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MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS INFRAESTRUTURA
Fontes: Introdução aos Métodos de Dimensionamento de Pavimentos Flexíveis; Manual de Técnicas de
Pavimentação W.de Senço – Manual de Pavimentação DNIT
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PAVIMENTAÇÃO: É uma estrutura constituída por camadas sobrepostas, construídas sobre a terraplenagem, que possuem espessuras e materiais determinadas por um dos inúmeros métodos de dimensionamento e que exercem a função de fundação.
Funções:
• Resistir e distribuir de forma conveniente as solicitações de carga e esforços de carga vindas do tráfego para as camadas do subleito;
• Resistir a esforços horizontais ( desgaste) e tornar durável a superfície de rolamento;
• Proporcionar melhores condições de comodidade e segurança ao usuário;
• Resistir a intempéries e proteger as camadas inferiores da ação da água; Requisitos
Resistir ação das intempéries: água, chuva e sol; Estabilidade; Resistir a esforços verticais, horizontais, frenagem e aceleração ; Durabilidade; Regularidade longitudinal e transversal;
Finalidade do dimensionamento estrutural de pavimentos:
Determinar as espessuras das camadas; Subsidiar a decisão quanto ao tipo de pavimento a ser executado; Definir os materiais constituintes; Elaborar as especificações técnicas dos materiais e camadas que compõem a estrutura.
Elementos do Projeto de Pavimentação:
Estudos de viabilidade técnico-econômica; Determinação das espessuras das camadas; Indicação e especificação dos materiais a serem utilizados; Projeto de Drenagem profunda e superficial
Algumas considerações sobre a Pavimentação:
Seu dimensionamento depende das cargas de rodas provenientes do tráfego; É necessária a especificação do material a ser utilizado nas camadas que compõem a estrutura; As condições climáticas influenciam no dimensionamento dos pavimentos; O pavimento deve ter boas condições de drenagem; O grau de compactação tem grande influencia no comportamento do pavimento: quanto maior o grau de compactação de um solo, maior resistência ele apresenta à deformação.
o solos granulares : essa regra é rigorosamente válida, o solos argilosos: um excesso de compactação pode resultar em maior
deformação,
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A escolha de equipamento adequado ao tipo de solo e espessura da camada dará ao solo a compactação conveniente. A velocidade de aplicação das cargas também pode ter influencia no comportamento do pavimento; A manutenção do pavimento é importante para seu comportamento; O nível de serviço que solicita o pavimento influi em seu comportamento, ( está ligado a Constancia de manobras com mudanças de direção e varia ao e variações em amplos limites de velocidade;
Então:
- O dimensionamento do Pavimento depende:
Condições do subleito, o resistência o textura, o estrutura, o composição; o velocidade de carregamento; o grau de confinamento.
Propriedades das misturas constituintes;
o local; o clima, variações de temperatura o vegetação; o pluviometria; o topografia;
Condições climáticas e ambientais; Características do tráfego.
o tipo, composição e distribuição das cargas; o número de solicitação;
O projeto de um pavimento envolve duas fases distintas, que são interrelacionadas:
(a) a fase do projeto da mistura ou das misturas e que constitui o que se chama de "dosagem"; (b) a fase de projeto estrutural, também chamada de "dimensionamento".
Estudos Preliminares Anteprojeto Projeto Básico Projeto Executivo
Para elaboração do projeto, se faz necessário:
Estudo de tráfego; Estudo do subleito; Pesquisa sobre materiais a serem utilizados nas camadas.
Classificação dos pavimentos quanto á função estrutural:
Pavimentos flexíveis
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Pavimentos rígidos Pavimentos flexíveis:
São aqueles em que as Deformações, até um certo limite, não levam ao rompimento.
São dimensionados normalmente à compressão; As camadas não trabalham à tração; Compostos por várias camadas que trabalham em conjunto, absorvendo parte das solicitações e transmitindo o restante às camadas de níveis inferiores; São revestidos com materiais betuminosos ou asfálticos; Tem menor custo inicial; Adaptam-se a eventuais recalques do subleito, pois deformam sob a ação das cargas Rapidez de execução e liberação ao tráfego; Reparações fáceis e rápidas.
Camadas do Pavimento
Subleito: É o solo natural, terreno de fundação do pavimento.
• Regularização do subleito o Camada com espessura variável, executada quando se faz necessária a
preparação do subleito da estrada, para conformá-lo , transversal e longitudinalmente, com o projeto
o Pode não ser necessária em alguns trechos o Sempre que possível deve ser executada em aterro, evitando-se:
• Cortes difíceis com a retirada de material já compactado pelo tráfego existente;
• A substituição de uma camada compactada naturalmente. Reforço do subleito
o Camada com espessura constante, executada quando o subleito possui baixa capacidade de suporte
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o Pode ser utilizado para redução da espessura da sub-base; o Possui características técnicas superiores ao material do subleito original e
inferiores ao material que vier acima Sub-base;
o Camada complementar à base, com espessura variável, executada quando por motivos técnicos ou financeiros não for possível construir somente a camada de base sobre a regularização ou reforço ou subleito;
o Pode ser utilizada para reduzir a espessura da base o Exerce as mesmas funções da base, sendo complementar a esta; o Tem como funções básicas resistir às cargas transmitidas pela base, drenar
infiltrações e controlar a ascensão capilar da água, quando for o caso. Base
o É a camada estruturalmente mais importante do pavimento. o Sua capacidade estrutural é dada pelas propriedades de resistência e rigidez
de cada material nela empregado; o Tem como função resistir e distribuir os esforços provenientes da ação do
tráfego, atenuando a transmissão destes esforços às camadas subjacentes. o Geralmente é construída com materiais estabilizados granulometricamente
ou quimicamente, através do uso de aditivos (cal, cimento, betume etc)
Revestimento ( capa de rolamento ou capa ) o Melhora a superfície de rolamento quanto às condições de conforto e
segurança, além de resistir ao desgaste; o Recebe diretamente a ação do tráfego; o Camada tanto quanto possível impermeável; o Constituído por uma combinação de agregado mineral e material
betuminoso; o Em todos os métodos de dimensionamento de pavimento, a espessura do
revestimento é adotada, em função de critérios técnicos ou em função do tráfego. Para vias simples( duas faixas ) adota-se habitualmente espessuras entre 3 e 5 cm. Para auto estradas chega-se a espessuras entre 7,5 e 10,0cm.
Pavimentos rígidos:
São aqueles pouco deformáveis, constituídos basicamente por placas de concreto de Cimento Portland (CCP) que praticamente absorve toda a solicitação, distribuindo-a em uma grande área.
As placas trabalham essencialmente ä tração; Rompem por tração quando sujeitos à flexão; Eventualmente podem ser reforçados por telas ou barras de aço, que são utilizadas para aumentar o espaçamento entre as juntas usado geralmente ou promover reforço estrutural. Podem frequentemente atender adequadamente de 20 a 40 anos, com quase nenhuma manutenção. Mais frequentes em áreas de tráfego urbanas e de maior intensidade São pouco deformáveis com uma vida útil maior.
Camadas do Pavimento:
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Subleito: É o solo natural, terreno de fundação do pavimento.
• Regularização do subleito ( Se necessário)
• Reforço do subleito( Se necessário)
• Sub-base;
Métodos de Dimensionamento:
PCA ( 1966 ) • Fundação: CBR • Tráfego • Resistência do Concreto.
AASHTO ( 1993)
MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS
Principais parâmetros e grandezas utilizadas no dimensionamento:
a) A carga de roda sobre a estrutura. b) A pressão de contato sobre a estrutura.
Quanto melhor a qualidade dos materiais de base, menor pressão é exercida sobre o subleito
c) As especificações dos materiais que irão compor as camadas do pavimento.
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O material de Base deverá ser mais nobre que o da sub-base, que deverá ser mais nobre que o do reforço do subleito.
d) As condições climáticas Maiores precipitações pluviométricas e maiores variações anuais de temperatura exigem cuidados especiais para manutenção das propriedades que levaram à escolha dos materiais.
e) O sistema de Drenagem no pavimento. Solos granulares, apresentam menos problemas. Solos finos, podem variar de volume devido à umidade provocando a instabilidade. Solos finos que, secos, apresentam grande capacidade de suporte sofrem quedas sensíveis nessa capacidade por influência da umidade.
f) O grau de compactação Quanto maior o grau de compactação de um solo, maior resistência ele apresenta à deformação. Para solos granulares, essa regra é rigorosamente válida, Para solos argilosos, um excesso de compactação pode resultar em maior deformação.
g) A velocidade de aplicação das cargas sobre o pavimento. Nos solos granulares, velocidade de aplicação das cargas pode significar muito pouco. Nos solos finos, a velocidade de aplicação das cargas pode provocar pequenos recalques ou perda de capacidade de suporte.
h) O nível de serviço Constância de manobras com mudanças de direção e variações em amplos limites de velocidade.
i) Vida Útil do Pavimento Deverá ser estimada na fase de projeto.
Classificação dos Métodos de Dimensionamento
Métodos Empíricos
Métodos teóricos
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Métodos Empíricos:
Baseiam-se em fórmulas; Baseiam-se em experiências; Restritos a pavimentos submetidos à condições idênticas; As aplicações limitam-se ao clima, materiais e condições de carga a que são submetidos.
Tipos:
Métodos empíricos que não empregam ensaios de resistência dos solos;
� Método do Índice de Grupo ( IG ) � Método do HRB ( Highway Research Board )
• Tem por base os resultados dos ensaios de caracterização ,ou seja, os ensaios do Limite de Liquidez, Limite de Plasticidade e ensaios de Granulometria. Relaciona propostas de espessuras de camadas com dois grupos de solos: solos granulares e solos finos
Métodos empíricos que empregam ensaios de resistência dos solos.
� Método do CBR (Califórnia Bearing Ratio) (Índice Suporte Califórnia);
– relaciona a capacidade de suporte do subleito (CBR) e a intensidade do tráfego com a espessura mínima necessária ao pavimento;
� Método de Hveem .O dimensionamento através deste método considera:
• O efeito destrutivo de deformação do tráfego; • A Resistencia à deformação plástica do solo do subleito; • A resistencia à tração das camadas constituintes do pavimento; Para a utilização deste método, é necessária a adaptação dos valores de equivalência utilizados em sua formulação para a região em estudo. Este Método utiliza em seu ensaio, equipamentos especiais para a reprodução da compactação .
Método do DNER:
Método empírico Proposto por Murillo Lopes de Souza adaptado do Método de dimensionamento de aeroportos do Corpo de Engenheiros dos Estados Unidos (USACE)
Baseado em critério de resistência/ ruptura ao cisalhamento Visa a proteção do pavimento das deformações plásticas excessivas durante a vida útil do projeto; Facilidade de aplicação, Comprovada eficácia quando aplicados à realidade brasileira. Considera alguns estudos da pista experimental da AASHO ( American Association of state Higway Officials ) : Coeficiente de equivalência estrutural das camadas (K). Caracterização dos solos do subleito pelo ensaio de CBR e pelo Índice de Grupo. Os pavimentos projetados através deste método apresentam grande resistência à ocorrência de deformações permanentes prematuras. Este método, roteiriza o dimensionamento de pavimentos flexíveis em função da capacidade do subleito (CBR) e índice de grupo IG e do número equivalente de
operações do eixo padrão (N) e espessura total do pavimento durante um período de projeto.
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Com base na espessura total determinam-se as espessuras das camadas constituintes, multiplicando-se as espessuras obtidas para o material padrão (base granular) pelos coeficientes estruturais ( K ) parciais correspondentes a cada tipo de material.
Método da Resiliencia
Método atribuído aos engenheiros Ernesto Pressler e Salomão pinto.
Resiliencia ou deformação resiliente é a deformação elástica ou recuperável de solos e estrutura de pavimentos sob a ação de cargas repetitivas.
o Ensaio de Expansibilidade no caso de solos lateríticos. o Ensaio da Resiliência ou Triaxial
Justificativa da criação do Método:
1) O Método do DNER / CBR:
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a) Preocupa-se somente com as questões estruturais relacionadas com a compatibilização dos esforços atuantes frente à resistência ao cisalhamento das camadas;
b) Conduz a estruturas com grandes espessuras de materiais granulares ( muito deformáveis);Pavimentos muito deformáveis solicitam muito as camadas mais rígidas;
c) Verifica-se rupturas por fadiga nos pavimentos dimensionados com esse método ( fissuração progressiva);
d) Não considera no dimensionamento do pavimento: A Resiliencia; A compatibilização de deformações das várias camadas do pavimento e do subleito; A fadiga.
Critérios adotados no Método da resiliência:
Considera a ruptura por Cisalhamento no subleito: - Deformações permanentes ou elásticas - Afundamentos plásticos ( flecha na trilha da roda) Utiliza modelos baseados no CBR Leva em consideração o comportamento elástico não linear dos solos e materiais granulares; Os materiais de base e sub-base devem ter uma capacidade de carga definida no ensaio CBR superior a 80% e 20% respectivamente; Considera a ruptura por fadiga sobrecarga repetida no revestimento asfáltico: - Deformações resilientes e ou elásticas - Deflexões na superfície ( D )
Etapas de dimensionamento:
Determinar o número N Determinar o valor de CBR do subleito; Calcular S (porcentagem de silte na fração fina que passa na peneira nº 200 (0,075mm))
S = 100 – (P1/P2) x 100
P1 : % (em peso) do material cujas partículas tenham com diâmetro inferior a 0,05mm, determinada na curva granulométrica; P2 : % (em peso) do material cujas partículas tenham diâmetro inferior a 0,075mm, determinada na curva granulométrica.
Classificar o solo do subleito quanto à resiliencia, em função do CBR e de (S) - (Tipo I, II ou III - ver tabela)
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• Determinação da espessura total do pavimento Ht:
� Depende de CBR e N � Supõe-se material granular K=1 ( coeficiente de Equivalencia Estrutural)
Ht = 77 67 x N0 ,0482 x CBR -0 ,598 ( ver ábaco)
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• Calcular a deflexão prevista na superfície do revestimento (D em 0,01mm)
Log D = 3,148 – 0,188 logN
• Determinar a espessura mínima do revestimento betuminoso, HCB (cm)
HCB = -5,737 + 807,961/D + 0,972 x I1 + 4,101 x I2
• I1 e I2: constantes relacionadas às características resilientes do subleito
• Determinar o coeficiente estrutural do revestimento betuminoso (VE), É determinado em função do número N e do solo do subleito: Este coeficiente depende da qualidade da mistura betuminosa e da constituição da estrutura do pavimento como um todo.
• Calcular a espessura da camada granular HCG ( base ou base + sub-base ou reforço)
HCB x VE + HCG = Ht
HCB espessura mínima do revestimento betuminoso
VE coeficiente estrutural do revestimento betuminoso
Ht espessura total do pavimento
HCG ≤ 35 cm ( limitação da espessura baseada nos estudos de resiliência desenvolvidos )
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Considera-se como camadas granulares, camadas de bases, sub-bases e/ou reforço do subleito constituídas por solo arenoso, pedregulhoso, solo estabilizado granulométrica mente, solo brita, brita graduada e macadames desde que contenham menos de 35% em peso, passando na peneira 200 ( 0,075mm)
• Espessuras das camadas de base, sub-base e/ou reforço
a ) Espessura total da camada granular adotada como camada de base :
HCB = HB (HB > 10cm )
b ) A camada granular dividida em duas :
base e sub -base , HB = HCG/2 e HSB = HCG/2
Sub -base : CBR ≥ 20% e expansão < 1% ; HB > 10 cm
c ) Sub-base ou reforço do subleito constituída de solo fino de CBR < 20% classificado como solo tipo I ou tipo II é uma opção vantajosa no caso do subleito tipo III:
• Redimensionar considerando o valor do CBR e tipo de solo quanto à resiliência correspondente à camada de sub-base ou reforço:
HR = (Ht1 – Ht2)/0,70
- Ht1 : espessura equivalente correspondente ao CBR do subleito
- Ht2 : espessura equivalente correspondente ao CBR da sub--base ou reforço
- HR ≥ 30cm