instalaes sanitrias dever estar ligado ao dormitrio por um telheiro resguardado dos ventos dominantes, de tal modo que a ligao "dormitrio/sanitrios" seja cmoda. No entanto, dever garantir um arejamento suficiente para dissipar os odores desagradveis.

- A instalao elctrica dos sanitrios dever ser do tipo estanque protegida com disjuntor de 30mA.

- As tomadas de corrente, se existirem, devero ser equipadas com terra, terem proteco contra salpicos de gua ou, preferencialmente, serem do tipo "tomada com transformador de isolamento".

- Optar, sempre que possvel, por iluminao do tipo fluorescente, com lmpadas colocadas em luminrias estanques aplicadas no tecto.

- O pavimento das instalaes sanitrias dever possibilitar uma boa lavagem e drenagem das guas e ser resistente aos produtos de desinfeco vulgarmente utilizados em instalaes colectivas.

- As cabines de duche devero ter antecmaras para a muda de roupa, equipadas com cabides, sendo o cho revestido de estrado "tipo ripado".

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Obs:A utilizao de madeira na confeco de estrados de duche est desaconselhada, a no ser que seja suficientemente tratada (o que torna a soluo muito onerosa), por facilitar a transmisso de doenas de pele. Em alternativa, usam-se frequentemente estrados constitudos por pequenos mdulos de plstico acoplveis.

- As bacias de reteno dos duches devero ser do tipo anti-derrapante ou, ento, estarem equipadas com dispositivos que garantam aquela funo.

- Dotar os duches de gua corrente, quente e fria, e de dispositivos de mistura que permitam regular a temperatura da gua.

Obs:Os vrios sistemas de aquecimento de gua das instalaes sanitrias vulgarmente utilizados tm vantagens e desvantagens que devero ser equacionadas. Assim, o Termoacumulador elctrico de fcil montagem (muito embora exija pessoa habilitada), quase no necessita de manuteno e o local de instalao no implica requisitos especiais. , no entanto, pouco rpido na recuperao da temperatura da gua em depsito (tem capacidade limitada), tem consumos energticos grandes, o que obriga a uma instalao elctrica reforada e os meios de montagem, quer do circuito elctrico quer do circuito de gua, exigem grande fiabilidade. Os esquentadores a gs propano ou butano so tambm de fcil montagem, exigindo, no entanto, o cumprimento escrupuloso das regras de segurana inerentes aos aparelhos de queima. Se se optar por este equipamento prefervel utilizar botijas de gs com grande capacidade, no sentido de evitar, por parte dos trabalhadores, manuseamentos perigosos executados no intuito de se conseguir o aproveitamento do gs residual. Nos estaleiros de mdia dimenso tem vindo a ser aplicadas com xito pequenas caldeiras de aquecimento de gua utilizando como combustve! a madeira (vulgarmente designadas por bailarinas de cepo). Apresentam boa fiabilidade e segurana e no exigem especificaes particulares no que diz respeito rede de gua. No entanto, introduzem risco de incndio que deve ser controlado atravs da construo, com materials ignfugos, de compartimento autnomo para a instalao da caldeira.

- Os refeitrios, quando existam, devero ser acolhedores, funcionais e higinicos.

- Pintar as paredes interiores do refeitrio de cores claras.

- O revestimento das paredes interiores dever permitir uma fcil lavagem, pelo menos at uma altura de 2m.

- Instalar entrada do refeitrio lavatrios em quantidade adequada, mesmo que as instalaes sanitrias da obra se encontrem prximas.

- Instalar na zona dos lavatrios doseadores de sabo lquido e toalhas descartveis ou secadores de mos.

- Dotar o refeitrio com arejamento eficaz, preferencialmente atravs de janelas amplas.

- Controlar os insectos alados, utilizando para tal redes mosquiteiras nas janelas e portas e instalando, se necessrio, insectocutores elctricos. Evitar o recurso a insecticidas pulverizados.

- O pavimento do refeitrio dever ser construdo de tal modo que permita uma boa lavagem, um bom escoamento de guas e que resista, sem se degradar, aos detergentes fortes.

- Equipar a zona de refeies com mesas munidas de tampos impermeveis e de fcil lavagem.

- Preferencialmente utilizar cadeiras ergonomicamente aceitveis.

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Obs:Os bancos corridos, alm de no proporcionarem posturas correctas, levantam problemas ao nvel da organizao do refeitrio.

- A cozinha, embora com entrada independente, dever fazer parte do mesmo edifcio once est instalado o refeitrio, sendo separada deste por um balco corrido que permita organizar a distribuio de refeies em self-service.

- Revestir o balco com materiais impermeveis e que resistam a abraso e choque.

Obs:A utilizao de azulejos como revestimento uma opo eficaz e, muitas vezes, economicamente rentvel pelo aproveitamento de restos de stock.

- O pavimento da cozinha deve corresponder, genericamente, s caractersticas requeridas para o refeitrio, sendo que deve possuir ainda propriedades anti-derrapantes.

- Assegurar uma boa drenagem das guas de lavagem recorrendo a sumidouros de capacidade adequada equipados com ralos de malha fina para prevenir a intruso de roedores.

Obs:Os ralos devero possuir peso prprio significativo ou ento terem um sistema de fixao no sentido de evitar que os ratos, servindo-se do esgoto, se introduzam na cozinha atravs dos sumidouros.

- A zona de preparao de alimentos dever ser suficientemente ampla e dever estar equipada com bancada de apoio com caractersticas tais que permitam uma perfeita higiene.

- Preferencialmente, utilizar como combustvel para os foges o gs propano com reservatrios instalados no exterior do edifcio em construo prpria.

Obs:A instalao do gs dever ser executada por pessoal especializado perfeitamente conhecedor das normas de segurana inerentes a este tipo de equipamento. Tal no impede que a Direco de Obra defina medidas de segurana complementares em funo dos condicionalismos do estaleiro.

- Equipar a cozinha com amplas zonas de lavagem servidas por rede de gua potvel quente e fria.

- Construir dispensa com dimenses adequadas ao movimento do refeitrio e as caractersticas do aprovisionamento.

- Instalar sistema de exausto por intermdio de otes munidas de filtro de reteno de gorduras.

- Estabelecer lista de verificaes peridicas destinada ao controlo da manuteno das condies de higiene e segurana na cozinha.

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Obs:A lista de verificaes dever abranger as condies de higiene alimentar, rede elctrica, rede de gs, aparelhos de queima, filtros de exaustao, arrumao geral, etc.

- Junto s portas, quer do refeitrio quer da cozinha, colocar extintores de incndio que podero ser de p qumico seco. O pessoal empregue na cozinha dever ser treinado no uso deste equipamento.

- Instalar, contguo cozinha, casas de banho (separadas por sexo, caso se justifique) destinadas exclusivamente ao pessoal que ali trabalha.

- Organizar uma eficaz recolha de lixo, se possvel coordenada com os servios pblicos da zona.

- Os contentores do lixo orgnico devero ser compatveis com os sistemas mecnicos de recolha (se os houver). Em qualquer caso, devero possuir tampa perfeitamente ajustvel.

- Se o prazo de execuo, dimenso ou outros condicionalismos da obra no aconselharem a montagem de um refeitrio dever-se-o construir instalaes que permitam o aquecimento e tomada de refeies. Estas instalaes devero corresponder aos requisitos apontados para o refeitrio, embora com as devidas adaptaes.

Armazm

Parte superior do formulrio

Parte inferior do formulrio

Entende-se por armazm de estaleiro a zona da obra destinada ao depsito temporrio de materiais.

Riscos mais frequentes:- Entalamento;- Corte;- Esmagamento;- Intoxicao;- Queda de altura;- Queda ao mesmo nvel;- Incndio.

Medidas de preveno:- Escolher os locais de armazenagem e/ou da instalao do armazm de acordo com o plano de circulao da obra, caractersticas dos materiais e, ainda, com os alcances e capacidades dos meios mecnicos de movimentao.

- Prever zonas de estacionamento e manobra dos veculos transportadores para que, em nenhum caso, um veculo em carga ou descarga interrompa as vias fundamentais de circulao.

- Regularizar o terreno onde se vai proceder armazenagem e procurar no depositar os materiais directamente no solo. Colocar estrados dormentes ou barrotes, conforme o caso, que permitam, alm de uma melhor movimentao, um bom escoamento das guas.

- Se se tiver em armazm tubos ou outros materiais cilndricos, colocar calos suficientemente slidos de modo a garantir a estabilidade do empilhamento.

- A remoo manual deste tipo de material dever ser feita pelos topos com o pessoal colocado nos extremos, pelo que a zona de armazenagem dever ser estruturada para permitir tal manobra.

- Na armazenagem a cu aberto, colocar os tambores contendo lquidos na posio horizontal, procedendo, como bvio, ao seu travamento eficaz. Se, por qualquer motivo, se tornar necessrio armazen-los ao alto, proteg-los das intempries.

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Obs:Os tambores colocados ao alto no exterior sao facilmente contaminados com gua devido s diferenas de presso que se criam no seu interior. O aumento de temperatura provoca a dilatao do lquido contido no tambor e a consequente sada de ar pelo rolho. Posteriormente, a diminuio da temperatura provoca subpresses que tendem a aspirar, tambm pelo rolho, a gua que eventualmente esteja depositada na cabea do tambor.

- Armazenar os materiais, fundamentalmente junto a zonas de passagem, de tal modo que no resultem elementos salientes que possam provocar tropees ou embates.

- Procurar dividir os materiais por categorias e organizar a sua armazenagem de tal modo que a sua remoo se possa fazer sequencialmente. Uma boa ligao funcional entre o planeamento e o armazm fundamental para a sua gesto.

- Procurar no armazenar os materiais em pilhas muito altas. Se a movimentao for feita manualmente, o ideal no executar empilhamentos superiores a 1,80 m.

- Ao armazenar materiais, organizar o empilhamento de modo a evitar desmoronamentos. A arrumao de sacos, tijolos, blocos e todos os outros materiais que o permitam, dever ser feita em fiadas cruzadas de modo a travar a pilha.

- Se no for possvel um bom travamento do material a armazenar, proceder ao empilhamento em forma de tronco de pirmide e reduzir a altura da pilha para nveis seguros.

- Os materiais pr-embalados ou paletizados trazem, normalmente, afixada a sua capacidade resistiva, muitas vezes expressa em nmero de sobreposises permitidas. Respeitar escrupulosamente essas indicaes.

- Ao proceder ao empilhamento, verificar o estado das embalagens retirando as que no se apresentem em boas condies e que, por isso, possam pr em risco a estabilidade da pilha.

- Ao armazenar perfis metlicos do tipo "H" ou similar, procurar que a "alma" fique colocada horizontalmente e espaar cada camada com barrotes de madeira de seco idntica.

- A organizao das zonas de armazenagem dever ser tal que fiquemdefinidos corredores entre os diferentes materiais. A largura destes corredores dever estar de acordo com os meios de movimentao (manual, empilhador, etc), com a altura das pilhas e dimenses do material, mas nunca ser inferior a 70 cm.

- Sempre que possvel, armazenar de modo a definir um corredor entre os materiais e as paredes confinantes.

- Os materiais pulverulentos a granel no devero encostar s paredes, pilares, divisrias ou a quaisquer outros elementos que no suportem as solicitaes horizontais provocadas por tal prtica.

- Como regra geral, fazer a arrumao em prateleiras de tal modo que os materiais sejam dispostos, em altura, na razo inversa do seu peso.

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Obs:Alguns condicionalismos como sejam temperatura, humidade, exposio aos raios solares, etc., podem alterar aquela regra. Por exemplo, os capacetes de proteco, (um material leve que, em princpio, seria colocado na prateleira superior) devero ser armazenados longe da iluminao fluorescente, j que os raios ultra-violetas, emitidos por estas, aceleram o seu envelhecimento. Em armazns dotados com esse tipo de iluminao, os capacetes, devido quele condicionalismo, so, muitas vezes, armazenados em prateleiras intermdias.

- Colocar sobre bacias de reteno os recipientes susceptveis de provocar derrames. A capacidade da bacia dever estar de acordo com a perigosidade do derrame e a quantidade de produto previsivelmente a reter. - Verificar, na recepo dos materiais, se as suas caractersticas os podem tornar incompatveis com outros produtos armazenados. Em caso afirmativo, assinalar essa incompatibilidade e proceder sua separao fsica.

Obs:Alguns materiais, quer pelo bom senso quer, mesmo, por imposio legal, devem ser armazenados em instalaes prprias e com caractersticas especiais. Como bvio, por exemplo, os produtos explosivos requerem instalaes prprias para a sua armazenagem. O mesmo se passa com a generalidade dos combustveis, produtos reactivos, etc.

- Dado o risco de incndio geralmente associado aos armazns de obra, no seu interior ser proibido fumar ou foguear.

- Colocar extintores junto porta do armazm e ainda nos topos dos corredores interiores se a sua dimenso for aprecivel. A no ser que condies especiais o desaconselhem, o p qumico seco tipo ABC ser o agente extintor de eleio.

- Sempre que a rede de gua o permita, colocar, pelo menos, uma boca de incndio devidamente equipada com mangueira e agulheta junto ao armazm.

- Na ausncia de rede S.I., estudar a possibilidade de se dispor de gua junto ao armazm, de urn modo fcil e expedito para combate a um possvel foco de incndio.

Carpintaria de Toscos

Parte superior do formulrio

Parte inferior do formulrio

Zona de fabrico de peas em madeira destinadas cofragem ou outros elementos auxiliares da construo. Destingue-se da carpintaria dita de limpos, no s pelas peas e elementos produzidos, mas tambm pelo tipo de mquinas normalmente instaladas.

Riscos mais frequentes:- Corte e amputao;- Queda de igual nvel;- Queda de nvel superior;- Esmagamento;- Incndio;- Intoxicaes agudas;- Pneumoconioses;- Outras doenas profissionais.

Medidas de preveno:- A rea destinada carpintaria dever possuir tamanho adequado, quer em superfcie quer em p direito, ao tipo e dimenses do trabalho a efectuar.

- A instalao deve ser arejada, mas ao mesmo tempo estar suficientemente protegida do frio, j que as baixas temperaturas, ao retirarem mobilidade e sensibilidade aos membros dos operadores, aumentam grandemente o risco de erro e acidente.

- O piso deve ser perfeitamente regular e a arrumao dever ser preocupao constante de quem a trabalha.

- volta das mquinas de corte e das bancadas, demarcar no pavimento uma rea de trabalho exclusivamente destinada aos operadores e mant-la livre de detritos ou outros materiais.

- Dever existir contgua rea de fabrico uma dependncia vedada destinada ao armazenamento das ferramentas, lminas de corte e produtos qumicos de uso dirio. No entanto, ser feita uma gesto de aprovisionamento tal que permita uma existncia mnima de produtos qumicos perigosos e/ou inflamveis (previso para um dia de trabalho).

-Todas as operaes que envolvam chama aberta ou que de qualquer maneira constituam risco de incndio, mesmo que intimamente ligadas com a carpintaria, devero ser executadas preferencialmente fora desta. Pela mesma razo deve ser proibido fumar naquelas instalaes.

- Prever na montagem da rede de gua do estaleiro a instalao de uma ou mais bocas S.I. junto carpintaria, bocas essas que devero estar equipadas com mangueira, agulheta e chave de abertura do hidrante.

- Colocar junto s zonas de sada extintores de incndios de p qumico seco tipo ABC e/ou gua pulverizada.

- A instalao elctrica dever possuir todos os requisitos de segurana previstos para as oficinas de carpintaria tendo em ateno que tal medida particularmente importante no que concerne aos equipamentos de iluminao, fora motriz e aquecimento.

- A iluminao dever ser suficiente (pelo menos 400 Lux no posto de trabalho) e adequada ao tipo de actividade. Se se optar pela utilizao de lmpadas fluorescentes ou equivalente, corrigir o efeito estroboscpico caracterstico desse tipo de iluminao.

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Obs:A correco do efeito estroboscpico na carpintaria indispensvel j que, na ausncia da luz solar, esse tipo de efeito pode criar a iluso de que, por exemplo, uma serra circular est parada quando, na realidade, est a girar.

- Dotar as mquinas de um sistema de aspirao equipado com mangas ou silos de recolha de aparas e serradura.

- Fazer regularmente a manuteno do sistema de aspirao de modo a evitar a colmatagem dos filtros e a acumulao de grandes quantidades de material aspirado.

Obs:Recomenda-se a afixao das normas elementares de manuteno do sistema. O encarregado da carpintaria responder pela sua efectivao.

- Promover, junto dos carpinteiros, formao e informao sobre os riscos associados ao uso de alguns tipos de madeiras e aglomerados.

Obs:Normalmente, na carpintaria de toscos utiliza-se a madeira de pinho que no apresenta riscos especficos, muito embora as suas poeiras possam desencadear reaces do tipo alrgico em indivduos susceptveis. No entanto e em caves especiais utilizam-se, pela sua dureza, flexibilidade ou outras caractersticas, madeiras ditas exticas cujas poeiras apresentam riscos alergnicos marcados e mesmo carcinognicos.

- De acordo com as peas a fabricar dotar a carpintaria de plataformas auxiliares de construo que podero ir do simples estrado ou mesa at ao andaime ou plataforma com altura considervel. Estes tipos de estrutura devero ser concebidas de acordo com as exigncias do trabalho e possurem as proteces adequadas aos riscos existentes (queda de altura, queda de igual nvel, etc.).

- Distribuir as mquinas pela rea disponvel tendo o cuidado de deixar a sua volta zonas de trabalho suficientemente amplas.

- Implantar as mquinas de acordo com as recomendaes do fabricante, nomeadamente no que diz respeito ao nivelamento, macios de apoio, etc.

- Executar a instalao elctrica de modo a que os cabos de ligao no venham a ser deteriorados pelo normal funcionamento da carpintaria.- Se as mquinas no vierem equipadas com boto de paragem de emergncia, proceder a sua instalao.- Os carpinteiros com acesso s mquinas devero ter formao especfica e conhecerem previamente o modo de funcionamento dos equipamentos com que vo trabalhar.

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Obs:No sendo possvel proteger eficazmente todos os orgos rotativos das mquinas de carpintaria, nomeadamente as ferramentas de corte, todos os trabalhadores que operam na of icina devero usar vesturio relativamente justo e isento de elementos soltos que possam ser puxados pelas mquinas.

- Constituir para cada mquina um dossier em que esteja reunida toda a informao sobre o equipamento, nomeadamente caractersticas tcnicas da mquina, principals modos operatrios, histrico das intervenes de manuteno e reparao, etc. Este documento estar acessvel ao utilizador.

- As serras circulares devero ter um capacete protector da zona de corte, ajustvel altura das peas a trabalhar e indicao exterior do plano de corte do disco.

- A parte inferior do disco dever estar protegida em toda a sua extenso, no devendo a mquina trabalhar quando essa proteco se encontra removida.

- Dever existir uma guia paralela ao plano do disco que permita ajustes, de acordo com o tipo de corte a efectuar.

- Imediatamente a seguir ao disco dever existir uma "faca" divisora, de espessura semelhante do disco, que impea o fecho da ranhura de corte e a consequente projeco da madeira.

- A "faca" divisora dever ser resistente, estar colocada exactamente no mesmo plano do disco e, se a altura da serra for varivel, dever-se- poder ajustar de acordo com a altura desta.

- A "faca" divisora no dever nunca ficar acima da altura mxima da base dos dentes do disco.

Obs:Hoje em dia utilizam-se, com alguma frequncia, discos de corte ditos pastilhados. Essa ferramenta possui na zona de corte dos dentes "pastilhas" de metal duro e de espessura superior a do resto do disco. Deste modo a ranhura de corte mais larga evitando que a madeira '`aperte', sobre o disco. No caso do uso de tal disco a "faca divisora" , quase sempre, dispensvel.

- Executar todos os ajustes da mquina com a corrente elctrica desligada e o disco parado.

- Para executar peas pequenas que exijam a aproximao das mos do operador zona de corte utilizar empurradores que funcionaro como extensores das peas a trabalhar.

- Os empurradores podero ter o punho em metal, mas o seu corpo dever ser em madeira ou de outro material pouco rgido para no danificar o disco da maqulna.

- Retirar de servio os discos com dentes partidos ou que de qualquer modo apresentem fracturas ou defeitos estruturais.

- Na execuo de trabalhos junto mquina s dever permanecer o operador, a no ser que o trabalho exija um ajudante. De qualquer modo, no permitir a permanncia, junto a mquina, de pessoas no directamente envolvidas na execuo do trabalho.

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Obs:Os acidentes com serras circulares do-se com muita frequncia por distraco do operador. Os elementos estranhos ao trabalho podem distrair o operador e assim aumentar o risco de acidente.

- Examinar previamente a madeira a ser cortada no sentido de a limpar de pregos, outros elementos metlicos ou ns soltos que, na zona do corte, possam aumentar o risco de projeces.

- A generalidade das serras circulares no possui proteco bastante contra projeces, pelo que o seu operador se dever munir permanentemente de culos de proteco contra impactos.

- Assim como nas serras circulares, rever periodicamente as serras de fita no sentido de se verificar os apertos das peas amovveis, estado das lminas de corte, funcionamento dos sistemas de exausto, condies de conservao das proteces, etc.

- Nas serras de fita muito importante verificar se os volantes esto exactamente no mesmo plano.

Obs:Na prtica tal verificao faz-se de um modo indirecto j que, quando os planos no coincidem a fita da serra ou no adere completamente na zona de encoste dos volantes ou apresenta tores na zona de corte.

- Mandar executar as soldaduras da fita exclusivamente por pessoa especializada e possuidora de equipamento prprio. So de rejeitar, por risco de rotura, as serras que apresentem na zona da soldadura ressaltos, fissuras ou indcios de que sofreram aquecimentos que alteraram as caractersticas do ao (mudana de cor).

-No executar na serra trabalhos que pelas suas caractersticas obriguem a introduzir tores na fita que ponham em risco a sua integridade. Dever antes ser utilizada uma serra de recorte.

- Na serra de fita importante existir uma proteco que envolva a maior parte do curso da serra, de modo a que, em caso de rotura, a fita no escape para o exterior.

- Introduzir na serra uma tenso tal que no permita o seu bambeamento mas que tambm no provoque a sua rotura. S a experincia permite fazer uma afinao em moldes correctos. Hoje em dia esto vulgarizadas as serras de tenso automtica que obviam esse problema.

- A mquina dever estar munida de uma proteco ajustvel zona de corte. A parte inferior dessa proteco dever ser em acrlico ou outro material transparente que permita ver a zona de trabalho mas proteja o operador das projeces.

- No permitir que o operador ou qualquer outra pessoa se coloque lateralmente linha de corte da serra.

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- Dado que o rudo emitido pelas garlopas particularmente prejudicial para o ouvido humano, implantar esta mquina o mais possvel longe dos outros postos de trabalho da carpintaria.

- Executar verificaes muito regulares (de acordo com o tempo de utilizao e caractersticas do trabalho) de todos os orgos mveis da garlopa e, especialmente, da zona do tambor de corte.

- Manter operacionais as proteces zona de corte e proceder ao seu ajuste de acordo com a espessura da madeira a trabalhar.

- Se a mquina no possuir proteco da zona de corte e se no for possvel nesse modelo adaptar uma proteco estandardizada, executar em madeira uma telha protectora, dividida em pequenos troos articulados entre si por dobradias, que permanecer esticada sobre as facas cobrindo o espao no ocupado pela superfcie da madeira a trabalhar.

- Substituir as lminas que apresentem perdas de fio de corte ("bocas").

- Aps cada operao de afiamento, proceder verificao comparativa do peso das lminas no sentido de evitar desequilbrios no tambor da mquina.

- Se se verificarem rudos anormais no funcionamento livre do tambor da mquina, indicadores de falta de equilbrio do veio, cortar imediatamente a corrente elctrica. Durante o tempo de perda de inrcia do tambor, o operador dever-se- manter afastado do equipamento.

- Utilizar "preguias" de apoio com roletes sempre que o comprimento da madeira a trabalhar exceda o tamanho da mesa de garlopa.

- No empurrar com a barriga as peas de madeira a desbastar.

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Obs:Ao desengrossar peas longas verifica-se, algumas vezes, que o operador encosta uma das pontas da madeira ao seu ventre. Esta prtica pode tornar-se perigosa j que, por caractersticas especiais da madeira, esta pode ser empurrada violentamente para trs provocando traumatismos infernos muito graves.

- Ter sempre disponveis empurradores em madeira, ou forrados com esse material, que sero utilizados na parte final da passagem da pea.- Proceder sempre ao ajuste da mesa de corte utilizando para tal chaves apropriadas de modo a garantir uma boa fixao e a no deteriorao prematura das cabeas dos parafusos.

Nota:A serra de fita, a serra circular e a garlopa so as mquinas mais caractersticas da carpintaria de toscos. No entanto, algumas vezes instalado outro tipo de mquinas, nomeadamente as que agrupam vrias funes. As normas genricas atrs apontadas aplicam-se tambm aqui embora com ajustes de pormenor.

Equipamento de Proteco Individual:- Botas de segurana com proteco mecnica;- culos anti-impacto;- Mscara com filtro fsico;- Protectores auriculares;- Luvas de proteco mecnica.

Obs:A utilizao de luvas na carpintaria dever estar vedada aquando do trabalho em mquinas.

Carpintaria de Limpos

Parte superior do formulrio

Parte inferior do formulrio

Incluem-se neste tema os trabalhos de colocao e aplicao em obra de portas, janelas, rodaps, tectos e, genericamente, os elementos em madeira destinados a incorporar o produto final. Como, na generalidade dos casos, se recorre pr-fabricao daqueles elementos fora do local da obra, no normalmente montada no estaleiro oficina de carpintaria de limpos, pelo que no referimos aqui esse tipo de instalao.

Riscos mais frequentes:- Queda ao mesmo nvel;- Queda de nvel superior;- Queda de materiais;- Corte e perfurao por ferramentas e pregos;- Entalamentos e esmagamentos no transporte e armazenagem;- Intoxicaes e doenas profissionais;- Electrocusso

Medidas de preveno:- No acto da encomenda das peas de madeira exigir que os conjuntos sejam expedidos devidamente cintados ou embalados de modo a facilitar a sua movimentao em obra.

- Executar a manobra de descarga com cuidado. Preferencialmente utilizar porta-paletes ou mquina multifunes equipada com "garfos".

- Na elevao com grua utilizar preferencialmente estropos constitudos por cintas txteis ou similares. Nunca suspender a carga pelas fitas de amarrao da embalagem j que estas no possuem normalmente resistncia suficiente.

- Se as peas forem recepcionadas na obra em elementos individualizados, ou se as amarraes forem insuficientes para garantir a estabilidade do conjunto, movimentar mecanicamente pea por pea, ou proceder a sua amarrao eficaz para dar solidez ao conjunto a movimentar.

- Os monta-cargas de obra que executem transporte de elementos de carpintaria devero ter o espao de carga confinado por rede de malha apertada, ou outro material que no permita que os elementos a transportar saiam do permetro do elevador. Se tal no se verificar, acondicionar e amarrar os elementos de carpintaria de tal modo que as oscilaes do monta-cargas no provoquem a sua deslocao.

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Obs:O transporte de peas longas, no devidamente acondicionadas, em elevadores de caixa aberta, tem provocado vrios acidentes graves, envolvendo prejuzos materiais e mesmo humanos, quando a carga se desloca para fora do perimetro do elevador e embate em elementos do andaime ou da prpria construo. O problema no se pe apenas no transporte de peas de madeira mas constata-se que vulgarmente nessa actividade que os acidentes se verificam.

- Proceder ao armazenamento das peas em pilhas estveis, separadas por tipos e/ou medidas, de tal modo que a sua remoo para aplicao se possa fazer de um modo lgico segundo as necessidades da obra e de acordo com o programa de trabalhos.

- Se a armazenagem for feita directamente na obra junto as reas de aplicao, escolher locais que no interfiram com a circulao nem com outras actividades simultneas (electricidade, pavimentao, etc.).

- Se se optar por empilhar ao alto, dar ao conjunto uma inclinao tal que garanta a sua estabilidade. Na prtica, dever-se- escolher uma inclinao de cerca de 10 com a vertical, travando eficazmente o conjunto na base.

- Se o assentamento das peas empilhadas ao alto (normalmente portas) for feito sobre barrotes de madeira, estes no devero ficar salientes da pilha mais que 10 cm de modo a no interferir com a circulao. Se for previsvel o trnsito de veculos, delimitar a zona de armazenagem, tendo o cuidado de incluir na zona demarcada os "dormentes" para evitar que um toque inadvertido nestes possa desmoronar todo o empilhamento.

- Se se aplicarem produtos de tratamento de madeiras (tipo anti-parasitas) ler com muita ateno o rtulo do produto e agir de acordo com as instrues de segurana.

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Obs:Muitos dos produtos para o tratamento de madeira tm na sua composio Pentaclorofenol. Este produto muito txico e qualquer negligncia pode afectar gravemente o seu aplicador. Em caso de contaminao acidental da pele, lavar imediatamente com gua abundante e sabo.

- Tomar cuidados especiais, no que diz respeito preveno de incndios, na aplicao de sub-capa (tipo tapaporos) j que aquele tipo de produtos alia muitas vezes uma toxicidade elevada a um muito baixo ponto de inflamao.

- Como meio auxiliar para vencer desnveis utilizar, preferencialmente, o escadote. Este dever ser estvel, ter bases anti-derrapantes e possuir um travamento eficaz que limite a abertura da "tesoura".

- Se se optar por plataformas ou andaimes mveis estes devero ter guarda-corpos e rodap. Se estiverem montados sobre rodas devero possuir um sistema eficaz de travamento. Alm disso, as plataformas obedecero genericamente aos requisitos de rigidez e estabilidade.

- Transportar as ferramentas manuais em caixas adequadas ou ento coloc-las cintura em bainhas prprias para cada ferramenta.

- No permitir o transporte de ferramentas cortantes ou perfurantes (formes, goivas, chaves de parafusos, etc.) no bolso das calas.

- Na colocao de aros de janelas e varandas, ou sempre que se executem trabalhos com risco de queda de materiais sobre pessoas, s executar o trabalho quando houver a certeza de que no permanece ningum desprotegido na prumada da rea de execuo.

- Sempre que os trabalhos a executar envolvam risco de queda de altura (colocao de elementos nas fachadas ou junto a vos) e no exista proteco colectiva ou essa se mostre insuficiente, recorrer ao cinto de segurana firmemente ancorado em elementos resistentes.

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Obs:Como noutros tipos de trabalho, a colocao de elementos de madeira faz-se, muitas vezes, em altura o que origina que as proteces anti-queda normalmente usadas (guarda-corpos a 1 m do pavimento) e mesmo os elementos definitivos da construo sejam perfeitamente ineficazes.

- Dever ser expressamente vedado aos carpinteiros retirarem, ou de qualquer modo anularem, as amarraes dos andaimes sem prvia autorizao. A transferncia de uma amarrao (por exemplo, de um vo de janela para o outro) tambem interdita, a no ser com autorizao superior concedida caso a caso.

- A iluminao dos locais de trabalho dever ser eficaz, isto , dever provocar poucas sombras, ser dirigida de cima para baixo em relao ao plano de trabalho para no provocar ofuscamento e ser suficiente (superior a 100 Lux). Os suportes amovveis equipados com lmpadas fluorescentes so normalmente uma boa soluo com o pressuposto de as luminrias serem em grupo de duas com o efeito estroboscpico corrigido por meio de condensador intercalado.

- Afiar regular e correctamente as ferramentas de trabalho, utiliz-las de acordo com as suas caractersticas e os fins a que se destinam.

- Reparar ou substituir os cabos das ferramentas que apresentem rebarbas, fissuras ou lascas indiciadoras de perda de rigidez ou susceptveis de provocar ferimentos.

- Manter os martelos com a superfcie de embate perfeitamente desempenada e isenta de gorduras. O cabo deve ser live e anatomicamente adaptado, construdo em madeira adequada (por exemplo, de carvalho americano) e estar firmemente ligado parte metlica por intermdio de cunha de seco cruziforme.

- A serra circular elctrica, muitas vezes usada nas tarefas de carpintaria de limpos, dever possuir disco de corte compatvel com a tarefa a executar e perfeitamente solidrio com o veio de fora da mquina.

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Obs:Existem no mercado discos com diferentes formas e nmero variado de dentes consoante o tipo de madeira a cortar. A geometria da abertura central dos discos para acoplao na mquina tambm no universal, isto , no compatvel com todo o tipo de mquinas. de toda a prudncia gerir as compras tendo em conta este pormenor, j que a aplicao de um disco de corte no compatvel com a mquina em que aplicado pode lev-lo a partir, originando projeces muito perigosas.

- Utilizar correctamente a serra circular porttil. No permitir o uso de tal equipamento como serra de mesa e muito menos com o interruptor encravado.

- No permitir em caso algum a anulao da proteco mover do disco de corte nem to pouco a utilizao da serra com tal mecanismo empenado ou de qualquer modo deteriorado.

- As ferramentas elctricas devero possuir fio de terra devidamente montado e a instalao elctrica onde forem ligadas dever ser compatvel com esta exigncia. Excluem-se as ferramentas dotadas de dupla proteco que dispensam a ligao terra.

- Sempre que se utilizem travesses para fixar aros ou pr-aros, coloc-los de tal maneira que sejam perfeitamente visveis. Se se optar por colocar s um travesso junto ao solo aplicar fita sinalizadora ou outro elemento de aviso ao nvel dos olhos de tal modo que se sinalize o risco de tropeamento.

- A utilizao de ferramentas rotativas tais como berbequins, lixadeiras circulares, chaves de parafusos elctricas, etc., dever ser feita sem luvas e com vesturio justo nas mangas para evitar o enrolamento dessas peas de vesturio nos orgos rotativos daqueles equipamentos.

- Nas operaes de desgaste e alisamento executadas mecanicamente utilizar lixadeiras que possuam aspirao localizada eficaz. Se no existir disponvel equipamento com essas caractersticas e no for possvel adaptar-lhe um sistema de aspirao compatvel, utilizar mscaras anti-poeira. Neste caso, os trabalhadores situados perto deste posto de trabalho devero ser afastados ou equipados com o mesmo tipo de proteco.

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Obs:A generalidade das poeiras provenientes de madeiras ditas exticas e, ainda, o castanho velho provocam com frequncia reaces de tipo alrgico. Alm disso, so-lhes imputadas riscos carcinognicos. Os aglomerados de madeira tm algumas vezes incorporados produtos txicos que se tornam perigosos quando se inspiram as poeiras libertadas nas operaes de corte e lixamento.

- Evitar por todos os meios criar atmosferas com poeiras de madeira em suspenso. Para tal, alm da aspirao localizada, dever-se- fazer a limpeza geral no recorrendo a vassoura mas sim ao aspirador.

Obs:As poeiras de madeira em suspenso, alm de susceptveis de criar riscos pneumoconiticos, podem ainda, em certas circunstncias, originar atmosferas explosivas em espaos confinados. Por tal motivo, sempre que no seja tecnicamente possvel controlar a emisso de poeiras, dever-se-o eliminar as possveis fontes de ignio (fumar, utilizar chama aberta, etc.).

- Armazenar os produtos de aspirao em sacos estanques devidamente fechados e transport-los periodicamente a vazadouro.

- No contaminar a madeira finamente dividida (serradura, p da lixadeira, etc) com leos de origem vegetal j que existe o risco de tal mistura, em certas circunstncias, entrar em combusto espontnea.

Equipamento de Proteco Individual:- Capacete de proteco;- Mscara com filtro fsico;- Mscara com filtro qumico;- Botas de segurana com proteco mecnica;- Luvas de proteco mecnica;- Cinto de segurana;- Protectores auriculares;

Estaleiro de Ferro

Parte superior do formulrio

Parte inferior do formulrio

Inclui a zona de armazenagem dos vares, fabrico de armaduras e armazenagem de armaduras.

Riscos mais frequentes:- Corte;- Esmagamento;- Perfurao;- Queda de igual nvel;- Electrocusso.

Medidas de preveno:- Situar estrategicamente as instalaes no espao disponvel de modo a poderem ser servidas pela grua, mas sem serem sobrevoadas por cargas suspensas. Devero ainda ter uma localizao e arranjo tais que permitam a chegada e descarga dos camies de grande porte sem interferncias quer com o resto da obra quer com a circulao interna e externa do estaleiro.

- A zona de armazenagem dos vares no dever ter sobre ela ramos de rvores, condutores elctricos, nem qualquer outro elemento que possa constituir obstculo a descarga do ferro com os meios mecnicos previsveis.

- Dotar a zona de armazenagem dos vares com pavimento regularizado e com baias separadoras para permitir um correcto armazenamento do ferro por tipo e seces.

- Organizar o armazenamento dos vares de acordo com os pesos a movimentar, tendo presente o posicionamento e diagrama de carga dos meios mecnicos de movimentao. Deste modo, as baias destinadas a receber conjuntos de ferro mais pesados devero ficar colocadas na zona em que a capacidade do equipamento de movimentao seja maior.

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Obs:Nos casos em que sejam previsveis grandes condicionalismos introduzidos pela capacidade e disponibilidade da grua, dever-se- ponderar a montagem de um prtico de descarga para o ferro, j que tal equipamento poder aumentar a segurana da manobra, ao mesmo tempo que facilita a organizao do estaleiro e rentabiliza os transportes.

- Se se verificar que a capacidade da grua no compativel com a descarga dos "molhos" de peso estandardizado e no for previsto outro sistema alternativo de descarga, encomendar molhos de ferro com quantidades de vares diferentes das normalizadas. Tal procedimento prefervel opo de desfazer os molhos, para os dividir, em cima do veculo transportador.

- Providenciar lingas apropriadas para a descarga do ferro em molhos. Consoante o seu dimetro e extenso assim se podero utilizar estropos de correntes ou "balancs" com vrias suspenses.

- Interditar a utilizao do arame que ata os vares como ponto de suspenso para a movimentao do atado.

- Implantar, sempre que possvel, a oficina de fabrico contgua zona de armazenagem e de tal modo que o varo de ferro possa ser ripado, total ou parcialmente, das baias directamente para a tesoura mecnica.

- A zona de fabrico dever ser coberta e resguardada lateralmente dos ventos dominantes.

- A mquina de corte dever ser mvel deslocando-se sobre carris ou calhas ao longo do topo do armazm de ferro.

- Definir previamente, em funo do tamanho das lminas de corte e dos dimetros do ferro, a quantidade de vares a cortar ao mesmo tempo na tesoura. Difundir essa informao por todos os trabalhadores com acesso a tesoura de corte.

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Obs:A tentativa de cortar ao mesmo tempo mais vares do que os recomendados, ultrapassando assim a capacidade fsica do tamanho das lminas, origina projeces do ferro.

- Definir uma zona para a colocao dos desperdcios de ferro. Esta zona dever possuir caractersticas tais que permitam uma arrumao cuidada e uma remoo fcil.

- Manter limpa e arrumada toda a zona de laborao e, especialmente, as zonas envolventes das mquinas de cortar e moldar.

- Dotar, quer a mquina de cortar quer a mquina de moldar, de interruptor de accionamento por pedal, protegido superiormente, para evitar o arranque acidental do equipamento.

- As mquinas devero estar equipadas com discontactores e botoneiras de paragem de emergncia.

- A instalao elctrica dever ser robusta e bem protegida contra acidentes mecnicos. Os cabos de ligao s mquinas sero do tipo F.B.B.N. ou equivalente e no devero estar pousados no solo da oficina.

- Garantir a equipotencialidade de sodas as massas metlicas acessveis das mquinas elctricas e fazer a sua ligao terra.

- Dotar a oficina com uma ou vrias mesas de trabalho, para o fabrico das armaduras, com altura suficiente para permitir o trabalho em posturas aceitveis.

- A zona destinada ao armazenamento das peas j fabricadas dever ter o solo regularizado.Armazenar as armaduras segundo o programa de aplicao de modo a evitar o mais possvel a sua movimentao manual.

Obs:Com as melhorias que se vm verificando ao nvel da "preparao do ferro", aliadas a uma programao mais fivel, previsvel que cada vez mais os estaleiros optem por encomendar ao exterior as armaduras de que necessitam, eliminando deste modo a necessidade de terem em obra uma zona de fabrico de armaduras. Tal facto, alm de reduzir o espao necessrio ao estaleiro de apoio, diminui o risco introduzido por zonas de fabrico provisrias.

Equipamento de Proteco Individual:- Luvas de proteco mecnica;- Botas de segurana com proteco mecnica;- culos de proteco mecnica;- Capacete de proteco;- Protectores auriculares;

Instalao Elctrica da Obra

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Engloba-se toda a distribuio de energia elctrica na obra desde a "baixada" at aos quadros volantes. Os aparelhos elctricos propriamente ditos no esto aqui includos e aparecem referenciados isoladamente ou associados s operaes quando o seu uso Ihes est exclusivamente adstrito.

Riscos mais frequentes:- Electrocusso;- Queimaduras;- Incndio.

Medidas de preveno:- Colocar a cabine do quadro geral da obra em local acessvel, sobrelevado em relao ao terreno de modo a no deixar entrar a gua das intempries.

- Ligar electricamente todas as partes metlicas entre si, garantindo assim a equipotencialidade do conjunto da cabine.

- Manter limpa a rea adjacente cabine, nomeadamente de substncias combustveis e/ou inflamveis.

- Dever ser expressamente proibido utilizar aquela instalao como arrecadao de materiais que no estejam intimamente ligados segurana da cabine (barras de manobra, luvas dielctricas, lanterna de emergncia, etc.).

- O acesso ao interior da cabine dever ser restringido ao pessoal qualificado para actuar nela, pelo que dever ter fechadura com chave prpria. No entanto, a cabine dever permitir o acesso fcil ao corte geral da corrente.

- Afixar no exterior da cabine um ou mais sinais bem visveis referindo o risco elctrico.

- O quadro elctrico geral dever, assim como todos os outros, obedecer s caractersticas legalmente impostas, nomeadamente no que diz respeito inacessibilidade de peas em tenso, separao de circuitos e ligao das massas metlicas terra.

- A proteco diferencial deste quadro dever possuir sensibilidade e temporizao adequadas de modo a garantir que, em condies de "defeito", o corte se efectue no quadro imediatamente a montante do local da avaria.

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Obs:A instalao de obra dever ser executada de tal modo que as avarias se repercutam num sector confinado do circuito elctrico. Alm disso, os circuitos de iluminao devero ser independentes dos circuitos de tomadas, de modo a diminuir ao mnimo a probabilidade da obra, ou sector de obra, ficar s escuras.

- Preferencialmente a instalao elctrica da rede principal dever ser enterrada tendo o cuidado de executar uma planta rigorosa da implantao dos cabos.

- Se se optar pela montagem de rede area esta dever "correr" ao longo dos caminhos, apoiada em estruturas pr-existentes ou em calhas prprias, devidamente sinalizadas e a baixa altura j que as linhas elevadas interferem frequentemente com a movimentao de cargas.

- O atravessamento de caminhos dever-se- fazer atravs de vala aberta no pavimento e protegida com madeira ou ento de um modo elevado tendo-se o cuidado de pr-sinalizar a sua passagem com barreiras em prtico.

Obs:Na prtica hbito fazer o atravessamento de caminhos pedonais colocando o cabo a dois metros e meio de altura e nos caminhos para veculos a cinco metros. Num dos postes de atravessamento, ou em ambos, dever-se- deixar uma reserva de cabo que permita, em casos excepcionais, sobrelevar o atravessamento sem se recorrer ao corte das condutas.

- Nos "atravessamentos" provisrios sob caminho de terra batida a proteco do cabo no dever ser feita atravs de perfis metlicos, j que estes, ao se enterrarem por aco da passagem dos veculos, danificaro, com as suas extremidades, o isolamento do cabo.

- A distribuio dos circuitos elctricos pela obra dever ser executada de tal modo que se garantam equilbrios de consumo entre as vrias fases da corrente elctrica. Uma boa coordenao entre o tcnico electricista e a Direco de Obra essencial para assegurar tal distribuio.

- Os condutores devero estar dimensionados para os consumos previstos e serem compatveis com as proteces instaladas nos circuitos. De qualquer modo, a sua explorao dever ser feita dentro dos parmetros de segurana evitando-se a todo o custo as sobrecargas, mesmo que pontuais.

- Manter uma distncia considervel entre a rede elctrica e a rede de gua, sendo que os terminais daquela (tomadas, interruptores, etc.) devero ser colocados a pelo menos 1,90 m da canalizao de gua.

- As entradas da rede elctrica exterior em contentores, ou outros edifcios, devero ser protegidas para evitar a deteriorao progressiva do isolamento, ao mesmo tempo que se tomaro medidas para evitar que a gua das chuvas corra ao longo dos fios para o interior das instalaes (usar cachimbos, pescoo de cavalo, etc.).

- Sempre que, por necessidade do avano dos trabalhos, ou por qualquer outro motivo, seja desactivado qualquer circuito elctrico devero ser imediatamente retirados os condutores e restante equipamento que dele faziam parte.

- O tcnico responsvel pela instalao elctrica da obra dever ser informado do uso a dar s edificaes de modo a poder adequar o tipo de instalao explorao do local a electrificar.

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Obs:Se durante a vida do estaleiro se verificar a necessidade de alterar o tipo de explorao a dar aos edifcios, tal facto dever ser comunicado ao tcnico electricista para este introduzir, se for caso disso, as alteraes rede elctrica achadas convenientes.

- Quando em obra se utilizam produtos inflamveis volteis tais como colas tipo "contacto", solventes de gorduras, etc., quer os equipamentos elctricos, quer a instalao, devero ser do tipo anti-deflagrante.

- A instalao propriamente dita deve ser alvo de um plano que tenha em conta a dinmica do empreendimento. So factores a ter em conta as alteraes de cota, as actividades a desenvolver, a circulao de pessoas e materiais, etc.

Obs:Constitui normalmente uma boa opo montar a distribuio vertical da corrente em elementos situados no centro geogrfico da obra e que facilitem a passagem dos cabos em segurana (por exemplo, a caixa de escadas). A distribuio horizontal dever ser feita a partir de caixas de derivao ou quadros volantes, devidamente protegidos com disjuntores magnetotrmicos e diferenciais, ligados ao cabo de distribuio vertical.

- As tomadas de corrente disponveis em obra devero ser do tipo "estanque com engate" e devero, tanto quanto possvel, obedecer todas ao mesmo modelo.

- Os contratos de adjudicao de trabalhos de subempreitada devero fazer mencionar o tipo de tomada instalada em obra de modo a que, em tempo til, o subempreiteiro adapte as fichas do seu equipamento rede de distribuio que vai utilizar.

Obs:O armazm de obra dever manter em stock algumas fichas suplementares para que, em caso de emergncia, o subempreiteiro possa recorrer a elas, segundo condies a estabelecer, no caso de as fichas do seu equipamento no serem compatveis com as tomadas existentes. Em nenhum caso so de aceitar ligaes efectuadas directamente com os fios descarnados s tomadas, j que tal prtica pode danificar o equipamento, alterar as caractersticas da corrente na instalao e, sobretudo, introduzir riscos inaceitveis.

- Os quadros volantes devero, preferencialmente, ser construdos em materiais plsticos semi-flexveis resistentes ao choque e possurem caractersticas estanques.

- Se se optar por quadros metlicos estes devero possuir as mesmas caractersticas dos anteriores sendo que todas as massas metlicas da carcaa devero estar ligadas electricamente entre si e terra.

- Todos os quadros volantes devero possuir um interruptor de corte geral, alm de disjuntor diferencial e ainda urn disjuntor magnetotrmico por cada tomada de corrente disponvel.

Equipamento de Proteco Individual:- Capacete de proteco;- Luvas de proteco mecnica;- Luvas dielctricas;- Barras dielctricas de manobra (eventual);- culos de proteco anti-fascas disruptivas.

Escavao a Cu Aberto

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A escavao a cu aberto constitui um trabalho particular de movimentao de terras destinado a aprofundar a cota natural do solo para uma cota inferior coincidente com a cota dos trabalhos de construo. Normalmente este tipo de trabalho adjudicado pelo empreiteiro geral a um subempreiteiro especializado neste tipo de tarefas.

Riscos mais frequentes:- Desprendimento de terras ou rochas por alterao do equilbrio natural do terreno.- Despre