Manual de Biossegurança · biossegurança, bem como o correto uso dos Equipamentos de proteção...
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Manual de
Biossegurança
LABS PATOLOGIA CLÍNICA
1999
2
ÍNDICE
1. Objetivos do documento
2. Responsabilidades
2.1 Descrição das responsabilidades
3. Vestimenta e equipamentos
3.1 Vestimenta obrigatória para os funcionários da área técnica
3.2 Equipamentos de proteção individual
3.3 Equipamentos de proteção coletiva
3.4 Recipientes para descarte de material não contaminado, contaminado ou
esterilização de material
3.5 Apoio à biossegurança
3.6 Mapa de risco (segundo a NR5)
4. Armazenamento de substâncias
5. Disponibilidade, montagem e uso dos Equipamentos de proteção
5.1 Placas indicativas
5.2 Jalecos
5.3 Luvas
5.4 Máscaras e óculos de proteção
5.5 Lava-olhos
5.6 Escudo de proteção contra respingos
5.7 Kit de primeiros socorros
5.8 Kit de desinfeção
5.9 Ducha de segurança
5.10 Capelas de exaustão e câmaras de fluxo laminar
6 POP de biossegurança: Instruções de trabalho
6.1 Controle ambiental
6.1.1 Descontaminação de áreas após derramamento de material biológico
ou culturas de microrganismos
6.1.2 Descontaminação de pequenas áreas
6.2 Esterilização e descontaminação
6.2.1 Procedimentos gerais de descontaminação
6.3 Autoclavação
6.3.1 Controle do processo
6.3.2 Critérios de aceitabilidade
6.3.3 Registro
6.4 Forno Pasteur
6.5 Desinfetantes
6.5.1 Desinfetantes líquidos
6.6 Segurança biológica de centrífugas
7.0 Manejo do lixo
7.1 Tipos de lixo
8 Rotulagem de resíduos do laboratório
8.1 Principais resíduos químicos do laboratório
9 Recolhimento e desativação de resíduos do laboratório
10 Manipulação de produtos químicos
11 Armazenamento e transporte de produtos químicos
12 Preparo de soluções
12.1 Procedimentos em caso de acidentes com soluções
3
13 Incêndios
13.1 Equipamentos para controle de incêndios
14 Telefones úteis
15- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
16– Documentos anexos e legenda dos símbolos
1. Objetivos deste documento
Este documento objetiva garantir a segurança dos trabalhadores, descrevendo as
rotinas de trabalho com um mínimo de risco, esclarecendo os princípios básicos de
biossegurança, bem como o correto uso dos Equipamentos de proteção individual (EPIs),
além de medidas que evitem os acidentes mais comuns no laboratório clínico.
2. Responsabilidades
Os chefes dos setores, juntamente com a comissão de biossegurança são os responsáveis pela
segurança biológica do laboratório, cabendo a cada funcionários executar as rotinas de acordo
com as normas descritas neste manual, uma vez que segurança é uma responsabilidade de
cada indivíduo.
2.1-Descrição das responsabilidades em biossegurança:
A. Comissão de Biossegurança:
1. Preparar o manual de biossegurança, dentro das legislação vigente e suas
revisões quando necessário.
2. Distribuir a todos os setores do laboratório que estejam envolvidos direta ou
indiretamente com rotina que envolva o contato com material clínico. Isto
envolve os setores burocráticos uma vez que as visitas aos setores técnicos
constitui uma atividade de rotina.
3. Investigar os acidentes e suas causas buscando soluções que minimizem a
repetição do mesmo .
4. Coordenar a coleta e descarte de rejeitos.
5. Garantir o treinamento em biossegurança dos funcionários
6. Garantir a realização do programa de biossegurança e o registro de todas as
atividades ligadas à biossegurança.
B. Chefe de setor:
1. Verificar e relata à comissão de biossegurança os riscos decorrentes das
atividades do seu setor.
2. Assegurar a realização das atividades de biossegurança
3. Treinar o pessoal do seu setor em biossegurança
C. Coordenador de segurança do setor:
1. Cooperar com o chefe do setor na garantia das atividades de biossegurança ,
incluindo treinamento.
D. Criação e manutenção da CIPA (COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE
(ACIDENTES) composta por funcionários de todos os níveis, que deve atender às
exigências legais vigentes.
4
E. Implantação e manutenção do SESMT - (Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho). Sob responsabilidade de um médico do trabalho.
F. Implantação e manutenção do PCMSO - (Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional). Sob responsabilidade de um médico do trabalho
F. Implantação e manutenção do PPRA - (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais)
Sob responsabilidade direta da Comissão de biossegurança.
3. Vestimenta e equipamentos
3.1-Vestimenta obrigatória para funcionários da área técnica:
Calça comprida confeccionada em tecido resistente. Calças até os tornozelos, ou acima,
não são admitidas.
calçado fechado (sapato ou tênis)
blusa com manga curta ou comprida ,
As bijuterias como brincos, em tamanho e número discretos, podem ser utilizadas durante
o trabalho técnico, entretanto os anéis, pulseiras e relógio devem ser evitados.
Maquiagem pode ser utilizada, porém de forma discreta (ex. batom), uma vez que podem
interferir com o resultado de alguns exames (ex. bases, e outras em forma de pó)
Cabelos compridos devem estar presos ao manusear equipamentos rotativos ou
manipulação e coleta de material biológico.
Homens com barba deverão seguir as mesmas precauções que indicadas para cabelos
compridos.
3.2-Equipamentos de proteção individual (EPIs):
Jaleco branco, de manga comprida e com a logomarca da empresa
Luvas de látex
Luvas plásticas para manipulação de equipamentos não contaminados durante a rotina
Luvas em tecidos resistentes para trabalhos em altas temperatura
Óculos de proteção
Máscara de proteção
Protetor de ouvidos
Toca para os cabelos
Escudo de proteção contra respingos
3.3-Equipamentos de proteção coletiva (EPCs) Lava olhos
Chuveiro
Kit de primeiros socorros
Extintores de incêndio
Capelas de exaustão
Câmara de fluxo laminar
3.4-Material para descarte de material não contaminado, contaminado ou esterilização
de material
Recipiente de lixo plástico
Pá plástica
5
Lata de lixo de metal com acionamento por pedal
Carrinho para transporte de sacos de lixo
Frascos contendo solução germicida (germekil ou hipoclorito 2%)
Saco plástico autoclavável
Saco plástico branco para material contaminado
Lâmpadas ultravioleta
Autoclaves
Forno Pasteur
Reservatórios para produtos químicos
Frascos para pipetas e ponteiras contaminadas
3.5-Apoio à biossegurança
Os setores que apresentarem alguma particularidade nos procedimentos de limpeza devem
apresentar um programa de treinamento aos funcionários da limpeza.
A superfície das bancadas e piso deve ser de material impermeável à água, ácidos, bases,
solventes orgânicos e no mínimo moderadamente termoresistente.
Todos os setores devem apresentar um conjunto de toalhas descartáveis, além de solução
germicida e sabão líquido.
Adesivos associados à Biossegurança, segundo as normas da ABNT.
3.6-Mapa de risco (segundo a NR5)
Um mapa constando das diferentes áreas do laboratório onde deverão estar sinalizados e
potencializados os riscos, tais como: Físico, Químico, Biológico, Mecânico e Ergonômico.
As áreas deverão ser indicadas com círculos de diferentes cores para um entendimento mais
fácil, conforme indicado abaixo:
VERDE: Físico
VERMELHO: Químico
MARROM: Biológico
AZUL: Mecânico
AMARELO: Ergonômico
a. Agentes Físicos: são representados no ambiente de trabalho através de ruídos,
vibrações, temperaturas anormais, radiações ionizantes, radiações não-ionizantes,
iluminação e umidade.
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b. Agentes Químicos: por agentes químicos em Higiene do Trabalho, entendem-se
aqueles que quando penetram no organismo podem afetar vários órgãos, causando
alterações em sua estrutura e/ou funcionamento.
c. gentes Biológicos: são microorganismos causadores de doenças com os quais pode o
trabalhador entrar em contato no exercício de diversas atividades profissionais. Como
por exemplo: bactérias, fungos, helmintos, protozoários, vírus, etc.
d. Agentes Mecânicos: o agente mecânico é toda situação de risco que pode gerar
acidentes imediatos.
e. Agentes Ergonômicos: são aqueles relacionados com fatores fisiológicos e
psicológicos inerentes à execução das atividades profissionais. Estes fatores podem produzir
alterações no organismo e no estado emocional dos trabalhadores, comprometendo a sua
saúde, segurança e produtividade.
Principais fatores: trabalho físico pesado, postura incorreta de trabalho e de
levantamento de peso, posição incômoda, ritmo excessivo, monotonia, trabalho de turnos,
jornadas prolongadas, ansiedade, responsabilidade, desconforto, ocasionando danos à
saúde que podem se manifestar por: hipertensão arterial, úlceras digestivas, doenças
nervosas, além de alteração no sono, problemas de coluna, taquicardia, tensão, ansiedade,
medo, etc. Para evitar que estes agentes afetem as atividades do trabalhador, faz-se
necessário o ajustamento mútuo do homem ao trabalho, que se obtém através da
modernização e higienização dos ambientes de trabalho, da modificação de processos, do
projeto de máquinas e de ferramentas perfeitamente adaptadas e da adoção de ritmos e
posições adequadas ao trabalho e racionalização de trabalho.
4. Armazenamento de substâncias
4.1-combustíveis
Os cilindros de gás devem ser armazenados em local externo, amplo, coberto, naturalmente
ventilado e devidamente protegido.
Os reagentes inflamáveis e combustíveis deverão ser armazenados em local arejado e ao
abrigo da luz. A área de armazenagem deve conter adesivos informando a presença de
substâncias combustíveis.
7
4.2-substâncias químicas Todas as substâncias consideradas nocivas deverão ser armazenadas em ambiente
devidamente sinalizado com a simbologia que represente risco. Estas devem estar em
ambientes ventilados e mantidas preferencialmente próximas ao solo para evitar acidentes de
queda sobre o manipulador ao tentar apanhá-la.
5. Disponibilidade, montagem e uso dos Equipamentos de
proteção:
O laboratórios deve se responsabilizar pelo fornecimento de EPIs para os funcionários,
bem como garantir a limpeza e/ ou descarte dos mesmos, evitando que não sejam levados para
a casa dos funcionários ou descartados em locais impróprios, o que representa um risco de
difusão de patógenos à comunidade.
5.1-Placas indicativas: Representam a principal ferramenta de educação dos funcionários
e devem estar em todas as partes do laboratório onde uma informação sobre biossegurança
tiver que ser passada.
5.2-Jaleco: Deve ser de uso individual e utilizado em todas as áreas do laboratório que
desenvolvam atividades técnicas, inclusive corredores de acesso a estas áreas. Este deve ser
retirado apenas nas áreas de transição entre os setores técnicos e de apoio.
É proibida a circulação de funcionários com EPIs nos setores não técnicos, bem como
o de funcionários sem jaleco nos corredores e setores técnicos.
O laboratório deve garantir a disponibilidade de jalecos para os visitantes e
funcionários de setores não técnicos que necessitem entrar nos setores técnicos.
8
5.3-Luvas:
As diferentes luvas disponíveis para os funcionários devem conferir proteção contra
risco biológico, agentes químicos específicos, temperaturas extremas e injúria
traumática.
Quando utilizadas com material biológico ou químico devem ser descartadas em
container para descarte de lixo biológico. As mãos devem ser lavadas após a remoção
das luvas.
Devem ser retiradas ou uma Segunda luva de proteção deve ser colocada para trabalho
com material não contaminado, como atender o telefone ou utilizar o terminal de
computador.
Ser descontaminada após cada uso e estocada em uma área limpa no caso das luvas
não descartáveis.
TODO MATERIAL BIOLÓGICO, deve ser manipulado com o uso de luvas de
borracha. Isto se aplica mesmo aqueles em recipientes APARENTEMENTE LIMPOS
E SECOS.
5.4-Máscara e óculos de proteção: Devem ser utilizados em todas as atividades que
envolvam a formação de aerossol ou suspensão de partículas ( ex.: pipetagem, centrifugação,
execução de raspados epidérmicos, semeadura de material clínico, etc.).
As mãos deverão ser lavadas freqüentemente durante o dia. Lavá-las sempre que retirar as
luvas, antes de sair do laboratório, antes e após o contato com pacientes , come ou fumar, ou
contato acidental com material biológico.
5.5- Lava-olhos: Devem estar localizados dentro do laboratório e os funcionários treinados
para o uso. Deve ser verificado semanalmente para o correto funcionamento.
Quando ocorrer acidente com derrame de material nos olhos, estes devem ser lavados por no
mínimo 15 minutos.
5.6-Escudo de proteção contra respingos: Devem ser fornecidos para qualquer
funcionário que esteja envolvido em atividades geradoras de aerossol como a abertura de
tubos de sangue.
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5.7-Kit de primeiros socorros: Deve estar disponível em todos os setores e constar de
material necessário para tratamentos, como pequenos ferimentos na pele ocorridos na área de
trabalho. Os funcionários devem ser treinados para o uso.
5.8-Kit de desinfeção: Deve estar disponível em todos os setores para contenção e
descontaminação em caso de acidentes com material biológico no laboratório. Os
funcionários devem ser treinados para seu uso.
5.9-Ducha de segurança: Deve estar montada dentro da área do laboratório em local de
fácil acesso por todos os setores. O acionamento deve ser fácil para que funcionários mesmo
com os olhos fechados possam acioná-la. Devem ser checadas mensalmente para seu correto
funcionamento.
5.10-Capelas de exaustão e câmaras de fluxo laminar: Devem ser utilizadas para
proteção contra material volátil ou proteção microbiológica respectivamente. As câmaras de
fluxo laminar podem ser utilizadas na proteção do operador ou do material no seu interior
dependendo da rotina efetuada.
6. Quadro de níveis de riscos biológicos
Labs Patologia - Distinção dos níveis de risco biológico associado à rotina de trabalho
Nível do
Risco
Biológico
(NRB)
NRB-1 NRB-2 NRB-3 NRB-4
A. NÍVEL DE RISCO
GRAU DE
RISCO
Baixo:
Serviços
burocráticos
Cadastro de exames
Preparo de
reagentes não
tóxicos
Transporte de
material entre
os postos
Liberação de
resultados
Atendimento
Baixo a moderado:
Transporte de
material para
análise em
bandejas
Autoclavação
Técnicas de
coloração
Microscopia
Calibração de
equipamentos sem
cultura de
microrganismos
Moderado a alto:
Coleta de
espécimes clínicos.
Processamento de espécimes para
exames (urinálise,
parasitologia, anat.
Patol., etc).
Preparo de
lâminas para
colorações ou
microscopia direta,
etc)
Centrifugação de
Alto risco:
Preparo de
soluções corrosivas
Manipulação de
culturas de
Mycobacterium
tuberculosis e
demais espécies de
Mycobacterias patogênicas
Material
sabidamente
contaminado com
HIV ou HBV
10
sangue, urina, ou
outros líquidos
biológicos.
preparo de lâminas.
Semeadura de material clínico
para cultura
Manipulação de
microrganismos ou
culturas
potencialmente
contaminadas
Extração e
manipulação de
material genético
(RNA ou DNA)
B. PRÁTICAS DE SEGURANÇA
1. Acesso de pessoal
não Técnico
permitido Não recomendado proibido Proibido
2. Acesso
de pessoal de outros
setores
permitido Permitido restrito Proibido
3. Sinalização
Alertas de
atividades de risco para o setor
(proibido fumar,
proibido alimentos
, proibido uso de
EPIs na área não
técnica, etc.)
Placas indicativas:
Saída de
emergência
Chuveiro e
lava olhos
Delimitação
entre setores
técnicos e
burocráticos
Área de
alimentação
Extintores
Lista e
interpretação
dos sinais
encontrados nas instalações
do laboratório
Alertas de risco para o
executante (risco
biológico, uso de EPIs,
material contaminado,
etc)
Alerta de atividades de risco para o setor
(proibido fumar,
proibido alimentos ,
lavar as mão, utilizar
EPIs, etc.)
Alertas de risco para o
executante (risco
biológico, uso de EPIs,
material contaminado,
etc)
Alerta de atividades de risco para o setor
(proibido fumar,
proibido alimentos,
lavar as mão, utilizar
EPIs, etc.)
Alertas de risco para o
executante (risco
biológico, uso de EPIs,
material contaminado,
etc)
Alerta de atividades de risco para o setor
(proibido fumar,
proibido alimentos,
lavar as mão, utilizar
EPIs, etc.)
3. origem
do risco
Cruzada: mãos e
equipamentos
contaminados por pessoal dos setores
técnicos ou visita a
estes setores
Acidentes em
geral:
Queimaduras,
choque elétrico,
corte
Frascos e equipamentos contaminados com
patógenos de espécimes
clínicos
Acidentes em geral:
Queimaduras, choque
elétrico, corte
Frascos, aerossol, perfurações com
material biológico ou
equipamentos
contaminados
Acidentes em geral:
Queimaduras, choque
elétrico, corte
Queimaduras
Contaminação
Acidentes em geral:
Queimaduras, choque
elétrico, corte
4. Riscos
dos rejeitos nenhum
As bandejas devem ser
descontaminadas com
Todo o material
utilizado deve ser
Todo o material
utilizado deve ser
11
solução de hipoclorito
de sódio
Lâminas usadas devem
ser descartadas em
solução germicida As toalhas de papel ou
qualquer lixo resultante
desta atividade devem
ser autoclavados
esterilizado por
flambagem ou
autoclavação ou
descartado em solução
germicida Os perfuro-cortantes
devem ser descartados
na caixa rígida para
material conataminado
esterilizado por
flambagem ou
autoclavação ou
descartado em solução
germicida Os perfuro-cortantes
devem ser descartados
na caixa rígida para
material conataminado
Os resíduos químicos
devem ser estocados em
recipientes fechados e
coletados por uma
empresa especializada
5.
Transporte
de lixo
biológico
Não realizada
Sacos plásticos para
autoclavação dentro de
baldes com indicação
de material
contaminado
Jaleco, luvas
Sacos plásticos para
autoclavação dentro de
baldes com indicação
de material
contaminado
Jaleco, luvas
Sacos plásticos para
autoclavação dentro de
baldes com indicação
de material
contaminado
Jaleco, luvas
6. pipitarem Não realizada Auxiliada por
equipamento
Auxiliada por
equipamento
Auxiliada por
equipamento
7.
Alimentaçã
o ou
aplicação
de
cosméticos
proibida Proibida proibida proibida
8.
Minimização
de aerossóis
Não necessária Não necessária
Bico de bunsen
Câmara de fluxo
laminar
exaustão
Câmara de fluxo
laminar
exaustão
C. EPIs NECESSÁRIOS PARA AS ATIVIDADES
1. JALECO OBRIGATÓRIO OBRIGATÓRIO OBRIGATÓRIO OBRIGATÓRIO
2. LUVAS Não necessário
Termoresistentes para autoclavação
látex para outras
atividades
De látex De látex
3. MÁSCARA Não necessário Não necessário
Somente em atividades
com formação de
aerossol :semeadura de
espécimes para cultura.
Preparo de lâminas para
coloração pelo Ziehl
Nielsen.
Processamento de
material para exames
Manipulação de
culturas
Centrifugação, etc.
Não necessário
Obs: o trabalho será
realizado apenas em
câmara de fluxo laminar
ou capela de exaustão
4. ÓCULOS Não necessário Não necessário
Somente em atividades
com formação de
aerossol :semeadura de espécimes para cultura.
Preparo de lâminas para
coloração pelo Ziehl
Nielsen.
Não necessário
Obs: o trabalho será realizado apenas em
câmara de fluxo laminar
ou capela de exaustão
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Processamento de
material para exames
Manipulação de
culturas
Centrifugação, etc.
5. Protetor
de ouvidos Não necessário Não necessário
Somente no preparo
de espécimes onde a
centrifugação é
empregada
Não necessário
D. EQUIPAMENTOS DE CONTENÇÃO DE CONTAMINAÇÃO
1. Bico de
bunsen Não necessário Não necessário
Obrigatório, podendo
ser substituído pela
câmara de fluxo
laminar
Não necessário
2. câmara
de fluxo
laminar
Não necessário Não necessário Pode ser utilizado, NÃO OBRIGATÓRIO
OBRIGATÓRIO
3. LÂMPADAS
ULTRAVIOL
ETA
Não necessário Não necessário USO obrigatório AO
FINAL DO DIA - 30
minutos
USO obrigatório AO
FINAL DO trabalho -
30 minutos (somente
para material
contaminado)
5. DESCONTA
MINAÇÃO
QUÍMICA DA
ÁREA
Limpeza diária de
rotina
Descontaminação
de superfícies após
qualquer contato
com espécimes
clínicos ou culturas
com hipoclorito 2%
Limpeza diária
com hipoclorito 2% nas bancadas e
pisos
Descontaminação
após qualquer
contato com
espécime clínico
(equipamentos e
superfícies)
Limpeza diária com hipoclorito 2%
nas bancadas e
pisos
Descontaminação
após qualquer
contato com
espécime clínico
(equipamentos e
superfícies)
Limpeza diária com hipoclorito 2%
nas bancadas e
pisos
E. OUTRAS NECESSIDADES
1.
TREINAMEN
TO
Necessário, com
registro das
atividades
Programa semestral ou
após a entrada de um
novo funcionário. Com
registro das atividades
Programa semestral ou
após a entrada de um
novo funcionário. Com
registro das atividades
Programa semestral ou
após a entrada de um
novo funcionário. Com
registro das atividades
2.
vigilância
médica
Necessário quando
apropriado
Necessário quando
apropriado
Necessário quando
apropriado
Necessário quando
apropriado
3.
vacinação
(hepatite) obrigatória obrigatória obrigatória obrigatória
4. acidentes
Comunicar
imediatamente ao
diretor do
laboratório ou
médico
responsável no
momento. Realizar registro
do acidente e
medida tomada
Comunicar
imediatamente ao
diretor do laboratório
ou médico responsável
no momento.
Realizar registro do acidente e medida
tomada
Comunicar
imediatamente ao
diretor do laboratório
ou médico responsável
no momento.
Realizar registro do acidente e medida
tomada
Comunicar
imediatamente ao
diretor do laboratório
ou médico responsável
no momento.
Realizar registro do acidente e medida
tomada
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6.1- Controle ambiental
6.1.1-Descontaminação de área após derramamento de material biológico
ou cultura de microrganismos
1. Notifique imediatamente aos demais funcionários do setor.
2. Se houver algum risco biológico associado com a liberação do aerossol todos os
funcionários devem deixar imediatamente o setor. No setor de microbiologia a área deve
ser irradiada por 30 minutos com ultravioleta.
3. Os indivíduos envolvidos no acidente devem verificar suas vestimentas quanto a
contaminação com o material. Caso tenha ocorrido, as medidas de descontaminação da
roupa devem ser tomadas.
6.1.2-Descontaminação de pequenas áreas
(INSTRUÇÃO PARA DESCONTAMINAÇÃO)
4. Colocar os EPIs necessários.
5. Identificar a área que necessita de descontaminação.
6. Preparar os sacos para descarte de material contaminado
7. Mover-se lenta e cuidadosamente durante o tratamento da área com o descontaminante
próprio (álcool iodado, hipoclorito, glutaraldeído, álcool 70%, germekil, etc.) evitando a
formação de novos aerossóis.
8. Cobrir a área inteira com uma toalha absorvente e deixar o germicida agir por 30
minutos antes de recolher com os fragmentos grosseiros.
9. Colocar o material absorvente nos sacos para descarte e os perfuro cortantes nas caixas
rígidas.
11. Remover as luvas cuidadosamente e descarta-las juntamente com o material
contaminado.
12. Lavar as mãos com água e sabão e solução anti-séptica.
13. Registrar o acidente.
14
Kit de limpeza
Instrução para descontaminação por escrito e em local de fácil visualização
EPIs
Pá plástica
Desinfetantes apropriados (dentro da validade)
Toalha de papel absorvente
Saco plástico para descarte de material contaminado e caixas rígidas para perfuro
cortantes
Documentação
6.2 - Esterilização e descontaminação
6.2.1-Procedimentos gerais de descontaminação
Estes procedimentos devem ser seguidos para o descarte de rejeitos:
1. Todo material infeccioso ou equipamento utilizados na rotina do laboratório devem ser
desinfetados antes da lavagem ou de ser jogados no lixo. A autoclavação deve ser o
método de escolha , exceto para todo e qualquer material reaproveitável termolábil ou
produtos oxidantes ou que liberem subprodutos tóxicos quando aquecidos.
2. O material a ser autoclavado deve ser estocado em sacos brancos fechados, com
indicação de MATERIAL CONTAMINADO PARA SER AUTOCLAVADO,
dentro de baldes fechados caso não sejam autoclavados no mesmo dia.
3. Material oxidante como hipoclorito ou outro oxidante forte
não deve ser autoclavado com material orgânico como papel
ou óleo. A combinação destes compostos pode produzir uma
explosão.
4. O material para ser lavado após a autoclavação deve ser estocado em baldes com
tampa com a indicação MATERIAL NÃO INFECCIOSO (PARA SER LAVADO).
6.3-AUTOCLAVAÇÃO
O termo esterilização refere-se à completa eliminação de patógenos, agente biológico
com capacidade de reprodução ou potencial infeccioso. A esterilização é o melhor método de
eliminação do risco biológico. O uso da autoclave é o método mais utilizado nas instituições
de saúde e pesquisa, assegurando a completa destruição de microrganismos. Este processo
15
geralmente envolve aquecimento da água em uma câmara sob pressão gerando vapor sob uma
pressão de 15 psi, o que ocorre em temperatura de cerca de 121° C por no mínimo 15
minutos. O tempo é medido após a temperatura do material envolvido atingir 121° C.
O fator crítico nesta fase é a garantia que não fique ar preso no interior do autoclave, o
que pode impedir que a temperatura no interior do aparelho atinja os 121o C . para isto deve
haver um monitoramento da temperatura com um termômetro-manômentro, bem como
controle do processo com uso de um indicador químico ou biológico.
Caso ocorra interrupção no processo de aquecimento durante a marcação do
tempo, TODO O PROCESSO deve ser repetido.
6.3.1-Controle do processo
O melhor controle para esterilização é o uso de esporos de Bacillus stearothermophilus, que
são incluídos com o material a ser esterilizado dentro do autoclave. Esta cultura pode ser
adquirida comercialmente sendo a apresentação em ampolas com meio de cultivo e indicador
de pH. Após a esterilização as ampolas são incubadas na temperatura adequada e verificadas
para a viragem do indicador, o que indica que houve crescimento microbiano e falha no
processo de autoclavação. Em uma perfeita esterilização não haverá crescimento microbiano
ou viragem do pH.
Os indicadores químicos também podem ser empregados no controle de esterilização
por autoclavação. A fita de autoclave é um exemplo deste indicador. Neste caso o indicador
na fita branca muda para uma cor negra ou cinza, indicando que houve uma autoclavação
eficiente.
Material necessário para a validação do processo.
Um dos processos deve ser utilizado
FITA INDICADORA ou INDICADOR BIOLÓGICO- Para este ultimo ainda são
necessários os seguintes complementos:
1. Ampolas contendo esporos de Bacillus stearothermophilus
2. Incubadora para a cultura
Teste atividade 121
o C
Sobrevive por Morre em
B. stearothermophilus autoclavação 5 min. 13 min.
Fita indicadora autoclavação Não muda de cor
Em relação
Torna-se escura
Em relação
16
tempo/ temperatura
ineficientes
tempo/ temperatura
eficientes
121o C /15 minutos
6.3.2-Critérios de aceitabilidade A fita indicadora deve mudar de cor
Os esporos não devem crescer após incubação da ampola
6.3.3-Registro Registrar o resultado em uma planilha de controle de esterilização.
6.4-Forno Pasteur O uso de esterilização seca (Forno Pasteur) é menos eficiente que a esterilização
pelo vapor do autoclave. A esterilização pelo calor seco é eficiente quando realizada à 160°-
180° C por períodos de 2 à 4 horas. Neste processo o ponto crítico é a composição química de
material que está sendo esterilizado, bem como o arranjo do material no forno. Material
termolábil não deve ser utilizado no processo.
6.5-Descontaminação (Desinfecção)
Pode ser definida como a redução da maioria ou eliminação dos microrganismos patogênicos
em uma superfície ou objeto, tornando este objeto incapaz de transmitir doenças.
Fatores que determinam a efetividade de um desinfetante
a) concentração do princípio ativo
b) quantidade de material orgânico no material a ser descontaminado
c) tempo necessário para a ação
d) temperatura e pH
e) nível de contaminação
f) tipo de contaminação envolvida
g) características físicas do material a ser descontaminado
6.5.1- Desinfetantes líquidos
Estes devem ser estocados nos frascos originais em um ambiente de uso exclusivo do pessoal
de limpeza. Apenas pequenas quantidades devem ser estocadas no ambiente nos setores para
uso rotineiro. As soluções diluídas de acordo com as especificações para uso devem ser
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estocadas por um pequeno período, no máximo 48 horas para evitar perda de atividade do
produto. Estes frascos devem conter as especificações do produto, bem como o grau de
toxicidade que este apresenta, além da data de preparo e validade.
1) Álcool etílico 80% Eficiente desnaturante de lipídios de vírus envelopados e células vegetativas de bactérias. Não
é corrosivo.
Evapora rapidamente e é bastante inflamável.
Uso: descontaminação de superfícies (exceto acrílico) ou na antisepsia da pele, durante
a coleta de material para análise. Não utilizar em região de mucosas.
2) Álcool etílico iodado (álcool etílico 80% + 2% de iodo cristal dissolvido)
Mais eficiente que o álcool etílico puro devido ao efeito halogêneo do iodo. Eficiente
desnaturante de lipídios de vírus envelopados e células vegetativas de bactérias. Não é
corrosivo.
Evapora rapidamente e é bastante inflamável.
Uso: descontaminação de superfícies (exceto acrílico). Seu uso deve ser evitado na anti-
sepsia durante a coleta devido à alergia ao iodo apresentada por alguns pacientes.
3) Formaldeido e glutaraldeído
O uso do Formaldeído na descontaminação é ideal a 5% de concentração do gás na água.
Atividades de descontaminação sob refrigeração utilizando formaldeído devem ser evitadas,
pois este ultimo em baixas temperaturas perde atividade. Uma desvantagem do seu uso é o
odor irritante liberado, podendo causar hipersensibilidade. O glutaraldeído é preferível por ser
menos irritante.
EPIs especiais principalmente com proteção para os olhos e aparelho respiratório devem ser
utilizados.
Uso: Descontaminação de pequenos equipamentos, ou superfícies com alto grau de
contaminação. Principalmente em equipamentos metálicos por ser menos corrosivo.
4) Componentes fenólicos
Com odor desagradável e altamente corrosivo, deve ser evitado no laboratório.
Uso: latas de lixo (creolina)
5) Quaternários de amônio
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Excelentes desinfetantes, com baixa toxicidade e resíduos corados, bem como liberação de
odores. Apresentam em grande espectro de ação, inclusive contra os bacilos da tuberculose,
esporos bacterianos e fungos
Descontaminação de tubos, lâminas, pipetas e ponteiras, bem como superfícies. Ex.
GERMEKIL
6) Componentes clorados
Amplamente utilizados , apresentam um grande espectro de ação. Pouco ativo em presença
de grandes quantidades de material orgânico. Altamente oxidante e extremamente corrosivo
em metais. As soluções diluídas perdem atividade rápido principalmente quando expostas à
luz. Desta forma, os frascos devem ser escuros e as soluções trocadas a cada 24 horas. A água
sanitária, 25 hipoclorito de sódio, é a mais utilizada entre as preparações comerciais.
Uso: Superfícies e chão para a limpeza de rotina. Deve ser utilizada proteção especiais
para os olhos e aparelho respiratório durante a aplicação.
7) Compostos iodados
Utilizados geralmente associados com outros compostos (detergentes, álcool, etc). Deve haver
um cuidado especial com os indivíduos alérgicos.
Uso: Equipamentos e superfícies contaminadas ou na anti-sepsia da pele em pacientes
não alérgicos.
Ex. iodine
6.6 - SEGURANÇA BIOLÓGICA DAS CENTRÍFUGAS
Devido ao alto índice de acidentes neste aparelho, principalmente a quebra de tubos com
espécimes clínicos e conseqüente formação de aerossol que pode expor vários funcionários à
agentes infeciosos, as centrífugas merecem uma atenção especial em relação à segurança
biológica.
As centrífugas devem ser instaladas em um compartimento isolado, bem ventilado,
que deve ser evacuado durante o processo. Caso ocorra um acidente, quebra de tubos, o
equipamento deve ser descontaminado com glutaraldeído ou mesmo hipoclorito de sódio.
O que fazer em caso de ACIDENTES NA CENTRÍFUGA:
1- Deixe o aerossol baixar durante 30 minutos.
2- Coloque seus EPIs , luvas, máscara e óculos de proteção.
3- Descontamine o suporte da centrífuga com glutaraldeído ou
hipoclorito (água sanitária), álcool iodado ou lizoforme por no mínimo 15minutos.
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4- Retire os demais tubos da centrífuga e descontamine a parte interna do
equipamento com uma gaze embebida em uma das soluções germicidas descritas
acima.
5- Descarte os fragmentos do tubo na caixa amarela para perfuro-cortantes.
6- Comunique o incidente ao responsável pelo setor para que seja providenciada uma
nova amostra.
7.0 – Manejo do lixo O lixo do laboratório é dividido em: Não contaminado, contaminado e lixo químico.
Todo o lixo contaminado gerado pelo laboratório deve ser esterilizado antes do descarte. A
coleta deverá ser efetuada por uma empresa especializada em lixo hospitalar que possua
contrato de serviço com o laboratório (Koleta –Serviços Técnicos LTDA. Processo em
anexo).
7.1 -Tipos de Lixo:
1. Lixo patológico- Tecidos humanos ou partes do corpo removidas durante cirurgias
incluindo material de obstetrícia, autópsias e de procedimentos laboratoriais. Este tipo de lixo
deve ser incinerado ou autoclavado e enviado para uma área de descarte de lixo hospitalar
regulamentada.
2. Lixo Biológico – Sangue e produtos sangüíneos, exsudatos, secreções, aspirados , fezes e
outros fluidos corporais que NÃO devem ser descartados diretamente no sistema de
esgoto. Este tipo de lixo DEVE ser tratado de forma que se transforme em um lixo que não
ofereça risco ambiental. O principal tratamento é a AUTOCLAVAÇÃO 121 oC/ 35 min.
3. Culturas e estoque de agentes infecciosos – Culturas microbianas, equipamentos
utilizados para manipulação de culturas (ponteiras, alças, agulhas, etc.). Estes devem ser
colocados em sacos plásticos branco com a indicação de lixo biológico com o símbolo de
RISCO BIOLÓGICO e autoclavados antes do descarte.
4. Pérfuro-cortantes (contaminados ou não) – Qualquer material capaz de causar
perfurações ou cortes na pele. Entre estes incluem-se agulhas de seringas, pipetase tubos
quebrados. Estes deverão ser descartados em uma caixa rígida AMARELA que devera ser
autoclavada antes do descarte, (em caso de material contaminado).
5. Equipamentos e aparelhos utilizados nos exames- Estes só poderão deixar o laboratório
após sofrerem uma rígida descontaminação a fim de minimizar os riscos de contaminação do
pessoal de transporte e manutenção.
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6. Resíduos líquidos combustíveis contaminados- Estes devem ser mantidos em um
reservatório fechado e recolhido por uma empresa especializada.
8.0- ROTULAGEM DE RESÍDUOS DO LABORATÓRIO:
Material contaminado- Devem ser coletados, entre eles: os resíduos sólidos, luvas
contaminadas, papéis, etc, em sacos plásticos brancos com O SÍMBOLO DE RISCO
BIOLÓGICO, que indica material contaminado. Em caso de necessidade de estocagem antes
da autoclavação, estes devem ser depositados em baldes de lixo que apresentem a indicação
de lixo contaminado não autoclavado.
Material não contaminado- Coletar em sacos plásticos de cor preta e depositar em latas de
lixo, com a indicação de LIXO COMUM.
Material pérfuro-cortante contaminado - Coletar os resíduos utilizando os EPIs
necessários e depositar caixas rígidas (cor amarela) própria para este tipo de material. Esta
deve ser autoclavada e enviada para descarte por uma empresa especializada.
Líquidos - devem conter a descrição da natureza de solutos e solventes e concentrações.
Também descrever a quantidade de água presente. Procure ser o mais exato possível nas
descrições.
INDICAÇÃO DE RESÍDUOS LÍQUIDOS: todos devem ser devidamente indicados com
sinais de acordo com as normas da ABNT.
1. Resíduo COM POTENCIAL fonte de ignição
Um líquido que tenha o ponto de fulgor de menos que 140ºC. Um sólido capaz de causar fogo
por fricção ou absorção de umidade ou que sofre mudanças químicas espontâneas que
resultem em queima vigorosa e persistente.
2. Resíduos corrosivos
Soluções aquosas de pH menor ou igual a 2 ou maior ou igual a 12,5
3. Resíduos reativos
Soluções aquosas de materiais instáveis que sofram mudanças químicas violentas sem
detonação, possam reagir violentamente com água formando misturas potencialmente
explosivas ou que possam gerar gases perigosos ou possivelmente letais.
4. Resíduo tóxico
Resíduo que contém um dos seus componentes em concentrações iguais ou maiores que os
valores das tabelas de concentração máxima de resíduos tóxicos.
5. Resíduos de processos
Utilizado para aqueles resíduos que em virtude de algum uso, processo ou procedimento, não
atende as especificações originais do fabricante. Ex.: produtos diluídos, misturas reacionais.
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Observações importantes Um produto comercial (nunca processado) deve ser descartado no frasco
original.
Ex.: pequenos frascos de reagentes antigos nunca utilizados ou com a
validade vencida.
8.1-Principais resíduos químicos no laboratório
1. Soluções de formol ou formaldeído:
Soluções diluídas devem ser estocadas em recipentes fechados para posterior coleta para uma
empresa especializada. O formaldeído é um agente suspeito de provocar câncer com baixos
índices de exposição permitida e poucos sintomas de advertência.
2. Soluções de brometo de etídio
Soluções muito diluídas podem ser descartadas nas linha de esgoto especiais. A concentração
máxima para a execução destes procedimentos é de 5 ppm. Não dilua soluções
propositadamente para atingir este valor. Estas soluções são mutagênicas em altas
concentrações.
3. Líquidos que sejam fontes de ignição e solventes orgânicos
Manter separados solventes halogenados de solvente não-halogenados se possível. Separe os
solventes orgânicos de soluções aquosas quando possível.
Mantenha os solventes acidificados separados de outros solventes e resíduos ácidos.
4. Ácidos, bases e soluções aquosas
Não misturar ácidos inorgânicos fortes ou oxidantes com compostos orgânicos. Manter
ácidos, bases e soluções aquosas contendo metais pesados separados de outros resíduos.
Evite misturar ácidos e bases concentradas num mesmo recipiente.
5. Soluções contendo mercúrio
Mantenha estes resíduos separados de todos os outros
6. Materiais corrosivos
O piso dos locais de manipulação de produtos corrosivos deve ser conservado o mais seco
possível.
Quando diluir ácidos com água, este deverá ser adicionado à água, lentamente, agitando
continuamente a mistura; a água nunca deverá ser adicionada ao ácido.
O derrame ou escape de líquidos corrosivos não deve ser absorvido por meio de serragem,
estopas, pedaços de pano ou outro material orgânico. Deve-se neutralizar com cal ou absorvê-
lo com granulado absorvente.
Em caso de contato físico, deve-se lavar abundantemente com água corrente e procurar
imediatamente socorro médico.
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7. Peróxidos
O uso de peróxidos deve ser limitado à quantidade mínima necessária. Qualquer respingo
deve ser imediatamente limpo. Espátulas de metal não devem ser usadas para manusear
peróxidos; e sim, de madeira ou cerâmica. Evitar fontes de calor. Soluções de peróxidos
devem ser armazenadas em frascos de polietileno com tampa esmerilhadas, jamais frascos de
vidro. Evitar qualquer tipo de impacto tais como, moagem, fricção, etc..
Para minimizar a decomposição, os peróxidos devem ser estocados em temperaturas baixas,
de acordo com a sua solubilidade e ponto de congelamento.
9.0-RECOLHIMENTO E DESATIVAÇÃO DE RESÍDUOS DO LABORATÓRIO
A finalidade destas indicações é transformar produtos químicos ativados em derivados
inócuos para permitir o recolhimento e eliminação segura.
Todos os trabalhos devem ser executados por pessoal habilitado com o uso EPIs adequados
para cada finalidade. Esta inativação deve ser feita em escala reduzida.
Métodos de eliminação e desativação
Soluções aquosas de ácidos orgânicos: São neutralizadas cuidadosamente com bicarbonato
de sódio ou hidróxido de sódio
Ácidos inorgânicos: São diluídos em processo normal ou em alguns casos sob agitação em
capela adicionando-se água. A seguir neutraliza-se com solução de hidróxido de sódio. Bases
inorgânicas: São diluídas como ácidos e neutralizadas com ácido sulfúrico.
10.0-MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS
Rotulagem Todos os frascos, originais do produto ou não, devem conter um rótulo com as seguintes
informações:
Nome do produto
Quem preparou
Concentração
Cuidados
Data do preparo
Data da validade
Condições de estocagem
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
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A) Ao reutilizar um frasco vazio certifique-se de que a etiqueta original foi complemente
retirada antes de colocar a nova etiqueta.
B) Quando encontrar uma embalagem sem rótulo de identificação, descarte o produto.
11- Armazenamento
Ao armazenar substâncias químicas, considerar:
Incompatibilidades entre os materiais armazenados, principalmente nos almoxarifados.
Sistema de ventilação.
Sinalização correta.
Disponibilidade de EPIS e EPCs.
Área administrativa separada da área técnica e da armazenagem.
Produtos Químicos Incompatíveis
Substâncias Estocagem Incompatível com:
Acetileno Cloro, bromo, flúor, cobre, prata, mercúrio
Ácido Acético Óxido de cromo IV, ácido nítrico, ácido perclórico, peróxidos,
permanganato, ácido acético, anilina, líquidos e gases combustíveis.
Ácido Nítrico Ácido acético, anilina, líquido e gases combustíveis
Ácido Oxálico Prata, sais de mercúrio
Ácido Perclórico Anidrido acético, álcoois, papel, madeira, clorato de potássio,
perclorato de potássio
Amoníaco Mercúrio, hipoclorito de cálcio, iodo, bromo
Amônio Nitrato Ácidos, metais em pó, substâncias orgânicas ou combustíveis
finamente divididos
Anilina Ácido nítrico, peróxido de hidrogênio
Carvão Ativo Hipoclorito de cálcio, oxidantes
Cianetos Ácidos
Cloratos Sais de amônio, ácidos, metais em pó, enxofre
Cobre Acetileno, peróxido de hidrogênio
Cromo IV Óxido Ácido acético, naftaleno, glicerina, líquidos combustíveis.
Hidrocarbonetos Flúor, cloro, bromo, peróxido de sódio
Hidrogênio Peróxido Cobre, cromo, ferro, álcoois, acetonas, substâncias combustíveis
Líquidos inflamáveis Nitrato de amônio, peróxido de hidrogênio, ácido nítrico, peróxido
de sódio, halogêneos
Mercúrio Acetileno, amoníaco
Metais Alcalinos Água, tetracloreto de carbono, halogêneos
Permanganato de
Potássio Glicerina, etilenoglicol, ácido sulfúrico
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11.1 - TRANSPORTE DE SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS
É proibido o transporte de material de risco (inflamáveis, explosivos, tóxicos, irritantes
e corrosivos), em motocicletas. O transporte destes produtos deverá ser efetuada apenas em
carros de carroceiria fechada estando o produto devidamente acondicionado e claramente
identificado quanto ao risco que representa (vide informação no rótulo do produto).
Alguns produtos incluídos nesta categoria e freqüentemente transportados por nossos
funcionários:
Álcool (etanol, metanol)
Ácidos (clorídrico, acético, sulfúrico, etc.)
Formaldeído
Gás combustível (comercial)
Hipoclorito
Xilol
Solventes orgânicos
Frascos para coleta de urina de 24 horas com conservante
Nos casos em que o risco da substância não for identificado , favor contactar o setor
de Qualidade- Biossegurança da Patologia (ramal 2121 - Marco Miguel, Márcio, Nilson,
Valéria Lessa ou Pedro Ventura).
12-Preparo de Soluções Fazer uma leitura prévia das características da substância que está manuseando.
Utilizar sempre, EPI específico.
A vidraria utilizada no preparo de soluções deve ser de boa qualidade, de preferência de
vidro boro-silicato.
Usar sempre, bastão com proteção de borracha, teflon ou plástico, para evitar trincar o
vidro.
Não usar vidraria que esteja trincada, lascada ou corroída.
Nunca pipetar substâncias químicas com a boca
Usar peras de borracha ou pipetadores automáticos.
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2.1-Procedimentos em caso de acidente com soluções: Como as substâncias apresentam diferentes propriedades, a metodologia de primeiros
socorros e descontaminação da área deverão ser realizadas de acordo com a substância
envolvida e as instruções do fabricante contidas no rótulo.
13-INCÊNDIOS
Como evitá-los:
uso adequado das tomadas conforme recomendações especificadas na "normas básicas para
uso de equipamento elétrico".
bujões de gás devem ser armazenados em local bem ventilado na área externa do prédio.
Atenção com substâncias potencialmente inflamáveis na hora de utilizar o fogo.
Estocar substâncias potencialmente inflamáveis longe de fontes de calor ou tomadas.
anutenção do bom estado da parte elétrica do prédio.
Manutenção de funcionários que garantam a segurança do prédio, vigias, durante os fins de
semana e feriados.
13.1-EQUIPAMENTO PARA CONTROLAR INCÊNDIO
Extintores de incêndio para produtos químicos (extintores PQS de pó), eletricidade
(extintores a gás CO2) e para papéis (extintores de água comprimida) devem estar
disponíveis. Em Ambientes que utilizam muito equipamento elétrico deve-se ter maior
número de extintores para eletricidade enquanto aqueles em que o número de produtos
químicos for muito grande devem conter extintores PQS em número suficiente. Os dois
podem ser utilizado em ambos os casos mas com meno do extintor devem ser guardados
em local livre e não distantes mais do que a 1 metro do piso e devidamente sinalizados.
Os extintores devem estar com a carga válida e devem estar a disposição em local
26
acessível a todos. Recomenda-se em locais com maior periculosidade que haja uma
extintor a cada 10m. Também é recomendável dentro de laboratórios que contenham
muitos solventes ou eqos elétricos.
Deve existir no laboratório uma dio treinada por órgão oficial.
Utilizesempre o extintor de incêndio adequado:
Pressão de água papel
CO2 - eletricidade ( pode ser utilizado c/ menor eficiência para material químico).
PQS - material inflamável (pode ser utilizado c/menor eficiência p/eletricidade).
OUTRAS ATIVIDADES QUE DEVEM SER REALIZADAS:
Fechar e remover o bujão de gás, quando possível.
Remover todos os produtos inflamáveis, quando possível.
Fechar janelas e portas, quando possível.
Incêndio de pequeno porte
- Seguir corretamente as instruções de uso do extintor que devem ser alocados em
local livre e não distantes mais do que a 1 metro do piso e devidamente sinalizados.
- Após o uso do extintor, notificar o serviço de segurança para recarregamento.
Precauções em caso de incêndio de grande porte
- Manter a calma e dar o alarme.
- Desligar imediatamente a capela e fechar as saídas de gás.
- Fazer a evacuação com calma.
- Em caso de fumaça, ande o mais rente possível do piso.
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14. Telefones úteis
Internos - setores de: Telefone
Diretoria:
Médicos de plantão:
Roger Levy
Maria Clara Porto
Marcos Birro
Vera Cuoco
Coordenação da Biossegurança
Marco Antônio Lemos Miguel:
9124-6719
Manutenção Ramal 2156
Ramal 2157
Externos
Bombeiros 193
Polícia 190
Defesa Civil 199
Hospitais próximos:
(Zona Sul) H. M. Miguel Couto - Botafogo
(Centro) H. M. Souza Aguiar - Centro
(Norte) H. E. Getúlio Vargas - Penha
(Norte) H. M. Salgado Filho - Meier
(Oeste) H. E. Carlos Chagas - Mal. Hermes
274-6050
296-4114
270-7772
201-9112
390-0123
Ministério da Saúde - Instituto Nacional de Controle de Qualidade
em Saúde - INCQS
290-0392
280-1590
Informações sobre AIDS - Hospital Evando Chagas 260-9749
Centro de controle de intoxicações 290-3344
Luz e Força
Lig-Light
CEDAE
CEG (gás)
196
120
195
197
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15- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- M. M. de Souza. 1998. Biossegurança no laboratório clínica. Ed. Eventos
2- CDC/NIH- Biosafety in Microbiological and Biomedical Laboratories
3- Manuais de Legislação Atlas; 39a edição. 1998. Volume 16: Segurança e Medicina do
Trabalho.
4- WHO-Laboratory Biosafety Manual. Geneve, 1994.
5- International Organization for Standartization ISO/TC 212/WG 1, Quality
management in the Clinical Laboratory
16 – Documentos anexos e legenda dos símbolos