Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
-
Upload
maria-couto -
Category
Documents
-
view
239 -
download
0
Transcript of Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
1/23
TEXTO DE APOIO DE
AURICULOTERAPIA IIANO LECTIVO
2011/ 2012
CURSO
CURSO DE AURICULOTERAPIA, MTC, NATUROPATIA EMASSAGEM
Departamento de MTC
IPN PORTO Sede: Av. Sidnio Pais n 379 - Edif. Hoechst Ed. B 2 andar 4100-468 PortoTel. 22 6095750/1 Fax 22 6095752
[email protected] ; Rua Delfim Maia, 378, 4200-253 PortoTel. 22 509 92 65 Fax 22 5099265
IPN MATOSINHOS - Praceta Cristvo Falco, n 73 r/c Esq. e n 93 r/c Dto 4465-114 S. Mamede de InfestaTel.: 229558027 Fax 229558028; [email protected] OVAR- Rua Alexandre Herculano n 35 a 41 3880-146 Ovar
Tel.: 256582682 Fax: 256583371: [email protected] BRAGA Rua Cidade do Porto n 50- 1 esq. 4705-084 Braga
Tel. 253691019 Fax: 253691019; [email protected]
IPN COIMBRA - Rua Joo do Ruo, n 12 Ed. Arnado Business Center- Piso I S. 11 - 3000-229 CoimbraTelef: 239840179 [email protected] LISBOA Rua Filipe Folque, n 40 2 - Ed. Folque 1050-114 Lisboa
Telef.: 213161021 [email protected]
www.ipnaturologia.com
INSTITUTO PORTUGUS DE NATUROLOGIA
Entidade acreditada pelo DGERT
Reconhecida pela Secretaria de Estado do Trabalho e FormaoProfissional
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.ipnaturologia.com/mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.ipnaturologia.com/ -
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
2/23
PROGRAMA DE AURICULOTERAPIA
Identificao do Mdulo/ Disciplina: Auriculoterapia II - 2 Semestre
Docentes: Prof. Andr Santos, Prof. Ana Veloso e Prof. Cludia Raimundo
Carga Horria: 60 h (30 horas lectivas e 30 horas no lectivas)
Populao Alvo: Estudantes; Profissionais de Sade; Tcnicos de Medicina Natural; Activos
desempregados; Jovens e adultos procura do 1 emprego.
Objectivos Gerais:
Pretende-se que no final do mdulo de Auriculoterapia II o formando seja capaz de:
Identificar as indicaes e contra-indicaes do uso da Auriculoterapia
Preparar uma sesso de Auriculoterapia
Executar as diversas tcnicas de Auriculoterapia
Formular um protocolo teraputico adequado situao clnica
Tratar diversas situaes clnicas em ambiente simulado
Contedo programtico desenvolvido:
Noes bsicas de Auriculoterapia
Tcnicas de Auriculoterapia
Reaces comuns nos tratamentos de Auriculoterapia
Princpios para a seleco de P.A
Diagnstico e tratamento de patologias
Sistema de Avaliao:
A avaliao contnua efectuada em todas as aulas de acordo com os seguintes critrios:
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
3/23
Assiduidade
Participao activa nas actividades lectivas
Avaliaes tericas
Avaliaes prticas
Participao nas actividades no lectivas
No final do semestre ser atribuda uma nota de 0 a 20 valores, sendo necessrio um mnimo de
10 valores para aprovao.
Plano das Sesses:
PLANO DE SESSES DAS HORAS LECTIVAS (30 Horas)
SESSO CONTEDOS PROGRAMTICOS
1. Noes bsicas de Auriculoterapia:
- Indicaes gerais da terapia auricular
- Indicaes e contra-indicaes do uso da Auriculoterapia
- Preparao de uma sesso de Auriculoterapia
2. Tcnicas de Auriculoterapia:
- Presso por esferas Esferas / Magnetos
- Agulhas filiformes
- Agulhas intradrmicas / Agulhas de presso / ASP
- Estimulao elctrica
- Massagem
- Moxibusto
- Sangria
- Laser
- Aplicaes tpicas
3. Reaces comuns nos tratamentos de Auriculoterapia
4. Princpios para a seleco de P.A
5. Diagnstico e tratamento de patologias:
a) Msculo-esquelticas e desabituaes
b) Endcrinas, do sistema nervoso e psicolgicas
c) Digestivas, respiratrias, ginecolgicas e urinrias
d) Dermatolgicas, alrgicas e dos rgos dos sentidos
- Apresentao de estudos de caso
PLANO DE SESSES DAS HORAS NO-LECTIVAS (30 Horas)
Execuo de exerccios prticos com apresentao em sala de aula (10 horas)
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
4/23
Execuo de exerccios escritos com resoluo em sala de aula (10 horas) Elaborao de um estudo de caso com apresentao escrita e oral (10 horas)
Nota: Todos os trabalhos e exerccios devem ser elaborados e apresentados de acordo
com as normas institucionais
Bibliografia:
Malta, Jos; Manual de Auriculoterapia 2007 / 2008; Instituto Portugus de Naturologia; 2007
Garca, Ernesto; Manual de Auriculoterapia; Editora Roca;
1. Noes bsicas de Auriculoterapia
Provavelmente esta ser a fase mais simples de todo o processo teraputico, em virtude de j seter encontrado uma possvel soluo para a situao em causa.
Contudo, no deveremos nunca menosprezar as tcnicas de tratamento, pois delas dependem a
eficcia do mesmo.
a) Indicaes gerais da terapia auricular
O uso da terapia auricular deve obedecer a um conjunto de normas e orientaes, afim do
terapeuta poder controlar todo o processo de recuperao do doente.
Por outro lado, deve conhecer as limitaes da Auriculoterapia, no embarcando por isso em
euforias desmedidas, que apenas o conduziro ao fracasso.
As indicaes mais importantes da terapia auricular so as seguintes:
Algias de qualquer tipo, sendo mais usuais as algias musculoesquelticas e
cefaleias Patologias inflamatrias e/ou infecciosas amigdalite, otite, conjuntivite, cistite,...
Patologias dermatolgicas psorase, urticria,...
Patologias endcrinas e metablicas diabetes, obesidade
Patologias funcionais hipertenso, zumbidos,...
Patologias crnicas provavelmente as mais frequentes e as mais difceis de curar.
Contudo, a melhoria da qualidade de vida do doente, um incentivo mais que suficiente para
continuar
b) Contra-indicaes da terapia auricular
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
5/23
Existe um conjunto de recomendaes que o terapeuta dever ter em conta antes de efectuar
qualquer tratamento:
Na gravidez, deveremos sempre ponderar a importncia do tratamento em virtude
dos riscos que acarreta, estando proibido o uso de pontos que podero levar ao aborto,
tais como, tero, endcrino, abdmen,... Em patologias graves (cardiopatias, anemias, hemofilia,...), ponderar o uso de
tcnicas agressivas
Durante o perodo da menstruao, apesar de no haver consenso acerca das suascontra-indicaes, o bom senso leva-nos a ponderar o seu uso
Em caso de patologias que atinjam o pavilho auricular deve-se evitar o tratamento,
em virtude de poder levar ao agravamento das mesmas
Nas crianas, idosos,..., evitar tcnicas agressivas
Em caso de patologias de risco (tumores, patologias cirrgicas, entre outros)aconselhar consulta conjunta da medicina ocidental
c) Mtodos de tratamento auricular
Apesar da grande diversidade de tcnicas que se podem efectuar no pavilho auricular, apenas
nos iremos debruar sobre algumas delas, que so consideradas mais importantes para o incio da
actividade profissional.
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
6/23
2) Tcnicas bsicas de tratamento
a) Presso por Esferas/Magnetos
Mtodo - Colocao de esferas em pontos do pavilho auricular,
habitualmente sementes de mostarda
Vantagens - Fcil utilizao, pouco traumtico e pouco doloroso
- Risco baixo de infeco e efeitos colaterais
- Efeito contnuo
- Incorpora o doente no processo de cura
- Pouco dispendioso
- Ideal para crianas, idosos, doentes com fobia a agulhas
-
Boa soluo para quem no pode fazer tratamentos dirios
Desvantagens - Efeito mais lento
- Incomodativas
- Inestticas
- Potencial causa de alergia
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
7/23
Material
- Sementes
- Pina
- Compressas
- lcool- Acetona
Tcnica - Seleccionar os P.A.
- Efectuar presso com a ponteira
- Desinfectar com lcool
- Fixar o pavilho auricular com uma mo
- Colocar a semente com a ajuda da pina
- Pressionar aumentando gradualmente a intensidade
- Estimular o P.A. na direco do nervo correspondente
Reaces ao
tratamento
- Sensao de calor no pavilho auricular
- Dor local ou erctil
- Desconforto local
- Sono
- Tonturas
-
Letargia(estes sintomas desaparecem habitualmente ao fim de alguns
minutos)
Ciclo * - As sementes permanecem colocadas de 3 a 7 dias
- Nas patologias agudas e/ou dolorosas e na fase inicial do
tratamento, o tempo de permanncia no dever exceder os 3
dias
- Nas patologias crnicas e aps o 1 ciclo, pode-se alargar o
prazo de permanncia para os 7 dias- Efectuar o ensino ao doente para auto
-estimular os P.A., cerca de 6 vezes por dia
Cuidados - Durante o tratamento o doente no pode molhar as sementes,
apenas poder cuidar da higiene global do pavilho auricular nos
intervalos do mesmo
- Aconselha-se o doente a retirar as sementes na manh do dia
de tratamento a fim de cuidar da higiene e hidratao do pavilhoauricular
- Prevenir o doente para a possibilidade de reaces alrgicas ao
adesivo
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
8/23
- Ponderar o uso ou o tempo de permanncia das sementes em
pocas quentes
- Em caso de leses do pavilho auricular, evitar o uso de
sementes impedindo o agravamento do mesmo. Neste caso
recomendvel tratar primeiro o pavilho auricular
- Em grvidas, crianas, idosos,..., o estmulo deve ser fracosendo alguns P.A. perfeitamente desaconselhados
- Ponderar o nmero de sementes a utilizar em cada tratamento*Entende-se por ciclo a frequncia do tratamento. Em geral a um ciclo correspondem 5
tratamentos. Entre cada ciclo repousa-se durante 1 ou 2 dias.
b) Agulhas filiformes
A insero de agulhas no pavilho auricular remonta aos primrdios da Acupunctura, contudo,hoje, raramente a base do tratamento.
Mtodo - Insero de agulhas filiformes no pavilho auricular
Vantagens - Efeito poderoso e rpido
- No depende do doente para o sucesso do tratamento
- Liberta o doente de problemas estticos ou sociais
Desvantagens - Efeito descontnuo
- Utilizao mais complexa, requerendo muita percia
- Risco mais acentuado de infeces
- Tcnica traumtica e dolorosa
Material - Agulhas filiformes
- lcool
- Compressas
- Acetona
- Luvas
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
9/23
Tcnica - Seleccionar os P.A.
- Efectuar presso com a ponteira
- Desinfectar com lcool
- Fixar o pavilho com uma mo
- Puncionar com agulha filiforme
- Estimular de acordo com o efeito pretendido *- Retirar as agulhas
Reaces ao
tratamento
- Sensao de calor, dor, mau estar, " choque elctrico,...,
no pavilho auricular
- Sono e letargia
- Lipotmia
- Potencial risco de infeco
Ciclo - Cada ciclo comporta 10 tratamentos
- Entre cada ciclo repousa 3 a 5 dias
Cuidados - Manter asspsia rigorosa durante o tratamento, pois
as infeces do pavilho auricular so muito difceis de
debelar
- Em virtude do efeito poderoso desaconselha-se o
seu uso se o doente no se apresentar em condies
favorveis, como no caso de jejum, excitao
emocional, debilidade fsica, etc., optando-se neste
caso por um mtodo mais suave
- No puncionar grvidas, crianas e outros doentes
de risco
- Ao puncionar a pessoa atender a que o pavilho
nunca poder ser perfurado, a cartilagem no tem
poder de regenerao, e potencialmente pode causar
infeces
- A direco da puno deve ser a seguinte:
- 45 - 90 - Conchas e fossa triangular e lbulo
- 15 - Fossa escafode, anti-hlice e hlice
- Trago e antitrago - varivel
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
10/23
*Em patologias agudas, dolorosas, por estagnao ou excesso, a estimulao deve ser forte e
rpida e o tempo de permanncia nunca inferior a 1 hora.
Em patologias crnicas ou por deficincia, a estimulao deve ser fraca, lenta e harmnica e o
tempo de permanncia de 30 minutos a 1 hora.
c) Agulhas intradrmicas / Agulhas de presso / ASP
Mtodo - Colocao de micro-agulhas em pontos do pavilho
auricularVantagens - Fcil utilizao, ligeiramente traumtico e relativamente
pouco doloroso
- Efeito contnuo e poderoso
- Incorpora o doente no processo de cura
- Ideal para patologias crnicas ou dolorosas, que
necessitem de estimulao contnua
- Boa soluo para quem no pode fazer tratamentosdirios
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
11/23
Desvantagens - Obrigatria preciso no P.A. a ser tratado
- Risco acentuado de infeces do pavilho auricular
- Incomodativas
- Inestticas
- Potencialmente causadoras de reaces alrgicas
- Uso limitado de pontos
Material - Placa com agulhas intra-drmicas
- Pina
- Compressas
- lcool
- Acetona
Tcnica - Seleccionar os P.A.
- Efectuar presso com a ponteira- Desinfectar com lcool
- Fixar o pavilho auricular com uma mo
- Colocar a agulha com a ajuda da pina
- Pressionar aumentando gradualmente a intensidade
- Estimular o P.A. na direco do nervo correspondente
Reaces ao
tratamento
- Sensao de calor no pavilho auricular
- Dor local ou irradiante
- Desconforto local
- Sono
- Tonturas
- Letargia
- Potencial infeco no pavilho auricular
Ciclo * - As agulhas permanecem colocadas de 3 a 7 dias
-
Nas patologias agudas e/ou dolorosas e na fase inicial dotratamento, o tempo de permanncia no dever exceder os
3 dias
- Nas patologias crnicas e aps o 1 ciclo pode-se alargar
o prazo de permanncia para os 7 dias
- Efectuar o ensino ao doente para auto-estimular os P.A.
cerca de 3 vezes por dia
Cuidados - Sempre que a temperatura ambiente seja quente e
hmida deve-se reduzir o n. de dias de permanncia das
agulhas
- Durante o tratamento o doente no pode molhar as
agulhas, apenas poder cuidar da higiene global do pavilho
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
12/23
auricular nos intervalos do mesmo
- Aconselha-se o doente a retirar as agulhas na manh do
dia de tratamento a fim de cuidar da higiene e hidratao do
pavilho auricular
- Prevenir o doente para a possibilidade de reaces
alrgicas ao adesivo e potencial risco de infeco. Em casode dvida retirar de imediato as agulhas
- Ponderar o uso ou o tempo de permanncia das agulhas
em pocas quentes ou hmidas
- Em caso de leses do pavilho auricular, evitar o uso de
agulhas impedindo o agravamento das mesmas. Neste caso
recomendvel tratar primeiro o pavilho auricular
- Em grvidas, crianas, idosos,... o uso de agulhas intra-
drmicas desaconselhado
- Limitar o nmero de agulhas a utilizar em cada
tratamento (mximo 5)
d) Estimulao elctrica
Mtodo - Insero de agulhas filiformes no pavilho auricular s quais se
associa um estmulo elctrico
Vantagens - Acentua o efeito poderoso e rpido do mtodo de agulhas
- No depende do doente para o sucesso do tratamento
- Liberta o doente de problemas estticos ou sociais
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
13/23
Desvantagens - Efeito descontnuo, mais susceptvel de causar reaces ao
doente
- Utilizao muito complexa, requerendo muita percia
- Risco mais acentuado de reaces ao tratamento
- Tcnica traumtica e dolorosa
Material - Agulhas filiformes
- Aparelho de electro-acupunctura
- lcool
- Compressas
- Acetona
- Luvas
Tcnica - Seleccionar os P.A.
- Efectuar presso com a ponteira- Desinfectar com lcool
- Fixar o pavilho com uma mo
- Puncionar com agulha filiforme
- Conectar os elctrodos nas agulhas*
- Seleccionar o tipo de onda elctrica, a sua frequncia e
intensidade**
- Desconectar os elctrodos
- Retirar as agulhas ou efectuar o ensino ao doente para asretirar num determinado momento ***
Reaces ao
tratamento
- Sensao de calor, dor, mau estar, " choque elctrico,... no
pavilho auricular
- Sono e letargia
- Lipotmia
- Potencial risco de infeco
(por norma todas as reaces poder-se-o acentuar)
Ciclo - Cada ciclo comporta 10 tratamentos
- Entre cada ciclo repousa 3 a 5 dias
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
14/23
Cuidados - Manter asspsia rigorosa durante o tratamento, pois as
infeces do pavilho auricular so muito difceis de debelar
- Em virtude do efeito poderoso desaconselha-se o seu uso
se o doente no se apresentar em condies favorveis,
como no caso de jejum, excitao emocional, debilidade
fsica, etc., optando-se neste caso por um mtodo maissuave
- No puncionar grvidas, crianas e outros doentes de
risco
Em resumo, o uso da electro-acupunctura deve ser sempre
ponderado visto aumentar consideravelmente os riscos do
tratamento
* Existem vrias formas de conexo:
- Seleccionar pontos bilaterais e conectar um plo em cada P.A. correspondente
- Seleccionar um ponto unilateral e pedir que o doente segure num dos plos
- Seleccionar um ponto auricular e conect-lo ao seu P.A. do sistema nervoso
correspondente** O tipo de onda a ser utilizado depende da natureza da patologia e da sensibilidade do
terapeuta. Habitualmente usam-se frequncias e intensidades baixas para se tonificar e altas para
se sedar
*** Em patologias agudas, dolorosas, por estagnao ou excesso o tempo de permanncia nunca
deve ser inferior a 1 hora.
Em patologias crnicas ou por deficincia o tempo de permanncia deve ser de 30 minutos a 1
hora.
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
15/23
e) Massagem
Mtodo - Massagem do pavilho auricular ou de pontos especficos*
Vantagens - Efeito preventivo
- Tcnica relaxante pouco dolorosa
Desvantagens - Efeito teraputico fraco e/ou demorado
Material - Mos
- Sonda
Tcnica - Massajar o pavilho auricular
Reaces ao
tratamento
- Sensao de calor no pavilho auricular
- Letargia
Ciclo - Na sua forma preventiva diariamente- Em associao com outras tcnicas integrando os seus
respectivos ciclos
Cuidados
- Nas grvidas, pessoas muito debilitadas,..., ponderar o seu uso
- Em caso de leses do pavilho auricular no deve ser efectuada
* Existem duas formas de massagem do pavilho auricular:
Massagem geral frico, presso, beliscar,... (1)
Massagem de pontos especficos - pontear, pinar e amassar
(1) - Frico com as palmas das mos
- Pinar e repuxar o hlice, anti-hlice e fossa escafode
- Pinar e/ou amassar as conchas
- Beliscar o lbulo
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
16/23
f) Moxibusto
Mtodo
- Aplicao de moxa em pontos do pavilho auricular, com a
finalidade de aquecer, sendo til em sndromes de frio e deficincia
Vantagens - relativa facilidade de utilizao
- pouco traumtica
- risco baixo de infeco e efeitos colaterais
- bom complemento ou alternativo a outros mtodos
Desvantagens - efeito mais lento
- incomodativa, pelo calor que provoca e pelo cheiro- potencialmente causadora de queimaduras
Material - moxa
- pina
- compressas
- lcool
- acetona
Tcnica - seleccionar os P.A.
- desinfectar com lcool- fixar o pavilho auricular com uma mo
- aplicar a moxa no local seleccionado *
Reaces ao
tratamento
- sensao de calor no pavilho auricular
- dor local e desconforto local
- tonturas
- letargia
Ciclo - tratamento dirio durante o 1 ciclo
( 10 tratamentos )
- Aps 2 dias de descanso reinicia novo ciclo com tratamentos 2
vezes por semana
- Habitualmente o tratamento com moxa usado como
complemento na terapia com sementes ou com agulhas, integrando-
se nos seus ciclos de tratamento
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
17/23
Cuidados - Durante o tratamento temos de proteger o cabelo, para evitar que
se incendeiem
- Prevenir o doente para a possibilidade de pequenas queimaduras
- Em caso de leses do pavilho auricular, evitar o seu uso
impedindo o agravamento do mesmo. Neste caso recomendvel
tratar primeiro o pavilho auricular- Em grvidas, doentes muito nervosos,... so perfeitamente
desaconselhados
* Habitualmente so utilizadas duas formas de Moxa no tratamento:
Cone aplicado directamente no P.A.
Basto aplicado a 2mm do P.A. ou em associao com agulhas filiformes
g) Sangria
Mtodo - Uso de material cortante ou perfurante para efectuar sangrias *
em pontos especficos
Vantagens - Efeito poderoso
- Ideal para patologias por excesso ou calor
Desvantagens - Obrigatria preciso no P.A. a ser tratado- Risco acentuado de infeces do pavilho auricular e de
reaces ao tratamento
- Uso limitado de pontos
Material - Bisturi, agulhas ou lancetas
- Compressas
- lcool
- Acetona
- Luvas
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
18/23
Tcnica - Massajar o pavilho auricular
- Seleccionar os P.A.
- Desinfectar com lcool
- Fixar o pavilho auricular com uma mo
- Picar o P.A. seleccionado
- Absorver as gotas de sangue na compressa- Promover a hemostase no final
Reaces ao
tratamento
- Sensao de calor no pavilho auricular
- Dor local
- Desconforto local
- Sono
- Tonturas
- Letargia
- Potencial infeco no pavilho auricular
Ciclo - As sangrias so usadas como complemento de outras terapias.
Esta tcnica habitualmente efectuada em dias alternados
sendo retirado at 5 gotas de sangue (excepto na fase aguda
da doena em que o seu uso pode ser dirio)
Cuidados - Prevenir o doente para o potencial risco de infeco e de
reaces ao tratamento
- Em grvidas, crianas, idosos,... esta tcnica est
desaconselhada
- Ter em ateno a profundidade da puno, visto existir o perigo
de leso da cartilagem
- No sangrar doentes hemoflicos, anmicos,...
- Manter asspsia rigorosa
* Os pontos mais utilizados na sangria so:
- pice do pavilho auricular
- pice do trago
- Ponto Yang do fgado
- Pontos do hlice
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
19/23
h) Laser
Mtodo - Utilizao de laser em pontos do pavilho auricular
Vantagens - Indolor
- Ideal para crianas e pessoas com fobia a agulhas
Desvantagens - Efeito teraputico mais demorado
Material - Aparelho de laser
Tcnica - Seleccionar o P.A.
- Estimular com o aparelho de laserReaces ao
tratamento - Sensao de calor no pavilho auricular
Ciclo - Diariamente- Em associao com outras tcnicas integrando os seus
respectivos ciclos
Cuidados
- Nas grvidas, pessoas muito debilitadas,..., ponderar o seu uso
- Proteger sempre os olhos do doente
i) Aplicaes tpicas
Mtodo - Colocao de emplastros * em pontos do pavilho auricular.
- Habitualmente aps realizao de pequenos cortes com o bisturi
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
20/23
Vantagens - Efeito contnuo dos constituintes do emplastro
- Boa soluo em alguns casos, tais como alteraes de sensibilidade,
patologias dermatolgicas, algias,...
Desvantagens - Traumtico e doloroso
- Risco acentuado de infeces
- Incomodativos
- Inestticos
- Potencialmente causadores de reaces alrgicas
Material - Emplastros manuais ou comerciais **
- Bisturi
- Pina
- Compressas
- lcool
- Acetona
- Luvas
Tcnica - Seleccionar os P.A.
- Desinfectar com lcool
- Fixar o pavilho auricular com uma mo
- Efectuar opcionalmente os cortes em zonas especficas
- Colocar o emplastro com a ajuda da pina
- Pressionar suavemente at aderir ao pavilho auricular
Reaces ao
tratamento
- Sensao de calor no pavilho auricular
- Desconforto local
- Potencial reaco alrgica ou infecciosa
Ciclo - Os emplastros permanecem colocadas 3 dias no mximo
Cuidados - Durante o tratamento o doente no pode molhar os emplastros, apenas
poder cuidar da higiene global do pavilho auricular nos intervalos do
mesmo
- Aconselha-se o doente a retirar os emplastros na manh do dia de
tratamento a fim de cuidar da higiene e hidratao do pavilho auricular
Prevenir o doente para a possibilidade de reaces alrgicas e infecciosas
Ponderar o uso ou o tempo de permanncia dos emplastros em pocas
quentes
- Em caso de leses do pavilho auricular, evitar o seu uso impedindo o
agravamento do mesmo. Neste caso recomendvel tratar primeiro o
pavilho auricular
- Em crianas, idosos,..., esta tcnica poder ser efectuada sem oscortes no pavilho auricular.
- Nas grvidas no deve ser utilizada
- Limitar o nmero de emplastros a utilizar em cada tratamento
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
21/23
* Os emplastros contm princpios teraputicos (fitoterapia, oligoterapia,...), que ao serem
fixados no pavilho auricular, promovem a absoro dessas substncias produzindo um
efeito teraputico no local seleccionado.Alguns dos princpios teraputicos mais usados so o Gengibre, Harpagfito, Alho, Ginko,
Propolis, Cobre, ...
** Hoje em dia j no se justifica o processo manual de produo de emplastros visto
existir um sem nmero de emplastros comerciais vocacionados para estes fins. Contudo,
devemos estar atentos s possveis reaces que possam surgir no pavilho auricular.
3. Reaces comuns nos tratamentos de Auriculoterapia
Para simplificar o estudo podemos dividir as reaces ao tratamento em dois grupos:
a) Durante o tratamento
Reaces locais dor, distenso, calor, frio,
Manifestaes distncia algias, desconforto,..., nas regies correspondentes ou
meridianos associados
Reaces gerais associadas melhoria do estado geral ou parcelar, no por
tratamento especfico, mas sim por reequilbrio energtico
b) Aps o tratamento
Aco retardada habitual em patologias de longa durao, m escolha dos P.A.,
estmulo insuficiente,... A persistncia geralmente trs resultados positivos aps o
aumento do estmulo e reviso dos pontos seleccionados
Efeito instvel aps uma fase inicial de franca recuperao, um estagnar das
melhorias habitualmente relaciona-se com uma saturao dos P.A., o que revela
uma m opo do tratamento
Insensibilidade em situaes muito raras possvel existir uma insensibilidade do
doente quer s manifestaes da doena no pavilho auricular, quer ao tratamento
efectuado. Nestes casos deve-se evitar a Auriculoterapia.
Efeito contrrio muito raramente surge o agravamento dos sintomas no incio do
tratamento, contudo, habitualmente a situao transitria. Assim, o terapeuta
deve estar atento para a eventual necessidade de suspenso do tratamento
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
22/23
4) Princpios para a seleco de P.A.
Os princpios de seleco de P.A. varia em funo da sensibilidade do terapeuta, contudo
relembramos que a utilizao de protocolos apenas poder resolver algumas situaes, levando
com o passar do tempo ao insucesso. O mais importante o doente. Todo o tratamento nico,
de nada vale tratar apenas o sintoma, o importante reequilibrar o doente como um todo, e no
como a soma das suas partes.
Deste modo toda a seleco dos P.A. para o tratamento deve obedecer aos seguintes critrios:
Pontos correspondentes so a base do tratamento
Pontos de M.T.C. so o fruto de vrias teorias: - Yin / Yang, Zang-Fu, meridianos e 5
movimentos
Pontos funcionais tm uma funo complementar ao tratamento
Pontos do sistema nevoso e endcrino
Pontos de Medicina ocidental hoje em dia a tendncia natural para a fuso de todos os
conhecimentos, dando-se muito relevo a todos os avanos da Medicina Ocidental. A
Auriculoterapia a terapia oriental que porventura melhor estabelece a ponte com a Medicina
Ocidental
Pontos pessoais surgem da experincia profissional do terapeuta
5. Diagnstico e tratamento de patologias:
Ao contrrio do habitual no sero fornecidos protocolos, mas sim bases teraputicas, que
permitam a criao de tratamentos de acordo com as necessidades de cada doente.
Iremos debruar-nos em sala de aula sobre algumas patologias mais comuns, de forma a
sistematizar o estudo, dando possibilidade ao estudante de criar a sua prpria tcnica. Estas
patologias enquadram-se nas seguintes categorias:
Msculo-esquelticas e desabituaes
-
7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012
23/23
Endcrinas, Sistema nervoso e psicolgicas
Digestivas, respiratrias, ginecolgicas e urinrias
Dermatolgicas, alrgicas e dos rgos dos sentidos
NO ESQUECER: Devemos sempre lembrar que no se tratam doenas, mas sim doentes.
10. Concluso
A Auriculoterapia uma terapia com origem no oriente, mas cuja prtica, na
actualidade, generalizada a todos os continentes;
Est indicada no tratamento de vasto nmero de patologias;
A sua aprendizagem relativamente acessvel e a sua prtica pouco dispendiosa,
pelo que recolhe a procura e o apreo de muitos pacientes;
Esperamos, com esta disciplina, contribuir para a divulgao e o desenvolvimento
da Auriculoterapia em Portugal, habilitando os formandos para uma prtica de
sucesso.