Manual de Protese Fixa (Mozar Martins)
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
MOZAR MARTINS DE SOUZA
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
2
MANUAL
DE
PRÓTESE FIXA
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
3
INDICE
Materiais e Equipamentos 05
Materiais e Técnicas de Moldagem 07
Vazamento de Modelos
08
Montagem em Articulador 17
Enceramento 20
Preparo de Troquel 23
Inclusão 25
Fundição 27
Restaurados 37
Coroa Veneer 53
Coroas de Jaqueta 56
Enceramento Diagnóstico 64
Restauração Provisória 66
Ponte Fixa 68
Solda 75
Núcleo 80
Bibliografias
85
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
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MATERIAIS E TÉCNICAS DE MOLDAGENS
EM PRÓTESE FIXA
A moldagem é um conjunto de operações clínicas
com o objetivo de reproduzir negativamente a cavidade
bucal. Dependendo do material utilizado a moldagem
poderá ser rígida ou elástica. Os materiais mais
utilizados em prótese fixas são aqueles que, ao serem
retirados da boca, apresentam-se elásticos. Destes
modelos de dentes e estruturas adjacentes pode-se
obter o modelo que é a reprodução positiva da boca.
Para que a restauração possa ser feita com
precisão, o modelo de gesso deve representar uma
duplicação a mais exata possível do dente preparado.
Isto significa obter uma moldagem isenta de distorções,
que deve preencher os seguintes requisitos:
Deve ser uma duplicação exata do dente, incluindo
a área de preparo e suficiente superfície de dentes não
preparada, para permitir ao dentista e ao protético
visualizar com segurança a localização e configuração
da linha de término.
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Os dentes e tecidos vizinhos ao dente devem ser
exatamente reproduzidos para permitir uma boa
articulação do modelo e o contorno adequado da
restauração.
O molde do preparo não deve apresentar bolhas de
ar, especialmente na área da linha de término.
CONFECÇÃO DE TROQUÉIS
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Troquel:
É o modelo individual do dente preparado sobre o
qual será esculpido o padrão de cera.
Função do Troquel:
1 – Permitir que se tenha acesso às áreas
proximais e de vedamento periférico.
2 – Assegurar a adaptação íntima do padrão de
cera e da futura restauração metálica fundida na área
marginal (linha de término do preparo).
Sistemas Básicos de Troquel:
1 – Troquel isolado (primeiro vazamento).
2 – Troquel removível – pinos maciços.
Característica do Troquel:
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1 – Podem ser confeccionados em pinos ou
totalmente em gesso (maciço).
2 – Deve possuir um cabo de aproximadamente 2,5
cm.
3 – Seus contornos devem assemelhar-se aos de
um dente natural.
4 – Sua linha de término deve ser acentuada com
lápis.
Os Troquéis podem confeccionados com:
1 – Gesso pedra especial.
2 – Cimento de silicato.
O cabo de um troquel deve
possuir comprimento
suficiente para ser
manuseado com facilidade
devendo, para isso, medir cerca de 2,5 cm.
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Os contornos de um troquel devem ser semelhantes aos
de um dente natural.
Observações sobre pinos para confecção de troquel
Os pinos para troquel são encontrados no mercado
odontológico em vários formatos e materiais. Os mais
utilizados são os pinos metálicos, podendo ser simples e
de vários tamanhos (de acordo com o dente preparado).
São indicados para dentes anteriores ou posteriores. Ou
duplos, sendo sua utilização e posicionamento a critério
particular de cada profissional. São mais indicados para
dentes posteriores.
VAZAMENTO DE MODELOS
INTRODUÇÃO:
O modelo de trabalho é o mais importante ponto de
base para a execução dos trabalhos protéticos, é sobre
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ele que todos os passos técnicos devem ser executados.
Para tanto, deve ser obtido com um material capaz de
reproduzir com fidelidade a anatomia das áreas bucais a
serem tratadas. Quase que universalmente, os gessos
dentais tem sido o material requisitado para este fim, por
apresentarem fácil manipulação e características
favoráveis às finalidades específicas a que se destinam.
VAZAMENTO DE MODELOS COM TROQUÉIS
REMOVÍVEIS
A superfície do modelo de trabalho e a superfície
do troquel deve m apresentar-se duras o suficiente para
resistir à abrasão durante a confecção do padrão de
cera. Portanto, para a confecção do modelo de troquel,
deve-se usar um gesso especial extra-duro.
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São estes os procedimentos laboratoriais
executados durante a confecção do modelo com troquel:
1 – Equipamentos, materiais e instrumentais devem estar
sempre no local de vazamento, limpos e secos.
2 – De posse da moldeira com o molde deve-se analisar
bem os preparos, verificando e os mesmos foram
copiados com exatidão.
3 – Fazer a descontaminação do molde.
4 – Eliminar a tensão superficial, quando necessário.
5 – Antes de usar o gesso, misturar suas partículas no
recipiente.
6 – Marcar com um lápis cópia os locais onde serão
colocados os pinos.
7 – Manipular o gesso especial, respeitando a indicação
da relação água/pó recomendada pelo fabricante.
8 – Observar o tempo de manipulação e a consistência
do gesso.
9 - Retirar o gesso do recipiente com uma colher bem
seca.
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10 – Manipular o gesso no gral, trazendo-o para a borda
do mesmo e vibrar suavemente até depositá-lo no fundo.
11 – Manter o gral encostado no vibrador, durante o
vazamento.
12 – Colocar pequena quantidade de gesso especial,
manipulado sob vibração mecânica, com o auxílio de um
pincel ou gotejador nos dentes preparados.
Observar o gesso correr nos preparos, até que cubra
somente a área dentada, o suficiente para se fazer o
preparo do troquel.
13 – Durante este procedimento deve-se atentar bem
para a área de preparo, a qual deve estar isenta de
bolhas de qualquer natureza, observando o
posicionamento do dente preparado a fim de se localizar
os pinos do troquel.
14 – Pequenas retenções deverão ser confeccionadas
fora da área de troquel, de modo que o desprendimento
do restante do dente não preparados, quando os
troquéis forem seccionados.
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15 – Posicionar os pinos na área de preparo, antes que o
gesso tome a presa final, o que poderia ocasionar a
fratura do modelo nesta região.
16 – O posicionamento dos pinos pode ser feito
manualmente ou mecanicamente, ficando um passo
discutível. A face lisa do troquel deverá ser direcionada
para a mesial ou distal do preparo a fim de facilitar a
secção do troquel.
17 – Uma vez que o gesso especial tomou presa, deve-
se isolar com vaselina líquida a região de gesso em volta
do pino de troquel. Deixar secar e isolar novamente.
Nunca usar isolante de película ou pastoso.
18 – Colocar uma bolinha de cera utilidade em cima de
cada pino.
19 – Manipular o gesso pedra respeitando a indicação do
fabricante, quanto à relação de água/pó, e colocar sobre
o gesso especial cobrindo o molde. Não usar vibrador
para este procedimento.
20 – Fazer as devidas retenções para montagem no
articulador.
21 – Colocar as moldeiras sobre uma área plana, sem
vibração, durante a presa.
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22 – Marcar tempo de presa recomendada pelo
fabricante.
23 – A moldeira não deve ser tocada nem movida de
lugar, antes da presa final do gesso.
24 – Limpar equipamentos, instrumentais e pias
imediatamente após o uso.
25 – O armazenamento do gesso deve ser feito em
recipientes vedados, à prova de água, e em local seco.
Obs.: Fazer o vazamento do modelo antagonista, caso
tenha área de preparo, seguindo os mesmos passos
acima citados. Os troquéis só devem ser seccionados
após a confecção do padrão de cera.
Amostra de um
vazamento de
gesso em
modelo
com troquel: o
posicionamento
de pinos e confec-
ção das retenções devem ser feitas antes da presa
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do gesso.
Modelo de trabalho retirado
do molde após sua presa
final.
TROQUELIZAÇÃO TIPO DIE-CAST
1 – Se necessário, fazer a duplicação do modelo de
trabalho observando bem a região do preparo, que deve
estar isenta de bolhas.
2 - Marcar os dentes preparados com lápis cópia (locais
onde serão colocadas as retenções).
3 – Manipular gesso especial e preencher o molde, no
vibrador, somente até cobrir os dentes, fazendo
retenções mecânicas nos dentes que foram preparados
e entre os preparos (vazar com auxílio do gotejador).
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4 – Não tocar até tomar a presa. Final.
5 – Retirar delicadamente o modelo do molde e observar
o seu posicionamento no troquelizador tipo Die-Cast
(retirar alguma interferência, se necessário).
6 – Hidratar o modelo vazado.
7 – Preencher o interior do Die-Cast com gesso (pedra
ou pedra especial), conforme a orientação do professor.
Posicionar o modelo de gesso especial sobre o mesmo
pressionando-o suavemente para não cobrir o colo e os
dentes.
8 – Dar acabamento ao gesso
9 – Aguardar a presa final.
Obs.: Quanto mais tempo o gesso tomar presa, mais fácil
será sua remoção do troquelizador.
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RELAÇÃO – ÁGUA / GESSO
A – Modelo total gesso especial . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . 19 ml x 80 grs.
B – Modelo total gesso pedra . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . 30 ml x 90 grs.
C – Modelo total gesso especial com preparo
removível . . 11 ml x 40 grs.
D – Complemento total gesso pedra removível . . . .
. . . . . . 17 ml x 50 grs.
E – Modelo parcial gesso pedra . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . 08 ml x 20 grs.
F – Modelo parcial gesso especial com preparo
removível . 03 ml x 10 grs.
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G – Complemento parcial gesso pedra removível . .
. . . . . . 05 ml x 15 grs.
H – Modelo para metálico cerâmica (gesso
especial) . . . . . 10 ml x 31 grs.
I – Muflo número 3 (gesso pedra ou comum) . . . . . .
. . . . . . 15 ml x 45 grs.
J – Montagem em articulador total (gesso pedra) . .
. . . . . . 1a parte = 17 ml.
K – . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . 2a parte = 17 ml.
L – Montagem em articulador parcial (gesso pedra)
. . . . . = 14 ml.
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UTILIDADE DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM
ALGINATO: (irreversíveis)
Possuí uma reprodução regular, indicando que os
detalhes e os pormenores serão reproduzidos menos
satisfatoriamente, pois isto, é utilizado durante a
moldagem anatômica em Prótese Total, Prótese Parcial
Removível e Prótese Fixa para se obter modelos de
estudos.
É um hidrocolóide (algas marinhas) porém
irreversível, é o único material de moldagem usado pelo
técnico em Prótese Dental, cuja finalidade no laboratório
é a reprodução de modelos.
ELASTÔMEROS: (elásticos)
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Podem também ser chamado de materiais à base
de borracha.
CLASSIFICAÇÃO:
Materiais elásticos e
Reação química irreversível.
CARACTERÍSTICAS:
Apresenta grande elasticidade, é um material não
aquoso e borrachóide.
Quimicamente existem:
Polissulfetos, silicones e poliéster.
As alterações dimensionais são menores que as
dos hidrocolóides, é mais resistente.
APRESENTAÇÃO:
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Pasta/pasta e
Pasta/líquido.
INDICAÇÃO:
Moldagem de áreas retentivas, áreas dentadas.
Técnica de dupla moldagem.
CONFECÇÃO DO MODELO:
O vazamento do modelo pode aguardar algum
tempo variando com os diferentes tipos de elastômeros.
Devemos seguir as instruções do fabricante.
COMPOSIÇÃO:
Alginato de sódio, sulfato de cálcio, fósforo de sódio
ou carbono de sódio, fluoreto de zinco alcalinos e
corantes.
MANIPULAÇÃO:
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Proporção água/pó 1:1 ( de acordo com o
fabricante). Feita a mistura, espatular com vigor, até
conseguir uma substância bastante homogênea. Uma
relação pó/água aumenta a resistência mecânica, a
resistência ao rasgamento e a consistência diminuindo
os tempos de trabalhos e de presa, bem como a
flexibilidade.
TRATAMENTO DO MOLDE:
O alginato sofre muito rapidamente alterações
morfológicas e dimensionais. Deve-se evitar portanto,
armazenar o molde mesmo que por um curto período de
tempo, pois poderão ocorrer dois tipos de fenômenos:
Sinérese: Exsudação de água, isto é, a perda de água
da estrutura do gel, ocasionando a contração de moldes,
portanto, aumento do modelo.
Embebição: É a absorção de água pela estrutura do gel
e que é freqüentemente acompanhada de expansão,
portanto, diminuição do modelo.
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RESUMINDO:
Sinérese = perda de água == aumento do
modelo,
Embebição = absorção de água == diminuição do
modelo.
REMOÇÃO DO MODELO:
Após a presa do gesso no molde, retirá-lo sob água
corrente com movimentos brandos e lateralidade.
GESSO:
Obtido pela trituração da gipsita que depois é
submetida a elevação de temperatura para extrair a água
do sulfato de cálcio. Dependendo do tipo de calcinação,
teremos vários tipos de gesso.
TIPOS DE GESSO
GESSO COMUM:
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Calcinado a seco em caldeiras abertas.
Partículas com formas irregulares e porosas.
Escoamento difícil.
Necessita de mais água para sua manipulação.
Menos resistente.
Coloração branca.
Tempo de presa curto.
UTILIDADE:
Preenchimento de muflos.
GESSO PEDRA:
Calcinado lentamente com vapor em caldeiras
fechadas sob pressão.
Partículas regulares e crismáticas, mais finas e
menos poroso.
Escoamento fácil.
Necessita de menos água para sua manipulação.
Mais resistente.
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Coloração branca, creme e amarelada.
Tempo de presa maior que a do gesso comum.
UTiLIDADE:
Modelo de estudo, antagonista e montagem em
articulador.
GESSO PEDRA ESPECIAL:
Calcinado lentamente com vapor em caldeiras
fechadas sob pressão.
Partículas pequenas, necessita de pouca água para
manipulação.
Mais resistente que o gesso pedra.
Maior tempo de presa que o gesso pedra.
Contém modificadores de cores.
UTILIDADE:
Confecção de troquel.
RELAÇÃO ÁGUA/PÓ:
O pó deve ser pesado.
A água deve ser medida.
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Todos os dois, seguindo as instruções do
fabricante.
TEMPO DE PRESA:
É o tempo que vai do início da mistura até o
endurecimento final do gesso.
CUIDADOS COM O GESSO:
Os pós de gesso devem ser armazenados em
ambientes fechados e a prova de umidade e á
temperatura ambiente. A quantidade em estoque deverá
ser sempre de acordo com o gasto.
TIPOS DE ARTICULADORES
Articulador é um aparelho que possibilita a fixação
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dos modelos de trabalho na posição semelhante à do
arco dental, reproduzindo os registros de interesse
protético para a confecção da prótese. Existem três tipos
mais comuns de articuladores:
JON:
Articulador pequeno, dotado de
movimentos de abrir e fechar e
de lateralidade, usado em
enceramentos de pequenas
incrustações.
CHARNEIRA:
Articulador que só faz
movimentos de abertura
e fechamento. É indicado
para incrustações, P.P.R.
e P.T.R., podendo ser
encontrado em dois tamanhos mas seu uso é restrito
devido a simplicidade.
COM MOLA:
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Além dos movimen-
tos de abrir e fechar,
possui o movimento
de lateralidade.
É indicado para
trabalhos de P.P.R. e P.T.R. com restrições.
SEMI AJUSTÁVEIS GNATUS ou BIO-ART:
É um dos mais completos, possuindo movimentos
de abertura e fechamento da boca, lateralidade da
mandíbula, profusão, além de se poder planejar a
prótese. É usado em enceramento progressivo e até em
reabilitações orais, devido a seus recursos.
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ARTICULADOR TOTAL AJUSTÁVEL:
Tem por objetivo fazer o diagnóstico da oclusão,
planejamento e execução do trabalho protético. Tanto o
articulador semi-ajustável como o totalmente ajustável,
possuem três dispositivos acessórios:
a) – Arco facial; b) – Pino guia incisal;
c) – Guia incisal (plataforma incisal).
d) – Arco facial: permite obter do paciente a
distância intercondilar e transportá-la para o
articulador;
e) – Pino guia incisal: trabalha em conjunto com o
guia incisal fazendo os movimentos laterais e
protrusivos;
f) – Guia incisal (plataforma incisal): reproduz, na
prática, a inclinação do plano oclusal.
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MONTAGEM EM ARTICULADOR
Montagem em Articulador Anatômico Simples
(Charneira):
Montam-se os dois modelos ao mesmo tempo,
usando-se uma mordida em cera de máxima
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intercuspidação habitual.
Montagem em Articulador Semi-Ajustável:
Monta-se primeiro o modelo superior com o auxílio
do arco facial ou mesa, depois se adapta o modelo
inferior sobre o superior em posição de oclusão,
ajustando-se o pino guia incisal à plataforma incisal.
Primeiro Passo:
1 – Colocar o articulador semi-ajustável para trabalhar na
média:
Distância intercondilar nos orifícios do meio;
Cavidade glenóide com apenas um espaçador
chanfrado;
O ângulo de Bennett é de 15 graus;
A inclinação condilar é de 30 graus.
O ramo superior deve estar paralelo ao ramo
inferior, para isto o pino guia incisal deve estar encaixado
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no ramo superior na marca que o circula por completo e
também deve estar tocando no centro da mesa incisal.
2 – Verificar se os dois modelos ocluidos cabem no
articulador sem a interferência das retenções.
Segundo Passo:
Na borda de um dos lados das placas dos ramos
superior e inferior do articulador deverá ser colocado um
pedaço de cera utilidade, isolando posteriormente com
um pouco de vaselina pasta, com o objetivo de deslocar
o modelo da placa no final do enceramento.
Colocar três cones de cera utilidade na placa do
ramo inferior, sendo dois mais altos na porção posterior e
um mais baixo na porção anterior, para dar inclinação
aos modelos.
Terceiro Passo:
Ocluir corretamente os modelos superior e inferior e
fixá-los com um pedaço de cera utilidade entre os pré-
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molares, em ambos os lados.
Quarto Passo:
Colocar o modelo ocluído sobre os cones de cera
utilidade, fazendo uma pequena pressão para fixá-los
nos cones. Observar se a linha mediana coincide com o
pino guia incisal e que tenha uma pequena inclinação.
Verificar se os modelos estão enquadrados na placa e se
não estão mais inclinados para um lado ou para o outro.
Quinto Passo:
Preparar o material de montagem:
Articulador com os modelos ocluidos e fixados;
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Gesso pedra especial e gesso pedra branco;
Gral de borracha;
Medidor de água e pó;
Espátula para gesso;
Jaleco;
Toalha de rosto.
Sexto Passo:
Hidratar o modelo superior na área das retenções.
Colocar a água medida no gral e sobre ela, despejar o
gesso que também foi previamente medido. Manipular
com a espátula para gesso até que se torne uma mistura
homogênea.
Sétimo Passo:
Colocar sobre o centro do modelo superior todo o
gesso pedra especial manipulado, numa altura que ao
fecharmos o ramo inferior, a porção de gesso seja
comprimida pelo ramo superior. Não tocar, deixar tomar
presa por 40 minutos.
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
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Oitavo Passo:
Após 40 minutos, virar o articulador com o ramo
inferior para cima, retirar os cones de cera, tomando
cuidado para não desocluir o modelo (caso isto ocorra,
ocluir novamente). Seguir o mesmo procedimento do
modelo superior.
Nono Passo:
Após os 40 minutos, verificar se os modelos estão
bem ocluidos, caso contrário repita a montagem do
modelo superior.
Caso a montagem esteja correta, completar com o
gesso pedra, dando o acabamento.
Este procedimento poderá ser feito no articulador
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ou não.
Deixar tomar presa.
Têm-se então, os modelos articulados em relação
cêntrica, estando os elementos condilares na posição
mais posterior do dispositivo da cavidade glenóide,
podendo-se dar início à execução dos trabalhos a serem
confeccionados.
PRÓTESE ODONTOLÓGICA
Definição:
É o ramo da odontologia que tem como objetivo ,
restaurar e manter a estética e função do aparelho
mastigatório, através da substituição total ou parcial dos
dentes.
PRÓTESE FIXA:
Definição:
São confecções de peças protéticas que servem
para restituir partes de um dente natural ou substituir
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dentes naturais. São peças dentossuportadas que não
podem ser facilmente retiradas pelo paciente e nem pelo
profissional.
PARA RESTITUIR PARA SUBSTITUIR:
1 – Coroas: - Ponte fixa.
a) - Coroa de jaqueta
b) - Coroa com núcleo metálico
c) - Coroa mista (Veneer)
2 - Restaurações
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ENCERAMENTO
Existem três técnicas de enceramento:
- Enceramento Progressivo: É feito através do
acréscimo de cera, obtém-se a função e a forma do
dente a ser esculpido.
- Enceramento Negativo: É obtido através do
negativo do dente antagonista, retirando cera é que se
obtém a forma e função.
- Enceramento Regressivo: É usado para o estudo
da anatomia dental, retirando-se cera obtém-se a forma
do dente.
MÉTODOS DE ENCERAMENTOS:
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- Método direto: Quando o enceramento é feito
diretamente na cavidade dentária. A técnica é negativa.
Este método só pode ser usado pelo CD.
- Método Indireto: é quando a escultura é feita no
modelo de gesso, a técnica pode ser progressiva ou
negativa. Sua função e estabelecida pelo modelo
antagonista.
- Método Direto/Indireto: O procedimento é o
mesmo que o método indireto. Depois de esculpido o
padrão de cera é levado á boca do paciente para
conferência ou prova. Devemos neste caso forrar o
preparo do modelo com resina acrílica. (Duraley)
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CERAS
FINALIDADE:
As ceras são largamente usadas em prótese
odontológica, principalmente com a finalidade de
reconstituir a forma anatômica perdida.
Na cera através de escultura se reproduz a
estrutura anatômica perdida.
TIPOS DE CERA:
Tipo A: Cera dura de baixo escoamento;
Tipo B: Cera média;
Tipo C: Cera mole.
COMPOSIÇÃO:
Ingredientes Essenciais:
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Cera de parafina, cera de carnaúba, corantes.
Todas de origem natural, derivados de fontes minerais
ou vegetais.
PROPRIEDADES TÉRMICAS:
As ceras para incrustações são amolecidas pelo
calor;
A condutibilidade térmica da cera é baixa;
O tempo para aquecê-la totalmente e
uniformemente será igual como para esfriá-la à
temperatura ambiente ou do corpo.
Possui elevado coeficiente de expansão térmica;
A cera para incrustações, expande e contrai
termicamente, mais que qualquer outro material dentário,
por grau de temperatura;
A cera é mais plástica em temperatura mais
elevada.
DISTORÇÃO DA CERA:
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
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A distorção da cera resulta das alterações térmicas
e liberação de tensões. Estas tensões são induzidas pela
tendência natural da cera em contrair no esfriamento,;
por bolhas de ar incluídas, por alterações de forma da
cera durante a moldagem e pela manipulação, tais como
escultura, repuxamento e remoção.
Na cera para incrustação, qualquer empenamento
do padrão, resultará em falta de adaptação da
incrustação metálica rígida sobre o tecido dentário duro e
que não cede.
Causas de distorção:
Qualquer tensão induzida ao padrão de cera;
Métodos de manipulação que criam estrutura
heterogênea na cera, como por exemplo a falta de
equilíbrio de temperatura;
O tempo e a temperatura que o padrão de cera é
armazenado;
Se a cera for derretida e adicionada ao padrão, com
o fim de reparar algumas partes, introduzindo tensões
durante o resfriamento;
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
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Cera imprópria para a técnica empregada.
Redução da distorção:
Usar a cera adequada à técnica empregada;
A fusão da cera no interior do padrão deve ser
uniforme;
Reparos ou escultura posterior do padrão devem
ser evitados;
O padrão deve ser incluído imediatamente após
removê-lo da boca ou do troquel.
Propriedades desejáveis à cera:
A cera deve ser uniforme quando amolecida;
A cor da cera deve contrastar com o material e com
o dente, a fim de facilitar a verificação de falta ou
excesso de cera;
Após o amolecimento não deve haver descamação
ou rugosidade;
A cera não deverá distorcer ou lascar sob a ação
do instrumento a ser utilizado;
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
43
A cera deve apresentar textura lisa e brilhante;
O padrão de cera deverá ser rígido e estável
dimensionalmente, até ser eliminado.
Manipulação da cera para incrustações:
Geralmente a cera é amolecida por calor seco. Se a
cera for amolecida sobre a chama, deverá se tomar o
cuidado para não volatizar seus constituintes.
OUTRAS CERAS DE USO ODONTOLÓGICO:
Cera utilidade:
Cera usada para montagem em articulador.
Cera neutra:
Forramento de cavidades do dente preparado, no
modelo de gesso; eliminando áreas retentivas;
Enceramento da porção radicular do núcleo.
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44
Cera em bloco:
Enceramento de jaquetas;
Enceramento de faces estéticas.
Pinos de canalização:
Usados para confecção do canal de alimentação na
fundição.
ELEMENTOS DA FORMA FUNCIONAL PROTETORA
Ao iniciar qualquer reconstituição, o protético deve
Ter em mente que a prótese não pode, de modo algum.
Provocar danos ou prejuízos às outras estruturas sadias
da boca. Para que a prótese seja confeccionada de
maneira correta, deve-se observar as formas funcionais
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45
protetora, que é responsável pela sustentação dos
dentes no arco e a proteção dos tecidos e da função.
- Ponto de contato proximal: local onde se tocam as
faces mesial e distal de um dente, formando o limite
superior do espaço interdentário;
- Espaço interproximal: é a convexidade das faces
proximais, razão da existência entre as relações
interdentais;
- Ameias: espaços que emergem a partir da área ou
da relação de contato em sentido vestibular ou lingual;
- Bossas vestibulares (cervical) e linguais (terço
médio);
- Dimensões coronárias: perímetro oclusal.
Funções do ponto de contato:
1) – Estabilizadora:
a – manter a integridade e continuidade do arco;
b) – prevenir a mobilidade dental;
c) – manter a oclusão fisiológica correta.
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46
2) – Protetora:
a) – proteger a papila interdental contra traumas
mastigatórios.
PREPARO DO TROQUEL
1) – Delimitação: com um lápis, delimitar a área de
trabalho, ou seja, a linha de contorno do preparo;
2) – Seccionar: marcar com lápis as paredes do troquel.
Estas não devem ser totalmente paralelas e sim mais
convergentes para o terço apical;
3) – Soltar os troquéis;
4) – Retocar a mesial e a distal do padrão de cera;
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47
5) – Desnudar o troquel para fazer o bisel da peça,
acrescentar cera no ponto de
contato;
6) – Fazer o vedamento
periférico.
Troquel seccionado com uma
serra para troquel,
deixando visível o orifício de posicionamento no modelo.
ACABAMENTO DAS MARGENS DO PADRÃO DE
CERA:
A margem é uma área de importância crítica em
qualquer padrão de cera. Enquanto uma boa margem
pode não garantir o êxito de uma peça fundida, uma
deficiente pode, quase sempre, garantir o seu fracasso.
Um principio de importância fundamental é o de
não se aproximar do troquel com instrumento cortante.
Qualquer instrumento de borda afiada que possa
remover material do troquel durante a escultura das
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48
margens de cera, produzirá uma peça fundida que não
se ajustará no dente preparado.
Verifique com todo cuidado se a margem apresenta
algumas das seguintes falhas:
1 – Margens com excesso de cera:
Nas áreas em que a cera ultrapassar a linha de
termino, poderão ocorrer fraturas ouse remover o padrão
do troquel, dando lugar a uma margem recuada, mais
curta que a devida. Se esta área em excesso não se
quebrar durante a remoção do padrão, ela pode retornar
à forma original. Uma vez fundido o padrão de cera, a
peça fundida, não se adaptará completamente ao
preparo.
2 – Margens curtas:
Uma margem que não tenha sido encerada até a
linha vermelha de demarcação, não fornecerá um
selamento adequado da restauração terminada.
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
49
3 – Ondulações:
Qualquer rugosidade da cera, nas proximais da
margem será duplicada na peça fundida. Se
permanecerem na restauração terminada e cimentada
estas peças rugosas servirão como ponto de retenção
para placas que produzirão irritações e inflamações nos
tecidos gengivais próximos.
4 – Margens expessas:
Margens expessas ou arredondadas, resultarão em
selamento deficiente das restaurações e os contornos
axiais falhos que, com o tempo originarão problemas
periodontais. As margens do padrão de cera tem que
terminarem em borda fina.
5 – Margens abertas:
Pode ser o
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
50
resultado de qualquer das falhas acima mencionadas.
Para obter margens ajustadas é preciso prestar muita
atenção aos detalhes. As margens do padrão de cera
devem ser brunidas e fundidas, assim como esculpidas
para assegurar, adaptação intima da cera ao troquel na
área marginal.
Acrescentar cera com
instrumento.
Uma depressão fica na
borda.
Recortar com Hollemback.
Cera excedente é
retirada com instru-
mento.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
51
Verificação da borda
pela apical.
Limpeza das fissuras nos
troquéis com uma bola de
algodão embe-bida em
material isolan-te.
Elaboração das bordas
com Hollemback. Alise as
superfícies axiais com um
rolo de algodão e material
isolante para troquéis.
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
52
INCLUSÃO DO PADRÃO DE CERA
Padrão de cera é a reprodução precisa, em cera,
da estrutura dentária perdida. Cuidados essenciais
devem ser tomados durante a sua confecção.
A inclusão consiste em envolver o padrão de cera
com um material que duplique com exatidão, a sua forma
e detalhes anatômicos. Durante o processo de inclusão
deve-se Ter conhecimento de que as ligas metálicas
odontológicas usadas na confecção de restaurados
metálicos fundidos, apresentam contração de
solidificação. Portanto, torna-se necessário compensar
essa contração através de uma expansão semelhante no
revestimento.
O revestimento sofre, ocasionalmente, momentos de
expansão:
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
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53
1) – Expansão de presa: Ocorre pelo crescimento
normal dos cristais de gesso, quando a água adicionada
a um revestimento; é uma expansão controlada pelo
tempo;
2) – Expansão térmica: Ocorre quando o anel contendo
material incluído recebe um tratamento que vai da
temperatura ambiente à temperatura elevada no interior
do forno (650o C a 750o C), na qual é realizada a
fundição do metal.
Vimos, então, que o revestimento cumpre três
importantes funções que são a saber:
1) – Reproduzir precisamente a forma anatômica do
padrão de cera;
2) – Resistir e suportar o aquecimento da queima
do padrão de cera e da injeção do metal fluído na
centrifugação;
3) – Compensar a contração da liga metálica
odontológica.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
54
Preparo do padrão de cera com pino formador de
canal de alimentação (sprue):
1) – Uma vez confeccionado o padrão de cera, a atenção
deve ser dirigida ao seu acabamento marginal, a fim de
se evitar distorções e infiltrações posteriores;
2) – Todo trabalho protético, depois de terminado o
enceramento, deve ser imediatamente incluído em
revestimento, para evitar distorções do padrão de cera.
Posicionamento do sprue para formação do canal de
alimentação:
1) – O sprue deve ser posicionado na área de maior
volume de cera, respeitando uma inclinação de 45 graus
com uma porção intermediária de cera, a fim de se evitar
distorções de várias naturezas. O diâmetro do pino de
canalização depende do volume do padrão de cera.
2) – Revestir internamente o anel de fundição com uma
tira de amianto, a fim de compensar os momentos de
expansão do revestimento e facilitar a remoção da peça
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
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55
metálica fundida. A tira de amianto deve ficar 5 mm
aquém da borda do anel.
3) – A adaptação do conjunto padrão de cera / pino de
canalização, na base formadora de cadinho, deve ter
reforço de cera para incrustação, ao redor do sprue. Este
procedimento merece atenção para evitar deslocamento
durante o preenchimento do anel com revestimento
manipulado.
4) – Hidratar o amianto.
5) – Aliviar as tensões superficiais do padrão de cera
(Anti-bolhas).
6) – Observar os detalhes a serem verificados durante
uma inclusão.
7) – Manipular o revestimento respeitando a relação
água/pó.
8) – Aplicar revestimento sobre o padrão de cera, com
um pincel limpo, estando todo o conjunto sobre o
vibrador (técnica convencional).
9) – Adaptar o anel com o revestimento aos poucos, sob
vibração, sem deixar cair revestimento diretamente sobre
os padrões de cera, até a borda do anel.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
56
10) – Completar o anel com o revestimento, aos poucos,
sob vibração, sem deixar cair revestimento diretamente
sobre os padrões de cera, até a borda do anel;
11) - Deixar tomar presa por no mínimo, 2 horas.
Obs.: Se a fundição for feita alguns dias após a inclusão,
devemos hidratar o anel por aproximadamente 1 minuto,
para evitar trincas no revestimento.
Detalhes a serem observados numa inclusão:
1) – A distância do padrão de cera à extremidade do
anel, deve ser de no mínimo 6 mm;
2) – A distância do padrão de cera à tira de amianto,
deve ser de no mínimo 3 mm;
3) – A distância de um padrão de cera ao outro, deve ser
de no mínimo 2 mm.
Câmara de compensação:
É uma pequena porção de cera acrescida ao pino
de canalização (sprue). A câmara de compensação
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57
funciona como um reservatório de metal fluído que vai
alimentar a peça fundida. Portanto deve ser posicionada
no centro térmico do anel.
Existem outras técnicas de inclusão:
- Boneca;
- Vácuo;
- Higroscópica.
Obs.: Higroscópica: água a 38o C por 30 minutos e forno
a 150o C.
FUNDIÇÃO DA LIGA METÁLICA
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
58
O objetivo único do procedimento de fundição é
proporcionar uma reconstituição metálica da estrutura
dental perdida, com a maior exatidão possível. Para que
esse objetivo seja atingido, é necessário que os passos
laboratoriais que antecedem a fundição tenham sido
efetuados com segurança e precisão.
Após o tempo de presa do revestimento, deve-se
retirar cuidadosamente a base formadora de cadinho e
iniciar o tratamento térmico.
Quaisquer revestimentos soltos, adaptados ao
redor da borda do anel, deve ser removido. O anel de
fundição deve ser aquecido lentamente, pois se o
mesmo for aquecido bruscamente, poderá causar
fraturas no revestimento.
Neste caso, a camada externa do revestimento se
aquecerá antes da camada interna e,
conseqüentemente, a camada externa começara a se
expandir termicamente, ocasionando uma tensão térmica
de dentro para fora, o que resultará em fraturas e trincas
no revestimento. Estas fendas, por sua vez produzirão
rebarbas e espinhas no trabalho fundido.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
59
Um período de aquecimento seguro, para qualquer
tipo de revestimento, não é menor que 60 minutos. Na
técnica de expansão térmica a temperatura do anel é
elevada gradativamente, a partir da temperatura
ambientem, até que sejam atingidos 650 a 700o C.
O processo de fundição mais comum é por
centrifugação. O anel é colocado no forno frio, com o
pino de canalização voltado para baixo, para eliminar a
cera. O forno é ligado com a temperatura de no mínimo
700o C por 20 minutos; em seguida, a temperatura é
ajustada para “média” por mais 20 minutos, quando é
regulada em “máxima” até a temperatura adequada. Ao
atingir esta temperatura, de acordo com a liga metálica a
ser fundida, executa-se a fundição.
Se o anel for mantido a uma temperatura superior à
aquela indicada para a fundição, resultará em uma
fundição rugosa, bem como possível contaminação da
liga, causada pela desintegração do revestimento, que
elimina gases sulfurosos.
Representação esquemática de um anel com a sua
câmara de fundição.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
60
Em {A}, orifício formador de
cadinho;
Em {B}, canal de alimentação
e câmara de compensação
de metal;
Em {C} padrão de cera;
Em {D}, revestimento;
Em {E}, tira de amianto;
Em {F}, anel de fundição.
Uma vez alcançada a temperatura ideal, passa-se
para a fundição da liga metálica, a qual é derretida em
um cadinho refratário e injetada no anel através de
centrifugação.
PASSOS PARA A FUNDIÇÃO DA LIGA METÁLICA
ODONTOLÓGICA
1) – Segurar o contrapeso da centrífuga com a mão
direita e dar tantas voltas quantas forem necessárias
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
61
para que, ao ser liberado, a centrífuga gire por, no
mínimo, 30 segundos;
2) – Suspender a trava da base, de modo que fique
apoiada no braço da centrífuga, à frente do conjunto,
onde está posicionado o cadinho;
3) – Colocar o metal no cadinho, em quantidade
suficiente para copiar o trabalho a ser fundido;
4) – Acender o maçarico, observando as regiões de
queima de gás e ar, usando a que é mais indicada para
a fundição da liga, que é a região redutora;
5) – Uma vez derretido o metal no cadinho, retira-lo do
interior do forno, com a pinça tenaz, e posicioná-lo
corretamente na mesa da centrífuga, (verificar a liga a
ser utilizada).
6) – Manter a chama do maçarico dirigida para o cadinho
onde se encontra o metal fluído e, com a outra mão,
tracionar o contrapeso até o deslocamento da trava
armadora. Com cuidado, soltas a centrífuga a fim de
proporcionar a centrifugação do metal derretido.
7) – O metal é injetado para o interior do anel, com uma
velocidade máxima atingida em menos de 1 segundo,
tornando-se gradualmente mais lenta, até parar.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
62
Centrífuga e seus componentes básicos.
Representação das posições adequadas durante
uma fundição:
Na esquerda, colocação do anel, no suporte com a
pinça tenaz;
Na direita, preparação do braço da centrífuga para
disparar.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
63
Detalhes importantes para fundição com liga de
prata:
1) – Inicialmente, o anel deve ser aquecido ao
rubro;
2) – Em seguida, deve ser deixado a esfriar, ao ar
livre, por 2 ou 3 minutos, para que a temperatura diminua
até uma faixa entre 450o C e 550o C;
3) – Ponto de fusão do Alloy: 600o C à 650o C;
4) – Sempre verificar as indicações do fabricante.
Liga de fundição (Alloy): É a mistura de dois ou mais
metais.
Considerações sobre a fundição:
Geralmente o combustível empregado é uma
mistura de ar e gás (GLP – gás liquefeito de petróleo).
A temperatura da chama é grandemente
influenciada pela proporção de gás e ar da mistura que,
ao ser queimada lhe dá origem. Deve-se Ter o redobrado
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
64
cuidado em se obter um cone de chama em que estejam
bem diferenciadas as regiões de queima.
A região de queima de gás/ar usada para a
fundição é a redutora, na qual a temperatura está
adequada para se realizar a fundição do metal. Ela deve
ser mantida constantemente sobre o metal, até que se
proceda ao processo de fusão da liga metálica. Assim
sendo, a superfície do metal se apresentará brilhante, o
que não ocorreria caso fosse usada a chama oxidante.
Cuidados necessários para a fundição:
1) – A liga metálica não deve ser super aquecida;
2) – Não se deve fundir antes do anel atingir a
temperatura adequada;
3) – Não empregar a chama oxidante;
4) – Não resfriar o anel imediatamente após a fundição.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
65
Obs.: Para a fundição feita com metais Cobre-Alumínio
ou ouro a temperatura do anel deve permanecer entre
650o C a 700o C. Não pode ocorrer o resfriamento do
anel antes da fundição.
Ponto de fusão do Cobre-Alumínio é de 900 à 950o
C.
PADRONIZAÇÃO DO SISTEMA DE INCLUSÃO E
FUNDIÇÃO
Muito raramente vemos um único erro como sendo
responsável pela avaliação final de uma inclusão e
fundição de um elemento inadequado. Na maioria das
vezes é uma combinação de erros manuais (em média
combinação de três erros) que irão causar uma
insuficiência.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
66
Causas de erros manuais mais freqüentes:
1) – Posição incorreta do padrão antes de começar o
vedamento periférico;
2) – Uso em geral de agente isolante;
3) – Uso de agente isolante pastoso ou de película;
4) – Falta de concentração do protético;
5) – Aplicação de cera super aquecida, causando
excesso de contração;
6) – Distorção do padrão durante a remoção do padrão
do troquel;
7) – Aplicação de cera no vedamento irregular;
8) – O diâmetro do sprue de alimentação;
9) – Posição do sprue no padrão, na base de borracha
em relação ao centro térmico do anel.
10) – Excesso de agente eliminador de tensão superficial
(Anti-bolhas);
11) – Presa do revestimento enquanto estava sendo
vertido no anel;
12) – Não observar tempo de presa do revestimento;
13) – Relação água/pó incorreta;
14) – Programa de aquecimento do anel muito rápido;
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
67
15) – Anel em temperatura muito elevada;
16) – Anel em temperatura muito baixa;
17) – Não obedecer tempo de evaporação da cera;
18) – Pressão da centrífuga em excesso;
19) – Pressão da centrífuga insuficiente;
20) – Quantidade de liga metálica usada;
21) – Resfriamento da fundição muito rápido.
Inclusão de ponte para fundição:
Assim como quaisquer trabalhos fundidos, a ponte
confeccionada em cera deverá ser imediatamente
incluída, a fim de se evitar a distorção do padrão de cera.
Verificando a exatidão da abertura de caixas ou
boxes para as facetas estéticas, e a superfície de
separação para solda (se tratar de uma ponte fixa que
necessite de solda), vedamentos periféricos corretos,
sem rebarbas, devemos posicionar os sprues formadores
de pinos de canalização de metal.
Os sprues de cera podem ser posicionados na face
de maior volume de cera, em uma inclinação de mais ou
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
68
menos 45 graus, em forma de barras que unem os
componentes da PFF.
Demonstração da fixação do sprue de cera na face de
maior volume de cera, no padrão de cera.
Tal procedimento visa criar um conduto por onde o metal
fluído passará, durante o processo de centrifugação.
Como uma peça metálica, logo após a fundição,
nunca apresenta qualidade superior à aquela da matriz
de cera, ou seja do padrão de cera, esta deve ser
melhorada no que diz respeito ao acabamento. Um
melhor acabamento possível antes de ser incluída no
revestimento. Todo o padrão de cera deve Ter a sua
escultura refinada, ou seja, alisada, sem ranhuras. Todos
os bordos cervicais devem ser minuciosamente
examinados, bem como a superfície interna para se
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
69
verificar a adaptação ao modelo individual do dente
preparado, que é o troquel.
Na área externa (oclusal e faces axiais) a cera deve
ser bem polida, bem refinada, usando-se para isso um
pincel bem macio e, um pedaço de algodão úmido.
O pino de cera ou sprue deverá Ter um diâmetro
adequado e atentamente posicionado na área de maior
volume de cera, devendo estar em direção do ângulo
formado entre as paredes do preparo (mais ou menos 45
graus), a fim de facilitar a distribuição da liga metálica, ao
ser injetada por centrifugação.
Nos casos de padrões de cera mais volumosos,
torna-se necessário a utilização de sprues de cera de
maior diâmetro.
O conjunto pino e padrão de cera são colocados
sobre a base conformadora de cadinho, devendo estar
localizado no centro térmico do anel e distante da borda
uns 6 mm. O anel é revestido internamente com uma tira
de amianto, a fim de compensar os momentos de
expansão do revestimento.
Para evitar a formação de bolhas durante o
processo de inclusão do padrão de cera, deve-se tratá-lo
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
70
com antitensor superficial (antibolhas), que deverá ser
aplicado com pincel.
O revestimento deve ser manipulado seguindo as
instruções de relação água/pó, fornecida pelo fabricante.
O padrão de cera deve ser pincelado com o
revestimento manipulado (inclusão convencional) e
posteriormente ser vertido para o interior do anel
mediante o auxílio de vibrador mecânico, a fim de
desintegrar as bolhas de ar inseridas na mistura.
Após a presa, mais ou menos durante um espaço
de tempo de aproximadamente 60 minutos, retira-se a
base conformadora de cadinho e posiciona-se o anel no
forno que será aquecido lentamente para provocar a
volatilização da cera, e a desintegração e expansão
térmica do revestimento.
Obs.: O tempo de presa dos revestimentos é fornecido
nas instruções de uso de cada fabricante.
O ciclo de aquecimento poderá ser rotineiro, como
o utilizado nas fundições de outros RMF.
Forno para fundição:
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
71
Ligar o forno no mínimo, manter por 20 minutos,
passar para o médio, manter por 20 minutos, passar para
o máximo, deixar que a temperatura indicada seja
alcançada, manter por mais 10 minutos para a
uniformidade da temperatura no interior do forno e
proceder com a fundição normal.
Obs.: Ler especificações de uso das ligas metálicas
fornecidas pelos fabricantes. Atentar-se bem para a
temperatura de fusão, pois não devemos superaquecer o
metal, pois o mesmo perderá propriedades, e o anel com
revestimento, deverá estar a mais ou menos 300 graus
centígrados abaixo do ponto de fusão da liga.
Durante o processo de fundição, armar
corretamente a centrífuga e usar adequadamente a
região de redução do maçarico. Estar sempre atento
para que não haja superaquecimento nem da liga
metálica, nem do anel no interior do forno, o que
prejudicaria sensivelmente a qualidade da ponte fixa
fundida.
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
72
EQUIPAMENTOS USADOS NA INCLUSÃO E
FUNDIÇÃO
Além do gral de borracha, espátula para gesso,
espátula 36, pincéis e vibrador, temos:
Espatulador a vácuo:
Manipula e retira as bolhas através de uma bomba
de vácuo e alguns ainda são dotados de um vibrador.
Facilita toda a operação de inclusão além de
proporcionar uma inclusão perfeita.
Anéis para fundição:
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
73
Encontrados em vários
tamanhos para atender as necessidades.
São constituídos em aço inoxidável.
Base de borracha:
Acessório indispensável do anel. É nela que será
fixado o pino de canalização com a incrustação, além
dessa função ainda forma no revestimento a base
conformadora de cadinho.
Regulador de Pressão:
Regula a pressão do ar
produzida pelo compressor.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
74
Compressor:
Produz ar, é o alimentador do
laborató-rio, pode ser industrial
ou odontológico.
Maçarico Ar/Glp:
Usado para fundições de
baixa fusão (Au, Ag e
CuAl).
Centrífuga:
Responsável pela
introdução do metal
fluído no anel através
da
centrifugação.
Cadinhos:
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
75
Peças refratárias onde
será fluído as ligas
metálicas.
Pinça tenaz:
Pinça usada na retirada e transporte de anéis e cadinhos
quentes.
Forno para fundição: Responsável pela volatização
das ceras e/ou acrílicos e pela expansão dos
revestimentos.
REVESTIMENTOS
Finalidade:
É o material usado para revestir o padrão de cera,
copiando os seus mínimos detalhes, agindo como uma
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
76
“fôrma” para receber o metal na fundição, após a
evaporação do padrão de cera.
Revestimento aglutinado por gesso:
- Contém alfa-hemidratado de Gipsita;
- Tempo de presa de 9 a 18 minutos;
- Expansão de presa, compensa a contração da
liga;
- A expansão térmica é de no máximo 700o (650o a
700o graus);
- O revestimento não deve ser reaquecido, porque
pode desenvolver fendas internas;
- É usado para fundição de ligas de baixa fusão
(ouro tipo A e B, Prata, Cobre e Alumínio);
- Manipulado com água (pó + H2O).
Revestimento para soldagem:
- É o revestimento usado para incluir estruturas
metálicas que irão receber solda;
- Expansão térmica mínima;
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
77
- Este revestimento deve resistir ao calor durante a
soldagem sem trincar.
Considerações técnicas:
- Os revestimentos devem ser armazenados em
recipientes vedados contra o ar e umidade;
- Durante o uso, os revestimentos devem ser
abertos por curto tempo;
- Deve-se adquirir quantidades adequadas ao
consumo;
- O revestimento deve ser pesado e a água medida,
segundo as instruções do fabricante.
Manipulação do revestimento:
- Devemos sempre seguir as instruções do
fabricante;
- Misturar os cristais;
- Medir o líquido e colocar no gral de borracha;
- Pesar o pó e colocá-lo aos poucos sobre o líquido;
- Espatulação mecânica ou manual;
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
78
- Incluir o padrão de cera, que deverá estar limpo e
seco, e devidamente fixo pelo pino de canalização à
base de borracha.
LIGAS METÁLICAS ODONTOLÓGICAS
Introdução:
Liga: É a mistura de dois ou mais metais. Em prótese
odontológica o uso de metais puros é limitado. Sendo
usado as ligas metálicas.
Corrosão: É a deterioração de um metal por reação
com seu meio ambiente. A corrosão é um dos grandes
problemas quando da colocação de uma restauração
metálica no meio bucal.
O meio bucal facilita a corrosão:
- Alimentos com diferentes PHs;
- Ácidos liberados durante a degradação dos
alimentos.
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79
Ouro: Resiste ao ataque químico, sendo portanto o mais
nobre dos metais, indicado para confecção de prótese
odontológica.
Tipos de ligas:
Metais Nobres:
Ouro:
- Metal mais nobre, raramente mancha na cavidade
bucal;
- Elevado coeficiente de condutibilidade térmica;
- Desvantagens: cor;
- Pouco usado devido ao alto custo.
Tipos de ouro – Indicação:
Tipo 1: mole – para pequenas incrustações
(facilmente brunido);
Tipo 2: médio – coroas ¾ espessas, retentores,
pônticos e coroas totais (sujeitas a tensões moderadas).
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
80
Tipo 3: duro – coroas ¾ finas, retentores, pônticos e
coroas totais (sujeitas à grande tensões).
Tipo 4: extra duro – estruturas com espaço
protético longo (sujeitas a tensões muito elevadas).
Ouro branco: Predominância de ouro, mas
esbranquiçado com paládio ou paládio e prata.
Platina e Paládio:
- Metais nobres usados conjuntamente com outro
metal, para proporcionar maior qualidade ao trabalho;
- São inertes na cavidade bucal;
- Coloração: esbranquiçada;
- Alta elasticidade.
Liga Prata/Paládio: Esbranquiçadas com predominância
da prata, porém com quantidades de paládio para
promover a nobreza e tornar a prata mais resistente à
manchas.
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
81
Liga Paládio/Prata: Liga usada para confecção de
coroas metalo-cerâmicas. Temperaturas de
amolecimento altas o suficiente para permitir a fusão da
porcelana.
Liga Ouro/Platina: Liga usada para coroas, pontes e
incrustações.
Liga de Paládio: Usada em próteses metalo-cerâmicas
e para coroas e pontes.
Metal seminobre:
Prata:
- Não resiste à corrosão;
- Ponto de fusão baixo;
- Cor: branca;
- Uso de paládio para melhorar a qualidade da liga;
- Ponto de fusão de 650o graus.
Metais não nobres: Os metais não nobres são usados
para a obtenção de ligas alternativas.
Cobre-Alumínio:
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82
- Perfeita compatibilidade biológica;
- Liga dura;
- Ponto de fusão de 900 a 950o graus.
Indicação:
- Próteses unitárias (incrustações e coroas totais),
próteses metalo-cerâmicas (metal e acrílico), próteses
parciais fixas e núcleos;
- Oxida-se com facilidade.
SOLDA
É a liga derretida para unir partes metálicas
adjacentes e menos fusíveis.
Requisitos de uma solda:
- Deve escoar facilmente a uma temperatura inferior
ao ponto de fusão da liga a ser soldada;
- Deve apresentar resistência suficiente à
deformação ou fratura;
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83
- Resistente à corrosão e perda de brilho;
- O espaço para a solda deve estar dentro dos
limites de 1,5 mm.
Fundente e Anti-fundente: Usado para facilitar a
soldagem no limite de espaço de 1,5 mm.
Fundente: Substância que promove o escoamento
da solda sobre as partes metálicas, limpando a
superfície.
Exemplo: Bórax (soldagem de ouro).
RMF
CONSIDERAÇÕES SOBRE OS TIPOS DE PREPAROS
EM DENTES
Os preparos em dentes são feitos levando-se em
consideração a anatomia e constituição dos mesmos.
Sabe-se que os dentes humanos são órgãos
mineralizados, resistentes, esbranquiçados, implantados
em osso alveolares, anexados ao maxilar e à mandíbula.
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
84
Considerando o dente em seu alvéolo, e
seccionando-o longitudinalmente, teríamos pela ordem,
do exterior para o interior: esmalte, dentina e polpa.
Corte longitudinal de um dente.
É justamente esta constituição morfológica do
dente que, servirá de orientação para se executar
preparos em dentes. Assim sendo, os preparos em
dentes terão duas finalidades:
1 – Finalidade terapêutica: Visando a restauração
do tecido cariado ou até mesmo fraturado, devolvendo
ao dente a sua funcionabilidade e estética através da
restauração de suas faces danificadas.
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85
2 – Finalidade protética: Visando criar artifícios
mecânicos de desgaste nas faces do dente, propiciando
condições de retenção para uma prótese fixa.
Vale considerar que tais preparos protéticos,
freqüentemente são executados em dentes hígidos, ou
seja, em dentes sadios, uma vez que podem servir de
suporte para dentes ausentes, no caso de uma prótese
parcial fixa.
Os preparos com finalidade protética podem ser
classificados de acordo com a extensão da profundidade
que atingem na constituição morfológica do dente. Assim
sendo, podemos fazer as seguintes classificações:
1 – Preparos extracoronários ou preparos
periféricos: São assim chamados porque neles a
área de preparo do dente não ultrapassa o limite do
esmalte, havendo desgaste somente nesta região. Neste
tipo de preparo não há aprofundamento de sulcos, box e
canaletas retentivas próximos da dentina.
As coroas totais são preparos extracoronários ou
periféricos que podem ser totalmente metálicos, do tipo
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86
veneer metalo-plástica ou metalo-cerâmica, jaquetas e
as coroas parciais.
Considera-se que coroas totais são tipos de
preparos extracoronários onde o dente é desgastado em
todas as faces, no limite de esmalte.
As coroas parciais são tipos de preparos onde o
dente sofre desgaste em duas ou mais faces,
conservando uma, freqüentemente a face vestibular por
questões de estética.
2 – Preparos intracoronários ou preparos centrais:
São assim chamados porque o dente é desgastado
além do limite do esmalte, podendo haver
aprofundamento de sulcos, box e canaletas de retenção,
ao nível de dentina.
São tipos de preparos intracoronários ou centrais
as coroas tipo OP (ocluso provisório) que são as DO
(disto oclusal) e as MO (mésio oclusal). São
consideradas também as MOD (mésio-ocluso-distal).
3 – Preparo intra-radiculares: São os preparos feitos
em dentes com grande destruição coronária e que
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87
sofreram tratamento endodôntico. Isto significa que a
área de preparo do dente ultrapassou os limites do
esmalte e dentina.
a) – dentes uni-radiculares;
b) – dentes multi-radiculares:
Condutos paralelos;
Condutos divergentes;
Condutos convergentes.
PREPAROS EXTRA-CORONÁRIOS OU
PREPAROS PERIFÉRICOS
Coroas totais:
Metálicas
Veneer:
Metalo-plástica;
Metalo-Cerâmica.
Jaquetas:
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88
Porcelana;
Plástica.
Coroas Parciais:
Para dentes anteriores ¾;
Para dentes posteriores 4/5.
Considerações sobre coroas totais:
As coroas totais podem ser confeccionadas para
quaisquer elementos dentários das arcadas superior ou
inferior, desde que um diagnóstico minucioso assim
indicar. Para tanto deve ser observada a zona de
localização de cada elemento, para se Ter a firmeza da
coroa total que melhor se adapte a ele. Para os dentes
posteriores, onde a zona estética não é acentuada,
indica-se com mais precisão uma coroa total metálica.
Se o elemento a ser restaurado estiver posicionado em
zona estética posterior, ou seja, se o paciente
diagnosticado possui linha de sorriso muito ampla,
incida-se com mais Frequência uma coroa total veneer.
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89
Para dentes anteriores, onde o fator estético é
primordial, indica-se uma coroa total de jaqueta (exceto
para dentes caninos).
A restauração veneer que seja ela metalo-plástica
ou metalo-cerâmica, consiste de uma camada de
material estético aplicado na face vestibular da peça
metálica fundida. Caso seja uma coroa total metalo-
plástica, torna-se necessária a criação de artifícios
retentivos durante a confecção do padrão de cera e
abertura de box estético na face vestibular. Isto porque a
união entre a resina acrílica e o metal restaurador é uma
união física que necessita de artifícios retentivos para
fixação da resina estética que restaurará a face
vestibular do dente.
Para dentes anteriores confeccionam-se coroas
totais de jaqueta por serem o trabalho mais indicado para
zonas altamente estéticas. São indicadas para a
restauração individual de elementos, podendo serem
confeccionadas em porcelana ou em resinas acrílicas.
Podem ser igualadas em cor com os dentes naturais,
restaurando, assim, a estética do paciente.
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90
Preparo de uma coroa total posterior.
Preparo de uma coroa total Preparo de uma coroa
total
Anterior (metalo-cerâmica). Posterior (met.-cerâmica.
PREPAROS PARA COROAS PARCIAIS
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
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91
A coroa parcial é uma restauração que cobre duas
ou mais faces do dente natural. Suas faces normalmente
preparadas são a lingual, as proximais, oclusal ou a
incisal. A racionalização em preservar as partes ou parte
do dente visa a estética e a conservação da estrutura
dentária.
As coroas parciais não oferecem retenção tão
satisfatória quanto as coroas totais, mas respondem às
necessidades funcionais e anatômicas no ato de sua
confecção.
TRES-QUARTOS (3/4)
A coroa ¾ é um dos retentores menos utilizados em
prótese, devido ao seu preparo estar condicionado a
determinadas características importantes que devem ser
seguidas rigorosamente para que possam conservar a
face vestibular do dente e oferecer retenção satisfatória.
Este preparo é indicado para dentes anteriores que
apresentam a face vestibular hígida. Pode ser utilizado
como elemento isolado e como retentor de prótese
parcial fixa, no máximo, com 3 elementos. Depende
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
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92
sobremaneira de pequenas canaletas ou sulcos
proximais que devem ser paralelos entre si.
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93
Preparo de uma coroa parcial ¾.
Características de uma coroa parcial ¾ com pino
modificada e a função desempenhada por elas.
QUATRO QUINTOS (4/5
Este preparo em dentes posteriores recebe a
denominação de preparo quatro-quintos, porque prepara
as faces: distal, mesial, lingual e oclusal, deixando
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94
intacta a face vestibular. É a mais usada das coroas
parciais.
O preparo deste tipo não difere dos preparos para
dentes anteriores, quanto às partes da circunferência
gengival, porém a diferença está em se preparar as
faces mesial, distal, oclusal e lingual. Diferenças também
se constatam quanto aos sulcos proximais da área de
preparo.
Nos dentes anteriores eles se apresentam paralelos
ao terço médio vestibular, enquanto que nos dentes
posteriores eles se apresentam paralelos ao longo eixo
do dente, em forma de sulcos ou canaletas de retenção.
São indicados como retentor de prótese fixa (no
máximo 4 elementos) ou como elemento isolado.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
95
Coroa parcial 4/5 com blindagem de cúspide (molar
inferior).
PREPAROS CLASSE III – CAUDA DE ANDORINHA
São assim chamados porque o preparo apresenta-
se em forma de cauda de andorinha e é um preparo
muito conservador, tendo pouquíssima utilização
protética.
É um tipo de preparo que desgasta o dente em
quaisquer de suas faces proximais, avançando as linhas
de preparo para a face lingual, criando um
estrangulamento seguido de posterior abertura em forma
de uma cauda de andorinha.
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
96
Preparo para incrustações de Classe II (cauda de
andorinha).
Preparo Classe III, cauda de andorinha, feita em um
incisivo central superior e em um incisivo lateral superior.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
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97
Este é um preparo indicado para dentes anteriores
e servem como suporte para uma prótese fixa semi-
rígida, contendo até 3 elementos dentários. Isto porque
em se tratando de um preparo muito conservador, o
dente que servirá de suporte não suportaria a incidência
de forças advindas do ato da mastigação, uma vez que
os dentes anteriores possuem finalidades mastigatórias
específicas.
PREPARO TRÊS-QUINTOS (3/5
São preparos com indicação protética para dentes
anteriores. Por ser um preparo altamente conservador,
tecnicamente não deve ser utilizado como retentor de
uma prótese parcial fixa, o que poderia ocasionar danos
ao paciente, pois o mesmo não suportaria a incidência
de forças sobre ele.
Tendo em vista a sua área de preparo, trata-se
também de um preparo muito pouco usado em prótese
fixa. Difere dos preparos ¾ no que se refere ao preparo
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
98
da área incisal, uma vez que nos preparos 3/5 a área
incisal é preservada.
Preparo 3/5 em um incisivo lateral superior e em um
canino, com o objetivo de suportar uma PPF contendo
dois incisivos centrais e um incisivo lateral superior.
PREPAROS INTRA-CORONÁRIOS OU PREPAROS
CENTRAIS
Os preparos intracoronários também são chamados
de preparos centrais, devido ao fato dos dentes sofrerem
desgastes retentivos além do esmalte, podendo serem
observados aprofundamento de sulcos, box e canaletas
retentivas proximais à dentina.
São considerados preparos intra-coronários ou
centrais as coroas OP (ocluso-proximais) que são as MO
(mésio-oclusal) e as DO (disto-oclusal). As MOD (mésio-
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
99
ocluso-distal) inlay e onlay são consideradas tipos de
preparos intra-coronários ou centrais.
PREPAROS MOD (MÉSIO-OCLUSO-DISTAL)
É muito discutível o emprego de incrustações, ou
seja, restaurações metálicas fundidas para restaurar
lesões MOD, porque não há nenhum elemento no
preparo que proteja as cúspides isoladas, vestibular e
lingual. O restaurado restitui estruturas perdidas no
dente, mas não protege as estruturas remanescentes.
Existem dois tipos de preparo MOD:
1 – MOD Inlay: Preparo intracoronário que restaura
as faces mesial, distal e oclusal, preservando as
cúspides dos dentes e restabelecendo a função
mastigatória e os dois pontos de contato com os dentes
adjacentes.
É um tipo de preparo intracoronário onde as
paredes axiais e pulpar podem se aproximar da polpa
dental em diferentes graus.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
100
É indicado para pacientes com baixa
suscetibilidade a cáries. Também é indicada para dentes
bem posicionados e com oclusão satisfatória. Servem
como retentores para prótese fixas pequenas (máximo 3
elementos) e como elemento isolado.
Preparo MOD inlay. Em A, vista proximal do preparo e
em B, vista oclusal.
2 – MOD Onlay com blindagem de cúspides:
Tipo de preparo intracoronário que restaura as
faces mesial, distal e oclusal. Prepara as cúspides que
ficam protegidas pelo material restaurador, podendo
proporcionar modificações na oclusão do dente. Utilizada
como retentor para prótese fixa pequena (máximo 3
elementos) ou como elemento isolado.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
101
Preparo de uma restauração MOD onlay.
Observação sobre as MOD inlay e Onlay:
Na literatura protética há divergências quanto à
indicação das MOD inlay ou onlay, no que se refere à
utilização ou não utilização das mesmas como retentores
de PPF.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
102
Alguns autores indicam uma MOD inlay como
retentor de PPF pequena, com no máximo três
elementos,; outros já discutem a sua não retenção e
incapacidade de suportar os esforços advindos da
mastigação. Assim sendo, fica a critério do dentista
indicar ou não tais preparos, ficando a mesma não só
como exclusividade de restaurações individuais como
também há constatação da utilização das MOD onlays
como retentores de PPF pequena até três elementos ou
como elemento restaurador isolado.
RESTAURAÇÃO DISTO OCLUSAL (DO)
É uma restauração metálica fundida que restitui a
face oclusal e a face distal do dente natural,
restabelecendo a função mastigatória e o ponto de
contato com o dente adjacente. Utilizada como elemento
isolado.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
103
Preparo disto oclusal (DO em dentes posteriores).
RESTAURAÇÃO MÉSIO OCLUSAL (MO)
É uma restauração metálica fundida que reconstitui
as faces oclusal e mesial de um dente natural,
restabelecendo a função mastigatória e o ponto de
contato com o dente adjacente. Possui as mesmas
funções das restaurações metálicas fundidas do tipo DO.
Utilizada como elemento isolado.
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
104
Características de um preparo MO e funções de cada uma delas.
TIPOS MAIS FREQÜENTES DE
TÉRMINO DE PREPAROS
VEDAMENTO PERIFÉRICO
PREPARO COM OMBRO DE 90O
Recomendado para coroas de
jaquetas, bastante estético.
(ausência de bisel) - porcelana.
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105
PREPARO COM OMBRO DE 90O COM BISEL
Recomendado em
dentes posteriores
curtos.(estabilidade).
PREPARO EM CHAFRO
BISELADO
Uso limitado em regiões
estéticas.
Posteriores superiores e em
todos os Inferiores.
PREPARO EM 50O
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
106
É indicado onde a estética é um pré-requisito –
Metalo-Cerâmica).
Podemos ter em um mesmo preparo, términos
combinados para vedamento periférico, depende
sobremaneira do tipo de trabalho protético a ser
executado.
MÉTODO INDIRETO
Obtido os modelos de trabalho superior e inferior
articulados, com troquel removível fixo, isolar e proceder
o enceramento ou escultura progressivamente,
observando a oclusão com todos os movimentos do
articulador.
Obs.: Nunca usar isolante pastoso ou de película e
nunca remover o troquel antes do término do
enceramento oclusal.
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
107
Enceramento e Escultura Progressiva
Mova o articulador em todos os movimentos de
excursão.
Depois de terminado o enceramento e escultura
oclusal, retirar o padrão de cera do modelo, serrar e
remover os troqueis.
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
108
Preparar os troqueis fazendo o desnudamento e
marcando o limite de preparo para o vedamento
periférico do padrão de cera.
MODELOS REMOVÍVEIS EM TROQUELIZADOR
DIE-CAST
Faça um
corte com
serra de
cada lado
dos dentes
prepa-rados.
Rompa com
os dedos o
dente
preparado
se-parando-o
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
109
do resto do mode-lo. Não o force isoladamente.
TROQUEIS REMOVÍVEIS COM PINO METÁLICO
Localize e remova a cera das extremidades dos pinos.
Remover o troquel do modelo, fazer o
vedamento periférico, observando os detalhes de
adaptação em todas as faces do padrão de extensão e
forma anatômica. Os pontos de contatos proximais serão
reconstituídos colocando-se o troquel no modelo ou no
troquelizador e retocando sempre que for necessário
deixando com um pouco de excesso para a usinagem
em metal.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
110
Ajustados todos os detalhes, proceder a
canalização e a inclusão do padrão no revestimento.
Padrão de cera pronto para ser incluído em
revestimento.
Obs.: O padrão de cera esculpido deverá ser incluído em
revestimento imediatamente após ter sido retirado do
modelo para não sofrer distorções.
FUNDIÇÃO
Após o prévio resfriamento do anel, fazer a
desinclusão e começar a usinagem.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
111
USINAGEM E POLIMENTO FINAL
Antes que qualquer restauração seja
permanentemente adaptada na boca, ela deve ser
altamente polida. A superfície rugosa em uma
restauração é incômoda e também serve de focos
formadores de impactação de resíduos que também
geram desconforto, além de perda dos tecidos vizinhos.
Se a superfície de uma RMF for altamente polida ela se
torna protegida da ação corrosiva de placas bacterianas
PASSOS LABORATORIAIS PARA SE FAZER O
ACABAMENTO DOS RESTAURADOS METÁLICOS
FUNDIDOS
1 – Fazer o jateamento dos RMF;
2 – Seccionar as peças fundidas, utilizando o disco
de carborundum montado no mandril com parafuso, de
modo a não lesar a sua estrutura;
3 – Adaptar a peça fundida ao troquel, utilizando
tinta guache vermelha e broca diamantada 710;
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
112
Obs:. para verificar sua adaptação, aconselha-se pintar o
troquel com tinta guache de preferência na cor vermelha.
Tal procedimento objetiva, e orienta a adaptação do RMF
às áreas de preparo do dente.
4 – Fazer usinagem externa, utilizando brocas
diamantadas;
5 – Fazer polimento primário utilizando pedra
montada fina;
6 – Avivar os sulcos da face oclusal, utilizando
broca picotada 699;
7 – Alisar os sulcos da face oclusal utilizando broca
lisa 169;
8 – Fazer polimento primário utilizando borracha de
desgaste;
9 – Fazer polimento final utilizando borracha italiana
e borracha siliconada, montadas no mandril de rosca;
10 – Fazer polimento dos sulcos da face oclusal,
com o kit Viking nas cores marrom, verde e azul.
POLIMENTO NO TORNO
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
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113
- Pedra pomes, utilizando escova de pêlo número
12;
- Pasta universal, utilizando escova de pano.
EQUIPAMENTOS PARA USINAGEM, JATEAMENTO E
POLIMENTO
Usinagem:
Micromotores:
Indispensável em todos os trabalhos protéticos.
Seu uso é diversificado, podendo ser eletrônico, a
chicote (suspensão), de mesa e de corda. Encontrados
com rotações que variam de 0 a 30.000 RPM. O mais
usado é o de até 15.000 RPM.
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114
JATEAMENTO:
Trijato:
Usado na limpeza das peças metálicas.
Responsável pela produção de microporosidades que
vão auxiliar na cimentação. Possui três bicos com
depósitos independentes para a colocação de
microesferas de vidro, óxido de alumínio, (usado
somente em trabalhos de cerâmica) e mistura. No
mercado são encontrados ainda, o bijato e o monojato
com dois, e um bico respectivamente.
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115
POLIMENTO:
Torno de polimento: usado para o polimento final de
metais e resinas acrílicas. Possuem duas velocidades. O
mais usado é o torno com 1/3 de potência e 1.750/3.500
RPM.
Escova de pelo no 27:
usada nas P.T.R. e
P.P.R. com o auxílio de
pedra pomes umedeci-
das.
Escova de pelo no 12:
usada em incrustações
e facetas estéticas em resinas acrílicas.
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116
Escova de pano: usada para dar o brilho final em
todos os trabalhos metálicos e em resinas com o auxílio
de pasta rouge, kaol ou similar.
DISCOS, PONTAS MONTADAS, MANDRIS E BROCAS
Discos:
Carborundum: Para cortar todos os tipos de ligas
metálicas (USA).
De lixa: Para acerto de biseis em acrílico ou metal.
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117
De aço dupla face: Usada em espaços interdentais de
pontes (SWISS).
Borracha: Grosso/polimento, fino/brilho. indicado para
metais e resinas (NAC/ITA).
PONTAS MONTADAS:
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118
Piranhas abrasivas: São usadas após as brocas
diamantadas em usinagens de metais. (NAC).
Para gesso: Desgaste de gesso (NAC).
MANDRIS:
De rosca: Para pontas de borrachas (NAC).
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119
Com parafuso: Para discos em geral.
BROCAS:
Bush lisa ou picotada: Indicada para fazer o
reavivamento de sulcos (GERMANY).
Diamantadas: Usinagens em todas as ligas metálicas,
cerâmicas e resinas (USA).
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
120
Max Cut e Mini Cut: Brocas de altíssima qualidade,
indicada para desgaste de metais como CrCo e resinas
acrílicas (GERMANY).
Especímetro: Equipamento de precisão destinado a
medir espessuras de cera ou metal, evitando que fure
nas fundições ou usinagens.
MATERIAIS PARA POLIMENTO E USINAGEM
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
121
Objetivo: Polimento- superfície lisa – não haver retenção
de placa bacteriana.
Técnica: A usinagem e o polimento das próteses
odontológicas são obtidas por abrasão.
Abrasão: É o desgaste de uma superfície contra outra
por atrito.
Tipos de Abrasivos
Óxido de Alumínio: Purificado de bauxita em grãos de
vários tamanhos.
Areia: Quartzo, encontrado em várias granulações. É
usada em lixas de papel e em forma de pó para jato de
areia.
Pomes: Material silicoso usado como abrasivo e como
agente de polimento.
Rouge: Composto de óxido de ferro, é apresentado em
formato de barras ou blocos. É o polimento mais fino dos
agentes utilizados nas peças metálicas.
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
122
COROAS VENEER (MISTA)
COROA MISTA ou VENEER METÁLO-PLÁSTICA:
É uma coroa total mista composta de uma parte
metálica e outra de resina acrílica termicamente ativada.
A porção metálica pode ser confeccionada com qualquer
tipo de liga metálica, reconstruindo a forma anatômica e
funcional do dente. A porção de resina acrílica é
confeccionada de tal forma que restabeleça
exclusivamente a face estética.
São indicadas como elementos isolados, retentores
e pôntico de prótese fixa, retentores de prótese
removível, usados em dentes anteriores e posteriores
onde a função e estética são importantes.
A aderência da face de resina ao metal é por meio
de retenções mecânicas, previamente obtidas no
enceramento.
A resina é confeccionada através de pincel ou
prensagem e o endurecimento ou polimerização da
resina através do calor, com ou sem pressão.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
123
Corte esquemático de coroa metálo-plástica.
Padrão de cera da coroa total de um canino.
Padrão de cera com abertura de caixa.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
124
INCLUSÃO COROA VENEER (MISTA) – PARA
FUNDIÇÃO
Obs.: Mesmo procedimento de inclusão, visto na parte
de RMF.
Revendo:
01) – Logo depois de encerado, deve ser imediatamente
incluído (caixa e retenções);
02) – Com o padrão de cera no troquel, colocar uma
porção de cera intermediária entre o sprue e o padrão de
cera. Com pouca cera, retocar e fixar melhor em volta do
sprue.
Obs.: Local do sprue ----> área de maior volume de
cera:
Ângulo ----> (+ ou -) 45o com a base;
Diâmetro do sprue ----> depende do volume
do padrão de cera.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
125
01) – Fixar o sprue na cera utilidade (na base do anel);
reforçar com cera para incrustações na base ao redor do
sprue;
02) – Fixar tira de amianto ao redor do anel com cera
utilidade fundida. (lembrar da distância de 5 mm);
03) – Hidratar o amianto;
04) – Passar antibolhas no padrão de cera;
05) – Observar distâncias entre os padrões (2 mm), da
parede do anel (3 mm) e da extremidade do anel (6 mm);
06) – Manipular o revestimento (consistência de iogurte);
07) – Passar com pincel limpo o revestimento sobre o
padrão em cima do vibrador;
08) – Adaptar a base no anel;
09) – Ainda no vibrador, preencher o anel com
revestimento aos poucos, sem deixar cair diretamente
sobre os padrões, até a extremidade;
10) – Tomar presa sem mexer no mínimo por 2 (duas)
horas.
USINAGEM DE COROA VENEER A PARTIR DA
FUNDIÇÃO
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
126
01) – Com o disco de carborundum cortar o pino de
canalização;
02) – Fazer adaptação interna com a broca diamantada
(pintar o troquel com a tinta guache e só desgastar onde
marcar na coroa), até a adaptação total;
03) – Com a broca diamantada, retirar o excesso nos
pontos de contato até que entre com uma certa
resistência no modelo;
04) – Vedar a coroa no troquel com a broca diamantada
usinando apenas a cervical, afinando assim o bisel;
05) – Passar a broca diamantada por toda a coroa,
(tomando cuidado para não perder o ponto de contato);
06) – Passar a abrasiva por toda a coroa e fazer o
polimento final;
07) – Opacificar a fase vestibular;
08) – Encerar a face estética com cera branca ou fazer a
face estética através da técnica do pincel.
RESINAS PARA COROAS E PONTES
Cuidados Preliminares:
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
127
Opacificar com opacificador de acordo com as
instruções que o acompanham. Para uma boa
reprodução das cores Biotone, a matização deverá ser
feita de acordo com a tabela abaixo:
Isolar com isolante para resinas acrílicas as áreas
de gesso que irão entrar em contato com a resina. Caso
deseje utilizar o modelo mestre no processamento,
duplicá-lo no todo ou em parte.
Pontes com pônticos devem ser mantidas no
modelo durante a aplicação, sendo removidas após
suficiente geleificação da resina e levados para a
polimerização sob ar comprimido e calor.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
128
Polimerização:
- Temperatura: 120o C;
- Pressão: +/- 90 libras;
- Tempo: 7 minutos – coroas e 14 minutos –
pontes.
TÉCNICA DO PINCEL
Usando dois potes dapen, colocar em um uma
medida de pó (corpo) e no outro meio medida de pó
(incisal).
Em outros dois potes dapen, colocar uma pequena
porção de líquido modelador. Umedecer um pincel
número 01 (pêlo de Marta) no líquido contido num dos
potes dapen, tocar a superfície do pó para corpo e
aplicar a bolinha que se forma na extremidade sobre a
face vestibular já opacificada.
Limpar o pincel no líquido contido no outro pote e
enxugar com papel absorvente. Repetir a operação até
que o contorno do corpo seja obtido. Não utilizar líquido
em excesso, nem demorar muito entre as aplicações.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
129
Limpar o pincel, umedecê-lo com o líquido e pegar uma
porção do pó incisal e espalhá-lo sobre o corpo cobrindo
aproximadamente todo o terço incisal. Colocar em
seguida o trabalho na polimerizadora contendo água à
temperatura ambiente.
A resina deverá ficar totalmente coberta pela
água. As restaurações podem aguardar submersas em
água até 30 minutos antes de iniciar a polimerização, o
que permite polimerizar várias peças ao mesmo tempo.
Fechar a polimerizadora, regular a temperatura
para 120o C e aplicar ar comprimido a uma pressão de
90 libras. Polimerizar durante um tempo mínimo de 7
minutos para coroas e de 14 minutos para ponte, após
se chegar a uma temperatura de 120o C.
Após a polimerização, aliviar a pressão, remover os
trabalhos e submetê-la à água corrente até que a peça
esteja suficientemente fria para ser manuseada. O
acabamento é feito removendo o excesso de material
com pedras finas, discos e borracha.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
130
USINAGEM - (FACE ESTÉTICA)
01) – Com a piranha abrasiva, tirar os excessos de
resina da face estética. Com a quina da broca dar
anatomia (lóbulos e linhas de imbricação).
USINAGEM - (PARTE METÁLICA)
01) – Passar a borracha de pré-polimento e brilho.
POLIMENTO
01) – Polir com escova de pêlo com pedra pomes
umedecida. Passar 3 vezes em cada superfície; (metal e
resina);
02) – Polir com escova de pano com pasta universal.
Passar 3 vezes em cada superfície;
03) – Polir com borracha para brilho (tipo italiana), só o
metal;
04) – Lavar com água e secar.
COROA DE JAQUETA
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
131
Coroa de Jaqueta (coroa total de porcelana ou resina
acrílica):
É a mais estética de todas as coroas, no entanto é
a mais frágil delas. Podem ser feitas de resina acrílica; é
muito estética, mas se desgastam e modificam a cor com
facilidade. Estão sendo substituídas pelas coroas totais
de porcelana fundida que apresentam maior
durabilidades e não há modificação de cor.
São indicadas para dentes anteriores, (centrais e
laterais) visando principalmente a preservação da
estética e função.
01 – Efetuar o vazamento do modelo;
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
132
02 – Montar no articulador, seguindo o passo a passo da
montagem em articulador, para evitar erros que terão
que ser corrigidos montando novamente;
03 – Enceramento:
- Isolar com vaselina líquida ou isolante para
troquel;
- Fazer um casquete com a própria cera branca;
- Proceder o enceramento das esculturas em cera
branca;
- Fazer os movimentos do articulador e conferir
altura, contorno e alinhamento.
04 – Serrar:
- Riscar com lápis as paredes do troquel. Estas não
devem ser totalmente paralelas e sim mais
convergentes.
05 – Soltar os troqueis:
06 – Retocar a mesial e distal do padrão de cera.
07 – Desnudar o troquel para fazer o bisel da peça,
acrescentar cera nos pontos de contato.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
133
PASSO A PASSO PARA INCLUSÃO EM MUFLO
(JAQUETA)
Obs.: Muflo tem rosca, portanto é diferente de contra-
muflo que não tem rosca.
1A ETAPA:
01 – Afofar o pó (gesso comum);
02 – Isolar o muflo e o contra-muflo com vaselina pasta,
suavemente;
03 – Colocar um papel debaixo do muflo;
04 – Passar antibolhas no interior do padrão de cera,
soprar para tirar o excesso;
05 – Manipular o gesso (consistência de maionese);
06 – Com um gotejador, colocar o gesso dentro do
padrão de cera, pouco a pouco com o uso do vibrador;
07 – Colocar gesso no muflo (já está em cima do papel)
em pequenas porções, quando já estiver cheio,
deitar o padrão de cera começando pela cervical, lingual
para baixo, não apertando muito;
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
134
08 – Dar acabamento alisando o gesso, tirando o
excesso na parte inferior, assim que começar a tomar
presa;
09 – Deixar tomar presa (+/-) 20 minutos.
2A ETAPA:
10 – Passar vaselina no gesso ao redor do padrão de
cera;
11 – Passar antibolhas na face vestibular;
12 – Parafusar o muflo no contra-muflo, observando a
referência;
13 – Manipular gesso pedra;
14 – Colocar o muflo já parafusado ao contra-muflo no
vibrador e ir colocando o gesso até cobrir, retirando
o excesso;
15 – Deixar tomar presa no mínimo durante meia hora.
PRENSAGEM DA COROA DE JAQUETA
01 – Abrir o muflo;
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
135
02 – Eliminar com água fervendo toda a cera do muflo e
do contra-muflo;
03 – Jogar água super limpa e fervendo;
04 – Fazer isolamento com isolante de película
(resina/gesso);
Lembrar de agitar o isolante e passar em um único
sentido;
repetir o isolamento e esperar secar, somente o
muflo;
05 – Aquecer o contra-muflo;
06 – Manipular a resina, ½ pote dappen (parte menor) de
pó e líquido até saturar (tampar);
07 – Preencher o muflo com a resina na fase plástica
mais para fibrosa. Quando ela começa a perder o brilho;
08 – Colocar o plástico por cima da resina (cuidado para
não enrugar). Fechar com o contra-muflo quente;
09 – Prensar por 30 segundos;
10 – Abrir, tirar o plástico, recortar os excessos com o
auxílio de uma gilete, retirar na incisal;
11 – Manipular incisal e colocar onde você cortou;
12 – Prensar a incisal com o contra-muflo quente e
colocar o plástico. Prensar por 30 segundos;
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
136
13 – Abrir e tirar plástico, recortar os excessos e prensar
com o auxílio do celofane;
14 – Polimerizar no mesmo dia; Colocar o muflo na água
em temperatura ambiente e elevar a temperatura
normalmente até a ebulição com um mínimo de 02
horas;
Obs.: Para trabalhos escolares com 30 minutos.
15 – Deixar esfriar lentamente na própria água;
Mufla e contra-mufla isolada com vaselina pasta.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
137
Inclusão na contra-mufla.
Eliminação da cera.
Instrumentais utilizados para a manipulação da resina
acrílica.
Prensagem e cocção da resina acrílica.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
138
EQUIPAMENTO PARA TRABALHOS EM RESINA
ACRÍLICA:
Potes dapen: São potes de vidro ou plástico, indicado
para manipulação de resina acrílica. Encontrados em
dois tamanhos para suprir as necessidades do
profissional.
Polimerizadoras: Equipamento usado para o
processamento termo-pneumo-hidráulica de resina.
Colocar até o nível, ligar a polimerizadora na tomada e
no interruptor, programá-la para 120o C, para 90 lbs. de
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
139
pressão de ar com o tempo de 14 minutos. Essa técnica
poderá ser adotada para qualquer polimerizadora.
EQUIPAMENTOS PARA PRENSAGEM DE RESINAS
ACRÍLICAS:
Muflos: É usado para
fazer duplicações de
modelos em P.P.R.,
inclusão e prensagem de
trabalhos em resina
acrílica em geral. São
encontrados em vários tamanhos, formas e tipos com ou
sem parafusos.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
140
Prensas: Podem ser manual ou hidráulica, usadas nas
prensagens de resinas acrílicas.,
Fogão de duas bocas: Podendo ser industrial ou
doméstico, seu uso é diversificado e indispensável no
laboratório.
Tesoura para cortar gesso: Usada para cortar gesso
nas demuflagens e desinclusões.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
141
Chaves de fenda: Uso diário diversificado (abertura de
muflos, aperto e desaperto de parafusos.)
RESINAS DENTÁRIAS
Definição: São materiais compostos polímeros (pó)
e monômeros (líquidos), que quando misturados dão
início a uma reação de polimerização, dando origem a
uma plástica que poderá ser modelada. As resinas além
da forma pó e líquida, podem ser apresentadas na forma
de pasta/pasta.
Exemplos:
Sistema pó/líquidos: Biotone, Clássico, Dencor
e Colorstat;
Sistema pasta/pasta: Vitapan, Isosit e etc.
Requisitos para resina dentária:
- apresentar translucidez ou transparência;
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
142
- ter estabilidade dimensional (não expandir,
contrair ou distorcer);
- ter resistência mecânica a abrasão (resistir a todo
uso normal);
- ser impermeável aos fluídos bucais (não se tornar
anti-higiênica ou desagradável em sabor ou odor);
- insolúvel nos fluídos bucais ou em quaisquer
substâncias levadas à boca (sem evidência de ataque
corrosivo);
- destituída de sabor, odor e ser não tóxica ou
irritante aos tecidos bucais;
- baixo peso específico;
- sua temperatura de amolecimento deve ser mais
elevada do que a de quaisquer alimentos ou líquidos
quentes ingeridos;
- no caso de quebra inevitável, deveria ser passível
de reparação fácil e eficiente.
Obs.: Nenhuma resina foi encontrada até agora que
preenchesse todos os requisitos acima.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
143
Classificação das resinas:
Uma classificação pode ser feita com base no
comportamento térmico da resina. As resinas sintéticas
são, atualmente moldadas de alguma forma, sob a ação
de calor e pressão, sendo:
1 – Termoplástica: Se a resina for moldada sem
alterações químicas, por exemplo, amolecendo-a sob
calor e pressão e por esfriamento após Ter sido
moldada.
Elas são fusíveis e usualmente solúveis em
solvente orgânico. A ativação ocorre pelo calor. É
também conhecida como termo polimerizável.
2 – Termo endurecida: (auto polimerizável): Quando
uma reação química tiver lugar durante o processo da
moldagem, de forma que o produto final seja diferente
quimicamente da substância original, estas resinas são
insolúveis e infusíveis. A ativação química é também
chamada de auto polimerizável.
Utilização das resinas:
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
144
- Restauração de dentes ou da estrutura dental
perdida;
- Fabricação de dentes da dentadura;
- Fabricação de aparelhos removíveis;
- Moldagem de núcleos e Casquetes.
Uso:
Auto Polimerizável Termo
Polimerizável
provisória imediata coroa de jaqueta
moldeiras individuais faces estéticas
chapa de prova provisória
base de aparelhos ortodônticos base de PPR e
PTR.
consertos.
Relação pó/líquido:
Podem ser identificados pelo menos quatro
estágios após a mistura entre o pó e o líquido. São eles:
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
145
a) – Estágio 1: o polímero (pó) embebe-se gradualmente
de monômero (líquido), formando uma massa fluída e
sem coesividade (arenosa).
b) – Estágio 2: o monômero ataca o polímero. Esse
estágio é caracterizado pela pegajosidade ou
adesividade da mistura, quando tocada ou levantada
com uma espátula (fibrilar).
C) – Estágio 3: a massa torna-se macia e com
consistência de massa de vidraceiro. Ela não é mais
pegajosa e não adere às paredes do pote de mistura.
Este estágio é freqüentemente chamado de plástico ou
gel e é ideal para o uso em odontologia (plástica).
D) – Estágio 4: a massa torna-se mais coesiva e com
características borrachóides. Ela não é mais
completamente plástica. Neste estágio, o acrílico é
inadequado para ser usado em odontologia
(borrachóide).
Armazenagem:
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
146
O acrílico deve ser guardado longe da luz e
outros raios, e em local onde a temperatura não seja
elevada.
Atenção: o recipiente do monômero, deve ser bem
fechado, pois é muito volátil
USINAGEM E POLIMENTO
01 – Pintar o troquel com tinta guache para adaptação;
02 – Com broca 699 ou 700 PM em baixa rotação,
eliminar os resíduos de gesso e adaptar a coroa;
03 – Pedra montada fina para retirar excesso de resina e
retocar a escultura;
04 – Escova de pêlo com pedra pomes úmida no motor
de bancada ou torno de bancada em média rotação;
05 – Escova de pano com branco de Espanha ou Kaol
no torno de bancada em alta rotação;
06 – Lavar em água corrente para eliminar material de
polimento;
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
147
PONTE FIXA
DIAGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO EM
PRÓTESE FIXA
Inicialmente antecedendo a quaisquer colocações,
saliento que todo trabalho protético fixado na boca de um
paciente, depende sobremaneira da capacidade do
dentista em planejar e executar os preparos.
O campo de tratamento protético abrange desde
restaurações unitárias até a reabilitação de toda a
oclusão do paciente.
Um dente restaurado isoladamente, recebe de volta
a sua função e estética, assim como os dentes ausentes
podem receber substitutos artificiais fixos que
melhorarão o conforto e a capacidade mastigatória do
paciente. Também é possível mediante restaurações
fixas, realizar correções básicas necessárias a um
tratamento de ATM.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
148
Um diagnóstico preciso e acurado da situação do
paciente, deve ser feito pelo dentista, envolvendo as
seguintes situações clínicas:
- anamnese;
- exame intra-oral;
- modelo de estudo;
- exames radiográficos.
Uma vez diagnosticado, inicia-se o plano de
tratamento que de acordo com cada situação, pode
restaurar, reabilitar ou até mesmo substituir dentes
ausentes, como é o caso das PPFs (Prótese parcial
Fixa), mais comumente conhecidas como pontes fixas.
Os dentes naturais ausentes devem ser
substituídos, assim sendo, se o espaço edêntulo localiza-
se em região anterior, o diagnóstico prevê a devolução
da estética. De igual importância é a reposição de dentes
em espaços edêntulos na região posterior, pois o
diagnóstico prevê a restauração da capacidade
mastigatória e outras necessárias à saúde oral do
paciente.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
149
ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO
PLANO DE TRATAMENTO INTEGRADO DE
PREPARO DE BOCA
O plano de tratamento integrado representa os
procedimentos em boca, com objetivo de obter uma
prótese mais duradoura para o paciente.
Também conhecidos como preparo de boca, estes
procedimentos são divididos didaticamente em duas
fases as quais estão relacionadas diretamente com a
experiência e a capacidade profissional frente ao caso
clínico e ao comportamento emocional do paciente
durante o tratamento.
Na primeira fase são realizados os procedimentos
curativos (fase curativa), os quais englobam todos os
procedimentos terapêuticos que objetivam a condição de
saúde às estruturas remanescentes, sem se preocupar
com a reabilitação dos dentes.
Estes procedimentos fazem parte da Segunda parte
e estão relacionados diretamente com a construção da
prótese (fase protética).
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
150
Podemos dizer que a fase curativa é uma etapa
preparatória para a fase protética, pois o tratamento
terapêutico da primeira está freqüentemente subordinado
à fase protética.
O planejamento prévio é elaborado após uma
minuciosa análise, exame clínico, exame radiográfico,
exames complementares (se necessário) e modelos de
estudo (que são enceramentos diagnósticos). A partir de
uma análise criteriosa das estruturas remanescentes é
que desenvolvemos o plano de tratamento. Em função
deste planejamento, a fase curativa será executada. As
experiências clínicas do profissional auxiliam muitas
vezes a prever o comportamento das reações biológicas
frente aos tratamentos realizados e ao comportamento
emocional do paciente.
Os procedimentos que estão relacionados com a
fase curativa são: emergências (dor e face estética),
extrações, cirurgias,
endodontia, ortodontia e as
fases clínicas e cirúrgicas da
periodontia.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
151
Os procedimentos que estão diretamente
relacionados com a fase protética são: análise funcional
da oclusão em boca e articulador, paralelismo entre
preparos, conjugação com outras próteses.
FASE CURATIVA
1 – Emergências: São na maior parte das vezes, os
motivos pelos quais o paciente procura o profissional.
Pode ser por dor ou estética;
2 – Periodontica: O nosso objetivo é que os dentes
remanescentes do paciente tenham a maior longevidade
possível. É importante que o profissional saiba quais são
as características gengivais normais quanto à dor,
consistência, textura e a tendência ao sangramento, para
que possa tratar as genginopatias que estão presentes
em quase todos os pacientes;
3 – Cirurgia: As principais situações clinicas em que é
necessário realizar cirurgias são: extrações e
alveoloplastias;
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
152
4 – Condicionamento da fibromucosa: Mais para a
P.P.R.;
5 – Endodontia: É aconselhável que se aguarde 60 dias
após os tratamentos endodônticos para assegurar uma
reação tecidual favorável;
6 – Dentística: As cáries devem ser tratadas objetivando
a futura prótese;
7 – Ortodontia: É uma especialidade que cada vez mais
integra-se com as outras. Tem trazido enormes
benefícios à cirurgia, ao tratamento das disfunções do
sistema neuro-muscular-articulação, à Dentística e
especialmente às próteses;
8 – Periodontia: (fase cirúrgica) o tratamento cirúrgico
com fins protéticos visa; aumento de coroas clínicas e a
recuperação de espaço biológico.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
153
O aumento de coroa clínicas é um recurso terapêutico
utilizado no preparo periodontal de prótese fixa.
FASE PROTÉTICA
A Segunda fase do preparo de boca compreende
os procedimentos relacionados com a construção da
prótese.
1 – Análise dos modelos de estudo:
Para estudar o caso clínico sobre o modelo
precisamos que estes estejam precisos.
O posicionamento dos dentes no arco, a forma e o
volume dos dentes, facetas de desgaste, qualidade e
número das restaurações existentes, a relação coroa-raiz
devem ser analisadas criteriosamente na boca e no
modelo.
A análise funcional da oclusão em articulador
examina as relações cêntricas (RC) e máxima
intercuspidação e excêntricas (lado de trabalho,
balanceio e protrusivas).
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
154
Quando necessário, através dos ajustes oclusais
podemos procurar a estabilidade mandibular.
Desgastes oclusais grosseiros muitas vezes são
realizados na fase curativa, por exemplo: dentes
afetados por trauma.
Dentes que permanecem muito tempo sem o seu
antagonista, extruem, invadindo o espaço anteriormente
ocupado pelo antagônico. Para que um dente nestas
condições possa permanecer no arco, devemos
regularizar os eu plano oclusal, isto implicará na
realização de uma pulpectomia intencional e
posteriormente, cirurgia periodontal, realização de núcleo
metálico e coroa.
Comprometimento
menores do plano
oclusal demandam
soluções mais simples,
desde ajustes diretos
em esmalte à pequenas incrustações metálicas fundidas.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
155
Feito todas estas análises podemos fazer todo o
enceramento que será o passo mais próximo da Prótese
Final.
RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS
É muito importante que o dente preparado seja
protegido e que o paciente se sinta confortável enquanto
a restauração está sendo confeccionada.
Uma boa restauração provisória deve preencher os
seguintes requisitos:
1 – Proteção pulpar: Deve ser feita com um material
que impeça a condução da temperatura. As margens
devem estar bem adaptadas para que não ocorra
infiltração de saliva;
2 – Estabilidade de posição: O dente não deve extruir
nem migrar em direção alguma;
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
156
3 – Função oclusal: Fazendo com que a restauração
temporária tenha função oclusal, propicia-se conforto ao
paciente; prevenindo migrações;
4 – Facilidade de limpeza: A restauração deve ser feita
de material e de uma forma tal que facilite a limpeza
durante o tempo em será usada.
5 – Margens Traumáticas: É da maior importância que
as margens das restaurações provisórias não
traumatizem os tecidos gengivais. A inflamação
resultante dará lugar a hipertrofias, recessões gengivais
ou, pelo menos, sangramento durante a cimentação.
Uma restauração com as margens drasticamente
mal adaptadas provavelmente dará lugar a proliferação
de tecidos;
6 – Resistência e retenção: A restauração deve resistir
às forças que atuam sobre ela sem fraturas ou
deslocamentos do dente. A restauração deve
permanecer intacta ao ser retirada, para poder ser usada
novamente se for necessária;
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
157
7 – Estética: Em alguns casos, a restauração provisória
deve oferecer um bom efeito estético, principalmente em
dentes anteriores e nos pré-molares superiores.
Existem muitas formas de proteger provisoriamente
um dente enquanto a restauração definitiva está sendo
confeccionada. Abrangem uma infinidade que vai desde
o cimento de óxido de zinco-eugenól, que se coloca no
caso de uma pequena incrustação intracoronária, até às
diferentes coroas totais.
As coroas totais provisórias tanto podem ser pré-
fabricadas como feitas individualmente.
As condições para uma boa coroa provisória podem
ser fácil e plenamente atingidas pela utilização de uma
restauração individual de acrílico. Por sua facilidade,
exatidão e proteção pulpar, prefere-se a técnica indireta
à direta. O contato do acrílico em polimerização com a
dentina recém desgastada poderia ocasionar irritação
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
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158
térmica pelo calor ou irritação química pela ação do
monômero residual.
PROVISÓRIO AUTO – POLIMERIZÁVEL
1 – Reconhecer a arcada, o lado e os dentes
preparados;
2 – Delimitar a área de trabalho;
3 – Isolar o modelo com isolante para troquel;
4 – Confeccionar o enceramento do padrão de cera com
cera branca;
5 – Vedar o enceramento para que ele fique fixo no
modelo;
6 – Hidratar o modelo com o enceramento fixo por
aproximadamente 5 minutos;
7 – Duplicar o modelo com o enceramento em alginato
na proporção de 3 x 3;
8 – Remover o modelo do alginato;
9 – Guardar o enceramento para repetir a duplicação se
necessário;
10 – Isolar o modelo com isolante de película;
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159
11 – Entulhar resina acrílica na fase fibrilar para a
plástica no alginato;
12 – Posicionar o modelo no alginato na posição correta
e apertar bem;
13 – Após a polimerização remover o provisório do
alginato e executar o acabamento final.
Vide usinagem e polimento de coroa de jaqueta.
PROVISÓRIO COM DENTE DE ESTOQUE
1 – Reconhecer a arcada, o lado e os dentes
preparados;
2 – Comprar o dente de acordo com o espaço protético;
3 – Fazer a adaptação dos dentes:
Com a broca periforme de aço abrir uma loja na
face palatina, de modo a permitir o encaixe do dente
preparado e, a restabelecer o “plano vestibular” com a
finalidade de dar retenção mecânica à loja, devem estar
estendidos em sentido das proximais;
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160
Face cervical: Recorta-se o bordo cervical do dente
(resina) até adaptar-se vestibularmente ao preparo do
dente;
4 – Isolar o modelo com isolante de película;
5 – Posicionar os dentes preparados observando bem o
alinhamento e a altura e fixar por vestibular com cera
branca bem fundida;
6 – Com líquido auto-polimerizável e resina acrílica da
cor do dente, restituir a face palatina utilizando a técnica
do pincel;
7 – Com a broca periforme de aço preparar o ângulo de
higienização do pôntico; (ele deve ser convexo e não
côncavo), observar a altura e o alinhamento do pôntico
em relação ao homólogo e adjacentes;
8 – Posicionar o pôntico no modelo e fixar com cera
branca bem fundida;
9 – Utilizando a técnica do pincel, fazer a união do
pôntico aos retentores pela crista marginal palatina;
10 – Após a polimerização, remover o provisório do
modelo e executar o acabamento final.
PRÓTESE FIXA
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161
CONCEITOS BÁSICOS UTILIZADOS
Prótese Fixa: Concerne a todo trabalho que serve para
restituir partes de um dente natural, ou até mesmo
substituir dentes naturais ausentes. É um trabalho
dentossuportado, sendo para tanto fixos aos
remanescentes, sendo de difícil retirada tanto pelo
paciente, quanto pelo cirurgião-dentista.
Ponte Fixa: É um trabalho protético que visa substituir
dentes naturais ausentes, sendo compostas por barras
que ficam situadas no espaço protético, encontrando-se
suspensas e fixadas aos dentes naturais preparados,
dividindo com eles a absorção dos esforços
mastigatórios.
Pônticos: São elementos constituintes de uma ponte
fixa, cujo objetivo é a substituição anatômica, estética e
funcional do dente natural perdido, devendo sofrer
modificações em relação ao rebordo alveolar a fim de
proporcionar a higienização da área edêntula.
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162
Conectores: São as partes que unem os elementos da
ponte fixa, podendo ser rígidos, semi-rígidos, internos e
externos.
Retentores: São os elementos da ponte fixa
responsáveis pela retenção e fixação da ponte fixa nos
elementos de suporte (dentes naturais preparados),
podendo ser principal ou secundário.
Pilares: São os dentes naturais preparados com o
objetivo de suportar e reter a ponte fixa.
Elemento de suporte principal: São os dentes naturais
preparados que suportam a ponte fixa, estando ao lado
do pôntico, dividindo a absorção dos esforços
mastigatórios que incidem sobre a PPF.
Elemento de suporte secundário: São os dentes
naturais preparados com preparos extra-coronários,
intra-coronários ou até mesmo intra-radicular, exercendo
funções semelhantes à dos elementos de suporte
principal, auxiliando na execução de suas funções.
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163
ELEMENTOS DE UMA PONTE FIXA:
Em A, tem-se os retentores principais;
Em B, tem-se os pônticos;
Em C, tem-se os conectores externos;
Em D, tem-se os conectores internos;
Em E, tem-se o espaço protético e
Em F, tem-se o retentor secundário.
CLASSIFICAÇÃO DAS PONTES FIXAS
Ponte fixa é a classificação dada às pontes que são
fundidas em monoblocos ou unidas por meio de soldas.
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164
Ponte fixa unida por meio de soldas.
Em A, vista oclusal da confecção por solda e em B, vista
vestibular.
Ponte Semi-fixa: É a denominação dada às pontes que
são fundidas separadamente e unidas por meio de
encaixes ou attachments.
Figura 5 Figura 6
Na figura 5, tem-se um conjunto de attachment intra-
coronário, conjunto formado por um pino macho e outro
fêmea.
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165
Na figura 6, tem-se os dispositivos macho e fêmea
adaptados a uma ponte fixa, proporcionando uma melhor
dimensão vertical.
O desenho mostra o sistema de encaixe vista por
oclusal.
Ponte suspensa: É a denominação dada às pontes
fundidas separadamente e unidas por meio de um dos
pontos de contatos proximais. Neste caso, o pôntico
entra em oclusão com o antagonista somente em
oclusão central, e nos movimentos laterais ele entra em
desoclusão, liberando-o então, do componente
horizontal. Este mesmo procedimento é utilizado para
restaurar dentes que apresentam suporte ósseo
deficiente.
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166
Uma ponte suspensa, unida através do contato proximal.
Ponte adesiva ou prótese de Maryland: Consiste no
mais recente e imaginativo trabalho em prótese parcial
fixa (PFF), onde a retenção do metal se dá através da
união com resinas compostas.
A ligação é composta de três áreas:
- superfície de esmalte atacada;
- resina composta para união;
- superfície de metal atacada.
As próteses adesivas (PA) na atualidade são muito
populares pois se apresentam como uma alternativa às
PPF e PPR convencionais, porque são mais
econômicas, funcionais e não irritam os tecidos moles e
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
167
duros, por exemplo, na substituição dos incisivos
inferiores. O ataque ácido e a prótese adesiva agradam
esteticamente, mas isso pode ser atribuído unicamente a
um maior talento dos protéticos.
Uma prótese adesiva posterior, colocada sobre suportes
não preparados ilustrando uma armação metálica
apropriadamente desenhada e bem planejada.
Vista da incisal da prova de inserção da prótese adesiva
sem cobertura incisal.
Uma prótese adesiva anterior substituindo um
incisivo lateral com “asas” proximais e inserção
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168
rotacional, preparada na face distal do incisivo central e
máxima cobertura pela superfície lingual.
A prótese adesiva é encerada dentro dos limites de
escultura de uma ponte fixa comum, respeitando o
pôntico e suas características, principalmente área de
higienização.
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA A CONFECÇÃO DE
PONTES FIXAS
Todo trabalho protético ao ser executado requer
cuidados e um acurado conhecimento de oclusão. A
oclusão é uma ciência protética que jamais pode ser
esquecida e um conhecimento básico de conceitos
básicos devem ser sempre lembrados e colocados em
prática. Assim, não é diferente durante a confecção de
uma ponte fixa, nela a atenção deve ser redobrada,
senão incorrem em danos oclusais e funcionais para o
paciente.
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169
Equilíbrio articular: É uma condição primária na
confecção de quaisquer trabalhos protéticos. Um dente
sofre normalmente, a atuação de várias forças que
atuam em várias direções tal qual:
Força ocluso-gengival: É uma força que atua na
direção vertical assumindo os sentidos da mastigação,
sendo que nos dentes inferiores ela tua para baixo,
enquanto que nos dentes superiores, ela atua para cima.
Força gengivo-oclusal: É uma força que atua na
direção vertical, porém com sentido inverso ao da
mastigação, pois quando os esforços mastigatórios
fazem com que as forças incidam sobre os dentes, estas
forças são devolvidas em igual intensidade, igual
direção, porém em sentidos opostos.
Força mésio-distal: É uma força que atua na direção
horizontal em sentidos oriundos dos pontos de contatos
proximais.
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170
Força disto-mesial: É uma força que atua também na
direção horizontal, advinda dos pontos de contatos
proximais. Se uma força atua no sentido mésio-distal,
outra força reage em igual intensidade na mesma
direção horizontal, porém em sentido oposto, isto é, no
sentido disto-mesial.
Força vestíbulo-lingual: É uma força que atua na
direção horizontal indo de fora para dentro, ou seja, atua
no sentido vestíbulo-lingual.
Força linguo-vestibular: É uma força que atua na
direção horizontal advindo do interior da boca para fora.
É uma força mais comumente aplicada em dentes
anteriores.
Toda vez que um dente perde o ponto de contato,
outro dente correspondente do arco oposto está sujeito a
atuação de todas estas forças, que incidindo sobre as
suas faces, formam componentes de forças cuja
resultante possui intensidade suficiente para deslocá-lo
de sua posição natural, Tal acontecimento faz com que
venha a ocorrer a perda do equilíbrio articular, que é uma
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171
condição primária para uma oclusão perfeita, de acordo
com a individualidade de cada indivíduo.
A proteção é outro fator gerador de conforto e
eficiência para a ponte fixa. Ela deve proteger os dentes
que servirão de suporte ou dentes pilares, assim como
também deve proteger a gengiva. Para isso, o número
de pônticos devem ser proporcionais ao número de
retentores.
A higienização é um fator que deixa a ponte em
desvantagem sobre quaisquer trabalhos protéticos,
assim sendo, os pônticos devem ser confeccionados de
forma que haja um leve toque na gengiva, de modo que
se forma nesta região um espaço livre denominado área
de higienização.
A resistência é outro fator importantíssimo para a
confecção de uma ponte fixa. Pois, as cargas
mastigatórias que incidem na superfície oclusal da ponte,
devem ser aliviadas, o suficiente para que ela
permaneça imóvel, na região em que foi cimentada. A
ponte fixa deve ser resistente o bastante para suportar e
dissipar estas forças advindas do ato da mastigação.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
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172
A estética também é um requisito primário, pois o
paciente visa mais este detalhe do que o propriamente
dito, a funcionabilidade da ponte em si. Assim sendo,
uma ponte fixa deve ter a forma, tamanho e cor
adequadas aos dentes naturais do paciente. As faces
estéticas da ponte podem ser confeccionadas em resinas
acrílicas ou em cerâmicas.
Se todos estes princípios básicos forem
observados, uma ponte fixa vai cumprir os objetivos a
que se destina.
Pontes fixas são aparelhos em que a transmissão
das forças mastigatórias é realizada através dos dentes
suportes ou dentes pilares. Substituem anatômica e
funcionalmente os dentes naturais ausentes. Uma vez
cementada nos respectivos preparos, somente poderá
ser retirada pelo profissional e com destruição parcial da
ponte.
Confecção dos pônticos:
O pôntico é o elemento suspenso de uma prótese
parcial fixa, ele substitui o dente natural perdido,
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173
restabelece a função oral e ocupa espaço do dente
ausente.
Requisitos de um pôntico:
- Restaurar a função;
- Ter biocompatibilidade com os tecidos orais;
- Preservar a mucosa do rebordo residual;
- Promover a estética e conforto;
- Permitir a higiene oral efetiva.
Tipos de pônticos:
1 – Pôntico higiênico: São aqueles usados
principalmente na substituição de molares inferiores e
algumas vezes em pré-molares.
Geralmente é afastado da mucosa a uma distância
de 1 mm, embora alguns casos este espaço possa ser
maior. Este tipo de pôntico pode satisfazer as exigências
funcionais, principalmente a higienização, mas
esteticamente deixa a desejar.
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
174
2 – Pôntico em forma de cônico: É utilizado para a
substituição de dentes posteriores, onde há a
necessidade de priorizar a estética. Neste caso, o toque
com a mucosa do rebordo deve ser mínima.
3 – Pôntico meio cônico ou em forma de aba:
É utilizado em regiões estéticas
superiores e inferiores, ou seja, para IC,
IL e C. Difere dos pônticos cônicos pelo
aumento do toque com a mucosa do
rebordo e pela diminuição das ameias.
4 – Pôntico em forma de cela:
Seu contato com a mucosa do rebordo
se dá de tal maneira que copia a forma e o
contato do dente natural. Atende as
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175
necessidades estéticas, mas não satisfaz as
necessidades de higienização. Proteticamente, é um
pôntico contra-indicado em quaisquer situações.
Aspecto proximal de um
pôntico fundido em metal
odontológico, nas faces
oclusal e lingual, pronto para receber a faceta estética.
Deve-se então, serem observados os seguintes
princípios:
1 – Todas as superfícies do pôntico, assim como da
PPF, de um modelo geral devem ser convexas, lisas e
corretamente concluídas;
2 – A face oclusal deve estar sempre em harmonia com
a oclusão do dentes adjacentes;
3 – O comprimento total das faces vestibulares deverá
ser igual ao comprimento dos dentes pilares e pônticos
adjacentes, em especial quando a estética é requisito
primário;
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
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176
4 – Os contornos vestibulares e linguais se conformarão
com os dentes adjacentes naturais;
5 – As ameias, sobretudo por lingual, devem abrir-se ou
projetar-se de modo que permitam movimento de
estimulação natural dos tecidos moles durante a
mastigação e assim proporcionarem a eliminação de
partículas alimentares através dos espaços
interproximais;
6 – As uniões proximais devem ser arredondadas e não
agudas, a fim de facilitar a limpeza tanto natural como
mecânica;
7 – As ameias e o contato dos tecidos moles com o
pôntico permitirão a limpeza fácil com o fio dental, por
parte do paciente;
8 – O contato com o declive vestibular em zonas
estéticas deve ser uniforme e livre de pressão, com
mínima superposição com o rebordo;
9 – Para zonas, onde o equilíbrio estético não é tão
importante, o pôntico pode apresentar em formato
cônico, com um mínimo de toque sobre o rebordo;
10 – A escultura dos retentores deve ser cuidadosa e
minuciosa, de modo que haja uma harmonia entre eles e
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
177
o pôntico, a fim de que o conjunto PPF, venha a cumprir
sua função.
PASSOS LABORATORIAIS PARA A CONFECÇÃO
DA PONTE FIXA
De posse do modelo, devemos fazer a sua
montagem em articulador, seguindo os passos
convencionais de uma montagem.
1 – Delimitar atenciosamente a linha de término de cada
preparo, a de se ter com precisão a integridade da área
de trabalho, que não deve ser lesada, em hipótese
alguma;
2 – Ter sempre em mente os traços anatômicos do dente
a ser restaurado ou até mesmo substituído, como no
caso dos pônticos, e também lembrar sempre os
componentes de um dente que são:
- Cúspide – elevação maior;
- Fossa – depressão maior;
- Crista – elevação menor;
- Sulcos depressão menor.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
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178
3 – Confeccionar a coroa ou restaurado seguindo
sempre os passos de enceramento progressivo,
verificando os contatos oclusais para cada adição de
cera. Fazer o refinamento da escultura, cuidando sempre
dos detalhes anatômicos e morfológicos. Quanto mais
refinada a escultura, mais fácil serão os passos da
usinagem;
4 – Confeccionados cada retentor, observada a sua
oclusão com o modelo antagonista, passa-se para a
confecção do padrão de cera referente ao pôntico. Não
podemos esquecer de todos os cuidados a serem
observados na confecção de um pôntico, tais como
contornos, áreas de higienização, delineamento, altura e
outros que não podem fugir da memória;
5 – Com um pedaço de sprue, do comprimento da área
equivalente ao pôntico, unir os retentores pelas faces
proximais, mais ou menos na altura do terço médio.
Observar se ele não toca no rebordo, e levantar um cone
direcional para se Ter a altura da cúspide ou cúspides
dependendo do dente. Acrescentar cera para formar as
vertentes transversais, cuidando do alinhamento da
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
179
escultura com traços anatômicos e morfológicos do
dente a ser substituído. Não podemos esquecer do
arredondamento de faces, principalmente na área de
higienização que deve respeitar um ângulo para que a
limpeza natural e mecânica seja efetiva;
Em A, escultura de uma ponte inferior, detalhando
contornos do pôntico orientado pelo rebordo.
Em B, vista proximal do padrão de cera do pôntico onde
o “H” é a área de higienização que permite a limpeza
natural e mecânica, por parte do paciente.
6 – Após confeccionado o padrão de cera da PPF,
devemos Seccionar os troquéis, cuidando para que não
seja lesado a área de término do preparo. Fazer a
retirada do gesso em volta desta área, reforçar a linha de
término e proceder o vedamento periférico e acertos da
escultura pelas faces proximais;
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
180
7 – Após a injeção do metal fluído por centrifugação para
o interior do anel, aguardar o resfriamento do anel por
alguns minutos a fim de que possa tratá-lo com um
choque térmico que tanto é benéfico para o metal
fundido, como auxilia a remoção da ponte fixa do interior
do revestimento. Com o auxílio de uma escova, lavar os
resíduos de revestimento.
8 – Finalmente, a fundição deve ser passada por um jato
de areia para completar a limpeza e separada do pino de
alimentação, com auxílio de disco de carborundum
adaptado ao mandril;
9 – As paredes internas do trabalho (PPF) deve ser
inspecionada a fim de visualizar pequenos nódulos ou
bolhas que impedem a adaptação correto no troquel. Em
hipótese alguma, o trabalho fundido deve ser
pressionado sobre o troquel, pois pode fraturar o gesso e
ocasionar a má adaptação na boca do paciente;
10 – Uma maneira comum e simples de fazer a
adaptação é pintar o troquel na área de trabalho com
uma tinta guache, deixar secar e posicionar o trabalho
fundido suavemente, de modo que as marcas registradas
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
181
no interior da peça, as quais deverão ser desgastadas,
melhorando assim a adaptação íntima do troquel;
11 – A usinagem deve se processar tendo sempre o
trabalho adaptado ao troquel para evitar a deformação
das bordas de vedamento;
12 – Faz-se somente a adaptação da ponte fixa no
modelo de trabalho, usando brocas diamantadas e
pedras abrasivas de mini-abrasão. A face oclusal é
trabalhada com brocas de aço fina, a fim de se Ter
melhor acesso aos sulcos e fossas;
13 – Não devemos usar pastas de polimento antes da
soldagem, pois ela dificulta a ação do fundente;
14 – A ponte fixa pré-usinada é testada na boca do
paciente a fim de se fazer a união correta do pôntico ao
retentor. Esta união pode ser feita com o auxílio de cera
pegajosa ou resina (Duraley ou Resinley), sendo um
procedimento de juízo pessoal. Esta união visa uma
adaptação mais correta, efetivando um passo que
implicará na efetivação da funcionabilidade da ponte fixa.
15 – A ponte fixa deverá ser incluída para solda, de
modo que o revestimento proteja todos os bordos finos, e
as outras partes onde a solda não deve penetrar,
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
182
deixando livre a área de conexão bem exposta. As
exigências para uma soldagem rápida e bem sucedida
incluem estabilidade e contato das peças a serem
unidas, acesso e limpeza;
16 – Também é de primordial importância a capacidade
de controle sob o maçarico a fim de se ter um controle
sobre a temperatura a ser utilizada na soldagem;
17 – Quando a soldagem estiver pronta, o conjunto
deverá esfriar de modo que o metal se torne um pouco
escuro e possa receber um choque térmico que é
benéfico tanto para a solda quanto para o metal;
18 – O revestimento é retirado e a ponte fixa usinada
para receber a face estética.
SOLDAS EM PONTE FIXA
O que é soldagem: Soldagem é a união de metais pelo
emprego de um metal de carga, que apresenta
temperatura de fusão substancialmente menor que a das
partes a serem unidas.
O que são fundentes?
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
183
Os fundentes são usados na soldagem para
dissolver impurezas e proteger a superfície contra a
oxidação, enquanto estiver sendo aquecida.
O fundente pode ser empregado em forma de pó ou
em forma de pasta. Se usado em forma de pasta, o
álcool deve ser usado como componente líquido, mais
propriamente que a água.
O que são anti-fundentes?
São quaisquer materiais colocados sobre a peça,
antes do fundente de soldagem ser aplicado, para
confinar o escoamento da solda derretida.
Se a temperatura de soldagem não for
excessivamente alta, a área pode ser marcada com
grafite, que é muito fácil de se usar, principalmente em
superfícies não muito polidas.
A solda derretida não escoará através da linha de
grafite, a menos que uma temperatura seja atingida na
qual o carbono combina-se com o oxigênio, e, assim é
removido da superfície.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
184
Outras substâncias anti-fundentes são encontradas
no mercado odontológico que visam cumprir a finalidade
a que se destinam, que é criar uma área de limitação
onde a solda será realizada. Tal área de limitação, evita
o escoamento da solda, efetivando o seu confinamento.
REVESTIMENTO PARA SOLDAGEM
A composição do revestimento para soldagem é
semelhante à de um revestimento de quartzo para
fundições. Porém, um revestimento à base de quartzo é
preferível do que um revestimento à base de cristobalite,
por causa da menor expansão térmica do revestimento à
base de quartzo. Além disso um revestimento com baixa
expansão de presa é preferível do que um com
expansão de presa normal elevada.
A expansão de presa tende a alterar o espaço entre
as partes a serem soldadas e pode até mesmo causar
distorções de todas as naturezas. Em nenhuma
circunstância o revestimento deve entrar em contato com
a água, durante a sua presa, pois isso gera expansão
higroscópica. Uma terceira exigência do revestimento
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
185
para soldagem é que ele resista ao calor da chama
durante a soldagem, sem rachar-se.
SOLDAGEM DE PEÇAS INCLUÍDAS EM
REVESTIMENTO
Entre o pôntico e o retentor, ou seja, entre o espaço
onde se fará a solda, deve haver um intervalo adequado
para o escoamento da solda. Uma medida correta da
distância entre as partes a serem unidas é importante
para evitar as distorções de toda a natureza.
Esta distância, teoricamente, relaciona-se com três
fatores:
- Expansão térmica do revestimento durante o
aquecimento;
- Expansão térmica das partes a serem soldadas;
- Contração da solda durante a solidificação.
A expansão térmica do revestimento faz com que
as partes se separem, durante o aquecimento, mas a
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
186
expansão térmica das partes metálicas tendem a fechar
o espaço e neutralizar parcial ou totalmente o efeito da
expansão do revestimento. A contração da solda,
durante a solidificação, é, presumivelmente, da mesma
magnitude que a contração de fundição da liga metálica
para fundições.
Se as partes a serem soldadas estivem em contato
antes do aquecimento, a resistência à união será baixa e
a distorção muito elevada. As partes devem, estar
separadas pelo menos uns 1,5 mm com o objetivo de
impedir distorções e deixar livre o escoamento da solda
fluída.
As superfícies a serem soldadas devem ser
paralelas entre si, uma área de solda em forma de V ou
de cunha pode também causar distorções.
Uma vez que todos estes detalhes
importantíssimos foram observados, deve-se retirar com
cuidado a ponte do modelo de trabalho e passar para a
inclusão em revestimento para solda. O bloco de
revestimento para solda deve ter uma espessura de +/-
2,5 mm.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
187
Em A, quando as duas superfícies a serem soldadas
estão paralelas entre si, há menor chance de distorção,
sendo que em “B”, o espaço entre as peças não é
uniformente paralelo, apresentando-se em forma de “V”
ou cunha, o que dificulta o escoamento livre da solda,
originando distorções e porosidades.
Ponte incluída em um
bloco de revestimento
deixando visível a
porção
triangular de cera na porção lingual do entalhe.
Após o revestimento ter tomado presa, deve-se
fazer os entalhes linguais e vestibulares em forma de V,
bem direcionados para a área que receberá a solda. O
sprue de cera colocado nesta área, facilitará este
procedimento laboratorial.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
188
Confecção dos entalhes
linguais e vestibulares no
bloco de revestimento,
proporcionando às canaletas
de soldagem a diferenciação
necessária, de acordo com a funcionabilidade de cada
uma.
O entalhe lingual é mais largo
que o entalhe vestibular.
O entalhe lingual que dará origem à canaleta lingual
deve ser mais largo do que o entalhe vestibular, porque a
solda será aplicada por lingual. A canaleta vestibular é
bastante necessária para se ter acesso para o
aquecimento das peças fundidas. Se essas canaletas
não forem confeccionadas, provavelmente terá uma
solda deficiente e problemática.
Uma vez tomado este cuidado, deve-se passar
para a retirada do Duraley, mediante aquecimento. Todo
cuidado e atenção deve ser dado ao bloco de soldagem,
pois o mesmo deve estar isento de quaisquer tipos de
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
189
impurezas, principalmente na área em que ocorrerá a
soldagem. Se esta área estiver suja ou com resíduos de
cera, Duraley ou até mesmo revestimento, a solda será
comprometida.
A área a ser soldada deve ser isolada, ou seja, com
um lápis ou com anti-fluxo, ou anti-fundente, margear
toda a área que não será soldada. Como vimos, tal
produto tem a capacidade de evitar o escoamento da
solda para áreas indevidas.
Passa-se então, para o aquecimento do bloco de
soldagem e para assegurar um aquecimento uniforme e
homogêneo, todo o bloco deve ser pré-aquecido. Se não
se fizer assim, ao se aplicar a chama do maçarico sobre
o revestimento frio, o calor se distribui irregularmente e
pode acontecer distorções da área de solda.
Toda a área em volta do
ponto de solda deve ser
isollada com grafite ou
com anti-fundente.
Procedimento este, que visa evitar o escoamento para
áreas indevidas, tal como para a área oclusal.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
190
O bloco de revestimento pode ser pré-aquecido no
forno a uma temperatura de até 300o Celsius, o
aquecimento também pode ser feito sobre uma tela de
amianto e aquecimento com o bico de Fischer, durante
uns 15 minutos. O pré-aquecimento do bloco de
soldagem também pode ser feito diretamente com o bico
de maçarico, cuidando para que o aquecimento seja
uniforme.
Bloco de revestimento de soldagem sendo aquecido
cuidadosamente, até a vermelhidão das partes a serem
soldadas, e quando isto acontecer, a chama deverá ser
direcionada para a vestibular (visto em A).
Em B, quando aquecido convenientemente, a solda
deverá ser colocada pelo entalhe lingual.
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
191
Isto se consegue, circulando repetidas vezes a
chama do maçarico em volta do revestimento até a
vermelhidão das partes a serem soldadas.
De posse de 2 a 3 pedaços de soldas de mais ou
menos 3 mm cobertos com fluxo para solda e atentando
para o aquecimento adequado do bloco de revestimento,
que deve estar aquecido, pois a fusão da solda se dá
pelo aquecimento das peças e não pelo calor direto da
chama do maçarico.
Os pedaços de soldas embebidas com fluxo devem
ser colocados no espaço interproximal lingual (figura
anterior em B).
Atenção merecida deve ser dada à quantidade de
solda utilizada, pois uma quantidade excessiva pode
proporcionar condições para que a solda escoe para
áreas indevidas principalmente para a oclusal.
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192
Avaliação do tamanho da área soldada.
Em A, temos uma solda correta.
Em B, a área soldada ficou muito larga e, em C, a
área soldada ficou muito estreita.
Lembre-se que a solda não deve ser aquecida
diretamente com a chama do maçarico e se isso
acontecer, podem surgir as seguintes dificuldades:
- A solda formará uma bola e não escoará;
- A solda não escoará pela totalidade da área a ser
soldada.
Então para isso dirija a chama do maçarico sobre o
revestimento obliquamente, porque desta maneira o
aquecimento será mais uniforme e as possibilidades de
distorções menores. Atente-se por concentrar a região
redutora do maçarico, por vestibular, pois a solda
colocada por lingual tende a escoar para a vestibular,
onde se encontra a fonte de calor.
Quando a solda escoar para a vestibular, dirija a
chama para a canaleta vestibular e mantenha aí, até que
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193
a solda preencha toda a área a ser soldada. Mantenha a
chama do maçarico por alguns segundos até a solda
fique brilhante, desligando o maçarico imediatamente
após perceber este ocorrido.
Coloque o bloco de revestimento com a soldagem
pronta em um lugar para ter um pré-resfriamento, nunca
resfrie a soldagem imediatamente, pois tal procedimento
produz tensões que podem transformar-se em
distorções.
Por outro lado, se deixar esfriar lentamente até a
temperatura ambiente, corre-se o risco da produção de
recristalizaçào excessiva e aumento da granulação da
soldagem, o que enfraquecerá o ponto de solda. A
distorção é minimizada quando se deixa esfriar
naturalmente durante uns 5 minutos e resfriada
bruscamente.
Este choque térmico tanto é benéfico para a solda
quanto para o metal odontológico. Feito o resfriamento, a
peça soldada deverá ser limpa com uma escova e
avaliada o ponto de solda, que deverá estar isento de
porosidades e ter um tamanho adequado, caso contrário,
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194
deverá ser novamente incluída para novos
procedimentos de soldagens.
Obs.: As vezes é necessário voltar a separar os
componentes de uma ponte já soldada. O motivo mais
freqüente é uma falha de ajuste.
Para separar o ponto de solda, deve-se segurar
com uma pinça a ponte soldada e contrariando o
princípio geral das soldagens, aquecer diretamente a
solda com a chama redutora, até a solda ficar brilhante,
se o aquecimento foi suficiente com um simples golpe as
partes irão se separar.
Usinagem e Confecção da face estética:
A ponte fixa deve agora sofrer os outros passos da
usinagem a fim de receber os passos seguintes da
confecção da face estética.
A usinagem segue:
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195
- Jatear a ponte para retirar resíduos de
revestimentos;
- Brocas diamantadas para acertar o ponto de
solda;
- Piranhas abrasivas (diferentes abrasões);
- Brocas de aço para revidenciar sulcos e fossas
(acabamento oclusal);
- Borrachas e polimento final no torno com pedra
pomes e pasta universal.
Faces estéticas: A ponte fixa usinada agora recebe um
opacificador que auxilia na mascaração do metal e a
coloração final da face estética.
Fazer a aplicação da resina na face estética
utilizando a técnica do pincel (coroa veneer).
NÚCLEO
Preparo para núcleo (método indireto)
Núcleos intra-radiculares (unirradicular):A
restauração de dentes tratados endodonticamente
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196
através de núcleos metálicos, tem a finalidade de,
simultaneamente, reforçar o remanescente dental (raiz) e
propiciar condições adequadas de retenção para a
restauração definitiva que será construída sobre ele.
O núcleo intra-radicular é constituído de um pino
para fixação intra-radicular e de uma porção que
reconstitui a parte coronária, como se o dente estivesse
preparado para receber uma coroa total.
A parte radicular é cimentada no interior do conduto
e posteriormente a coroa é cimentada sobre a porção
coronária do núcleo metálico.
O objetivo do núcleo intra-radicular é proporcionar
retenção e suporte para a coroa, principalmente contra
as forças dirigidas lateralmente durante a função
mastigatória.
Facilita também o paralelismo entre vários dentes
suportes para uma prótese fixa.
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197
Partes anatômicas e fisiológicas de um núcleo intra-
radicular.
Quatro fatores devem ser analisados para a
retenção adequada de um núcleo: comprimento,
inclinação, diâmetro e característica superficial.
Comprimento:
Como regra geral, o comprimento da porção intra-
radicular deve atingir a 2/3 do comprimento da raiz, e a
porção coronária deve ser igual ou menor que a porção
intra-radicular.
A não observância dos 2/3 intra-radiculares poderá
ser a causa do insucesso do trabalho, uma vez que a
capacidade de retenção do núcleo estará evidentemente
diminuída, e também poderá ocorrer a fratura da raiz,
uma vez que as forças que incidirão durante a
mastigação estarão mal localizadas e,
conseqüentemente mal distribuídas.
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
198
Preparos de raiz dental, respeitando os 2/3 do
comprimento da raiz.
Inclinação: A inclinação das paredes do núcleo devem
ser o mais paralelas possíveis, isto para respeitar o
paralelismo entre os dentes, uma vez que o objetivo do
núcleo é devolver ao dente parte de sua função perdida
em decorrência do tratamento endodôntico feito. Este
paralelismo mantém as forças igualmente distribuídas no
longo eixo do dente.
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199
Preparo de canal radicular mostrando o paralelismo de suas paredes.
Diâmetro: O diâmetro da porção intra-radicular do
núcleo metálico é importante na retenção da restauração
e na sua habilidade para resistir aos esforços
transmitidos durante a função mastigatória.
Quanto maior o diâmetro do pino, maior será a
retenção e resistência.
Preparos de cavidades radiculares, onde o canal é alargado em seu diâmetro natural.
Características superficial: Os núcleos podem
apresentar a porção intra-radicular serrilhada e com
forma de parafuso, tipos geralmente encontrados nos
núcleos pré-fabricados, porém quando confeccionamos
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
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200
um núcleo pelo método indireto, este deve apresentar a
porção intra-radicular lisa.
Toda porção coronária do núcleo deve ter a
anatomia semelhante à coroa que nele vai ser
construída.
Considerações sobre pinos pré-fabricados: Os pinos
pré-fabricados são cilíndricos, sendo a sua maioria
desenhada a fim de corresponder com o tamanho da
lima endodôntica.
Pino pré-fabricado usado para
reconstruir o dente e reter uma
restauração.
Pino Rosqueavel Dentatus. Pino Brasseler/Vlock.
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201
Núcleo unirradicular:
A – porção coronária. B – Coroa. C – Porção intra-radicular. Núcleos multirradicular (birradicular): Para o núcleo
birradicular, observa-se os mesmos aspectos e
características do núcleo unirradicular. São para dentes
posteriores (pré-molar). E em caso de raízes
divergentes, os pinos intra-radiculares serão construídos
individualmente e depois unidos na porção coronária
através de sistema de encaixes (bi-partidos, seccionados
ou germinados.
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
202
A – Coroa. B – Porção coronária. C – Porção radicular.
Núcleos multirradicular (trirradicular): São
confeccionados em dentes posteriores (molares), segue-
se a mesma técnica descrita para o núcleo unirradicular
e birradicular.
CONFECÇÃO DO NÚCLEO SECCIONADO
1 – delimitar o término do preparo com lápis vermelho;
2 – isolar com vaselina pasta em todo o preparo;
3 – fazer dois sprues em resina para incrustações finos
para que adaptem nas raízes do preparo (um para o
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203
maior radicular na vestibular fêmea, e outro para a
radicular da lingual macho);
4 – aplicar resina para incrustações em cada uma das
radiculares da vestibular utilizando um pincel e líquido
auto-polimerizável;
5 – posicionar o sprue e restituir a porção coronária
observando as características do núcleo;
6 – após a polimerização, retirar e observar a exatidão
das radiculares;
7 – desgastar, usando a broca picotada no 703, o
excesso de resina deixando as faces do núcleo
paralelas;
8 – fazer uma canaleta não retentiva na região interna da
coronária, utilizando uma broca picotada mais fina (no
699);
9 – confeccionar pincelando com resina para
incrustações e líquido auto-polimerizável apenas a
porção radicular da lingual, posicionando o segundo
sprue (macho);
10 – após a polimerização, verificar se a radicular foi
confeccionada corretamente;
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
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11 – retirar o excesso de resina com a broca picotada no
703, permitindo que a radicular do macho seja removida
sem interferências com a fêmea;
12 – isolar com isolante para troquel a parte interna da
fêmea;
13 – encerar a porção coronária do macho, dando
conformidade anatômica ao núcleo, permitindo o perfeito
encaixe macho/fêmea;
14 – confirmar se o macho sai facilmente sem interferir
na fêmea;
15 – antes de incluir no anel de fundição, quebrar a
ponta do sprue da fêmea para melhor posicionamento
das partes do núcleo no anel.
Cuidados a serem tomados durante a confecção do
padrão de cera para núcleos intra-radiculares:
1 – para se obter o enceramento é necessário isolar bem
a área a ser trabalhada, com um isolante gesso-cera;
2 – uma vez isolada a cavidade intra-radicular gotejar a
cera, copiando assim a área preparada. Recomenda-se
MANUAL DE PRÓTESE FIXA
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205
a cera neutra devido a sua plasticidade e capacidade de
copiar com perfeição as áreas preparadas.
3 – com auxílio de um pedaço de cera utilidade, retirar a
porção intra-radicular confeccionada em cera neutra e
verificar a perfeição da mesma. Isolar novamente e
posicionar a porção retirada, em seu devido lugar e
posição adequada.
4 – confeccionar com cera média para incrustações, a
porção coronária atentando bem para a forma e tamanho
do dente a ser reposto.
5 – após a confecção do padrão de cera, ele deve ser
encaminhado para inclusão e fundição.
DESINCLUSÃO
Para fazermos a desinclusão, devemos deixar o
anel esfriar por pelo menos 10 minutos e após, imergi-lo
em água.
Imergir o anel em água corrente e com o auxílio de
um instrumento e a escova, remover todo o
revestimento. Secar e levar ao jato de areia para uma
limpeza final.
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ADAPTAÇÃO E USINAGEM
1 – pintar o preparo com tinta guache na consistência
média sem exagero;
2 – cortar o pino de alimentação (canalização, sprue)
com disco de carborundum, deixando a superfície
uniforme e anatômica;
3 – remover bolhas na porção radicular e levá-lo ao
modelo pintado observando a adaptação. Se necessário
repita a operação orientando-se nas marcas de tintas no
metal;
4 – fazer a usinagem externa com broca diamantada, até
que retorne a anatomia semelhante à feita no padrão de
cera.
5 – finalizando, leve novamente ao jato de areia.
Observação: Como todo núcleo metálico deve servir de
suporte para peça metálica, coroa ou retentor de ponte
fixa, não devemos executar nenhum tipo de polimento.