Manual de Operação - Lodos Ativados

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  • Acqua Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Rua 7 de Setembro 471 Pirassununga SP 13630-110 Tel/Fax 19-3561-2194 w w w . a c q u a e n g . c o m . b

    MANUAL DE OPERAO

    LODOS ATIVADOS

  • Acqua Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Rua 7 de Setembro 471 Pirassununga SP 13630-110 Tel/Fax 19-3561-2194 w w w . a c q u a e n g . c o m . b

    1. Geral O processo de lodos ativados consiste em se provocar o desenvolvimento de uma cultura microbiolgica na forma de flocos (lodos ativados) em um tanque de aerao, que alimentada pelo efluente a tratar. Neste tanque, a aerao tem por finalidade proporcionar oxignio aos microorganismos e evitar a deposio dos flocos bacterianos e os misturar homogeneamente ao efluente. Esta mistura denominada "licor". O oxignio necessrio ao crescimento biolgico introduzido no licor atravs de um sistema de aerao mecnica, por ar comprimido, ou ainda pela introduo de oxignio puro. O licor enviado continuamente a um decantador (decantador secundrio), destinado a separar o efluente tratado do lodo. O lodo recirculado ao tanque de aerao a fim de manter a concentrao de microorganismos dentro de uma certa proporo em relao carga orgnica afluente. O sobrenadante do decantador o efluente tratado, pronto para descarte ao corpo receptor. O excesso de lodo, decorrente do crescimento biolgico, extrado. do sistema sempre que a concentrao do licor ultrapassa os valores de projeto. Este lodo pode ser espessado e desidratado, tendo como aplicao o uso em agricultura. Neste sistema, seus tanques e acessrios tem as seguintes funes:

    - Tanque de Aerao: promover o desenvolvimento de uma colnia microbiolgica (biomassa), a qual consumir a matria orgnica do efluente; a quantidade de biomassa expressa como SSTA (slidos em suspenso no tanque de aerao). - Aeradores, Compressores ou Sistema de Oxignio Puro: fornecer oxignio ao licor, mantendo no mesmo uma concentrao adequada (1,5 - 2,0 mg/l) de Oxignio Dissolvido, necessrio ao metabolismo dos microorganismos aerbicos. - Decantador Secundrio: separar a biomassa que consumiu a matria orgnica do efluente, a qual sedimenta-se no fundo do decantador, permitindo que o sobrenadante seja descartado como efluente tratado, j com sua carga orgnica reduzida e isento de biomassa. - Bombas de Recirculao: retornar a biomassa ao tanque de aerao, para que a mesma continue sua ao depuradora; o crescimento da biomassa contnuo, ocorrendo a necessidade de um descarte peridico de quantidades definidas da mesma.

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    2. Controle Operacional a. Parmetros de Processo Os seguintes parmetros so fundamentais para a operao do processo de lodos ativados (conforme figura abaixo): - Qe, Qs, Qr e Qdle: Vazes de entrada, sada, retorno de lodo, e de descarte de lodo em excesso, em m3/d; - DBOe e DBOs: Valores de DBO de entrada e sada; - COe e COs: Cargas Orgnicas de entrada e sada, em kg DBO/d; - CA: Capacidade de Aerao, kg O2/d, propiciada pelo sistema de aerao, depende do tipo de equipamento; - TO: Taxa de Oxigenao: relao entre a quantidade de oxignio propiciada pelo sistema de aerao e a carga orgnica de entrada no tanque de aerao, expressa em kg O2/kg DBO: CA (kg O2/d TA = -------------------------- CO (kg DBO/d) - SSTA (slidos em suspenso no tanque de aerao): expresso em mg/l; - F/M: Relao Alimento/Microorganismo (Food/Microorganism Ratio), indicando a proporo entre a Carga Orgnica alimentada ao tanque de aerao (COe) e a massa de microorganismos presentes no mesmo, expressa em kg DBO/d. kg SSTA:

    Efluente a Tratar Aerao

    Tanque de Aerao

    Decantador Secundrio

    Bomba de Recirculao

    Retorno de Lodo

    RL

    SSRL

    Qr

    Descarte de Lodo em Excesso DLE

    F/M SSTA RS OD IVL IL V

    Licor

    Efluente Tratado

    B

    Q DBOe COe

    Q DBOs COs

    CA TO A Va

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    COe (kg DBO/d) F/M = ------------------------------ V (m3) x SSTA (g/l) - RS (resduo sedimentvel no tanque de aerao): o volume de lodo que se sedimenta em 1 hora, em cone Imhoff, do liquor do tanque de aerao, expresso em ml/l; - OD = Oxignio Dissolvido no Tanque de Aerao: mg/l; - SSRL (slidos em suspenso no retorno de lodo): expresso em mg/l; - IVL (ndice volumtrico de lodo): representa o volume em ml ocupado por um grama de slidos em suspenso (seco), sendo obtido pela diviso do valor de RS (ml/l) pelo de SSTA (g/l), e expresso em ml/g; indica qualitativamente os padres de sedimentabilidade do lodo; - IL (idade do lodo): representa o tempo mdio que uma partcula de lodo permanece no sistema, e pode ser estimada grosseiramente dividindo-se a quantidade de lodo (seco) contida no tanque de aerao pela quantidade diria de lodo (seco) retirada do sistema como lodo em excesso; pode ser calculada pela seguinte expresso:

    Vol. do Tq. de Aerao (m3) x SSTA (g/l) IL (dias) = ---------------------------------------------------------------- Vazo de Lodo em Excesso (m3/d) x SSRL (g/l)

    - A: Superfcie de Decantao, m2; - Va (velocidade ascencional no decantador): expresso em m3/h.m2, calculada como: Q (m3/d) Va = --------------------------- A (m2) x 24 h/d Os valores normais para estes ndices variam entre: TO: 1,0 a 2,2 kg O2/kg DBO F/M: 0,07 a 0,45 kg DBO/d. kg SSTA

    RS: 300 a 500 ml/l (Cone Imhoff) SSTA: 1,5 a 4,0 g/l SSRL: 4,0 a 8,0 g/l O2D: 1,5 a 2,5 mg/l IL: entre 10 e 30 dias IVL: entre 90 e 150 ml/g --> boa sedimentabilidade

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    abaixo de 90 ml/g ----> excelente sedimentabilidade acima de 150 ml/g ----> ms condies de sedimentao Va: 0,4 a 0,8 m3/h.m2

    A figura 2.47 abaixo relaciona os principais parmetros de operao do processo de lodos ativados. Nesta figura, o parmetro Taxa de Aplicao ao Resduo Seco eqivale ao fator F/M acima definido.

    b. Microscopia No processo de lodos ativados verifica-se uma microfauna composta por bactrias, fungos e leveduras, pois, a turbulncia no permite o crescimento de organismos maiores, tampouco desenvolvem-se algas devido ausncia de luz provocada pela turbidez do meio. A composio desta microfauna um indcio importante de funcionamento do processo. importante a avaliao do desenvolvimento de microrganismos filamentosos, sendo estes quase sempre presentes nos lodos ativados, porm, sua quantidade relativa aos flocos no pode aumentar de certo ponto sem que ocorram problemas de decantao, devido ao intumescimento filamentoso do lodo. O aspecto do lodo ao microscpio, em geral pode ser descrito da seguinte forma:

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    - as bactrias se agregam formando flocos biolgicos, que tambm congregam bactrias filamentosas e na superfcie destes flocos fixam-se os protozorios e ciliados pedunculados; - presena de ciliados livre-nadantes, que se movem livremente nos espaos entre os flocos;

    A realizao regular de anlises microscpicas de um lodo em aerao, pode indicar as tendncias do processo de lodos ativados, em termos de eficincia de remoo de matria orgnica, da sedimentao de lodo, da adequao da aerao empregada e da eventual presena de compostos txicos ou ocorrncias de sobrecargas orgnicas, sugerindo a realizao de medidas operacionais do sistema de tal forma que seu desempenho seja mantido. As amostras devem ser coletadas em um ponto prximo a sada e ao meio do tanque ou lagoa de aerao e devem ser analisadas o mais breve possvel. Para anlises qualitativas ou quantitativas, observa-se o aspecto dos flocos quanto forma, tamanho e estrutura (grau de agregao e presena de slidos dispersos) e tambm a presena de microrganismos filamentosos e sua distribuio entre os flocos. Recomendamos a aquisio da publicao Microbiologia de Lodos Ativados Srie Manuais, publicada pela CETESB e disponvel nas agncias regionais deste rgo. I M P O R T A N T E : O sistema de lodos ativados, em sua modalidade de aerao prolongada, bastante estvel e controlvel, para o tipo de despejo em questo; no entanto, o indstria dever evitar o lanamento excessivo e indiscriminado na rede de efluentes industriais , de substncias que pudessem comprometer a boa performance do sistema de tratamento, tais como: - desinfetantes - detergente - leos - solventes - cidos e bases fortes Efetuadas as consideraes acima, a operao do sistema secundrio dever obedecer os seguintes procedimentos bsicos: - Tanque de Aerao Manter o sistema de aerao operando ininterruptamente.

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    Verificar diariamente os valores RS e SSTA, e calcular o IVL (ndice Volumtrico de Lodo). Verificar diariamente o OD no tanque de aerao, o qual dever ser mantido em torno de 2,0 mg/l. - Dosagem de Nutrientes entrada do Tanque de Aerao: DBP:N:P = 100:5:1 (aceitvel 100:3,5:0,5) - Decantador Secundrio / Elevatria de Lodo Regular a vazo de extrao de lodo pelas vlvulas de descarga, para valores entre 30 e 150% da vazo mdia afluente do efluente bruto. A vazo de recirculao pode ser estimada utilizando-se o grfico abaixo, em funo dos Slidos Sedimentveis medidos no tanque de Aerao

    Exemplo: Q = Vazo de Efluente = 100 m3 /h SS = 270 ml/l % Recirculao = 38% (Obtidos do Grfico) % R x Q 100 x 32 QR = Vazo de Recirculao = ---------------- = -------------- = 32 m3/h 100 100 Atravs deste ajuste devero ser obtidos os padres de operao acima especificado.

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    0 100 200 300 400 500Slidos Sedimentveis (ml/l)

    % R

    etor

    no

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    3 Exemplos de Clculo 3.1 Clculo da Carga Orgnica

    Exemplo: Vazo de Efluente Primrio = Q = 2.200 m3/d

    DBO (Efluente Primrio) = 2500 mg/l

    Q x DBO 2200 x 2500 Carga Orgnica = --------------- = -------------------- = 5500 kg DBO/d

    1000 1000 3.2 Clculo do Fator F/M

    Dados: Carga Orgnica = 5500 Kg DBO/d Volume do Tanque de Aerao = 4374 m3 Slidos em Suspenso no Tanque de Aerao = 3500 mg/l C.O. x 1000 5500 x 1000

    F/M = ---------------------- = -------------------- = 0,35 kg DBO/d. Kg SSTA V x SSTA 4374 x 3500 3.3 Clculo da Idade do Lodo

    Conhecidos:

    V = 4374 m3 (Tanque de Aerao) SSTA = 3500 mg/l SSRL = 6000 mg/l (Retorno/ Descarte do Lodo) QDLE = 150 m3/d (vazo de descarte de Lodo) V x SSTA 4374 x 3500 IL = ------------------ = -------------------- = 17 dias QLDE x SSRL 150 x 6000

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    3.4 Clculo da Vazo de Descarte de Lodo em Excesso para Obteno de uma determinada I.L.

    Conhecidos: V = 4374 m3 SSTA = 3500 mg/l SSRL = 6000 mg/l IL = 8 dias (desejada)

    V x SSTA 4374 x 3500 QDLE = ---------------- = ----------------------- = 318 m3/d

    IL x SSRL 8 x 6000

    Mesmo Exemplo, porm com SSRL = 8000 mg/l

    4374 x 3500 QDLE = ---------------------- = 239 m3/d 8 x 8000 3.5 Clculo do IVL Conhecidos: SSTA = 3500 mg/l SS = 400 ml/l SS x 1000 400 x 1000 IVL = ----------------- = ------------------- = 114 ml/g SSTA 3500 3.6 Clculo da Velocidade Ascencional no decantador Secundrio Exemplo: Q = Vazo = 100 m3/h Dimetro do Decantador = 24,00 A = Superfcie de Decantao = 452 m2

    Q 100 Va = ---- = ------ = 0,22 m3/h.m2 ou 0,22 m/h A 452

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    3.7 Espessamento e Desidratao de Lodo Secundrio Descarte de Lodo em Excesso = 239 m3/d, com 8000 mg/l de SSRL 239 x 8000 Matria Seca no Descarte = ------------------- = 1912 Kg MS/d 1000 Concentrao de Extrao de Lodo Espessado = 25 g/l = 25 Kg/m3

    1912 Volume de Lodo Espessado = -------- = 76 m3/d 25

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    GUIA DE RESOLUO DE PROBLEMAS

    Lodos Ativados

    INTRODUO Apresentamos a seguir o Guia de Resoluo de Problemas para a operao de sistemas de tratamentos de

    efluentes por lodos ativados.

    Este guia uma extrao e adaptao da ACQUA ENGENHARIA a partir do livro "Activated Sludge -

    Manual of Practice OM-9" editado pela Water Environment Federation - USA e tem por objetivo

    fornecer uma referncia rpida entre os principais problemas encontrados nas estaes de tratamento por

    lodos ativados, suas causas e medidas de controle adequadas.

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    OPERAO DE SISTEMA DE LODOS ATIVADOS GUIA DE ADEQUAO A PROBLEMAS PRINCIPAIS

    Problemas de Aerao Indicaes/Observaes Causa Provvel Verificar/Monitorar Soluo

    Verificar valor de O.D., deve-se ser da ordem de 1,5 a 2 mg/L em todo tanque de aerao.

    Aumentar aerao para manter taxa de O.D. adequada

    Verificar adequada mistura no tanque de aerao. Aumentar a vazo de ar se possvel Sub - aerao.

    Verificar taxas de retorno de lodo e da camada de lodo no decantador.

    Ajustar taxa de retorno de lodo para manter espessura da camada de lodo em torno de 30 a 90 cm no decantador.

    1) Baixo O.D. e/ ou presena de odores spticos no licor misto

    Concentrao de SSTA elevada. Verificar SSTA. Ajustar SSTA para taxa adequada de F/M. Se F/M estiver adequada, aumentar a aerao no tanque. Resduos incrustados na lamina Verificar laminas dos aeradores. Remover a incrustao da lamina.

    Transferncia de oxignio insuficiente ou inadequada.

    Verificar performance do sistema de aerao. Sistemas de aerao mecnica devem prover oxignio entre 0,45 a 0,55 Kg de Oxignio / Kg de DBO removida.

    Acrescentar mais aeradores mecnicos. 2) Aerao excessiva necessria embora sem alterao aparente na carga orgnica ou na carga hidrulica. Dificuldade para manter taxa de O.D. adequada Alta taxa de carga orgnica (DBO, DQO, material suspenso) do efluente

    bruto

    Verificar se a carga orgnica das linhas de efluente contribuem significativamente para a carga do orgnica total do processo

    Se a carga orgnica for superior a 15% , otimizar operao ou melhorar processos na ETE

    3) Dificuldade na manuteno do nvel de O.D. na entrada do tanque de aerao.

    Distribuio inadequada da entrada de efluentes no tanque de aerao.

    Verificar se o O.D. tambm esta baixo na sada ou em outras partes do tanque

    Se possvel alterar locais de entrada do efluente ou a mistura do tanque de aerao.

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    OPERAO DE SISTEMA DE LODOS ATIVADOS

    GUIA DE ADEQUAO A PROBLEMAS PRINCIPAIS Problemas de Formao de Escumas

    Indicaes/Observaes Causa Provvel Verificar/Monitorar Soluo Verificar carga orgnica no tanque de aerao e SSVTA. Incluir qualquer carga orgnica proveniente de outras entradas tais como sobrenadante do digestor, slidos em suspenso, etc. Calcular F/M para determinar inventrio de SSTA para carga orgnica presente.

    Aps calculado F/M e SSVTA necessrios, pode-se verificar que F/M encontra-se alto e SSVTA encontra-se baixo. Entretanto, no descartar o lodo do processo por alguns dias ou manter uma mnima descarga, caso j iniciado o descarte.

    Verificar se o efluente clarificado saindo do decantador secundrio se esta arrastando slidos. Efluente com aparncia turva.

    Manter RL suficiente para minimizar o arraste de slidos durante perodos de pico de vazo. O arraste de slidos reduz a quantidade de SSTA e aumenta a relao F/M.

    Verificar valores de O.D. no tanque de aerao,

    Tentar manter taxa de O.D. entre 1,5 a 2,0 mg/l . Certificar de ocorrncia de mistura completa no tanque de aerao enquanto tenta-se manter valores de O.D.

    Lodo jovem no tanque de aerao sob sobrecarga (baixo SSTA). Nota: Esse problema ocorre normalmente durante o perodo de partida do reator, sendo temporrio. Sem maiores problemas caso ocorra nesse perodo.

    Considerar inoculao de semente de lodo ativado de outro reator.

    Inocular com lodo ativado de outra reator com boa operao.

    1) Espuma branca, densa, com aspecto saponceo, sobre a superfcie do tanque de aerao

    Elevado descarte de lodo em excesso causando perda de lodo no processo provocando sobrecarga de carga orgnica no tanque de aerao (baixo SSTA)

    Monitorar os parmetros da ETE e sua tendncia para: a. Reduo de SSVTA b. Reduo de idade do lodo c. Aumento de F/M d. Reduo da aerao para mesmo nveis de O.D. e. Aumento da taxa de descarte.

    Reduzir perdas/descartes diria para no mximo de 10%, at que processo atinja valores prximos aos parmetros de controle. Aumentar taxa de retorno minimizando arraste de slidos do decantador secundrio. Manter profundidade da camada de lodo entre 30 a 90 cm no fundo do decantador.

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    Problemas de Formao de Escumas - continuao

    Indicaes/Observaes Causa Provvel Verificar/Monitorar Soluo Verificar taxa de respirao. O distrbio devido a txicos ou bactericidas se a taxa de respirao extremamente baixa (menos de 5 mg/g.h). Coletar amostra de SSTA e testar para metais, bactrias e temperatura.

    Restabelecer nova cultura de lodo ativado. Se possvel descartar o lodo txico do processo sem recirculao ou retorno para o processo. Se possvel, obter inoculo de outra unidade.

    Condies desfavorveis com resduos txicos (metais ou bactericidas), deficincia de nutrientes, pH anormais, O.D. insuficientes, baixa temperatura ou grandes variaes da mesma provocando reduo de SSTA. Verificar e monitorar afluente para

    variaes significativas de temperatura.

    Policiar descartes nas redes de efluentes/esgotos

    Perda no intencional de biomassa, devido ao arraste de slidos do decantador secundrio reduzindo SSTA, causando sobrecarga no tanque de aerao .

    Verificar escoamento superficial no decantador secundrio.

    Consultar guia de resoluo de problemas arraste de slidos - item 1 e tabela Agrupamento e Flotao de Lodo - item 1.

    1) Espuma branca, densa, com aspecto saponceo, sobre a superfcie do tanque de aerao

    Distribuio inadequada do efluente ou do retorno de lodo e conseqente formao de espuma em um ou mais tanques de aerao.

    Verificar e monitorar distribuio do efluente e RL para cada tanque de aerao. Disparidades podem causar diferenas nas concentraes de SSTA entre os tanques.

    Modificar a distribuio de modo a equalizar o efluente e RL para cada tanque de aerao. Concentraes de SSTA, RL e O.D. devem ser uniformes para tanques mltiplos.

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    Problemas de Formao de Escumas - continuao

    Indicaes/Observaes Causa Provvel Verificar/Monitorar Soluo Verificar e monitorar tendncias para: a. aumento de SSVTA b. aumento de idade do lodo c. reduo de F/M d. aumento da aerao para mesmo valores de O.D. e. reduo dos valores de descarte. f. Aumento de temperatura.

    Aumentar taxa de descarga para at 10% por dia at o processo aproximar-se dos valores normais dos parmetros de operao e presena de pequena quantidade de espuma clara observada na superfcie do tanque de aerao.

    2) Espuma marrom escura e brilhante na superfcie do tanque de aerao

    Tanque de aerao aproximando-se de condies de baixa carga (Baixa F/M) devido a insuficiente descarte de lodo no processo.

    Verificar e monitorar o efluente e taxas de retorno de lodo para cada tanque. Desequilbrio pode sobrecarregar de SSTA nos tanques de aerao.

    Equalizar efluente e recirculao para cada tanque de aerao.

    Verificar e monitorar tendncias para: a. Aumento de SSVTA. b. Aumento de idade do lodo c. Reduo de F/M d. Aumento da aerao para mesmo valores de O.D. e. Reduo dos valores de descarte. f. Aumento de concentrao de nitrato no efluente secundrio (acima de 1,0 mg/l) g. Aumento na demanda de cloro no efluente secundrio h. Reduo no pH do efluente do tanque de aerao

    Aumentar taxa de descarga para at 10% por dia at processo aproximar-se dos valores normais dos parmetros de operao e presena de pequena quantidade de espuma clara observada na superfcie do tanque de aerao.

    3) Espuma grossa marrom escura na superfcie do tanque de aerao

    Tanque de aerao encontra-se criticamente sub-carregado. Baixssimo F/M devido a baixa descarga do lodo.

    Verificar e monitorar o efluente e taxas de retorno de lodo para cada tanque. Desequilbrio pode sobrecarregar de SSTA nos tanques de aerao.

    Equalizar o efluente e recirculao para cada tanque de aerao.

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    Problemas de Formao de Escumas - continuao

    Indicaes/Observaes Causa Provvel Verificar/Monitorar Soluo

    3) Espuma grossa marrom escura na superfcie do tanque de aerao

    Entrada de escuma nos tanques de aerao

    Verificar: a. leos e graxas no efluente. b. sistema de coleta de escuma primrio

    Policiar lanamentos nas redes de efluentes. Aprimorar sistema de coleta de escuma

    4) Espuma oleosa escura cor bronze escuro, consistente e carregada

    para decantador

    Organismos filamentosos (Nocardia)

    Verificar resultados de anlise microscpica do licor misto.

    Consultar guia de resoluo de problemas tabela Formao de Lodo - nmero 2

    Ocorrncia de condies anaerbias no tanque de aerao

    Consultar guia de resoluo de problemas tabela problemas de aerao

    Consultar guia de resoluo de problemas tabela problemas de aerao

    5) Espuma marrom escura, saponcea, quase preta na superfcie do tanque de aerao. Licor misto com colorao escura, prximo ao preto. Odor desagradvel exalado do tanque de aerao.

    Resduos industriais contento corantes ou tintas Verificar fontes do resduo industrial

    Policiar lanamentos nas redes de efluentes.

    6) Pequena quantidade de espuma leve e recente cor bronze

    No caracterizado como problema. Normalmente indica um bom processo de operao com produo de efluente de boas caractersticas.

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    OPERAO DE SISTEMA DE LODOS ATIVADOS

    GUIA DE ADEQUAO A PROBLEMAS PRINCIPAIS Problemas de Arraste de Slidos

    Indicaes/Observaes Causa Provvel Verificar/Monitorar Soluo Verificar a operao dos seguintes equipamentos: a. calibrao do medidor de vazo b. entupimento parcial ou completo das bombas e/ou tubulao de retorno e descarte de lodo. c. equipamento de coleta de lodo (acionamento, correias,etc.) d. danos nas chicanas e cortinas de entrada e sada do decantador. e. nivelamento dos vertedores

    Reparo ou troca de equipamento danificado a. recalibrar medidores de vazo b. desentupir bombas ou tubulaes c. reparar equipamento. d. reparar ou substituir partes danificadas e. nivelar vertedores

    Mal funcionamento do equipamento.

    Verificar taxa de remoo de lodo e espessura da camada de lodo no decantador.

    Ajustar taxas de retorno e coletor de lodo e velocidade do mecanismo coletor . Se possvel manter profundidade da camada de lodo de 30 cm a 1 m do fundo do decantador.

    1) Aglomerados localizados de slidos de lodo emergindo em determinados locais do decantador. Licor misto com fcil sedimentao quando submetido ao teste de sedimentao com sobrenadante limpo claro.

    Ar ou gs aprisionado nos flocos de lodo ou ocorrncia de denitrificao

    Executar testes de sedimentao do licor. Movimentar vagarosamente enquanto ocorre sedimentao do lodo verificando a liberao de bolhas. a. caso ocorra, verificar concentrao de nitrato no efluente secundrio para constatar processo de nitrificao b. se no ocorre liberao de bolhas, no est ocorrendo nitrificao.

    Dos resultados dos testes: a. se ocorre nitrificao, verificar tabela agrupamento e flotao de lodo- item 1. b. se no ocorre nitrificao , verificar causa acima e tabela flocos dispersos

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    Correntes de Temperatura

    Verificar a temperatura ao longo do decantador.

    Se diferena de temperatura exceder 2 a 4 C entre topo e fundo do decantador, tirar de operao 1 ou mais decantadores

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    Problemas de Arraste de Slidos - continuao

    Indicaes/Observaes Causa Provvel Verificar/Monitorar Soluo

    Temperatura do sistema Verifique as chicanas de entrada e sada para ter uma distribuio apropriada dos slidos no decantador

    Modificar ou instalar chicanas adicionais nos decantadores

    Verificar distribuio de vazo para cada tanque de aerao e decantador.

    Equalizar escoamento ajustando nveis de vertedores, vlvulas, etc.

    Verificar a velocidade ascensional na superfcie do decantador para vazes mdias e de pico.

    Se a velocidade ascensional exceder a capacidade de projeto, utilizar decantadores adicionais se possvel

    Verificar taxa de aplicao de slidos

    Ampliar o sistema de lodos ativados, com a construo de um novo decantador ou tanque de aerao, ou aumentar o descarte de lodo de maneira que a reduzir o SSTA para um F/M apropriado.

    Verificar camada de lodo no decantador

    Se a carga de slidos encontra-se correta mas a camada de lodo esta muito alta, aumentar taxa de retorno e, se possvel, mudar a alimentao para o processo de estabilizao por contato, de forma a transferiri o lodo do decantador para o tanque de aerao. Aumentar taxa de descarte se o idade do lodo est muito alto

    Verificar arredores do decantador para ventos excessivos

    Providenciar protetor para ventos caso decantador de grandes dimenses.

    Verificar modalidade do processo Se possvel, alterar processos para reaerao do lodo ou modo de estabilizao por contato

    Verificar resultados da JAR-test acrescentar polmero ou sulfato alumnio como medida temporria

    1) Aglomerados localizados de slidos de lodo emergindo em determinados locais do decantador. Licor misto com fcil sedimentao quando submetido ao teste de sedimentao com sobrenadante limpo claro.

    Sobrecarga hidrulica ou de slidos

    Verificar infiltrao ou vazo de alimentao excessivos.

    Determinar programa de reduo de Ivazo/infiltrao

    OPERAO DE SISTEMA DE LODOS ATIVADOS

    GUIA DE ADEQUAO A PROBLEMAS PRINCIPAIS

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    Problemas de Entumecimento de Lodo (Bulking) Indicaes/Observaes Causa Provvel Verificar/Monitorar Soluo

    Ajuste a taxa de descarte para no mais que 10% por dia at o processo voltar a seus parmetros operacionais normais.

    Carga orgnica inadequada, causando crescimento de lodo entumecido e disperso.

    Verificar e monitorar tendncias para: a. variao de SSVTA. b. variao do idade do lodo. c. variao de F/M d. variao dos nveis de O.D. e. variao na DBO do afluente

    Temporariamente aumente a taxa de retorno para minimizar o arraste de slidos do decantador. Continue at os parmetros operacionais se normalizarem.

    Alto nvel de O.D. causando crescimento descontnuo do lodo. Avalie o aumento dos nveis de O.D.

    Diminuir o nvel de O.D, preferencialmente para a faixa de 1,5 a 2 mg/l

    1) Nuvens de Aglomerados homogneos de lodo no decantador. Licor misto com fcil sedimentao quando submetido ao teste de sedimentao com sobrenadante limpo claro. Exames microscpicos mostram poucos ou ausncia de organismos filamentosos. Aumento abrupto in IVL.

    Presena de substncias txicas causando crescimento descontnuo do lodo.

    Verifique a taxa de consumo de oxignio do licor do tanque de aerao.

    Policiar lanamentos nas redes de efluentes.

    Verifique o nvel de nutrientes no afluente do tanque de aerao.

    Se o nvel de nutrientes menor que a taxa mdia, realize testes procurando dosar nutrientes atravs da adio de nitrognio (amnia anidra), fsforo (fosfato trisdico) e/ou ferro na forma de cloreto frrico Realize teste para melhoramento das caractersticas de sedimentabilidade do lodo atravs da adio de nutrientes Clorar o RL a 2 a 3 Kg /dia/1000 Kg SSVTA.

    2) Mesmo que acima exceto que os exames microscpicos mostram numerosos filamentos presentes.

    Nota: Tente identificar se os filamentos so fungos ou bactrias.

    Deficincia de nutrientes no efluente causando formao de aglomerados filamentosos. Verifique a sedimentabilidade do licor

    misto atravs de teste de sedimentabilidade

    Acrescentar produtos para sedimentao, se possvel para reduzir os efeitos enquanto o problema est sendo corrigido.

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    Problemas de Entumecimento de Lodo (Bulking)- continuao

    Indicaes/Observaes Causa Provvel Verificar/Monitorar Soluo Se a mdia de O.D. encontra-se inferior a 0,5 mg/l, aumentar a aerao at obteno de valores de 1,5 a 4,0 mg/l ao longo do tanque. Se O.D. prximo a zero em alguns pontos do reator porm com 1,0 mg/l ou mais em outras localidades: aumentar velocidade dos aeradores se possvel ou aumentar a elevao do vertedor de sada ou a submergncia dos rotores. Se O.D. apresenta-se baixo somente entrada dos tanques que esto sendo operados com sistema "seqencial", alterar para alimentao escalonada ou mistura completa, ou usar aerao se possvel. clorar o RL em 2 a 3 kg/dia/1000kg SSTA.

    2) Mesmo que dito acima exceto que os exames microscpicos mostram numerosos filamentos presentes.

    Nota: Tente identificar quais filamentos so fungos ou bactrias.

    Baixo O.D. nos tanques de aerao causando aglomerados filamentosos.

    Verificar O.D. em diversos pontos do tanque

    Acrescentar produtos para sedimentao, se possvel para reduzir efeitos enquanto o problema est sendo corrigido.

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    Problemas de Entumecimento de Lodo (Bulking)- continuao

    Indicaes/Observaes Causa Provvel Verificar/Monitorar Soluo Se o pH for inferior a 6,5, verificar a origem do efluente industrial. Se possvel parar ou neutralizar descarga na origem, ou antes o tanque de aerao.

    Verificar e monitorar pH do afluente Caso impossibilidade de executar item acima, elevar o pH adicionando produto alcalino como bicarbonato de sdio, soda caustica ou cal no afluente do tanque de aerao. Se no h necessidade de nitrificao, aumentar valor de descarte para at 10% por dia para interromper nitrificao. Se necessria nitrificao elevar o pH adicionando produtos alcalinos como bicarbonato de sdio, soda caustica ou cal no afluente do tanque de aerao. Clorar o RL em 2 a 3 kg/dia/1000kg SSTA.

    Grande variao no pH da gua residuria, ou pH do tanque de aerao inferior a 6,5, causando aglomerados filamentosos.

    Verificar ocorrncia de nitrificao no processo devido a elevada temperatura ou baixo F/M

    Acrescentar produtos para sedimentao, se possvel para reduzir os efeitos enquanto o problema est sendo corrigido

    Verificar a presente de filamentos na gua residuria afluente.

    Clorar o afluente em dosagens de 5 a 10 mg/l. Se necessrio alta dosagens, efetuar com cautela. Aumentar dosagens em incrementos de 1,0 a 2,0 mg/l

    Quantidades elevadas de bactrias filamentosas na gua residuria afluente ou linhas internas na ETE esto causando aglomerados filamentosos no processo de lodo ativado Verificar nos fluxos secundrios a presena de aglomerados filamentosos

    Otimizar performance de outras unidades do processo. Expandir processos das unidades.

    2) Mesmo que dito acima exceto que os exames microscpicos mostram numerosos filamentos presentes.

    Nota: Tente identificar quais filamentos so fungos ou bactrias.

    Gradiente de DBO5 solvel insuficiente causando baixo F/M

    Verificar solubilidade de DBO5 ao longo do tanque de aerao

    Avaliar a alterao do processo para alimentao escalonada ou fluxo pisto.

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    OPERAO DE SISTEMA DE LODOS ATIVADOS

    GUIA DE ADEQUAO A PROBLEMAS PRINCIPAIS Problemas de AGRUPAMENTO E FLOTAO DE LODO

    Indicaes/Observaes Causa Provvel Verificar/Monitorar Soluo

    Verificar para aumento de nitratos no efluente secundrio

    se no h necessidade de nitrificao, aumentar gradualmente valor de descarte para reduzir ou interromper nitrIficao. Se a nitrificao necessria, reduzir para valor mnimo permitido.

    Verificar aumento da idade do lodo e reduo de F/M

    Aumentar gradualmente descarte para manter processo dentro dos valores apropriados de idade do lodo e F/M, especialmente em situaes de temperaturas elevadas quando o idade do lodo deve ser reduzido

    Verificar concentraes de O.D. nos tanques de aerao

    Aumentar O.D. proporcionado oxignio ao longo da camada de lodo

    Verificar a taxa de retorno e profundidade da camada de lodo no decantador

    Aumentar a taxa RL para manter camada de lodo entre 30 cm e 1 m da base do decantador.

    Verificar correto funcionamento dos mecanismos do decantador Realizar manuteno e ajustes.

    Denitrificao no decantador

    Calcular nmero de decantadores necessrios para o processo

    Reduzir nmero de decantadores em funcionamento para reduzir tempo de deteno.

    Consultar guia de resoluo de problemas- problemas de aerao - item 3

    Consultar itens acima

    1) Aglomerados de lodo (do tamanho de bolas de ping-pong a bolas de futebol) surgindo e dispersando na superfcie do decantador. Presena de bolhas na superfcie do decantador. Teste de sedimentao do licor misto apresenta rpida sedimentao, entretanto, parte ou todo o lodo flota a superfcie em perodo de 2 horas aps inicio do teste.

    Condies anaerbicas ocorrendo no decantador Verificar problemas mecnicos como: a. raspadores quebrados ou danificados

    b. lodo obstruindo as tubulaes

    Realizar manuteno necessria: a. reparar ou substituir ps danificados b. injetar ar ou gua nos tubos para desobstruo

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    OPERAO DE SISTEMA DE LODOS ATIVADOS

    GUIA DE ADEQUAO A PROBLEMAS PRINCIPAIS Problemas de EFLUENTE SECUNDRIO TURVO

    Indicaes/Observaes Causa Provvel Verificar/Monitorar Soluo

    Baixo SSTA nos tanques de aerao devido a partida do sistema

    Consultar guia de resoluo de problemas - problemas de formao de espumas - item 1

    Examinar licor misto e RL no microscpio. Verificar presena e atividade de protozorios.

    a. Se poucos ou ausncia de protozorios , provvel ocorrncia de choque orgnico. b. Se grande presena de flagelados ou amebas, sistema pode encontra-se sobrecarregado

    Verificar F/M. Incluir carga de DBO de linhas do processo tais como sobrenadante do espessador, filtrados, etc.

    Se o F/M est acima do normal, reduzir taxa de descarte de lodo para at 10% por dia para retornar o processo ao nvel adequado de F/M e aumentar a taxa de retorno para minimizar a camada de lodo e transferir slidos para o tanque de aerao Ajustar a taxa de aerao para O.D. entre 1,5 e 4,0 mg/l

    1) Efluente secundrio do decantador apresenta-se turvo e contm material suspenso. Licor misto apresenta baixa sedimentabilidade, com sobrenadante turvo

    Aumento da carga orgnica

    Verificar O.D. no tanque de aerao Adicionar coagulantes como sulfato de alumnio, cloreto frrico ou polmero para ajudar a sedimentao dos flocos

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    Problemas de EFLUENTE SECUNDRIO TURVO

    Indicaes/Observaes Causa Provvel Verificar/Monitorar Soluo

    Examinar licor misto e RL no microscpio. Verificar presena e atividade de protozorios.

    a. Caso protozorios presentes mas inativos, possvel carga txica recente no processo. Reduzir descarga mas manter operao normal b. se os protozorios forem poucos ou ausentes, e O.D. adequada indicam carga txica no processo. Se txicos ainda presentes no sistema, manter descarte normal ou aumentar continuamente o descarte por alguns dias para limpeza do processo. Se a carga txica j passou pelo sistema obter inculo de lodo e interromper descarte at crescimento de microorganismos.

    Verificar se a taxa de respirao no licor misto teve rpido decrscimo.

    Se esta menor que 5mg/g.h, provvel ocorrncia de choques de toxidade

    Choque por carga txica

    Verificar presena de txicos em amostras compostas do afluente e no licor misto.

    Se constatado presena de metais no licor misto, considerar aumento de descarte por aproximadamente uma semana para limpeza do sistema Tambm, tentar localizar fonte geradora de resduos txicos

    Aerao excessiva causando cisalhamento dos flocos

    Examinar licor misto no microscpio. Verificar flocos dispersos ou fragmentados para presena e atividade de protozorios.

    Se protozorios ativos e saudveis e flocos dispersos, consultar guia de resoluo de problemas - tabela de problemas de aerao item 1.

    1) Efluente secundrio do decantador apresenta-se turvo e contm material em suspenso. Licor misto apresenta baixa sedimentabilidade, com sobrenadante turvo

    Baixo O.D. nos tanques de aerao

    Examinar licor misto no microscpio para presena e atividade de protozorios. Verificar F/M e O.D.

    Caso poucos ou nenhum protozorio, F/M inferior ou na faixa normal de valores, baixa O.D., consultar tabela de problemas de aerao itens 2 e 3.

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    OPERAO DE SISTEMA DE LODOS ATIVADOS GUIA DE ADEQUAO A PROBLEMAS PRINCIPAIS

    Problemas de Flocos Dispersos Indicaes/Observaes Causa Provvel Verificar/Monitorar Soluo

    Verificar e monitorar tendncias para: a. aumento de SSVTA b. aumento do idade do lodo c. reduo de F/M d. aumento da aerao para mesmo valores de O.D. e. reduo dos valores de descarte. f. reduo de carga orgnica (DBO ou DQO) no afluente secundrio

    Aumentar taxa de descarga para at 10% por dia at processo aproximar-se dos parmetros normais de operao para os valores mdios de carga orgnica. Se necessrio nitrificao, evitar descarte excessivo.

    Consultar guia de resoluo de problemas - tabela de problemas de aerao

    1) Floco fino e disperso (aproximadamente do tamanho da cabea de alfinetes), estendendo-se ao longo do decantador com pequenos aglomerados na superfcie e saindo pelos vertedores. Sedimentabilidade razovel. Lodo denso nas partes inferiores e flocos suspensos em sobrenadante relativamente limpo.

    Tanque de aerao aproximando-se de condio de sub-alimentao (baixo F/M) devido a presena de lodo velho no sistema.

    Verificar se a aerao e mistura so adequadas nos tanques de aerao. Adicionar coagulante como sulfato de

    alumnio, cloreto frrico ou polmero para ajudar a sedimentao dos flocos

    Incio de nitrificao

    Agitar os flocos do clarificado no teste de sedimentao.

    Se os flocos flutuantes liberam bolhas e sedimentam, consultar guia de resoluo de problemas tabela agrupamento e flotao de lodo, item 1 se no ocorre sedimentao, consultar causas abaixo.

    Verificar anlise de gordura do SSTA, e verificar sistema de remoo de gordura e leo primrios

    Se a quantidade de gordura superar 15% do peso de SSTA, aprimorar sistema de remoo de gordura/leo primrio.

    2) Pequenas partculas com aparncia de cinzas flutuando no decantador e no teste de sedimentabilidade do licor misto.

    Grande quantidade de gordura no licor misto Verifique a quantidade de gordura

    presente no efluente bruto

    Implantar ou otimizar o sistema de remoo de gordura / leo no tratamento primrio ou policiar a gerao na origem.

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    Problemas de Flocos Dispersos - continuao

    Indicaes/Observaes Causa Provvel Verificar/Monitorar Soluo Verificar e monitorar tendncias para: a. aumento de SSVTA b. aumento da idade do lodo. c. reduo de F/M d. aumento da aerao para mesmo valores de O.D. e. reduo dos valores de descarte. f. reduo de carga orgnica (DBO ou DQO) no afluente secundrio

    Se presena de lodo como cinzas significante a ponto de alterar a qualidade do efluente devido acrscimo de slidos suspensos, aumentar taxa de descarga para at 10% por dia para aumentar F/M e reduzir idade do lodo para valores timos de parmetros

    Verificar sedimentabilidade do licor misto

    Caso ocorra rpida sedimentao, deixando partculas em suspenso, reduzindo a qualidade do efluente, aumentar descarga segundo item descrito acima.

    2) Pequenas partculas com aparncia de cinzas flutuando no decantador e no teste de sedimentabilidade do licor misto.

    F/M extremamente baixo e alm da taxa de aerao prolongada (inferior a 0,05)

    Verificar pequena quantidade de espuma fina na superfcie do decantador

    Caso ocorrendo a reduo na qualidade do efluente, aumentar descarga segundo itens acima.

    Verificar e monitorar tendncias para: a. diminuio de SSVTA b. diminuio de idade do lodo c. Aumento de F/M d. Diminuio da aerao para mesmo valores de O.D.

    Diminuir a taxa de descarte, para no mais que 10% dirio, de maneira a retornar o sistema as condies normais de operao.

    Verifique a programao de descarte Evitar a descarga no sistema nos momentos em que a carga orgnica esteja alta.

    3) Pequenas partculas de lodo leve e fofo flotando no decantador. O teste de sedimentabilidade do licor misto sedimenta vagarosamente, deixando flocos leves presentes na superfcie do vaso.

    Sobrecarga no tanque de aerao (elevada F/M), resultando em um lodo recente e de baixa densidade

    Verifique se a carga orgnica dos fluxos secundrias contribuem significativamente para a operao de todo o processo

    Inclua a DBO de todos os contribuintes no clculo de F/M