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UFOP - CETEC - UEMG REDEMAT REDE TEMÁTICA EM ENGENHARIA DE MATERIAIS UFOP UEMG LUÍS PERES AZEVEDO Tese de Doutorado LOGÍSTICA REVERSA DE EQUIPAMENTOS ELETROELETRÔNICOS PÓS-CONSUMO: VISÃO DA SUSTENTABILIDADE Orientador: Profª. Dr a . Denise C. Romano Espinosa Co-Orientadores: Prof. Dr. Jorge Alberto S. Tenório Prof. Dr. Fernando Gabriel da Silva Araújo AGOSTO 2017

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UFOP - CETEC - UEMG

REDEMAT REDE TEMÁTICA EM ENGENHARIA DE MATERIAIS

UFOP – UEMG

LUÍS PERES AZEVEDO

Tese de Doutorado

LOGÍSTICA REVERSA DE EQUIPAMENTOS

ELETROELETRÔNICOS PÓS-CONSUMO:

VISÃO DA SUSTENTABILIDADE

Orientador: Profª. Dra. Denise C. Romano Espinosa

Co-Orientadores: Prof. Dr. Jorge Alberto S. Tenório

Prof. Dr. Fernando Gabriel da Silva Araújo

AGOSTO

2017

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LUÍS PERES AZEVEDO

LOGÍSTICA REVERSA DE EQUIPAMENTOS ELETROELETRÔNICOS

PÓS-CONSUMO: VISÃO DA SUSTENTABILIDADE

Tese de Doutorado apresentada para defesa ao

Programa de Pós-Graduação em Engenharia de

Materiais da Rede Temática de Materiais,

visando a obtenção do título de Doutor em

Engenharia de Materiais.

Área de concentração: Análise e Seleção de Materiais

Orientadora: Profª. Drª. Denise Crocce Romano Espinosa

Co-Orientadores: Prof. Dr. Jorge Alberto Soares Tenório

Prof. Dr. Fernando Gabriel da Silva Araújo

OURO PRETO

AGOSTO

2017

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Dedico esta tese à minha esposa Heloisa, aos

meus filhos Bernardo, Rodrigo, Daniel, Luís

Henrique, à minha filha de coração Andréa, à

minha mãe Dalva e irmã Luci, pelo incentivo,

suporte e pela paciência com minha ausência

durante todo o extenso período de curso e na

elaboração desta tese.

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AGRADECIMENTOS

Aos professores na UFOP, Dr. Fernando Gabriel da Silva Araújo, Dr. Paulo Santos

Assis e a todos aqueles que me mostraram o lado criativo e motivador da Ciência.

À minha orientadora Dra. Denise Crocce Romano Espinosa e ao Dr. Jorge Alberto

Soares Tenório, da USP, pela boa vontade em me orientarem apesar da dificuldade da

distância e de seus trabalhos docentes em São Paulo.

Ao Dr. Carlos Lagarinhos pela extrema precisão e boa vontade em revisar meu texto a

princípio com muitas correções.

Em especial à Secretária da Redemat, Ana Silva, pelo carinho que sempre demonstrou

em atender minhas inúmeras perguntas e solicitações de ajuda.

A todos os meus companheiros de bancos escolares na Escola de Minas, que me

receberam com espírito de solidariedade, amizade e colaboração. São muito boas as

lembranças das aulas com os colegas de classe.

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Resumo

O avanço da tecnologia e desenvolvimento de novos equipamentos com reduzido ciclo de

vida tem aumentado o descarte devido a defeitos apresentados durante sua utilização, com

substituição de equipamentos obsoletos; à facilidade na aquisição de novos equipamentos; à

falta de conscientização do consumidor com relação à utilização, manuseio e conservação dos

equipamentos, entre outros. No Brasil, a destinação final dos resíduos pós-consumo é

regulamentada por Lei Federal (Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010). A Política Nacional

de Resíduos Sólidos (PNRS) foi instituída pela Lei nº. 12.305 e regulamentada pelo Decreto

nº. 7.404, de 23 de dezembro de 2010, após mais de 20 anos de tramitação no Congresso. As

leis aprovadas obrigam fabricantes e importadores a realizar a Logística Reversa (LR). Dentre

as leis em vigor, algumas regulam o descarte de resíduos sólidos, por parte de órgãos públicos

e a criação de processos de coleta seletiva e LR. Tais Leis deverão tornar-se referências para

as empresas privadas, no que couber, pois a responsabilidade de fabricantes e importadores é

mais ampla que apenas o descarte apropriado, envolvendo a LR e a reciclagem do material.

Este trabalho foca o aspecto da sustentabilidade desta LR, inicialmente dentro de um modelo

que segue o Edital de Chamamento nº. 01/2013, do Ibama, simulando aplicações de diretrizes

do mesmo no âmbito do estado de Minas Gerais. Foi realizada uma verificação dos custos da

aplicação dos requisitos propostos pelo Edital, verificando-se a sustentabilidade economica e

financeira. Numa segunda análise, passou-se à sugestão de um modelo competitivo, com a

otimização da gestão da LR e reciclagem de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos

(REEE), deixando a cargo da organização gestora a ser nformada pelos fabricantes /

importadores, o investimento e gestão do processamento final dos REEE no estado de Minas

Gerais, Brasil. O estado foi escolhido por apresentar uma distribuição de renda e população

que representativas do restante do Brasil, e com malha viária capaz de escoar os REEE pelo

modal rodoviário.

Palavras chave: Logística Reversa; Resíduos eletrônicos; Reciclagem; Sustentabilidade.

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Abstract

The adance of technology and development of new equipment with reduced life cycle has

increased the disposal due to defects presented during use and replacement of obsolete

equipment; making easier the acquisition of new equipment; lack of consumer awareness

regarding the use, handling and storage of equipment, among others. In Brazil, the disposal of

post-consumer waste is regulated by Federal Law (Law No. 12.305, of August 2nd, 2010).

The National Solid Waste Policy (PNRS), established by Law No. 12.305, and regulated by

Federal Decree nº. 7404, of December 23th, 2010, after more than 20 years of debate in

Congress. The approved laws require manufacturers and importers to perform the Reverse

Logistics (LR). Among the laws in force, some regulate the disposal of solid waste by public

agencies and the creation of selective collection processes and LR. Such laws should become

references for private companies, as applicable, for the responsibility of manufacturers and

importers involving the proper disposal, the LR, and recycling of material. This work focuses

on the aspect of sustainability of LR, initially within a model that follows the Notice No.

01/2013, from Ibama, simulating application of the same guidelines in the State of Minas

Gerais. A verification of the aplication costs of the requirements proposed by the Notice was

made, checking the economic and financial sustainability. In a second analysis, a competitive

model was suggested, with the optimization of LR management and recycling of Waste

Electrical and Electronic Equipment (WEEE), leaving to the management organization to be

informed by manufacturers / importers, investment and management of final WEEE

processing in the state of Minas Gerais, Brazil. The state was chosen because it presents a

distribution of income and population that are representative of the rest of Brazil, and with a

road network able to dispose the WEEE by road.

Keywords: Reverse Logistics; Electronic waste; Recycling; Sustainability.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

3R Reduzir, Reutilizar e Reciclar

ABC Associação Brasileira de Cobre

Abilux Associação Brasileira da Indústria de Iluminação

Abinee Associação Brasileira da Indústria de Eletrônicos

Abradisti Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos e Serviços de

Tecnologia da Informação

ABREEE Associação Brasileira de Recicladores de Eletroeletrônicos

Abrelpe Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos

Especiais

ACV Análise do Ciclo de Vida

Aladi

Anatel

Associação Latino Americana de Integração

Agência Nacional de Telecomunicações

ARF Taxa de Reciclagem de Resíduo Eletrônico

ABS Acrilonitrila butadieno-estireno

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

BH Belo Horizonte

BOE Board of Equalization ( Agência de Administração de taxas sobre

REEE na Califórnia)

CAER Coalizão para Reciclagem Americana

CAPEX Capital Expenditure (Custo de Capital)

CED Covered Eletronic Device (Dispositivos Eletrônicos Cobertos pelas

taxas)

Cempre Compromisso Empresarial para Reciclagem

Cetesb Companhia Ambiental do Estado de São Paulo

CEW Covered Eletronic Waste - Lixo Eletrônico coberto pelas taxas

CI´s Circuitos Integrados

Conama Conselho Nacional de Meio Ambiente

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CR Centro de Recolhimento

CT Centro de Triagem

CTF Cadastro Técnico Federal

DEQ Departamento de Qualidade Ambiental

DOU Diário Oficial da União

DR Depósito Reembolsável

DVD Aparelho de Vídeo Digital

EEE Equipamentos Eletrônicos

EIA Estudos do Impacto Ambiental

Eletros Fundo de Previdência da Eletrobrás

EPA Environmental Protection Agency (Agencia de Proteção Ambiental

Americana)

EPI Equipamento de Proteção Individual

EPR Extended Producer Responsability (Responsabilidade Estendida ao

Produtor)

ERP European Recycling Plataform (Plataforma Europeia de

Reciclagem)

EU European Union (países membros da Comunidade Europeia)

Feam Fundação Estadual do Meio Ambiente

FEE Taxas de Registro Anual do Fabricante

FOB Free on Board - Preço no Porto de Embarque

HDPE High Density Polyethylene (Polietileno de Alta Densidade-PE)

HIPS High Impact Polysthyrene (Poliestireno de Alto Impacto-PS)

Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IPCC Painel Intergovernamental Mundial de Mudanças Climáticas da

ONU

ISO Organização Internacional para Padronização

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VII

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ITU International Telecomunication Union (União Internacional de

Telecomunicações)

LBS SOLD Libras-peso vendidas

LCD Liquid Crystal Display (Display de cristal líquido)

LD Logística Direta

LED Light Emitting Diode (Diodo emissor de luz)

LR Logística Reversa

MMA Ministério do Meio Ambiente

MP Material Particulado

NBR Normas Técnicas Brasileiras

NMHC Hidrocarbonetos Não-Metano

NOx Óxidos de Nitrogênio

OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

ONU Organização das Nações Unidas

OPEX Operational Expenditure (Custo Operacional)

PBB Bifenilo Polibromado ou Polibromobifenilo

PBDE Éter Difenilpolibromado

PBU Pay-by-Use (“Pagar pelo uso”)

PCI Placas de Circuito Impresso

PDA Personal Digital Assistant (Assistente Pessoal Digital)

PET Politereftalato de Etileno

PIB Produto Interno Bruto

PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos

PP Polipropileno

PSIRU Public Services International Research Unit (Unidade Internacional

de Pesquisa de Serviços Públicos)

PVC Policloreto de Polivinila ou policloreto de vinil

Redemat Rede Temática de Materiais

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REEE Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos

RHCO Aldeídos

RIMA Relatório de Impacto do Meio Ambiente

RMBH Região Metropolitana de Belo Horizonte

RoHS Restriction of Certain Hazardous Substances (Restrição de Certas

Substâncias Perigosas)

RSU Resíduos Sólidos Urbanos

Sebrae Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena e Média Empresa

Secex Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Fazenda

Sefaz_PE Secretaria Estadual de Fazenda de Pernambuco

Sema Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Minas Gerais

Sindicelabc Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos

Sinditelebrasil Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel

Celular e Pessoal

SLR Sistema de Logística Reversa

SMA Secretaria do Meio Ambiente do Rio de Janeiro

TCFLA Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental

VHS Video Home System (Sistema Doméstico de Vídeo)

WEEE Waste Electrical Directive of Electronic Equipments (Diretiva de

lixo elétrico de aparelhos eletrônicos)

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LISTA DE FIGURAS

Figura I.1 - Estimativa de geração de REEE............................................................................20

Figura III.1 - Logística Reversa pós-consumo..........................................................................32

Figura III.2 - DOWA Co. - Rede de reciclagem / meio ambiente............................................47

Figura III.3 - DOWA Co. - Informações sobre negócios (Processo Cíclico)...........................50

Figura III.4 - Processo de extração de Zn, Cu e Ni...................................................................51

Figura III.5 - Processo de extração de Au, Ag e Pt...................................................................52

Figura III.6 - Visão geral do e-waste na China.........................................................................55

Figura III.7 - Descarte de eletrônicos na China........................................................................55

Figura III.8 - Legislação sobre lixo eletrônico na China..........................................................57

Figura III.9 - Modelo de gerenciamento de lixo eletrônico proposto para o Brasil..................60

Figura IV.1 - Modelagem básica proposta a partir das diretrizes governamentais...................70

Figura IV.2 - Diagrama de blocos da Logística Reversa do pós-consumo...............................82

Figura IV.3 - Bancada de trabalho............................................................................................84

Figura IV.4 - Operadora de desmanche....................................................................................84

Figura IV.5 - Quiosque para recolhimento...............................................................................84

Figura IV.6 - Bombona para recolhimento...............................................................................84

Figura IV.7 - Planta Umicore de reciclagem............................................................................86

Figura IV.8 - Pontos de coleta e triagem..................................................................................94

Figura IV.9 - Mapa do estado de Minas Gerais........................................................................98

Figura IV.10 - Curva do preço reciclagem (R$) x % reciclagem REEE pequeno..................100

Figura IV.11 - Evolução proposta pelo modelo governamental.............................................101

Figura IV.12 - Custo médio de processamento.......................................................................101

Figura IV.13 - Fluxograma de Reciclagem.............................................................................106

Figura IV.14 - Correlação PIB x Geração de REEE...............................................................113

Figura IV.15 - Pontos de coleta e triagem no modelo proposto pelo autor............................114

Figura VI.1 - Modelagem do fluxo de REEE atual.................................................................121

Figura VI.2 - Modelagem proposta competitiva de recicladores e catadores.........................124

Figura VI.3 - Modelagem proposta para a ação da organizção gestora formada por

fabricantes importadores.........................................................................................................125

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LISTA DE TABELAS

Tabela I.1 - Resíduos de equipamentos em várias regiões do mundo.......................................19

Tabela I.2 - Geração de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos no Brasil em 2009.........20

Tabela I.3 - Tipos e unidades de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos recolhidos

pelo Projeto E-Lixo no estado de São Paulo.............................................................................21

Tabela I.4 - Projeção de geração de REEE em 2010 - Minas Gerais e RMBH........................22

Tabela I.5 - Categorias de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos...................................22

Tabela I.6 - Tipos de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos, sua participação e

categoria....................................................................................................................................23

Tabela I.7 - Projeção da geração de REEE em 2009 - Minas Gerais e RMBH........................23

Tabela I.8 - Cenários de geração de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos para

2020, a partir de 2010 - Minas Gerais e Região Metropolitana de Belo Horizonte.................23

Tabela III.1 - Prioridades dos indicadores de Logística Reversa.............................................38

Tabela III.2 - Legislação mais recente em Minas Gerais sobre resíduos urbanos,

inclusive eletroeletrônicos........................................................................................................43

Tabela III.3 -Taxas de Reciclagem...........................................................................................46

Tabela III.4 - Importações de produtos do setor por Blocos Econômicos (US$ milhões).......53

Tabela III.5 - Os BRICS e as emissões de CO2 (2008)............................................................54

Tabela III.6 - Fundo Nacional especializado para tratamento de e-waste na China, taxas

específicas por produto e subsídios (2012)...............................................................................59

Tabela III.7 - Responsabilidades dos stackholders (participantes) no gerenciamento do

lixo eletrônico pela legislação nacional chinesa.......................................................................60

Tabela IV.1 - Valores dos metais existentes em 1 tonelada de celulares.................................72

Tabela IV.2 - Caracterização de desktops.................................................................................73

Tabela IV.3 - Valores dos metais existentes em 1 tonelada de e-waste (Linha verde -

pequeno: notebooks, desktops, celulares, DVDs).....................................................................74

Tabela IV.4 - Empresas recicladoras de eletrônicos, etapas do processo de reciclagem,

produtos de maior valor agregado e mercado consumidor.......................................................76

Tabela IV.5 - Composição média de um computador desktop.................................................77

Tabela IV.6 - Materiais na composição de um celular e uma bateria.......................................77

Tabela IV.7 - Principais usos de materiais e sua periculosidade..............................................78

Tabela IV.8 - Atribuições e responsabilidades no modelo californiano...................................79

Tabela IV.9 - Evolução da cobertura e adesão..…………………………………….………...81

Tabela IV.10 - Identificação de polímeros pela queima do material........................................90

Tabela IV.11 - Densidades dos polímeros mais usuais.............................................................91

Tabela IV.12 - Diferentes centros de recebimento com termo de doação não obrigatório.......95

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Tabela IV.13 - Investimentos (CAPEX) e Custos Operacionais (OPEX) do Centro de

Recebimento - Custos de Ponto de recebimento com 5 toneladas sem termo de doação........95

Tabela IV.14 - Custos operacionais do Centro de Triagem.....................................................96

Tabela IV.15 - Investimentos (CAPEX) do Centro de Triagem..............................................96

Tabela IV.16 - Potencial de utilização de recursos ambientais do recolhimento e

processamento de REEE........................................................................................................102

Tabela IV.17 - Tabela de fretes..............................................................................................104

Tabela IV.18 - Custo de indústria recicladora........................................................................109

Tabela IV.19 - Resultados apurados por tonelada / ano.........................................................110

Tabela IV.20 - Polos regionais de Minas Gerais em função de população e PIB..................112

Tabela V.1 - Resultados apurados..........................................................................................116

Tabela V.2 - Resultados apurados sem processamento..........................................................117

Tabela V.3 - Potencial econômico de aproveitamento de REEE no Brasil / ano...................117

Tabela V.4 - Potencial de redução de emissão de CO2...........................................................118

Tabela VI.1 - Valores envolvidos no mercado de REEE........................................................123

Tabela VI.2 - Tabela de Recebimentos...................................................................................123

Tabela A.I - Cálculo do custo de LR das cidades com menos de 25.000 habitantes...............142

Tabela A.II - Cálculo consolidado das cidades com mais de 25.000 habitantes....................161

Tabela A.III - Tabela de custos de LR para cidades com menos de 25.000 habitantes

em função das distâncias ao Polo Regional............................................................................164

Tabela A.IV - Cálculos consolidados para proposta governamental......................................175

Tabela A.V - PIB x Geração REEE para cálculo da interpolação linear

Minas Gerais-MG - Capital: Belo Horizonte..........................................................................180

Tabela A.VI - Geração de REEE por região de Minas Gerais................................................190

Tabela A.VII - Custos da LR proporcionais ao PIB e à população para cada município

de Minas Gerais.......................................................................................................................191

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO...............................................................................................17

1.1 Tema Central ................................................................................................................ 17

1.2 Divisão do Trabalho ..................................................................................................... 17

1.3 O que é Logística Reversa............................................................................................ 18

1.4 Resíduos de equipamentos eletrônicos no Brasil ......................................................... 19

1.5 Classificando os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos ...................................... 24

CAPÍTULO II - JUSTIFICATIVA...........................................................................................27

2.1 Objetivos gerais ............................................................................................................ 27

2.2 Objetivos específicos .................................................................................................... 28

CAPÍTULO III- ESTADO DA ARTE......................................................................................29

3.1 Levantamento do estado da arte ................................................................................... 29

3.2 Motivos e estratégias de retorno ................................................................................... 35

3.3 A reciclagem de eletroeletrônicos no mundo ............................................................... 41

3.3.1 Pontos em comum de Leis e Projetos de Lei para retorno de produtos

pós-consumo no Brasil e no Mundo ................................................................................... 42

3.3.2 A reciclagem de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos nos

Estados Unidos .................................................................................................................. 44

3.3.3 A reciclagem de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos na Europa ................. 45

3.3.4 A reciclagem de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos no Japão .................... 46

3.3.5 Fluxos de lixo eletrônico na China ............................................................................ 52

3.3.6 Desenvolvimento da legislação chinesa .................................................................... 56

3.4 Diretrizes propostas no Brasil....................................................................................... 60

CAPÍTULO IV - METODOLOGIA.........................................................................................62

4.1 Metodologia ................................................................................................................. 62

4.2 Proposta de um modelo governamental ....................................................................... 62

4.2.1 Logística Reversa e reciclagem ................................................................................. 70

4.2.2 Monopólio ou competição..........................................................................................79

4.2.3 O processo de reciclagem de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos ............... 83

4.2.4 Processo de separação dos metais ............................................................................. 85

4.2.5 Detalhes do processo ................................................................................................. 87

4.2.6 Reciclagem dos polímeros ........................................................................................ 89

4.2.7 Identificação prática dos plásticos ............................................................................. 90

4.2.8 Reciclagem dos metais .............................................................................................. 93

4.2.9 Viabilidade de propostas para Minas Gerais ............................................................. 93

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4.3 Análise de modelos para Logística Reversa.................................................................99

4.3.1 Modelagem a partir das diretrizes governamentais - primeiro approach..................99

4.3.2 Uma proposta diferente da sugerida pelo Edital de Chamamento...........................111

CAPÍTULO V - RESULTADOS...........................................................................................116

5.1 Discussão de resultados .............................................................................................. 117

CAPÍTULO VI - PROPOSTAS..............................................................................................121

6.1 Modelo real do mercado de reciclagem de REEE atual..............................................121

CAPÍTULO VII - CONCLUSÕES.........................................................................................128

7.1 Conclusões..................................................................................................................128

7.2 Formatação de um negócio em bases mais realistas...................................................130

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................132

APÊNDICE I...........................................................................................................................142

APÊNDICE II..........................................................................................................................161

APÊNDICE III........................................................................................................................164

APÊNDICE IV........................................................................................................................175

APÊNDICE V.........................................................................................................................180

APÊNDICE VI........................................................................................................................190

APÊNDICE VII......................................................................................................................191

XIV

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CAPÍTULO I

1 INTRODUÇÃO

1.1 Tema central

O tema central desta tese surgiu do acompanhamento da legislação brasileira quanto

aos resíduos urbanos. Inicialmente foi tratada pelos governos a questão dos lixões a céu

aberto, para a saúde pública. Posteriormente, começou-se a questionar o que fazer com

eletrodomésticos e eletroeletrônicos, alguns difíceis de armazenar e reciclar como pilhas,

baterias e lâmpadas flurescentes, que possuem legislação específica. Algumas iniciativas

independentes surgiram, de parte de empresas fabricantes / importadoras ou de reciclagem,

porém a legislação sempre foi restrita, inicialmente a pilhas e baterias apenas. Estabeleceu-se

que os produtores / importadores deveriam ser responsáveis pela destinação correta destes

resíduos.

No caso dos equipamentos eletroeletrônicos, o Ministério do Meio Ambiente

(MMA), publicou o Edital de Chamamento nº. 01/2013, conclamando as empresas a se

unirem em organizações gestoras e apresentarem propostas para logística reversa de seus

produtos, numa tentativa de diminuir custos e operacionalizar o sistema de coleta e

reciclagem. Esta tese aplica as diretrizes governamentais a um sistema de Logística Reversa,

de lixo eletrônico, apropriando seus custos e problemas em Minas Gerais, com vistas a análise

da sustentabilidade econômico-financeira e também ambiental da coleta e reciclagem dos

resíduos de equipamentos eletroeletrônicos.

O estado de Minas Gerais possui características que o qualificam como um estado

representativo da média dos estados brasileiros, em renda, população, geração de REEE além

de possuir boa infraestrutura, o que facilita os cálculos da LR.

1.2 Divisão do Trabalho

Este trabalho está dividido nos seguintes capítulos:

No Capítulo I, Introdução, onde se define Logística Reversa (LR) e são classificados

os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (REEE) no Brasil.

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No Capítulo II, em seguida, são definidos os objetivos gerais e específicos do

trabalho.

No Capítulo III, Estado da Arte, são citados estudos de autores diversos sobre o

assunto, visando uma definição precisa de Logística Reversa, suas características aplicadas

aos REEE e a legislação brasileira existente sobre o assunto. São também apontados os

diferentes tratamentos dados ao assunto nos Estados Unidos da América, na Europa, no Japão

e na China. Apresenta-se ainda como fundamentação teórica, um modelo de Logística

Reversa proposto pelo governo federal através do Edital de Chamamento nº. 01/2013 do

MMA.

No Capítulo IV, a Metodologia detalha a proposta governamental, a logística reversa

proposta pelo Ibama, e como se pode separar do REEE (Resíduo de Equipamento

Eletroeletrônico) materiais poliméricos, metálicos, cerâmicos e metais, visando a etapa

posterior à LR, de reciclagem do mesmo. Um estudo da viabilidade do proposto pelo Edital de

Chamamento nº. 01/2013, aplicado a Minas Gerais é feito neste capítulo, seguindo as

diretrizes da proposta governamental. É apresentado um segundo modelo otimizado de

Logística Reveersa de REEE para o estado.

No Capítulo V, são analisados e discutidos os resultados obtidos.

No Capítulo VI é apresentada uma proposta de modelo para o mercado de

reciclagem de REEE no Brasil.

As conclusões constituem o Capítulo VII, capítulo final, e deixam abertura para

outros estudos no futuro.

1.3 O que é Logística Reversa

A Logística Reserva é definida na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

como: [...] instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um

conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos

resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos

produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada (BRASIL, 2010), ou outra

destinação final.

A logística tem se posicionado como uma ferramenta para o gerenciamento

empresarial pela sua contribuição na obtenção de vantagens econômicas, sem, contudo,

desconsiderar os aspectos ambientais (ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 1999). A legislação

obriga fabricantes e importadores a terem responsabilidade sobre o seu produto desde a

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fabricação até o final da vida útil. A não destinação correta desses resíduos traz grandes

problemas ao meio ambiente - como possibilidade de contaminação do solo com Chumbo

(Pb), Zinco (Zn), Níquel (Ni) e Cobre (Cu), (DAMASCENO, 2014), além da produção de

material plástico não degradável, por exemplo. Gera, todavia, oportunidades de reciclagem,

reutilização e valorização energética.

No caso dos aparelhos celulares, existe um mercado de compra e venda de aparelhos

eletroeletrônicos usados, em bom estado, e que ainda tem serventia para um público menos

exigente em termos de tecnologias de ponta. A LR está ligada ao mesmo tempo a questões

legais, ambientais e econômicas, e seu estudo é imprescindível no contexto organizacional,

pois pode tornar as empresas ecologicamente mais eficientes por meio da reciclagem,

reutilização e redução da quantidade de materiais usados (CARTER; ELLRAM, 1998).

Entre os principais aspectos do Edital 01/2013, propõe-se que empresas fabricantes e

/ ou importadoras de equipamentos eletroeletrônicos reúnam-se e proponham um sistema de

LR para seus produtos, destacando-se pontos tais como:

• a operação de centros de recolhimento em cidades de menos de 25.000

habitantes;

• a operação de centros de triagem em cidades de mais de 25.000 habitantes;

• o estímulo à operação de usinas de reciclagem de REEE;

• metas de recolhimento do material, ao longo de cinco anos;

• a instituição de gestores de logística para os produtos; e

• a possibilidade de remuneração pelo produto obtido, para todos os

participantes do processo (BRASIL, 2013).

1.4 Resíduos de equipamentos eletrônicos no Brasil

O Solving the E-Waste Problem (StEP, 2015) expõe o panorama mundial de geração

de REEE abaixo na Tabela I.1:

Tabela I.1 - Resíduos de equipamentos em várias regiões do mundo.

Regiões Eletrodoméstico (unid.) PC’s e notebook (unid.)

Países membros da União

Europeia 2005 53,54 milhões 58,41 milhões

Estados Unidos 2006 41,37 milhões 29,20 milhões

China 2005 99,70 milhões 20,23 milhões

Brasil 2010 24,24 milhões 17,03 milhões

Ref.: Solving the E-Waste Problem (StEP), 2015 em projeção para 2017.

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Quanto à geração e acúmulo de REEE apenas no Brasil,constam da Tabela I.2:

Tabela I.2 - Geração de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos no Brasil em 2009.

Geração de REEE

Geração de REEE do Brasil estimada 680.000 t / ano

Geração per capita de REEE* (2001-2030)

Projeção de acúmulo de REEE* (2001-2030)

3,4 kg / hab.ano

22 x 106 t

Ref.: Diagnóstico da Geração de REEE - Feam / MG - jun 2009.

*Telefones celulares e fixos, televisores, computadores, rádios, máquinas de lavar roupa, geladeiras e freezers.

Na Figura I.1 seguem os números e estimativas de geração de REEE no Brasil :

2011 493 425 917,67

Mil

har

es d

e T

on

elad

as

2012 481 495 976,19

2013 439 564 1.002,61

2014 406 694 1.100,66

2015 451 797 1.247,76

2016 484 892 1.376,13

2017 478 889 1.367,69

2018 455 846 1.300,91

2019 491 741 1.231,53

2020 541 708 1.249,41

REEE Grande Porte REEE Pequeno Porte

REEE de Grande Porte: máquinas de lavar roupa e louça, geladeiras, congeladores, fogões, fornos de micro-

ondas e elétricos.

REEE de Pequeno Porte: televisor / monitor, LCD / plasma, DVD / VHS, produtos de áudio, desktops, notebooks,

impressoras, celulares, batedeiras, liquidificadores, ferros elétricos, furadeiras.

Figura I.1 - Estimativas de geração de REEE. Ref.: Elaborada pelo autor com base em Feam (2009).

Verifica-se, em 2016, para REEE pequeno, 892.000 t / ano, o que representa 4,4 kg /

hab. / ano. Tais dados podem não se confirmar em função das dificuldades econômicas pelas

quais o país vem passando a partir de 2010 (INVENTTA, 2014).

O município do Rio de Janeiro promoveu através da Secretaria do Meio Ambiente

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(SMA-RJ) a campanha “Natal da eletrorreciclagem”, em 2013. Desde novembro daquele ano,

os moradores do Rio de Janeiro conhecem os locais para o descarte dos resíduos eletrônicos.

Uma urna metálica foi colocada pela SMA-RJ (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) na

estação de metrô Carioca, no centro do Rio, para depósito de teclados, mouses, computadores,

rádios, DVD’s e televisores usados como parte da campanha que vai todo ano, até o dia 20 de

dezembro (SMA-RJ, 2015).

No estado de São Paulo, foram também tomadas algumas providências, por parte de

órgãos ambientais, tais como da SMA-SP, que instituiu o projeto E-lixo Maps distribuiu

pontos de recebimento de lixo eletrônico. A partir dos dados recolhidos no Projeto e

disponibilizados online, elaborou-se a Tabela I.3 que aponta os tipos de resíduos que foram

recebidos desde o início do projeto em dezembro de 2009 até março de 2011, em unidades,

visando identificar os tipos de REEE mais descartados (IPEA, 2011):

Tabela I.3 - Tipos e unidades de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos recolhidos pelo

Projeto E-Lixo no estado de São Paulo.

ITENS Total (unid.)

Computadores 18.002

Baterias 13.285

Pilhas 8.610

Celulares 6.878

Lâmpadas fluorescentes 6.917

Monitores 5.754

Baterias de celular 4.637

Televisores 4.087

Aparelhos de som 4.336

Aparelhos de micro-ondas 4.283

CDs 2.226

Vídeo cassete 2.100

Geladeiras / freezers 1.947

Telefones 2.050

Cartuchos 2.306

Carregadores 1.965

Cabos 1.527

Teclados de computador 1.923

Câmeras fotográficas 1.222

Ar-condicionado 1.319

Mouses de computador 1.191

Baterias comuns 1.305

DVDs 1.120

Baterias de notebook 1.120

TOTAL 103.605

Ref.: IPEA (2011).

O objetivo foi reunir o maior número de aparelhos eletrônicos e destiná-los

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corretamente aos centros de reciclagem, além de criar consciência da destinação correta entre

a população (BRASIL, 2010). Essas ações promovem a disseminação de informações sobre a

importância da destinação correta destes resíduos.

Os resíduos eletroeletrônicos também podem ser denominados de resíduos de

equipamentos eletroeletrônicos, lixo eletrônico e ainda lixo tecnológico, e vão além dos

produtos de informática (MARTINS, 2011), como mostra a Tabela I.4:

Tabela I.4 - Projeção de geração de REEE em 2010 - Minas Gerais e RMBH.

TIPOS PARTICIPAÇÃO % CATEGORIA

Monitores 10 REEE

Televisores 10 REEE

Computadores, celulares, telefones, fax, impressoras. 15 REEE

DVD, vídeo cassete, CD-player, rádios, entre outros. 15 REEE

Geladeiras 20 Lixo elétrico

Máquinas de lavar, secadoras, aspiradores, ar

condicionados, ferros de passar, cafeteiras, entre outros. 30 Lixo elétrico

Ref.: MARTINS (2011).

Outra forma de se definir os REEE, que pode ser vista na Tabela I.5, foi proposta

pela FEAM (2009):

Tabela I.5 - Categorias de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos.

CATEGORIAS EXEMPLOS

Grandes eletrodomésticos Geladeira, máquina de lavar roupas e louças,

micro-ondas

Equipamentos de informática e de

telecomunicação

Computador, laptop, impressora, telefone

celular, telefone fixo

Equipamentos de consumo Televisão, DVD, vídeo

Ref.: FRANCO (2008 apud FEAM, 2009).

No Brasil, um levantamento realizado pela Feam do Estado de Minas Gerais,

apresentou o diagnóstico da geração de REEE, para o período 2009 a 2010, referentes ao

estado de Minas Gerais e a RMBH, conforme as Tabelas I.6 e I.7:

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Tabela I.6 - Tipos de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos, sua participação e categoria.

Geração de REEE em BH e Região Metropolitana Telefones celulares e fixos, televisores e computadores

Local Total (t) Per capita (kg / hab.)

Minas Gerais 9.997 0,49

BH 3.339 0,74

Ref.: RIBEIRO (2011), adaptada pelo autor.

Tabela I.7 - Projeção da geração de REEE em 2009 - Minas Gerais e RMBH.

Local

Telefones celulares e fixos, televisores e computadores

Geração atual

(t / ano)

Per capita média

(kg / ano)

Acumulado de 2001 a

2030 (t)

Minas Gerais 21.240 1 677.000

RMBH 6.230 1,1 194.000

Ref.: RIBEIRO (2011), adaptada pelo autor.

O levantamento também apresentou cenário para o ano de 2020, considerando

crescimento de geração de 20%, especificamente para computador, notebook, impressora,

telefone celular, telefone fixo, como apresentado na Tabela I.8. A taxa de 10% corresponde ao

menor crescimento para os outros REEE. Essa expectativa de crescimento deverá ser menor

em função de dificuldades econômicas no país desde 2014, porém os dados são de

crescimento das geração de REEE (INVENTTA, 2014).

Tabela I.8 - Cenários de geração de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos para 2020, a partir de

2010 - Minas Gerais e Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Ref.: RIBEIRO (2011), adaptada pelo autor.

No estado de São Paulo existem empresas de gestão de resíduos e entre seus

processos está inserida a reciclagem de equipamentos eletrônicos, como a Sinctronics, com

indústria na cidade de Sorocaba-SP. Os clientes são fabricantes de equipamentos eletrônicos

Local REEE com taxa de geração de 20% REEE com taxa de geração de 10%

Total (t) Per capita (kg / hab.) Total (t) Per capita (kg / hab.)

Minas Gerais 69.357 3,05 27.792 1,2

RMBH 22.183 3,62 10.207 1,66

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ou empresas que possuem certificação ambiental e necessitam dar destino correto para seus

resíduos (FRANCO, LANGE, 2011).

As empresas visitadas em Belo Horizonte e Região Metropolitana não recebem esse

material de pontos de coleta seletiva dos municípios ou de pequenos geradores. Não foi

localizada nenhuma empresa de gestão de resíduos eletrônicos na RMBH e / ou no estado de

Minas Gerais, que efetuasse a reciclagem completa com recuperação dos metais dos REEE, o

que caracteriza um campo aberto para implantação desse setor empresarial no estado. Existem

no entanto, empresas que fazem o recolhimento e triagem dos REEE, encaminhando

polímeros, metais e cerâmicos a empresas recicladoras, algumas sob contrato com grandes

empreas, outras menores, fazendo recolhimento agendado doméstico. Esta atividade de

gestão de REEE é viável técnica e economicamente, pois as empresas vêm aumentando de

porte (RIBEIRO, 2011).

1.5 Classificando os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos

O diagnóstico da geração de resíduos eletroeletrônicos no estado de Minas Gerais, no

ano de 2009, classifica os equipamentos eletroeletrônicos como produtos cujo funcionamento

utiliza corrente elétrica ou campos eletromagnéticos. Eles podem ser divididos em quatro

categorias amplas (INVENTTA, 2012):

• linha branca: refrigeradores e congeladores, fogões, lavadoras de roupa e

louça, secadoras, condicionadores de ar;

• linha marrom: monitores e televisores de tubo, plasma, LCD (Liquid

Cristal Display - Tela de Cristal Líquido) e LED (Light Emitter Diode -

Diodo Emissor de Luz), aparelhos de DVD (Digital Versatile Disc - Disco

Versátil Digital) e VHS (Video Home System - Sistema Doméstico de

Vídeo), equipamentos de áudio, filmadoras;

• linha azul: batedeiras, liquidificadores, ferros elétricos, furadeiras,

secadores de cabelo, espremedores de frutas, aspiradores de pó, cafeteiras;

• linha verde: computadores desktop, PDA (Personal Digital Assistant -

Assistente Pessoal Digital), laptops, notebooks e ultrabooks, acessórios de

informática, tablets e telefones celulares (INVENTTA, 2012).

Conforme o mesmo relatório, é no final da vida útil desses produtos que eles

passam a ser considerados REEE. Os produtos pós-consumo chegam ao final da vida útil,

após esgotadas as possibilidades de atualização, reutilização ou reparo. Alguns, como os

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equipamentos de telecomunicações, têm um ciclo de vida reduzido. Em outras palavras,

devido à introdução de novas tecnologias ou à dificuldade e custo de obtenção de peças de

reposição, eles são substituídos e, portanto, descartados mais rapidamente. Isto ocorre pelo

rápido desenvolvimento tecnológico e também pelo custo de peças de reposição e serviços,

que pode alcançar o valor do próprio equipamento, tornando o reparo inviável. Isso ocorre

apesar de a Lei nº. 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor,

art. 32) expor que as empresas são obrigadas a fornecer peças de reposição enquanto eles

estiverem sendo fabricados e após também, isto é, por um período de tempo igual ao da vida

útil do aparelho. Esta obrigação exige que se mantenha um estoque de peças de reposição

e/ou se mantenha uma linha de produção específica, com custo elevado em relação à

produção em mais larga escala (INVENTTA, 2012);

O modelo de proposta sugerido pelo Edital de Chamamento, está sendo preparado

por empresas no Brasil associadas à ABINEE - tais como Itautec, Phillips, Hewlett Packard,

porém não parece ser interessante para os fabricantes de celulares, tendo em vista que engloba

todos os eletroeletrônicos. Esta é uma classificação ampla demais, o que exigiria uma seleção

e triagem detalhada do material de circuitos impressos, conforme observou-se na empresa

E-Mile em Betim - região metropolitana de Belo Horizonte. Os celulares requerem, para a

separação correta de suas partes, ferramentas específicas para desmontagem, e

consequentemente, pessoal treinado que os recicladores, para aproveitamento eficiente no

desmanche, o que se constatou no acompanhamento de um processo de desmanche de

celulares (ABINEE, 2015).

A princípio, um acordo setorial1 entre as fábricas e importadores de celulares em

separado dos demais fabricantes / importadores de eletroeletrônicos, parece ser mais

interessante conforme proposta enviada ao MMA (Ministério do Meio Ambiente) em 27 de

fevereiro de 2014. Esta proposta prevê acordo a ser assinado pelos fabricantes / importadores

de celulares (ABINEE, 2015).

A razão é simplificar o processo de seleção do material, mesmo seguindo o modelo

proposto pelo Edital de Chamamento do MMA (BRASIL, 2013). As empresas fabricantes de

celulares, segundo a ABREE (Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos),

partirão para recolhimento e reciclagem por canal próprio devido às dificuldades no desmanche

1Acordo setorial é um "ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores,

distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de

vida do produto" (BRASIL, 2013).

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e mesmo por terem revendas e assistência técnica própria de marca, o que facilita a entrega via

LR, ao fabricante ou importador. Os REEE, que são deixados nas assistências técnicas de forma

voluntária para a reciclagem ou quando o equipamento não tem condição de reparo, nem

sempre retornam ao fabricante ou importador através da LR. Algumas empresas licenciadas

pelos órgãos ambientais estaduais e municipais recebem os REEE e fazem o pré-tratamento

para posterior reciclagem dos componentes ou destinação final. Ao ser reciclado por empresa

especializada, os resíduos são enviados a destinos diferentes. Os polímeros vão para empresas

que reciclam materiais plásticos, as partes com circuitos impressos são separadas para venda a

empresas sucateiras, como a maioria das hoje existentes. Algumas empresas fazem apenas esta

triagem, e outras processam o material para obtenção de agregados metálicos e não metálicos

(ABREE, 2015).

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CAPÍTULO II

2 JUSTIFICATIVA

2.1 Objetivos gerais

O objetivo desta pesquisa é verificar a sustentabilidade técnica e econômica da

implantação da Logística dos Resíduos Eletroeletrônicos, conforme o Edital de Chamamento

nº. 1/2013 do MMA. A análise da viabilidade partiu inicialmente da suposição de que exista um

acordo setorial entre fabricantes / importadores de eletroeletrônicos da linha verde. A

sustentabilidade técnica verifica a possibilidade e viabilidade de reaproveitamento de materiais e

a sustentabilidade econômica analisa os custos da LR. Manteve-se o foco na reutilização,

desmanche e reciclagem industrial, de REEE da linha Verde (celulares, notebooks, laptops,

desktops, DVD players e outros).

A tese verifica se, com as diretrizes do Edital de Chamamento nº 01/2013 do MMA,

é viável sob o ponto de vista econômico, financeiro e organizacional, que uma empresa

privada ou uma associação de empresas assuma a gestão da Logística Reversa dos REEE em

Minas Gerais.

A LR é o principal assunto estudado, visto que a movimentação, recolhimento e

transporte destes resíduos REEE apresentam peculiaridades. O ponto de partida deste estudo

foi o Edital de Chamamento nº. 01/2013 do MMA, que conclama empresas a apresentarem

projetos de LR para REEE. As empresas, caso um projeto apresentado seja aceito, assinarão

um acordo setorial visando implementá-lo. Com base neste Edital, foi necessário:

• verificar se os processos mencionados de reciclagem de placas de circuito

impresso, por exemplo, podem ser levados a uma escala industrial, e

viabilizados no Brasil, e em que escala ocorrerá o ponto de corte (break-even

point), o ponto crítico definido em termos de valor, correspondendo, neste

caso, ao montante de vendas de REEE necessário para cobrir os custos totais

da LR.

• verificar a economia ambiental, referente à diminuição da mineração a

partir do solo, com consequente diminuição do passivo ambiental;

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• verificar a sustentabilidade de toda a cadeia e como as empresas do setor se

posicionam quanto ao problema;

• verificar os ganhos sociais obtidos com a reciclagem de REEE.

2.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos são a LR e viabilidade da proposta governamental. A partir

de dados de geração de REEE, serão montados custos e receitas que um grupo signatário de

acordo setorial, encontrará ao implantar suas ações. A questão do modelo a ser implantado ser

monopolista ou competitivo, é algo que não fica claro nas diretrizes governamentais, e é

também estudado.

Para o entendimento da amplitude da sustentabilidade, Sachs (2002) identificou cinco

dimensões: a econômica, a social, a ecológica, a espacial e a cultural.

A sustentabilidade econômica envolve a gestão mais eficiente dos recursos e por um

fluxo constante de investimentos.

O objetivo principal da sustentabilidade social é construir uma civilização mais

imparcial na distribuição de renda e de bens. A sustentabilidade ecológica intensifica o uso de

recursos para propósitos sociais; restringe e substitui o consumo de recursos naturais não

renováveis ou que causam impacto negativo ao meio ambiente; reduz o volume de resíduos e

da poluição, por meio da conservação de energia e da reciclagem, entre outros fatores

(SACHS, 2002).

Após a verificação inicial dos custos envolvidos, sugere-se um modelo que permite

a manutenção da atual rede de recicladores, além da introdução da organização gestora,

representante de um acordo setorial de fabricantes / importadores na fase de reciclagem

final e distribuição dos REEE.

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CAPÍTULO III

3 ESTADO DA ARTE

3.1.Levantamento do estado da arte

De Brito e Dekker (2004) afirmam ser difícil datar o surgimento da expressão LR

com precisão, porém seu conceito vem sendo explorado desde a década de 1970, quando as

questões dos fluxos reversos estavam relacionadas com reciclagem e aspectos ambientais. O

surgimento de novas definições e áreas de aplicações revela que o conceito ainda está em

construção, face às novas possibilidades de negócios e de pesquisas. Chaves e Batalha (2006)

afirmam que foi a partir da década de 1990 que as empresas passaram a ver a LR como uma

fonte importante de redução de perdas e que, em países onde os conceitos e ferramentas

clássicas de logística eram mais disseminados, como Estados Unidos e nos países membros da

Comunidade Europeia, os conceitos de LR passaram a ser utilizados com maior intensidade.

Assim como na Logística Direta (LD), atividades relacionadas ao transporte, à armazenagem,

à distribuição e ao gerenciamento de estoques estão presentes na LR (LEITE, 2003;

MINNER, 2001; CHOUINARD, D’AMOURS e AÏT-KADI, 2005; SHIH, 2001;

PRAHINSKI e KOCABASOGLU, 2006).

Tibben-Lembke e Rogers (2002) definem a LR como o movimento de produtos ou

materiais na direção oposta à da logística tradicional - a LD - com o propósito de criar e

recuperar valor, ou para que seja feita a sua disposição adequada. Carter e Ellram (1998)

adotaram uma definição voltada mais para o ramo empresarial, em que a LR é o processo pelo

qual as empresas podem se tornar mais eficientes em termos ambientais através da

reciclagem, reutilização e redução da quantidade de insumos utilizados.

Xanthopoulos e Iakovou (2009) citam que a LR é uma disciplina integrada e

sistemática da cadeia de suprimentos e tem como meta promover o desenvolvimento

sustentável, o manejo dos produtos no final da vida útil de forma eficiente, lucrativa e de

acordo com as regulamentações ambientais. Para Srivastava (2007), a LR integra um conceito

mais amplo denominado “Gestão Verde da Cadeia de Suprimentos” (Green Supply Chain

Management) que tem suas raízes na gestão ambiental inserida na cadeia de suprimentos e

visa discutir a influência e conexão entre ambas as áreas. Conforme o autor, a LR é

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incentivada pela crescente deterioração do meio ambiente, como a diminuição de fontes de

matérias-primas, esgotamento da vida útil dos aterros e aumento dos níveis de poluição.

A LR é definida como:

“A área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as

informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de

pós-consumo ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos,

agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, legal, logístico, de

imagem corporativa, entre outros” (LEITE, 2003).

Conforme a definição, o autor divide a LR em duas categorias:

“Pós-consumo: constituídos pela parcela de produtos e materiais originados

do descarte depois de finalizada sua utilidade original e que retornam ou não

ao ciclo produtivo, devido a várias possibilidades de utilização inclusive a

valorização energética, ou seja, na queima em alto fornos, dos polímeros

termofixos, liberando energia. São os equipamentos eletroeletrônicos de Linha

Verde como computadores desktop, laptops, notebooks e ultrabooks,

acessórios de informática, tablets e telefones celulares, que possuem

polímeros termofixos ou termoplásticos em sua composição, além de chapas

de aço zincado, telas de LED ou LCD e PCI.

Pós-venda: produtos com pouco ou nenhum uso que retornam à cadeia de

distribuição por diversos motivos: devoluções por problemas de garantia,

avarias no transporte, excesso de estoque, prazo de validade expirado, erros

de expedição do pedido, entre outros. A caracterização da LR de Pós-Venda

acontece quando há a reutilização, a revenda como produto de segunda linha

e / ou a reciclagem. É uma vantagem competitiva por meio da diferenciação

no atendimento, que agrega valor perceptível aos clientes. Tal procedimento é

muito significativo quando a organização trabalha com venda pela internet,

como e-commerce”(LEITE, 2003).

O material eletroeletrônico, no pós-consumo, pode ser direcionado a dois processos:

• Reciclagem - canal reverso de revalorização, em que os materiais

constituintes dos produtos descartados são extraídos industrialmente,

transformando-se em matérias-primas que serão reincorporadas à fabricação

de novos produtos. O fator logístico contribui favoravelmente devido ao

elevado valor intrínseco do material e seu transporte pode ser realizado sem

grandes restrições. No caso dos REEE, elevada quantidade de polímeros

principalmente ABS (Acrilonitrila Butadieno Estireno) e HIPS (Poliestireno

de Alto Impacto) proveniente de teclados, mouses, caixas de notebooks e

celulares deve ser triada e gerar agregado reaproveitável na indústria, ou se

termofixos, ser utilizada para valorização energética. Na valorização

energética é aproveitado o poder calorífico dos resíduos para a obtenção de

energia, porém, existem alguns gases gerados durante este processo, que são

tratados pelos precipitadores eletrostáticos e por filtros manga

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(LAGARINHOS, 2011). Faz-se necessário lembrar que as placas de circuito

impresso não têm como ser utilizadas neste processo, visto que contêm

basicamente metais e cerâmicos, vários deles perigosos ao serem lançados na

atmosfera, e muito difíceis de serem capturados por filtros. Os metais têm um

valor que os torna interessantes para aproveitamento através do

processamento físico químico, e não na valorização energética (ESPINOSA,

TENÓRIO, 2004).

• Reutilização - diz respeito à reutilização de produtos ou materiais, cuja

vida útil estende-se por vários anos. Existe um mercado de produtos de

segunda mão, sendo comercializados diversas vezes até atingir seu fim de

vida útil. É o caso dos celulares mais caros que possuem valor de revenda

elevado e passam por diversos consumidores antes de deixarem de

funcionar ou ficarem totalmente obsoletos. É um canal reverso de grande

importância, com características econômicas e logísticas importantes pelo

volume de comércio envolvido (LIMA, 2008).

A Figura a seguir ilustra como ocorre a LR dos produtos / materiais pós-consumo e

seu retorno ao ciclo produtivo. Conforme a referida F igura, o fluxo reverso origina-se no

consumidor final e pode tanto retornar via coleta seletiva realizada pelos catadores (fluxo

predominante), ou por entrega no próprio local da compra como acontece em alguns

estabelecimentos que vendem aparelhos celulares, onde há o recolhimento de aparelhos

deixados pelos clientes que, posteriormente, são enviados para a indústria recicladora e

transformados em matéria-prima. Na produção de novos equipamentos há a utilização de

materiais extraídos do meio ambiente e que passam por transformações industriais, desde a

extração dos materiais básicos (minérios e principalmente petróleo no caso dos polímeros) até

a manufatura. Nessa mesma Figura, as etapas produção, distribuição e venda, compõem a LD.

O pós-consumo, coleta, triagem, reciclagem e valorização energética compõem a LR (LIMA,

2008).

A base para polímeros diz respeito aos insumos básicos extraídos do meio ambiente

para produção das partes plásticas, como: poliestireno, polipropileno, polietileno e ABS. Os

materiais cerâmicos são utilizados como suporte para os CI´s (Circuitos Integrados) e também

para componentes como capacitores e transdutores, conforme Figura III.1:

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MEIO AMBIENTE

METAIS BASE P/ POLÍMEROS CERÂMICOS

PRODUÇÃO

DISTRIBUIÇÃO

VALORIZAÇÃO ENERGÉTICA

VENDA RECICLAGEM

CONSUMO TRIAGEM

PÓS-CONSUMO COLETA

Figura III.1 - Logística Reversa pós-consumo. Ref.: LEITE (2003), adaptada pelo autor

Na Figura acima, quando da valorização energética, os resíduos são utilizados como

combustíveis alternativos (material orgânico) e o componente inorgânico é incorporado ao

clínquer durante o processo de fabricação. (LAGARINHOS, 2011).

Em outra classificação, Rogers e Tibben-Lembke (2001) dividem a LR em duas áreas gerais:

Logística Reversa de Produto - produtos que são introduzidos no fluxo

reverso por vários motivos, como por exemplo, para remanufatura,

reciclagem, consertos ou devolução do produto logo após a compra;

Logística Reversa de Embalagem - embalagens contendo papel e

polímeros diversos de equipamentos eletroeletrônicos, fluem no sentido

reverso devido ao potencial de reutilização, reciclagem ou porque legislações

restringem sua disposição final em aterros, como exemplo, as baterias de

celulares e demais equipamentos eletroeletrônicos.

Lima, Pontelo e Oliveira (2008) distinguem três categorias dentro da LR:

1 ª Logística Reversa Pós-Venda;

2ª Logística Reversa Pós-Consumo (classificação feita por Leite, (2003));

3ª Logística Reversa de Embalagem.

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A LR da embalagem, ao enquadrar-se na logística reversa de pós-venda ou pós-

consumo, faz com que seja classificada numa categoria separada, pois a distribuição para

mercados cada vez mais afastados gera um incremento com gastos de embalagem e aumento

do total de resíduos descartados no meio ambiente (LEITE, 2003).

Outra divisão encontrada dentro da LR é pela característica dos fluxos, que pode ser

do tipo: ciclo aberto, casos em que os produtos retornados ao chegar ao final da cadeia reversa,

não voltam necessariamente ou diretamente para serem convertidos no mesmo produto (porém

são aproveitados em itens separados) ou ciclo fechado; nesses casos é possível uma maior

integração / relação entre o canal direto e o reverso, o material descartado pode passar por um

processo industrial surgindo um produto igual ou similar ao original. (FLEISCHMANN et al.,

2000, LEITE, 2003).

Na literatura também são encontrados conceitos como logística verde, logística

ambiental e logística ecológica, que às vezes geram dúvidas em relação ao seu escopo quando

defrontados como termo LR. De acordo com Pires (2007), os três primeiros termos podem ser

entendidos como o estudo na busca por redução do impacto ambiental negativo dos produtos

pós-consumo quando descartados indevidamente no meio ambiente. Eles tratam de questões

que estão relacionadas tanto ao fluxo direto quanto ao reverso, ou seja, a sustentabilidade2 em

toda a cadeia de suprimentos, não se restringindo somente ao fluxo reverso. Dornier (2000)

afirma que a definição de logística deveria englobar todas as formas de movimentos de

produtos e informações, inclusive o conceito de LR. Essa colocação ampliaria o escopo de

atuação da área, passando a incluir não só fluxos diretos tradicionalmente considerados, mas

também os fluxos de retorno de peças, embalagens e seus acessórios, produtos vendidos e

devolvidos, produtos usados retornados com defeito a serem reciclados (DORNIER, 2000).

Um ponto que gera discussões diz respeito à caracterização de quando ocorre, ou não,

o fluxo reverso. Os conceitos de matéria-prima e de cliente final podem ser relativizados

conforme as cadeias produtivas. Pode-se citar o caso de sucateiros, que fazem parte do

processo de LR, coletando, fazendo a triagem, classificando como servíveis e inservíveis,

processo chamado de triagem e seleção. Adicionalmente, o conceito de LR também pode

variar de acordo com a visão de diferentes segmentos, como por exemplo, empresas

distribuidoras podem denominar LR para o retorno de mercadorias vendidas; as indústrias

podem conceituá-la como retorno de produtos com defeitos (ADLMAIER; SELLITTO, 2007).

2Sustentabilidade é em uma das definições mais gerais uma característica ou condição de um processo ou de

um sistema que permite a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo (MORIOKA, 2014).

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Outra discussão diz respeito ao termo “Logística para Reciclagem”. A grande

diferença entre a LR e a Logística para Reciclagem é que na LR existem várias empresas que

fazem a triagem e seleção de componentes de distribuidores, concessionárias e revendas. Em

alguns casos não existem leis que obriguem a reciclagem, mas sim, a conscientização da

necessidade da destinação correta dos resíduos, marketing ambiental das empresas ou manter

outras empresas no ciclo (empresas de seleção e triagem, recicladores, entre outros) (PIRES,

2007).

De acordo com Souza (2010), a grande diferença entre LR e a Logística para

Reciclagem é que, para reciclagem, as empresas só escolhem os componentes que interessam

à sua linha de produção, desprezando os componentes que não terão utilidade para elas, por

exemplo: as metalúrgicas só recolhem as partes metálicas de um veículo descartado,

desprezando pneus, estofamentos, lubrificantes, plásticos etc., portanto, trata-se de uma

estratégia de produção industrial, com finalidades bem definidas (SOUZA, 2010).

Rubio, Chamorro e Miranda (2008) realizaram uma busca em 26 revistas acadêmicas,

sendo a metade editada na Europa e metade nos Estados Unidos. O estudo se constituiu de um

total de 186 artigos publicados entre 1995 e 2005, dos quais 68% estão presentes em revistas

europeias e 32% em revistas norte-americanas. O número de artigos, no período, passou de

quatro artigos publicados no ano 1995 para 35 em 2005, evidenciando o expressivo

crescimento de interesse do estudo da LR:

• Pokharel e Murtha (2009): em sua pesquisa na literatura, analisaram livros,

anais de congressos, conferências;e revistas científicas, obtidos em fontes,

como: o GoogleScholar, Science Direct, Emerald Insight e Interscience. No

total foram encontrados 7 livros, 6 congressos e 151 revistas científicas com

publicações referentes à LR. O resultado mostra que as publicações sobre o

tema estão aumentando, especialmente após 2005, em que apenas 14 artigos

foram publicados entre 1971 e 1995; 99 artigos entre 1996 e 2005 e 51

artigos foram publicados a partir de 2006. Dentre outras direções apontadas

para o futuro dos estudos em LR, um dos pontos destacados foi a falta de

modelos e soluções para o projeto da rede de transporte na coleta dos

produtos retornados;

• Mahadevan e Deb (2007): ao realizarem uma pesquisa bibliográfica sobre o

tema LR, apontam 144 artigos publicados em 27 periódicos internacionais

sobre LR entre 1996 e 2006. Os autores focaram nesse período por duas

razões: durante esses anos diversas legislações foram publicadas no que

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tange a responsabilidade do produtor sobre seu produto após o fim da vida

útil e também devido ao crescimento de pesquisas e publicações referentes ao

tema. Os jornais escolhidos para a pesquisa também são oriundos da União

Europeia e Estados Unidos. Os periódicos europeus são os que mais

publicam sobre o assunto, o que reflete os altos níveis de interesse da

comunidade na área da LR.

No Brasil, Chaves e Alcântara (2009), constataram que foram publicados 18 artigos

em periódicos nacionalmente reconhecidos entre 2000 e 2008. Foram pesquisadas publicações

em eventos (congressos) de relevância no país relacionados à reciclagem e incorporação dos

materiais reciclados em novos produtos, com desenvolvimento de tecnologia. Todos os

artigos que continham os termos “Logística Reversa”, “anais” ou “fluxos reversos”, no título

ou palavras-chave foram contabilizados. No total foram encontradas 85 publicações entre os

anos de 2005 e 2008, sendo que grande parte delas, 38%, foi publicada no ano de 2008.

De acordo com os conceitos e classificações descritos neste tópico, a presente

pesquisa tem como alvo produtos pós-consumo, retornados ou oriundos dos Resíduos Sólidos

Urbanos (RSU), sem distinção entre ciclo aberto ou fechado. Embora existam divergências

quanto ao conceito de LR, considera-se neste trabalho que a atividade de reintroduzir ao ciclo

produtivo produtos advindos do ponto de consumo - independentemente se irá ou não retornar

para o ponto de origem, o que dificilmente acontece no caso dos resíduos sólidos -, caracteriza

a LR (DIAS; TEODÓSIO, 2006).

Neste contexto surge a proposta da “Economia Circular”, conceito ainda pouco

discutido no Brasil. Busca o desenvolvimento de processos e produtos projetados para um uso

mais racional dos recursos naturais, seja reduzindo o consumo, seja promovendo facilidades

para sua recuperação (por meio do reuso, reforma, remanufatura ou reciclagem). É o que se

chama de uma economia “regenerativa” (ou “restauradora”) (EMF, 2012).

3.2 Motivos e estratégias de retorno

A implantação de programas de LR apresenta objetivos diversos. A natureza do

produto, seu valor agregado, o grau de periculosidade ambiental, legislações, tecnologias

disponíveis, entre outros, podem gerar diferentes níveis de atuação. Embora a quantidade de

publicações acadêmicas e especializadas tenha acompanhado o crescimento da LR como

objeto de estudo, observada por diversos autores, não há dados específicos sobre o impacto

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econômico de tal atividade, as relações entre os diversos elos das cadeias reversas, os fatores

que diferenciam suas atividades entre os setores empresariais, a influência do valor agregado

dos produtos retornados, entre outras características (LEITE, BRITO e SILVA, 2008).

Sinnecker (2007) afirma que a LR é um processo complementar à LD por finalizar o

ciclo de vida dos produtos, ou seja, uma série de etapas que envolvem o desenvolvimento do

produto, a obtenção de matérias primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a

disposição final. Bowersox e Closs (2001) também corroboram essa afirmação ao

apresentarem a ideia de “apoio ao ciclo de vida” dos produtos como um dos objetivos

operacionais da logística moderna, referindo-se ao prolongamento da logística para além do

fluxo direto dos materiais, considerando também os fluxos reversos de produtos em geral

(BOWERSON e CLOSS, 2011).

A Análise do Ciclo de Vida (ACV) permite calcular os impactos ambientais

negativos desde a produção de matéria-prima até o descarte final dos produtos (AL-SALEM e

LETTIERI, 2010).

O Design for Recycling (Desenho para Reciclagem) pode contribuir e muito ao criar

objetos com fácil desmontagem propiciando troca mais fácil de partes inutilizadas ou que se

deseje trocar ou atualizar, assim como ligas metálicas mais fáceis de produzir a partir de

resíduos metálicos (ZUSSMAN, E.; KRIWET, A.; SELIGER, G., 1994).

A relação entre a ACV e a LR está em estudar alternativas para o descarte ou o

reaproveitamento de peças e partes do produto ao final do seu ciclo de vida (TIBBEN-

LEMBKE, 2002). Na LR, os produtos passam por uma etapa de reciclagem e voltam

novamente à cadeia até ser finalmente descartados, percorrendo o ciclo de vida do produto. A

ACV tem sido utilizada em vários estudos como uma ferramenta para avaliar as diversas

opções de manejo dos RSU tais como: compostagem, aterro sanitário, reciclagem,

incineração, coprocessamento e geração de energia, entre outros (TIBBEN-LEMBKE, 2002).

Uma questão que merece destaque nos estudos sobre a ACV diz respeito à

importância dos transportes, que se mal executados, podem resultar em um maior nível de

consumo de combustível e no aumento da emissão de poluentes tais como: monóxido de

carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos não-metano (NMHC), aldeídos

(RHCO), material particulado (MP), além de gases do efeito estufa, como dióxido de carbono

(CO2) e metano (CH4) no meio ambiente (DABLANC, 2007).

Quando comparado com o consumo demandado para a utilização de matérias-primas

virgens, dependendo das ineficiências do sistema de transporte dos materiais usados, sua

utilização pode ser mais prejudicial ao meio ambiente. O custo para disposição final e riscos

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como o esgotamento do aterro deve ser avaliado. Isso é muito mais provável que aconteça se o

produto a ser fabricado não utilizar uma grande quantidade de energia durante seu processo de

produção com matérias-primas virgens (GEORGAKELLOS, 2006; FINNVEDEN et al., 2005).

Por essa razão, deve-se planejar e desenvolver estratégias de modo a proporcionar ganhos

ambientais, e uma das questões a serem planejadas diz respeito ao transporte .

Leite (2003) apresenta as condições essenciais para a implementação da LR, que por

meio de um modelo de dependência entre fatores, representa os níveis de organização e

dinamismo dos canais de distribuição reversos. De acordo com o referido autor, os fatores

necessários (econômicos, tecnológicos e logísticos) garantem interesses satisfatórios e níveis

mais altos de organização nas cadeias reversas. Os fatores modificadores (ecológicos e

legislativos) alteram as condições naturais do mercado, nas diversas etapas reversas,

permitindo que novas condições de equilíbrio sejam estabelecidas. A remuneração em todas as

fases de retorno, por exemplo, é uma condição essencial em uma cadeia de suprimentos, pois

esta somente será eficiente se todos os seus atores, formais ou não, tiverem rentabilidade.

Ainda segundo Leite (2003), experiências têm mostrado que a ineficiência de certas

cadeias reversas é devida à falta de economia de escala e que, em muitos casos, a rentabilidade

é baixa em um ou mais elos da cadeia. Exemplos claros são as cadeias reversas de pós-

consumo de embalagens em geral, com as conhecidas exceções de materiais de alto valor

agregado, e mais recentemente a do denominado lixo eletrônico, na qual a rentabilidade de

alguns produtos em alguns elos é difícil de ser atingida em razão de seus baixos valores de

mercado e da concorrência entre diversos materiais descartados pela sociedade.

Leite, Brito e Silva (2008) realizaram uma pesquisa com o objetivo de identificar os

principais hábitos empresariais brasileiros relativos à LR. Nove ramos da economia e que

realizam algum tipo de prática de LR, entre elas empresas do ramo automobilístico, editorial,

eletrodoméstico, farmacêutico, metalúrgico, informático e material de construção.

Na Tabela III.1 são descritas as principais razões para as 33 empresas aceitarem o

retorno de produtos, após estudo qualitativo e atribuição de indicadores que possibilitaram

criar uma ordem de prioridades. Os entrevistados puderam assinalar mais de um item e, na

média, as empresas apresentaram mais de duas razões. Observa-se que o motivo mais citado

está relacionado com a capacidade de competir da empresa e não há uma razão que se

destaque entre as demais. O cumprimento de legislações foi pouco citado, mas isso pode ser

consequência de não estarem consolidadas no Brasil (até a data da pesquisa) imposições legais

quanto ao destino dos produtos e embalagens (LEITE, BRITO e SILVA, 2008):

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Tabela III.1 - Prioridades dos indicadores de Logística Reversa.

INDICADORES PRIORIDADES

Custos de operação (CO) 1ª

Recaptura de valor (RP) 2ª

Inovação tecnológica (IT) 3ª

Incentivo à reciclagem (IR) 4ª

Criação de emprego (CE) 5ª

Ações sociais e ambientais (AS) 6ª

Cumprimento da legislação (CL) 7ª

Serviço diferenciado (SD) 8ª

Relações duradouras com clientes (RC) 9ª

Ref.: LEITE; BRITO e SILVA (2008), adaptada pelo autor.

No caso dos produtos vendidos para a área industrial, não existe nenhuma legislação

que obrigue as empresas a fazerem a coleta, reciclagem e destinação final dos resíduos, apesar

de a certificação ISO 14001:2015 (não compulsória) exigir que se faça a destinação dos

resíduos gerados. Algumas empresas como marketing ambiental, coletam os produtos pós-

consumo durante a logística direta, para posterior reciclagem (INVENTTA, 2014).

Exemplos significativos de LR que funcionam, são a reciclagem de pneus, e

reciclagem de embalagens de agrotóxicos, de acordo com Resoluções do Conama nº. 416/09

para a coleta e destinação dos inservíveis pelos fabricantes e importadores de pneus; e a

Resolução nº. 465/2014 sobre a coleta e destinação de embalagens de agrotóxicos

(LAGARINHOS, 2016).

Em vários segmentos industriais, principalmente na área de petróleo e gás, existem

inúmeras iniciativas das empresas com o retorno dos produtos utilizados em campo, para a

realização de testes e posterior reciclagem. Essas iniciativas podem acabar tornando-se

projetos permanentes, mesmo sem a obrigatoriedade da LR, em função deste diferencial

(STOCK, SPEH e SHEAR, 2015).

Nos países membros da Comunidade Europeia, desde 1991 as indústrias devem

realizar a reciclagem de embalagens, em função da Responsabilidade Estendida ao Produtor -

EPR (Extended Producer Responsibility) que é um princípio político que estende ao produtor a

responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos, focando o retorno, reciclagem e disposição

final à cadeia produtiva, modelo que está sendo adotado pelo Brasil. O detalhamento de tal

princípio no entanto não existe no país, sendo o mais próximo de uma regulamentação, o

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sistema de normatização da série ABNT NBR ISO 14001: 2015, que apesar de ser de

aplicação voluntária, passou a estabelecer que:

• a gestão ambiental seja mais importante no posicionamento estratégico da

empresa.

• maior comprometimento da liderança.

• a implementação de iniciativas proativas que visem proteger o meio

ambiente contra danos e degradação, como por exemplo, o uso sustentável

dos recursos e a mitigação das alterações climáticas.

• enfoque no conceito de ciclo de vida a fim de garantir que aspectos

ambientais sejam levados em consideração desde o desenvolvimento até o

fim da vida útil do produto.

• a adoção de uma estratégia de comunicação com foco nas partes

interessadas (DE CICCO, 2016).

As restrições quanto à aplicabilidade dessas normas são os produtos contrabandeados,

a dificuldade de fazer treinamentos e conscientização dos consumidores, além da própria

carência de fiscalização por parte dos órgãos responsáveis (DE CICCO, 2016).

A aprovação da PNRS (Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010) também visa

promover a LR, por meio a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos,

coletas eletiva, reciclagem entre outros. Antes dessa legislação alguns estados e municípios

brasileiros possuíam suas próprias políticas de resíduos sólidos (INVENTTA, 2012).

Stock, Speh e Shear (2006) afirmam que, nas empresas, estratégias e programas de

LR podem resultar em uma maior rentabilidade e aumentar a qualidade do serviço ao cliente.

Neiva (2009), contesta tal afirmação, pois para a autora, salvo algumas exceções, a

implantação da LR é uma operação que ainda gera prejuízo ou no máximo se autofinancia,

uma vez que o processo costuma ser até 30% mais caro que o lucro gerado pelo

aproveitamento de materiais e pela venda de matéria-prima a outras indústrias. No caso dos

pneus, este percentual chega a 60% com o transporte (LAGARINHOS, 2016).

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux) declarou,

em uma entrevista à Revista Sustentabilidade, que as dimensões continentais do Brasil, aliadas

ao alto custo do transporte, inviabilizariam a LR. Ele citou o exemplo de lâmpadas, em que

ficaria muito mais caro fazer a LR do que produzir a própria lâmpada (ABILUX, 2015).

No caso dos eletroeletrônicos, itens como baterias, e ainda os tubos de raios

catódicos existentes podem encarecer bastante o processo de reciclagem. Este é o argumento

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dos fabricantes e importadores de lâmpadas ao defenderem a retirada de seus produtos da Lei

que institui a PNRS, em que são obrigados a estruturar e implementar sistemas de LR

(ROQUE, 2009).

Uma estratégia utilizada para incentivar a LR de produtos pós-consumo é o chamado

“Depósito Reembolsável” (DR), que consiste em um pagamento (depósito) que deve ser

realizado no ato da aquisição de um produto, no caso, um equipamento eletroeletrônico.

Quando o consumidor devolver a parte recuperável do produto num posto de recebimento ou

reaproveitamento, terá seu dinheiro devolvido (FIGUEIREDO, 2002). Esse sistema foi

inicialmente criado antes da década de 1970 pela indústria de bebidas ao redor do mundo para

assegurar o retorno e a reutilização das garrafas de vidro no processo de envasamento. Nos

Estados Unidos, Canadá, Japão, Taiwan e e m países da Europa verificam-se resultados

positivos dessa estratégia (FIGUEIREDO, 2002) .

De acordo com Aalbers e Vollebergh (2005), o DR é interessante tanto para os

usuários, que ao participarem do sistema não terão perdas econômicas, quanto para o governo,

que não terá custos com coleta, transporte e descarte de resíduos.

Quanto aos REEE, a questão é mais complexa: a vida útil dos produtos pode ser

ampla, em função de circularem por vários proprietários com graus de exigência e

necessidades específicas diferentes até o descarte, como os desktops que podem se tornar

desatualizados para um profissional de informática mas teriam muita serventia para um

usuário doméstico. Devido à elevada taxa de produtos contrabandeados no Brasil, os

produtores / importadores brasileiros não irão coletar e destinar os REEE contrabandeados. Os

“órfãos” do processo são os REEE de modelos que entraram no Brasil ou por contrabando, ou

por compra direta do consumidor no exterior, ou, até mesmo, pertencentes a fabricantes que

não operam mais (ABINEE, 2015).

Mrozek (2000) afirma que o DR é um instrumento muito bom para resolver

problemas com o descarte inadequado de resíduos. Costa e Pires (2010) desenvolveram um

modelo econômico baseado no sistema de DR com foco em incentivar a devolução de pneus

usados pelo usuário, envolvendo-o na responsabilidade, para que seja possível encontrar o

equilíbrio entre geração e reciclagem. A análise partiu do valor de US$ 0,06 por pneu, e

atingiu valores que, elevados para o consumidor, mostram-se insuficientes para cobrir os

custos da LR. O valor do fundo dos fabricantes de pneus nos Estados Unidos para esta

reciclagem inicia-se em US$ 0,06 por pneu fabricado. Não existe, na prática, o DR para os

pneus, no Brasil. O consumidor acaba achando que existe algum valor agregado e leva o pneu

usado para casa. Nos Estados Unidos e países membros da Comunidade Europeia o

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consumidor paga, no momento da compra, uma taxa que financia todo o processo de coleta e

destinação dos pneus inservíveis no final da vida útil (LAGARINHOS, 2016).

Para alcançar resultados melhores do que abordagens compulsórias, o reembolso

precisa ter um valor que induza os consumidores a retornar o produto usado. No Brasil, em

2003, foi editado o Projeto de Lei nº. 1.765-A, que instituía a taxa reembolsável sobre os

recipientes plásticos, alumínios, latas e vidros utilizados para bebidas alcoólicas, águas,

refrigerantes, produtos de limpeza, cosméticos e outros materiais. No entanto, tal projeto foi

rejeitado na Câmara dos Deputados no dia 28/9/2007, sob alegação de que os custos

administrativos e operacionais para produtos de pequeno porte e baixos valores seriam

elevados frente ao DR (AZEVEDO, 2009).

Outra ação nos Estados Unidos que visa incentivar a LR e a reciclagem são taxas

conhecidas como “pagar pelo uso” (PBU), que vem sendo utilizada em países membros da

Comunidade Europeia e da América do Norte. De acordo com o volume ou peso dos resíduos

descartados para a coleta, os usuários devem pagar uma taxa proporcional. Em localidades

onde o aumento da reciclagem foi observado, verificou-se que o programa PBU, era

implantado juntamente com outras políticas, como a coleta seletiva (SKUMATZ e

FREEEMAN, 2006; EUNOMIA, 2003; YANG e INNES, 2007).

3.3 A reciclagem de eletroeletrônicos no mundo

Vários países possuem instrumentos legais para controle da disposição de REEE,

com arcabouços legais onde estão definidas as competências e as regras restritivas. A maior

parte dos países do mundo começou a reciclagem a partir de 1970. No caso dos Estados

Unidos, apesar de terem a legislação ambiental mais antiga, datada de 1969, há uma grande

fragmentação de competências quanto ao Licenciamento Ambiental, pois os estados federados

são independentes. A França tem fortes instrumentos legais, as competências são bastante

estruturadas entre o Ministério de Meio Ambiente, Prefeituras e Distritos e são exigidos

Estudos de Impacto Ambiental (EIA), para prevenir acidentes e outras ações danosas ao meio

ambiente. No caso brasileiro, confirma-se a exigência de Relatórios de Impacto no Meio

Ambiente (RIMA) aos vários setores produtivos e ao possuir também projeção nos âmbitos

dos estados e dos municípios, sendo que a sua legislação adquire um caráter mais abrangente

(INVENTTA, 2014).

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3.3.1 Pontos em comum de Leis e Projetos de Lei para retorno de produtos pós-consumo

no Brasil e no Mundo

Definição: Estabelecimento de regras e procedimentos para a reciclagem,

gerenciamento e destino final dos resíduos tecnológicos.

Panorama no Brasil: Código de Defesa do Consumidor não contempla a obrigação

de retorno do produto de pós-consumo: é opcional.

Característica do consumidor brasileiro de eletroeletrônicos: cultura para

"repassar" ou doar o produto no seu final de vida ou na aquisição de um novo.

Legislação:

• Federal: Lei nº. 12305/2010 - PNRS: regula as diretivas gerais

aplicáveis aos resíduos sólidos no país;

• Estadual: Vários estados e municípios (+20 projetos de lei e leis).

Categorias que são afetadas: Todos os produtos serão contemplados em leis

(eletroeletrônicos, elétricos e magnéticos de dispositivos) (BRASIL, 2013).

No estado de Minas Gerais, listamos a legislação atual na Tabela III.2 (BRASIL,

2014):

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Tabela III.2 - Legislação mais recente em Minas Gerais sobre resíduos urbanos, inclusive

eletroeletrônicos

Lei nº. 21.421 de 17/07/2014 Pelo texto, que modifica a Lei nº. 13.766 de 2000, resíduos como dispositivos

magnéticos e eletroeletrônicos de armazenamento de dados, lâmpadas

fluorescentes, pilhas e baterias poderão ser entregues pelos mineiros em comércios

que vendam os produtos ou nas redes de assistência técnica dos fabricantes.

Lei nº. 13.766 de 30/11/2000 Dispõe sobre política estadual de apoio e incentivo à coleta seletiva de resíduos

sólidos e altera dispositivo da Lei nº. 12.040, 28 de dezembro de 1995, que dispõe

sobre a distribuição da parcela de receita do produto da arrecadação do ICMS

pertencente aos municípios, de que trata o inciso II do parágrafo único do art. 158

da Constituição Federal.

Lei nº. 14.128 de 19/12/2001 Dispõe sobre a Política Estadual de Reciclagem de Materiais e sobre os

instrumentos econômicos e financeiros aplicáveis à Gestão de Resíduos Sólidos.

Lei nº. 18.031 de 13/01/2009 Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos.

Lei nº. 19.823 de 22/11/2011 Dispõe sobre a concessão de incentivo financeiro a catadores de materiais

recicláveis - Bolsa Reciclagem.

Lei nº. 20.011 de 05/01/2012 Dispõe sobre a Política Estadual de coleta, tratamento e reciclagem de óleo e

gordura de origem vegetal ou animal de uso culinário e dá outras providências.

Decreto nº. 44.844 de

25/06/2008

Estabelece normas para licenciamento ambiental e autorização ambiental de

funcionamento, tipifica e classifica infrações às normas de proteção ao meio

ambiente e aos recursos hídricos e estabelece procedimentos administrativos de

fiscalização e aplicação das penalidades.

Decreto nº. 45.181 de

25/09/2009

Regulamenta a Lei nº. 18.031, de 12 de janeiro de 2009, e dá outras

providências.

Decreto nº. 45.975 de

04/06/2012

Estabelece normas para a concessão de incentivo financeiro a catadores de

materiais recicláveis - Bolsa Reciclagem, de que trata a Lei nº. 19.823, de

22 de novembro de 2011.

Decreto nº. 46.562 de

25/11/2014

Altera o decreto nº. 44.844, de 25 de junho de 2008, que estabelece normas para

licenciamento ambiental e autorização ambiental de funcionamento, tipifica e

classifica infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos hídricos

e estabelece procedimentos administrativos de fiscalização e aplicação das

penalidades.

Deliberação Normativa

COPAM nº. 26 de 28/07/1998

Dispõe sobre o co-processamento de resíduos em fornos de clínquer.

Deliberação Normativa

COPAM nº. 52 de 14/12/2001

Convoca municípios para o licenciamento ambiental de sistema adequado

de disposição final de lixo e dá outras providências.

Deliberação Normativa

COPAM nº. 60 de 28/11/2002

Revoga o inciso I, do §2º, do artigo 3º da Deliberação Normativa COPAM

nº. 50, de 28 de novembro de 2001.

Deliberação Normativa

COPAM nº. 74 de 09/09/2004

Estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de

empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de

autorização ambiental de funcionamento ou de licenciamento ambiental no nível

estadual, determina normas para indenização dos custos de análise de pedidos de

autorização ambiental e de licenciamento ambiental, e dá outras providências.

Deliberação Normativa

COPAM nº. 90 de 15/09/2005

Dispõe sobre a declaração de informações relativas às diversas fases de

gerenciamento dos resíduos sólidos industriais no estado de Minas Gerais.

Deliberação Normativa

COPAM nº. 170 de 03/10/2011

Estabelece prazos para cadastro dos Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos -

PGIRS pelos municípios do estado de Minas Gerais e dá outras providências.

Deliberação Normativa

COPAM nº. 172 de 22/12/2011

Institui o Plano Estadual de Coleta Seletiva de Minas Gerais.

Deliberação Normativa

COPAM nº. 188 de 30/10/2013

Estabelece as diretrizes gerais e os prazos para veiculação de editais de

chamamento de Sistemas de Logística Reversa (SLR) no Estado.

Ref.: ABREE (2016).

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Responsáveis diretos: fabricantes, importadores e varejistas.

Operação: Produtores, importadores e varejistas: criação e manutenção de pontos de

coleta, LR e destinação final.

Varejistas: responsabilidade inclui também na cadeia de receber produtos para

repasse aos fabricantes ou importador; há poucas iniciativas de voluntariado para a recepção

de produtos, em algumas legislações ainda; varejo está centralizado na destinação de

embalagem.

Governo: não se responsabiliza pela coleta ou LR, participa em algumas legislações

na realização de planos de gestão de resíduos em forma cooperada e na promoção de

consórcios públicos.

Embalagens: Legislação para indicar na embalagem: local de coleta, informação

para descarte, índice de reciclabilidade e informações sobre substâncias químicas.

Custeamento do Programa:

• Opção 1: Não relata de forma explícita a forma de capitalizar a operação;

• Opção 2: Criação de taxa especial ou adoção de medidas orçamentárias para

capitalizar a operação. Condições de Logística: problemas devido à extensão

territorial do país (quase continental) e concentração de renda em uma

determinada região: Sudeste, condições socioeconômicas, entre outros

(IBAMA, 2013).

3.3.2 A reciclagem de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos nos Estados Unidos

Modelos de políticas de recolhimento nos Estados Unidos

Segundo o GTREE (Grupo de Trabalho para Resíduos Eletroeletrônicos, 2012), as

principais características das taxas nos Estados Unidos são:

ARF - Taxa de Reciclagem de Resíduo Eletrônico, consumidor paga uma

taxa, calculada / avaliada na venda de produtos eletrônicos cobertos

(Califórnia).

FEE - Taxas de Registro Anual do Fabricante (pode ser significativamente

reduzido estabelecendo um programa aprovado de devolução de produto -

Virgínia Ocidental).

SHARE (Compartilhamento) - Fabricantes devem financiar um programa de

coleta & reciclagem de sua participação na marca de produtos cobertos, coletiva

ou independentemente. O programa coletivo Oregon é dirigido pelo

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Departamento de Qualidade Ambiental (DEQ), o programa coletivo WA

(Water and Air-Washington State Department of Ecology); Departamento de

Águas e Ar do Departamento de Ecologia do estado de Washington é

administrado pelo governo e fabricante (estados do Oregon, Washington, Nova

York, Nova Jersey).

LBS SOLD (Libras-peso vendidas) - O fabricante paga taxa de registro,

para coleta e reciclagem de dispositivos eletrônicos cobertos, baseia-se em

suas vendas anuais para uso doméstico (estado de Minnesota).

RETURNS 1 (Retornos) - Os fabricantes devem desenvolver e implementar

os seus próprios programas de reciclagem para seus próprios produtos

devolvidos (o estado do Texas exige programa de coleta pelos

consumidores; o da Carolina do Norte exige programa de coleta pelos

coletores).

RETURNS 2 - Os fabricantes pagam pelo transporte e reciclagem dos

produtos de sua marca coletados por outros, mais uma participação em todos

os produtos “órfãos” (estados de Connecticute do Maine) (GTREE, 2012).

3.3.3 A reciclagem de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos na Europa

De acordo com a Directive on Waste Electrical and Electronic Equipment (Diretiva

sobre resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos), temos as definições:

• Produtos: todos os produtos elétricos e eletrônicos, incluindo lâmpadas.

• Requisitos legais: exige que os fabricantes de produtos elétricos e

eletrônicos organizem e financiem o recolhimento e reciclagem de fim de

vida dos produtos. A Directive on WEEE permite que os consumidores

disponham de equipamentos elétricos e eletrônicos para reciclagem gratuita.

Os custos variam dependendo do tipo de produto (incluindo a concepção do

produto). Ele também irá variar de país para país, dependendo do sistema de

coleta, o modelo financeiro e de comportamento do consumidor.

• Responsabilidade: A responsabilidade do produtor começa nos pontos de

coleta. Para os equipamentos elétricos e eletrônicos não utilizados por

particulares, o financiamento da gestão dos resíduos deverá ser acordado

entre o produtor e o utilizador do equipamento no momento da compra

(FEAM, 2009).

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3.3.4 A reciclagem de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos no Japão

De acordo com Espinosa e Tenório (2004), desde abril de 2001 está em vigor a Home

Appliances Recycling Law (Lei de Reciclagem de Eletrodomésticos) que obriga os fabricantes

a receber e reciclar os aparelhos usados.

Ainda segundo os autores, o controle é feito baseado em um sistema de formulários

envolvendo todos os atores: fabricantes, consumidores, municípios e empresas de reciclagem,

e que fornece subsídios para acompanhamento da reciclagem.

A Lei estipula as seguintes taxas, que representam o percentual do equipamento que

sofre reciclagem (e não a coleta), conforme a Tabela III.3:

Tabela III.3 - Taxas de Reciclagem.

APARELHOS TAXAS

Televisor 50%

Refrigerador 50%

Máquina de lavar 50%

Condicionador de ar 60%

Ref.: Elaborada pelo autor com base em pesquisa

de mercado.

Em material de divulgação da empresa DOWA Co., japonesa, os objetivos de suas

atividades de reciclagem são (DOWA Co., 2014):

• criação de novos recursos partindo do Japão;

• reciclagem de metais a partir de resíduos industriais.

Tradicionalmente, a reciclagem é feita a partir de materiais descartados ou materiais

utilizados para a produção nas indústrias. Como o Japão enfrenta dificuldades na obtenção

dos metais necessários à produção de eletroeletrônicos, foi promulgada em 10/08/2012 a

“Legislação para a promoção da reciclagem de pequenos aparelhos eletrônicos usados”, a

entrar em vigor em 01/04/2013, a qual estipula que (JAPAN, 2016):

• reciclagem de metais seja feita a partir de resíduos comuns (domésticos);

• aparelhos eletrônicos usados são fonte para a Reciclagem de Metais.

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Em alguns casos, podem conter teor de metálicos (p. ex. ouro (Au) e prata (Ag)) em

valores superiores à matéria-prima em forma de minério (concentrado). Os REEE são

divididos em:

• eletrodomésticos grandes (4 produtos);

• eletrodomésticos pequenos.

Os REEE de pequeno porte seguem um fluxo operacional conforme a Figura III.2,

onde verifica-se que existe atenção ao aspecto dos solos contaminados.

DOWA ECO

SYSTEM

COLETA E

TRANSPORTE SOLO CONTAMINADO, REEE, PLACAS,

CATALISADORES, RESÍDUOS

METAIS PESADOS ELETRODOMÉSTICOS

SOCIEDADE RECICLAGEM

DESCONTAMINAÇÃO TRATAMENTO DE

DO SOLO RESÍDUOS

RECICLAGEM

SOLO TRATAMENTO

DESCONTAMINADO FINAL

RECURSOS

METÁLICOS

Figura III.2 - DOWA Co. - Rede de reciclagem / meio ambiente. Ref.: Elaborada pelo autor com base em DOWA ECO-SYSTEM Co.(2014).

Parte do material coletado deverá ir para o comércio de usados e outros são tratados

como sucata, como os lixos dos governos locais (resíduos volumosos, resíduos não

combustíveis, resíduos combustíveis).

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O sistema difere conforme o governo local, havendo lugares em que há coleta de

ferro (Fe), alumínio (Al) e outros, ou coleta como metal fundido em fornos, mas a grande

maioria tem o destino final no aterro (JAPAN, 2016).

A coleta a partir de lixo comum apresenta problemas legais, pois a coleta deve ter

permissão do governo municipal. Como a responsabilidade do tratamento cabe a cada

governo local, a coleta sem permissão infringe a lei para o tratamento de resíduos. Mesmo que

seja feita a coleta, há restrições quanto à movimentação entre os governos locais (JAPAN,

2016).

Os celulares foram considerados uma exceção do lixo comum pelo sistema de

aprovação ampla. A responsabilidade cabe ao fabricante.

O potencial de descarte estimado em 2005 foi de 2,5 milhões de toneladas, ou seja,

19,4kg / habitante ano (DOWA, 2014).

O volume de metais nos aparelhos possivelmente descartados é estimado em cobre

(Cu) ≅ 110.000 t, chumbo (Pb) ≅ 10.000 t. , estanho (Sn)≅5.300 t (DOWA, 2014).

O Ministério do Meio Ambiente do Japão estima que, a cada ano, o público deixe de

usar 650.000 toneladas de aparelhos que contêm metais com valor equivalente a 900 milhões

de dólares (JAPAN, 2016).

Apesar dos metais preciosos como paládio, nióbio, ouro e platina serem utilizados

em pequenos percentuais em relação à massa total dos eletroeletrônicos, o seu teor em

grandes volumes de eletrodomésticos pequenos é da ordem de milhares de toneladas, como no

Japão (JAPAN, 2016).

Em termos de metais raros, dependendo do volume dos REEE, e do tipo de placa de

circuito impresso ou contatos elétricos, por exemplo, existentes no material, podem ser

obtidos o gálio (Ga), germânio (Ge), índio (In), tântalo (Ta), neodímio (Nd), disprósio (Dy); o

seu uso é importante em elementos semicondutores existentes nas placas de circuito impresso.

Esses materiais praticamente não são coletados de lixo comum (DOWA, 2014).

Em um experimento realizado na cidade de Odate, província de Akita, em 12/2008,

foram realizadas tentativas para um sistema de coleta de metais em aterros sanitários (a partir

de REEE) (DOWA, 2014).

Neste experimento, liderado pelo Grupo de Estudos RtoS (Representante: Prof.

Nakamura, Laboratório Tamoto, Universidade de Tohoku) com colaboração de órgãos

governamentais, DOWA Eco-System e outros, foram estudados os tipos de aparelhos, o

número de anos até o descarte, e situação de estoque sem uso, para serem utilizados como

dados para projetos futuros. Foram estabelecidos:

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• coleta de aparelhos eletroeletrônicos pequenos em caixas fixas;

• coleta e segregação de aparelhos eletroeletrônicos médios na disposição

final - concluíram pela viabilidade da legislação.

É permitida a importação de resíduos. A DOWA Co. importa mais de 1.000 t / mês

em placas eletrônicas descartadas, obedecendo às premissas da Convenção de Basileia, ou

seja, os resíduos não foram tratados, e seguem embalados de forma a impedir qualquer

contaminação de solos, mares, águas superficiais e subterrâneas entre outros (DOWA, 2014).

No caso de importação de placas eletrônicas descartadas de países não-membros da

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na Europa, há

necessidade de solicitação com base na Convenção de Basileia3. É importante notar que a

descontaminação do solo ocorre paralelamente à reciclagem de REEE, pois no Japão

altamente industrializado, os resíduos industriais contaminam o solo e também são ricos em

materiais que podem ser reciclados (JAPAN, 2016).

O ciclo dos negócios a partir da reciclagem de REEE no Japão é exposto abaixo, e é

compreensível a importância dessa “mineração urbana”4 devido a escassez de minério no solo

japonês, conforme a Figura III.3:

3A Convenção de Basileia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu

Depósito, foi concluída em Basileia, Suíça, em 22 de março de 1989. Ao aderir à convenção, o governo

brasileiro adotou um instrumento que considerava positivo, uma vez que estabelece mecanismos internacionais

de controle desses movimentos, baseados no princípio do consentimento prévio e explícito para a importação,

exportação e o trânsito de resíduos perigosos (IBAMA, 2014). 4Mineração urbana é a reciclagem de materiais de valor presentes em resíduos eletrônicos, como ouro, prata,

cobre, platina, alumínio, aço, terras raras e até mesmo plástico (BRUNNER, 2011).

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Refino Material Processamento Tratamento

Produção do material Eletrônico de materiais térmico

LED, pó de prata, Materiais para Tratamento

pó de zinco, pós conectores, pla- térmico de peças

metálicos, etc... cas, cerâmicas, automobilísticas,

Ouro, prata, cobre, zinco, platina, metálicas, etc... fornos para tra-

gálio, índio, etc... tamento térmico,

etc...

Alto valor agregado

a materiais

Processo

Cíclico

Meio Ambiente e Reciclagem Montagem do Produto Final

Instalação Tratamento de resíduos,

controlada para tratamento de solo, Celulares, Computadores, Automóveis, Televisores...

para tratamento reciclagem de metais,

final. consultorias, etc...

Reciclagem, transformação em

recursos e neutralização da toxicidade

Figura III.3 - DOWA Co.- Informações sobre negócios (Processo Cíclico).

Ref.: Elaborada pelo autor com base em DOWA ECO-SYSTEM Co. (2014).

A Lei doméstica japonesa Law for the Promotion of Effective Utilization of

Resources (LPUR) (Lei para Promoção de uma Efetiva Utilização de Recursos) regulamenta a

importação / exportação de resíduos tóxicos específicos, desde 1992 (PARIATAMBY &

VICTOR, 2013).

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Mina Urbana Cominuição (Produtos Usados) (brituração e moagem)

Processo de Refino Fusão de alta

(Refino de Zn) temperatura (fusão)

Adição de calor (queima)

Refino com Refino de materiais preciosos

eletricidade (Controle de emissão de gás - Cl, Br,...)

Refino com Dissolução em (eletrólise)

eletricidade H2SO4 (liviação

(eletrólise) e lavagem)

Concentração

Neutralização

e separação Refino com Volatização

(purificação dos eletricidade (coleta de metais raros) (eletrólise) particular)

Zn Ga, Ge, Pb, Bi, Cu Au, Ag, Se,

Cd In Sb, Sn Ni Te, Pr, Pd, Rla

Atende os dois lados de uma mina urbana, a saber, “fornecimento de recursos” e “toxicidade”.

Figura III.4 - Processo de extração de Zn, Cu e Ni. Ref.: Elaborada pelo autor com base em DOWA ECO-SYSTEM Co.(2014).

Basicamente existem duas linhas de processos para reciclagem dos metais - o processo

para extração de Zn, Cu e Ni e o processo para extração de Au, Ag e Pt. O primeiro processo é

descrito na Figura III.4, acima, e o segundo processo na Figura III.5, a seguir.

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Efluente de

folheamento a ouro

Extração

eletrolítica

Tratamento para Solução da

Sucata com ouro exfoliação exfoliação

Dissolução com Solução da Purificação

água-régia dissolução com água-régia

Sucata com Au Incineração Purificação

e resinas Au por eletrolítica

eletrodeposição

Sucata com Ag Trituração Tratamento p / com HNO3

e família da Pt Dissolução Ag reduzido remoção de Ag

Fusão /

Solução após Fundição

remoção de Ag

Recuperação da Purificação

família da Pt elerolítica

Família da Pt Ag por

eletrodeposição

Figura III.5 - Processo de extração de Au, Ag e Pt. Ref.: Elaborada pelo autor com base em DOWA ECO-SYSTEM Co.(2014).

As plantas industriais de purificação do Japão podem controlar tanto a garantia de

recursos quanto a toxicidade, segundo a empresa DOWA Co.

A empresa afirma que no processo de “mineração urbana” para reciclagem de metais

de elevado custo, 22 metais de valor comercial podem ser recuperados através desta

“mineração”, e simultânea descontaminação do solo (DOWA, 2014).

3.3.5 Fluxos de lixo eletrônico na China

A importação contempla os processos comerciais de compra de produtos estrangeiros

para uso no Brasil. A China é a maior origem das importações de equipamentos eletrônicos

para o país, contando com 35% de participação em 2011 segundo a Associação Brasileira da

Indústria de Eletrônicos, que informou em seu site os dados para 2016, divulgados em

dezembro de 2015, em função da crise econômica por que passa o Brasil (ABINEE, 2016).

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Tabela III.4 - Importações de produtos do setor por Blocos Econômicos (US$ milhões).

REGIÕES 2013 2014 2015 2016

Estados Unidos 5.428 4.890 2.844,1 2.271,2

Aladi (Total) 1.295 1.333 1.031,6 852,2

Argentina 266 198 119,3 73,4

Outros Aladi 1.029 1.134 912,2 778,8

União Europeia 7.472 6.495 4.126,6 3.143,1

Ásia (Total)** 27.880 27.225 16.537,3 12.097,3

China 16.197 15.780 9.776,5 6.716,4

Outros Ásia 11.683 11.445 6.760,9 5.380,9

Demais Países do Mundo 1.523 1.208 734,8 424,5

Total 43.599 41.150 25.274,3 18.788,3

** Exceto Oriente Médio

Ref.: ABINEE (2016), atualizados até setembro de 2016.

De acordo com o relatório Inventta (2012), a importação também pode se dar de

maneira pulverizada ou informal. A importação em viagens internacionais, de forma legal é

comum entre brasileiros que adquirem equipamentos eletrônicos em viagens internacionais,

nem sempre com fabricantes / importadores no Brasil, e geralmente sem garantia. Ainda mais

relevante para planejar uma estrutura de tratamento dos REEE é a importação comercial de

pequeno porte. Em 2010, foi regulamentado o RTU (Regime de Tributação Unificada) de

mercadorias trazidas do Paraguai por via terrestre, para microempresas. São atividades que

inserem no mercado brasileiro equipamentos, que depois de utilizados vão se somar ao

restante dos REEE gerados por equipamentos produzidos no país ou trazidos por grandes

importadoras, mas cujo tratamento e disposição não estão contemplados em políticas de

responsabilidade porque estas estão voltadas somente para os grandes atores, gerando os

equipamentos “órfãos” no sistema (INVENTTA, 2014).

De acordo com a Abinee, apesar da tributação do RTU, a informalidade chega a 30%

em itens como os notebook’s (INVENTTA, 2014). Isto acontece pela facilidade de trânsito

nas fronteiras com o Paraguai e ao subfaturamento em nota fiscal, para enquadrar o valor do

bem nas cotas em moeda estrangeira a que o cidadão tem direito.

Quanto aos países do BRICS (Brasil, Índia, China e Rússia e África do Sul),

verificamos ser a China o maior poluidor mundial, segundo o Banco Mundial (GÓMEZ;

CHAMON; LIMA; 2016):

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Tabela III.5 - Os BRICS e as emissões de CO2 (2008).

Toneladas de

CO2

Ranking

mundial

Toneladas de

CO2 per capita

Brasil 393.219,74 17 2,05

Rússia 1.708.653,32 4 12,04

Índia 1.742.697,75 3 1,46

China 7.031.916,21 1 5,31

África do Sul 435.877,96 13 8,93

Mundo 32.082.583,00 – 4,76

OCDE 12.845.735,69 – 10,52

Ref.: (GÓMEZ; CHAMON; LIMA; 2016).

A China, entretanto, vem efetuando esforços no sentido de reduzir suas emissões e,

em função da geração de poluição ligada à fabricação de produtos industriais, verificou-se ser

interessante acompanhar a evolução da legislação e procedimentos das autoridades chinesas

sobre o assunto, tendo em vista que os níveis de poluição atmosférica e hídrica na China,

como demonstram as emissões de CO2, estão entre as mais altas do mundo (GÓMEZ;

CHAMON; LIMA; 2016).

Em 2011, havia cerca de 336 milhões de eletrodomésticos (televisores, geladeiras,

máquinas de lavar, aparelhos de ar condicionado e computadores) colocados no mercado

interno chinês. A maioria dos eletrodomésticos (61.300.000) foram recolhidos e tratados pelo

setor formal em 2011 - dos quais 84% foram os televisores (JINGLEI, et al.,2012).

A Figura III.6 contém um gráfico dos fluxos de lixo eletrônico na China, a partir de

2011. Inclui dados sobre as vendas de equipamentos eletroeletrônicos, ações e geração de lixo

eletrônico, bem como as quantidades de e-resíduos recolhidos e tratados através de canais

formais.

Dados confiáveis sobre a capacidade de coleta e reciclagem do setor informal, bem

como sobre o volume de lixo eletrônico que está sendo ilegalmente importado e tratado pelo

setor informal, são em grande parte indisponíveis. Na Figura III.7 no entanto, os percentuais

dos diversos tratamentos dados ao e-waste são dispostos em gráfico setorial.

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Síntese do fluxo de e-waste na China em 2011, em milhões de unidades (MU)

1- Vendas domésticas de 3- Estoque doméstico de EEE 4- E-waste gerado

novos EEE domesticamente

- Televisores: 57 MU - Televisores: 523 MU - Televisores: 40 MU

- Refrigeradores: 58 MU - Refrigeradores: 339 MU - Refrigeradores: 10 MU

- Máquinas de lavar: 53 MU - Máquinas de lavar: 339 MU - Máquinas de lavar: 13 MU

- Condic. de ar: 95 MU - Condic. de ar: 331 MU - Condic. de ar: 20 MU

- Computadores: 74 UM - Computadores: 227 MU - Computadores: 67 MU

2- E-waste importado

ilegalmente: Dados N / D

6- E-waste coletado e tratado

5- Mercado de reuso por mercados formais

- Reuso doméstico: Dados - Televisores: 51.5 MU Material formalmente

N / D - Refrigeradores: 2.2 MU recuperado e sem toxidade

- Importados de segunda - Máquinas de lavar: 4.7 MU

mão: Dados N / D - Condic. de ar: 0.2 MU Material formalmente

- Computadores: 2.6 MU tratado e sem toxidade

Disponibilidade de Material informalmente

dados confiáveis 7- E-waste informalmente recuperado

coletado e tratado

- e-waste doméstico: N / D E-waste em aterros

- e-waste importado: N / D municipais ou lixões Disponibilidade de

dados pouco confiáveis

Figura III.6 - Visão geral do e-waste na China.

Ref.: Elaborada pelo autor com base em JINGLEI, et al. (2012).

Canais de disposição de e-waste em 2009 em Pequim (China)

41,8%

36,6%

21,6% Coletados por diversos canais

Descartados como lixo municipal

Guardados em casa

Figura III.7 - Descarte de eletrônicos na China. Ref.: Elaborada pelo autor com base em JINGLEI et al. (2012).

É importante ressaltar que parte dos dados apresentados na Figura III.7 reflete o fluxo

de e-waste durante o "Programa Novo por Velho”, que incentivou os consumidores a entregar

seu lixo eletrônico para colecionadores formais subsidiados. O percentual de 21,6% de REEE

guardado em casa não caracteriza uma disposição final (JINGLEI, et al., 2012) .

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O programa estimulou a produção e a venda de bens de consumo

eletroeletrônicos na China, e levou a um aumento de volume de lixo eletrônico coletado

em relação aos que eram coletados nos anos antes do programa de descontos (Figura III.6).

Como um dos maiores países de fabricação de eletrônicos e as economias emergentes

do mundo, a China enfrenta problemas graves resultantes de ambos dada a crescente produção

interna e importações estrangeiras de eletroeletronicos (WANG et al., 2013).

A China produz, consome e exporta grandes quantidades de equipamentos

eletroeletrônicos. Em 2009, a produção de aparelhos domésticos grandes (por exemplo,

televisores, geladeiras, máquinas de lavar roupa, condicionadores de ar e computadores) estava

perto de 500 milhões de unidades, e a quantidade de exportação foi de 240 milhões de unidades,

quase 50% da produção total. É um país que tem, portanto, uma geração doméstica anual de

REEE que continua a aumentar, com uma estimativa de 50 milhões de unidades de REEE

(televisores, geladeiras, máquinas de lavar, aparelhos de ar condicionado e computadores) se

tornando o lixo eletrônico, em 2010, ou seja, com aumento de 20% na quantidade de REEE

gerados anualmente (WANG et al., 2013).

3.3.6 Desenvolvimento da legislação chinesa

A fim de lidar com os problemas decorrentes da importação ilegal de lixo eletrônico,

o governo criou numerosos regulamentos para restringir e até mesmo proibir a importação de

lixo eletrônico e assinou a Convenção de Basileia sobre o Controle dos Movimentos

Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e sua Eliminação, um acordo ambiental multilateral,

bem como uma emenda para gerir a importação de resíduos, que foi aprovada em 2000, e

incluiu equipamentos eletrônicos de segunda mão e lixo eletrônico na "Lista de mercadorias

proibidas a ser importada para transformação ou de comércio", que é a primeira política

fundamental e é atualizada regularmente. No entanto, como discutido anteriormente, E-Lixo

entra na China através de múltiplos canais ilegais, apesar da proibição oficial (WANG et al.,

2013). O governo chinês publicou padrões, guias técnicos e normas para o lixo eletrônico desde a

última década. De todas as leis, cinco são citadas como mais relevantes e seguem na Figura III.8:

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Canais de descarte usados em Pequim 2009 para e-waste

1- Catálogo para 2- Políticas Técnicas 3- Organização do 4- Medidas adminstrativas 5- Regulação do

gerenciamento de em Prevenção da Gerenciamento da no Controle e Prevenção gerenciamento

importações (Última Poluição e Controle Prevenção e Controle da Poluição de (SEPA No. de descarte e

edição, 2009, No. 36). de REEE (SEPA No. da Poluição por 40); Especificações reciclagem de

115). Eletroeletrônicos. Técnicas para controle REEE (State

da Poluição no Council No. 51).

processamento de REEE.

2000 2006 2007 2008 2011

FEVEREIRO ABRIL MARÇO FEVEREIRO JANEIRO

- Proibição da - Adoção dos - Requisitos para - Normas para - Torna a reciclagem

importação de princípios dos “3R”. eco-design de produtos. poluição causada de e-waste obrigatória.

e-waste. - Estipula o eco-design. - Restrições ao uso de causada por - Implementa a

- Estipula medidas para substâncias perigosas. desmontagem, Responsabilidade

coleta, re-uso, reciclagem - Exigência aos reciclagem e Extendida ao produtor.

e disposição de REEE. produtores para descarte de e-waste. - Cria um fundo para

fornecerem informações - Regulamentos subsidiar reciclagem

sobre seus produtos. para licenciamento de REEE.

de empresas

recicladoras.

Figura III.8 - Legislação sobre lixo eletrônico na China. Ref.: Elaborada pelo autor com base em JINGLEI et al. (2012).

A segunda política fundamental na Figura IV.8, a política de Técnica de Prevenção e

Controle da Poluição de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos, foi promulgada em

2006, a fim de reduzir o volume total de lixo eletrônico, para aumentar a taxa de reutilização

de equipamentos eletroeletrônicos descartados e também aumentar o nível de reciclagem de

lixo eletrônico. Ela estabelece os princípios gerais orientadores dos (5R)5 e "poluidor-

pagador", ou seja, a responsabilidade compartilhada de produtores, varejistas e consumidores.

Ele fornece uma lista de monitores ambientais para minimizar a poluição ambiental durante o

armazenamento, reutilização, reciclagem e disposição final de lixo eletrônico (WANG et al.,

2013) .

A terceira política, a lei sobre Gestão de Prevenção e Controle da Poluição por

eletrônicos e produtos de informação, foi implementada em 2007, com o duplo objetivo de

reduzir o uso de substâncias perigosas e tóxicas em aparelhos eletrônicos, reduzindo a

poluição gerada na fabricação, reciclagem e eliminação desses produtos (LIU, 2009).

5Atualmente, existe o conceito dos 5R (Reduzir, Repensar, Reaproveitar, Reciclar, Recusar), propulsor da

geração de empregos nos mais variados graus, no aumento da competitividade empresarial, no avanço

tecnológico advindo das inovações inerentes à absorção de conhecimentos e, sobretudo, como indutor de

procedimento em defesa da ecologia, favorecendo o desenvolvimento sustentável (FONSECA, 2000).

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O documento contém muitas semelhanças com a diretiva RoHS6 da União Europeia

incluindo os requisitos de concepção ecológica, as restrições sobre o uso de seis substâncias

perigosas (chumbo (Pb), mercúrio (Hg), cádmio (Cd), cromo (Cr) e bifenil sobremodular -

difenil polibromados ou éteres) em produtos eletrônicos, e os requisitos para que os

produtores forneçam informações sobre os componentes e as substâncias perigosas presentes

em seus produtos, bem como o período de utilização segura e potencial para reciclagem.

A quarta política na Figura III.8, Medidas Administrativas sobre Prevenção da

Poluição de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos, de 2008, tem o objetivo de

evitar a poluição causada pelo armazenamento, transporte, desmontagem, reciclagem e

eliminação do lixo eletrônico. Aplica-se a empresas de reciclagem de lixo eletrônico que

procuram licenças de tratamento, uma vez que tenha sido confirmada por órgãos ambientais

locais o cumprimento das normas e requisitos de tratamento. A política estabelece que um

gestor (representante do governo) deve assumir a responsabilidade de supervisionar os

esforços para evitar a poluição de lixo eletrônico, verificando in loco as condições de LR dos

REEE, preparando e implementando projetos, dentro de sua jurisdição (LIU, 2009).

O Regulamento sobre a Gestão da Reciclagem e Descarte de Resíduos

Equipamentos Elétricos e Eletrônicos pode ser considerado como a contrapartida da Diretiva

WEEE dos países membros da Comunidade Europeia e é uma peça fundamental de uma

legislação nacional para a gestão do lixo eletrônico na China. Implementada em 01 de janeiro

de 2011, os regulamentos estipulam que o lixo eletrônico deve ser recolhido através de

múltiplos canais e reciclado por empresas licenciadas de reciclagem. Os regulamentos

também estabelecem um "fundo especializado”, ou seja, um fundo recolhido do produtor /

importador para subsidiar a coleta formal e reciclagem de lixo eletrônico (JINGLEI et al,

2012). Os produtores e importadores de produtos eletrônicos são obrigados a contribuir para

este fundo, de acordo com a Tabela III.6:

6RoHS - Restriction of Certain Hazardous Substances (Restrição de Certas Substâncias Perigosas) é uma diretiva

que proíbe que certas substâncias perigosas sejam usadas em processos de fabricação de produtos: cádmio (Cd),

mercúrio (Hg), cromo hexavalente (Cr(VI)), bifenilos polibromados (PBBs), éteres difenil-polibromados (PBDEs)

e chumbo (Pb). Esta restrição é aplicada aos países da União Europeia, e outros como Canadá e Austrália

(PIDONE, 2011).

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Tabela III.6 - Fundo Nacional especializado para tratamento de e-waste na China,

taxas específicas por produto e subsídios (2012).

TV

(CRT e

painel fino)

Refrigerador

Máquina de

lavar

Condicionador

de ar

Computador

(desktop e laptop)

Taxa do produtor

(por unidade

vendida)

US$2 US$ 1.9 US$1.1 US$ 1.1 US$ 1.6

Subsídio ao

reciclador (por

unidade tratada)

US$ 13.5 US$ 12.7 US$ 5.5 US$ 5.5 US$ 13.5

Ref.: JINGLEI et al. (2012), adaptada pelo autor, quanto aos valores em dólares americanos.

Em agosto de 2012, apenas os cinco tipos de eletrodomésticos discutidos neste

relatório (televisores, geladeiras, máquinas de lavar, aparelhos de ar condicionado e

computadores) foram regulamentados para que os produtores pudessem pagar impostos sobre

esses produtos (de acordo com seu respectivo tratamento e gestão estimada de custos), a fim

de apoiar o subsídio de tratamento de lixo eletrônico. Esta lista de produtos regulamentados e

tributáveis será atualizada no futuro à medida que mais produtos com maior impacto

ambiental negativo e relevância social são identificados. Os regulamentos estabelecem

também um sistema de certificação padrão para o E-Lixo, reciclagem e eliminação pelas

empresas (YANG, 2007).

O catálogo para gerenciar a importação de resíduos, que se assemelha ao da

Convenção de Basileia na natureza, centra-se no controle das transferências de lixo eletrônico

ilegal através de administração aduaneira. A Política Técnica de Prevenção e Controle de

Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos salienta a importância da adequada gestão do lixo

eletrônico na China. No entanto, é apenas uma lei de orientação que não tem as especificações

necessárias para a implementação. O "Regulamento sobre a Gestão de Prevenção e Controle da

Poluição por eletrônicos e produtos de informação" regula principalmente o projeto voltado ao

eco-design, à composição de materiais, à facilidade de desmanche e à possibilidades de

atualização de novos equipamentos elétricos e eletrônicos, ao restringir o uso de materiais

perigosos (LIU, 2009).

Essa política aplica-se exclusivamente aos produtores e fabricantes de equipamentos

elétricos e eletrônicos. As "Medidas Administrativas sobre Prevenção da Poluição de Resíduos

de Equipamentos Eletroeletrônicos" estabelecem o regime de licenciamento para empresas de

reciclagem e estipulam as normas técnicas e ambientais que as empresas devem cumprir para

receber uma licença de tratamento. Finalmente, o "Regulamento sobre a Gestão da Reciclagem

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e Descarte de Resíduos Equipamentos Elétricos e Eletrônicos" é a legislação do lixo eletrônico,

sendo a mais crítica e abrangente até o momento: estabelece uma coleta nacional de lixo

eletrônico e sistema de reciclagem e descreve várias responsabilidades das partes interessadas,

incluindo taxas e subsídios de tratamento para os produtores e recicladores (JINGLEI et al.,

2012). As responsabilidades estão definidas na Tabela III.7:

Tabela III.7 - Responsabilidades dos stackholders (participantes) no gerenciamento do lixo eletrônico

pela legislação nacional chinesa.

STAKEHOLDERS RESPONSABILIDADES

Produtores (incluindo importadores e

agentes).

“Green” design e produção limpa.

Pagamento de taxas para produtos colocados no Mercado.

Revendedores e prestadores de serviços. Prover informação em suas lojas e depósitos, recolher e-waste e

tratá-lo pelos canais legais.

Assistências técnicas. Garantir a qualidade do material reparado.

Etiquetá-lo como “produto reparado”.

Companhias coletoras de

e-waste.

Providenciar múltiplos canais e meios para os consumidores

armazenarem corretamente seu lixo eletrônico.

Transferir e-waste p / licenciada.

licenciadosempreempempresas licenciadasstetreatmentcompanies

Companhias de reciclagem e tratamento

de e-waste.

Obter licença para tratamento do material.

Estar de acordo com os padrões nacionais de tratamento do

material.

Promover monitoramento da qualidade ambiental.

Estabelecer Sistema de gerenciamento de informações sobre e-

waste tratado, e reportar as informações ao governo local.

Ref.: JINGLEI et al., ( 2012), adaptado pelo autor.

3.4 Diretrizes propostas no Brasil

Na Figura III.9 pode-se verificar o modelo que está implementado em diversos países

membros da Comunidade Europeia, e que a princípio parece ser o pretendido pelas

autoridades ambientais brasileiras. Foi elaborado um modelo de gerenciamento com suas

implicações de custo e sustentabilidade.

Figura III.9 - Modelo de gerenciamento de resíduo eletrônico proposto para o Brasil.

Ref.: FEAM (2009) - desenho simplificado.

Comerciantes Recicladores

Consumidores Produtores / Importadores

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O modelo explicita as ligações entre os stackeholders (participantes) envolvidos,

porém deixa em aberto a entrada de vários outros participantes, como empresas sucateiras

intermediárias, e a empresa gestora formada pelos comerciantes/importadores.

Um aspecto do fluxo logístico reverso é levar em conta que, pela Lei nº. 12.305/10,

que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a responsabilidade pela coleta e

aproveitamento correto do produto ficam a cargo do fabricante ou importador. É importante

salientar na proposta a possibilidade de valorização energética dos resíduos, dentro da

destinação final, que devidamente contabilizada, juntamente com os demais fatores agregados

à responsabilidade do fabricante ou importador, poderão fazer com que se tenha uma medida

da sustentabilidade de toda a cadeia (GONÇALVES, 2007).

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CAPÍTULO IV

4 METODOLOGIA

4.1 Metodologia

Para esta pesquisa, foram aproveitados artigos, teses e dissertações sobre o assunto.

Foram identificadas as fases da LR, dentro de um modelo aprimorado, investigando os custos

totais e a viabilidade de cada fase desde a coleta até a destinação final. Foi feita inicialmente

uma análise de sustentabilidade e viabilidade da LR de REEE no estado de Minas Gerais, a

partir de diretrizes de um modelo sugerido pelo MMA em seu Edital de Chamamento nº.

1/2013 para a indústria de eletroeletrônicos.

A metodologia utilizada foi de simular a aplicação das diretrizes do Edital, orçar os

custos da estrutura a ser montada e sua logística (LR), e confrontar com os valores possíveis

de serem apurados com a reciclagem dos REEE no estado de Minas Gerais.

4.2 Proposta de um modelo governamental

A modelagem proposta pelo Governo Federal, através do MMA e tratada pela

Abinee em 2013, em relatório específico, tem como características básicas:

• o sistema será estruturado para lidar com REEE de consumo, ou seja, para

lidar com descartes em volumes razoáveis para o perfil de consumo de uma

pessoa física;

• os REEE oriundos de pessoas jurídicas não serão considerados na

modelagem, tendo em vista que geralmente são contratadas empresas

licenciadas para dar a destinação correta aos resíduos, conforme a

legislação.

• LR dividida entre logística primária (transporte da casa do consumidor até o

CT e logística secundária (transporte do CT até sua destinação final);

• logística primária distinta entre REEE de pequeno porte (portáteis) e REEE

de grande porte (BRASIL, 2013).

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Não foi incluída na proposta governamental, a manufatura para reciclagem, que

contribuiria para reduzir custos na desmontagem dos EEE. A reciclagem de produtos

manufaturados depende muito da eficiência com a qual o material pode ser separado um do

outro. Para o longo prazo, a reciclagem pode ser tornada mais efetiva pelo design de produtos

para maior facilidade de desmontagem e reciclagem. Isso requer o desenvolvimento de

ferramentas de análise de produtos adequadas para permitir que as equipes de projeto avaliem

a facilidade de desmontagem e reciclagem de produtos alternativos durante os estágios iniciais

do projeto (SODHI, M.; KNIGHT, W. A., 1998).

O governo pressupõe uma associação obrigatória entre fabricantes e importadores

em uma ou mais organizações gestoras para gerenciar o sistema de LR e que farão a interface

com os órgãos reguladores, a partir de:

• aproveitamento da logística de fornecimento (direta) de determinados

fabricantes / importadores, diminuindo custos de transporte e

armazenamento;

• implantação do sistema em fases, priorizando inicialmente regiões com

maior densidade de resíduos;

• disponibilização de rede de pontos fixos de descarte/recebimento em

municípios com mais de 100.000 habitantes;

• produtos considerados órfãos (vindos do exterior legalizados ou não),

serão custeados pelos fabricantes / importadores, com custos divididos entre os

participantes da organização gestora, permitindo amortizar os custos da LR

desses produtos ao final do processo de reciclagem do REEE. Existe então a

necessidade de rastrear esses produtos, para uma distribuição dos custos

equilibrada (BRASIL, 2013).

Para a elaborar a tese foi escolhido o estado de Minas Gerais, devido aos seguintes

fatores:

• Minas Gerais possui o terceiro maior PIB do Brasil R$1.049,00 per capita

(IBGE, 2011);

• o estado possui a maior malha viária do país, o que facilita os cálculos de

trajetos de LR;

• o estado possui o maior número de municípios do país (853 municípios), o

que permite uma massa de dados suficiente para os cálculos envolvidos;

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• o estado possui dimensões geográficas quase iguais às da França -

586.519,727 km2. É necessário cobrir na LR, grande área territorial;

• a população do estado é de menos de 20 milhões de habitantes, tendo,

portanto, baixa densidade demográfica;

•o PIB per capita é de R$ 1.049,00 / mês em 2014, apesar de grandes

diferenças regionais.

Estes fatores tornam o estudo interessante por espelhar em média escala os diversos

fatores socioeconômicos do Brasil (IBGE, 2011).

O fluxo dos REEE segue abaixo descrito:

1) Transporte até o ponto de descarte / recebimento:

- para produtos de pequeno porte, o consumidor transporta e entrega seu

REEE na rede de pontos fixos de descarte / recebimento;

2) Recebimento e devida armazenagem:

- comércio disponibiliza pontos fixos de descarte / recebimento nos quais

recebem e fazem a devida armazenagem do REEE;

- pontos de recebimento alternativos, fora do comércio, poderão compor o

sistema a critério e custo da organização gestora (exemplo: as assistências

técnicas, agência dos correios, outros parceiros logísticos, entre outros);

- consumidor com intenção de doar seu eletroeletrônico para reuso é

informado e orientado quanto às possibilidades de fazê-lo (BRASIL, 2013).

3) Transporte até o CT:

- comércio e organização gestora realizam o transporte do REEE até o CT

mais próximo;

- compartilhamento dos custos de transporte serão tratados entre as partes no

estabelecimento do acordo setorial;

- os centros de triagem poderão ser terceirizados pela organização gestora;

- oportunidade de parcerias com as prefeituras, cooperativas, recicladores

e outros para realização do transporte (BRASIL, 2013).

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4) Triagem do resíduo:

- organização gestora, signatária do Acordo Setorial, estrutura, coordena e

gerencia rede de centros de triagem (próprios, estabelecidos em parceria com

prefeituras de municípios de maior porte), promove a triagem,

armazenamento e despacho do REEE;

- no CT é feita a separação do REEE por tipo de equipamento e contagem

por amostragem para fins de monitoramento do processo (ABINEE, 2015);

- o ponto importante aqui é que até a chegada ao reciclador, poderão ser

feitas apenas separações de material por tipo, separação e acondicionamento

próprio de baterias, e partes soltas de plástico ou metal. (DAMASCENO,

2014).

Neste ponto, a triagem separará polímeros, que serão vendidos e podem ser

reaproveitados para novos produtos; separará também, no caso dos demais aparelhos, carcaças

de desktops de aço, ou alumínio.

Quanto aos polímeros, o primeiro passo para a verificação da possibilidade de um

resíduo deste tipo ser utilizado no coprocessamento é a análise de suas características físico-

químicas, que determinará qual o propósito de utilização do resíduo, se como substituto

parcial de matéria-prima ou combustível (URBANO, J., 2002).

De acordo com o autor citado, são resíduos passíveis de coprocessamento;

“Resíduos sólidos e pastosos, como os originados das seguintes atividades industriais:

petroquímica, química, montadoras, autopeças, eletroeletrônica, siderurgia, metalurgia, metal-

mecânica, celulose e papel, entre outras” (URBANO, J., 2002).

5) Transporte até o reciclador:

- a organização gestora recolhe o REEE nos centros de triagem e transporta

para o reciclador com o qual estabeleceu contrato de serviço;

- a organização gestora será remunerada pelo reciclador em função do

valor do REEE entregue.

6) Reciclagem do resíduo:

- o reciclador realiza a descaracterização de marcas e dados (quando

aplicável), faz a rastreabilidade, recicla o REEE e realiza o balanço de

massa, em comum acordo com a organização gestora;

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- reciclador repõe o material reciclado no mercado ou dá a devida destinação

final ao resíduo (ABINEE, 2015).

Ficam como responsabilidades atribuídas a cada um dos atores:

• Consumidor:

- levar seu resíduo eletroeletrônico (de pequeno porte) ao ponto de descarte /

recebimento. No caso de equipamentos de pequeno porte, existem quiosques

de coleta em shopping-centers, ou nas lojas que vendem equipamentos

eletroeletrônicos (INVENTTA, 2014).

• Comércio:

- providenciar rede de pontos fixos de descarte / recebimento;

- receber e armazenar adequadamente os resíduos;

- divulgar os pontos de recebimento, práticas de descarte e alternativas de

reutilização;

- compartilhar custos de frete primário com a organização gestora

(INVENTTA, 2014). .

• Organização Gestora Principal:

- compartilhar custos da LR a partir dos resíduos dos pontos de recebimento,

com o fabricante / importador;

- realizar amostragem do REEE por marca para fins de monitoramento de

volume de órfãos, informação aos órgãos fiscalizadores e remuneração /

rateio de custos com parceiros do sistema (INVENTTA, 2014).

• Organizações Gestoras Secundárias (contratadas pela Organização

Gestora principal):

- gerenciar e custear a logística dos centros de triagem até os recicladores;

- contratar e acompanhar o serviço de reciclagem;

- prover informação sobre o serviço de retirada de resíduo eletroeletrônico ao

seu cliente;

- informar fluxo do processo de logística aos órgãos fiscalizadores; e

- realizar campanhas de conscientização (ABINEE, 2015).

• Reciclador:

- realizar a reciclagem e disposição final correta do produto pós-consumo;

- prover informações de performance do processo; e

- reintegrar material reciclado ao mercado e repassar o valor apurado à

Organização Gestora (organização signatária do Acordo Setorial).

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• Poder Público:

- atribuir e fiscalizar as metas de reciclagem;

- regular e incentivar os recicladores para ganho de performance no processo

(certificação em padrões de qualidade 14001:2015 (qualidade e meio

ambiente).

- prover incentivos à fabricação de produtos com maior conteúdo de

reciclados, recicláveis e facilidade de reciclagem seja no próprio setor

eletroeletrônico ou em outros setores, via redução de impostos, por exemplo

(ABINEE, 2015);

- lançar editais para incentivo a pesquisa & desenvolvimento de forma

a promover o desenvolvimento de conhecimento e tecnologias relacionadas

à cadeia da LR de REEE;

- promover conscientização sobre o tema; e

- articular comitê de acompanhamento da implantação do sistema

(LAGARINHOS, 2016).

7) Fonte dos recursos para o sistema:

A alternativa selecionada para o modelo proposto para a LR de REEE brasileira e de

acordo as premissas adotadas foi de custos compartilhados entre consumidor (logística

primária, não necessariamente de forma financeira, mas responsabilidade de entrega para LR),

comércio (manter pontos de recebimento e frete primário) e fabricante / importador (frete

primário, triagem, frete secundário e processamento) (BRASIL, 2013).

É importante ressaltar que esta definição de atribuições e responsabilidades é a

emitida pelo governo federal, e abre uma possibilidade de que se possa cobrar do consumidor

uma taxa de recolhimento do EEE no ato da venda. Apoiada nisto, a Abinee está elaborando

proposta em que consta essa cobrança (ABINEE, 2015). O rateio dos custos da LR, neste

primeiro modelo proposto pelo governo teria de ser feito pelo rastreamento do material

recolhido, de modo a efetuar o ressarcimento a cada um dos participantes da cadeia de LR.

8) Responsabilidade pelos órfãos:

No Brasil, há fortes indícios e constatações que o volume de órfãos que entrarão no

sistema seja relevante o suficiente para sobrecarregar os atores que estiverem de acordo com a

legislação e aderirem ao sistema. Tal fato foi constatado em visitas a empresas de reciclagem

em Belo Horizonte e Nova Lima, onde grande parte dos REEE não possuía identificação, ou

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era de empresas extintas, ou marcas não mais vendidas no país.

No modelo proposto sugere-se que os órfãos sejam monitorados pelo Poder Público.

O rastreamento permitirá que os produtos não produzidos no Brasil com a anuência da

SECEX (Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Fazenda) / DECEX

(Departamento de Comércio Exterior do Ministério da Fazenda) tenham uma forma de

tratamento que não onere o Poder Público diretamente, como por exemplo, dividindo sua

responsabilidade pelos gestores signatários do acordo setorial (BRASIL, 2013).

9) Metas de recolhimento e reciclagem:

As metas para reciclagem foram estabelecidas pelo MMA, e constam do Edital de

Chamamento nº. 01/2013. A modelagem proposta define que se estabeleça apenas metas de

reciclagem em volume (CUNHA, 2002), o que foi estabelecido. Sugere-se que 100% do

volume recolhido (não do volume vendido) em cada etapa seja processado, até sua fase final

de extração dos metais. Isto também não significa um grau de reciclagem de 100% do

material recolhido. Para tal, são necessárias indústrias para processamento químico de metais

funcionando em larga escala no país (BRASIL, 2013).

10) O Poder Público:

O papel do Poder Público na modelagem sugerida é como atuante, ou seja, além de

exercer a fiscalização, atua no programa mais amplamente. Sua atuação se faz importante no

fomento do desenvolvimento tecnológico da cadeia, na certificação da eficácia, na disseminação

da cultura de reciclagem, no rastreamento dos produtos órfãos, ou seja, que não tenham

fabricante/importador no país.

De acordo com Lagarinhos (2015), esta é a mesma situação quando da

implementação da Resolução Conama nº. 258/99, para os pneus inservíveis. O Ibama deve

verificar através de informações no Cadastro Técnico Federal - CTF, as metas e resultados

obtidos para a reciclagem de pneus inservíveis. Não existe no entanto, nenhum trabalho dos

fabricantes e importadores / exportadores com relação ao desenvolvimento de novas tecnologias,

conscientização da população, com relação ao descarte dos pneus inservíveis (LAGARINHOS, 2015).

11) Tratamento do REEE:

Apesar de ainda não existir uma Instrução Normativa ou Resolução Conama para

classificação dos REEE, os mesmos são tratados como resíduos urbanos diferenciados, que

devem ser acondicionados e transportados corretamente (CONAMA, 2010), ou seja, considera-

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se os REEE um material perigoso após seu desmanche e trituração. A modelagem proposta

considera que o REEE será tratado como resíduo não perigoso durante a cadeia de LR, ou seja,

seu desmanche completo só ocorrerá no ciclo final de reciclagem.

Entenda-se como Poder Público as esferas federal, estadual e municipal, com suas

competências e abrangências estabelecidas pelo Conama em cada etapa da LR.

Uma das condições impostas ao sistema de LR é que não se promova qualquer

modificação físico-química do REEE ao longo do manuseio e transporte até uma recicladora,

sendo que o agente deverá obter licenciamento ambiental para manuseio e processamento de

tal resíduo. Dessa forma, minimiza-se o risco à exposição de material nocivo, pelo fato de que

não haverá lixiviação do material (a extração ou solubilização dos constituintes químicos do

material pela ação de um fluido), no caso a água das chuvas (DAMASCENO, 2014).

A partir da chegada à recicladora final, tem-se o ponto mais delicado do modelo, pois

para quantificar os custos, não é possível utilizar os centros de pesquisa brasileiros, pois a

escala é bastante diferente de uma recicladora operando em alta escala. No entanto, foi obtido

um modelo a partir de dados de mercado (FLEISCHMANN et al., 2000). Como exemplo,

cita-se a empresa Suzaquim de São Paulo: recicla polímeros e cerâmicos, provindos de lixo

eletrônico de várias empresas de São Paulo, revendendo-os depois a empresas que utilizam

material reciclado, porém não faz o tratamento dos agregados metálicos, que são repassados a

outras empresas para separação dos metais. Essa empresa recicla o lixo eletrônico gerado por

várias empresas no estado de São Paulo (SUZAQUIM, 2015) .

De acordo com a Resolução Conama nº. 264/99 sobre coprocessamento em

fornos de clínquer, apenas os polímeros termofixos, que não possam ser reciclados podem ser

utilizados na vaorização energética em cimenteiras, portanto os metais e materiais poliméricos

termoplásticos e os cerâmicos deverão ser triados, produzindo material para produtos

plásticos recicláveis como madeira plástica. Os cerâmicos poderão ser utilizados em fábricas

de azulejos e pisos (SUZAKIM, 2015). Os metais poderão passar por processo de refino com

viabilidade de aproveitamento na fabricação de novos eletroeletrônicos. A seguir, um modelo

(Figura IV.1) com base nas diretrizes governamentais:

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CONSUMIDOR LOJA DO FABRICANTE / IMPORTADOR

ARMAZENAGEM

REVENDAS

CENTRO DE TRIAGEM

SERVÍVEIS INSERVÍVEIS

RECICLADOR RECICLADOR CERÂMICOS

DE METAIS DE PLÁSTICOS

METAIS PLÁSTICOS

EMPRESA FABRICANTE EMPRESA COMPRADORA

/ IMPORTADOR / OUTROS USOS

Figura IV.1 - Modelagem básica proposta a partir das diretrizes governamentais. Ref.: Elaborada pelo autor com dados de LEITE (2003).

Numa primeira análise de custos, foram elaboradas estimativas de custos de CT a partir

de estimativas de tonelagem, visando determinar ponto de corte, ou break-even point. A partir

deste primeiro enfoque, foram geradas planilhas que subsidiaram um modelo que visa chegar

a uma otimização do processo em termos de tonelagem mínima de material, distribuição e

número dos centros de recolhimento e triagem, além da distribuição dos mesmos em função

da quantidade de REEE por região, no estado de Minas Gerais.

4.2.1 Logística Reversa e reciclagem

As atividades da LR constam de cinco funções básicas:

• planejamento, implantação e controle do fluxo de materiais e do fluxo de

informações do ponto de consumo ao ponto de origem durante seu ciclo de

vida, e recuperação de valor (LACERDA, 2002).

No processo da LR, os produtos passam por uma etapa de reciclagem e voltam à

cadeia produtiva, ou são valorizados energeticamente, quando não envolvam os metais e

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cerâmicos das placas eletrônicas, até o seu descarte, percorrendo o “ciclo de vida do produto”,

segundo a ABNT NBR ISO 14044:20014 - Gestão Ambiental e Avaliação do Ciclo de Vida,

respectivamente (SETAC, 2014).

Em outra abordagem, de Clean Manufacturing (Produção Limpa), estuda-se também

a manufatura limpa que reduza consumo de materiais, energia e produção de resíduos. A

distribuição deve buscar economizar combustível e reduzir a emissão de poluentes no controle

das cadeias de retorno da pós-venda e pós-consumo atendendo, no mínimo, às legislações

aplicáveis (SETAC, 2014).

Dentre os aparelhos eletrônicos podem ser destacados os telefones celulares, que a

cada dia tornam-se acessíveis a uma parcela maior da população, criando problemas pela

dificuldade em cumprir efetivamente o disposto na PNRS, quanto ao seu descarte correto.

De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA - EUA),

o ciclo de vida desses aparelhos é de 9-18 meses, após o que a maioria é esquecida ou

descartada no lixo doméstico. Da mesma forma que a maioria dos eletrônicos, o telefone

celular contém metais, polímeros e material cerâmico (EPA, 2007).

No Brasil, registrou-se a existência de 256 milhões de linhas ativas de celulares

(ANATEL, 2012) e o tempo médio de vida de dois anos para cada aparelho celular (CPQD,

2012) - que é o tempo transcorrido desde a sua produção até o momento em que o primeiro

possuidor se desfaz dele (TADEU, 2012).

A Resolução Conama nº. 401/2008, de 4 de novembro de 2008, trata sobre o descarte

de pilhas e baterias usadas e menciona os procedimentos necessários para a produção, descarte e

reciclagem de pilhas e baterias com os sistemas químicos de zinco-carbono, zinco-cloreto,

alcalinas de manganês, óxido de prata, zinco-ar, lítio e níquel-metal hidreto. Os outros sistemas,

também perigosos para o meio ambiente não estão dentro dos limites da legislação brasileira,

sendo que o seu descarte deve obedecer à dos PNRS, com responsabilidade definida e não feito

junto com o lixo comum (ESPINOSA; TENÓRIO, 2004).

Além das baterias, os principais componentes são a carcaça polimérica, a PCI,

composta de metais, materiais cerâmicos e resinas termofixas, além dos displays. As baterias e

pilhas foram estudadas por Provazi, Espinosa e Tenório (2012) em pesquisa cujo objetivo era

recuperar os metais presentes em uma amostra coletada em um posto de coleta. O resíduo das

pilhas e das baterias foi moído, reduzido em forno elétrico, submetido à separação magnética

e lixiviado. A composição química, após a lixiviação, extração por solventes e reextração,

incluem manganês, cobre, cobalto e níquel são recuperados na forma metálica após etapas

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pirometalúrgica, hidrometalúrgica e eletroquímica (PROVAZI, K.; C. R. ESPINOSA, Denise;

SOARES TENÓRIO, Jorge Alberto, 2012).

De acordo com Moraes (2011), os materiais acima geram potenciais riscos à

saúde e ao meio ambiente na disposição incorreta, hipótese comprovada em Damasceno

(2014) quanto à contaminação do solo por metais provenientes dos REEE.

É necessário levar em conta que cada tonelada de telefones celulares, considerando

diferenças entre aparelhos, contem ouro, prata paládio, e cobre (EPA, 2007), além de

manganês, cobalto e níquel provenientes das baterias (PROVAZI, K.; C. R. ESPINOSA,

Denise; SOARES TENÓRIO, Jorge Alberto, 2012). Utilizando as cotações de alguns destes

materiais na New York Mercantile Exchange, são apresentados na Tabela IV.1, os seguintes

valores:

Tabela IV.1 - Valores dos metais existentes em 1 tonelada de celulares.

Composição dos eletroeletrônicos visando reciclagem terciária para 1.000 kg de material

(celulares) R$ / g Total

3,5 kg Ag 2,475 8.662,50

340 g Au 146,47 49.799,80

140 g Pd 448,39 62.775,23

130 kg Cu 0,045 5.908,63

R$

127.146,16

Ref.: MORAES (2011) com cotações da New York Mercantile Exchange de 05/02/2016.

O recolhimento de celulares apenas tornou-se interessante do ponto de vista de

negócio, o que mobiliza os fabricantes / importadores a implantarem políticas de reciclagem

próprias. A gigante Apple, da Califórnia, EUA, divulga sua política de recuperação de

produtos pós-consumo, seja por obsolescência, ou defeitos, tendo sido sua atuação bem

divulgada. Os eletroeletrônicos da linha verde conferirão ganho de escala ao modelo

brasileiro de reciclagem de REEE, como nos Estados Unidos (EPA, 2007).

Para otimização de custos, os aparelhos celulares “órfãos”, ou seja, aqueles cujos

fabricantes / importadores não tenham condições de recolher, assim como os que entram

irregularmente no Brasil, deverão ser transportados e triados a princípio com os materiais

eletroeletrônicos da linha verde de pequeno porte (TADEU, 2012).

De acordo com Tabela IV.2 e Tabela I.7 (que fornece a participação de celulares na

tonelada de e-waste em São Paulo através de medições do lixo coletado - pág. 23), estabelece-

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se uma participação de cada eletroeletrônico pequeno dentro de uma tonelada de e-waste. Da

composição média destes materiais em termos de metais e plásticos, estudada, obtiveram-se

quantidades de material passível de reciclagem em REEE em geral, conforme a seguir

(WILLIAMS, 2003):

Tabela IV.2 - Caracterização de desktops.

Composição de materiais em um desktop, em gramas

Metais 7.254 - 7.524

Aço1 6.050

Cobre1

670

Alumínio1

440

Estanho1 47

Chumbo1

27

Prata1

1.4

Ouro1 0,36

Niquel1

18

Germânio2

<45

Gálio2 <45

Índio2

<45

Európio2

<45

Ruthenio2

<45

Bismuto2

<45

Não metais 0,44 - 45,44

Selênio2

0.44

Arsênico2

<45

Polímeros1

650

Resina Epóxi1

1.040

Ref.: WILLIAMS (2003).

Considerando uma composição de equipamentos da linha verde, de acordo com

percentuais percebidos na coleta, e a composição em materiais de cada item de equipamento,

teremos conforme a Tabela IV.3:

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Tabela IV.3 - Valores dos metais existentes em 1 tonelada de e-waste

(Linha verde - pequeno: notebooks, desktops, celulares, DVDs).

R$ / g Total

1,16 kg Ag 2,512 2.913,92

113,3 g Au 146,47

16.595,05

46,6 g Pd 448,39 20.894,97

43 kg Cu 0,0454 1.952,20

126 kg Aço 0,0003128 39,4128

24,10 kg Al 0,00311815 75,1474

1,5 kg Ni 0,023405 35,107

460 kg Plásticos 0,00091355 420,233

R$ 42.926,04

Ref.: WILLIAMS (2003) com cotações da New York Mercantile Exchange de 05/02/2016.

De acordo com o Portal Brasil (2016), devem ser considerados os riscos ambientais

da geração de resíduos na mineração para obtenção destes materiais in-natura. A adoção de

uma política que estimule a reciclagem destes materiais gerará ganhos tanto econômicos

quanto ambientais. Da bateria à embalagem, um aparelho celular pode ter no mínimo 85% de

suas partes recicladas.

De acordo com a mesma fonte, verificou-se em estudos que no Brasil, apenas 2% dos

aparelhos móveis é reciclada. Para aumentar esse percentual, algumas empresas de telefonia

estão investindo em programas de reciclagem dos aparelhos.

A Nokia, divulga em seu site, por exemplo, a reciclagem de 500 mil aparelhos

celulares na América Latina. A empresa ainda recolheu 40 toneladas de baterias e 150 mil

acessórios em seus programas de reciclagem; reduziu e está utilizando materiais reciclados na

produção das embalagens e manuais de uso dos seus celulares (NOKIA, 2016).

A Motorola também possui um programa de reciclagem de celulares e acessórios,

divulgado em seu site, na seção de questões ambientais. Os componentes dos aparelhos, como

baterias, carregadores, fios e fones de ouvido, podem ser entregues na rede de autorizadas da

montadora. Depois de coletados, os resíduos serão analisados e classificados, e algumas

substâncias como o cobre, o ouro, o bronze e o ferro, serão recicladas ou reutilizadas

(MOTOROLA, 2016).

A operadora Claro recolhe e recicla celulares, acessórios e componentes de telefonia,

segundo seu site de divulgação. Ela tem 140 urnas coletoras espalhadas pelo Brasil que

recebem os equipamentos, que contêm vários tipos de metal pesado como chumbo (Pb),

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(usado para soldar chips), cromo (Cr) e mercúrio (Hg), usados em componentes de metal ou

visores LCD (CLARO, 2016).

A Brasil Telecom (BrT), responsável pela operadora OI no Brasil, no site da

holding Algar Telecom, disponibiliza informações de que recolhe, desde 2005, baterias e

celulares para reciclagem. A empresa trabalha com o programa de coleta nos estados de

Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Goiás, Tocantins, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul,

Paraná, Rondônia e no Distrito Federal, e divulga seus programas em seu site (Brasil

Telecom, 2016).

Segundo a ReCellular (2012), uma das maiores recicladoras de celulares do mundo,

que opera a SellCell.com, que compra celulares avulsos pela internet, pagando um valor para

cada modelo, todos os anos mais de 100 milhões de aparelhos são descartados. Isso significa

milhares de toneladas de placas, circuitos, plásticos e baterias com substâncias tóxicas que

sobrecarregam os lixões.

Algumas partes do aparelho, como a bateria, contêm metais pesados como chumbo

(Pb), cádmio (Cd), e mercúrio (Hg) que, se descartados na natureza, podem poluir o solo

atingindo o lençol freático e a água de córregos e rios, entre outros, podendo causar riscos à

saúde, doenças neurológicas e motoras. Além disso, o próprio plástico que compõe a maior

parte do telefone é um material de difícil decomposição, porém passível de valorização

energética ou reciclagem (DAMASCENO, 2014).

De acordo com Leite (2009), torna-se necessário traçar um modelo para análise da

LR dos eletrônicos, em particular, dos aparelhos celulares, os quais, em proposta de

acordo setorial promovido pela Abinee, deverão ter tratamento diferenciado quanto à LR e

reciclagem.

A reciclagem consiste em separar os materiais que compõem um objeto e prepará-

los para serem usados novamente como matéria prima dentro do processo industrial. É essa

reciclagem, portanto, o objeto da proposta deste projeto, que consiste em investigar se esta

reinserção é viável econômica e ambientalmente. Nem sempre a reciclagem se destina à

reinserção dentro do mesmo ciclo produtivo: um computador reciclado pode gerar materiais

que vão ser utilizados em outras indústrias (LEITE, 2003).

No Brasil, verificou-se que pouquíssimas empresas realizam todo o processo de

separação e preparação de materiais para reciclagem. Estão cadastradas para essa atividade

as empresas em São Paulo: Eletrolixo e Cootramat, constando do CTF, e também

licenciadas na Cetesb. Foi realizada uma pesquisa nas empresas de reciclagem no Brasil,

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com ciclo de produção que envolva processamento físico do material, e encontramos

segundo a Tabela IV.4 (SILVA; MARTINS; OLIVEIRA, 2012):

Tabela IV.4 - Empresas recicladoras de eletrônicos, etapas do processo de reciclagem, produtos de

maior valor agregado e mercado consumidor.

EMPRESA O PROCESSO DE RECICLAGEM

TCG Recycling O material é separado e os resíduos perigosos são enviados para indústrias fora do

Brasil. Existem apenas 4 grandes empresas no mundo (TGC Recycling, 2016).

Suzaquim Servidores, microcomputadores, notebooks, monitores, impressoras e outros equipamentos

passam por processos de revisão, revitalização e atualização tecnológica, sendo

recolocados no mercado garantia de, no mínimo, um ano. É feita a separação dos materiais.

Por exemplo, os plásticos vão para empresas recicladoras, os tubos dos monitores são

cortados em via úmida e geram óxidos metálicos, as placas passam por moagem e

separação interna para retirar mecanicamente os metais que estão agregados na matéria-

prima. A partir daí todo o processo é químico. Após o reprocessamento dos resíduos

tecnológicos, são obtidos sais e óxidos metálicos que serão utilizados nas indústrias como

pigmentos para cerâmicas, refratários e indústrias químicas (SUZAQUIM, 2015).

Cimélia

Reciclagem

Separação da sucata eletrônica por classe, moagem e exportação para a usina

(Singapura), onde ocorre a desintoxicação (processo de elevação de temperatura

em câmara selada a 1200ºC e resfriamento em 4 segundos para 700ºC, filtragem

de dioxinas, liquidificações, separação por densidade, separação por eletrólise,

decantação, refinagem e solidificação em barras (CIMELIA, 2015).

EMPRESA PRODUTOS DA RECICLAGEM COM MAIOR VALOR AGREGADO E

MAIOR IMPORTÂNCIA PARA A EMPRESA

TCG Recycling Metais preciosos provenientes das placas de circuito interno.

Suzaquim O metal é o produto que possui maior valor agregado. A empresa não trabalha

com a comercialização de química fina, mas incorpora este material ao processo

químico para a geração do produto final, os óxidos metálicos.

Cimélia

Reciclagem

Todos os metais são importantes com utilização específica, no entanto os metais

de maior valor comercial são o paládio e a platina em suas várias formas (pó,

barra, líquido).

EMPRESA DESTINO DOS PRODUTOS RECICLADOS

TCG Recycling Umicore, na Bélgica (www.umicore.com) e Noranda, no Canadá

(www.norandarecycling.com).

Suzaquim Exporta apenas produto final que são os óxidos metálicos para países como Japão,

Dinamarca e Inglaterra.

Cimélia

Reciclagem

Usina em Singapura e posteriormente para o Mercado Asiático e Europeu.

Ref.: SILVA; MARTINS; OLIVEIRA, (2012), adaptado pelo autor.

A União Internacional de Telecomunicações - (ITU, 2012), em seu site de

informações sobre impacto ambiental, informa que por ano são produzidos 50 milhões de

toneladas de lixo eletrônico no mundo → 5% de todos os resíduos gerados no mundo.

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O descarte inadequado dos resíduos gerados, pode provocar impactos ambientais

negativos ao meio ambiente, devido a composições de computadores e celulares como segue

nas Tabelas IV.5 e IV.6, extraídas de Leite (2009).

Tabela IV.5 - Composição média de um computador desktop.

RESÍDUOS GERADOS %

Polímeros 41%

Metais 37%

Dispositivos eletrônicos 5%

Outros (cerâmicos, fibra de vidro, cristais) 17%

Materiais recuperáveis 94%

Materiais não recuperáveis 6%

Ref.: LEITE (2009).

Tabela IV.6 - Materiais na composição de um celular e uma bateria.

MATERIAIS CELULAR BATERIA

Cádmio (Cd) X X

Chumbo (Pb) X X

Cobalto (Co) X

Lítio (Li) X

Mercúrio (Hg) X

Níquel (Ni) X

Polímeros X

Silício (Si) X

Zinco (Zn) X

Ref.: LEITE (2009).

Os materiais cádmio, chumbo, cobalto, mercúrio, lítio, níquel, são indispensáveis na

indústria, como em soldas, eletrólitos de baterias, equipamentos radiológicos, e outros;

possuem por isto valor econômico que frente aos custos envolvidos na LR, justificam-se

como atraentes, porém é necessário investigar o custo ambiental envolvido em todo o

processo de LR, inclusive na reciclagem, e os ganhos que dela podem advir (OCDE, 2002).

Na Tabela IV.7, verificam-se os principais usos dos materiais e sua periculosidade:

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Tabela IV.7 - Principais usos de materiais e sua periculosidade.

Relatório de estudos de apresentação das propostas das Diretivas 2002/96/CE e 2002/95/CE pela

Comissão da Comunidade Europeia em 13/06/2000 ao Parlamento Europeu

SUBSTÂNCIA CHUMBO (Pb)

UTILIZADA

EM:

Soldagem de placas de circuitos impressos, o vidro dos tubos de raios catódicos, a solda e o vidro

das lâmpadas elétricas e fluorescentes.

PREJUÍZOS

AOS SERES

VIVOS

Danos nos sistemas nervosos central periféricos dos seres humanos. Foram também observados

efeitos no sistema endócrino. Além disso, o chumbo (Pb), pode ter efeitos negativos no sistema

circulatório e nos rins.

SUBSTÂNCIA MERCÚRIO (Hg)

UTILIZADA

EM:

Termostatos, sensores, relês e interruptores (exemplo: placas de circuitos impressos e em

equipamentos de medição e lâmpadas de descarga), equipamentos médicos, transmissão de

dados, telecomunicações e telefones celulares. Só na União Europeia são utilizadas 300 toneladas

de mercúrio (Hg) em sensores de presença. Estima-se que 22% do mercúrio (Hg) consumido

anualmente sejam utilizados em equipamentos elétricos e eletrônicos.

PREJUÍZOS

AOS SERES

VIVOS

O mercúrio (Hg) inorgânico disperso na água é transformado em metil mercúrio nos sedimentos

depositados no fundo. O metil mercúrio acumula-se facilmente nos organismos vivos e

concentra-se através da cadeia alimentar pela via dos peixes. O metil mercúrio provoca efeitos

crônicos e causa danos no cérebro.

SUBSTÂNCIA CÁDMIO (Cd)

UTILIZADA

EM:

Em placas de circuitos impressos, o cádmio (Cd), está presente em determinados componentes,

como chips SMD, semicondutores e detectores de infravermelhos. Os tubos de raios catódicos

mais antigos contêm cádmio (Cd). Além disso, o cádmio (Cd) tem sido utilizado como

estabilizador em PVC.

PREJUÍZOS

AOS SERES

VIVOS

Os compostos de cádmio (Cd) são classificados como tóxicos e com risco de efeitos irreversíveis

à saúde humana. O cádmio (Cd) e os compostos de cádmio acumulam-se no corpo humano,

especialmente nos rins, podendo vir a deteriorá-los, com o tempo. O cádmio é absorvido por

meio da respiração, mas também pode ser ingerido nos alimentos. Em caso de exposição

prolongada, o cloreto de cádmio, pode causar câncer e apresenta um risco de efeitos cumulativos

no ambiente devido à sua toxicidade aguda e crônica.

SUBSTÂNCIA PBB e PBDE retardadores de chama bromados - PBB e os éteres

difenílicos polibromados - PBDE

UTILIZADA

EM:

Regularmente incorporados em produtos eletrônicos, como forma de assegurar uma proteção

contra a inflamabilidade, o que constitui a principal utilização faz-se, sobretudo, em quatro

aplicações: placa de circuitos impressos, componentes como conectores, coberturas de plástico e

cabos. Os 5-BDE, 8-BDE e 10-BDE são principalmente usados nas placas de circuitos impressos,

nas coberturas de plástico dos televisores, componentes (como os conectores) e nos

eletrodomésticos de cozinha. Sua liberação para o ambiente se dá no processo de reciclagem dos

plásticos componentes dos equipamentos.

PREJUÍZOS

AOS SERES

VIVOS

São desreguladores endócrinos. Uma vez libertados no ambiente, os PBB podem atingir a cadeia

alimentar, onde se concentram. Foram detectados PBB em peixes de várias regiões. A ingestão de

peixe é um meio de transferência de PBB para os mamíferos e as aves. Não foi registrada

qualquer assimilação nem degradação dos PBB pelas plantas.

Ref.: OCDE (Diretivas 2002/96/CE e 2002/95/CE), adaptado pelo autor.

É necessário verificar como as empresas do setor se posicionaram quanto ao

problema, diante da obrigatoriedade imposta.

Os resíduos sólidos que possuem acordos empresariais e setoriais de LR são pilhas e

baterias, óleos lubrificantes, resíduos de agrotóxicos e suas embalagens. Por meio desses

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acordos setoriais, a LR será implantada em outros setores como as embalagens em geral, e a

indústria farmacêutica (ABINEE, 2014).

De acordo com a Abinee, para que a engenharia reversa funcione plenamente, será

necessária a criação de regras únicas para todo o país, visto que atualmente há tributação

diferenciada para os resíduos eletroeletrônicos, além de classificação distinta para o transporte

dos resíduos, encarecendo até mesmo o deslocamento do resíduo eletrônico (ABINEE, 2015).

4.2.2 Monopólio ou competição

Existe a questão de o modelo a ser implantado no Brasil ser centralizado ou permitir livre

competição entre empresas privadas. Alguns modelos implantados para REEE no mundo são

centralizados, como o existente na Califórnia (EUA) , mostrado na Tabela IV.8:

Tabela IV.8 - Atribuições e responsabilidades no modelo californiano.

VARIÁVEL DESCRIÇÃO OPÇÕES CONSIDERADAS

Fonte dos recursos

para viabilização Impostos

Os consumidores pagam impostos destinados à Logística

Reversa de REEE no ato da compra de novo equipamento. As

taxas devem cobrir todo o gasto com a Logística Reversa de

100% dos equipamentos cobertos pelas taxas e também todos os

gastos administrativos do governo.

Responsabilidade

pelos produtos órfãos Governo

Não existe distinção entre produtos órfãos e não órfãos para o

sistema de Logística Reversa.

Metas de recolhimentos

e reciclagem

Com meta de

recolhimento e reciclagem Metas são definidas pela CallRecycle (governo).

Grau de responsabilidade

do poder público Operador

O governo é responsável pela gestão da Logística Reversa em

todas as suas instâncias, inclusive na administração dos custos.

Reutilização no sistema

de Logística Reversa Estimulado

A CallRecycle estimula a resutilização por meio de orientações

no site.

Segregação do

resíduo por marcas

Sem segregação por

marcas

O governo é responsável por processar todo o REEE sem

distinção de marca.

Determinação da

responsabilidade Governo

O governo é responsável pela administração dos fundos, gestão,

execução, elaboração de relatórios, reajustes e fiscalização, do

processo.

Modelo de competição Monopólio O governo se responsabiliza por toda a logística.

Ref.: CallRecycle (2015).

No modelo de livre competição - que aparentemente é o modelo que está se pretendendo

implantar no Brasil - o Governo Federal delega a gestão às associações de importadores /

fabricantes, abrindo portanto a possibilidade de múltiplos negócios na gestão: LR e operação

industrial da reciclagem, como estabelecido pelos países da Comunidade Europeia (INVENTTA,

2012).

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As Diretivas nº. 2002/95/CE, nº. 2002/96/CE e nº. 2003/108/CE do Parlamento

Europeu e do Conselho da União Europeia definem as normas para produção e a LR de

produtos e equipamentos eletrônicos no mercado europeu. Estabelecem que os estados

membros não produzam mais equipamentos que contenham chumbo (Pb), mercúrio (Hg),

cádmio (Cd), cromo hexavalente, polibromobifenilo (PBB) e / ou éter de difenilopolibromado

(PBDE), definem que a responsabilidade pelo tratamento e destinação final adequada do

REEE é do fabricante que o colocou no mercado e que, portanto, deve arcar com os custos

para a LR. Os consumidores devem ter a possibilidade de entregar os REEE sem encargos,

em distribuidores ou instalações adequadas, incluindo centros de coleta públicos. Os

distribuidores, ao fornecerem um novo produto, devem assegurar que os resíduos possam ser

recolhidos e armazenados sob sua responsabilidade. Os produtores / importadores devem,

portanto, financiar a coleta nas instalações de recebimento, o tratamento, valorização e

eliminação dos REEE (OCDE, 2002).

Pelo fato da responsabilidade e custos do processo caírem sobre os fabricantes, a

Plataforma Europeia de Reciclagem (ERP) (European Recycling Plataform) foi criada em

2002, por meio de um acordo de cooperação entre HP, Sony, Electrolux e Gillette / Braun para

aumentar a competição no mercado de LR de REEE e impor maior pressão sobre o preço

cobrado para gerir REEE na Europa. A Plataforma Europeia de reciclagem tem como objetivo

atender 30% do mercado europeu, deixando espaço para concorrentes. A estratégia funcionou

e a criação da ERP gerou um decréscimo do valor operacional em mais de 30% e uma

redução de custos geral de 70% a 80%. A empresa tem como objetivo a coleta e tratamento de

REEE doméstico, mas pode negociar o atendimento a estabelecimentos comerciais. É uma

empresa terceirizada que repassa seus custos totais (logística, reciclagem, relatórios,

orientação ao consumidor e administração) para os produtores associados na forma de preço /

tonelada. Para executar o fluxo operacional, a ERP contrata empresas autorizadas que

recebem pela realização das operações (ERP, 2015).

Metas:

O governo brasileiro está, desde junho de 2014, analisando proposta do setor e, se

aprovada pelo comitê - formado por cinco ministros - será lançada à consulta pública. Após

todos esses procedimentos é que será assinado o acordo setorial. A expectativa do MMA e

do Ibama era de ter o documento assinado até o final de 2016, o que não se concretizou.

Apresentaram-se condicionantes para o Acordo Setorial indicado pela Abinee ao

MMA em 6/2014:

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“- criação de Entidade de Registro e Controle dos Sistemas de LR

Implantados;

- reconhecimento da não periculosidade dos REEE descartados enquanto não

haja alteração das suas características físico-químicas;

- criação de norma legal que discipline a renúncia da titularidade do REEE

descartado;

- envolvimento vinculante de todos os atores do ciclo de vida dos produtos

eletroeletrônicos não signatários do acordo setorial;

- criação de documento auto declaratório de transporte dos REEE com

validade em todo território nacional, documentando a natureza e origem da

carga;

- em estudo, participação pecuniária do consumidor para custeio da LR,

destacada do preço e isenta de tributação, e instrumentos / mecanismos de

compensação / custeio produtos órfãos “ (ABINEE, 2013).

A produção de resíduos eletroeletrônicos no Brasil, segundo o Portal Brasil (2016),

foi de 1.247.000 t / ano. Este número equivale a 5,93kg / ano.habitante. O referido Portal

aponta uma perspectiva de PIB em US$ / habitante de US$ 11.900,00, que pode não se

concretizar, devido aos problemas econômicos a partir de 2014, e não se atingir o patamar de

7,0kg / ano.habitante em 2017.

A Feam (Fundação Estadual do Meio Ambiente do estado Minas Gerais) apresentou

um diagnóstico para os anos de 2009 e 2010 com uma geração máxima de 68.633 t / ano em

Minas Gerais.

Em 2016, então, a estimativa de geração para Minas Gerais seria de 2,12kg /

habitante.ano, baseada em dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Minas Gerais

(SEMA, 2013).

Entretanto, devido ao fato de que as metas governamentais que prevêem

recolhimento de 100% do REEE gerado a partir de 2018 não serão alcançadas, foi adotado o

valor de 1kg / habitante nas planilhas de custos da LR. Este dado é respaldado plenamente

pela tabela representada na Tabela IV.9, a seguir e no percentual de 50%:

Tabela IV.9 - Evolução da cobertura e adesão.

ANO BASE 2013 2014 2015 2016 2017 2018

População mínima

dos municípios

atendidos

200.000 130.000 80.000 50.000 30.000 30.000

Adesão REEE

Grande 30% 40% 45% 48% 50% 100%

Adesão REEE

Pequeno 65% 58% 55% 52% 50% 100%

Ref.: Elaborada pelo autor com base em INVENTTA (2014).

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Em 2016 a adesão de REEE pequeno foi prevista em 52%, validando nossa

estimativa.

Diagrama de blocos

Dentro da LR do pós-consumo, estabelece-se um diagrama de blocos onde se

contemplam não apenas o descarte e o reaproveitamento de matérias-primas, conforme a

Figura IV.2, onde matérias-primas secundárias são, por exemplo, os polímeros passíveis de

reciclagem e incorporação aos processo produtivo, ouro e cobre para ligações elétricas nos

eletroeletrônicos, metais nobres na fabricação dos circuitos integrados (índio (In), gálio (Ga),

silício (Si) e outros). A reciclagem industrial é o processo de extração final de agregados de

polímeros e material metálico extraído através de processos industriais (LEITE, 2005).

Figura IV.2 - Diagrama de blocos da Logística Reversa do pós-consumo. Ref.: Elaborada pelo autor com base em LEITE (2005).

MATÉRIAS-

PRIMAS

FABRICAÇÃO

TRANSPORTE

DISTRIBUIÇÃO

CONSUMIDOR

PRODUTOS DE

PÓS-CONSUMO

COLETA

VALORIZAÇÃO

ENERGÉTICA

MATÉRIAS-PRIMAS

SECUNDÁRIAS

RESÍDUOS NÃO

APROVEITÁVEIS

REUSO / DESMANCHE /

RECICLAGEM INDUSTRIAL

DISTRIBUIÇÃO

REVERSA

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4.2.3 O processo de reciclagem de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos.

Apenas cinco empresas no mundo até 2014 tinham condições de reciclar metais

das placas, sendo uma delas a Umicore, da Bélgica, que contava com várias filiais no Brasil.

Em 2016, apenas a Coalizão para Reciclagem Americana (CAER), possui 130 empresas

associadas ou membros, atuando em 35 estados americanos, como Porto Rico e Distrito de

Columbia, com 300 indústrias de processamento (CAER, 2016).

De acordo com a PSIRU (Public Services International Research Unit - Unidade

Internacional de Pesquisa de Serviços Públicos), existiam no mundo em 2012, 16 indústrias

capazes de processar RSU, porém sem dados sobre quais processam lixo eletroeletrônicos

(PSIRU, 2016).

Existe atualmente no Brasil, a empresa Sinctronics, localizada em Sorocaba-SP, e

que está em operação tendo várias empresas fabricantes de eletroeletrônicos entre seus associados.

O Brasil tem avançado na área de reciclagem de eletrônicos, porém as placas de

circuito impresso exigem tecnologia específica e de química fina. Placas mãe e de vídeo, no

caso dos computadores, assim como os componentes que controlam televisões, monitores e

impressoras têm uma série de metais em sua estrutura, e a reciclagem desses itens exige a

separação de cada um, para posterior reaproveitamento (SINCTRONICS, 2015).

As placas brasileiras provêm, principalmente, de equipamentos de informática, entre

eles: computadores, periféricos e acessórios, e o restante vem de celulares, televisões e

sistemas de áudio. O estado de São Paulo é o que mais envia sucata eletrônica, isso porque, de

acordo com o gerente de desenvolvimento de negócios da Umicore no Brasil, as maiores

empresas estão nesse estado; as menores, por não terem condições de fazer a exportação por

si, acabam enviando materiais para a região sudeste, para que sejam destinados à Europa

(UMICORE, 2015).

Atualmente a fase final da reciclagem dos resíduos eletrônicos é quase totalmente

feita fora do país. A exportação é feita para a Bélgica, Reino Unido, Alemanha e até mesmo

Cingapura, onde estão instaladas empresas especializadas na retirada dos metais contidos nos

equipamentos eletrônicos (SINCTRONICS, 2015).

Do país asiático veio a tecnologia implantada em Sorocaba, para a separação dos

resíduos, através da Flextronics, que é sediada em Singapura, e que possui fábrica em

Manaus-AM. Outra empresa com a mesma origem, Cimelia Reciclagem, também tem

interesse em ampliar atuação no Brasil. Com a nova usina e a aplicação de outras tecnologias

é possível reciclar 250 toneladas de resíduos eletrônicos por mês. Se esse número for

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transformado em celulares, itens que possuem vida útil menor e são mais populares e

descartáveis, seria como reaproveitar 45% de todos os aparelhos do Brasil (SINCTRONICS, 2015).

Visita à empresa de reciclagem

Visitou-se empresa de reciclagem de eletroeletrônicos situada em Betim, na Região

Metropolitana de Belo Horizonte, verificando detalhes de sua atuação. A seguir, fotos do

material usado para coleta, e da fase de desmanche - a mais problemática do processo, pois

alguns equipamentos requerem ferramental específico. O processamento é inteiramente

manual, sem empilhadeiras, e o desmanche feito por 2 funcionárias de tempo integral, que

utilizam EPI, devido ao risco de cortes em chapas e projeção de materiais nos olhos.

Nas Figuras IV.3 e IV.4 observa-se-se a operação de desmanche em uma placa de

circuito impresso. Em alguns aparelhos eletroeletrônicos, a maior dificuldade é com a falta de

ferramentas especiais para abertura do equipamento.

Figura IV.3 - Bancada de trabalho. Figura IV.4 - Operadora de desmanche.

Nas Figuras IV.5 e IV.6 observa-se o quiosque bem simples para recolhimento, que

aproveita embalagens usadas de óleo ou bombonas de produtos químicos.

Figura IV.5 - Quiosque para recolhimento.

Figura IV.6 - Bombona para recolhimento.

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A E-Mile opera com sucata de eletroeletrônicos, efetuando triagem, seleção e

desmanche, e vendendo o material para indústrias de polímeros e as que compram placas de

circuito impresso. Estas placas podem ser desmanchadas com retirada dos circuitos integrados

ou não, a pedido do cliente. O maior cliente das placas é a Umicore, que agenda a ida de

caminhão a Betim para recolher material estocado.

4.2.4 Processo de separação dos metais

Conforme a Umicore no Brasil, o processo de reciclagem começa com a etapa de

amostragem. O material recebido é triturado, formando uma mistura homogênea, de onde

se retira uma amostra. No laboratório, são identificados os metais contidos no lote de

resíduo eletrônico, o que determina quanto as empresas que entregaram os resíduos vão

receber pelo mesmo. Além disso, os números servem para saber a quantidade de recursos

naturais que podem ser utilizados, ao recuperar o que foi extraído e colocar os

componentes de volta no ciclo de produção (UMICORE, 2014).

Em seguida, vem a etapa de refino, ou seja, de separação de cada um dos metais. Esta

separação é feita por granulometria, e logo após por separação magnética. O primeiro passo é

fazer lotes maiores, o que significa juntar a massa homogênea de placas de circuito, por

exemplo, com outros tipos de resíduos, não necessariamente eletrônico, que também têm

metais em sua composição: subprodutos de processos químicos, catalisadores automotivos e

resíduos da indústria petroquímica, entre outros (UMICORE, 2014).

Lotes maiores passam, então, por três linhas de processo, onde há os chamados

metais coletores, que recebem esse nome porque funcionam como espécies de imãs, atraindo

outros metais. O cobre, por exemplo, atrai ouro, paládio e selênio, então, nesta etapa do

processo esses metais vão formar uma liga. O material restante segue para a próxima linha, de

chumbo (Pb), em que metais como prata (Ag), estanho (Sn) e bismuto (Bi) vão formar outra

liga. Da mesma forma, outra parte do material vai para a terceira linha, onde o níquel (Ni) vai

atrair platina (Pt) e ródio (Rh), (UMICORE, 2014).

A fase seguinte ocorre em três diferentes espaços, onde cada uma das três ligas

formadas vai ser separada. Cada material tem características químicas que o diferem dos

outros, o que possibilita que eles sejam, um a um, destacados do restante da liga.

O que difere a tecnologia da Umicore de outros presentes no mundo é a

unificação das três linhas, com os três metais coletores, na mesma planta de reciclagem.

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Ao final do processo de reciclagem, os metais estão como novos, e podem ser usados

pelas mesmas indústrias que utilizam o material recém-extraído. Com isso, protege-se a

natureza de quatro formas diferentes, entre elas evitando que novos materiais sejam retirados

do meio ambiente, impedindo que metais pesados sejam jogados em aterros sanitários sem

tratamento e acabem contaminando o solo. O processo consta da Figura IV.7 (UMICORE,

2014).

Figura IV.7 - Planta Umicore de reciclagem.

Ref.: Elaborada pelo autor, com base em informações da Umicore (2014).

O processo de aceitação de uma amostra passa por conhecimento do tipo de material

nela contido (UMICORE, 2014).

Além disso, as partes que não são recicláveis acabam usadas em outros processos. O

plástico contido nas placas de circuito, por exemplo, é queimado no exterior (Bélgica e outros

países) para gerar energia para outras etapas da reciclagem, dentro da própria planta de

reciclagem em fornos específicos. O material polimérico pode ser utilizado na valorização

energética em alto-forno e coquerias da indústria siderúrgica, com valor energético similar ao

do carvão. O cuidado deve ser tomado em relação ao PVC (policloreto de vinila) por conter

Cl, que pode ser volatilizado agregado ao H formando HCl e dioxinas. Deve ser feito um

tratamento com queima no próprio alto-forno (GORNI, 2004).

Existe controle de emissões de gases e de poluentes; filtros cerâmicos com eficiência

verificada pelos órgãos certificadores europeus sobre normas ISO e Selos Verdes, sendo todo

o processo realizado no exterior e, portanto, submetido às regulações europeias (MORAES,

2011).

Linha do Níquel: Pt, Rh

Linha do Chumbo: Ag,

Sn, Bi

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Em outra frente, a planta tem sistema de recolhimento de água da chuva e lavagem

dos pisos, que passa por tratamento e é usada novamente para molhar as pilhas de materiais e

resfriar o maquinário da unidade. O processo é certificado por órgãos ambientais europeus,

tendo em vista que o processamento é realizado na Bélgica (UMICORE, 2014). Em janeiro de

2003 entrou em vigor a diretiva nº 2002/95/CE da União Europeia que regulamenta o

tratamento de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos, obrigando (entre outros) os

fabricantes a se responsabilizarem por todos os eletrônicos produzidos (OCDE, 2002).

4.2.5 Detalhes do processo

Seguem alguns detalhes de procedimento com utilização de processos mecânicos e

eletroquímicos para reciclagem de cobre de sucatas eletrônicas, desenvolvido por Weidlicht

et al. (2008), com elementos de Moraes (2011) e Espinosa (2004), que desenvolvem trabalhos

nesta área.

Preparação, cominuição e separação granulométrica

As sucatas de placas de circuito impresso provêm de equipamentos

(microcomputadores, TV’s, videocassetes, entre outros) danificados ou obsoletos. A amostra

da sucata dos REEE é cominuída em moinhos de facas até atingir granulometria inferior a

1mm (para garantir um ótimo grau de liberação dos metais). A amostra é, então, separada

granulometricamente em frações diferentes (MORAES, 2011).

Separação magnética

Cada fração da amostra é isolada magneticamente em um separador magnético de

esteira por via seca, utilizando, em média, um campo magnético de 6000 a 6500 gauss.

Obtém-se uma fração magnética e uma fração não magnética. O campo magnético atua sobre

os materiais, os quais são classificados em paramagnéticos, diamagnéticos e ferromagnéticos.

Paramagnéticos - são materiais que possuem elétrons desemparelhados e que, na

presença de um campo magnético, se alinham, fazendo surgir dessa forma um ímã que tem a

capacidade de provocar um leve aumento na intensidade do valor do campo magnético em um

ponto qualquer. Esses materiais são fracamente atraídos pelos ímãs. São materiais

paramagnéticos: o alumínio, o magnésio, o sulfato de cobre, entre outros.

Diamagnéticos - são materiais que, se colocados na presença de um campo

magnético, têm seus ímãs elementares orientados no sentido contrário ao sentido do campo

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magnético aplicado. Assim, estabelece-se um campo magnético na substância que possui

sentido contrário ao campo aplicado. São substâncias diamagnéticas: o bismuto (Bi), o cobre

(Cu), a prata (Ag), o chumbo (Pb), dentre outros.

Ferromagnéticos - as substâncias que compõem esse grupo apresentam características

bem diferentes das características dos materiais paramagnéticos e diamagnéticos. Esses

materiais se imantam fortemente se colocados na presença de um campo magnético. É

possível verificar, experimentalmente, que a presença de um material ferromagnético altera

fortemente o valor da intensidade do campo magnético. São substâncias ferromagnéticas

somente o ferro, o cobalto, o níquel e as ligas que são formadas por essas substâncias.

A fração diamagnética é encaminhada para um separador eletrostático, que vai

separar materiais condutores de não condutores (MORAES, 2011).

Separação eletrostática

Da separação eletrostática, retira-se uma fração condutora e uma fração não

condutora, em função de granulometria e facilidade de eletrização. As amostras condutoras e

não condutoras são analisadas quimicamente.

Eletro obtenção

Após se obter frações concentradas em metais através de processamentos mecânicos

(cominuição, classificação granulométrica, separação gravimétrica, magnética, eletrostática,

entre outros), é necessário algum outro processo, a fim de se obter os metais separadamente.

Neste trabalho, são detalhadas técnicas eletrometalúrgicas que também são utilizadas

na metalurgia primária do cobre, como a eletro-obtenção e o eletrorrefino.

O cobre é encontrado na natureza na forma de sulfetos (90% dos minérios) ou

óxidos. Em ambos os casos, processos de eletro obtenção ou eletro refino são utilizados na

metalurgia extrativa do cobre.

• com água-régia: usualmente empregado em laboratório, mas de difícil

utilização industrial;

• com ácido sulfúrico: usualmente empregado na indústria, mas de

dissolução mais lenta (MORAES, 2011).

Outras técnicas são utilizadas visando à extração e refino dos demais materiais, com

posterior análise dos materiais obtidos por difratometria de raios-X.

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4.2.6 Reciclagens dos polímeros

De acordo com Pereira (2009), na década de 1990 a preocupação com a reciclagem

dos plásticos aumentou de forma drástica devido ao impacto ambiental provocado pelos

resíduos plásticos e devido ao elevado desenvolvimento que esta produção de plásticos

apresentava, comparativamente ao desenvolvimento das processadoras do alumínio, do cobre

e do aço, quando consideradas em conjunto.

Com o desenvolvimento da indústria dos polímeros, muitos produtos que

antigamente eram produzidos com materiais como o vidro, cerâmica, aço, por exemplo, hoje

são substituídos por diversos tipos de plásticos que, devido à sua versatilidade, menor peso,

maior facilidade de manuseio, menor custo de produção, entre outros aspectos, cumprem de

forma mais eficaz os requisitos pretendidos para os produtos (PEREIRA, 2009).

O processo de reciclagem mecânica de plásticos não é simples. Não se trata, apenas,

de colocar todos os plásticos num recipiente, fundir e voltar a processar. Para que se possam

reciclar plásticos, estes deverão ser separados por tipo de plástico. Um dos maiores obstáculos

ao processo de reciclagem é o processo de triagem.

A maioria dos produtos plásticos são misturas de diferentes plásticos, não sendo

constituídos por apenas um tipo deste material. Por exemplo, uma embalagem para shampoo

pode ter na sua constituição dois plásticos diferentes: a tampa do frasco pode ser em

polipropileno (PP) e o corpo em High Density Polyethilene - Polietileno de Alta Densidade

(HDPE), ou um garrafão de água pode ser em politereftalato de etileno (PET), e a sua pega

em HDPE. As embalagens flexíveis que se utilizam frequentemente nos produtos alimentares

são, na maioria das vezes, laminados, constituídos por vários filmes de plásticos diferentes,

podendo ainda incorporar filmes de alumínio (como no caso das embalagens de café). No

caso dos REEE, os gabinetes são em polipropileno (PP), ou até mesmo ABS, existindo

elastômeros, nos teclados, e algumas partes de apoio (MANO; MENDES, 1999).

Para a reciclagem, o primeiro passo é triar os polímeros para que, posteriormente,

possam ser incorporados, juntamente com a matéria-prima virgem a um ciclo de produção. A

incorporação de reciclados na matéria-prima virgem altera as propriedades dos produtos; assim,

dependendo das especificações destes, a incorporação é feita em maior ou menor porcentagem

(de 10 % a 30 %, em geral). O processo de reciclagem passa por lavar e triturar os materiais a

reciclar e adicioná-los, em porcentagens variáveis, à matéria-prima virgem. Os diferentes

polímeros (plásticos) a serem reciclados devem ser amolecidos a altas temperaturas, em torno

de 300 ºC, separadamente. A separação é, portanto, a primeira etapa do processo de reciclagem,

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tendo em conta diferentes propriedades físicas dos polímeros: densidade, condutividade térmica,

temperatura de amolecimento e outras (MANO; MENDES, 1999).

4.2.7 Identificação prática dos plásticos

Todos os plásticos devem receber o símbolo do material com que foram fabricados, a

fim de facilitar sua destinação final. Entretanto, não é raro acontecer casos em que os

materiais não apresentem o símbolo, e um fator que colabora para que isto ocorra é a

quantidade de desenvolvimento tecnológico de novos polímeros, sem símbolos definidos. É

muito comum também que os materiais cheguem à recicladora aos pedaços, quando fica

praticamente impossível determinar o tipo de resina com que o produto foi fabricado

independentemente da experiência do operador ou profissional encarregado pela separação do

material (PEREIRA, 2009). Uma forma muito comum e prática de identificar o tipo de resina

é através da queima do material. Ao queimar o material pode-se observar a cor e o tipo da

chama, o odor e algumas outras características, que podem ser conferidas na Tabela IV.10,

auxiliando o desempenho neste tipo de teste.

Tabela IV.10 - Identificação de polímeros pela queima do material.

PLÁS-

TICO

ASPECTO

VISUAL

TEMPERATURA

DE FUSÃO (º C)

OUTRAS

PROPRIEDADES

APLICAÇÕES

PRINCIPAIS

COMPORTAMENTO

QUANTO À

INFLAMABILIDADE

PEAD Incolor e

opaco 130 - 135

Alta rigidez e

resistência Tampas, vasilhames e frascos em geral

Queima lenta, chama

amarela e com odor de vela

PEBD

Incolor,

translúcido

ou opaco 109 - 125

Alta flexibilidade e

boa resistência

mecânica

Utensílios

domésticos, sacos e

frascos flexíveis

Queima lenta, chama

amarela e com odor de

vela

PP

Incolor e

opaco 160 - 170

Boa resistência e

choques e alta

resistência química

Para-choques de

carros, garrafas e

pacotes

Queima lenta, chama

amarela e com odor de

vela

PS

Incolor e

transparente 235

Grande rigidez,

baixa resistência a

choques e riscos,

transparência

Utensílios

domésticos rígidos,

brinquedos, indústria

eletroeletrônica

Queima rápida, chama

amarela / laranja e com

odor de estireno

PVC

Incolor e

transparente 273

Flexibilidade com

adição de

modificadores e alta

resistência à chama

Tubos rígidos água

/ esgotos, tubos

flexíveis e cortinas

Queima difícil com

carbonização e chama

amarelada com toques

verdes

PET

Incolor

transparente

ou opaco 250 - 270

Alta resistência

mecânica e química,

transparência e brilho

Fibras têxteis, frascos de

refrigerantes e mantas de

impermeabilização

Queima razoavelmente

rápida e com chama

amarelo fuliginosa

Ref.: PEREIRA (2009).

O processo de densitometria determina a densidade do material, e é um dos métodos

mais simples e práticos de separação e identificação dos diferentes polímeros. Mediante

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decantação e flotação de polímeros picados, em solução de diferentes densidades como

álcool, sal e água, separam-se os polímeros. A Tabela IV.11 apresenta densidades de alguns

dos polímeros mais vulgarmente utilizados (LAIGNIER et al., 2002).

Tabela IV.11 - Densidades dos polímeros mais usuais.

POLÍMEROS DENSIDADE (g / cm3)

Poli (tereftalato de etileno) - PET 1,29 - 1,40

Poli (etileno) de alta densidade - PEAD 0,952 - 0,965

Poli (cloreto de vinila) - PVC (rígido) 1,30 - 1,58

Poli (cloreto de vinila) - PVE (flexível) 1,16 - 1,35

Poli (etileno) de baixa densidade - PEBD 0,017 - 0,940

Polipropileno - PP 0,900 - 0,910

Poliestireno - PS (sólido) 1,04 - 1,05

Poliestireno - PS (espuma) Menor que 1,00

Ref.: PEREIRA (2009).

Pesquisadores de São Paulo desenvolveram um dispositivo para a identificação de

plásticos para reciclagem, com a finalidade de evitar a mistura de polímeros incompatíveis

entre si. Artigo publicado por estes pesquisadores cita que diversos tipos de plásticos, como

PVC, polietileno e polipropileno, não podem ser misturados ao serem destinados para

reciclagem porque possuem resinas incompatíveis entre si. Uma das técnicas utilizadas para

identificar e classificar plásticos é a aplicação de análises espectroscópicas no infravermelho

de amostras de plástico dissolvidas em solventes apropriados, processo caro e que exige

profissionais especializados. Já o “nariz eletrônico” desenvolvido identifica o tipo de plástico

pelos gases emanados na combustão do plástico. O polietileno produz gás carbônico e água

durante a combustão, uma poliamida como náilon, por exemplo, produz, além de gás

carbônico e água, também óxidos de nitrogênio. O nariz eletrônico percebe essas diferenças, e

através de polímeros receptores, identifica o material (ESTEVES, C. H. A., et al., 2014).

Reciclagem terciária

O método mais usado é a reciclagem mecânica.

É o processo em que há conversão do resíduo plástico novamente em grânulos para

serem usados na fabricação de outros produtos, compostos somente por um ou por diversos

tipos de resina. As etapas deste processo são:

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• inspeção para eliminar elementos contaminantes e tipos inadequados de

plástico;

• separação com base na densidade;

• trituração e lavagem;

• secagem;

• fundição com adição de plastificantes e pigmentos;

• drenagem através de telas finas para remover mais elementos

contaminantes;

• resfriamento e trituração em grânulos;

• testes físico-mecânicos;

• revenda às empresas de plástico.

Nas empresas de plásticos, o material em grânulos passa por:

• Aglutinação (ou aglomeração) - secagem e compactação do material, com

redução do volume direcionado à extrusora. O atrito do material com a

máquina rotativa faz com que haja um aumento na temperatura, levando à

formação de uma massa plástica;

• Extrusão - Processo em que uma rosca inserida em um canhão cilíndrico

aquecido transporta através deste material peletizado ou em pó, fundindo e

homogeneizando o material, tendo como produto final tiras de plásticos a

serem enviadas para fábricas de artefatos plásticos (LAIGNIER et al., 2002).

Reciclagem quaternária

Tecnologia que utiliza o resíduo plástico como combustível para a obtenção de energia

elétrica e térmica. Esse tipo de reciclagem é utilizado em muitos países, sendo inclusive

recomendada pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) como

solução para a destinação do lixo urbano não-reciclável. No Brasil, ainda não é muito

empregada, e muitas vezes é confundida com a simples incineração dos resíduos. Os fornos

de cimento são os mais utilizados por permitirem atingir temperaturas muito elevadas de 2000 °C,

na chama do queimador principal (FIOCRUZ, 2014).

Em contato com os silicatos de cálcio que constituem o clínquer - constituinte

majoritário do cimento Portland - a maioria dos metais são incorporados na estrutura vítrea

formada a alta temperatura, ficando assim inibidos de serem lixiviados pela água. São

exceção os metais voláteis mercúrio (Hg), cádmio (Cd), e tálio (Tl), que por não serem

fixados não podem apresentar concentrações elevadas nos resíduos a coincinerar. Os ânions

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enxofre, cloro e flúor combinam-se com o cálcio formando compostos estáveis, evitando

assim as emissões dos respectivos ácidos (FIOCRUZ, 2014).

4.2.8 Reciclagens dos metais

Os metais reciclados em alguns casos voltam para suas indústrias de origem. É o que

em geral acontece com platina, paládio e ródio, por exemplo, reciclados de catalisadores e que

depois podem ser usados para a fabricação de novos catalisadores.

No caso da Umicore, que possui, além das usinas de reaproveitamento, indústrias de

baterias, catalisadores e materiais de construção, uma parte do material é consumida pela

própria empresa. Quando há excedente, ou quando o produto fruto da reciclagem não faz

parte da cadeia produtiva da empresa, os materiais são vendidos para outras indústrias. Os

setores de eletroeletrônica, de pigmentos, de fertilizantes e de automotores são os principais

clientes da Umicore; fabricantes de bateria também compram os componentes reciclados. .A

companhia entrega para a UMICORE reciclar, e depois de verificado o valor do material,

recebe o valor dos metais, descontados os custos.

Se, por exemplo, a manufatura e logística reversa custaram R$ 20 mil, e os produtos

finais valem R$ 100 mil, a empresa que recolheu o material recebe R$ 80 mil (UMICORE,

2014).

Os preços dos metais preciosos seguem cotação internacional, portanto os materiais

recém-extraídos ou reciclados seguem a cotação da Bolsa de Valores de Nova York, quando

comercializados (BOWERSOX, 2001).

4.2.9 Viabilidade de propostas para Minas Gerais

De acordo com dados do IBGE em sua página Cidades, referentes ao estado de

Minas Gerais, a região Sudeste é uma das mais ricas do País, sendo Minas Gerais o 3º PIB

nacional. O estudo baseou-se na proposta sugerida pelo Edital de Chamamento nº. 1 do MMA

para o setor de eletroeletrônicos com dados sobre Minas Gerais, e extraídos do IBGE (2010).

A partir da elaboração de um modelo criado e elaborado sobre as premissas do Edital, que

deverão ser obedecidas independentemente de qual acordo setorial venha a ser assinado,

elaborou-se uma série de projeções de custos visando verificar a viabilidade econômico-

financeira, além da ambiental .

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Foi adotado o município de Belo Horizonte como local para estabelecimento de uma

indústria recicladora, devido ao porte dos investimentos necessários, porém nos polos

regionais, os CT já gerarão empregos, com a possibilidade de recicladores atuarem nos

mesmos. A recicladora final, disposta em Belo Horizonte, pode ser disposta em qualquer

cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte, pois a cidade tem poucas áreas para a

localização de indústrias .

Como o modelo sugerido pelo governo fixa, em diretrizes do referido Edital, pontos

de coleta e triagem em cada município de mais de 25 mil habitantes, entende-se que deva

ser calculado o custo da logística para os aparelhos da linha verde, incluindo celulares,

visando economia de escala. Os aparelhos celulares deverão, a princípio, ser os órfãos,

tendo em vista que as empresas do ramo como Motorola, Samsung, Apple, estabelecidas no

Brasil, e tendo política de sustentabilidade, terão um tratamento diferenciado no acordo

setorial. Atualmente essas empresas têm preferido utilizar seus próprios canais de venda

para efetuar a LR e também os mesmos canais de entrega de produtos novos para o

recolhimento dos aparelhos sem uso (PLACET et al., 2005).

Foram levados em conta dados do IBGE sobre as cidades de Minas Gerais:

população, renda média, distância do polo regional mais próximo, e elaborado um modelo, de

acordo com as diretrizes governamentais, e que se encontra na Figura IV.8.

CR- Centro de Recolhimento

CT- Centro de Triagem

Figura IV.8 - Pontos de coleta e triagem. Ref.: Elaborada pelo autor.

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Na Tabela IV.12 são apresentados diferentes capacidades de Centros de

Recebimento, para verificar o mais adequado às condições da análise:

Tabela IV.12 - Diferentes centros de recebimento com termo de doação não obrigatório.

TIPOS TONELADAS TAMANHO (m3) PESSOAL

0,5 toneladas (2 m3) 0,5 2 0,1

1,0 toneladas (3 m3) 1,0 3 0,3

2,0 toneladas (8 m3) 2,0 8 0,7

5,0 toneladas (16 m3) 5,0 16 1

Ref.: INVENTTA (2012).

O termo de doação formaliza juridicamente o descarte pelo consumidor desonerando

a empresa de qualquer ação jurídica pelos dados contidos nos aparelhos eletroeletrônicos

porém atua como um multiplicador do número de operadores do CR. Apesar de aumentar a

burocracia, protege a empresa de ações cíveis pelo uso de dados que não forem devidamente

eliminados na doação. Se o termo de doação for obrigatório, existirão funcionários no ponto

de descarte / recebimento para produzir / receber esses termos, por isso a quantidade de

pessoas é maior. Dessa forma, caso se considere o termo de doação obrigatório, utiliza-se

fator igual a 1,5 - caso consideremos termo de doação não obrigatório, utiliza-se o fator igual

a 1. Com esses fatores definidos são calculados os custos totais de um ponto de recebimento,

os quais dizem respeito a custos de implantação e operação de centros, com seus gastos

levantados em pesquisa ao mercado (INVENTTA, 2016), conforme Tabela IV.13:

Tabela IV.13 - Investimentos (CAPEX) e Custos Operacionais (OPEX) do

Centro de Recebimento - Custos de Ponto de recebimento com 5 toneladas sem termo de doação.

OPEX - Ponto de recebimento

EQUIPAMENTO QUANTIDADE VALOR

UNITÁRIO

VALOR ANUAL

TOTAL

Pessoal 1 R$ 3.000,00 R$ 36.000,00

Espaço (m²) 16 R$ 500,00 R$ 6.000,00

Material de escritório 1 R$ 50,00 R$ 600,00

Segurança (m²) 16 R$ 15,00 R$ 2.880,00

Valor Total R$ 45.480,00

Valor Corrigido R$ 68.674,80

Ref.: INVENTTA (2016)

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Quanto aos Centros de Triagem, escolheu-se o de capacidade anual de 12.000

toneladas, em função dos volumes de REEE gerados, e da capacidade dos veículos

rodoviários escolhidos para o cálculo dos custos de LR. Os custos operacionais dos CR,

seguem nas Tabelas IV.14 e IV.15:

Tabela IV.14 - Custos operacionais do Centro de Triagem.

OPEX

Capacidade Anual

(ton.)

12.000 t / mês

QUANTIDADE VALOR

UNITÁRIO

VALOR

TOTAL

PERCENTUAL

Colaboradores 18 colaboradores R$ 1.208,00 R$ 21.744,00 20%

+ Impostos 18% R$ 41,60 R$ 2.901,60 20%

Galpão 400 m² R$ 22,60 R$ 9.040,00 9%

EPI 30 R$ 302,00 R$ 9.060,00 34%

Outros Gastos 20,00% R$ 1.774,20 R$ 21.290,40 17%

Valor Anual R$ 487.520,80

Valor corrigido R$ 736.156,40

Ref.: INVENTTA (2012), atualizada para 2016.

Tabela IV.15 - Investimentos (CAPEX) do Centro de Triagem.

CAPEX

Capacidade Anual 12.000 t / mês

EQUIPAMENTO QUANTIDADE VALOR

UNITÁRIO

VALOR

TOTAL

PERCENTUAL

Empilhadeira 2 R$ 40.000,00 R$ 80.000,00 44%

Esteira 2 R$ 20.000,00 R$ 40.000,00 22%

Paletizadora 2 R$ 15.000,00 R$ 30.000,00 16%

Carrinhos tração humana 10 R$ 1.200,00 R$ 12.000,00 7%

Balanças 2 R$ 4.500,00 R$ 9.000,00 5%

Containers transportes 20 R$ 300,00 R$ 6.000,00 3%

Escritório 1 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 3%

Valor total R$ 182.000,00

Valor corrigido R$ 274.820,00

Ref.: INVENTTA (2016)

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A determinação de número de pontos de recolhimento e triagem obedeceu ao

critério: cidades com menos ou até 25.000 habitantes terão CR de 5 toneladas de capacidade,

coerente com o armazenamento esperado: Calculou-se o número de viagens para transportar o

material até o Centro de Triagem em Belo Horizonte, onde existirá também uma usina de

reciclagem. Os CR com este volume de armazenamento não contarão com contratados em

tempo integral, sendo utilizado funcionário pago por hora.

Nas cidades de maior porte existirão também centros de triagem, que farão a triagem,

rastreamento e separação das partes dos REEE que não envolvam desmontagem, ou

transformação físico-química (CASTRO, 2006). Assim poderão ser transportados (caso a

legislação assim o permita, como produtos não perigosos). Ao atingir a capacidade de

armazenamento, enviarão o material para a usina recicladora em Belo Horizonte ou Região

Metropolitana de Belo Horizonte.

O número desses CT e sua capacidade foram escolhidos em função da geração de

REEE em sua região de atuação, para minimização de frete secundário, ou seja, menor

número de viagens à recicladora. Tudo em função da escala existente de geração de REEE.

Quanto à capacidade dos veículos para o frete rodoviário, foi estimada a utilização de

caminhões com até 6 toneladas de massa transportável, considerados veículos de médio porte

pelas transportadoras. Os veículos são suficientes para retirar material dos CR e levá-los ao

CT regional mais próximo. O material será então triado, e sem desmonte, separadas as partes

possíveis sem gerar contaminação do solo, ou prejudicar o transporte do CT à recicladora na

Região Metropolitana de Belo Horizonte. O frete ferroviário foi descartado, pois no Brasil, os

custos são de US$ 74,67 a tonelada por km , superior ao custo do modal rodoviário (FIESP,

2017). A malha ferroviária em Minas Gerais é insuficiente para cobrir a demanda da LR,

tendo que ser integrada ao transporte rodoviário, o que elevaria o custo total do transporte

(IBGE,2010).No cálculo do número de CT utilizou-se a fórmula 5.1 abaixo:

Número de CT = Volume de REEE enviado para o município / Capacidade do CT (5.1)

Custo para a triagem dos REEE

Após calculada a quantidade dos centros de triagem nos municípios, pode-se

determinar o custo operacional total dessa atividade. O custo operacional total é calculado

partir da soma do custo operacional de cada CT do município.

O custo por tonelada é calculado dividindo-se o custo total pela massa de REEE

enviado para aquele município.

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O custo da LR de cada município é proporcional a massa de REEE que ele envia ao

CT (considera-se que um município envia todo o seu REEE para o mesmo CT) (NAZÁRIO,

1998). Dessa forma, se o REEE de um município representa 20% da massa armazenada em

um CT, considera-se que o custo de triagem daquele município é equivalente a 20% do custo

do respectivo CT.

Recicladoras

Considerando o mapa geográfico do estado, utilizou-se uma simplificação onde os

centros de triagem enviarão todo seu REEE para a recicladora na RMBH, composta de cinco

máquinas para separação de metais agregados, em sítio industrial. Essa premissa foi necessária

para simplificar a lógica do frete secundário, porém poderão, e deverão, no futuro, existir mais

indústrias recicladoras no estado, preferencialmente nos polos regionais, com objetivo de

promover geração de empregos e desenvolvimento econômico das regiões polo. Na Figura

IV.9 abaixo é mostrada a localização das principais cidades do estado de Minas Gerais:

Figura IV.9 - Mapa do estado de Minas Gerais. Ref.: IBGE (2010).

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A capacidade total enviada à recicladora em Belo Horizonte tem que ser reciclada sem

gerar muito estoque ou armazenamento, visando ter-se uma área de estocagem compatível. Ao

longo do processo de entendimento da indústria da reciclagem, averiguou-se que apesar de na

maioria dos casos o processamento dos REEE representar um componente de custo na LR,

algumas recicladoras indicaram que poderiam até pagar por alguns tipos de REEE

(MORRISSEY, 2004). Sabe-se que a possibilidade de o processamento ser um componente

de receita no sistema de LR dependerá de diversos fatores, tais como: tecnologia utilizada

pela recicladora, taxa de eficiência do processo, qualidade da triagem realizada, quem arca

com o frete até o local do processamento e nível de adequação e atendimento às normas

ambientais. Sem tecnologia adequada, um item que poderia render valor financeiro, passa a

ser de custo para descarte. A dificuldade de se obter informações mais precisas e confiáveis

quanto às condições para que os REEE sejam considerados componentes de receita do sistema

de LR, leva a adotar como premissa que o processamento dos REEE será um componente de

custo no sistema, ou seja, será considerado uma prestação de serviço por parte das

recicladoras CARLEIAL (2010).

Avaliando-se a reciclagem como um serviço, a grande dificuldade foi estimar o preço

deste para diferentes taxas de reciclagem. Para isso são utilizadas duas variáveis que influenciam

no preço do serviço prestado: taxa de reciclagem e ganho de escala. A taxa de reciclagem de um

REEE aumenta os custos de processamento, porém o ganho de escala o diminui (INVENTTA, 2012).

4.3 Análise de modelos para Logística Reversa

A sustentabilidade econômica envolve a gestão mais eficiente dos recursos e por um

fluxo constante de investimentos.

Pode-se considerar que fatores econômicos são condições que permitem a reintegração das

matérias primas secundárias ou embalagens ao ciclo produtivo, que financiam a remuneração adequada

aos agentes da cadeia produtiva reversa. Alguns fatores como aqueles que são motivados pela

sensibilidade ecológica de qualquer agente, Governo, Sociedade e Empresas; fatores sociais e legais, que

visam à promoção, à educação e ao incentivo à melhoria do retorno dos produtos ao ciclo produtivo, entre

outros, influem na organização das cadeias reversas de pós-consumo ou utilização (PLACET et al., 2005).

4.3.1 Modelagem a partir das diretrizes governamentais - primeiro approach

Elaboraram-se os primeiros detalhes de um modelo de LR, baseados no que é

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estipulado no Edital de Chamamento, e no Documento Inventta (2012), estruturando

pormenores da LR, do papel dos atores e custos envolvidos na recuperação de polímeros e

metais.

Ganho de escala

As empresas recicladoras existentes operam ociosas e sem tecnologias de ponta (na

realidade apenas provendo armazenamento e triagem de material) devido à irregularidade e à

incerteza do mercado. Pode-se considerar que com o programa de LR de REEE, outras

tecnologias serão empregadas, a demanda aumentará e os preços do serviço de reciclagem

devem sofrer alterações (CUNHA, 2000).

Baseados nessa premissa, e assumindo que a LR e reciclagem são custos para o

sistema, o modelo tem uma variável de desconto do preço calculado no item anterior. Assim,

com a taxa de reciclagem calcula-se o preço base e com o ganho de escala define-se um

desconto para esse valor.

Como exemplo, pode-se afirmar que para REEE grandes com taxa de reciclagem de

85%, o preço de mercado é R$ 171,61 / tonelada. Se for considerado um ganho de escala de

20%, o preço cairá para R$ 137,29 / tonelada (INVENTTA, 2014). Estes valores foram

devidamente corrigidos para 2016. Para REEE pequenos, os valores de custo são mais

elevados, conforme Figura IV.10 abaixo:

Figura IV.10 - Curva do preço reciclagem (R$) x % reciclagem REEE pequeno. Ref.: ABINEE (2014).

R

$

/

t

o

n

e

l

a

d

a

% de reciclagem REEE pequeno

R%

/ t

on

elad

a

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A evolução prevista pelo governo para a cobertura dos municípios está na Figura

IV.11:

64,7%70,2%

77,1%82,7%

88,2%

100,0% 100,0% 100,0%

2,4% 3,6%6,3%

10,6%

19,0%

100,0% 100,0% 100,0%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

%alcancedosistema

%ResíduoCoberto %Municípios

Figura IV.11 - Evolução proposta pelo modelo governamental. Ref.: INVENTTA (2014).

Conforme se observa nos dois gráficos anteriores, em 2016, 88,2% de todo o REEE

gerado estaria coberto pela LR, o que não aconteceu até o momento, apesar do Edital de

Chamamento ter data de 2013. O percentual processado, a partir de todo o REEE gerado, em

meados de 2017 deveria atingir os 100% (BRASIL, 2013).

Quanto ao custo médio de processamento, que inclui a Logística Reversa, seleção e triagem

do REEE, temos sua evolução demonstrada na Figura IV.12, prevista no documento Inventta (2014):

398,85 393,07 398,15 402,46 401,50 406,11 410,68 415,22

25,2336,82

47,0256,89 64,55 68,74 73,19 77,91

312,03301,64 296,31 295,82 291,36 298,26

286,63 281,23

R$0

R$50

R$100

R$150

R$200

R$250

R$300

R$350

R$400

R$450

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

EmR$/tone

lada

Customédiodeprocessamento

REEEPequenoporte REEEGrandeporte Média

Figura IV.12 - Custo médio de processamento. Ref.: INVENTTA (2014).

Em

R%

/ t

on

elad

a

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103

A partir do modelo governamental mostrado na Figura IV.8, pág. 94, passou-se a

verificar os custos da LR em Minas Gerais. Os passos seguidos para obter os valores

envolvidos na LR, foram: o custo do frete primário ou secundário, o custo de implantação

(CAPEX) e operação (OPEX) de Centros de Recebimento e Centros de Triagem, inclusive

com custos de pessoal, impostos e taxas envolvidos (SEBRAE, 2016).

O SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena e Média Empresa) esclarece que

o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições, por meio de apenas um

documento fiscal - o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que é gerado no

Portal do SIMPLES Nacional (SIMPLES, 2015).

Conforme a Lei Complementar nº. 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional para

esse ramo de atividade variam de 4,5% a 12,11%, dependendo da receita bruta auferida pelo

negócio. Foi adotado o percentual de 12,11% incidentes sobre a atividade junto às

recicladoras de REEE, o que será uma majoração, pois existem as opções de MEI

(Microempresa individual) sem empregado (5% do salário mínimo vigente a título de

contribuição do empreendedor) e com empregado (8% da remuneração do empregado para o

INSS e 3% de INSS patronal (SEBRAE, 2016).

Além disto as empresas recicladoras de REEE estão sujeitas ao pagamento da TCFLA

(Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental), definida de acordo com o grau de poluição

ambiental e o porte da empresa. Para exemplificar segue tabela com o potencial de utilização

de recursos ambientais do recolhimento e processamento de REEE, conforme a Tabela IV.16

abaixo:

Tabela IV.16 - Potencial de utilização de recursos ambientais do recolhimento e

processamento de REEE.

Potencial de poluição,

grau de utilização de

recursos naturais

Pessoa

física Microempresa

Empresa de

pequeno

porte

Empresa de

médio porte

Empresa de

grande

porte

Pequeno - - R$ 112,50 R$ 225,00 R$ 450,00

Médio - - R$ 180,00 R$ 360,00 R$ 900,00

Alto - R$ 50,00 R$ 225,00 R$ 450,00 R$ 2.250,00

Ref.: Ibama (2016).

A atividade que está sendo estudada enquadra-se em médio potencial, portanto existe

um valor máximo de R$ 900,00 trimestrais a serem pagos ao Ibama, além das taxas de

registro, pagas uma única vez.

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Quanto ao transporte rodoviário, no estado de São Paulo, para transporte de REEE

existe a necessidade de (SEFAZ-SP, 2017):

a) RNTRC - Registro Nacional do Transportador Rodoviário de Cargas,

obrigatório pela ANTT.

b) Nota Fiscal: as notas fiscais emitidas devem conter em seu corpo as

seguintes observações:

•IPI: Não incidência por não ocorrência do fato gerador.

•DECLARAÇÃO: “Declaramos que o produto está devidamente

acondicionado para suportar os riscos normais de carregamento, transporte e

descarregamento, conforme regulamentação em vigor.”

Obs: No Estado de São Paulo com a observação NÃO INCIDÊNCIA DO

ICMS - por inocorrência do fato gerador, conforme consulta SEFAZ - SP

nº. 064/2004.

Outros estados : quanto ao ICMS deve ser observada a legislação própria do

Estado. Não há cobrança de ICMS em Minas Gerais (SEFAZ-MG, 2015).

Tabela de fretes

Para o cálculo do frete foi utilizada como referência a tabela de frete para 2015. Esta

Tabela contempla o valor a ser pago pelo contratador do frete e é contabilizado como despesa

para a recicladora, portanto sem incidência de impostos ou taxas. Com o volume e a distância

é possível calcular o valor a ser cobrado conforme Tabela IV.17, a seguir:

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Tabela IV.17 - Tabela de Fretes. Transporte de Cargas - Frete Carreteiro - Lotação

Última atualização: 04/09/2015

Tipos de Caminhão

Distância Leves Médios Semi-Pesados Pesados Bi-trem

em km R$ / Viagem R$ / Viagem R$ / Viagem R$ / Viagem R$ / Viagem

0 50 199,85 184,10 228,16 388,76 557,33

51 100 315,36 278,14 347,74 552,92 752,55

101 150 430,87 372,17 467,32 717,09 947,78

151 200 546,38 466,21 586,90 881,26 1.143,01

201 250 661,88 560,25 706,47 1.045,42 1.338,23

251 300 777,39 654,29 826,05 1.209,59 1.533,46

301 350 892,90 748,33 945,63 1.373,76 1.728,69

351 400 1.008,41 842,37 1.065,21 1.537,92 1.923,91

401 450 1.123,91 936,41 1.184,79 1.702,09 2.119,14

451 500 1.239,42 1.030,45 1.304,37 1.866,26 2.314,36

501 600 1.470,44 1.218,52 1.543,52 2.194,59 2.704,82

601 700 1.701,45 1.406,60 1.782,68 2.522,92 3.095,27

701 800 1.932,47 1.594,68 2.021,84 2.851,26 3.485,72

801 900 2.163,48 1.782,76 2.261,00 3.179,59 3.876,17

901 1.000 2.394,50 1.970,84 2.500,15 3.507,93 4.266,63

1.001 1.100 2.625,52 2.158,91 2.739,31 3.836,26 4.657,08

1.101 1.200 2.856,53 2.346,99 2.978,47 4.164,59 5.047,53

1.201 1.300 3.087,55 2.535,07 3.217,63 4.492,93 5.437,98

1.301 1.400 3.318,56 2.723,15 3.456,78 4.821,26 5.828,44

1.401 1.500 3.549,58 2.911,22 3.695,94 5.149,59 6.218,89

1.501 1.600 3.780,59 3.099,30 3.935,10 5.477,93 6.609,34

1.601 1.700 4.011,61 3.287,38 4.174,26 5.806,26 6.999,79

1.701 1.800 4.242,62 3.475,46 4.413,41 6.134,59 7.390,25

1.801 1.900 4.473,64 3.663,54 4.652,57 6.462,93 7.780,70

1.901 2.000 4.704,66 3.851,61 4.891,73 6.791,26 8.171,15

2.001 2.200 5.166,69 4.227,77 5.370,04 7.447,93 8.952,05

2.201 2.400 5.628,72 4.603,92 5.848,36 8.104,60 9.732,96

2.401 2.600 6.090,75 4.980,08 6.326,67 8.761,26 10.513,86

2.601 2.800 6.552,78 5.356,24 6.804,99 9.417,93 11.294,77

2.801 3.000 7.014,81 5.732,39 7.283,30 10.074,60 12.075,67

3.001 3.500 8.169,89 6.672,78 8.479,09 11.716,27 14.027,94

3.501 4.000 9.324,97 7.613,17 9.674,88 13.357,94 15.980,20

4.001 4.500 10.480,04 8.553,56 10.870,66 14.999,60 17.932,46

4.501 5.000 11.635,12 9.493,95 12.066,45 16.641,27 19.884,72

5.001 5.500 12.790,20 10.434,34 13.262,24 18.282,94 21.836,98

5.501 6.000 13.945,28 11.374,72 14.458,02 19.924,61 23.789,25

Ref.: Elaborada pelo autor com base na Guia do Transportador (2015).

De acordo com esta tabela, do Guia do Transportador (2015), veículos leves são

caminhões de até 3 (três) toneladas de capacidade e veículos médios são os de 6 (seis)

toneladas. Em função da capacidade dos CR (calculada por 5.2) foi escolhido o modal

rodoviário, em caminhões médios de até 6 (seis) toneladas.

• Frete primário

O frete primário é o custo do transporte até o CT. Para o REEE de pequeno porte a

origem é um ponto de recebimento e para os REEE de grande porte a origem é a casa do

consumidor.

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Como geralmente estes são fretes de pequeno volume, o custo por tonelada é

relativamente alto quando comparado com o frete secundário (que envolve maiores volumes)

(HALLIDAY, 2003).

• Frete primário do REEE de pequeno porte

O frete primário dos REEE de pequeno porte é calculado partir dos pontos de

recebimento. Por isso, a primeira etapa é calcular o volume em cada CR.

Volume CR = (Volume Município) / (Número CR) (5.2)

Depois é necessário calcular o número de viagens que serão realizadas em cada ponto

de recebimento.

Nesse caso, os pontos de recebimento não irão esgotar sua capacidade em um

período menor do que o configurado pelo usuário e o REEE será coletado seguindo a regra de

‘n’ coletas por ano. Conhecendo-se o volume e o número de viagens por ano, utiliza-se a

minimização dos fretes para calcular o custo do frete primário dos REEE de pequeno porte em

um município.

• Frete secundário

O frete secundário é o custo do transporte do CT até a recicladora. Para o cálculo

utilizou-se o número mínimo de viagens para definir o volume de cada viagem. Caso esse

volume exceda o máximo de um frete o número de viagens aumentará. Normalmente os CT

acumulam grande volume de REEE, o que gera fretes de grande volume e reduz

significativamente o custo por tonelada desse tipo de frete, porém com as máquinas de

reciclagem funcionando a pleno, para se garantir fluxo constante de e-waste para as mesmas,

novamente foi mantido o volume médio de 5 toneladas, porém com frete de custo variável em

função da distância, segundo a tabela de fretes rodoviários.

Os custos para cidades com mais de 25.000 habitantes são maiores, pelo fato de

existirem os CT com maior custo de implantação e de operação.

Foram elaborados os primeiros detalhes de um modelo de LR, baseados no que é

estipulado no Edital de Chamamento nº. 1/2013 do MMA, e no documento INVENTTA

(2012), estruturando pormenores da LR, do papel dos atores e custos envolvidos na

recuperação de polímeros e metais.

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As distâncias nesta primeira abordagem foram fornecidas pelo Departamento de

Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG). São, portanto, distâncias rodoviárias, e

constam de tabelas constantes dos APÊNDICES.

No fluxograma apresentado na Figura IV.13, abaixo, detalhamos o modelo de

cálculos utilizado nesta abordagem:

Sim Não

Sim Não

Figura IV.13 - Fluxograma de reciclagem. Ref.: Elaborada pelo autor.

O resultado do cálculo dos custos na Logística Reversa (LR) para cidades com menos

de 25.000 hab, foi calculado conforme planilha apresentada na Tabela A.I no APÊNDICE I.

Dados do IBGE: municípios, população,

PIB, coordenadas geodésicas.

A população é

de mais de

25.000

habitantes?

Calcular REEE gerado.

Calcular distancia do municipio ao

polo regional.

Calcular custo do CT.

Calcular custo do frete ao polo

regional.

Calcular REEE gerado.

Calcular custo do frete a BH.

Calcular REEE gerado.

Calcular distância a BH.

Calcular custos e número de CR’s

nos municípios.

Calcular custos de frete a BH.

Calcular custo dos CR’s.

Calcular frete a BH.

USINA RECICLADORA EM BH

MERCADO

INÍCIO

A distância ao polo

regional é próxima à

distância a BH?

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Para exemplificar os cálculos, que foram feitos em planilhas Excel, seguem as

fórmulas para cada linha processada na referida Tabela:

1ª coluna: = texto

2ª coluna: = distância a BH fornecida pelo DER-MG

3ª coluna: = P3 (população do município)

4ª coluna: = Produto Interno Bruto do município

5ª coluna: = P3*1 (geração de 1 kg / hab.ano)

6ª coluna: = número de CR (volume calculado por (5.2))

7ª coluna: = 1*68.674,80 (Custo de OPEX do CR)

8ª coluna: = (número de viagens a BH): = SE (4ª coluna / 5000,1; 0; 1) (se REEE gerado

/capacidade do CR < 1 não há viagem, se maior, o restante aguarda o próximo período)

9ª coluna: = custo do frete primário: valor para transporte modal rodoviário em veículo médio

conforme distâncias na tabela de fretes 2015.

10ª coluna: = emissão de CO2 = Kilometragem total de frete primário e secundário * 2,69 kg

de CO2 gerado por km rodado (PORTAL BRASIL,2015).

Estimativa média modal rodoviário para veículos diesel de 6 toneladas, segundo

Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM, 2009).

Para os cálculos referentes às cidades com mais de 25.000 habitantes, o resultado do

cálculo dos custos na Logística Reversa encontra-se na Tabela A.II no APENDICE II.

Na outra planilha de cálculos constante da Tabela A.III no APÊNDICE III as cidades

de mais de 25.000 habitantes possuem CT, que recebe REEE do município e também das

cidades de mais de 25.000 habitantes localizadas dentro de seu polo regional (IBGE, 2011).

Os polos regionais utilizados foram, segundo o documento Regiões de Influência das

Cidades (IBGE, 2011):

POLOS REGIONAIS

Barão de Cocais Governador Valadares Montes Claros

Belo Horizonte Guanhães Ouro Preto

Caeté Ipatinga Patos de Minas

Congonhas Itabira Ponte Nova

Conselheiro Lafaiete João Monlevade Sete Lagoas

Curvelo Juiz de Fora Teofilo Otoni

Diamantina Lavras Varginha

Divinópolis Manhuaçu Viçosa

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Fórmulas da execução da planilha apresentada na Tabela A.IV no APÊNDICE IV:

1ª coluna: município: texto.

2ª coluna: população: texto.

3ª coluna: polo regional: texto.

4ª coluna: distância do município ao polo regional.

Obs: Quando a distância ao polo regional era de valor próximo à distância a Belo Horizonte,

otimizou-se o trajeto, com viagem direta a Belo Horizonte.

5ª coluna: número de viagens ao CT.

6ª coluna: total de CR do polo: somatório.

7ª coluna: custo total dos CR: somatório.

8ª coluna: valor para transporte modal rodoviário em veículo médio conforme distâncias na

tabela de fretes 2015, para o frete primário.

9ª coluna: distância informada pelo DER-MG do polo regional a Belo Horizonte.

10ª coluna: somatório do REEE gerado pelos municípios.

11ª coluna: somatório do REEE gerado no polo regional / ano.

12ª coluna: custo CAPEX do CT de 12.000 toneladas, compatível com a tonelagem de REEE / ano.

13ª coluna: custo OPEX do CT de 12.000 toneladas.

14ª coluna: número de viagens a BH / ano (função de CT de 12 toneladas calculado por (5.2)).

15ª coluna: custo anual do frete secundário: calculado em faixas função da distância, devido ao

montante elevado não se utilizou um valor fixo.

16ª coluna: emissão de CO2: = Kilometragem total de frete primário e secundário * 2,69kg de

CO2 gerado por Km rodado (PORTAL BRASIL, 2015).

Estimativa média modal rodoviário para veículos diesel de 6 toneladas, segundo Fundação

Estadual do Meio Ambiente (FEAM, 2009).

Os resultados apurados seguem consolidados na Tabela A.IV no APÊNDICE IV, com

uso de dados da Tabela A.II no APÊNDICE II, com a observação de que foi utilizada como base

de valores de e-waste, a Tabela IV.18 a seguir, base em cotações da New York Mercantile

Exchange, em 05/02/2016.

Foi incluído o custo de uma reciclagem primária com separação de polímeros e

metais, e com a produção de granulados para venda a indústrias de reciclagem de polímeros,

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cimenteiras, ou para extração de metais posteriormente. As máquinas recicladoras citadas, são

comercializadas com o objetivo de num único equipamento fazer a cominuição do REEE, e

sua separação em resíduos metálicos e não metálicos, para venda a empresas especializadas

em extrair os metais ou aproveitar polímeros e cerâmicos para geração de novos produtos ou

valorização energética.

Tabela IV.18 - Custo de indústria recicladora.

Capacidade anual 12.000 t / ano - CAPEX

Custo de 1 recicladora

(FOB)

Número de máquinas recicladoras 5 208.470,60 1.042.353,00

Empilhadeira 2 60.400,00 120.800,00

Esteira 2 30.200,00 60.400,00

Paletizadora 2 22.650,00 68.403,00

Carrinhos de mão 10 1.812,00 18.120,00

Balanças 2 6.795,00 13.590,00

Conteineres 20 6.040,00 120.800,00

Escritório 1 7.550,00 7.550,00

Impostos e taxas 18% 61.905,17 742.862,02

Total 1.152.525,02

Capacidade anual 12.000 ton / ano - OPEX

Colaboradores 18 1.400,00 25.200,00

Custo de energia elétrica (kwh) 78 12.480,00 74.880,00

Número de operadores 3 1.400,00 4.200,00

Galpão 400 8.000,00 8.000,00

EPI 20 160,00 3.200,00

Outros gastos 20% 115.480,00 23.096,00

Carrinhos tração humana 10 1.500,00 15.000,00

Balanças 2 4.500,00 9.000,00

Conteineres 20 6.000,00 120.000,00

Escritório 1 7.000,00 7.000,00

Impostos e taxas s / pessoal 11% 308,00 3.696,00

Total 268.072,00

Ref.: INVENTTA (2012), atualizada pelo autor para 2016 para valores de mercado.

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Conforme dados da Tabela A.IV, no APÊNDICE IV, podemos sintetizar os

resultados, na Tabela IV.19, a seguir:

Tabela IV.19 - Resultados apurados por tonelada / ano.

VALORES (R$)

Toneladas recolhidas 17.055,44 R$ 732.122.499,65

Custo anual dos CR R$ 102.600.151,20

Custo anual do frete R$ 235.669.578,00

Custo de recicladora (OPEX+CAPEX) R$ 1.420.597,02

Custo CAPEX de CT R$ 4.186.000,00

Custo OPEX DE CT R$ 19.470.560,00

Impostos e taxas 20% sobre custo médio de

processamento

R$ 6.860.721,29

Sub-total R$ 361.914.892,14

Custo médio da Logística Reversa e Pré-Processamento

/ Tonelada a partir do valor apurado de processamento

R$ 21.219,91

Ref.: Elaborada pelo autor.

Esses resultados refletem um ganho bruto inicial, de R$ 361.914.892,14 por ano em

todo o estado, porém não inclui o processamento para extração dos metais. Observa-se porém

que o valor da LR, considerando todos os seus componentes, é elevado, principalmente quando

se inclui os custos de implantação e operação dos CR (em cidades de menos de 25.000

habitantes). Foi considerado o custo CAPEX dos CT mesmo sendo investimento, com o fim de

verificar todo o montante da gestão da LR.

Analisando o fluxo da LR e os custos, verificou-se que um modelo deste tipo seria

difícil de gerenciar e manter sob monopólio, visto que várias empresas recicladoras, formais

ou informais atuam no mercado, além dos catadores, para os quais a inclusão social é

importante.

É proposta então, uma reformulação visando aprimorar a ideia original do Edital nº. 01/2013,

simplificando a rede de recolhimento e triagem, que tem nos CR e CT seus maiores custos,

além da otimização dos roteiros.

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4.3.2 Uma proposta diferente da sugerida pelo Edital de Chamamento

Seguindo todas as premissas do Edital de Chamamento, verificou-se, em termos

gerais, um crédito em função dos valores envolvidos. Constatou-se no entanto, que um modelo

teórico monopolista seria praticamente impossível de gerir, pois os stackeholders informais

(recicladores e pequenas empresas sucateiras) estariam sujeitos aos valores pagos pela

organização gestora, que teria dificuldades em manter sob controle toda a rede de LR nos

moldes sugeridos.

Outro ponto analisado é o excesso de centros de recolhimento, em cidades às vezes

muito pequenas, com 3000 a 4000 habitantes, e com custos de manutenção do CR

relativamente altos. Essas cidades, em função de PIB muito baixo, não serão geradoras de

REEE com volume compatível com os custos OPEX e CAPEX de CR.

Partiu-se para um modelo que gerasse menos gastos fixos, e fosse otimizado em

termos de LR, com uma rede em que polos regionais recebessem o REEE em seus centros

de triagem. As cidades com menos de 25.000 habitantes não teriam centro de recohimento,

utilizado para estocar e selecionar temporariamento os REEE. Os resíduos serão enviados

após depósito sem desmanche em locais previamente preparados para tal, ao CR da cidade

de mais de 25.000 habitantes mais próxima.

Além disto, em função de levantamento efetuado pelo IBGE em 2007 e projetado até

2010, obteve-se o total de REEE de linha verde existente nos domicílios de Minas Gerais

situados nos polos regionais mais importantes do Estado em termos de PIB e população,

baseado em dados que constam na Tabela A.VI, no APÊNDICE VI. Este material estocado

passa a aumentar com a troca por produtos mais novos, a partir de 2010, a taxas mencionadas

para o estado de Minas Gerais.

O Diagnóstico Feam forneceu a massa estimada média de cada um dos equipamentos

-, para que fosse calculado o total de REEE existente em cada município polo regional:

- telefones celulares: 92,67g;

- telefones fixos: 473g;

- computadores de mesa (CPU e Tela): 29,26kg;

- notebook’s: 3,51kg;

- televisão: 32,45kg;

- rádio (microsystem): 10,40kg;

- máquina de lavar roupa: 37,51kg;

- geladeira: 71,95kg; e

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- freezer: 60,02kg.

Os valores acima para cada equipamento constam do Diagnóstico Feam (FEAM,

2009).

Em função das massas de cada um dos equipamentos eletroeletrônicos, e com a

amostragem de equipamentos por domicilio em cada um dos polos regionais, foi feita a

estimativa de REEE em domicílios dos polos regionais, constante da Tabela IV.20:

Tabela IV.20 - Polos regionais de Minas Gerais em função de população e PIB.

POPULAÇÃO

(habitantes)

PIB (R$)

(x 1000)

ESTIMATIVA REEE /

2010 com crescimento

em 10% / ano em kg

Belo Horizonte 2.375.151.00 58.374.103,00 226.351.599,17

Conselheiro Lafaiete 116.512,00 1.336.281,00 14.699.091,00

Diamantina 45.880,00 447.951,00 4.927.461,00

Divinópolis 8.974,00 56.500,00 621.500,00

Governador Valadares 263.689,00 3.776.344,00 41.539.784,00

Ipatinga 239.468,00 7.127.482,00 78.402.302,00

Juiz de Fora 516.247,00 10.078.403,00 110.862.433,00

Manhuaçu 79.574,00 1.454.256,00 15.996.816,00

Montes Claros 361.915,00 5.335.046,00 58.685.506,00

Muriaé 100.765,00 1.274.794,00 14.022.734,00

Paracatu 84.718,00 2.283.670,00 25.120.370,00

Passos 106.290,00 1.726.307,00 18.989.377,00

Poços de Caldas 152.435,00 4.661.435,00 51.275.785,00

Pouso Alegre 130.615,00 3.799.195,00 41.791.145,00

Teófilo Otoni 134.745,00 1.480.164,00 16.281.804,00

Uberaba 295.988,00 9.368.416,00 103.052.576,00

Uberlândia 604.013,00 21.420.638,00 235.627.018,00

Varginha 123.081,00 4.007.089,00 44.077.979,00

Ref.: Elaborada pelo autor com dados da FEAM (2009).

Utilizou-se esta tabela para estabelecer uma relação entre PIB, população e geração

de REEE.

A partir dos dados da tabela acima, pode-se estabelecer que os municípios no entorno

de cada polo regional tenham geração de REEE proporcional ao seu PIB e população, na

mesma relação que os polos regionais.

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Estes valores para os municípios deverão estar portanto alinhados na mesma curva e

na mesma relação que seus polos regionais.

A utilização deste método justifica-se em função de análises dos valores de PIB e

Geração de REEE, feitas para diversos países, terem apresentado forte correlação com a

geração de REEE, per capita, e o PIB per capita (INVENTTA, 2014). Aplicou-se a

interpolação linear simples descrita por D’Ávila et al. (2007), definindo uma função REEE

(hab, PIB) que consistiu em calcular, tendo PIB e população como variáveis independentes e

a geração de REEE como variável dependente, a reta de melhor ajuste aos pontos acima.Os

dados de população e PIB para cada município de Minas Gerais encontram-se na Tabela V-

ApendiceV.

Aplicando-se interpolação linear de primeiro grau encontramos a relação -

reee=11.275.832,14+4,87658934*pib, com coeficiente de correlação R2 calculado de 0,95 ou

seja estreita correlação entre a reta e os pontos dispersos resultantes dos dados tabulados,

conforme Figura IV.14:

Figura IV.14 - Correlação PIB x Geração de REEE. Ref: Dados do autor.

Alteram-se inicialmente as previsões de geração de REEE que haviam sido feitas

com a premissa de 1,0kg / hab em média, variando de município a município. As cidades de

menos de 25.000 hab. receberiam então REEE que seriam direcionados aos CR da cidade

mais próxima com mais de 25.000 hab. Ao se completar a capacidade da mesma, esta

solicitaria frete para o polo regional com CT mais próximo. O modelo proposto teria então

este formato, conforme Figura IV.15:

R2= 0,95

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Figura IV.15 - Pontos de coleta e triagem no modelo proposto pelo autor. Ref.: Elaborado pelo autor.

Os custos deste novo modelo, elaborados como otimização do modelo proposto pelo

governo no Edital nº. 01/2013, foram tabulados e encontram-se na Tabela A.VII no

APÊNDICE VII (Custos de frete otimizado e geração de REEE proporcional a população e ao

PIB de cada município).

Os custos de frete foram baseados em tabela atualizada para a Região Sudeste,

através do site Guia do Transportador Rodoviário, que foram utilizados no modelo anterior. O

transporte ferroviário mostrou-se incapaz de cobrir todas as regiões envolvidas, além ter custo

de R$ 74,67 por km contra R$ 51,75 por tonelada x km no transporte rodoviário (FIESP,

2017).

A planilha apresentada na Tabela VII do APÊNDICE VII, com a geração de REEE

otimizada em função de renda per capita (PIB) e população de cada uma das cidades de Minas

Gerais, é calculada através da tabulação abaixo:

1ª coluna: município.

2ª coluna: população.

3ª coluna: PIB do município.

4ª coluna: polo regional.

5ª coluna: distância do município ao pólo regional através das coordenadas geodésicas: =

((Arco Cosseno (Cosseno ((90 – Latitude Um) *Pi / 180) * Cosseno ((90 – Latitude Dois) * Pi

/ 180) + Seno ((90 – Latitude Um) * Pi / 180) * Seno ((90 – Latitude Dois) * Pi / 180) *

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Cosseno (ABS (((360 + Longitude Um) * Pi / 180) – ((360 + Longitude Dois) * Pi / 180)))))

6371,004).

Obs.: Quando a distância ao polo regional era de valor próximo à distância a Belo Horizonte,

otimizou-se o trajeto, com viagem direta a Belo Horizonte.

6ª coluna: no. de viagens ao CT.

7ª coluna: total de CR do polo: somatório.

8ª coluna: custo total dos CR: somatório (Tabela VI.8, pág, 110).

9ª coluna: custo do frete primário calculado em função da 5ª coluna.

10ª coluna: distância também calculada pelas coordenadas geodésicas, como acima, do polo

regional ao ponto de reciclagem em Belo Horizonte.

11ª coluna: somatório do REEE gerado pelos municípios.

12ª coluna: somatório do REEE gerado no polo regional / ano.

13ª coluna: custo CAPEX do CT de 12.000 toneladas, compatível com a tonelagem de REEE /

ano (Tabela V.8).

14ª coluna: custo OPEX do CT de 12.000 toneladas. (Tabela VI.8).

15ª coluna: número de viagens a BH / ano: 12ª coluna / 5.000 (veículo médio de 6 toneladas)

16ª coluna: custo anual do frete secundário:

=SE(N2<=100;278,14;SE(N2<=200;466,21;SE(N2<=300;654,29;SE(N2<=400;842,37;SE(N2

<=450;936,41;SE(N2<=500;1030,45;SE(N2<=600;1218,52;SE(N2<=700;1406,6;SE(N2<=80

0;1594,68)))))))))*V2.

Custo variável em função da distância, não se utilizou um valor fixo. Multiplicado pelo

número de viagens.

17ª coluna: emissão de CO2: = (((E5*F5)+(O5*J5))/5)*2,69.

E5= distância do CT a BH: DER-MG (2015).

F5= número de viagens ao CT.

Obs.: Quilometragem total de frete primário e secundário * 2,69 kg de CO2 gerado por km

rodado.

Estimativa média para veículos diesel de 6 toneladas, segundo Fundação Estadual do

Meio Ambiente (FEAM, 2009).

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CAPÍTULO V

5 RESULTADOS

Os resultados apurados nas tabelas anteriores encontram-se sumarizados na Tabela

V.1:

Tabela V.1 - Resultados apurados.

RESULTADOS APURADOS VALORES

TONELADAS PROCESSADAS 15.319,25 tons R$ 657.594.738,27

CUSTO ANUAL DOS CR R$ 65.378.409,60

CUSTO ANUAL DO FRETE R$ 1.731.100,76

CUSTOS DE RECICLADORA (CAPEX+OPEX) R$ 5.486.633,32

CUSTO CAPEX DOS CT R$ 6.228.040,00

CUSTO OPEX DE CT R$ 16.931.597,20

IMPOSTOS E TAXAS 20% SOBRE CUSTO MÉDIO DE PROCESSAMENTO R$ 82.211.103,12

TOTAL R$ 177.966.884,00

LÍQUIDO R$ 479.627.854,27

Custo médio da Logística Reversa e Pré-

processamento / tonelada R$ R$ 11.617,20

Ref.: Elaborada pelo autor com dados do IBGE, Cidades, (2011).

Existe a tendência de pré-tratar o material, de maneira a poder encher um container

de 40 toneladas, com material compactado, reduzindo significativamente os custos de

operação, por aumentar a quantidade de metal possível de ser obtida por contêiner, e,

logicamente, o montante auferido no Brasil. Há neste caso, um custo de reciclagem para pré-

processamento de R$ 5.256,88 por tonelada, (Tabela V.2), pagos na cadeia de LR, conforme

Tabela V.1, até entregar o material à Umicore para processamento final. Em ambos os casos,

com ou sem pré-processamento, os materiais apurados não retornarão aos fabricantes /

importadores brasileiros, os quais terão de pagar valores de material extraído do meio

ambiente, ou comprar o material processado por estas empresas de processamento de metais,

no exterior. Na Tabela V.2 seguem os resultados apurados para este pré-processamento:

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Tabela V.2 - Resultados apurados sem processamento.

RESULTADOS APURADOS SEM MÁQUINAS

RECICLADORAS VALORES

Toneladas processadas R$ 15.319,25 R$ 657.594.738,27

Custo anual dos CR R$ 65.378.409,60

Custo anual do frete R$ 1.731.100,76

Impostos e taxas 20% sobre custo médio de processamento R$ 13.421.902,07

TOTAL R$ 80.531.412,43

LÍQUIDO R$ 577.063.325,84

Custo médio da Logística Reversa e Pré-processamento / tonelada R$ R$ 5.256,88

Ref: Elaborada pelo autor com base em dados de mercado.

5.1 Discussão de resultados

O impacto potencial da LR, segundo dados do Compromisso Empresarial para

Reciclagem (CEMPRE, 2014), é a expectativa de retorno de matérias-primas ao mercado.

Conforme Tabela V.1, para alguns materiais existe o potencial do sistema de LR dos REEE

contribuir com até 18% de crescimento da disponibilidade de material reciclado no mercado,

com é o caso dos plásticos. Em termos financeiros esse volume geral de sucata gera um

crescimento potencial do mercado de R$ 700 milhões, conforme apresentado na Tabela V.3 e

de acordo com o Ibama (2013):

Tabela V.3 - Potencial econômico de aproveitamento de REEE no Brasil / ano.

Material

Estimativa de volume de matéria

prima reciclada gerada a partir do

sistema de LR (toneladas / mil)

Faixa de preços das

sucatas

(R$ por tonelada)

Impacto

potencial no

mercado

(R$ X 106)

Alumínio 29,4 2.200 a 2.700 72

Cobre 27,2 9.920 a 12.880 310

Ferro 550,2 250 a 380 173

Plástico 169,0 690 a 950 139

Vidro 27,8 100 a 190 4

TOTAL 800,6 698

Ref.: CEMPRE (2014), adaptada pelo autor.

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Um aspecto relevante da implantação do sistema de LR proposto reside no seu

potencial de contribuir para o alcance dos objetivos traçados pela política ambiental

governamental, expresso nos gráficos da Figura V.3 - em 2016 um percentual de 100% dos

REEE deveriam estar sendo tratados. Com o fortalecimento da cadeia da reciclagem de

REEE, com o estímulo ao desenvolvimento de produtos recicláveis e com maior teor de

material reciclável atravé de implementação de eco-design, o sistema de LR a ser estabelecido

contribuirá com a promoção de uma produção mais sustentável - tema transversal da política

brasileira industrial, tecnológica e de comércio exterior.

Na linha dos impactos ambientais, há que se destacar o a potencial brasileiro de

redução de emissão de CO2 na mineração, pelo uso de materiais reciclados a partir do sistema

de LR dos REEE, conforme apresentado a seguir na Tabela V.4:

Tabela V.4 - Potencial de redução de emissão de CO2.

Estimativa de redução de CO2 gerado

Material (toneladas / mil) Toneladas de CO2

Alumínio 29,4 132.300

Cobre 27,2 127.840

Vidro 24,8 7.936

Total 268.076

Ref.: INVENTTA, 2012, adaptada pelo autor.

A Sinctronics, com origem em Singapura, trabalha em parceria com fabricantes, e

algumas assistências técnicas, o que se denomina retorno de campo. Estes parceiros contratam

a Sinctronics para gerenciar seus resíduos eletroeletrônicos, e fornecer a eles um Certificado

de Destino Ambientalmente Correto. O serviço de gestão é cobrado. O peso de tubos de raios

catódicos, pilhas / baterias e plásticos tem sido um problema, na medida em que gera despesa,

com reciclagem de apenas 25% do material. O que não pode ter tratamento na usina é

despachado para uma empresa terceirizada que trabalha com refino de metais, a Umicore, na

Bélgica. Caso não seja possível reciclar o material, este é prensado, envelopado e disposto de

forma correta. Existem tubos de raios catódicos (CRT) ainda, apesar da substituição por tubos

de LED, e os contratos de gestão com empresas exigem trabalhar com o material dos CRT.

No caso dos polímeros, 80% são levados à indústria cimenteira para valorização

energética. O valor comercial do polímero termoplástico para reciclagem ainda é baixo

(SINCTRONICS, 2015).

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O grande problema para a empresa, que está operando a 300 toneladas / mês é que não

existe um fluxo contínuo para o processo de reciclagem. A participação das empresas é que

sustenta a indústria, sendo que os refugos chamados “retorno de campo” são processados

gratuitamente. Atualmente receita empata com despesa, e a empresa pretende apoio

governamental para ampliar o negócio. Este apoio seria sob a forma de campanhas nacionais,

estimulo ao consumidor para entregar até mesmo produtos “órfãos” em lojas, liberação de taxas

de postagem para envio pelos correios , de produtos em final do ciclo de vida.

Esta porém é uma obrigação dos fabricantes e importadores, que devem criar

campanhas de conscientização dos consumidores para o descarte de forma voluntária dos

REEE.

As placas de circuito impresso são entregues a uma empresa parceira que opera com

procesamento de metais e extrai os metais nobres, mas estas placas ainda são incipientes em

quantidade.

O modelo brasileiro pode chegar próximo do modelo japonês, mas deve ocorrer uma

mudança de cultura dos consumidores, governos municipais, estaduais e federais, poder

público, sobre a necessidade da reciclagem dos REEE.

Uma outra possibilidade a explorar é elevar o desempenho dos altos-fornos com a

injeção de finos de carvão ou óleo diretamente na região onde o ar quente é insuflado no alto-

forno siderúrgico. Esses materiais são ricos em carbono e complementam a oferta desse

elemento ao processo de redução do minério. A comparação entre as análises químicas do

carvão, óleo e sucata plástica mostra que elas são bastante similares. Logo, em tese, também a

sucata plástica pode ser injetada em altos-fornos no lugar do carvão pulverizado ou óleo. Esta

similaridade animou os especialistas alemães e japoneses a propor o estudo do processamento

da sucata plástica e resíduo automotivo leve em altos-fornos e coquerias (GORNI, 2004).

A eficácia do processo de LR parece estar condicionada ao valor de mercado. As

latinhas de alumínio alcançam R$ 2,70 / kg, um valor que estimula a inclusão social de

catadores. O plástico PET no mercado pode ser vendido a R$ 0,96 / kg, o que começa a

estimular sua LR. O REEE pode alcançar R$ 5,00 / kg para os catadores, o que o tornará, caso

gerido eficazmente, comercialmente promissor.

No caso dos REEE, campanhas de conscientização devem ocorrer e atingir os

municípios mais distantes, assim como a elaboração de uma legislação ambiental clara em

todos os níveis governamentais, apoiando o pequeno investidor em reciclagem, além de

investimentos em empreendimentos de grande vulto nas indústrias de refino de metais, ou

mesmo de reciclagem de polímeros.

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Os resultados apurados demonstram nesta segunda abordagem um custo médio da

LR menor, em função da nova configuração da rede logística do recolhimento de REEE,

tendo sido calculados os itens de custo da mesma forma que na hipótese anterior.

A empresa E-Mile, recicladora atuante na região metropolitana de Belo Horizonte, a

Umicore tem operado com frota própria, recolhendo REEE de empresas sucateiras no entorno

da RMBH, sem processamento qualquer. É feito um agendamento pela referida empresa, e o

interessado aguarda a passagem do caminhão para o recolhimento.

No caso em questão, 10 toneladas de placas sem pré-processamento enchem um

contêiner de 40 toneladas, devido ao volume ocupado (cubagem). Após a entrega à Umicore,

é feito um balanço de massas e dependendo da composição das placas, atestada por análise

em laboratório, é devolvido um valor em torno de R$ 50.000,00 pelo container, (valores

atualizados), tudo detalhado em notas fiscais com a cotação e massa de cada metal. O valor

pago pela empresa processadora ao empresário de reciclagem brasileiro é de R$ 10.000,00 por

tonelada, cobrindo os custos de LR de R$ 5.256,88 por tonelada (sem incluir o pré-

processamento para produzir agregados. Todos os custos legais de exportação, impostos e

taxas ambientais são contabilizados e dada certificação de destinação correta.

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CAPÍTULO VI

6 PROPOSTAS

6.1 Modelo real do mercado de reciclagem de REEE atual

Com as questões levantadas no modelo anterior, com base nas premissas

governamentais, pode-se avaliar, através de análise documental, bibliográfica e pesquisa de

valores no mercado, o fluxo de REEE atual, que se modelou conforme Figura VI.1:

Figura VI.1 - Modelagem do fluxo de REEE atual. Ref.: Elaborada pelo autor após compilação da bibliografia e dados de mercado.

Foram analisados os fluxos financeiros e de material hoje existentes para concluir se

é viável ou não um modelo monopolista, com uma organização gestora:

Em verde os fluxos de débito das empresas geradoras de REEE:

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• R$ Y- é o pagamento feito a catadores de recicláveis pela entrega a uma

primeira empresa de reciclagem, de material bruto, sem nenhum

processamento. Geralmente são operações informais.

• R$ X- é o pagamento feito a empresas de reciclagem de material também

bruto que necessitam, porém, de nota fiscal, conhecimento de carga e

certificado de destinação correta. Várias pequenas empresas atuam nesta

linha, sob contrato e licenciamento do órgão ambiental, sendo devidamente

cadastradas. Por exemplo em São Paulo é exigido o CADRI (Certificado de

Aprovação de Resíduos Industriais).

• R$ W- é o pagamento feito a transportadoras para enviar material por

transporte privado ao CT.

• R$ U- pagamento feito a empresas públicas por grandes coletas, com as

quais o município não arca, por meio de leilões por exemplo.Pagamento

feito por recicladoras habilitadas.

• R$ V- pagamento feito ao transportador por levar REEE do CR ao CT.

• R$ T- pagamento feito a assistência técnica por empresas.

• R$ LX- pagamento feito por empresa consumidora de material reciclado

para que outra empresa dê destinação final ambientalmente correta de seus

rejeitos não aproveitáveis.

Em vermelho os fluxos de crédito de empresas encarregadas da LR:

• R$ R- pagamento recebido por empresa de reciclagem com transporte

próprio.

• R$ XY, R$ XX, R$ XZ- pagamento recebido de empresas que irão utilizar

o material reciclado como insumo.

Tem-se agora a possibilidade de estimados estes valores, verificar o montante das

transações:

R$ Y + R$ X + R$ W + R$ U + R$ V + R$ T + R$ LX

comparados com:

R$ R + R$ XY + R$ XX + R$ XZ

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E valores estimados por tonelada constam na Tabela VI.1, a seguir:

Tabela VI.1 - Valores envolvidos no mercado de REEE.

PAGAMENTOS VALORES /

TONELADAS R$ FONTE

R$ Y 4000 E-MILE, SINCRONICS

R$ X 12000 CIMÉLIA, SUZAQUIM

R$ W 150 Estimativa baseada na tabela de fretes

R$ U 600 Pesquisa leilões eletrônicos do Governo Federal

dg.receita.fazenda.gov.br/sobre/acoes-e-

programas/mercadorias.../leilao

R$ V 300 Estimativa baseada na tabela de fretes

R$ T 800 Estimativa com consultas ao mercado

R$ LX 150 Estimativa com consultas ao mercado

Total 17.730,00

Ref.: Elaborada pelo autor com base em dados de mercado.

Quanto aos recebimentos na modelagem do fluxo de REEE atual, seguem os valores

na Tabela VI.2:

Tabela VI.2 - Tabela de Recebimentos.

RECEBIMENTOS VALORES /

TONELADA R$ FONTE

R$ R 24.000,00

Pequenas empresas de reciclagem em Minas

Gerais, BH Recicla, BID, Santa Maria, após

entrega à indústria como UMICORE

R$ XY 100,00 Royal Polímeros, Replas, MG Polímeros

Brasil

R$ XX 100,00 CIMÉLIA, SUZAQUIM

R$ XZ 11.800,00 SINCTRONICS

Ref.: Elaborada pelo autor com base em dados de mercado.

Quanto às parcelas em vermelho, teremos:

R$ R + R$ XY + R$ XX + R$ XZ = R$ 24.000,00 + R$ 1.200,00 = R$ 25.200,00 p / tonelada.

Conforme se pode verificar, há uma diferença a crédito da(s) empresa(s) em relação

aos valores do balanço de massa médio discutido anteriormente, (de R$ 42.726,04 máximos

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por tonelada). As empresas que reciclarem o REEE, após a separação dos metais, polímeros e

cerâmicos, são capazes de terem crédito de R$ 17.726,04. Este valor seria referente ao crédito

junto à empresa de processamento químico, após todos os pagamentos da LR.

Em função dos valores divulgados nas consultas ao mercado, é sustentável a

atividade, pois se do total teórico de R$ 42.926,04 de valor de materiais em média, forem

gastos R$ 25.200,00 na LR, restam possíveis R$ 17.726,04 a serem apurados pela indústria de

processamento de metais - valores coerentes com pagamentos às recicladoras brasileiras em

torno de R$ 24.000,00 por tonelada. Por tratar-se de valores pesquisados no mercado, foram

devidamente incluídos os custos alfandegários e de licenciamento ambiental na exportação

destes REEE.

O sistema mostrado na Figura VI.3 é, então, sustentável, sem intervenção

governamental ou privada monopolista, apenas pelas cotações no mercado sucateiro com as

entradas de capital R$ XY e R$ R, conforme a seguir:

Figura VI.3 - Modelagem proposta competitiva de recicladores e catadores. Ref.: Elaborada pelo autor após compilação da bibliografia e dados de mercado.

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Ressalta-se o fato de que uma empresa gestora, da maneira proposta pelo governo,

dificilmente conseguirá monopolizar este mercado, mesmo fazendo investimentos em CR e

CT, pois existe a tendência de empresas de reciclagem separarem, informalmente, o REEE

buscando valores mais altaos de remuneração, e o enviarem como commodities para o

exterior.

Caso a empresa gestora com capital dos fabricantes / importadores resolva custear os

CR e CT, e investir em empresa de processamento químico para mineração de metais

preciosos, todo o sistema se tornará autossustentável, sem investimento do governo, e sem

cobrança de taxas ao consumidor. Passará a existir a tendência de enviar o REEE para

reciclagem no Brasil, em indústrias capacitadas e habilitadas legalmente, aumentando os

ganhos de todos os agentes do processo, conforme a Figura VI.3:

Figura VI.3 - Modelagem proposta para a ação da organização gestora formada por fabricantes /

importadores. Ref.: Elaborada pelo autor após compilação da bibliografia e dados de mercado.

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O valor específico dos metais na tonelada de REEE é de R$ 42.926,04, em média,

conforme visto no capítulo anterior. Como serão obtidos da indústria de reciclagem fina, terão

apenas os custos de processamento.

• Pagamento a aterro industrial: R$ AB = R$ 150,00 p / tonelada (BAYER,

2015);

• Pagamento a recicladoras por polímeros e cerâmicos: R$ XY + R$ XX =

R$ 276,00 p / tonelada (SUZAQUIM, 2015).

Com o valor R$ XXX, (valor equivalente aos metais apurados), descontados os

valores R$ AB, R$ XY e R$ XX, os fabricantes teriam novamente insumos para suas linhas

de fabricação, podendo, sob a organização gestora, custear montagem de indústria de refino

de metais no Brasil, e estabelecer custos mais baixos que os da extração in-natura. A

organização gestora seria exclusivamente formada por fabricantes / importadores de

equipamentos eletrônicos.

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CAPÍTULO VII

7 CONCLUSÕES

7.1 Conclusões

O custo de processamento no modelo inicial não estava inicialmente disponível, e foi

apenas estimado nos cálculos. Apesar de existir a possibilidade de recicladores informais

atuarem (DIAS, 2002) na fase prévia ao processamento industrial, a sua remuneração só será

possível a partir de investimento do pequeno reciclador. Os valores apurados na Tabela IV.19

apontam custo com produção de agregados metálicos e não metálicos numa máquina

recicladora simples, de R$ 21.219,91 por tonelada, no âmbito do estado de Minas Gerais.

O objetivo de estabelecer um modelo que comportasse a exploração comercial da

reciclagem de REEE dentro de Minas Gerais, seguiu duas etapas:

A primeira, baseando-se estritamente no Edital nº. 01/2013 do Ibama, e depois,

otimizada em relação a PIB e população. Apesar de em termos de totais financeiros

envolvidos, não haver prejuízo para a organização gestora, existem investimentos a serem

feitos. A melhor possibilidade de atuação é quanto aos aparelhos celulares, sendo cada

produtor / importador responsável por seus produtos.

A segunda, proposta final nesta tese, diminui os custos com estocagem, deixa aberta

a livre concorrência entre as empresas estabelecidas como recicladoras, mesmo parciais, do

REEE. Faz também a inclusão social dos catadores e movimenta um mercado que seria

difícil de gerir por uma empresa gestora. Deixa aberta a possibilidade de investimentos em

fábricas para extração de metais preciosos no Brasil, podendo estes metais serem utilizados

pelos fabricantes a custos mais baixos que os atuais.

Existe um excedente que não pode ser considerado lucro, pois depende do percentual

de reciclagem e custos de processamento em indústria de processamento químico. Serve como

indicativo, no entanto, de que existem valores que precisam ser extraídos da mineração

urbana, até mesmo para proteção ambiental.

O modelo adotado hoje trata a reciclagem como um serviço prestado e que gera custo

ao sistema, custo este que varia com o percentual de reciclagem. De acordo com o

representante da Sintronics, esse custo está em torno de R$ 1,10 por kg de sucata de REEE

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recebida, isto sem contar os CRT e baterias, que elevam mais ainda o custo para a empresa

recicladora.

Foram levantados os custos totais de frete primário / secundário, investimento e

operação dos CR e CT, além dos custos de frete rodoviário. Avaliou-se também a economia

na geração de CO2 com a diminuição da mineração tradicional, em função do

reaproveitamento dos metais. Verificamos a possibilidade de obtenção de créditos de carbono,

porém a US$ 3,00 por tonelada, o valor é insignificante frente aos investimentos necessários.

O valor líquido após debitarmos os custos da reciclagem final, numa máquina de produção do

agregado com metais nobres para venda ao mercado, foi significativo. A partir desse ponto, a

reciclagem final pode deixar de ser considerada um custo no sistema, para se tornar renda a

ser distribuída pela organização gestora, após passar pelo refino para extração dos metais.

Tais valores, comparados aos US$ 300,00 a tonelada, pagos a recicladores pela

sucata antes do processamento e “mineração” finais, permitem afirmar que se trata de um bom

negócio, bem lucrativo, e que não deve ser monopolizado pelos gestores dos acordos setoriais,

pois pode abrir muitas oportunidades a vários empreendedores e promover inclusão social.

Chama-se a atenção para o fato de que os dados gerais são para todo o país e os

calculados aqui apenas para o estado de Minas Gerais.

Foram agregados aos cálculos os custos do método de reciclagem (hidrometalurgia

realizada no exterior), além de custos de outros processos em empresa operando no mercado

brasileiro.

As conclusões obtidas pelos cálculos, a priori, são de que o processo é sustentável

financeira e ecologicamente. Quanto à geração de CO2 em todo o processo (principalmente o

transporte rodoviário), este é inferior à geração em todas as fases da mineração tradicional

(ABRELPE, 2015).

No que tange à geração de empregos formais, segundo fonte do Sindicato da

Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais não ferrosos do Estado

de São Paulo (SINDICELABC) e Associação Brasileira do Cobre (ABC) estima-se o

potencial de criação de cerca de 10 a 15 mil posições de trabalho para operação do sistema

desde os pontos de descarte / recebimento, passando pelos CT e chegando até as recicladoras

que irão processar o volume de REEE. Tal estimativa considera o momento em que o sistema

estará em plena operação, cobrindo 100% do território nacional.

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7.2 Formatação de um negócio em bases mais realistas

Como verificamos acima, a comercialização dos REEE é viável economicamente, e constitui-

se como chamam os japoneses, em verdadeira “mineração urbana”, sendo também sustentável, na

medida em que se deixa de minerar vários metais, com isso diminuindo a degradação do meio ambiente.

Dentro do modelo proposto nesta tese, modificadas as premissas governamentais,

reduzido o número de CR e CT, não se influiria na rede de catadores, cooperativas e

recicladores existentes, podendo, no máximo, haver governamentais para incremento da

atividade. O próprio mercado, estimulado por valores crescentes a serem pagos pelo REEE,

trataria do transporte e logística envolvidos, aliviando a responsabilidade do

fabricante/importador no processo.

A organização ou organizações que apresentarem acordo setorial ao Ibama receberia(m)

estímulos para captação da rede de recicladores, e atuação no processamento químico no Brasil,

dispondo-se a entregar metais preciosos aos fabricantes / importadores no Brasil, deixando de ter

custos de LR elevados, ficando a seu cargo apenas o gerenciamento da última etapa da extração

de metais e polímeros e também da rede de centros de recebimento e triagem.

O fabricante / importador poderia usar material de boa qualidade por um preço bem

menor do que o comprado a partir da extração dos minérios in natura.

A recicladora final, com o capital apurado na venda aos fabricantes / importadores

custearia sua operação e remuneraria a organização gestora.

A tese respondeu à pergunta principal do texto:

a) A viabilidade econômico financeira foi alcançada e, aparentemente,

com o material obtido os comerciantes / importadores, a princípio financiadores da

indústria de refino de metais, poderiam ser recompensados com a aquisição de

material para incorporar ao processo produtivo, a custos menores.

b) O modelo competitivo, com a organização proposta, e não pela

indicada inicialmente pelo governo, seria mais interessante para estimular o comércio

e a inclusão social através de cooperativas de coletores de REEE, remunerados

através do mercado com a introdução de indústrias recicladoras que injetariam

recursos financeiros no mercado ao comprar REEE. Abre-se um potencial

interessante para várias etapas do processo de LR, como: coleta, estocagem,

desmanche, gestão para indústrias do REEE, de acordo com a destinação correta e,

num investimento maior, a instalação de indústrias de reciclagem que atuem de

acordo com todas as precauções ambientais.

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c) Um problema a ser enfrentado é a formação de hábitos no brasileiro, de

retorno do material eletrônico que gera os REEE, com frequência suficiente para

manter o sistema operante e não ocioso. Os valores foram calculados sem levar em

conta as metas parciais de recolhimento e reciclagem crescentes, propostas pelo

governo. Preferiu-se este cenário por ser o de menor expectativa, e mesmo assim

verificou-se a existência de valores que sustentariam o empreendimento.

d) Empresas como a Sinctronics vem operando na realidade com gestão de

resíduos sólidos para se adequar à Lei. A Organização Gestora, a princípio a Abinee,

até o momento não foi capaz de criar uma rede de CR e CT e, se o fizer, o fará com

investimentos do comerciante / importador. Se um dia se materializar o volume de

metais nobres calculado, a tendência será que ela distribua os valores pelos itens de

custo do processo a seu cargo como os CR e CT e sua operação, além das indústrias

de processamento químico. De acordo com Bruno Morasi da Sintronics, o material

mais antigo e difícil de reciclar, como tubos de raios catódicos e pilhas / baterias, é

item de custo no sistema, gerando despesa sem retorno financeiro.

e) A China deu origem à reciclagem de EEE e tornou-se a maior exportadora

desses produtos para o país, contando com 35% de participação no mercado

brasileiro em 2011, segundo a Abinee. Será necessário identificar e rastrear os

“órfãos” (aqueles produtos que não tenham representantes formais no Brasil),

visando ratear custos e distribuição final de materiais entre os fabricantes /

importadores estabelecidos no Brasil.

Algumas empresas, principalmente do ramo de telefonia celular, mostram-se

relutantes em efetivar um plano desta magnitude. Existem problemas envolvendo a rede

de comercialização e alguns aparelhos são difíceis de desmontar, exigindo ferramentas

especiais. Provavelmente, como vem acontecendo agora, optarão por um recolhimento via

comerciantes na ponta e utilizando a mesma cadeia de entrega do produto novo. Isso, porém,

tem um custo, e caberia a este fabricante / importador optar por fazer parte do programa de

reciclagem ou não, visto que lhe seria quase impossível conseguir recolher todos os produtos

vendidos, sem alguma estratégia de atração do consumidor. Enfim, parece ser uma atividade

que tem que ser implementada no Brasil, e que pode ser exemplo de sucesso como o das

latinhas de alumínio, mas que depende de conscientização do consumidor, e de campanhas de

esclarecimento por parte das autoridades ambientais.

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APÊNDICE I Tabela A.I - Cálculo do custo de LR das cidades com menos de 25.000 habitantes.

Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH/

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Abadia dos Dourados 547,00 6.704 94.668 6.704,00 1 68.674,80 1,00 .218,52 1.471,43

Abaeté 213,00 22.690 270.868 22.690,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 572,97

Abre Campo 216,00 13.311 136.540 13.311,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 581,04

Acaiaca 158,00 3.920 26.045 3.920,00 1 68.674,80 1,00 466,21 425,02

Açucena 280,00 10.276 61.775 10.276,00 1 68.674,80 1,00 654,29 753,20

Água Boa 379,00 15.195 103.708 15.195,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 1.019,51

Água Comprida 513,00 2.025 154.986 2.025,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.379,97

Aguanil 239,00 4.054 45.189 4.054,00 1 68.674,80 1,00 654,29 642,91

Águas Formosas 610,00 18.479 122.321 18.479,00 1 68.674,80 2,00 2813,2 1.640,90

Águas Vermelhas 756,00 12.722 95.462 12.722,00 1 68.674,80 2,00 3.189,36 2.033,64

Aimorés 489,00 24.959 304.207 24.959,00 1 68.674,80 2,00 2.060,90 1.315,41

Aiuruoca 370,00 6.162 57.765 6.162,00 1 68.674,80 1,00 842,37 995,30

Alagoa 400,00 2.709 24.030 2.709,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.076,00

Albertina 475,00 2.913 42.674 2.913,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.277,75

Alfredo Vasconcelos 161,00 6.075 51.135 6.075,00 1 68.674,80 1,00 466,21 433,09

Alpercata 330,00 7.172 49.769 7.172,00 1 68.674,80 1,00 842,37 887,70

Alpinópolis 332,00 18.488 253.993 18.488,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 893,08

Alterosa 394,00 13.717 135.361 13.717,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 1.059,86

Alto Caparaó 322,00 5.297 62.863 5.297,00 1 68.674,80 1,00 842,37 866,18

Alto Jequitibá 310,00 8.318 156.428 8.318,00 1 68.674,80 1,00 842,37 833,90

Alto Rio Doce 224,00 12.159 78.501 12.159,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 602,56

Alvarenga 464,00 4.444 30.940 4.444,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.248,16

Alvinópolis 163,00 15.261 161.284 15.261,00 1 68.674,80 2,00 932,42 438,47

Alvorada de Minas 342,00 3.546 31.111 3.546,00 1 68.674,80 1,00 842,37 919,98

Amparo do Serra 203,00 5.053 30.079 5.053,00 1 68.674,80 1,00 654,29 546,07

Andrelândia 280,00 12.173 115.259 12.173,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 753,20

Antônio Carlos 190,00 11.114 128.169 11.114,00 1 68.674,80 1,00 466,21 511,10

Antônio Dias 172,00 9.565 83.384 9.565,00 1 68.674,80 1,00 466,21 462,68

Araçaí 122,00 2.243 30.473 2.243,00 1 68.674,80 1,00 466,21 328,18

Arantina 304,00 2.823 19.274 2.823,00 1 68.674,80 1,00 842,37 817,76

Araponga 283,00 8.152 66.502 8.152,00 1 68.674,80 1,00 654,29 761,27

Araporã 670,00 6.144 1.039.072 6.144,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.802,30

Arapuá 339,00 2.775 78.929 2.775,00 1 68.674,80 1,00 842,37 911,91

Araújos 160,00 7.883 81.056 7.883,00 1 68.674,80 1,00 466,21 430,40

Arceburgo 445,00 9.509 242.306 9.509,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.197,05

Argirita 326,00 2.901 26.766 2.901,00 1 68.674,80 1,00 842,37 876,94

Aricanduva 456,00 4.770 30.898 4.770,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.226,64

Arinos 727,00 17.674 144.360 17.674,00 1 68.674,80 2,00 3.189,36 1.955,63

Astolfo Dutra 288,00 13.049 154.360 13.049,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 774,72

Ataléia 516,00 14.455 101.800 14.455,00 1 68.674,80 2,00 2.437,04 1.388,04

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143

Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração

de REE /

ano (kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Augusto de Lima 249,00 4.960 51.339 4.960,00 1 68.674,80 1,00 654,29 669,81

Baependi 330,00 18.307 171.545 18.307,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 887,70

Baldim 93,00 7.913 68.198 7.913,00 1 68.674,80 1,00 278,14 250,17

Bambuí 264,00 22.734 377.407 22.734,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 710,16

Bandeira 788,00 4.987 29.171 4.987,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 2.119,72

Bandeira do Sul 430,00 5.338 44.133 5.338,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.156,70

Barão de Monte Alto 421,00 5.720 38.557 5.720,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.132,49

Barra Longa 175,00 6.143 43.244 6.143,00 1 68.674,80 1,00 466,21 470,75

Barroso 197,00 19.599 264.105 19.599,00 1 68.674,80 2,00 932,42 529,93

Bela Vista de Minas 124,00 10.004 128.789 10.004,00 1 68.674,80 1,00 466,21 333,56

Belmiro Braga 290,00 3.403 37.372 3.403,00 1 68.674,80 1,00 654,29 780,10

Belo Oriente 253,00 23.397 542.066 23.397,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 680,57

Belo Vale 82,00 7.536 102.747 7.536,00 1 68.674,80 1,00 278,14 220,58

Berilo 545,00 12.300 64.713 12.300,00 1 68.674,80 2,00 2.437,04 1.466,05

Berizal 749,00 4.370 24.322 4.370,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 2.014,81

Bertópolis 654,00 4.498 30.139 4.498,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.759,26

Bias Fortes 238,00 3.793 28.242 3.793,00 1 68.674,80 1,00 654,29 640,22

Bicas 290,00 13.653 134.185 13.653,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 780,10

Biquinhas 268,00 2.630 30.867 2.630,00 1 68.674,80 1,00 654,29 720,92

Bocaina de Minas 360,00 5.007 29.625 5.007,00 1 68.674,80 1,00 842,37 968,40

Bom Jardim de Minas 354,00 6.501 55.041 6.501,00 1 68.674,80 1,00 842,37 952,26

Bom Jesus da Penha 368,00 3.887 73.112 3.887,00 1 68.674,80 1,00 842,37 989,92

Bom Jesus do Amparo 76,00 5.491 41.072 5.491,00 1 68.674,80 1,00 278,14 204,44

Bom Jesus do Galho 260,00 15.364 92.547 15.364,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 699,40

Bom Repouso 433,00 10.457 74.910 10.457,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.164,77

Bom Sucesso 199,00 17.243 210.488 17.243,00 1 68.674,80 1,00 535,31

Bonfim 82,00 6.818 55.185 6.818,00 1 68.674,80 1,00 278,14 220,58

Bonfinópolis de Minas

532,00 5.865 116.766 5.865,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.431,08

Bonito de Minas 653,00 9.673 41.753 9.673,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.756,57

Borda da Mata 410,00 17.118 167.121 17.118,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.102,90

Botelhos 450,00 14.920 146.543 14.920,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.210,50

Botumirim 575,00 6.497 37.716 6.497,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.546,75

Brás Pires 350,00 4.637 27.204 4.637,00 1 68.674,80 1,00 842,37 941,50

Brasilândia de Minas 493,00 14.226 176.245 14.226,00 1 68.674,80 2,00 2.060,90 1.326,17

Braúnas 287,00 5.030 83.437 5.030,00 1 68.674,80 1,00 654,29 772,03

Brazópolis 442,00 14.661 145.033 14.661,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.188,98

Bueno Brandão 454,00 10.892 94.437 10.892,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.221,26

Buenópolis 278,00 10.292 86.819 10.292,00 1 68.674,80 1,00 654,29 747,82

Page 144: LUÍS PERES AZEVEDO · 2020. 2. 18. · mais ampla que apenas o descarte apropriado, envolvendo a LR e a reciclagem do material. Este trabalho foca o aspecto da sustentabilidade desta

144

Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Bugre 254,00 3.992 22.354 3.992,00 1 68.674,80 1,00 654,29 683,26

Buritis 735,00 22.737 529.924 22.737,00 1 68.674,80 2,00 3.189,36 1.977,15

Cabeceira Grande 639,00 6.453 145.920 6.453,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.718,91

Cabo Verde 465,00 13.823 217.274 13.823,00 1 68.674,80 2,00 2.060,90 1.250,85

Cachoeira da Prata 116,00 3.654 31.079 3.654,00 1 68.674,80 1,00 466,21 312,04

Cachoeira de Minas 405,00 11.034 157.501 11.034,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.089,45

Cachoeira de Pajeú 720,00 8.959 56.690 8.959,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 1.936,80

Cachoeira Dourada 742,00 2.505 49.501 2.505,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 1.995,98

Caetanópolis 102,00 10.218 113.252 10.218,00 1 68.674,80 1,00 466,21 274,38

Caiana 390,00 4.968 63.246 4.968,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.049,10

Cajuri 252,00 4.047 41.172 4.047,00 1 68.674,80 1,00 654,29 677,88

Caldas 430,00 13.633 168.824 13.633,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.156,70

Camacho 212,00 3.154 67.594 3.154,00 1 68.674,80 1,00 654,29 570,28

Camanducaia 459,00 21.080 272.408 21.080,00 1 68.674,80 2,00 2.060,90 1.234,71

Cambuquira 314,00 12.602 128.608 12.602,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 844,66

Campanário 392,00 3.564 28.411 3.564,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.054,48

Campanha 327,00 15.433 201.501 15.433,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 879,63

Campestre 415,00 20.686 291.569 20.686,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.116,35

Campina Verde 675,00 19.324 408.462 19.324,00 1 68.674,80 2,00 2.813,20 1.815,75

Campo Azul 587,00 3.684 23.818 3.684,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.579,03

Campo do Meio 335,00 11.476 125.166 11.476,00 1 68.674,80 1,00 842,37 901,15

Campo Florido 538,00 6.870 307.718 6.870,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.447,22

Campos Altos 268,00 14.206 261.716 14.206,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 720,92

Cana Verde 228,00 5.589 53.638 5.589,00 1 68.674,80 1,00 654,29 613,32

Canaã 270,00 4.628 41.310 4.628,00 1 68.674,80 1,00 654,29 726,30

Canápolis 655,00 11.365 389.919 11.365,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.761,95

Candeias 169,00 14.595 192.229 14.595,00 1 68.674,80 2,00 932,42 454,61

Cantagalo 292,00 4.195 27.244 4.195,00 1 68.674,80 1,00 654,29 785,48

Caparaó 329,00 5.209 113.707 5.209,00 1 68.674,80 1,00 842,37 885,01

Capela Nova 166,00 4.755 32.791 4.755,00 1 68.674,80 1,00 466,21 446,54

Capetinga 400,00 7.089 82.730 7.089,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.076,00

Capim Branco 53,00 8.881 74.857 8.881,00 1 68.674,80 1,00 278,14 142,57

Capinópolis 717,00 15.290 286.043 15.290,00 1 68.674,80 2,00 3.189,36 1.928,73

Capitão Andrade 344,00 4.925 31.969 4.925,00 1 68.674,80 1,00 842,37 925,36

Capitão Enéas 475,00 14.206 196.155 14.206,00 1 68.674,80 2,00 2.060,90 1.277,75

Capitólio 270,00 8.183 119.162 8.183,00 1 68.674,80 1,00 654,29 726,30

Caputira 285,00 9.030 71.778 9.030,00 1 68.674,80 1,00 654,29 766,65

Caraí 546,00 22.343 113.310 22.343,00 1 68.674,80 2,00 2.437,04 1.468,74

Caranaíba 133,00 3.288 20.763 3.288,00 1 68.674,80 1,00 466,21 357,77

Page 145: LUÍS PERES AZEVEDO · 2020. 2. 18. · mais ampla que apenas o descarte apropriado, envolvendo a LR e a reciclagem do material. Este trabalho foca o aspecto da sustentabilidade desta

145

Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Carandaí 137,00 23.346 320.980 23.346,00 1 68.674,80 2,00 932,42 368,53

Carbonita 421,00 9.148 60.908 9.148,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.132,49

Careaçu 372,00 6.298 72.896 6.298,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.000,68

Carlos Chagas 550,00 20.069 222.968 20.069,00 1 68.674,80 2,00 2.437,04 1.479,50

Carmésia 198,00 2.446 16.796 2.446,00 1 68.674,80 1,00 466,21 532,62

Carmo da Cachoeira 257,00 11.836 216.485 11.836,00 1 68.674,80 1,00 654,29 691,33

Carmo da Mata 169,00 10.927 110.905 10.927,00 1 68.674,80 1,00 466,21 454,61

Carmo de Minas 376,00 13.750 169.384 13.750,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 1.011,44

Carmo do Cajuru 122,00 20.012 225.552 20.012,00 1 68.674,80 2,00 932,42 328,18

Carmo do Rio Claro 362,00 20.426 377.447 20.426,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 973,78

Carmópolis de Minas 125,00 17.048 227.021 17.048,00 1 68.674,80 2,00 932,42 336,25

Carneirinho 823,00 9.471 235.421 9.471,00 1 68.674,80 1,00 0 2.213,87

Carrancas 266,00 3.948 47.093 3.948,00 1 68.674,80 1,00 654,29 715,54

Carvalhópolis 396,00 3.341 40.325 3.341,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.065,24

Carvalhos 355,00 4.556 31.597 4.556,00 1 68.674,80 1,00 842,37 954,95

Casa Grande 131,00 2.244 21.936 2.244,00 1 68.674,80 1,00 466,21 352,39

Cascalho Rico 564,00 2.857 43.962 2.857,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.517,16

Cássia 384,00 17.412 255.543 17.412,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 1.032,96

Catas Altas 120,00 4.846 369.071 4.846,00 1 68.674,80 1,00 466,21 322,80

Catas Altas da

Noruega 142,00 3.462 18.459 3.462,00 1 68.674,80 1,00 466,21 381,98

Catuji 513,00 6.708 38.265 6.708,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.379,97

Catuti 652,00 5.102 25.868 5.102,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.753,88

Caxambu 348,00 21.705 190.110 21.705,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 936,12

Cedro do Abaeté 249,00 1.210 12.196 1.210,00 1 68.674,80 1,00 654,29 669,81

Central de Minas 407,00 6.772 47.535 6.772,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.094,83

Centralina 663,00 10.266 141.938 10.266,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.783,47

Chácara 288,00 2.792 23.941 2.792,00 1 68.674,80 1,00 654,29 774,72

Chalé 378,00 5.645 45.899 5.645,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.016,82

Chapada do Norte 522,00 15.189 63.628 15.189,00 1 68.674,80 2,00 2.437,04 1.404,18

Chapada Gaúcha 772,00 10.805 76.465 10.805,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 2.076,68

Chiador 342,00 2.785 25.460 2.785,00 1 68.674,80 1,00 842,37 919,98

Cipotânea 241,00 6.547 33.064 6.547,00 1 68.674,80 1,00 654,29 648,29

Claraval 440,00 4.542 64.820 4.542,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.183,60

Claro dos Poções 485,00 7.775 59.174 7.775,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.304,65

Coimbra 244,00 7.054 57.282 7.054,00 1 68.674,80 1,00 654,29 656,36

Coluna 354,00 9.024 48.152 9.024,00 1 68.674,80 1,00 842,37 952,26

Comendador Gomes 603,00 2.972 107.820 2.972,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.622,07

Comercinho 714,00 8.298 51.657 8.298,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 1.920,66

Conceição da

Aparecida 381,00 9.820 151.274 9.820,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.024,89

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146

Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Conceição da Barra

de Minas 223,00 3.954 32.702 3.954,00 1 68.674,80 1,00 654,29 599,87

Conceição das

Alagoas 531,00 23.043 693.428 23.043,00 1 68.674,80 2,00 2.437,04 1.428,39

Conceição das Pedras 423,00 2.749 38.479 2.749,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.137,87

Conceição de

Ipanema 383,00 4.456 32.097 4.456,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.030,27

Conceição do Mato

Dentro 166,00 17.908 156.857 17.908,00 1 68.674,80 2,00 932,42 446,54

Conceição do Pará 132,00 5.158 203.169 5.158,00 1 68.674,80 1,00 466,21 355,08

Conceição do Rio

Verde 354,00 12.949 138.623 12.949,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 952,26

Conceição dos Ouros 414,00 10.388 142.718 10.388,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.113,66

Cônego Marinho 634,00 7.101 36.271 7.101,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.705,46

Confins 39,00 5.936 1.540.849 5.936,00 1 68.674,80 1,00 278,14 104,91

Congonhal 410,00 10.468 128.889 10.468,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.102,90

Congonhas do Norte 287,00 4.943 26.225 4.943,00 1 68.674,80 1,00 654,29 772,03

Conquista 469,00 6.526 188.589 6.526,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.261,61

Conselheiro Pena 399,00 22.242 209.278 22.242,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 1.073,31

Consolação 448,00 1.727 12.936 1.727,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.205,12

Coqueiral 279,00 9.289 129.102 9.289,00 1 68.674,80 1,00 654,29 750,51

Cordisburgo 121,00 8.667 71.582 8.667,00 1 68.674,80 1,00 466,21 325,49

Cordislândia 357,00 3.435 52.402 3.435,00 1 68.674,80 1,00 842,37 960,33

Corinto 212,00 23.914 216.210 23.914,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 570,28

Coroaci 349,00 10.270 75.457 10.270,00 1 68.674,80 1,00 842,37 938,81

Coronel Murta 714,00 9.117 50.525 9.117,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 1.920,66

Coronel Pacheco 280,00 2.983 25.072 2.983,00 1 68.674,80 1,00 654,29 753,20

Coronel Xavier

Chaves 179,00 3.301 31.764 3.301,00 1 68.674,80 1,00 466,21 481,51

Córrego Danta 245,00 3.391 48.029 3.391,00 1 68.674,80 1,00 654,29 659,05

Córrego do Bom

Jesus 432,00 3.730 23.945 3.730,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.162,08

Córrego Fundo 211,00 5.790 121.752 5.790,00 1 68.674,80 1,00 654,29 567,59

Córrego Novo 320,00 3.127 22.974 3.127,00 1 68.674,80 1,00 842,37 860,80

Cristais 255,00 11.286 161.676 11.286,00 1 68.674,80 1,00 654,29 685,95

Couto de Magalhães de Minas

324,00 4.204 28.059 4.204,00 1 68.674,80 1,00 842,37 871,56

Crisólita 576,00 6.047 41.342 6.047,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.549,44

Cristália 572,00 5.760 36.955 5.760,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.538,68

Cristiano Otoni 118,00 5.007 49.159 5.007,00 1 68.674,80 1,00 466,21 317,42

Cristina 398,00 10.210 112.714 10.210,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.070,62

Crucilândia 99,00 4.757 38.360 4.757,00 1 68.674,80 1,00 278,14 266,31

Cruzeiro da Fortaleza 413,00 3.934 53.308 3.934,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.110,97

Cruzília 320,00 14.591 129.594 14.591,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 860,80

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Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Cuparaque 457,00 4.680 32.710 4.680,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.229,33

Curral de Dentro 750,00 6.913 36.564 6.913,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 2.017,50

Datas 272,00 5.211 30.336 5.211,00 1 68.674,80 1,00 654,29 731,68

Delfim Moreira 475,00 7.971 53.186 7.971,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.277,75

Delfinópolis 418,00 6.830 157.293 6.830,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.124,42

Delta 496,00 8.089 263.139 8.089,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.334,24

Descoberto 345,00 4.768 41.399 4.768,00 1 68.674,80 1,00 842,37 928,05

Desterro de Entre

Rios 169,00 7.002 46.380 7.002,00 1 68.674,80 1,00 466,21 454,61

Desterro do Melo 215,00 3.015 25.240 3.015,00 1 68.674,80 1,00 654,29 578,35

Diogo de Vasconcelos 171,00 3.848 24.076 3.848,00 1 68.674,80 1,00 466,21 459,99

Dionísio 165,00 8.739 54.132 8.739,00 1 68.674,80 1,00 466,21 443,85

Divinésia 312,00 3.293 24.798 3.293,00 1 68.674,80 1,00 842,37 839,28

Divino 320,00 19.133 172.747 19.133,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 860,80

Divino das

Laranjeiras 383,00 4.937 34.171 4.937,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.030,27

Divinolândia de

Minas 291,00 7.024 37.966 7.024,00 1 68.674,80 1,00 654,29 782,79

Divisa Alegre 742,00 5.884 56.873 5.884,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 1.995,98

Divisa Nova 420,00 5.763 62.084 5.763,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.129,80

Divisópolis 786,00 8.974 61.187 8.974,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 2.114,34

Dom Bosco 548,00 3.814 44.749 3.814,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.474,12

Dom Cavati 270,00 5.209 34.830 5.209,00 1 68.674,80 1,00 654,29 726,30

Dom Joaquim 210,00 4.535 30.076 4.535,00 1 68.674,80 1,00 654,29 564,90

Dores de Campos 208,00 9.299 150.622 9.299,00 1 68.674,80 1,00 654,29 559,52

Dores de Guanhães 217,00 5.223 41.849 5.223,00 1 68.674,80 1,00 654,29 583,73

Dores do Indaiá 234,00 13.778 142.565 13.778,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 629,46

Dores do Turvo 251,00 4.462 29.337 4.462,00 1 68.674,80 1,00 654,29 675,19

Doresópolis 288,00 1.440 21.055 1.440,00 1 68.674,80 1,00 654,29 774,72

Douradoquara 566,00 1.841 28.252 1.841,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.522,54

Durandé 317,00 7.423 83.317 7.423,00 1 68.674,80 1,00 842,37 852,73

Engenheiro Caldas 291,00 10.280 69.035 10.280,00 1 68.674,80 1,00 654,29 782,79

Engenheiro Navarro 347,00 7.122 48.090 7.122,00 1 68.674,80 1,00 842,37 933,43

Entre Folhas 320,00 5.175 33.654 5.175,00 1 68.674,80 1,00 842,37 860,80

Entre Rios de Minas 126,00 14.242 115.380 14.242,00 1 68.674,80 2,00 932,42 338,94

Ervália 265,00 17.946 169.883 17.946,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 712,85

Espera Feliz 382,00 22.856 294.168 22.856,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 1.027,58

Espírito Santo do

Dourado 426,00 4.429 51.377 4.429,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.145,94

Estiva 409,00 10.845 116.315 10.845,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.100,21

Estrela Dalva 399,00 2.470 21.538 2.470,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.073,31

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148

Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Estrela do Indaiá 248,00 3.516 43.506 3.516,00 1 68.674,80 1,00 654,29 667,12

Estrela do Sul 528,00 7.446 203.321 7.446,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.420,32

Eugenópolis 409,00 10.540 89.010 10.540,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.100,21

Ewbank da Câmara 226,00 3.753 23.367 3.753,00 1 68.674,80 1,00 654,29 607,94

Fama 383,00 2.350 37.556 2.350,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.030,27

Faria Lemos 370,00 3.376 34.854 3.376,00 1 68.674,80 1,00 842,37 995,30

Felício dos Santos 366,00 5.142 29.497 5.142,00 1 68.674,80 1,00 842,37 984,54

Felisburgo 729,00 6.877 36.813 6.877,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 1.961,01

Felixlândia 196,00 14.121 216.450 14.121,00 1 68.674,80 2,00 932,42 527,24

Fernandes Tourinho 300,00 3.030 23.380 3.030,00 1 68.674,80 1,00 654,29 807,00

Ferros 180,00 10.837 73.533 10.837,00 1 68.674,80 1,00 466,21 484,20

Fervedouro 328,00 10.349 73.414 10.349,00 1 68.674,80 1,00 842,37 882,32

Florestal 66,00 6.600 62.334 6.600,00 1 68.674,80 1,00 278,14 177,54

Formoso 865,00 8.177 126.878 8.177,00 1 68.674,80 1,00 0 2.326,85

Fortaleza de Minas 358,00 4.098 323.492 4.098,00 1 68.674,80 1,00 842,37 963,02

Fortuna de Minas 120,00 2.705 27.593 2.705,00 1 68.674,80 1,00 466,21 322,80

Francisco Badaró 723,00 10.248 42.931 10.248,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 1.944,87

Francisco Dumont 376,00 4.863 37.049 4.863,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.011,44

Francisco Sá 464,00 24.912 207.022 24.912,00 1 68.674,80 2,00 2.060,90 1.248,16

Franciscópolis 546,00 5.800 38.023 5.800,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.468,74

Frei Gaspar 473,00 5.879 41.248 5.879,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.272,37

Frei Inocêncio 352,00 8.920 62.913 8.920,00 1 68.674,80 1,00 842,37 946,88

Frei Lagonegro 368,00 3.329 19.278 3.329,00 1 68.674,80 1,00 842,37 989,92

Fronteira 645,00 14.041 967.127 14.041,00 1 68.674,80 2,00 2.813,20 1.735,05

Fronteira dos Vales 725,00 4.687 26.340 4.687,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 1.950,25

Fruta de Leite 613,00 5.940 33.747 5.940,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.648,97

Funilândia 81,00 3.855 34.172 3.855,00 1 68.674,80 1,00 278,14 217,89

Galiléia 377,00 6.951 52.626 6.951,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.014,13

Gameleiras 723,00 5.139 34.049 5.139,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 1.944,87

Glaucilândia 428,00 2.962 19.670 2.962,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.151,32

Goiabeira 437,00 3.053 23.677 3.053,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.175,53

Goianá 287,00 3.659 32.534 3.659,00 1 68.674,80 1,00 654,29 772,03

Gonçalves 507,00 4.220 29.863 4.220,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.363,83

Gonzaga 306,00 5.921 30.382 5.921,00 1 68.674,80 1,00 842,37 823,14

Gouvêa 258,00 11.681 85.171 11.681,00 1 68.674,80 1,00 654,29 694,02

Grão Mogol 556,00 15.024 278.230 15.024,00 1 68.674,80 2,00 2.437,04 1.495,64

Grupiara 553,00 1.373 17.841 1.373,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.487,57

Guapé 293,00 13.872 170.218 13.872,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 788,17

Guaraciaba 216,00 10.223 52.549 10.223,00 1 68.674,80 1,00 654,29 581,04

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149

Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Guaraciama 399,00 4.718 31.594 4.718,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.073,31

Guaranésia 457,00 18.714 311.881 18.714,00 1 68.674,80 2,00 2.060,90 1.229,33

Guarani 280,00 8.678 94.095 8.678,00 1 68.674,80 1,00 654,29 753,20

Guarará 294,00 3.929 31.476 3.929,00 1 68.674,80 1,00 654,29 790,86

Guarda-Mor 517,00 6.565 214.056 6.565,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.390,73

Guidoval 305,00 7.206 63.395 7.206,00 1 68.674,80 1,00 842,37 820,45

Guimarânia 461,00 7.265 96.808 7.265,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.240,09

Guiricema 285,00 8.707 77.356 8.707,00 1 68.674,80 1,00 654,29 766,65

Gurinhatã 758,00 6.137 116.596 6.137,00 1 68.674,80 1,00 1594,68 2.039,02

Heliodora 368,00 6.121 74.606 6.121,00 1 68.674,80 1,00 842,37 989,92

Iapu 252,00 10.315 60.019 10.315,00 1 68.674,80 1,00 654,29 677,88

Ibertioga 218,00 5.036 45.932 5.036,00 1 68.674,80 1,00 654,29 586,42

Ibiá 314,00 23.218 689.089 23.218,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 844,66

Ibiaí 421,00 7.839 59.220 7.839,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.132,49

Ibiracatu 604,00 6.155 30.367 6.155,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.624,76

Ibiraci 415,00 12.176 517.701 12.176,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.116,35

Ibitiúra de Minas 472,00 3.382 32.618 3.382,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.269,68

Ibituruna 222,00 2.866 36.551 2.866,00 1 68.674,80 1,00 654,29 597,18

Icaraí de Minas 583,00 10.746 53.363 10.746,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.568,27

Igaratinga 99,00 9.264 106.769 9.264,00 1 68.674,80 1,00 278,14 266,31

Iguatama 237,00 8.029 275.535 8.029,00 1 68.674,80 1,00 654,29 637,53

Ijaci 250,00 5.859 295.656 5.859,00 1 68.674,80 1,00 654,29 672,50

Ilicínea 351,00 11.488 143.768 11.488,00 1 68.674,80 1,00 842,37 944,19

Imbé de Minas 345,00 6.424 51.410 6.424,00 1 68.674,80 1,00 842,37 928,05

Inconfidentes 430,00 6.908 61.328 6.908,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.156,70

Indaiabira 721,00 7.330 49.641 7.330,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 1.939,49

Indianópolis 545,00 6.190 380.483 6.190,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.466,05

Ingaí 268,00 2.629 40.703 2.629,00 1 68.674,80 1,00 654,29 720,92

Inhapim 275,00 24.294 203.076 24.294,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 739,75

Inhaúma 108,00 5.760 77.545 5.760,00 1 68.674,80 1,00 466,21 290,52

Inimutaba 177,00 6.724 56.912 6.724,00 1 68.674,80 1,00 466,21 476,13

Ipaba 231,00 16.708 84.568 16.708,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 621,39

Ipanema 372,00 18.170 145.072 18.170,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 1.000,68

Ipiaçu 759,00 4.107 71.368 4.107,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 2.041,71

Ipuiúna 436,00 9.521 111.624 9.521,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.172,84

Iraí de Minas 495,00 6.467 142.671 6.467,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.331,55

Itabirinha de Mantena 425,00 10.692 62.081 10.692,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.143,25

Itacambira 509,00 4.988 36.155 4.988,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.369,21

Itacarambi 663,00 17.720 121.593 17.720,00 1 68.674,80 2,00 2.813,20 1.783,47

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150

Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Itaguara 100,00 12.372 140.540 12.372,00 1 68.674,80 2,00 556,28 269,00

Itaipé 528,00 11.798 70.171 11.798,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.420,32

Itamarati de Minas 315,00 4.079 67.649 4.079,00 1 68.674,80 1,00 842,37 847,35

Itambacuri 419,00 22.809 164.525 22.809,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.127,11

Itambé do Mato

Dentro 121,00 2.283 13.998 2.283,00 1 68.674,80 1,00 466,21 325,49

Itamogi 415,00 10.349 111.903 10.349,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.116,35

Itamonte 430,00 14.003 304.074 14.003,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.156,70

Itanhandu 426,00 14.175 310.091 14.175,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.145,94

Itanhomi 360,00 11.856 80.157 11.856,00 1 68.674,80 1,00 842,37 968,40

Itaobim 606,00 21.001 162.746 21.001,00 1 68.674,80 2,00 2.813,20 1.630,14

Itapagipe 648,00 13.656 387.858 13.656,00 1 68.674,80 2,00 2.813,20 1.743,12

Itapecerica 183,00 21.377 235.869 21.377,00 1 68.674,80 2,00 932,42 492,27

Itapeva 469,00 8.664 112.576 8.664,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.261,61

Itatiaiuçu 84,00 9.928 1.441.352 9.928,00 1 68.674,80 1,00 278,14 225,96

Itaú de Minas 356,00 14.945 458.839 14.945,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 957,64

Itaverava 126,00 5.799 33.837 5.799,00 1 68.674,80 1,00 466,21 338,94

Itinga 637,00 14.407 82.606 14.407,00 1 68.674,80 2,00 2.813,20 1.713,53

Itueta 458,00 5.830 53.444 5.830,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.232,02

Itumirim 263,00 6.139 44.765 6.139,00 1 68.674,80 1,00 654,29 707,47

Itutinga 238,00 3.913 59.275 3.913,00 1 68.674,80 1,00 654,29 640,22

Jaboticatubas 63,00 17.134 122.265 17.134,00 1 68.674,80 2,00 556,28 169,47

Jacinto 768,00 12.134 74.219 12.134,00 1 68.674,80 2,00 3.189,36 2.065,92

Jacuí 421,00 7.502 94.069 7.502,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.132,49

Jacutinga 469,00 22.772 377.762 22.772,00 1 68.674,80 2,00 2.060,90 1.261,61

Jaguaraçu 185,00 2.990 43.512 2.990,00 1 68.674,80 1,00 466,21 497,65

Jampruca 370,00 5.067 30.705 5.067,00 1 68.674,80 1,00 842,37 995,30

Japaraíba 235,00 3.939 65.839 3.939,00 1 68.674,80 1,00 654,29 632,15

Japonvar 517,00 8.298 38.381 8.298,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.390,73

Jeceaba 124,00 5.395 94.369 5.395,00 1 68.674,80 1,00 466,21 333,56

Jenipapo de Minas 734,00 7.116 31.939 7.116,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 1.974,46

Jequeri 224,00 12.848 116.748 12.848,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 602,56

Jequitaí 504,00 8.005 52.355 8.005,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.355,76

Jequitibá 115,00 5.156 57.375 5.156,00 1 68.674,80 1,00 466,21 309,35

Jequitinhonha 667,00 24.131 148.798 24.131,00 1 68.674,80 2,00 2.813,20 1.794,23

Jesuânia 379,00 4.768 47.383 4.768,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.019,51

Joaíma 692,00 14.941 82.045 14.941,00 1 68.674,80 2,00 2.813,20 1.861,48

Joanésia 260,00 5.425 50.867 5.425,00 1 68.674,80 1,00 654,29 699,40

Joaquim Felício 289,00 4.305 37.021 4.305,00 1 68.674,80 1,00 654,29 777,41

Jordânia 804,00 10.324 54.808 10.324,00 1 68.674,80 1,00 0 2.162,76

Page 151: LUÍS PERES AZEVEDO · 2020. 2. 18. · mais ampla que apenas o descarte apropriado, envolvendo a LR e a reciclagem do material. Este trabalho foca o aspecto da sustentabilidade desta

151

Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

José Gonçalves de

Minas 529,00 4.553 24.114 4.553,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.423,01

José Raydan 342,00 4.376 34.947 4.376,00 1 68.674,80 1,00 842,37 919,98

Josenópolis 649,00 4.566 27.116 4.566,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.745,81

Juatuba 55,00 22.202 821.631 22.202,00 1 68.674,80 2,00 556,28 147,95

Juramento 446,00 4.113 32.583 4.113,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.199,74

Juruaia 480,00 9.238 129.139 9.238,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.291,20

Juvenília 803,00 5.708 33.720 5.708,00 1 68.674,80 1,00 0 2.160,07

Ladainha 512,00 16.994 73.987 16.994,00 1 68.674,80 2,00 2.437,04 1.377,28

Lagamar 473,00 7.600 99.547 7.600,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.272,37

Lagoa dos Patos 513,00 4.225 30.939 4.225,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.379,97

Lagoa Dourada 150,00 12.256 108.038 12.256,00 1 68.674,80 2,00 932,42 403,50

Lagoa Formosa 380,00 17.161 210.703 17.161,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 1.022,20

Lagoa Grande 502,00 8.631 179.125 8.631,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.350,38

Lajinha 363,00 19.609 245.009 19.609,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 976,47

Lambari 369,00 19.554 219.589 19.554,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 992,61

Lamim 155,00 3.452 21.524 3.452,00 1 68.674,80 1,00 466,21 416,95

Laranjal 340,00 6.465 51.977 6.465,00 1 68.674,80 1,00 842,37 914,60

Lassance 280,00 6.484 170.091 6.484,00 1 68.674,80 1,00 654,29 753,20

Leandro Ferreira 144,00 3.205 31.052 3.205,00 1 68.674,80 1,00 466,21 387,36

Leme do Prado 492,00 4.804 27.165 4.804,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.323,48

Liberdade 337,00 5.346 48.246 5.346,00 1 68.674,80 1,00 842,37 906,53

Lima Duarte 280,00 16.149 148.450 16.149,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 753,20

Limeira do Oeste 853,00 6.890 242.041 6.890,00 1 68.674,80 1,00 0 2.294,57

Lontra 528,00 8.397 39.094 8.397,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.420,32

Luisburgo 303,00 6.234 87.480 6.234,00 1 68.674,80 1,00 842,37 815,07

Luislândia 540,00 6.400 32.640 6.400,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.452,60

Luminárias 358,00 5.422 56.864 5.422,00 1 68.674,80 1,00 842,37 963,02

Luz 197,00 17.486 293.981 17.486,00 1 68.674,80 2,00 932,42 529,93

Machado 380,00 6.976 44.496 6.976,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.022,20

Madre de Deus de

Minas 240,00 4.904 61.659 4.904,00 1 68.674,80 1,00 654,29 645,60

Malacacheta 527,00 18.776 115.766 18.776,00 1 68.674,80 2,00 2.437,04 1.417,63

Mamonas 686,00 6.321 28.565 6.321,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.845,34

Manga 709,00 19.813 116.501 19.813,00 1 68.674,80 2,00 3.189,36 1.907,21

Manhumirim 283,00 21.382 350.820 21.382,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 761,27

Mar de Espanha 324,00 11.749 103.292 11.749,00 1 68.674,80 1,00 842,37 871,56

Maravilhas 137,00 7.163 91.869 7.163,00 1 68.674,80 1,00 466,21 368,53

Maria da Fé 467,00 14.216 108.552 14.216,00 1 68.674,80 2,00 2.060,90 1.256,23

Marilac 361,00 4.219 30.663 4.219,00 1 68.674,80 1,00 842,37 971,09

Mário Campos 38,00 13.192 92.605 13.192,00 1 68.674,80 2,00 556,28 102,22

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152

Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Maripá de Minas 316,00 2.788 24.986 2.788,00 1 68.674,80 1,00 842,37 850,04

Marliéria 192,00 4.012 26.916 4.012,00 1 68.674,80 1,00 466,21 516,48

Marmelópolis 490,00 2.968 20.289 2.968,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.318,10

Martinho Campos 183,00 12.611 186.678 12.611,00 1 68.674,80 2,00 932,42 492,27

Martins Soares 303,00 7.173 142.843 7.173,00 1 68.674,80 1,00 842,37 815,07

Mata Verde 808,00 7.874 43.424 7.874,00 1 68.674,80 1,00 0 2.173,52

Materlândia 293,00 4.595 29.247 4.595,00 1 68.674,80 1,00 654,29 788,17

Mathias Lobato 351,00 3.370 23.357 3.370,00 1 68.674,80 1,00 842,37 944,19

Matias Barbosa 271,00 13.435 456.691 13.435,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 728,99

Matias Cardoso 683,00 9.979 118.194 9.979,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.837,27

Matipó 243,00 17.639 233.782 17.639,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 653,67

Mato Verde 639,00 12.684 74.619 12.684,00 1 68.674,80 2,00 2.813,20 1.718,91

Matutina 288,00 3.761 50.404 3.761,00 1 68.674,80 1,00 654,29 774,72

Medeiros 304,00 3.444 79.065 3.444,00 1 68.674,80 1,00 842,37 817,76

Medina 672,00 21.026 149.093 21.026,00 1 68.674,80 2,00 2.813,20 1.807,68

Mendes Pimentel 395,00 6.331 43.155 6.331,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.062,55

Mercês 230,00 10.368 80.469 10.368,00 1 68.674,80 1,00 654,29 618,70

Mesquita 247,00 6.069 32.778 6.069,00 1 68.674,80 1,00 654,29 664,43

Minduri 285,00 3.840 36.433 3.840,00 1 68.674,80 1,00 654,29 766,65

Mirabela 483,00 13.042 68.370 13.042,00 1 68.674,80 2,00 2.060,90 1.299,27

Miradouro 342,00 10.251 110.353 10.251,00 1 68.674,80 1,00 842,37 919,98

Miraí 316,00 13.808 153.454 13.808,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 850,04

Miravânia 773,00 4.549 25.939 4.549,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 2.079,37

Moeda 62,00 4.689 37.134 4.689,00 1 68.674,80 1,00 278,14 166,78

Moema 162,00 7.028 57.850 7.028,00 1 68.674,80 1,00 466,21 435,78

Monjolos 247,00 2.360 27.293 2.360,00 1 68.674,80 1,00 654,29 664,43

Monsenhor Paulo 330,00 8.161 145.885 8.161,00 1 68.674,80 1,00 842,37 887,70

Montalvânia 782,00 15.862 92.772 15.862,00 1 68.674,80 2,00 3.189,36 2.103,58

Monte Alegre de

Minas 610,00 19.619 410.261 19.619,00 1 68.674,80 2,00 2.813,20 1.640,90

Monte Azul 668,00 21.994 125.906 21.994,00 1 68.674,80 2,00 2.813,20 1.796,92

Monte Belo 429,00 13.061 194.838 13.061,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.154,01

Monte Formoso 747,00 4.656 21.164 4.656,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 2.009,43

Monte Santo de

Minas 420,00 21.234 307.234 21.234,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.129,80

Monte Sião 469,00 21.203 267.181 21.203,00 1 68.674,80 2,00 2.060,90 1.261,61

Montezuma 748,00 7.464 36.485 7.464,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 2.012,12

Morada Nova de

Minas 292,00 8.255 89.368 8.255,00 1 68.674,80 1,00 654,29 785,48

Morro da Garça 208,00 2.660 48.978 2.660,00 1 68.674,80 1,00 654,29 559,52

Morro do Pilar 151,00 3.399 23.966 3.399,00 1 68.674,80 1,00 466,21 406,19

Munhoz 467,00 6.257 54.070 6.257,00 1 68.674,80 1,00 1030,45 1.256,23

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153

Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Muzambinho 446,00 20.430 293.656 20.430,00 1 68.674,80 2,00 1872,82 1.199,74

Nacip Raydan 361,00 3.154 19.700 3.154,00 1 68.674,80 1,00 842,37 971,09

Naque 254,00 6.341 38.849 6.341,00 1 68.674,80 1,00 654,29 683,26

Natalândia 588,00 3.280 28.498 3.280,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.581,72

Natércia 397,00 4.658 67.716 4.658,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.067,93

Nazareno 226,00 7.954 149.309 7.954,00 1 68.674,80 1,00 654,29 607,94

Ninheira 783,00 9.815 55.257 9.815,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 2.106,27

Nova Belém 453,00 3.732 36.016 3.732,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.218,57

Nova Era 137,00 17.528 279.540 17.528,00 1 68.674,80 2,00 932,42 368,53

Nova Módica 420,00 3.790 33.019 3.790,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.129,80

Nova Ponte 479,00 12.812 537.459 12.812,00 1 68.674,80 2,00 2.060,90 1.288,51

Nova Porteirinha 558,00 7.398 95.649 7.398,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.501,02

Nova Resende 479,00 15.374 233.875 15.374,00 1 68.674,80 2,00 2.060,90 1.288,51

Nova União 59,00 5.555 48.286 5.555,00 1 68.674,80 1,00 278,14 158,71

Novo Oriente de

Minas 515,00 10.339 52.199 10.339,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.385,35

Novorizonte 664,00 4.963 27.289 4.963,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.786,16

Olaria 294,00 1.976 16.137 1.976,00 1 68.674,80 1,00 654,29 790,86

Olhos-d'Água 414,00 5.267 53.130 5.267,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.113,66

Olímpio Noronha 358,00 2.533 27.825 2.533,00 1 68.674,80 1,00 842,37 963,02

Oliveira Fortes 222,00 2.123 17.818 2.123,00 1 68.674,80 1,00 654,29 597,18

Onça de Pitangui 113,00 3.055 41.305 3.055,00 1 68.674,80 1,00 466,21 303,97

Oratórios 206,00 4.493 34.623 4.493,00 1 68.674,80 1,00 654,29 554,14

Orizânia 296,00 7.284 51.560 7.284,00 1 68.674,80 1,00 654,29 796,24

Ouro Verde de Minas 494,00 6.016 33.585 6.016,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.328,86

Padre Carvalho 659,00 5.834 30.468 5.834,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.772,71

Padre Paraíso 542,00 18.849 91.904 18.849,00 1 68.674,80 2,00 2.437,04 1.457,98

Pai Pedro 621,00 5.934 31.510 5.934,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.670,49

Paineiras 250,00 4.631 47.889 4.631,00 1 68.674,80 1,00 654,29 672,50

Pains 217,00 8.014 202.691 8.014,00 1 68.674,80 1,00 654,29 583,73

Paiva 245,00 1.558 13.418 1.558,00 1 68.674,80 1,00 654,29 659,05

Palma 354,00 6.545 52.281 6.545,00 1 68.674,80 1,00 842,37 952,26

Palmópolis 785,00 6.931 33.660 6.931,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 2.111,65

Papagaios 149,00 14.175 146.262 14.175,00 1 68.674,80 2,00 932,42 400,81

Paraguaçu 351,00 20.245 330.534 20.245,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 944,19

Paraisópolis 440,00 19.379 318.051 19.379,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.183,60

Paraopeba 103,00 22.563 317.689 22.563,00 1 68.674,80 2,00 932,42 277,07

Passa Quatro 439,00 15.582 224.740 15.582,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.180,91

Passa Tempo 147,00 8.197 124.581 8.197,00 1 68.674,80 1,00 466,21 395,43

Passa Vinte 351,00 2.079 15.595 2.079,00 1 68.674,80 1,00 842,37 944,19

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Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Passabém 160,00 1.766 12.998 1.766,00 1 68.674,80 1,00 466,21 430,40

Patis 519,00 5.579 31.286 5.579,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.396,11

Patrocínio do Muriaé 408,00 5.287 53.099 5.287,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.097,52

Paula Cândido 254,00 9.271 72.365 9.271,00 1 68.674,80 1,00 654,29 683,26

Paulistas 307,00 4.918 30.028 4.918,00 1 68.674,80 1,00 842,37 825,83

Pavão 545,00 8.589 53.637 8.589,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.466,05

Peçanha 301,00 17.260 127.866 17.260,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 809,69

Pedra Azul 720,00 23.839 296.028 23.839,00 1 68.674,80 2,00 3.189,36 1.936,80

Pedra Bonita 320,00 6.673 68.568 6.673,00 1 68.674,80 1,00 842,37 860,80

Pedra do Anta 235,00 3.365 21.412 3.365,00 1 68.674,80 1,00 654,29 632,15

Pedra do Indaiá 170,00 3.875 56.616 3.875,00 1 68.674,80 1,00 466,21 457,30

Pedra Dourada 390,00 2.191 23.481 2.191,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.049,10

Pedralva 405,00 11.467 119.583 11.467,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.089,45

Pedras de Maria da

Cruz 568,00 10.315 53.797 10.315,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.527,92

Pedrinópolis 440,00 3.490 80.538 3.490,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.183,60

Pedro Teixeira 280,00 1.785 13.760 1.785,00 1 68.674,80 1,00 654,29 753,20

Pequeri 310,00 3.165 28.806 3.165,00 1 68.674,80 1,00 842,37 833,90

Pequi 123,00 4.076 49.004 4.076,00 1 68.674,80 1,00 466,21 330,87

Perdigão 150,00 8.912 86.325 8.912,00 1 68.674,80 1,00 466,21 403,50

Perdizes 407,00 14.404 646.455 14.404,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.094,83

Perdões 213,00 20.087 382.024 20.087,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 572,97

Periquito 269,00 7.036 47.524 7.036,00 1 68.674,80 1,00 654,29 723,61

Pescador 400,00 4.128 33.013 4.128,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.076,00

Piau 287,00 2.841 41.154 2.841,00 1 68.674,80 1,00 654,29 772,03

Piedade de Caratinga 314,00 7.110 53.067 7.110,00 1 68.674,80 1,00 842,37 844,66

Piedade de Ponte

Nova 215,00 4.062 40.562 4.062,00 1 68.674,80 1,00 654,29 578,35

Piedade do Rio

Grande 261,00 4.709 152.857 4.709,00 1 68.674,80 1,00 654,29 702,09

Piedade dos Gerais 106,00 4.640 35.279 4.640,00 1 68.674,80 1,00 466,21 285,14

Pimenta 241,00 8.236 125.994 8.236,00 1 68.674,80 1,00 654,29 648,29

Pingo d'Água 254,00 4.420 26.634 4.420,00 1 68.674,80 1,00 654,29 683,26

Pintópolis 615,00 7.211 41.075 7.211,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.654,35

Piracema 121,00 6.406 72.324 6.406,00 1 68.674,80 1,00 466,21 325,49

Pirajuba 565,00 4.656 247.798 4.656,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.519,85

Piranga 167,00 17.232 98.638 17.232,00 1 68.674,80 2,00 932,42 449,23

Piranguçu 460,00 5.217 42.253 5.217,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.237,40

Piranguinho 435,00 8.016 59.524 8.016,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.170,15

Pirapetinga 411,00 10.364 286.191 10.364,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.105,59

Piraúba 270,00 10.862 80.218 10.862,00 1 68.674,80 1,00 654,29 726,30

Planura 578,00 10.384 436.218 10.384,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.554,82

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155

Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Poço Fundo 395,00 15.959 223.714 15.959,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 1.062,55

Pocrane 401,00 8.986 61.058 8.986,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.078,69

Ponto Chique 586,00 3.966 28.548 3.966,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.576,34

Ponto dos Volantes 591,00 11.345 57.950 11.345,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.589,79

Porto Firme 264,00 10.417 64.411 10.417,00 1 68.674,80 1,00 654,29 710,16

Poté 486,00 15.667 90.326 15.667,00 1 68.674,80 2,00 2.060,90 1.307,34

Pouso Alto 409,00 6.213 112.407 6.213,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.100,21

Prados 190,00 8.391 83.665 8.391,00 1 68.674,80 1,00 466,21 511,10

Pratápolis 370,00 8.807 132.079 8.807,00 1 68.674,80 1,00 842,37 995,30

Pratinha 324,00 3.265 70.297 3.265,00 1 68.674,80 1,00 842,37 871,56

Presidente Bernardes 289,00 5.537 31.002 5.537,00 1 68.674,80 1,00 654,29 777,41

Presidente Juscelino 216,00 3.908 40.074 3.908,00 1 68.674,80 1,00 654,29 581,04

Presidente Kubitschek 298,00 2.959 16.717 2.959,00 1 68.674,80 1,00 654,29 801,62

Presidente Olegário 422,00 18.577 321.786 18.577,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.135,18

Prudente de Morais 65,00 9.573 80.257 9.573,00 1 68.674,80 1,00 278,14 174,85

Quartel Geral 240,00 3.303 45.294 3.303,00 1 68.674,80 1,00 654,29 645,60

Queluzita 120,00 1.861 18.830 1.861,00 1 68.674,80 1,00 466,21 322,80

Raposos 33,00 15.342 84.098 15.342,00 1 68.674,80 2,00 556,28 88,77

Raul Soares 219,00 23.818 205.967 23.818,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 589,11

Recreio 360,00 10.299 69.719 10.299,00 1 68.674,80 1,00 842,37 968,40

Reduto 289,00 6.569 80.753 6.569,00 1 68.674,80 1,00 654,29 777,41

Resende Costa 194,00 10.913 85.005 10.913,00 1 68.674,80 1,00 466,21 521,86

Resplendor 444,00 17.089 192.413 17.089,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.194,36

Ressaquinha 154,00 4.711 106.093 4.711,00 1 68.674,80 1,00 466,21 414,26

Riachinho 572,00 8.007 59.146 8.007,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.538,68

Riacho dos Machados 559,00 9.360 48.928 9.360,00 1 68.674,80 1,00 1218,52 1.503,71

Ribeirão Vermelho 225,00 3.826 44.181 3.826,00 1 68.674,80 1,00 654,29 605,25

Rio Acima 36,00 9.090 142.515 9.090,00 1 68.674,80 1,00 278,14 96,84

Rio Casca 199,00 14.201 127.051 14.201,00 1 68.674,80 2,00 932,42 535,31

Rio do Prado 753,00 5.217 30.663 5.217,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 2.025,57

Rio Doce 222,00 2.465 18.611 2.465,00 1 68.674,80 1,00 654,29 597,18

Rio Espera 170,00 6.070 34.376 6.070,00 1 68.674,80 1,00 466,21 457,30

Rio Manso 63,00 5.276 45.273 5.276,00 1 68.674,80 1,00 278,14 169,47

Rio Paranaíba 330,00 11.885 426.799 11.885,00 1 68.674,80 1,00 842,37 887,70

Rio Piracicaba 114,00 14.149 575.423 14.149,00 1 68.674,80 2,00 932,42 306,66

Rio Pomba 251,00 17.110 171.419 17.110,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 675,19

Rio Preto 335,00 5.292 41.320 5.292,00 1 68.674,80 1,00 842,37 901,15

Rio Vermelho 401,00 13.645 71.805 13.645,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.078,69

Ritápolis 205,00 4.925 43.189 4.925,00 1 68.674,80 1,00 654,29 551,45

Rochedo de Minas 304,00 2.116 18.963 2.116,00 1 68.674,80 1,00 842,37 817,76

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156

Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Rodeiro 296,00 6.867 137.887 6.867,00 1 68.674,80 1,00 654,29 796,24

Romaria 511,00 3.596 137.296 3.596,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.374,59

Rosário da Limeira 410,00 4.247 34.289 4.247,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.102,90

Rubelita 673,00 7.772 43.906 7.772,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.810,37

Rubim 753,00 9.919 62.735 9.919,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 2.025,57

Sabinópolis 264,00 15.704 105.408 15.704,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 710,16

Sacramento 438,00 23.896 652.747 23.896,00 1 68.674,80 2,00 1.872,82 1.178,22

Salto da Divisa 817,00 6.859 63.567 6.859,00 1 68.674,80 1,00 0 2.197,73

Sta. Bárbara do Leste 318,00 7.682 60.082 7.682,00 1 68.674,80 1,00 842,37 855,42

Santa Bárbara do

Monte Verde 311,00 2.788 25.716 2.788,00 1 68.674,80 1,00 842,37 836,59

Santa Bárbara do

Tugúrio 199,00 4.570 35.925 4.570,00 1 68.674,80 1,00 466,21 535,31

Santa Cruz de Minas 190,00 7.865 46.253 7.865,00 1 68.674,80 1,00 466,21 511,10

Santa Cruz de Salinas 760,00 4.397 24.697 4.397,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 2.044,40

Santa Cruz do

Escalvado 215,00 4.992 39.162 4.992,00 1 68.674,80 1,00 654,29 578,35

Santa Efigênia de

Minas 314,00 4.600 25.266 4.600,00 1 68.674,80 1,00 842,37 844,66

Santa Fé de Minas 484,00 3.968 29.552 3.968,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.301,96

Sta. Helena de Minas 682,00 6.055 29.818 6.055,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.834,58

Santa Juliana 444,00 11.337 507.065 11.337,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.194,36

Santa Margarida 257,00 15.011 185.759 15.011,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 691,33

Santa Maria de Itabira 137,00 10.552 93.627 10.552,00 1 68.674,80 1,00 466,21 368,53

Santa Maria do Salto 815,00 5.284 29.138 5.284,00 1 68.674,80 1,00 0 2.192,35

Santa Maria do

Suaçuí 352,00 14.395 91.394 14.395,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 946,88

Santa Rita de Caldas 456,00 9.027 121.703 9.027,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.226,64

Santa Rita de

Ibitipoca 241,00 3.583 31.203 3.583,00 1 68.674,80 1,00 654,29 648,29

Santa Rita de

Jacutinga 384,00 4.993 50.398 4.993,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.032,96

Santa Rita de Minas 300,00 6.547 59.235 6.547,00 1 68.674,80 1,00 654,29 807,00

Santana do Garambéu 251,00 2.234 17.274 2.234,00 1 68.674,80 1,00 654,29 675,19

Santana do Jacaré 213,00 4.607 46.732 4.607,00 1 68.674,80 1,00 654,29 572,97

Santana do Manhuaçu 312,00 8.582 77.461 8.582,00 1 68.674,80 1,00 842,37 839,28

Santana do Riacho 129,00 4.023 27.965 4.023,00 1 68.674,80 1,00 466,21 347,01

Santana dos Montes 138,00 3.822 23.898 3.822,00 1 68.674,80 1,00 466,21 371,22

Santo Antônio do

Amparo 186,00 17.345 171.749 17.345,00 1 68.674,80 2,00 932,42 500,34

Santo Antônio do

Aventureiro 370,00 3.538 29.971 3.538,00 1 68.674,80 1,00 842,37 995,30

Santo Antônio do

Grama 210,00 4.085 37.224 4.085,00 1 68.674,80 1,00 654,29 564,90

Santo Antônio do

Itambé 351,00 4.135 24.310 4.135,00 1 68.674,80 1,00 842,37 944,19

Santo Antônio do

Jacinto 827,00 11.775 65.153 11.775,00 1 68.674,80 1,00 0 2.224,63

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157

Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Santo Antônio do

Retiro 674,00 6.955 33.328 6.955,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.813,06

Santo Antônio do Rio

Abaixo 195,00 1.777 14.234 1.777,00 1 68.674,80 1,00 466,21 524,55

Santo Hipólito 241,00 3.238 51.124 3.238,00 1 68.674,80 1,00 654,29 648,29

São Bento Abade 328,00 4.577 44.009 4.577,00 1 68.674,80 1,00 842,37 882,32

São Brás do Suaçuí 111,00 3.513 92.767 3.513,00 1 68.674,80 1,00 466,21 298,59

São Domingos das

Dores 294,00 5.408 50.125 5.408,00 1 68.674,80 1,00 654,29 790,86

S. Domingos do Prata 150,00 17.357 141.821 17.357,00 1 68.674,80 2,00 932,42 403,50

São Félix de Minas 402,00 3.382 25.464 3.382,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.081,38

S. Francisco de Paula 179,00 6.483 71.841 6.483,00 1 68.674,80 1,00 466,21 481,51

São Francisco de

Sales 692,00 5.776 187.005 5.776,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.861,48

São Francisco do

Glória 340,00 5.178 42.051 5.178,00 1 68.674,80 1,00 842,37 914,60

São Geraldo 265,00 10.263 84.136 10.263,00 1 68.674,80 1,00 654,29 712,85

São Geraldo da

Piedade 344,00 4.389 29.962 4.389,00 1 68.674,80 1,00 842,37 925,36

São Geraldo do

Baixio 405,00

3.486 26.108 3.486,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.089,45

São Gonçalo do

Abaeté 390,00 6.264 115.517 6.264,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.049,10

São Gonçalo do Pará 118,00 10.398 111.780 10.398,00 1 68.674,80 1,00 466,21 317,42

São Gonçalo do Rio

Abaixo 89,00 9.777 2.798.420 9.777,00 1 68.674,80 1,00 278,14 239,41

São Gonçalo do Rio

Preto 345,00 3.056 20.047 3.056,00 1 68.674,80 1,00 842,37 928,05

São Gonçalo do

Sapucaí 348,00 23.906 408.788 23.906,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 936,12

São João Batista do

Glória 350,00 6.887 419.210 6.887,00 1 68.674,80 1,00 842,37 941,50

São João da Lagoa 479,00 4.656 34.858 4.656,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.288,51

São João da Mata 412,00 2.731 36.103 2.731,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.108,28

São João das Missões 687,00 11.715 48.687 11.715,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.848,03

São João do

Manhuaçu 288,00 10.245 157.558 10.245,00 1 68.674,80 1,00 654,29 774,72

São João do

Manteninha 430,00 5.188 40.097 5.188,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.156,70

São João do Oriente 273,00 7.874 51.669 7.874,00 1 68.674,80 1,00 654,29 734,37

São João do Pacuí 525,00 4.060 23.962 4.060,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.412,25

São João do Paraíso 785,00 22.319 126.836 22.319,00 1 68.674,80 2,00 3.189,36 2.111,65

São João Evangelista 279,00 15.553 101.348 15.553,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 750,51

São José da Barra 320,00 6.778 416.425 6.778,00 1 68.674,80 1,00 842,37 860,80

São José da Lapa 38,00 19.799 363.663 19.799,00 1 68.674,80 2,00 556,28 102,22

São José da Safira 388,00 4.075 23.707 4.075,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.043,72

São José da Varginha 106,00 4.198 88.769 4.198,00 1 68.674,80 1,00 466,21 285,14

São José do Alegre 470,00 3.996 31.111 3.996,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.264,30

São José do Divino 435,00 3.834 30.300 3.834,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.170,15

São José do Goiabal 178,00 5.636 38.971 5.636,00 1 68.674,80 1,00 466,21 478,82

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158

Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE/ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

São José do Jacuri 329,00 6.553 39.933 6.553,00 1 68.674,80 1,00 842,37 885,01

São José do

Mantimento 349,00 2.592 23.878 2.592,00 1 68.674,80 1,00 842,37 938,81

São Miguel do Anta 255,00 6.760 54.188 6.760,00 1 68.674,80 1,00 654,29 685,95

São Pedro da União 511,00 5.040 87.876 5.040,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.374,59

São Pedro do Suaçuí 312,00 5.570 38.929 5.570,00 1 68.674,80 1,00 842,37 839,28

São Pedro dos Ferros 210,00 8.356 100.949 8.356,00 1 68.674,80 1,00 654,29 564,90

São Romão 511,00 10.276 74.961 10.276,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.374,59

São Roque de Minas 334,00 6.686 147.101 6.686,00 1 68.674,80 1,00 842,37 898,46

São Sebastião da Bela

Vista 362,00 4.948 68.818 4.948,00 1 68.674,80 1,00 842,37 973,78

São Sebastião da

Vargem Alegre 358,00 2.798 38.118 2.798,00 1 68.674,80 1,00 842,37 963,02

São Sebastião do Anta 300,00 5.739 47.580 5.739,00 1 68.674,80 1,00 654,29 807,00

São Sebastião do

Maranhão 358,00 10.647 56.335 10.647,00 1 68.674,80 1,00 842,37 963,02

São Sebastião do

Oeste 146,00 5.805 223.194 5.805,00 1 68.674,80 1,00 466,21 392,74

São Sebastião do Rio

Preto 170,00 1.613 12.796 1.613,00 1 68.674,80 1,00 466,21 457,30

São Sebastião do Rio

Verde 411,00 2.110 17.869 2.110,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.105,59

São Thomé das Letras 337,00 6.655 63.738 6.655,00 1 68.674,80 1,00 842,37 906,53

São Tiago 198,00 10.561 89.972 10.561,00 1 68.674,80 1,00 466,21 532,62

São Tomás de Aquino 407,00 7.093 106.924 7.093,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.094,83

São Vicente de Minas 260,00 7.008 84.546 7.008,00 1 68.674,80 1,00 654,29 699,40

Sapucaí-Mirim 458,00 6.241 61.584 6.241,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.232,02

Sardoá 326,00 5.594 35.573 5.594,00 1 68.674,80 1,00 842,37 876,94

Sem-Peixe 179,00 2.847 20.324 2.847,00 1 68.674,80 1,00 466,21 481,51

Senador Amaral 448,00 5.219 46.595 5.219,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.205,12

Senador Cortes 337,00 1.988 16.664 1.988,00 1 68.674,80 1,00 842,37 906,53

Senador Firmino 328,00 7.230 47.431 7.230,00 1 68.674,80 1,00 842,37 882,32

Senador José Bento 440,00 1.868 25.083 1.868,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.183,60

Senador Modestino

Gonçalves 373,00 4.574 31.997 4.574,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.003,37

Senhora de Oliveira 175,00 5.683 40.613 5.683,00 1 68.674,80 1,00 466,21 470,75

Senhora do Porto 227,00 3.497 21.929 3.497,00 1 68.674,80 1,00 654,29 610,63

Senhora dos

Remédios 182,00 10.196 59.964 10.196,00 1 68.674,80 1,00 466,21 489,58

Sericita 236,00 7.128 65.472 7.128,00 1 68.674,80 1,00 654,29 634,84

Seritinga 350,00 1.789 17.148 1.789,00 1 68.674,80 1,00 842,37 941,50

Serra Azul de Minas 374,00 4.220 21.485 4.220,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.006,06

Serra da Saudade 273,00 815 11.831 815,00 1 68.674,80 1,00 654,29 734,37

Serra do Salitre 404,00 10.549 217.875 10.549,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.086,76

Serra dos Aimorés 616,00 8.412 98.086 8.412,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.657,04

Serrania 410,00 7.542 101.495 7.542,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.102,90

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Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Serranópolis de Minas 614,00 4.425 23.016 4.425,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.651,66

Serranos 356,00 1.995 17.753 1.995,00 1 68.674,80 1,00 842,37 957,64

Serro 326,00 20.835 138.861 20.835,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 876,94

Setubinha 569,00 10.885 48.747 10.885,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.530,61

Silveirânia 243,00 2.192 17.381 2.192,00 1 68.674,80 1,00 654,29 653,67

Silvianópolis 433,00 6.027 84.793 6.027,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.164,77

Simão Pereira 285,00 2.537 27.220 2.537,00 1 68.674,80 1,00 654,29 766,65

Simonésia 316,00 18.298 169.087 18.298,00 1 68.674,80 2,00 1.684,74 850,04

Sobrália 297,00 5.830 39.869 5.830,00 1 68.674,80 1,00 654,29 798,93

Soledade de Minas 372,00 5.676 43.028 5.676,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.000,68

Tabuleiro 264,00 4.079 33.745 4.079,00 1 68.674,80 1,00 654,29 710,16

Taparuba 380,00 3.137 23.210 3.137,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.022,20

Tapira 407,00 4.112 293.342 4.112,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.094,83

Tapiraí 261,00 1.873 40.257 1.873,00 1 68.674,80 1,00 654,29 702,09

Taquaraçu de Minas 63,00 3.794 43.755 3.794,00 1 68.674,80 1,00 278,14 169,47

Tarumirim 291,00 14.293 99.518 14.293,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 782,79

Teixeiras 217,00 11.355 80.411 11.355,00 1 68.674,80 1,00 654,29 583,73

Tiradentes 210,00 6.961 70.073 6.961,00 1 68.674,80 1,00 654,29 564,90

Tiros 313,00 6.906 151.059 6.906,00 1 68.674,80 1,00 842,37 841,97

Tocantins 277,00 15.823 143.816 15.823,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 745,13

Tocos do Moji 429,00 3.950 26.625 3.950,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.154,01

Toledo 499,00 5.764 34.030 5.764,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.342,31

Tombos 389,00 9.537 76.878 9.537,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.046,41

Tumiritinga 363,00 6.293 40.329 6.293,00 1 68.674,80 1,00 842,37 976,47

Tupaciguara 611,00 24.188 411.299 24.188,00 1 68.674,80 2,00 2813,20 1.643,59

Turmalina 480,00 18.055 185.293 18.055,00 1 68.674,80 2,00 2.060,90 1.291,20

Turvolândia 453,00 4.658 88.537 4.658,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.218,57

Ubaí 568,00 11.681 58.722 11.681,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.527,92

Ubaporanga 290,00 12.040 92.324 12.040,00 1 68.674,80 2,00 1.308,58 780,10

Umburatiba 663,00 2.705 21.713 2.705,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.783,47

União de Minas 790,00 4.418 195.663 4.418,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 2.125,10

Uruana de Minas 682,00 3.235 30.701 3.235,00 1 68.674,80 1,00 1.406,60 1.834,58

Urucânia 218,00 10.291 157.640 10.291,00 1 68.674,80 1,00 654,29 586,42

Urucuia 608,00 13.604 85.917 13.604,00 1 68.674,80 2,00 2.813,20 1.635,52

Vargem Alegre 325,00 6.461 41.709 6.461,00 1 68.674,80 1,00 842,37 874,25

Vargem Bonita 322,00 2.163 33.852 2.163,00 1 68.674,80 1,00 842,37 866,18

Vargem Grande do

Rio Pardo 750,00 4.733 27.561 4.733,00 1 68.674,80 1,00 1.594,68 2.017,50

Varjão de MInas 400,00 6.054 117.616 6.054,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.076,00

Varzelândia 584,00 19.116 99.323 19.116,00 1 68.674,80 2,00 2.437,04 1.570,96

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Nome do Município Distância

a BH

Popu

lação

2010

PIB a

preços

correntes

Geração de

REE / ano

(kg)

CR Custo do CR

anual

Nº. de

via

gens a

BH /

ano

Custo anual

de frete

Emissão em

Kg de CO2

Vazante 486,00 19.723 434.116 19.723,00 1 68.674,80 2,00 2.060,90 1.307,34

Verdelândia 594,00 8.346 80.009 8.346,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.597,86

Veredinha 496,00 5.549 49.231 5.549,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.334,24

Veríssimo 513,00 3.483 119.890 3.483,00 1 68.674,80 1,00 1.218,52 1.379,97

Vermelho Novo 328,00 4.689 38.381 4.689,00 1 68.674,80 1,00 842,37 882,32

Vieiras 357,00 3.731 45.315 3.731,00 1 68.674,80 1,00 842,37 960,33

Virgem da Lapa 716,00 13.619 82.380 13.619,00 1 68.674,80 2,00 3.189,36 1.926,04

Virgínia 432,00 8.623 87.780 8.623,00 1 68.674,80 1,00 936,41 1.162,08

Virginópolis 280,00 10.572 76.722 10.572,00 1 68.674,80 1,00 654,29 753,20

Virgolândia 352,00 5.658 37.429 5.658,00 1 68.674,80 1,00 842,37 946,88

Volta Grande 392,00 5.070 85.750 5.070,00 1 68.674,80 1,00 842,37 1.054,48

Wenceslau Braz 471,00 2.553 19.311 2.553,00 1 68.674,80 1,00 1.030,45 1.266,99

23,85 274.699,20 3.369,48 4.021,55

Ref.: Elaborada pelo autor com base em IBGE (2010).

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APÊNDICE II Tabela A.II - Cálculo consolidado das cidades com mais de 25.000 habitantes.

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APÊNDICE III Tabela A.III - Tabela de custos de LR para cidades com menos de 25000 habitantes em

função das distâncias ao Polo Regional.

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APÊNDICE IV Tabela A.IV - Cálculos consolidados para proposta governamental.

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APÊNDICE V Tabela A.V - PIB x Geração REEE para cálculo da interpolação linear

Minas Gerais-MG - Capital: Belo Horizonte.

Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Abadia dos Dourados 6.704 124.974 Arantina 2.823 21.948

Abaeté 22.690 283.963 Araponga 8.152 63.621

Abre Campo 13.311 132.355 Araporã 6.144 1.086.363

Acaiaca 3.920 27.639 Arapuá 2775 88116

Açucena 10.276 60.128 Araújos 7.883 97.445

Água Boa 15.195 107.475 Araxá 93.672 3.208.624

Água Comprida 2.025 150.138 Arceburgo 9.509 232.746

Aguanil 4.054 44.638 Arcos 36.597 794.082

Águas Formosas 18.479 144.817 Areado 13.731 165.105

Águas Vermelhas 12.722 110.374 Argirita 2.901 28.165

Aimorés 24.959 314.501 Aricanduva 4.770 30.507

Aiuruoca 6.162 63.885 Arinos 17.674 164.123

Alagoa 2.709 25.401 Astolfo Dutra 13.049 180.052

Albertina 2.913 83.947 Ataléia 14.455 117.204

Além Parnaíba 34.349 708.485 Augusto de Lima 4.960 58.357

Alfenas 73.774 1.640.632 Baependi 18.307 172.409

Alfredo Vasconcelos 6.075 59.507 Baldim 7.913 82.500

Almenara 38.775 301.492 Bambuí 22.734 397.923

Alpercata 7.172 55.451 Bandeira 4.987 31.746

Alpinópolis 18.488 259.324 Bandeira do Sul 5.338 45.950

Alterosa 13.717 153.647 Barão de Cocais 28.442 836.481

Alto Caparaó 5.297 60.976 Barão de Monte Alto 5.720 41.366

Alto Jequitibá 8.318 82.754 Barbacena 126.284 1.686.415

Alto Rio Doce 12.159 81.904 Barra Longa 6.143 49.179

Alvarenga 4.444 33.412 Barroso 19.599 273.239

Alvinópolis 15.261 168.502 Bela Vista de Minas 10.004 174.032

Alvorada de Minas 3.546 42.806 Belmiro Braga 3.403 40.873

Amparo do Serra 5.053 32.850 Belo Horizonte 2.375.151 58.374.103

Andradas 37.270 599.313 Belo Oriente 23.397 555.073

Andrelândia 12.173 127.669 Belo Vale 7.536 93.018

Angelândia 8.003 70.045 Berilo 12.300 68.271

Antônio Carlos 11.114 134.804 Berizal 4.370 26.447

Antônio Dias 9.565 80.160 Bertópolis 4.498 31.636

Antônio Prado de Minas 1.671 16.365 Betim 378.089 28.100.845

Araçaí 2.243 31.893 Bias Fortes 3.793 29.638

Aracitaba 2.058 19.509 Bicas 13.653 144.079

Araçuaí 36.013 237.871 Biquinhas 2.630 36.818

Araguari 109.801 2.738.688 Boa Esperança 38.516 681.928

Bocaina de Minas 5.007 33.720 Campina Verde 19.324 436.508

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Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Bocaiúva 46.654 477.439 Campo Azul 3.684 24.293

Bom Despacho 45.624 707.135 Campo Belo 51.544 628.843

Bom Jardim de Minas 6.501 60.689 Campo do Meio 11.476 110.126

Bom Jesus da Penha 3.887 91.576 Campo Florido 6.870 334.538

Bom Jesus do Amparo 5.491 42.834 Campos Altos 14.206 259.763

Bom Jesus do Galho 15.364 100.469 Campos Gerais 27.600 400.407

Bom Repouso 10.457 79.683 Cana Verde 5.589 52.575

Bom Sucesso 17.243 225.292 Canaã 4.628 41.968

Bonfim 6.818 64.663 Canápolis 11.365 320.200

Bonfinópolis de Minas 5.865 129.318 Candeias 14.595 191.090

Bonito de Minas 9.673 45.901 Cantagalo 4.195 30.892

Borda da Mata 17.118 187.270 Caparaó 5.209 84.016

Botelhos 14.920 165.534 Capela Nova 4.755 33.382

Botumirim 6.497 63.063 Capelinha 34.803 344.973

Brás Pires 4.637 30.602 Capetinga 7.089 100.351

Brazilândia de Minas 14.226 198.623 Capim Branco 8.881 81.073

Brasília de Minas 31.213 208.039 Caipinópolis 15.290 247.785

Braúnas 5.030 83.148 Capitão Andrade 4.925 35.177

Brazópolis 14.661 153.572 Capitão Enéas 14.206 220.083

Brumadinho 33.973 1.803.067 Capitólio 8.183 122.783

Bueno Brandão 10.892 104.161 Caputira 9.030 72.975

Buenópolis 10.292 89.509 Caraí 22.343 114.706

Bugre 3.992 24.413 Caranaíba 3.288 22.307

Buritis 22.737 577.765 Carandaí 23.346 348.527

Buritizeiro 26.922 261.773 Carangola 32.296 325.678

Cabeceira Grande 6.453 151.414 Caratinga 85.239 1.053.663

Cabo Verde 13.823 218.628 Carbonita 9.148 87.690

Cachoeira da Prata 3.654 31.488 Careaçu 6.298 78.184

Cachoeira de Minas 11.034 156.989 Carlos Chagas 20.069 260.408

Cachoeira de Pajeú 8.959 62.656 Carmésia 2.446 18.191

Cachoeira Dourada 2.505 50.664 Carmo da Cachoeira 11.836 172.188

Caetanópolis 10.218 114.136 Carmo da Mata 10.927 119.886

Caeté 40.750 406.586 Carmo de Minas 13.750 165.226

Caiana 4.968 44.971 Carmo do Cajuru 20.012 241.415

Cajuri 4.047 46.379 Carmo do Paranaíba 29.735 522.296

Caldas 13.633 172.798 Carmo do Rio Claro 20.426 330.917

Camacho 3.154 65.806 Carmópolis de Minas 17.048 249.347

Camanducaia 21.080 302.195 Carneirinho 9.471 217.656

Cambuí 26.488 474.855 Carrancas 3.948 50.005

Cambuquira 12.602 135.981 Carvalhópolis 3.341 39.952

Campanário 3.564 31.904 Carvalhos 4.556 36.719

Campanha 15.433 210.708 Casa Grande 2.244 20.548

Campestre 20.686 273.780 Cascalho Rico 2.857 50.371

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Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Cássia 17.412 269.061 Coqueiral 9.289 129.664

Cataguases 69.757 991.343 Coração de Jesus 26.033 186.468

Catas Altas 4.846 277.684 Cordisburgo 8.667 75.740

Catas Altas da Noruega 3.462 18.629 Cordislândia 3.435 42.728

Catuji 6.708 36.719 Corinto 23.914 251.884

Catuti 5.102 29.131 Coroaci 10.270 63.527

Caxambú 21.705 212.406 Coromandel 27.547 656.966

Cedro do Abaeté 1.210 12.657 Coronel Fabriciano 103.694 1.040.101

Central de Minas 6.772 54.701 Coronel Murta 9.117 55.654

Centralina 10.266 158.717 Coronel Pacheco 2.983 27.652

Chácara 2.792 25.785 Coronel Xavier Chaves 3.301 35.223

Chalé 5.645 48.793 Córrego Danta 3.391 49.168

Chapada do Norte 15.189 67.422 Córrego do Bom Jesus 3.730 27.825

Chapada Gaúcha 10.805 86.381 Córrego Fundo 5.790 118.588

Chiador 2.785 25.754 Córrego Novo 3.127 23.367

Cipotânea 6.547 35.981 Couto de Magalhães de Minas 4.204 31.823

Claraval 4.542 84.172 Crisólita 6.047 44.254

Claro dos Ponções 7.775 61.560 Cristais 11.286 156.184

Cláudio 25.771 356.648 Cristália 5.760 45.871

Coimbra 7.054 65.523 Cristiano Otoni 5.007 51.419

Coluna 9.024 54.369 Cristina 10.210 111.676

Comendador Gomes 2.972 104.883 Crucilândia 4.757 43.345

Comercinho 8.298 51.006 Cruzeiro da Fortaleza 3.934 64.311

Conceição da Aparecida 9.820 154.808 Cruzília 14.591 143.937

Conceição da Barra de Minas 3.954 34.238 Cuparaque 4.680 37.093

Conceição das Alagoas 23.043 786.863 Curral de Dentro 6.913 40.965

Conceição das Pedras 2.749 38.736 Curvelo 74.219 908.374

Conceição de Ipanema 4.456 34.183 Datas 5.211 38.249

Conceição do Mato Dentro 17.908 177.508 Delfim Moreira 7.971 59.250

Conceição do Pará 5.158 149.862 Delfinópolis 6.830 145.338

Conceição do Rio Verde 12.949 154.291 Delta 8.089 251.224

Conceição dos Ouros 10.388 125.542 Descoberto 4.768 43.042

Cônego Marinho 7.101 37.146 Desterro Entre Rios 7.002 48.086

Confins 5.936 1.643.907 Desterro do Melo 3.015 26.072

Congonhal 10.468 117.726 Diamantina 45.880 447.951

Congonhas 48.519 2.359.159 Diogo de Vasconcelos 3.848 29.202

Congonhas do Norte 4.943 29.973 Dionísio 8.739 54.197

Conquista 6.526 203.884 Divinésia 3.293 27.205

Conselheiro Lafaiete 116.512 1.336.281 Divino 19.133 192.630

Conselheiro Pena 22.242 237.984 Divino das Laranjeiras 4.937 37.838

Consolação 1.727 14.660 Divinolândia de Minas 7.024 41.158

Contagem 603.442 20.647.181 Divinópolis 213.016 3.986.481

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Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Divisa Alegre 5.884 52.439 Fortaleza de Minas 4.098 251.930

Divisa Nova 5.763 65.305 Fortuna de Minas 2.705 30.000

Divisópolis 8.974 56.500 Francisco Badaró 10.248 47.462

Dom Bosco 3.814 49.123 Francisco Dumont 4.863 76.485

Dom Cavati 5.209 38.308 Francisco Sá 24.912 205.762

Dom Joaquim 4.535 33.232 Franciscópolis 5.800 42.274

Dom Silvério 5.196 51.845 Frei Gaspar 5.879 43.258

Dom Viçoso 2.994 22.651 Frei Inocêncio 8.920 67.437

Dona Eusébia 6.001 56.981 Frei Lagonegro 4.687 28.060

Dores de Campos 9.299 157.036 Fronteira 14.041 901.018

Dores de Guanhâes 5.223 38.609 Fronteira dos Vales 4.687 28.060

Dores do Indaiá 13.778 147.444 Fruta de Leite 5.940 31.164

Dores do Turvo 4.462 33.514 Frutal 53.468 1.226.405

Doresópolis 1.440 22.383 Funilândia 3.855 37.318

Douradoquara 1.841 29.005 Galiléia 6.951 58.430

Durandé 7.423 82.423 Gameleiras 5.139 35.906

Elói Mendes 25.220 337.837 Glaucilândia 2.962 26.427

Engenheiro Caldas 10.280 78.041 Goiabeira 3.053 26.896

Engenheiro Navarro 7.122 70.130 Goianá 3.659 36.464

Entre Folhas 5.175 36.956 Gonçalves 4.220 34.198

Entre Rios de Minas 14.242 122.288 Gonzaga 5.921 36.431

Ervália 17.946 176.887 Gouveia 11.681 95.905

Esmeraldas 60.271 435.883 Governador Valadares 263.689 3.776.344

Espera Feliz 22.856 293.642 Grão Mogol 15.024 343.419

Espinosa 31.113 194.377 Grupiara 1.373 19.576

Espírito Santo do Dourado 4.429 53.994 Guanhâes 31.262 454.104

Estiva 10.845 133.453 Guapé 13.872 156.567

Estrela Dalva 2.470 23.085 Guaraciaba 10.223 58.055

Estrela do Indaiá 3.516 49.159 Guaraciama 4.718 79.091

Estrela do Sul 7.446 233.508 Guaranésia 18.714 315.544

Eugenópolis 10.540 94.441 Guarani 8.678 104.687

Ewbank da Câmara 3.753 26.019 Guarará 3.929 34.023

Extrema 28.599 3.287.417 Guarda-Mor 6.565 258.092

Fama 2.350 33.492 Guaxupé 49.430 1.845.814

Faria Lemos 3.376 38.000 Guidoval 7.206 69.251

Felício dos Santos 5.142 33.825 Guimarânia 7.265 102.365

Felisburgo 6.877 40.663 Guiricema 8.707 84.427

Felixlândia 14.121 204.063 Gurinhatã 6.137 106.951

Fernandes Tourinho 3.030 27.071 Heliodora 6.121 79.663

Ferros 10.837 88.506 Iapu 10.315 67.885

Fervedouro 10.349 82.703 Ibertioga 5.036 49.512

Florestal 6.600 70.007 Ibiá 23.218 681.525

Formiga 65.128 971.253 Ibiaí 7.839 61.775

Formoso 8.177 139.247 Ibiracatu 6.155 32.992

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Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Ibiraci 12.176 593.251 Itatiaiuçu 9.928 1.149.620

Ibirité 158.954 1.478.989 Itaú de Minas 14.945 463.731

Ibitiúra de Minas 3.382 38.449 Itaúna 85.463 1.788.104

Ibituruna 2.866 36.167 Itaverava 5.799 35.787

Icaraí de Minas 10.746 57.053 Itinga 14.407 84.427

Igarapé 34.851 621.806 Itueta 5.830 55.976

Igaratinga 9.264 123.714 Ituiutaba 97.171 2.138.409

Iguatama 8.029 256.614 Itumirim 6.139 49.155

Ijaci 5.859 282.990 Iturama 34.456 818.913

Ilicínea 11.488 138.916 Itutinga 3.913 54.207

Imbé de Minas 6.424 53.217 Jaboticatubas 17.134 134.638

Inconfidentes 6.908 62.436 Jacinto 12.134 82.827

Indaiabira 7.330 52.360 Jacuí 7.502 95.514

Indianópolis 6.190 395.401 Jacutinga 22.772 386.040

Ingaí 2.629 43.646 Jaguaraçu 2.990 47.669

Inhapim 24.294 206.524 Jaíba 33.587 374.992

Inhaúma 5.760 83.511 Jampruca 5.067 36.292

Inimutaba 6.724 58.568 Janaúba 66.803 656.528

Ipaba 16.708 103.314 Januária 65.463 440.249

Ipanema 18.170 173.019 Japaraíba 3.939 55.444

Ipatinga 239.468 7.127.482 Japonvar 8.298 41.442

Ipiaçu 4.107 62.925 Jeceaba 5.395 232.875

Ipuiúna 9.521 115.445 Jenipapo de Minas 7.116 34.752

Iraí de Minas 6.467 183.307 Jequeri 12.848 115.081

Itabira 109.783 4.051.693 Jequitaí 8.005 57.952

Itabirinha 10.692 72.145 Jequitibá 5.156 68.803

Itabirito 45.449 2.162.796 Jequitinhonha 24.131 151.002

Itacambira 4.988 53.752 Jesuânia 4.768 48.350

Itacarambi 17.720 141.022 Joaíma 14.941 90.109

Itaguara 12.372 154.663 Joanésia 5.425 49.281

Itaipé 11.798 76.176 João Monlevade 73.610 1.648.041

Itajubá 90.658 1.779.801 João Pinheiro 45.260 898.804

Itamarandiba 32.175 308.466 Joaquim Felício 4.305 38.463

Itamarati de Minas 4.079 77.231 Jordânia 10.324 60.521

Itambacuri 22.809 182.844 José Gonçalves de Minas 4.553 26.207

Itambé do Mato Dentro 2.283 16.184 José Raydan 4.376 37.987

Itamogi 10.349 179.236 Josenópolis 4.566 68.491

Itamonte 14.003 392.996 Juatuba 22.202 805.806

Itanhandu 14.175 361.357 Juiz de Fora 516.247 10.078.403

Itanhomi 11.856 90.601 Juramento 4.113 41.680

Itaobim 21.001 179.070 Juruaia 9.238 133.665

Itapagipe 13.656 363.522 Juvenília 5.708 38.184

Itapecerica 21.377 252.719 Ladainha 16.994 91.643

Itapeva 8.664 131.804 Lagamar 7.600 112.784

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Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Lagoa da Prata 45.984 889.590 Materlândia 4.595 34.424

Lagoa dos Patos 4.225 44.678 Mateus Leme 27.856 441.647

Lagoa Dourada 12.256 117.512 Mathias Lobato 3.370 26.405

Lagoa Formosa 17.161 242.584 Matias Barbosa 13.435 508.048

Lagoa Grande 8.631 171.954 Matias Cardoso 9.979 132.805

Lagoa Santa 52.520 1.080.927 Matipó 17.639 184.721

Lajinha 19.609 221.959 Mato Verde 12.684 79.050

Lambari 19.554 213.329 Matozinhos 33.955 740.006

Lamim 3.452 23.220 Matutina 3.761 55.274

Laranjal 6.465 55.101 Medeiros 3.444 94.385

Lassance 6.484 151.143 Medina 21.026 148.199

Lavras 92.200 1.632.787 Mendes Pimentel 6.331 46.675

Leandro Ferreira 3.205 33.995 Mercês 10.368 81.924

Leme do Prado 4.804 30.282 Mesquita 6.069 35.924

Leopoldina 51.130 649.363 Minas Novas 30.794 181.600

Liberdade 5.346 53.922 Minduri 3.840 38.948

Lima Duarte 16.149 162.683 Mirabela 13.042 74.092

Limeira do Oeste 6.890 223.411 Miradouro 10.251 1.000.294

Lontra 8.397 42.476 Miraí 13.808 155.906

Luisburgo 6.234 68.541 Miravânia 4.549 25.698

Luislândia 6.400 35.756 Moeda 4.689 39.885

Luminárias 5.422 54.663 Moema 7.028 63.865

Luz 17.486 320.989 Monjolos 2.360 29.131

Machacalis 6.976 50.122 Monsenhor Paulo 8.161 149.087

Machado 38.688 794.491 Montalvânia 15.862 98.299

Madre de Deus de Minas 4.904 72.285 Monte Alegre de Minas 19.619 437.417

Malacacheta 18.776 132.045 Monte Azul 21.994 136.576

Mamonas 6.321 31.807 Monte Belo 13.061 203.819

Manga 19.813 130.333 Monte Carmelo 45.772 938.161

Manhuaçu 79.574 1.454.256 Monte Formoso 4.656 21.597

Manhumirim 21.382 354.531 Monte Santo de Minas 21.234 342.595

Mantena 27.111 256.545 Monte Sião 21.203 277.376

Mar de Espanha 11.749 110.054 Montes Claros 361.915 5.335.046

Maravilhas 7.163 91.947 Montezuma 7.464 41.294

Maria da Fé 14.216 118.278 Morada Nova de Minas 8.255 126.415

Mariana 54.219 4.001.950 Morro da Graça 2.660 44.047

Marilac 4.219 34.976 Morro do Pilar 3.399 31.178

Mário Campos 13.192 107.696 Munhoz 6.257 61.452

Maripá de Minas 2.788 26.384 Muriaé 100.765 1.274.794

Marliéria 4.012 28.777 Mutum 26.661 254.553

Marmelópolis 2.968 22.778 Muzambinho 20.430 340.923

Martinho Campos 12.611 197.424 Nacip Raydan 3.154 22.268

Martins Soares 7.173 91.919 Nanuque 40.834 470.329

Mata Verde 7.874 45.823 Naque 6.341 42.421

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Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Natalândia 3.280 33.127 Passa Tempo 8.197 134.192

Natércia 4.658 63.462 Passa-Vinte 2.079 19.728

Nazareno 7.954 169.740 Passabém 1.766 14.495

Nepomuceno 25.733 366.507 Passos 106.290 1.726.307

Ninheira 9.815 60.468 Patis 5.579 32.738

Nova Belém 3.732 35.983 Patos de Minas 138.710 2.495.732

Nova Era 17.528 278.765 Patrocínio 82.471 1.906.654

Nova Lima 80.998 5.995.140 Patrocínio do Muriaé 5.287 56.221

Nova Módica 3.790 35.326 Paula Cândido 9.271 72.235

Nova Ponte 12.812 588.891 Paulistas 4.918 32.511

Nova Porteirinha 7.398 93.660 Pavão 8.589 58.342

Nova Resende 15.374 293.841 Peçanha 17.260 126.377

Nova Serrana 73.699 1.092.307 Pedra Azul 23.839 302.072

Nova União 5.555 48.911 Pedra Bonita 6.673 56.510

Novo Cruzeiro 30.725 164.653 Pedra do Anta 3.365 25.976

Novo Oriente de Minas 10.339 54.945 Pedra do Indaiá 3.875 62.679

Novorizonte 4.963 31.288 Pedra Dourada 2.191 23.513

Olaria 1.976 18.437 Pedralva 11.467 126.967

Olhos-d'Água 5.267 119.988 Pedras de Maria da Cruz 10.315 60.839

Olímpio Noronha 2.533 29.242 Pedrinópolis 3.490 82.374

Oliveira 39.466 500.297 Pedro Leopoldo 58.740 1.165.279

Oliveira Fortes 2.123 19.815 Pedro Teixeira 1.785 15.436

Onça de Pitangui 3.055 47.493 Pequeri 3.165 31.433

Oratórios 4.493 39.702 Pequi 4.076 52.778

Orizânia 7.284 48.407 Perdigão 8.912 100.141

Ouro Branco 35.268 2.250.617 Perdizes 14.404 666.522

Ouro Fino 31.568 512.608 Perdões 20.087 327.177

Ouro Preto 70.281 4.342.925 Periquito 7.036 58.360

Ouro Verde de Minas 6.016 35.888 Pescador 4.128 33.904

Padre Carvalho 5.834 97.292 Piau 2.841 36.879

Padre Paraíso 18.849 102.278 Piedade de Caratinga 7.110 58.123

Pai Pedro 5.934 33.353 Piedade de Ponte Nova 4.062 42.687

Paineiras 4.631 58.540 Piedade do Rio Grande 4.709 77.185

Pains 8.014 204.653 Piedade dos Gerais 4.640 38.394

Paiva 1.558 15.267 Pimenta 8.236 137.161

Palma 6.545 55.645 Pingo-d'Água 4.420 27.894

Palmópolis 6.931 37.461 Pintópolis 7.211 42.371

Papagaios 14.175 156.205 Piracema 6.406 74.174

Pará de Minas 84.215 1.827.369 Pirajuba 4.656 206.166

Paracatu 84.718 2.283.670 Piranga 17.232 106.468

Paraguaçu 20.245 318.556 Piranguçu 5.217 45.009

Paraisópolis 19.379 289.832 Piranguinho 8.016 64.158

Paraopeba 22.563 342.019 Pirapetinga 10.364 272.369

Passa Quatro 15.582 236.659 Pirapora 53.368 1.172.700

Piraúba 10.862 89.965 Rio Novo 8.712 73.609

Pitangui 25.311 293.060 Rio Paranaíba 11.885 464.426

Piumhi 31.883 772.877 Rio Pardo de Minas 29.099 220.330

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Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Planura 10.384 413.421 Rio Piracicaba 14.149 413.661

Poço Fundo 15.959 188.418 Rio Pomba 17.110 190.301

Poços de Caldas 152.435 4.601.435 Rio Preto 5.292 46.079

Pocrane 8.986 63.844 Rio Vermelho 13.645 81.170

Pompéu 29.105 455.535 Ritápolis 4.925 44.701

Ponte Nova 57.390 1.007.394 Rochedo de Minas 2.116 22.022

Ponto Chique 3.966 29.880 Rodeiro 6.867 144.203

Ponto dos Volantes 11.345 56.689 Romaria 3.596 137.160

Porteirinha 37.627 212.778 Rosário da Limeira 4.247 34.505

Porto Firme 10.417 68.255 Rubelita 7.772 46.310

Poté 15.667 100.561 Rubim 9.919 68.851

Pouso Alegre 130.615 3.799.195 Sabará 126.269 1.516.958

Pouso Alto 6.213 121.762 Sabinópolis 15.704 126.250

Prados 8.391 88.707 Sacramento 23.896 694.241

Prata 25.802 600.012 Salinas 39.178 350.987

Pratápolis 8.807 127.596 Salto da Divisa 6.859 68.196

Pratinha 3.265 67.890 Santa Bárbara 27.876 516.272

Presidente Bernardes 5.537 33.640 Santa Bárbara do Leste 7.682 62.345

Presidente Juscelino 3.908 40.849 Santa Bárbara do Monte Verde 2.788 27.600

Presidente Kubitschek 2.959 22.662 Santa Bárbara do Tugúrio 4.570 37.829

Presidente Olegário 18.577 338.367 Santa Cruz de Minas 7.865 53.916

Prudente de Morais 9.573 86.211 Santa Cruz de Salinas 4.397 27.285

Quartel Geral 3.303 50.546 Santa Cruz do Escalvado 4.992 42.569

Queluzito 1.861 19.875 Santa Efigênia de Minas 4.600 27.186

Raposos 15.342 110.028 Santa Fé de Minas 3.968 29.615

Raul Soares 23.818 212.366 Santa Helena de Minas 6.055 33.093

Recreio 10.299 74.582 Santa Juliana 11.337 443.263

Reduto 6.569 60.543 Santa Luzia 202.942 2.393.255

Resende da Costa 10.913 92.316 Santa Margarida 15.011 157.814

Resplendor 17.089 196.417 Santa Maria de Itabira 10.552 101.245

Ressaquinha 4.711 112.824 Santa Maria do Salto 5.284 31.015

Riachinho 8.007 66.578 Santa Maria do Suaçui 14.395 100.086

Riacho dos Machados 9.360 56.768 Santa Rita de Caldas 9.027 124.809

Ribeirão das Neves 296.317 2.748.007 Santa Rita de Ibitipoca 3.583 33.408

Ribeirão Vermelho 3.826 49.663 Santa Rita de Jacutinga 4.993 43.886

Rio Acima 9.090 132.416 Santa Rita de Minas 6.547 60.339

Rio Casca 14.201 141.194 Santa Rita do Itueto 5.697 71.875

Rio do Prado 5.217 33.545 Santa Rita do Sapucaí 37.754 918.235

Rio Doce 2.465 20.617 Santa Rosa da Serra 3.224 56.478

Rio Espera 6.070 35.027 Santa Vitória 18.138 515.067

Rio Manso 5.276 49.335 Santana da Vargem 7.231 207.073

Santana de Cataguases 3.622 26.634 São João do Manteninha 5.188 44.578

Santana de Pirapama 8.009 67.346 São João do Oriente 7.874 60.864

Santana do Deserto 3.860 30.388 São João do Pacuí 4.060 31.605

Santana do Garambéu 2.234 18.606 São João do Paraíso 22.319 137.428

Santana do Jacaré 4.607 49.508 São João Evangelista 15.553 122.536

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Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Santana do Manhuaçu 8.582 88.286 São João Nepomuceno 3.996 247.272

Santana do Paraíso 27.265 325.015 São Joaquim de Bicas 25.537 387.108

Santana do Riacho 4.023 32.100 São José da Barra 6.778 431.572

Santana dos Montes 3.822 23.356 São José da Lapa 19.799 335.456

Santo Antônio do Amparo 17.345 190.378 São José da Safira 4.075 26.595

Santo Antônio do Aventureiro 3.538 29.530 São José da Varginha 4.198 107.583

Santo Antônio do Grama 4.085 42.948 São José do Alegre 3.996 33.280

Santo Antônio do Itambé 4.135 30.133 São José do Divino 3.834 32.566

Santo Antônio do Jacinto 11.775 69.333 São José do Goiabal 5.636 40.067

Santo Antônio do Monte 25.975 334.439 São José do Jacuri 6.553 41.831

Santo Antônio do Retiro 6.955 37.028 São José do Mantimento 2.592 23.325

Santo Antônio do Rio Abaixo 1.777 16.948 São Lourenço 41.657 541.657

Santo Hipólito 3.238 42.293 São Miguel do Anta 6.760 57.445

Santos Dumont 46.284 557.653 São Pedro da União 5.040 93.674

São Bento Abade 4.577 46.721 São Pedro do Suaçui 5.570 41.979

São Brás do Suaçuí 3.513 106.250 São Pedro dos Ferros 8.356 99.643

São Domingos das Dores 5.408 48.831 São Romão 10.276 90.881

São Domingos do Prata 17.357 156.076 São Roque de Minas 6.686 127.650

São Félix de Minas 3.382 26.809 São Sebastião da Bela Vista 4.948 66.601

São Francisco 53.828 317.325 São Sebastião da Vargem Alegre 2.798 32.246

São Francisco de Paula 6.483 68.722 São Sebastião do Anta 5.739 49.349

São Francisco de Sales 5.776 165.644 São Sebastião do Maranhão 10.647 57.610

São Francisco do Glória 5.178 42.270 São Sebastião do Oeste 5.805 255.065

São Geraldo 10.263 95.079 São Sebastião do Paraíso 64.980 1.231.157

São Geraldo da Piedade 4.389 31.831 São Sebastião do Rio Preto 1.613 14.478

São Geraldo do Baixio 3.486 28.565 São Sebastião do Rio Verde 2.110 20.258

São Gonçalo do Abaeté 6.264 118.857 São Thomé das Letras 6.655 64.715

São Gonçalo do Pará 10.398 116.244 São Tiago 10.561 105.298

São Gonçalo do Rio Abaixo 9.777 2.273.382 São Tomás de Aquino 7.093 126.133

São Gonçalo do Rio Preto 3.056 21.642 São Vicente de Minas 7.008 99.423

São Gonçalo do Sapucaí 23.906 442.218 Sapucaí-Mirim 6.241 72.707

São Gotardo 31.819 534.896 Sardoá 5.594 35.721

São João Batista do Glória 6.887 445.785 Sarzedo 25.814 552.389

São João da Lagoa 4.656 70.417 Sem-Peixe 2.847 25.307

São João da Mata 2.731 37.593 Senador Amaral 5.219 50.930

São João da Ponte 25.358 149.503 Senador Cortes 1.988 18.104

São João das Missões 11.715 50.497 Senador Firmino 7.230 55.532

São João Del Rei 84.469 1.180.442 Senador José Bento 1.868 23.978

São João do Manhuaçu 10.245 120.579 Senador Modestino Gonçalves 4.574 31.489

Senhora de Oliveira 5.683 42.793 Três Pontas 53.860 859.793

Senhora do Porto 3.497 25.122 Tumiritinga 6.293 44.333

Senhora dos Remédios 10.196 66.560 Tupaciguara 24.188 417.491

Sericita 7.128 77.781 Turmalina 18.055 198.553

Seritinga 1.789 18.572 Turvolândia 4.658 95.962

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Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Municípios População

2010

PIB a preços

correntes*

1000 R$

Serra Azul de Minas 4.220 23.705 Ubá 101.519 1.545.405

Serra da Saudade 815 12.176 Ubaí 11.681 61.232

Serra do Salitre 10.549 343.050 Ubaporanga 12.040 89.851

Serra dos Aimorés 8.412 102.110 Uberaba 295.988 9.368.416

Serrania 7.542 99.999 Uberlândia 604.013 21.420.638

Serranópolis de Minas 4.425 23.793 Umburatiba 2.705 23.779

Serranos 1.995 20.550 Unaí 77.565 2.004.563

Serro 20.835 154.366 União de Minas 4.418 117.290

Sete Lagoas 214.152 6.019.445 Uruana de Minas 3.235 34.599

Setubinha 10.885 50.574 Urucânia 10.291 173.354

Silveirânia 2.192 20.465 Urucuia 13.604 88.295

Silvianópolis 6.027 87.382 Vargem Alegre 6.461 42.440

Simão Pereira 2.537 29.456 Vargem Bonita 2.163 31.377

Simonésia 18.298 149.654 Vargem Grande do Rio Pardo 4.733 29.767

Sobrália 5.830 42.334 Varginha 123.081 4.007.089

Soledade de Minas 5.676 46.992 Varjão de Minas 6.054 119.568

Tabuleiro 4.079 35.609 Várzea da Palma 35.809 603.919

Taiobeiras 30.917 272.591 Varzelândia 19.116 108.773

Taparuba 3.137 26.713 Vazante 19.723 402.137

Tapira 4.112 314.472 Verdelândia 8.346 80.023

Tapiraí 1.873 44.266 Veredinha 5.549 53.748

Taquaraçu de Minas 3.794 40.997 Veríssimo 3.483 112.055

Tarumirim 14.293 110.128 Vermelho Novo 4.689 42.175

Teixeiras 11.355 92.644 Vespasiano 104.527 1.846.613

Teófilo Otoni 134.745 1.480.164 Viçosa 72.220 895.426

Timóteo 81.243 1.879.683 Vieiras 3.731 37.092

Tiradentes 6.961 71.084 Virgem da Lapa 13.619 76.719

Tiros 6.906 151.918 Virgínia 8.623 91.769

Tocantins 15.823 161.897 Virginópolis 10.572 88.267

Tocos do Moji 3.950 28.632 Virgolândia 5.658 41.041

Toledo 5.764 41.351 Visconde do Rio Branco 37.942 695.601

Tombos 9.537 82.046 Volta Grande 5.070 49.619

Três Corações 72.765 1.913.439 Wenceslau Braz 2.553 21.629

Três Marias 28.318 885.616

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias estaduais de

Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA

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Municípios

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Belo

Horizonte

990,388 1.053,025 264,302 48.825.600,5 537.081.605,54 2.375,15

Conselheiro

Lafaiete

No 14,331 25,081 8,364 26,367 26,733 2,374 1.180.819,05 12.989.009,53 109,28

% 5.219 9.134 3.046 9.602 9.735 1.109

Diamantina No 2,374 7,324 1,608 9,073 8,243 803 13.592.875,55 149.521.631,05 44,746

% 2.321 7.161 1.572 8.872 8.060 785

Divinópolis No 30,661 48,624 17,367 47,817 49,317 6,069 2.197.632,36 24.173.955,99 209,821

% 6.088 9.654 3.448 9.494 9.792 1.205

Governador

Valadares

No 35,979 60,421 23,129 57,637 61,24 6,475 2.693.351,38 29.626.865,13 260,396

% 5.466 9.179 3.514 8.756 9.303 984

Ipatinga No 31,813 53,32 16,775 50,866 51,289 7,143 2.311.029,66 25.421.326,27 238,397

% 5.678 9.517 2.994 91.079 9.154 1.275

Juiz de Fora No 98,222 125,969 73,841 127,178 128,973 23,727 5.898.774,83 64.886.523,12 513,348

% 7.415 9.510 5.574 9.601 9.736 1.791

Manhuaçu No 4,076 14,125 5,89 15,831 16,021 810 14.030.893,85 154.339.832,35 74,297

% 2.328 8.069 3.365 9.043 9.152 463

Montes

Claros

No 32,511 63,59 15,038 69,079 67,192 6,232 3.001.486,66 33.016.353,30 352,384

% 4.296 8.403 1.987 9.128 8.879 824

Muriaé No 10,343 23,45 7,689 23,942 23,81 1,739 1.050.284,80 11.553.132,83 95,548

% 3.989 9.044 2.966 9.234 9.183 671

Paracatu No 5,929 15,036 2,893 15,996 15,793 1,107 697.081,29 7.667.894,18 75,739

% 3.213 8.148 1.568 8.668 8.558 600

Passos No 10,03 25,568 7,854 25,26 25,779 2,509 1.140.573,34 12.546.306,77 102,765

% 3.687 9.398 2.887 9.285 9.475 922

Poços de

Caldas

No 26,375 38,073 18,709 37,541 37,945 5,79 1.717.143,48 18.888.578,28 144,386

% 6.643 9.590 4.712 9.456 9.558 1.458

Pouso

Alegre

No 18,093 27,711 12,983 27,458 28,3 3,835 1.267.087,50 13.937.962,45 120,467

% 6.143 9.408 4.408 9.322 9.608 1.302

Teófilo

Otoni

No 12,18 25,628 5,892 29,429 26,924 2,14 1.215.006,18 13.365.067,98 126,895

% 3.669 7.721 1.775 8.866 8.111 645

Uberaba No 45,128 68,986 23,47 67,831 69,885 8,438 3.112.243,58 34.234.679,34 287,76

% 6.221 9.509 3.235 9.350 9.633 1.163

Uberlândia No 90,544 137,582 45,332 131,647 137,553 20,584 6.171.886,22 67.890.748,40 608,369

% 6.268 9.524 3.138 9.113 9.522 1.425

Varginha No 17,958 28,23 119,66 27,906 28,616 4,374 1.290.882,00 14.199.701,98 116,093

% 6.121 9.622 4.079 9.512 9.754 1.491

Total: 62.569.051,72 1.225.341.174,49 5.855.842,00

APÊNDICE VI

Tabela A.VI - Geração de REEE por polo regional de Minas Gerais.

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APÊNDICE VII Tabela A.VII - Custos da LR proporcionais ao PIB e à população para cada município de Minas

Gerais. .Gerais.

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