Luis Vidigal - Inovação em serviços públicos - IGAS - jul 2015

Luís Vidigal (2015) – Inovação em Serviços Públicos

Falando sobre Inovação em Serviços Públicos

(e-‐Government)

Luís Vidigal 17/07/2015

1


Programa 1.  Inovação 2.  Tendências e perspecKvas da Modernização

AdministraKva 3.  Administração Pública Electrónica (e-‐Government) 4.  Repensar as estruturas e os processos 5.  Desmaterialização de processos 6.  Algumas tendências tecnológicas 7.  Gerir a Mudança e as TIC na Administração Pública

hXp://www.slideshare.net/vidigal 2


•  A Inovação não é apenas fazer coisas diferentes e criaKvas

•  É criar valor ouvindo os outros e aproveitando o que está feito

3


O que é desejado pelos UKlizadores

O que é viável para a Sociedade

O que é possível com a Tecnologia

Inovação

4


Pressão da Tecnologia e da Sociedade Por mais que façamos parece que o “copo” está a esvaziar

5


Convergência

6


Tendências e perspec:vas da Nodernização Administra:va

7


Estado Parceiro Governance

New Public Service

Interesses do Estado

Interesses do Cidadão

O Estado controla

O Cidadão controla

Cidadão Democracia

Sec XXI

Estado Neo-‐Liberal Regulador

New Public Management

Cliente Negócio

Anos 80

Modelos de Estado

Estado Providência Administração Weberiana

Administrado Burocracia

Anos 20 Estamos

aqui

8


Modelos de Estado

9

Estado Distribuído e em Rede

New Public Service

Sec XXI

Est aEstado Descentralizado

New Public Management

Anos 80

Estado Centralizado Administração Weberiana

Anos 20


“Estamos

juntos!”

Pós-‐NPM Uma vaga de normaKvidade

10

Joined up Government

Transforma:onal Government

Whole of Government

New Weberian Restauração

dos valores do

Serviço Público

Collabora:ve Governance


Tendências da Reforma do Estado Presidência dinamarquesa da UE -‐ 2012 IPSG -‐ InnovaKve Public Services Group

• Medidas de gestão do desempenho e da austeridade

•  Foco no cidadão e seu envolvimento para melhorar a definição de prioridades

•  Digitalização e e-‐Government para reduzir o custo

11


Oportunidade da Crise

A crise é uma coisa terrível para ser desperdiçada

OECD (2010), Making Reform Happen -‐ Lessons from O12ECD Countries. Online: hXp://www.oecd.org/site/sgemrh/46159078.pdf

12


Forças centrífugas e centrípetas

13


Agências, Mercados e Parcerias

Mais Autonomia

Mais Controlo e

Responsabilização

Sim, mas…

GEERT BOUCKAERT Performance Measurement and BudgeKng in the Public Sector

Towards a Comprehensive Reform of Public Governance. Lisboa, January 28th, 2013

14


Fases da Reforma entre 1980s e 2000s Experiência da Austrália

Dimensão da Reforma

Managerialism New Public Management

Governance centrada no Estado

Conceito central Management Mercado Coordenação

Foco da Reforma – Serviços públicos core

Melhoria da gestão financeira

Outsourcing Totalidade da administração pública

Foco da Reforma – Sector público externo

Empresarialização Empresas estatais

PrivaKzação Publico/privado

Racionalização da governança corporaKva

Tendências gerais Mudança de paradigma para gestão por resultados

Devolução Desagregação

Integração central e fortalecimento

Tendências público-‐privado

Importação de técnicas do sector privado

Exportar aKvos e funções

Renovação do sector público

John Halligan Reform of Public Sector Governance in Australia

Towards a Comprehensive Reform of Public Governance. Lisboa, 28-‐30 January 2013

Tradução: Luís Vidigal (2013)

15


Poder e controlo

Aumentar o controlo político sobre a burocracia

Gestores livres para gerir

Dar poder aos consumidores de serviços

Polí:cos

Gestores Cidadãos

16 PolliX, Christopher & Geert Bouckaert (2011), Public management reform: A comparaCve analysis, Oxford, Oxford University Press.


Liberalizar ou centralizar?

Público Privado

Centralização

Autonomia

17

As TIC permitem dar autonomia centralizando a informação

Integração central e fortalecimento

do Estado


Existem caminhos alternaKvos para a Reforma do Estado

Redução do Estado •  Redução de efeKvos •  Corte de salários e pensões •  Venda de aKvos

Estado

Austeridade

Fazer menos com muito menos

Ganhos (radicais) de Eficiência e ProduKvidade

Automa:zação do Estado •  e-‐Government •  Desmaterialização •  Interoperabilidade •  Prioridade ao Cidadão •  Colaboração •  ParKlha

Crescimento

Fazer muito mais com menos

-‐85%

18


Caminho para a redução da burocracia na Europa

19

Estratégia “only once”

Impact:o •  Minimização de custos •  Maximização de benescios

Tempo EU (2014). Study on eGovernment and the ReducKon of AdministraKve Burden

Estratégia de simplificação e personalização

Estratégia “Digital by default”


Administração Pública Electrónica

(e-‐Government)

20


Orientação ao Cidadão do e-‐Government na UE

21

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

MT PT ES EE IE FI AT NL SE DK IT FR LV LT PL BE EU28 UK SI DE LU BG CY CZ HR EL HU RO SK

User-Centric eGovernment in the EU (2012-2013)


Transparência do e-‐Government na UE

22

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

MT EE PT AT LT ES FR FI LV SE DK SI NL BE IT EU28 IE HR UK BG PL LU CY DE CZ HU EL SK RO

Transparent eGovernment in the EU (2012-2013)


Competências Digitais na População

23 Fonte: Digital Agenda Scoreboard 2014


UKlização do e-‐Government na Europa Temos muito mas usamos pouco...

24

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

DK NL SE FI FR LU AT SI BE DE EE IE ES EU28 UK PT HU EL LV LT SK MT CY CZ HR PL BG IT RO

eGovernment use by citizens in the last 12 months

2012 2013 Source: EUROSTAT

ObjeKvo •  Metade da população a uKlizar serviços de e-‐Government em 2015 Situação em 2013 •  41% na UE e 36% em Portugal


Afinal parece que não somos os melhores

25


Repensar as estruturas e os processos

26

Luís Vidigal (2015) – Inovação em Serviços Públicos Simplicidade na Comunicação e nos Processos Administrativos / | Luís Vidigal 27

Para além do E-‐Government Hype Cycle do Gartner

Prioridades para a Maturidade •  Interoperabilidade •  Estratégias Multi-canal •  Arquitectura de Empresa •  Reengenharia do Back-office •  Medida do Desempenho

27


Interoperabilidade?

Organizacional “Peopleware” (Vontades)

Informacional / Semântica “Infoware” (Língua)

Tecnológica “ Software” e” Hardware” (infra-estrutura)

É aqui que tudo falha

28


Interoperabilidade

Interoperabilidade Semân:ca

Interoperabilidade Tecnológica

Interoperabilidade Organizacional

Processo Básico Cidadãos Empresas

29


Holes in the Whole of Government Os buracos na totalidade do Estado

300 5 300 5

Velocidade de caracol

30


Novas Estruturas / Novas Relações

“Putting Citizens

First” OCDE

31


Estruturas e Processos Estruturas

Processos

In Out

32


Fim às CerKdões!!!

Tem que me trazer uma prova de quem é você

Tem que me trazer uma prova de que não nos deve

nada

Uma Certidão é um toque

a uma Base de Dados

Peça Informação uma só vez e utilize-a

muitas vezes

Tem que me trazer uma prova de que não é

criminoso

“Only Once”

33


Labirinto

A irracionalidade do Estado alimenta muitos “negócios” privados sem acrescentar

valor à economia

34


O Tempo é amigo de muitos “negócios” privados

Tempo

Cor

rupç

ão

35


Licenciamento Zero

Não se trata de acabar com os licenciamentos,

mas sobretudo ques:oná-‐los e acelerá-‐los eletronicamente

36


DesburocraKzação Proced

imen

tos b

urocrá:cos

Garan:as do Estado e da Sociedade

Zona de Risco

E-‐Government

Aceleração electrónica

Com •  Menos Tempo •  Menos Custo •  Mais Qualidade

37


Remover as arbitrariedades A verdadeira lei é o algorítmo

Recuperar •  Accountability •  Coordenação •  Transparência •  Equidade •  Imparcialidade

New Weberian e post NPM

38


Da incerteza do Mais ou Menos à certeza do Sim ou Não

Remover as arbitrariedades

39


Fratura Digital e Serviço Universal

40

Contact Center

Atendimento presencial

Kiosk

ZYX CBA Inclusão Exclusão


Mediadores de cidadania Do Poder ao Serviço

41


Dos Centros Comerciais aos Serviços Digitais Universais

42

•  Descentralizados em todo o país •  Integrados e orientados a eventos de

vida •  Mais baratos

•  Centralizados nas grandes cidades

•  Desintegrados •  Dispendiosos


Temos de abrir a “Caixa de Pandora” e resolver de facto os problemas

Informação

Incoerente

Conflitos de Poder

Defesa de Territórios

Desperdício

de Recursos

Falta de Digitalização

Desintegração

de Sistemas

etc., etc., etc,,….

Como na Mitologia, depois esperamos

encontrar a

Esperança

43


ConKnuamos a construir castelos em vez de serviços

44


Repositórios únicos e Processos Básicos

Construção de uma Casa

Criação de uma Empresa

Nascimento de um Filho

Morte de um Familiar

Compra de Casa

Obter um subsídio da Segurança Social

Compra de Carro

Pessoas Empresas Território Prédios Veículos

45


Eventos de vida propostos no “Quality of Public AdministraCon Toolbox” da União Europeia em Março de 2015, UE (2015)

Eventos de Vida

46


Desmaterialização de processos

47


Será que há muita diferença? Ontem Hoje

48


Dos documentos aos processos

49

Poder sobre os Papeis

Poder sobre os Fluxos

Transparência e Responsabilidade


S. Exª o Papel

Paradoxo da (in)Produtividade 50


Colaboração digital

51


11101101011

11101101110

01100111000

01100111000

Mundo Real

Mundo Digital

10001110111 00001110101 11101101000 10111011010 01010111000

Onde está a versão completa?

Não façam batota!

Luís Vidigal (2015) – Inovação em Serviços Públicos 52


Não é tão fácil como parece…

53


Algumas tendências tecnológicas

54


Venda de equipamentos pessoais conectados 2012-‐2017

(em milhões de unidades)

55


Vendas de Smatphones no Mundo (em milhares de unidades)

56


Armazenar nas “Nuvens” (Cloud)

57


Redes Sociais Mobilidade

Análise de Dados

Anytime – Anywhere Just in Time – Just in Case

58


Internet das Coisas

Imagine um mundo onde as coisas estão sempre conectadas à Internet e interagem com pessoas e outras coisas

59


O Trabalho hoje...

• Mobilidade constante •  Permanentemente conectados •  Acesso a dados e processos •  Criação de relatórios em tempo real •  ProaKvidade processual

60


Gerir a Mudança e as TIC na Administração Pública

61


Modelo de IT Governance Competências necessárias

Arquitecturas de Gestão, Informação,

Aplicacionais e Tecnológicas

Alinhamento Estratégico

Gestão de Contratos e Controlo de Qualidade

Governo

Administração Pública

Serviços Par:lhados

Mercado Desenvolvimento de soluções

Centro de Excelência

62


É preciso apostar também em "corridas de fundo"

63


Conciliar os tempos e as racionalidades

64

Tempo e racionalidades Polí:cas Tempo e racionalidades Administra:vas


Resistência à Mudança

65


Se alguém faz

… alguém desfaz 66


Mudança

67

Novas Tecnologias Novos Paradígmas


Descongelar / Re-‐congelar

Descongelar Re-congelar

68


e construir pontes

Com mais e melhores Informação e serviços

Demolir paredes

69


•  Sonhar •  Inovar •  Criar •  Comunicar •  Dar afecto •  Decidir

Informação e Conhecimento

Tarefas cognitivas não rotineiras

Dave

2001 Odisseia no Espaço (Stanley Kubrick - 1968)

Energia e Dados Tarefas mecânicas

rotineiras

Novo Trabalhador do Conhecimento

•  Procurar •  Recolher •  Copiar •  Comparar •  Ordenar •  Calcular •  Medir •  Verificar •  Armazenar

70

Luís Vidigal (2015) – Inovação em Serviços Públicos #

Empregos em risco

Frey†, Carl Benedikt & Michael A. Osborne (2013). The Future of Employment: How SuscepKble are Jobs to ComputerisaKon? Oxford University Engineering Sciences Department and the Oxford MarKn Programme on the Impacts of Future Technology, in Workshop “Machines and Employment”, September 17th

Parar Avançar

A AP está aqui


Desgaste dos empregos intermédios

72

A tecnologia está a substituir progressivamente empregos de competências médias, aumentando a polarização

OCDE (2014). Policy Challenges for the Next 50 Years. Economic Policy Paper, July No. 9

“Mediadores de Cidadania”


Custo Redundâncias Desintegração Incoerências

Incompatibilidades Conflitos de Poder

Desperdícios …

Investimento Interoperabilidade

Partilha Reutilização Tranparência

Rapidez Rigor …

Custo ou InvesKmento?

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Qual a estratégia para o futuro •  Economia Crescimento ou Declínio?

•  Intervenção da AP na Economia Fraca ou Forte?

•  Globalização Aceleração ou Abrandamento?

•  Penetração das TIC na Sociedade Elevada ou Fraca?

•  Atitude do Cidadão à Privacidade RestriKva ou Permissiva?

•  Capacidade da AP absorver as TIC Elevada ou Fraca?

•  Soberania ManKda ou Desgastada?

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Prioridade ao Cidadão Par:lhar

Simplificar

Re-‐u:lizar Integrar

Cooperar

Porque é que não acontece?

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Infa:cídio Tecnológico ?!

76


Contra a corrente

A:tudes

80%

20% Tecnologia

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Obrigado Até breve

78

Telefone: +351 963459044 Skype: luis.vidigal1 Blog: hXp://mudaroestado.blogspot.com Facebook: hXp://www.facebook.com/lvidigal Linkedin: hXp://www.linkedin.com/in/luisvidigal Twiner: @luisvidigal Apresentações: hXp://www.slideshare.net/vidigal Papers: hXps://ulisboa.academia.edu/LuisVidigal

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