Macroeconomia_Resumo
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MACROECONOMIA - BACEN
1. SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS
A. Agregados Monetários
Renda, Emprego, Níveis Gerais de Preço, Déficit público, Produção nacional.
Fluxos reais = fatores de produção e os produtos. Fluxos monetários = renda e os pagamentos (despesa)
Vazamentos = Poupança (S), Impostos (T) e Importações (M). Injeções = Investimentos (I), Gastos do Gov. (G) e Exportações (X).
B. As Contas
Preço de Mercado = Custo de Fatores + Impostos - Subsídios
Bruto = Líquido + Depreciação Nacional = Interno (Geográfico) + Produção por Brasileiros
C. Contas Nacionais
Produto Interno Bruto (PIB)
PIB Nominal = PIB a preços correntes
PIB Real = PIB a preços anteriores
Renda Nacional Disponível Bruta
Conta Capital
Transações Correntes com o resto do mundo
Contas Correntes da Administração Pública
SGOV + SPRI + SE = IGOV + IPRI
Ocorrerá Déficit Público quando:
IGOV - SGOV = IPRI - SPRI - SE
2. SISTEMA MONETÁRIO
Moeda é a reserva de valor a ser criada ou destruída.
A. Termos
Papel Moeda Emitido = PME
Papel Moeda em Circulação = PMC
Papel Moeda em Poder do Público = PMPP
Depósito a vista nos Bancos Comerciais = DVBC
Encaixe Total = ET
Dinheiro não emprestado aos bancos
Multiplicador Monetário = m
Meios de pagamento = M
Base monetária = B
B. Parâmetros comportamentais
Depósitos (d) “Complemento” (c) Nível de Reserva (R)
d= c= R=
0 ≤ d ≤ 1 0 ≤ c ≤ 1 0 ≤ R ≤ 1
C. Multiplicador Monetário (m)
m ≥1
SEMPRE!!!!
Multiplicador monetário Derivadas Meios de
Pagamento
m↑ e d↑
Varia
positivamente
c↓ + d ↑= 1
m↑ Varia
negativamente
R ↑ e m↓
D. Meios de Pagamento
PMC PME – “Caixa”
PMPP PMC – Encaixe dos BC
Encaixe Total (ET) Depósito Compulsório +
Depósito a Vista + “Caixa”
Base monetária (B) PMPP + ET
Meios de pagamento (M) PMPP + DVBC
m × B
d = 0 c = 0 DVBC = 0 M = PMPP
d = 1 c = 1 PMPP = 0 m = 1/R
R = 0 ET= 0
Empréstimo Total m= 1/(1-d)
R = 1 ET = DVBC
Não tem empréstimo m = 1
E. Criação e destruição da moeda
Criação: publico entrega um haver não monetário e recebe um haver monetário. Ex: quando uma pessoa saca seu deposito a prazo (PMPP), o
BACEN fornece dinheiro para a União e adquiri títulos governamentais.
Destruição: publico entrega um ativo monetário e recebe um não monetário.
Ex: quando uma pessoa deposita na poupança, um banco vende títulos
governamentais ao publico, uma pessoa paga um empréstimo com débito em conta.
3. BALANÇO DE PAGAMENTOS
Balanço de Transações Correntes Transações de Capital
Balança comercial
(Exportação – Importação)
Capitais autônomos
(Investimento, Financiamento,...)
Balança de serviços (Viagens, transportes, seguros,
lucros, juros, outros)
Capitais compensatórios (Variação de reservas e
Empréstimos regulares)
Transferência unilateral
Saldo do balanço em transações correntes = a+b+c
Erros e omissões
Saldo total do balanço de pagamentos = a+b+c+d+e
4. CRESCIMENTO ECONOMICO
A. Sistema Financeiro, Poupança e Investimentos
O Sistema Financeiro
Nacional faz a intermediação
entre Investimento (I) e
Poupança (S).
Investimento bruto total = Poupança total
Y ≡ C + G + I + X – M
S≡ Y - C –T I = S × (T-G) + (X-M)
S= Poupança interna do setor privado.
(T-G) = Poupança interna do setor público. (X-M) =Poupança externa.
Déficit Público
DP = Igov + Sgov
DP = (Sp – Ip) + Se
O DP é financiado pela poupança
bruta e pela poupança externa.
B. Variáveis
Variável econômica Variável econômica nominal é a variável econômica real acrescida da
inflação.
% da taxa de crescimento
Um aumento nominal de 10% e inflação de 4% gera um aumento real de
6%.
p é chamado de deflator do PIB
Variável de fluxo e estoque
Fluxo Estoque
“TEMPO” Corrente da torneira.
Ex: PIB, C, G, I
“ACÚMULO” É a água.
Ex: Riqueza (w)
F = ∆E E = ΣF
Observação: a VF pode ser entendida como VE. Exemplo:
1. Equação Movimento de Capital = Kt+1 = [ (1 – δ) × Kt] + It
VF = VE – VE → It = {Kt+1 – [ (1 – δ) × Kt] }
2. EPIB = ΣPIB
VF = E → ΣPIB = W
5. PRINCIPAIS MODELOS MACROECONOMICOS
A. Modelo clássico
Preços são totalmente flexíveis e respondem
as forças de mercado (oferta e demanda).
Alocações obtidas pelo mercado são eficientes. “Participação mínima do
Governo”.
B. Modelo Keynesiano
Não são totalmente flexíveis (grau de rigidez). As forças de mercado não
são prontamente atendidas. Alocações podem ser ineficientes. “Escopo forte para a participação do Governo, sobretudo em Gastos Públicos”.
Desemprego = Demanda agregada insuficiente = ↑G
C. Política anticíclica do curto prazo
Responde tanto na política fiscal (Tributações e Gastos do Governo) quanto na política monetária (Meios de Pagamento).
A anticiclicidade permite a suavização (Smoothing) do ciclo econômico
no curto prazo. Note: não ser falou em médio e longo prazo, pois as ações
governamentais devem ser consideradas de maior efeito quando
realizados em períodos curtos. Os efeitos temporários em prazos maiores teriam efeitos permanentes e
com eficácia menor.
6. A ECONOMIA NO LONGO PRAZO: PRODUTO POTENCIAL E
PRODUTO EFETIVO Produto potencial é atingido na economia eficiente, se todos os recursos
forem utilizados.
Produto efetivo é a realidade, quando é produzido com parte dos recursos.
Eles dizem respeito à economia no longo prazo, uma vez que as medidas
econômicas têm caráter estrutural e não conjuntural.
Assim, faz-se o gráfico entre Y (o nível de atividade econômica - renda,
produto, oferta, demanda) e o tempo; verifica-se o hiato. Hiato do Produto(h) é a demonstração da flutuação entre inflação (π) e
desemprego (u).
Ypot =
Produto potencial
Ytend =
Tendência do produto
para crescer
Yef = Produto efetivo.
h = Ypot - Yef
Política anticíclica do curto prazo
A tributação leva tempo e os gastos governamentais
são mais rápidos.
A suavização por tributação agiria no hiato
positivo. Os clássicos afirmam que
o ciclo se estende com
essa política.
7. POLITICA MONETARIA e POLITICA FISCAL
Monetária Fiscal
A. Instrumentos
Taxa SELIC, compulsórios, taxa
de redesconto. B. Objetivos
Controle da inflação, Possibilita
um nível adequado de credito, mantêm a estabilidade cambial.
C. Observação
As políticas monetárias, cambiais e creditícias têm suas diretrizes
estabelecidas pelo CMN e seu órgão executor é o BACEN.
A. Instrumentos
Tributação.
B. Objetivos Suavização do ciclo
econômico observando a
Taxa de juros básica (SELIC). Evitar a queda
na atividade econômica.
C. Observação O SRFB pertence ao
Ministério da Fazenda.
8. POLÍTICAS ECONOMICAS x INSTRUMENTOS x
RESPONSABILIDADE
Políticas
Econômicas Instrumentos
Responsabilidade de
Administrar
Fiscal - Tributos
- Gastos Públicos Tesouro Nacional
Monetária
- Depósito compulsório
- Redesconto
- Open-market (Operações no mercado aberto)
- Controle e seleção de
crédito
BACEN
Cambial
- Controle da taxa de cambio no mercado externo.
- Guarda reservas
internacionais.
BACEN
De Rendas
- Controle direto de salários,
depreciação, lucros,
dividendos
GOVERNO
9. MODELOS DE DETERMINACAO DE RENDA EM ECONOMIA
ABERTA E FECHADA. A. Economia Fechada = Sem relações exteriores; sem exportações
líquidas (X-M).
B. Economia aberta = Com relações exteriores: (X-M)
C. Modelo de Determinação de Renda Agregada
Y ≡ C + G + I + (X – M)
Equações
comportamentais
Fatores ignorados
C = Ca + [c × (Y – T)] └ T = Ta + (t × Y)
C ≠ f(i): Taxa de juros influencia negativamente o C.
G = Ga G ≠ f(Y): Y depende da visão do Governo; no
Brasil é negativa.
I = Ia I ≠ f(i): negativamente
X = Xa X ≠ f(e, Y*): taxa de cambio positiva e
mercado externo positivo.
M = Ma+ (m × Y) M ≠ f(e): menor motivação para importação,
negativa.
Mercado doméstico: C, YD = Consumo Autônomo.
Mercado externo: C, YD = Importação Autônoma.
Assim, observa-se:
(c + s) = Yd = 1
c: propensão marginal a consumir
m: propensão marginal a poupar
Yd = (Y-T): renda disponível
Seguindo a igualdade entre a ótica da demanda + equações
comportamentais: “Y ≡ C + G + I + X – M”
Y = {Ca + [c × (Y – T)]} + Ga + Ia + Xa –[Ma+ (m × Y)]
Y = (c × t) + Ca + Ga + Ia + Xa – Ma
Demanda autônoma ou Componente autônomo agregado.
(c × t) + Ca + Ga + Ia + Xa – Ma
Multiplicador Keynesiano
MK > 1 → c > m
Propensão marginal a consumir é maior que a
Propensão marginal a importar.
O Multiplicador Keynesiano (MK) diz como a economia responde a uma
alteração na demanda autônoma.
D. Modelo IS/LM
É uma síntese do modelo Keynesiano feito por Hicks.
Exige o equilíbrio simultâneo em 2 mercados.
IS = Mercado de Bens LM = Mercado Monetário
Política fiscal Política monetária
(T-G)↓ (m/p)↑
G↑ ou T↓
Ou (G↓ e T↓↓) ou (G↑↑ e T↑)
m↑ ou p↓
Ou (m↓ e p↓↓) ou (m↑↑ e p↑) Gt↑ então T(t+1)↓.
Isso implicará na redução da
quantidade de recursos para empréstimos, o que aumentará a
taxa de juros (i↑).
M é a oferta de moedas, e
independe da taxa de juros (essa
oferta é determinada pelo BACEN).
L é a demanda por moedas.
Isso pode ser corrigido pelo aumento de tributos, moeda,
títulos, e empréstimos.
Quando a oferta está aumentando é sinal que o credito barateou, posso
emprestar mais, empregar mais, e
os juros tendem a cair.
E. Demanda Agregada e Inclinação no modelo IS/LM.
DA desloca para direita quando M↑, (T-G)↓
Política monetária
Expansionista Contracionista
Política Fiscal Expansionista Y↑ i? Y? i↑
Contracionista Y? i↓ Y↓ i?
Nenhuma implica na solução desejável: Y↑ i↓.
F. Caso clássico, Armadilha da Liquidez e Modelo Keynesiano
simplificado.
Caso clássico Armadilha da Liquidez Modelo Keynesiano simplificado.
É quando a LM,
positivamente inclinada, é vertical.
Observam-se altas
taxas de juros.
A política Keynesiana
(↑G) tem efeito nulo
sobre Y.
É quando a LM,
positivamente inclinada, é
horizontal.
Observam-se baixas
taxas de juros.
A política Keynesiana
tem efeito forte sobre Y.
É quando a IS é
vertical.
F>M= Y baixa
F<M= Y alta
Cuidado! Caso
patológico com 2 extremas: || ou =
IS: a medida que
aumentam os juros a
Política monetária vai
dominando à Política
fiscal.
LM: a medida que
diminuem os juros a
Política Fiscal vai
sendo preferida à
Política Monetária.
10. INFLAÇÃO
Inflação é a variação no nível geral de preços. π =∆p
Deflação
∆p é negativo Pt > P(t+1) → ∆p < 0
Não são necessariamente bons processos para a
economia.
Inflação ∆p é positivo Pt < P(t+1) → ∆p > 0
Via de regra a inflação é ruim para a economia.
A. Inflação da demanda
Choque positivo da demanda.
Problema: deslocamento da DA para cima e direita.
Solução desgastante: reduzir a demanda, voltando para a
“original”, restringindo o consumo e fechando o mercado.
Melhor Solução: Deslocar a oferta para baixo, aumentando a
produção resolve a inflação e aumenta a produção até 1/3.
Problema Melhor solução
B. Inflação da oferta
Choque negativo/adverso.
Problema: deslocamento da OA para cima e esquerda. Reduz o
produto.
Solução: deslocando a demanda ora resolve somente o problema de
Y, ora o problema do preço. Visão heterodóxica.
Melhor Solução: Deslocar a oferta para baixo (OA origem) resolve
o problema de p e Y.
Problema Melhor solução
A solução mais adequada para a inflação é alterar a Oferta sempre!
Independente da causa da inflação.
C. Inflação inercial = Memória inflacionaria.
“Se o preço aumenta a tendência é continuar aumentando”.
Especificidade brasileira = contratos indexados.
Exemplo: aumenta salário mínimo, aumenta INSS.
D. Curva de PHILLIPS
Não consigo reduzir a inflação e o desemprego ao mesmo tempo.
Nesta curva é permitida uma trade – off (troca) no curto prazo,
porém observa-se a troca da inflação pelo desemprego, corrige um
“erro” e aparecerá o outro.
Na CPLP vai ficando cada vez mais vertical onde aumenta inflação
e continua com a mesmo percentual de desemprego.
CPCP: convive mais tempo com a inflação.
Inflação aumenta com os choques negativos da oferta.
11. CÂMBIO
Cambio é o preço relativo entre “moedas”/ “divisas”.
A. Cambio real e cambio nominal.
Oferta de divisas (oferta de dólares) = exportação.
Demanda de divisas = Importação.
Regra geral:
Cambio real:
E=US$/R$
p* = nível geral
dos preços no pais
estrangeiro.
Cambio nominal:
e= xR$/1US$
P = nível geral dos
preços.
Observação: notação brasileira!!!
B. Cambio flexível x Fixo
Fixo Flexível
Procura supera a oferta e o
BACEN tem de oferecer
reservas ao mercado para
manter o preço.
e↑: D deslocou, p↑ e M↓
e↓: O deslocou, novos
mercados, ↓ tarifas.
Se a quantidade demandada é
menor que a ofertada, o
BACEN compra as divisas.
BACEN supervisiona o
mercado.
C. Modelo MUNDELL-FLEMMING
É o conjunto composto dos modelos dos mercados do produto, da
moeda e de câmbio. Trata do relacionamento entre o mercado
interno, representados pelas curvas IS-LM, e mercado externo,
representado pela curva BP. Explicando o relacionamento da
economia nacional com a economia externa
Hipóteses:
IS/LM: Y,e
IS= Fiscal e LM=Monetária
IS= negativamente inclinada.
LM é vertical = caso clássico.
Arbitragem de juros.
Política fiscal expansionista (↑G): é a política fiscal para correção
do superávit.
e↑ (US$/R$) = Y↑
E (R$/US$) = Q↑
Q↑ Y↑