Manejo de Formigas Cortadeiras
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25-Nov-2015Category
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Formigas Cortadeiras:
Princpios de Manejo Integrado
de `reas Infestadas
34
Jos Sarney FilhoMinistro do Meio Ambiente
Marlia marreco CerqueiraPresidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis
Rmulo Jos Fernades Barreto MelloDiretor de Gesto Estratgica
Jos Silva QuintasCoordenador do Programa de Educao Ambiental
Luiz Claudio MachadoCoordenador do Projeto de Divulgao Tcnico-Cientfica
As opinies expressas bem como a reviso do texto so de responsabilidade do autor.
EdioIBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis
Diretoria de Gesto EstratgicaPrograma de Educao Ambiental
Projeto de Divulgao Tcnico-CientficaSAIN Avenida L/4 Norte, s/n
70800-200 - Braslia-DFTelefones: (061) 316-1191 e 316-1222
Fax: (061) [email protected]
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Braslia2000
Impresso no BrasilPrinted in Brazil
Ministrio do Meio AmbienteInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis
Diretoria de Gesto Estratgica
Formigas Cortadeiras:
Princpios de Manejo Integrado
de `reas Infestadas
DAlembert de B. Jaccoud
2000
Srie Meio Ambiente em Debate, 34
Diagramao, Capa e Lay-outLuiz Claudio Machado
IlustraesLeonardo Branco
Criao, arte-final e impressoProjeto de Divulgao Tcnico-Cientfica - DITEC
ExecuoIBAMA
FINATEC
Ficha CatalogrficaSonia de Menezes Lyra Nobre Machado
J12f
Jaccoud, D'Alembert de B.Formigas cortadeiras: princpios de manejo integrado de reas infestadas/D'Alembert
de B. Jaccoud; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturasisRenovveis, Diretoria de Gesto Estrtegica.-- Braslia: Ed. IBAMA pesca nas lagoascosteiras fluminenses / Rgis Pinto de Lima ___ Braslia: Ed. IBAMA, 2000.
60 p. : il. ; 21x29,7cm. -- (Srie Meio Ambiente em debate ISSN 1413-2583; 34)
Inclui bibliografia.
1. Inseto nocivo. 2. Praga. 3. Bioecologia. 4. Formiga cortadeira. I. Ttulo. II.Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis.Diretoria de Incentivo Pesquisa e Divulgao. III. Srie
CDU (2. ed.) 632.796
CATALOGAO NA FONTE - BIBLIOTECA DA PROCURADORIA-GERAL DO IBAMA
UnB, Fazenda `gua LimpaReserva Ecolgica do IBGESociedade de Pesquisas Ecolgicas do Cerrado, PROCERJardim Botnico de Braslia, Governo do Distrito FederalNOVACAP, Governo do Distrito FederalCENARGEN/EMBRAPACAMPICAL Ltda.BYTESCH Ltda.Coca Cola de Braslia Ltda.Dr Mayh Nunes, UFRRJ
colaboradores do projeto:Leo Gondim, biolgo, M.Sc. em EntomologiaRenato Sampaio, bolsista FINATECLeandro Alves, bolsista FINATECMireile Pic, bolsista FINATEC
Agradecimentos
Apresentao
Esta publicao foi desenvolvida no mbito da Diviso de Desenvolvimento deTecnologias Ambientais-DITAM, da Diretoria de Incentivo Pesquisa e Divulgao-DIRPED,com o propsito de identificar tecnologias ambientalmente saudveis aplicveis no controlede formigas cortadeiras. A partir desse trabalho, pretendia-se dar incio a uma sistematizaodo conhecimento tecnolgico alternativo quele convencionalmente utilizado no controle depragas agroflorestais, cujos impactos vem comprometendo a qualidade do meio ambiente eda sade humana.
No contexto deste trabalho, os mtodos de controle apresentados foramdesenvolvidos com base em experimentao de campo - realizadas no perodo de set/97 a set/98, no Distrito Federal - e no conhecimento popular e tradicional de produtores, trabalhadoresrurais e outros interessados.
Embora o documento no avance necessariamente no aporte de novosconhecimentos, sua importncia d-se pela tentativa de buscar consolidar, em uma nicapublicao, os resultados decorrentes da experimentao de campo dos mtodos de controlede formigas cortadeiras e de sua eficincia na prtica.
Miriam Laila AbsyCoordenadora da Diviso de Desenvolvimento
de Tecnologias Ambientais-DITAM
Sumrio
I. CONCEITOS INICIAIS ............................................................................................. 111. Formigas Cortadeiras ........................................................................................... 112. Outras Formigas .................................................................................................. 123. Infestao de Formigas ........................................................................................ 134. Manejo Integrado de Pragas ................................................................................ 14
II. BIOLOGIA E ECOLOGIA DAS FORMIGAS CORTADEIRAS .................................... 151. Construo do Ninho .......................................................................................... 152. Descrio da Populao ...................................................................................... 173. Nutrio .............................................................................................................. 194. Fases de Desenvolvimento de uma Colnia de Savas ........................................ 20
III. CONTROLE QUMICO............................................................................................. 231. As Iscas Formicidas .............................................................................................. 232. OS Formicidas em P .......................................................................................... 273. Outras Formulaes ............................................................................................. 30
IV. CONTROLE FSICO ................................................................................................. 311. Proteo de Plantas ............................................................................................. 312. Proteo de Canteiros e Pequenos Espaos ......................................................... 333. Escavao de Colnias ........................................................................................ 334. Compactao ...................................................................................................... 345. Gradagem e Arao do Solo................................................................................ 356. `gua e Fogo ........................................................................................................ 36
V. CONTROLE BIOLGICO ........................................................................................ 371. Controle Biolgico Natural .................................................................................. 372. Controle Biolgico Convencional ........................................................................ 37
VI. CALEND`RIOS DE CONTROLE ............................................................................. 391. Pequenos Pomares e Florestas, Sistemas Agroflorestais ........................................ 402. Pastagens, Capineiras e Canaviais ....................................................................... 443. Culturas de Sequeiro e Irrigadas .......................................................................... 484. `reas de Horticultura, Viveirismo e Jardinagem, ` reas Urbanizadas,
de esportes e de Lazer ......................................................................................... 50
VII. ANEXOS .................................................................................................................. 531. Bibliografia para Consultas Bsicas...................................................................... 532. Bancos de Dados com Referncia a projetos de pesquisa ..................................... 533. Universidades com Pesquisa na `rea de Biologia
e Controle de Cortadeiras .................................................................................... 54
1 . CONCEITOS INICIAIS
1. Formigas Cortadeiras
So conhecidas por savas e quenquns e se caracterizam por subir nas plantas ecortar pedaos de folhas, flores, brotos e outras partes, carregando-os para a parte subterrneado formigueiro, a sede da sua colnia. Com muita atividade e organizao, elas preparam osvegetais para propiciar o crescimento de certos tipos de fungo dentro do formigueiro. Ocupandoas panelas dos formigueiros, esses jardins de fungos se assemelham a esponjas de coloraocinza e aspecto frgil.
As formigas cortadeiras somente ocorrem nas Amricas. Vo da Argentina ao suldos EUA, concentrando-se nos trpicos. Dentre as mais de 1.000 espcies de formigas existentesno Brasil, as savas e quenquns, respectivamente conhecidas como gneros Atta eAcromyrmex, somam juntas cerca de 40 espcies.
Savas a denominao das espcies de cortadeiras nas quais tanto os formigueiroscomo as prprias formigas so de grandes propores, maiores que no grupo das quenquns. Assavas constroem ninhos subterrneos largos e profundos, removendo grande volume de terra nassuas escavaes, o que forma um ou mais montculos sobre o solo. Todos os tipos de formigas de umsauveiro so at duas vezes maiores que as quenquns, inclusive seus ovos, larvas, pupas e casaisreais (rainha e machos). Somente as savas possuem as "soldadas" ou cabeudas, que so asoperrias visivelmente maiores em tamanho que as outras formigas do mesmo ninho, possuindo umacabea grande e fortes mandbulas. As savas de mais ampla distribuio e maior importncia noBrasil so a sava-limo (Atta sexdens) e sava-de-vidro (Atta laevigata). Outras 10 espcies desava tm grande importncia em algumas regies.
Quenquns a denominao genrica dada a vrias espcies de cortadeiras, que sediferenciam das savas pelo pequeno tamanho de suas operrias, inclusive das soldadas, bem comopelos formigueiros mais superficiais e menos populosos. Elas se mudam de local e constroem novosninhos com certa facilidade, aproveitando-se de frestas,