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VII Ciclo de Conferências em Economia Social Manter a Identidade, Visar a Sustentabilidade Sustentabilidade e/ou Desenvolvimento Sustentável João Wengorovius Meneses Santarém, 3/maio/2017

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VII Ciclo de Conferências em Economia Social

Manter a Identidade, Visar a Sustentabilidade

Sustentabilidade e/ou Desenvolvimento Sustentável

João Wengorovius Meneses Santarém, 3/maio/2017

Sustentabilidade enquanto sustentabilidade económico-financeira ou viabilidade

Sustentabilidade na ótica do desenvolvimento sustentável ou da economia social e solidária

Âmbito sessão: Identidade e sustentabilidade da economia social hoje e no futuro

Económica Social Ambiental

Cultural

Territorial Cognitiva Politica Ética

Prof. Roque Amaro

«O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das

gerações futuras suprirem as suas necessidades.»

Relatório Brundtland (1987)

Os conceitos de desenvolvimento sustentável e de economia social e solidária

As oito dimensões da economia solidária:

Interrogações de partida para compreender o presente e desenhar o futuro:

Nos últimos anos, a economia social e solidária aproximou-se excessivamente do mercado (e do

Estado), e desenvolvimento sustentável da sua dimensão económico-financeira (i.e. viabilidade),

comprometendo a identidade de ambos os conceitos…?

1

O que aproxima/distingue a economia social e solidária de fenómenos novos como o negócio social

e o empreendedorismo social?

2

Estaremos perante um corte/gap geracional (e epistemológico)? Se sim, o que fazer…?3

www.youtube.com/watch?v=A1AcZV-KKMY&index=4&list=PLvn_PfWZwxUawOVDmC0FUk8d_sao9qLJE

6’10’’-16’10’’

Testemunho recente do Prof. Roque Amaro sobre o empreendedorismo social

Há uma luta a travar…??

Teremos de fazer como Ulisses…?

O que se está a passar à nossa volta…?

www.youtube.com/watch?v=rwhMIEyoFJk

É o efeito Geração Y…

Quem são os Millennials?

Trata-se de uma grande oportunidade esta tendência sociológico-geracional…?

Sim, se soubermos (e quisermos) valorizar a diversidade de respostas…

e subsídios

mobilizar mais recursos para as respostas sociais, oriundos de novas fontes, sem negar a importância das atuais – so what…?

O conceito de investimento social como exemplo da diversidade de respostas

Há muitas formas (e linguagens) de dar o peixe…

Em síntese…

… de ensinar a pescar…

…e de revolucionar a indústria da pesca.

Lideranças mais criativas, abertas e biunívocas

Foco nos resultados, não tanto no processo nem no sistema/estruturas

Atores mais colaborativos e celebrativos

Menos ideológicas, mais pragmáticas

Mais digitais

Mais empresarial

Mais vaidosos (os fundadores)

Mais globais

Recurso a novas linguagens

Maior valorização do design/estética

Maior fusão de linguagens e públicos

Preocupação com a qualidade das respostas/satisfação dos beneficiário ou clientes (e menor preocupação em provocar mudanças profundas ou sistémicas)

O que caracteriza (para mim) a nova geração de respostas sociais:

Maior influência anglo-saxónica (e não francófona)

Evitar o efeito de pêndulo gerado pelas simplificações dicotómicas e o extremar de posições entre os diversos grupos de atores é um desafio atual

Um modelo de desenvolvimento sustentável precisa de (quase) todos e de governação holística e integrada

Cumpridos critérios mínimos, é fundamental evitar o preconceito face ao novo (para a sustentabilidade dos modelos de desenvolvimento futuros)

EXEMPLOS (NOVOS)

A presença do digital: global, aberto e colaborativo by design

Estudo de caso 1 (preço: 200 USD e não 2,000 USD)

Estudo de caso 2 (Amount lent through Kiva: 964 million USD / Kiva lenders: 1,6 million / Kiva borrowers: 2,4 million)

https://vimeo.com/62548526

Mas as novas respostas também conseguem ser extremamente locais, humanas e criativas

Orquestra TODOS

…bem como assentes no território, contribuindo para o desenvolvimento local de forma inclusiva e criativa

Há novas respostas a contribuir para a dimensão cognitiva das comunidades, para a sua autoestima, coesão e identidade (e com viab. económica)

Sem medo de recorrer a novas linguagens e estéticas na sua própria proposta de economia do dom e da troca (assente na reciprocidade)…

…Nem medo de recorrer a negócios sociais, vocacionados para a base da pirâmide…

…aliás, vocacionados para todas as classes

DUAS QUESTÕES PARA DEBATE

Em 2017, em sede de Orçamento da Segurança Social, o Governo inscreveu uma dotação de

1.516,5 milhões de euros para as despesas de cooperação com as instituições do setor social

E se houvesse um indicador (público) multidimensional de avaliação das respostas (que respeitasse a identidade da economia social e solidária)?

E se uma parte da verba do OE se destinasse a financiar novas respostas (inovação social)?

Obrigado