Maìsa Maria
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Transcript of Maìsa Maria
- 1. Jorge de Lima
2. Vida de Jorge de Lima
- Jorge Matheos de Lima nasceu em Alagoas, em 1893. Fez os primeiros estudos em sua cidade, Unio, e depois em Macei, no Colgio dos Irmos Maristas. Estudou Medicina em Salvador, transferindo-se para o Rio de Janeiro, onde defendeu tese sobre os servios de higiene na capital federal. Ainda estudante de Medicina, publicou seu primeiro livro, XIV Alexandrinos (1914). Aps ter se formado, retornou a Macei.
3. Tempo da infncia, cinza de borralho, tempo esfumado sobre vila e rio e tumba e cal e coisas que eu no valho, cobre isso tudo em que me denuncio. H tambm essa face que sumiu e o espelho triste e o rei desse baralho. Ponho as cartas na mesa. Jogo frio. Veste esse rei um manto de espantalho. 4. Assinalou a polimrfica trajetria com muitos e sucessivos rtulos estticos: modernista, regionalista, nativista, cantor da poesia negra e do folclore, neo-simbolista, mstico-realista, poeta cristo. 5. Sua obra mais conhecida, "Essa negra Ful", foi publicada em seu livro "Novos Poemas". 6.
- L vem o acendedor de lampies de rua!
- Este mesmo que vem, infatigavelmente,
- Parodiar o Sol e associar-se lua
- Quando a sobra da noite enegrece o poente.
- Um, dois, trs lampies, acende e continua
- Outros mais a acender imperturbavelmente,
- medida que a noite, aos poucos, se acentua
- E a palidez da lua apenas se pressente.
7. Faleceu, no Rio de Janeiro, em 1953 8. Principais Obras XIV Alexandrinos (1914); O Mundo do Menino Impossvel (1925); Poemas (1927); Novos Poemas (1929); Poemas Escolhidos (1932); Tempo e Eternidade (1935) - em colaborao com Murilo Mendes; A Tnica Inconstil (1938); Poemas Negros (1947); Livro de Sonetos (1949); Obra Potica (1950) - inclui produo anterior, juntamente com Anunciao e Encontro de Mira-Celi; Inveno de Orfeu (1952); Castro Alves - Vidinha (1952). 9.
- senhora Heitor Usai
- Alta noite, quando escreveis um poema qualquer
- sem sentirdes o que escreveis,
- olhai vossa mo que vossa mo no vos pertence mais;
- olhai como parece uma asa que viesse de longe.
- Olhai a luz que de momento a momento
- sai entre os seus dedos recurvos.
- Olhai a Grande Mo que sobre ela se abate
- e a faz deslizar sobre o papel estreito
- com o clamor silencioso da sabedoria
- com a suavidade do Cu
- ou com a dureza do Inferno!
- Se no credes, tocai com a outra mo inativa
- as chagas da Mo que escreve.