Lucky Starr 5 - Robo de Jupter - Isaac Asimov

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  • 8/16/2019 Lucky Starr 5 - Robo de Jupter - Isaac Asimov

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    ISAAC ASIMOV

    O ROBÔ DE JUPITER

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    refácio

     Nos anos 50, escrevi uma série de 6 heróicas histórias sobre David “Lucky” Starr ealhas contra malfeitores dentro do sistema solar. Cada uma delas tinha lugar numa diferente rsistema, e em cada caso, eu fazia uso dos fatores astronômicos - como era então conhecido.

    Agora, um quarto de século depois, a “ Fawcett ” está apresentando aquelas históriavas edições; mas que quarto de século foi este! Aprendeu-se mais sobre os mundos do ntema solar neste último quarto de século que em todos os milhares de anos anteriores.

    O Robô de Jupiter  foi escrito em 1956. Em meados de 1973, porém, a sonda para Ju“Pioner X”, passou por Jupiter e registrou um enorme campo magnético contendo dncentrações de partículas carregadas. Os grandes satélites de Jupiter estão encerrados nampo, e a intensidade da radiação tornaria difícil ou mesmo impossível o vôo de naves tripu

    suas vizinhanças.A viagem de Lucky através do sistema de satélites teria que ser corrigida, para leva

    nta a intensa radiação, como se estivesse escrevendo o livro hoje. E em 1974, um 13º satélipiter foi descoberto, muito pequeno, com um comprimento de poucos quilômetros, e uma óm semelhante à de Jupiter IX. Eu o mencionaria, se estivesse escrevendo o livro agora.

    Espero que meus gentis leitores gostem do livro, de qualquer modo, como de uma hiaventuras, mas, por favor,

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    - Problema em Júpiter Nove 

    Jú piter a presentava-se quase como um círculo exato de luminosidade opaca, metadâmetro a par ente da Lua vista da Terra, mas com apenas um sétimo de clar idade lunar face à gtância do Sol. Mesmo assim, er a uma visão de rar a beleza.

    Lucky Starr fitou-o pensativamente. As luzes da sala de controle estavam apagadaca luminosidade de Júpiter , n o centro da visitela, fazia com que Luck y e seu companrecessem meras som br as. Lucky disse: - Se Júpiter fosse oco, Bigman, você poder ia colocu interior mil e tr ezentos planetas do tamanho da Terr a e ainda sobraria espaço. É mais pesaddos os demais planetas juntos.

    John Bigman Jones, que admitia ser chamado de tudo, menos de Bigman, pois tinha pis de um metr o meio de altur a se se esticasse um pouco, era contra qualquer coisa que

    or me, exceto Lucky.- E que vantagem há nisso tudo? - disse Bigman. - Ninguém pode pousar ou se a pro

    e.

    - Talvez jamais aterrissemos nele - disse Lucky - mas estaremos bem perto disso lognaves Agrav sejam a perfeiçoadas. - Co m os sirianos trabalhando - disse Bigman, f ranzin

    nho em meio à escuridão - cabe a nós fazer com que isso aconteça.

    - Bem, Bigman, veremos.

    Bigman esmurrou com seu minúsculo punho a palma da outra mão:

    -Dunas de Marte, Lucky, quanto tempo ter emos que esperar aqui?

    Estavam a bordo da nave de Lucky, a Shooting Starr, na órbita de Júp iter, ocidades ajustada com Júpiter Nove, o satélite mais afastado do planeta gigante.

    .

    Esse satélite projetava-se imóvel a mil e quinhentos quilômetros de distâicialmente, seu nome er a Adrastea, mas, excetuando o maior e o menor , os satélites de Júam mais conhecidos popular mente por meio de números. Júpiter Nove tinha apenas cento eilômetr os de diâmetro, na verdade era um simples aster óide, mas parecia ser maior que Júpinte milhões de quilômetr os de distância.

    O satélite er a uma rocha íngreme, cinzenta e de aspecto ameaçador à tênue luz solar ,spertava atenção. Ambos, Lucky e Bigman, haviam obser vado centenas de vistas semelhant

    turão do aster óide.

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    De certo modo, porém, este aster óide era diferente. Sob sua cr osta, milhares de homhões de dólares foram empregados na produção de naves que seriam imunes aos eavitacionais.

    Contudo, Lucky pr ef eria o bservar Jú piter . Apesar da distância deste em relação à navmento (na verdade três quintos da distância de Vênus à Terra quando suas trajetórias ma

    roximam entre si), Júpiter er a um disco grande o bastante para revelar suas zonas coloridas, aEsta s er am de um rosa pálido e azul-esverdeado como se uma criança tivesse lambuza

    dos nas tintas frescas de um quadro recém- pintado e com eles deixado vestígios na imagepiter .

    Por um instante, Lucky quase se esquecera dos perigos mortais encerrados na bar ente de Jú piter . Bigman teve de repetir sua pergunta num tom de voz mais alto:

    - Ei, Lucky, quanto tempo teremos que esperar aqui?

    - Vo cê sabe a resposta, Bigman. Ficaremos até quando o Comandante Donahue vie

    anhar .- Eu sei. O que quer o saber é por que razão temos de esperá-lo - Porque ele pediu

    pediu. Quem ele pensa que é?

    - O chefe do Pr ojeto Agr av - disse Luck y pacientemente. Mesmo assim você sabe qubr igado a fazer o que ele manda.

    Bigman sa bia íntima e exatamente os poderes que Luck y tinha em mãos. Como membnselho de Ciência , uma, organização br ilhante e a bnegada que combati a os inimigos dantro e fora do sistema solar , Luck y Starr podia tomar decisões mesmo contrárias àquelamentos do mais alto escalão.

    Mas Lucky não estava suficientemente pr e par ado para tal. Júpiter representava um pconhecido, um planeta letal e de gravidade insu por tável; contudo, a situação em Júpiter Novda mais perigosa, pois não se sabia pr ecisamente qual a natureza dos  perigos - e até que Lesse uma noção mais exata desses per igos, pr ocur ava agir com cautela.

    - Tenha paciência, Bigman - disse.

    Bigman resmungou e acendeu br uscamente as luzes. -  Não vamos f icar aqui o dia inhando Júpiter de olhos arregalados, não é?

    Caminhou na dir eção da pequena criatur a venusiana que se agitava par a cima e par a inter ior de seu aquater r arium, a um canto da ca bina do piloto. Deixouse ficar carinhosamentela, sua boca enor me abr iu-se num sorriso de prazer.

    A r ã-V sempre pr oduzia esse ef eito em Bigman, e na verdade qualquer pessoa sent

    smo.

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    A r ã-V era um ser nativo dos Oceanos de Vênus. Uma coisa pequenina que,  por vr ecia ter a penas olhos e pés. Seu corpo era ver de e semelhante ao de um sapo, mas tinha só qntímetros de comprimento. Seus dois olho s enorme s pro jetavam-se par a f ora das ór  bitas or as negras br ilhantes, e sua boca proeminente, bastante torta, a bria-se e fechava-se a inter

    gulares. Com rapidez encolhia sua s seis perna s e compr imia-se contr a o fundo deuater rarium, mas, quando Bigman a br i a o tampo superior deste, ela s se desdo bravam e ficmpridas como pernas-de-pau.

    Em bor a fosse uma coisinha horr ível, Bigman sentia afeição por ela e esse sentimentis for te que ele. A r ã-V sabia disso.

    Bigman ver if icou cuidadosamente o cilindr o de dióxido de car  bono que mantinha aaquaterrar ium num nível bom e saudável de satur ação e cer tificou-se de que a tem per atura da

    a d e 95°  _ (Os oceanos quentes de Vênus eram envolvidos e satur ados por uma atmosferogênio e dióxido de car  bono.  Não havia oxigênio  pur o em Vênus, salvo nas cidades-duadas no fundo de seus baixios oceânicos, e este poder ia ser mais desconfor tável par a a rã-V.

    - Você acha que há comida suf iciente para ela? - perguntou Bigman, e como a rã-V ouper gunta, sua boca alongada apanhou um pedacinho verde da gavinha do capim venusianoava espalhado no aquaterrarium e mastigou lentamente.

    - Vamos demorar a pousar em Júpiter  Nove - disse Lucky. Então ambos entr eolhar apentinamente, ao som estr idente e inconfundível do sinal recebido.

    Um rosto lívido e envelhecido sur giu no centr o da visitela imediatamente de pois qdos de Luck y fizeram os ajustes necessários.

    -Aqui fala Donahue - disse a voz, animando-se. Sim, Comandante - diss e Luctávamos esperando-o.

    -Abr a as escotilhas par a o aco plamento cilíndrico, então.

     No rosto do comandante via-se claramente, como se escr ita com letras garr afaispressão de preocupação - pr eocu pação e pr oblemas.

    Lucky já estava acostumado a esse tipo de sem blante nas últimas semanas. Comonselheiro Hector Conway, por exem plo. Par a ele, Luck y er a quase como um f ilho, e o mem não via necessidade de dissimular seus sentimentos.

    O rosto corado de Conway, normalmente amável e seguro de si, em seus ca belos brastr ava-se carrancudo e preocu pado. -Há meses espero uma oportunidade de falar -lhe - disse.

    - Pr o blemas? - per guntou Luck y calmamente. Ele havia acabado de chegar de Mercúste ínter im estivera em seu apartamento de Nova Ior que. - Não recebi nenhum telefonema seu.

    - Voc ê mer eceu suas férias - falou Conway r ispidamente. -Espero poder contr i buir

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    ná-las mais longas.

    - Mas o que é isso, tio Hector ?

    Os olhos sábios do conselheir o-chef e f itaram firmemente os olhos do jovem alto e dóa frente, e pareceu-lhe encontrar novo alento na serenidade daqueles olhos castanhos. - Ssse.

    Lucky sentiu-se excitado. Er a ela a grande inimiga afinal. de contas?

    Haviam passado séculos desde as ex pedições pioneir as da Ter ra colonizar am os plaestrelas mais pr óximas. Novas civilizações tinham sur gido naqueles mundos f or a do sistema ciedades independentes que raramente lem br avam de sua origem terr ena.

     Nos planetas sirianos f lorescer am a s mais antiga s e sólidas destas civilizaçõeciedade evoluír a em novos mundos onde uma ciência avançada foi intr oduzida,  baseadursos alternativos inéditos. Não era segredo o fato de os sir ianos, acr editando re presenlhor da r aça humana, aguardar em o momento cer to em que poderiam governar todos os povo

    alquer ponto do universo; e consideravam a Ter r a, o velho planeta-mãe, seu maior inimigo.

     No passado, haviam feito o possível  par a tolerar os inimigos d a Terra em seu prbiente, mas nunca tinham-se sentido tão fortes a ponto de se arriscarem a def lagrar uma guer ra

    Mas, e agor a?

    - O que há com Sirius? - perguntou Lucky.

    Conway abaixou-se. Seus dedos tambor ilavam levemente na mesa. - Sir ius tomasete a cada ano que passa - disse. - Sabemos disso. Mas seus mundos estão despovoados; sucos milhões. Ainda há mais seres humanos em nosso sistema solar do que o total existendas as galáxias pr óximas. Temos mais naves e cientistas; ainda estamos à f r ente deles. Mas,paço, não manteremos essa dianteir a se as coisas continuarem do jeito que vão.

    - De que jeito?

    - Os sirianos estão nos espionando. O Conselho dis põe de evidências conclusivas d

    sirianos estão completamente inf or mados so br e nossas pesquisas Agrav.

    - O quê? - Lucky ficou estar recido. Havia poucas coisas mais ultra-secretas que o Prrav. Um dos motivos que concorr er am para que a constr ução r eal f oss e conf inada a umélites mais distantes de Júpiter foi justamente para que houvesse mais segurança. - Gláxia, como isso pôde acontecer ?

    Conway sorriu com amar gura. - A questão é exatamente essa. Como é que isso .

    aconteceu? Estão o btendo informações de toda a espécie e não sa bemos como é quenseguem isso. Os dados do Agrav representam o per igo maior . Já tentamos desvendar o caso

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    um homem no Projeto cuja lealdade não tenha sido compr ovada plenamente. Tomamos toddidas de  pr ecaução possíveis. Assim mesmo, continuam a transpir ar infor mações. Veiculsinf ormação e eles a rece beram.

    Sabemo s disso através de nossa Inteligência . Forjamos dados de maneira tal queder iam ter tr anspirado e entr etanto isso aconteceu.

    - O quer dizer com não poderiam ter transpir ado?

    - Divulgamos algo, de for ma que ninguém, na verdade, nem meia dúzia de hoivessem a par de tudo. Mesmo assim. Isso nos levaria à conclusão de que alguns de nossos hoariam envolvidos em espionagem e isso é uma coisa em que não podemos acreditar .

    - Ou alguém tem acesso a todas as informações - disse Lucky.

    - Isso é totalmente impossível . Deve ser algo que ainda não sabemos, Luck y.r cebe a implicação? Se Sirius descobriu um novo meio de sondar nossas mentes, não estaremvo por muito tempo. Jamais poder íamos organizar nossas def esas contr a eles.  Nunca poderínejar algo contr a eles.

    - Esper e, tio Hector . Grande Galáxia,  pense um minuto. O que quer dizer com "sssas mentes"? - Lucky fitou fixamente o velho.

    O conselheiro-chef e animou-se . - Céus, Lucky , estou f icando desesperado.  Não cotender como isso pôd e ser feito. Os sir iano s devem ter desenvolvido algum método de lntal, de telepatia.

    - Como não? Acho que é possível. Nós conhecemos ao menos um dos métodos pr áticepatia. As r ãs-V venusianas.

    - Exato - disse Conway. - Já pensei nisso também, mas eles não têm r ãs-V venusianas

    Sei como vão as pesquisas sobre a rã-V. Ê preciso fazer milhares delas trabalharem jra tomar possível a telepatia. Manter milhares delas em qualquer outr o lugar além de Vênus r ivelmente dif ícil e facilmente detectável, tam bém.

    E sem r ãs-V, não há meio nenhum de pr oduzir emissões tele páticas.

    - Nenhum meio que já tenhamos desenvolvido - Lucky disse suavemente. - Longe disssível que os sirianos estejam mais adiantados do que nós em pesquisa telepática.

    - Sem r ãs-V?

    - Mesmo sem elas.

    - Não acredito nisso - gritou Conway violentamente. - Não posso acreditar que os sirham resolvido qualquer problema assim sem nenhuma ajuda do Conselho de Ciência.

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    Luck y quase sorr iu ao sentir o or gulho do velho pela organização, mas teve que ade havia ali algo mais do que sim ples or gulho. O Conselho de Ciência r e pr esentava a maior reintelectos que a galáxia já conhecera, e, durante um século, nenhum progresso científico digta havia acontecido em qualquer ponto da galáxia que não fosse originário do Conselho.

    Contudo, Lucky não pôde conter-se e comentou em tom sarcástico: - Eles estão à nte em automação.

    - Na realidade não estão - vociferou Conway. - Apenas em sua utilização. Os humventaram o cérebro positrônico tornando possível o moderno homem mecânico.

     Não esqueça isso. Cabe à Terra o mérito de todos os desenvolvimentos básicos. E e Sirius construa mais robôs e - ele hesitou - que tenha aperfeiçoado alguns detalhes de engen

    - Como eu descobr i em Mercúrio - Lucky acrescentou inflexivelmente.

    -- Sim. Eu sei, Lucky. Aquilo nos ameaçou bem de perto.

    - Mas já passou. Vamos tratar do que nos ameaça agora. A situação é a seguinte:

    Sirius está, com pleno sucesso, nos espionando e nada podemos fazer . - Sim.

    - E o Projeto Agrav é o mais seriamente afetado. - Certo.

    - E eu acho, tio Hector , que o senhor quer que eu vá a Júpiter ver se posso aprender apeito.

    Conway aquiesceu melancolicamente com a cabeça. - o que estou pedindo a você.É in justo  para você. Acostumei-me a consider á-lo como o meu ás, meu ex ped

    alível, aquele a quem posso confiar a solução de qualquer problema na certeza de queolvido. Mas o que pode você fazer aqui? Não há nada que o Conselho já

    não tenha tentado, e não encontramos nenhum espião ou método de espionagem.

    Que mais podemos esperar de você?

    - Não só de mim. Terei ajuda.

    - Bigman? - O ancião não pôde evitar um sorriso.

    -  Não só de Bigman. Permita-me perguntar-lhe algo. O senhor sabe se os sirianoão informados sobr e nossas pesquisas com as rãs-Vem Vênus?

    - Não - disse Conway -, nenhuma informação, que me conste, é do conhecimento dele

    - Então vou querer uma rã-V à minha disposição. - Uma rã V! Uma rã-V?

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    - Sim.

    Mas que boa vontade a sua, hein? O campo mental de uma rã-V, sozinha, é terrivelmco. Você não conseguirá ler mentes.

    - Cer to, mas poder ei ca ptar indícios de uma f orte emoção.

    - Você poder ia fazê-lo - disse pensativamente Conway. - Mas de que adiantaria?

    - Ainda não sei ao certo . Terei até uma vantagem que os investigador es anterioreer am. Uma reação emocional súbita de algué m poderia ajudar -me,  poder i a dar -me r azõespeitas, ou dir ecionaria investigações posterior es. Então, também ...

    - Sim?

    - Se alguém tem poder telepático desenvolvido natur almente ou por meios ar tificiaderia descobr ir algo mais que um simples sinal de emoção. Eu descobrir i a um pensamentoum pensamento em particular , antes que essa pessoa aprendesse o bastante par a  proteger

    nsamentos de minha mente. Entende o que quero dizer ?

    - Ele poder ia descobr ir suas emoções tam bém.

    - Teor icamente, sim, mas eu estar ia escutando-o para só então falar, e ele não.

    Os olhos d e Conwa y brilhar am. - um a tênue esper ança, mas,  pelo Espaço, perança! Trarei sua rã-V ... nada mais, David - e ele só costumava chamar o nome verdadeicky, aquele pelo qual o jovem conselheiro for a conhecido dur ante sua inf ância, em moment

    ande preocu pação. - Quero que você avalie com precisão a im por tância disso. Sescobr ir mos o que os sirianos estão fazendo, significa que ele s estão r ealmente à nossa fnal . E isso quer dizer que não tardará muito para ser deflagrada uma guer r a. A guer r a o upende disso.

    - Eu sei - disse Lucky brandamente.

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    - A Fúria do Comandante 

    E assim aconteceu que Lucky Starr, o ter ráqueo, e seu amig o baixinho, Bigman Jscido e criado em Mar te, viajar am atr avés do cinturão de asteroides r umo às distâncias longísistema solar . E foi por essa razão também que um ser nativo de Vênus, não exatamen

    mem, mas um pequeno animal dotado de poderes para ler ou inf luenciar mentes  por tele patompanhou.

    Eles pair avam no espaço, agora, mil quilômetros acima de Júpiter  Nove e aguardquanto o túnel transpor tador flexível era aco plado entr e o. Shooting Star r e a espaçonavmandante. O túnel era ligado a cada uma das escotilhas de ar e formava uma espécie de passa qual podia-se transitar em ambos os sentidos, de uma a outra nave, sem necessidade deje es pacial. O ar de am bas as naves combinava-se e um homem acostumado ao esroveitando a ausência de gravidade,  podia lançar sozinho o túnel transportador depois d

    mples impulso inicial e guiá-lo através das posições onde o mesmo era curvado com a suave ajuste de um simples em purr ão de cotovelo bem dado.

    As mãos do comandante foram as pr imeiras coisas que surgiram, ao ser aberta a escoer taram a aba da entrada de f orma tal que o comandante foi atir ado como um brinquedo, cain

    mpo gr avitacional ar tificial localizado da Shooting Star r (ou campo pseudograv, comualmente chamado) apenas com um leve cambaleio. O ajuste f or a feito com precisão, e, Bíge na verdade tinha gr ande pr ática de todas as oper ações técnicas de astronáutica, inclinou a csinal de aprovação.

    - Bom dia, Conselheiro Starr - disse Donahue as per amente. - Tem sido sem pr e umfícil dizer -se " bom dia", " boa tarde", ou " boa noite " no espaço, onde , para ser mos exatosste manhã, tarde ou noite.

    - Bom dia, Comandante - disse Lucky. - Houve dificuldades r elacionadas com a rrissagem em Jú piter Nove r es ponsáveis por essa demora?

    - Dificuldades? Bem, elas são como você as vê - olhou ao redor e sentou-se num

    quenos assentos do piloto. - Tenho estado em contato com o quartel-general do Conselho, maem que devo tratar diretamente com você, por isso estou aqui.

    O Comandante Donahue era um homem de f ibr a, e deixava em volta de si um clima tnha o rosto profundamente mar cado, cabelos grisalhos que mostravam, entretanto, sinais de o outrora castanhos. Ao longo das costas de suas mãos havia veias azuis salientes. Falou em

    plosivo, vocif erando suas f r ases em r á pida sucessão de palavr as.

    Tratar consigo do quê, senhor? - perguntou Lucky.

    Apenas uma coisa, Conselheir o. Quero que r etome à Ter ra. -Por que, senhor ?

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    O comandante evitou olhar diretamente para Lucky enquanto falava. - Temos um pr o br al. A conduta dos nossos homens f oi investigada, investigada e investigada.

    E ao ca bo de cada investigação todos eles tiver am sua lealdade com pr ovada e maisz nova investigação será iniciada. Eles não vão gostar disso, tampouco você gostaria. Não gpensar que estão sendo constantemente vigiados. E eu sincer amente estou do lado deles.  N

    ve Agr av está quase pronta e este não é um bom momento para per tur  bá-los, Cogitam de deceve.

    Seus homens  podem ter sido inocentados - disse calmamente Lucky -, mas aindavendo transpiração de informações.

    Donahue encolheu os om br os. - Então deve originar-se de algum lugar . Deve ... - parar e su bitamente sua voz adquiriu um tom impro priamente amável. - Que é isso?

    Bigman acompanhou seu olhar e disse imediatamente: - É nossa rã-V, C omandanteu Bigman.

    O comandant e não r etr ibui u a a presentação. Ao invés disso, aproximou-s e da ando-a através de seu aquater rarium. - É uma criatura de Vênus, não é?

    - Exatamente - disse Bigman.

    - Ouvi falar delas. Mas nunca tinha visto uma. É uma bonita coisinha saltitante, não é?

    Lucky sentiu uma alegria contida. Não achara estranho que em meio a uma discussão ia o comandante mudasse completamente seu comportamento e ficasse absorto de admiraçã

    ma pequena criatura aquática de Vênus que tornara isso inevitável.

    A minúscula criatura fitava agora as costas de Donahue, que se achava fora do alcanus olhos negros, e inclinada sobre suas pernas extensíveis produzia estalidos com sua melhante a um bico de papagaio. Em todo o universo conhecido sua sobrevivência era umpar. Não tinha meios de defesa ou carcaça protetora de qualquer espécie. Não tinha garras, dchifres. Sua boca alongada podia morder , mas, mesmo assim, sua mordida não causaria qua

    no a nenhuma criatura maior que ela.

    Contudo, multiplicaram-se livremente ao longo da superfície coberta de ervas daninheano Venusiano, e nenhum dos ferozes predadores da s  profundezas oceânicas as pertur

    mplesmente porque podiam controlar emoções. Instintivamente suscitaram a simpatia da s opécies, inspirando-lhes uma atitude amigável e tir ando-lhes todas as intenções agressivas. Pobreviveram. Fizeram mais que isso. Floresceram.

    Esta rã-V, em particular , estava incutindo em Donahue, é claro, sentimentordialidade, de maneira que o militar apontou em sua direção através do vidro de seu aquaterrargalhou ao vê-Ia levantar a cabeça e enfiá-Ia ao longo de suas pernas que se contr aíam à me Donahue movia seus dedos para baixo.

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    - Você-não acha que podíamos trazer algumas delas para Júpiter Nove, hem, Starguntou. - Desejamos muito ter animais de estimação aqui. A presença deles vez por presta aquele ar de lar verdadeiro.

    - Não é muito prático - disse Lucky. - É difícil manter as rãs-V. Elas devem ser colocm ambiente saturado de dióxido:ido de carbono, você sabe. Oxigênio puro é venenoso parao complica as coisas.

    - Você quer dizer que elas não podem ser mantidas num aquário comum?- Às vezes podem. Como em Vênus, por exemplo, onde o dióxido de carbono é abun

    nde podem ser soltas no oceano sempre que se sentem mal. A bordo de uma nave, ou num ml ventilado, você não vai querer lançar continuamente no ar dióxido de carbono, e é por issambiente fechado é melhor.

    - Oh! - disse o comandante, melancólico.

    - Voltemos ao assunto inicial da nossa discussão - disse Luck y vivamente. - Devo rea sugestão de partir. Tenho uma missão e devo cum pr i-Ia.

    O comandante levou alguns segundos para liber tar-se do encanto produzido pela r ã-Vmblante endur eceu. - Tenho cer teza que você não entende totalmente a situação . - Virbitamente olhando com desdém par a Bigman.

    - R e par e em seu amigo, por exemplo.

    O pequeno mar ciano, empedernido, ruborizou-se. - Eu sou Bigman, com já lhe disse.

    - Na verdade, não me parece um grande homem - falou o comandante.

    E embora Luck y colocasse a mão no diminuto ombro do amigo, numa atitude de ao de nada adiantou. Bigman exclamava em altos br ados: - A grandeza de um homem não esar ência exter na, senhor. Meu nome é Bigman, e sou um gr ande homem para você ou qualqueo impor ta o meu tamanho. E se não acredita nisso ... - Sacudia energicamente o ombro. - DeixLucky, tá? Esse grosso aí. ..

    - Você poderia esperar só um minuto, Bigman? - instou Lucky. - Vamos descobr ir o e o comandante está tentando dizer.

    Donahu ficara espantado ante o súbito ataque verbal de Bigman. - Tenho cer teza do tive nenhuma intenção de ofender ninguém com a minha obser vação - disse. - Se o magoei,uito.

    - Magoou? - disse Bigman, sua voz era um grito agudo e curto. - A mim? Escute uma cjamais perco a calma, e já que você me pede desculpas, vamos esquecer tudo. - Ajeitou o cin

    baixou as mãos, dando uma for te palmada, na altur a dos joelhos, em suas botas de cor lara

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    rmelha, herança de um passado no qual f ora um jovem fazendeiro marciano e sem as quais ar ecia em público (a menos que estivesse usando outras de cores igualmente berr antes).

    - Serei f r anco com você, Conselheiro - disse Donahue, dirigindo-se novamente a Lucnho quase mil homens aqui em Júpiter Nove, e todos, todos eles, estão com os nervos à f le. Têm de estar . Estão longe de casa. O trabalho que executam é difícil Corr em riscos enocaram a vida de um ponto de vista pessoal, rude. Por exemplo, conf undem e não vêem com

    hos quaisquer forasteiros. Às vezes os r ecém-chegados não aguentam a situação e voltam. Às

    chucados.

    Se permanecem até o fim, tudo bem.

    - E isso é permitido oficialmente? - inquiriu Lucky.

    -  Não. Mas tem caráter extr a-oficial. Precisamos manter os homens de cabeça frigum modo, e não podemos ter certeza de que não ir emos indispô-los, provocando seu mau humícil substituir homens treinados, aqui. Não são muitas as pessoas que desejam vir para as lu

    piter , você sabe. Então, o adestramento inicial também é útil para eliminar aqueles que naptam. Os que não são aprovados nos testes iniciais iriam eventualmente falhar em opectos, com toda a certeza. É por esse motivo que mencionei seu amigo. - O comandante levmãos, a pressado em continuar . - Agora, não me interprete mal. Concordo que ele é granáter e capaz de qualquer coisa que você queir a. Mas será que ele vai estar à altura do que est? Você está, Conselheiro?

    - Você quer dizer que podemos ser mal compreendidos?

    - Não ser á fácil, Conselheiro - disse Donahue. - Os homens sabem que você estáaqui. As notícias se espalham, de algum modo. - Sim, eu sei - murmurou Lucky.

    O comandante franziu as sobrancelhas. - Em todo caso, eles sabem que está aquivestigá-los e não terão a mínima consideração para com você. Estão de péssimo humor echucá-lo, Conselheiro Starr. Peço-lhe que não pouse em Júpiter Nove, pela segurança do pra minha e por sua pr ópria segurança. É tudo, tentei ser o mais sincero possível com você.

    Bigman ar regalou os olhos ante a mudança que ocorrera na fisionomia de Lucky.

    Sua aparência habitual, tranquila, pacífica, havia sumido. Seus olhos castanhos esdureceram-se, e os traços clássicos do seu r osto simpático mostravam algo que Bigman rarama antes: ódio implacável. Cada músculo do corpo de Lucky par ecia tenso.

    Lucky falou com a voz carregada: - Comandante Donahue, sou um membro do Conselência. Obedeço apenas à diretoria do Conselho e ao Pr esidente da Federação Solar de Muu seu su perior hier ár quico e você obedecerá às minhas ordens e decisões.

    - Considero o aviso que acabou de dar-me como a evidência de sua  pr

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    ompetência.

     Não diga nada,  por f avor ; ouça-me. Você não tem condições de controlar seu pesso está apto a comandar seus homens. Agora ouça isto: Eu vou pousar em Júpiter Nove etuar minhas investigações. Vou controlar seus ho mens, já que você não está em condições de

    Fez um a pausa enquanto o outro, ofegante, tentava inutilmente concatenar al

    mpreendeu, Comandante? - vociferou.O Comandante Donahue, r osto congestionado, quase irreconhecível, r ugiu: - Levar e

    conhecimento do Conselho de Ciência. Nenhum f edelho malcriado pode falar desse jeito conselheir o ou não. Vou com par ar minha folha corrida como Comandante com a de qualquer

    m serviço. Além disso, o aviso que lhe dei também constar á do meu relatório, e se você for fJúpiter Nove, correr ei com pr azer o risco de uma corte marcial.  Nada farei par a a judá-lo

    r dade, espero ... espero que eles lhe ensinem boas maneir as, você ...

    Virou-se br uscamente cheio de ódio, caminhando em direção da escotilha a ber ta, oplada ao túnel espacial que levava à sua própria espaçonave. Subiu com dificuldade, apoians par edes e tropeçando.

    Bigman obser vou amedrontado os calcanhares do comandante desapar ecerem túnelraiva do homem fora tão intensa que o pequeno mar ciano tinha a impr essão de senti-Ia emópria mente como se ondas de calor o percorressem todo.

    - Uau, esse camarada estava uma fera mesmo! - disse Bigman. - Você o deixou furios

    Lucky assentiu com a cabeça. - Ele estava indignado, sem dúvida.

    - Olhe, talvez ele seja o espião - disse Bigman. - Poder ia sa ber de muita coisa. Terlhores o portunidades.

    - Ele seria tam bém o mais investigado, por tanto sua suposição é duvidosa. Mas, ao mnos a judou numa pequena ex per iência, e quando o vir novamente terei de desculpar -me.

    - Descul par-se? - Bigman estarreceu-se. Em seu firme ponto de vista, desculpas er am

    e só as outras pessoas tinham de pedir . -Por quê?

    - Venha cá, Bigman, você acha que eu realmente quis dizer tudo aquilo que eu disse?

    -Você não estava com raiva?

    - Para dizer a verdade, não.

    - Foi uma farsa, então?

    - Pode chamá-Ia assim. Eu queria deixá-lo irr itado, muito irritado e consegui.

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    Percebi isso de imediato, desde o princípio.

    - Desde o princípio?

    - Você não percebeu? Não sentiu todo o ódio dele sobre você?

    - Pelas Dunas de Marte! A rã-V!

    - É claro! Ela captou a raiva do comandante e a retransmitiu para nós . Eu precisava

    uma rã-V era capaz disso. Nós testamos isso na volta à Terra, mas até que eu pudesse tentandições atuais, não ter ia certeza absoluta. Agora estou certo.

    - Ela transmite bem.

    -Eu sei. Isso prova, ao menos, que temos uma arma, uma arma, afinal.

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    - O Corredor Agrav 

    - Ótimo - disse Bigman impetuosamente. - Então estamos fazendo progressos.

    - Esper e - disse Lucky. - Vamos devagar , amigo. Esta é uma ar ma não específica.

    Poder emos captar uma forte emoção, porém talvez jamais captemos aquela que irá

    nos revelar a chav e do mistér io. É como ter olhos. Podemos ver , contudo nem semos a coisa certa.

    - Você conseguir á - disse Bigman com segur ança.

    A descida em dir eção de Júpite r Nove f azia Bigman relembr ar vividamente manmelhantes feitas no cinturão de asteroides Conf orme Luck y havia explicado na viagem ao ext

    maioria dos astrônomos considerava Júpiter Nov e um verdadeiro asteróide em sua orovavelmente o maior que f ora atraído pelo tr emendo campo gravitacional de Júpiter há vlhões de anos .

     Na verdade, Júpiter havia atr aído um número tão gr ande de asteroides que aqui, a vatr o milhões de quilômetr os .do planeta gigante; existia uma es pécie de cintur ão de mini-asterr tencentes somente a Jú piter . Os quatr o maior es dentre estes, com um diâmetr o de sessenta ecento e cinquenta quilômetros, er am: Júpiter Doze, Onze, Oito e Nove. Além deles, havnimo mais de uma centena de satélites com mais de dois quilômetros de diâmetro, não numera

    m levados em consideração. Suas órbita s só for am determinadas nos últimos dez anos qupiter Nove começou a ser utilizado como centr o de pesquisa antigr avitacional, e a necessidaagens de ida e volta a ele tornou impor tante a po pulação do espaço ad jacente.

    O satélite· que se apr oximava avultava-se contra o céu e tor nava-se um mundo tosos e canais rochosos, não atenuados pela inexistência de ar ao longo dos bilhões de anos dtór ia. Bigman, ainda  pensativo , disse: - Lucky,  por que , pelo Es paço, chamam este satélipiter Nove? Ele não é o nono a contar de Júpiter, de acordo com o Atlas. Júpiter Doze estáis pr óximo.

    Lucky sorriu. - O seu pro blema, Bigman, é que você é mimado. Como voc ê nascearte, pensa que a humanidade conhece a astronáutica desde sua cr iação. Olhe, rapaz, f az a penaos que a primeira espaçonave f oi inventada pelo homem.

    - Sei disso - pr otestou Bigman indignado. - Não sou ignorante. R ecebi educação.

     Não vá começar a exi bir sua grande sa bedoria.

    Lucky deu um sorriso largo, e bateu duas vezes na cabeça de Bigman com o nó dos d

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    O que tem dentro dessa cabecinha?

    O punho de Bigman avançou na dir eção do a bdome de Luck y, mas este o segurou em e imo bilizou seu pequeno amigo.

    - É tão simples como isto, Bigman. Antes que as viagens espaciais fossem iniciadmem vivia restr it o à Terr a e tudo que sa bia sobr e Júpiter era aquilo que podia ver atr avescópios. Os satélites estã o numer ados de acor d o com a or dem em que for am descob

    mpr eende?- Oh! - disse Bigman, e desvencilhou-se. - Pobres ancestr ais! - Deu uma gargalhada,

    m pre fazia, ao imaginar seres humanos confinados em um mundo, perscr utando longinquamensma maneira como ele esf or çou-se par a ver-se livr e do a perto de Luck y.

    Lucky continuou: - Os quatr o grandes satélites de Júpiter são numer ados Um, Dois, Tatr o, é clar o, mas os númer os dificilmente são usados. Os nomes Io, Eur opa, Ganimedes e Co mais familiares. O satélite mai s próximo de todos , o menor , é Jú piter Cinco, enquanto q

    is afastados são numerados até Doze.Aqueles de pois do Doze foram desco bertos somente a pós o início das viagens es pac

    ando o homem chegou a Mar te e ao cintur ão de asteroides. Pr este atenção agor a. Temos quea justes par a a aterr issagem.

    Era deslumbrante, pensou Lucky, como alguém podia achar pequeno um mundo de cearenta quilômetros de diâmetro vendo-o à distância, é claro, era pequeno se comparado a Júmesmo à Ter ra, e seu diâmetro era pequeno o bastante para fazê-lo caber dentro do Estad

    nnecticut, perfeitamente; e sua superf ície er a menor que a da Pensilvânia.E ainda, igualmente, quando se manobra para chegar ao pequeno mundo, quand

    ntempla sua nave em imensos hangares e conduzida por gigantescas garras (operando contraça gravitacional de quase zero mas contra inér cia total)

     para uma grande caver na com capacidade para abrigar centenas de naves do tamanooting Starr , ele nem de longe parecia pequeno.

    E quando se o bserva um mapa de Júpiter Nove na parede de um escritório e estuda acavernas subterr âneas e cor r edores dentro dos quais está sendo executado um compl

    ograma, ele começa a parecer realmente grande. As projeções hor izontal e ver tical do volumbalho de Júpiter Nove estavam indicadas no mapa, e em bora só uma pequena parte do saivesse sendo usada, Lucky podia ver que alguns dos corredores penetravam quase três quilômper f ície adentro e os outros espalhavam-se s ó subter raneamente  por aproximadamente cequenta quilômetros.

    - Um tra balho f antástico - disse suavemente ao oficial que o acompanhava.

    O Tenente Augustus Nevsky assentiu com a cabeça. Seu unifor me estava impecável.

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    Usava um fino bigode louro e cerrado, e seus grandes-olhos azuis tinham o hábito deetamente as pessoas como se estivesse em perpétua atenção.

    - Ainda estamos em desenvolvimento - f alou com orgulho. Ele havia se a presentack y, um quarto de hora atrás, assim que este e Bigman desem bar caram da espaçonave, comossoal escolhido pelo Comandante Donahue.

    Luck y comentou, algo surpreso: - Guia ou guarda, Tenente? Você está armado.

    O homem permaneceu impassível. - Minhas armas fazem parte d o r egulamentociais em serviço, Conselheiro. Você verá como vai precisar de um guia aqui.

    Entretanto parece u descontrair-se , e havia um sentimento humano comum nele quviu o comentário de alegria e admiração dos visitantes sobre o projeto.

    Disse: - é claro que a ausência de qualquer campo gr avitacional digno de nota equíveis certas ar timanhas de engenharia que na Terr a não f uncionariam. Os cor rebterrâneos não necessitam praticamente de nenhuma estr utura de supor te.

    Lucky concordou com a ca beça. - Cr eio que a pr imeir a nave Agr av está quase pr ontacolar - disse.

    O tenente nada falou por um momento. Seu r osto permaneceu impassível, novamentalquer sinal de emoção ou sentimento. Então ele f alou inflexivelmente:

    - Vou mostrar -lhes seus alojamentos primeiro. Podemos chegar até lá mais facilmenter av, se eu puder convencê-los a utilizar um cor redor Agrav.

    - Ei, Luck y - chamou Bigman subitamente excitado. - Olhe isto.

    Lucky voltou-se. Era só um gato cinzento, a pr esentando aquele sem blante de tr isteza e os gatos nor malmente têm, e suas costas arquear am-se pr ontamente ao sentir os dedos cur vBigman. Ele r onronava.

    Luck y disse: - O comandante havia me dito que eles gostam de cr iar animais de estimui. É seu este, tenente?

    O oficial entusiasmou-se. - Ele é um pouquinho de cada um de nós. Há alguns outrorto, também. Eles chegam nas naves de su primentos, às vezes. Temo s alguns canáriosr iquito, ratos brancos,  peixe-dourado. Coisas assim. Mas não temos nada semelhante ao seus olhos mostrar am sinais de inve ja ao olhar r a pidamente para o aquaterr ar ium com a rã-V, enb o br aço de Lucky.

    Bigman estav a concentrado no gato.  Não havia vida animal . nativa em Marte,quenos animais de estimação da Ter ra sempre tinham para ele um sabor de novidade.

    - Ele gosta de mim, Luck y.

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    - É ela - disse o tenente, mas Bigman não deu a mínima atenção. A ga ta, cauda levantumo com a penas a par te dianteir a movendo-se languidamente, caminhou atrás dele, viranlmente, ora mostrando um lado, or a outr o, aos af agos carinhosos de Bigman.

    E então o r onronar cessou, e a mente de Bigman foi invadida por um toque puro de setite.

    Espantou-se por um instante, e então notou que a gata estava agachada levemen

    sição de caçar alguma coisa, fr uto do seu instinto de milhões de anos.Os olhos verdes e estreitos da gata fixaram-se diretamente na rã-V.

    Mas o instinto felino tão característico desapareceu tão rapidamente como havia surgata aproximou-se languidamente do recipiente de vidro que Lucky segurava e f i

    riosamente, ronronando de contentamento.

    A gata também gostou da r ã-V. Tinha de f azê-lo.

    - Você estava dizendo que teríamos de usar o Agrav para chegar aos nossos alojamense Lucky. - Você nos explicar ia o que isso quer dizer?

    O tenente, que estivera contemplando carinhosamente a rã-V, fez uma pausa para recua perspicácia antes de responder . - Sim, é bastante simples. Nós temos campos gravitaciificiais aqui em Júpiter Nove como em qualquer asteróide ou espaçonave para essa finalitão dispostos em cada um dos corredores principais, ter minal a terminal, de forma que vocêlizá-lo em toda a sua extensão em ambas as direções. É como atirar -se diretamente num burarra.

    Lucky aquiesceu com a cabeça. - Qual a velocidade da queda?

    - Bem, essa é a questão. Normalmente, a gravidade empurra constantemente e vocis e mais rápido ...

    - Foi por isso que perguntei - interpôs Lucky secamente.

    - Mas isso não acontece com os controles Agrav. O Agrav é r ealmente antigravitacion

     Nenhuma gravidade, compreende? O Agrav pode ser usado para absorver, armazenansferir ener gia gravitacional. O único detalhe é que você cai bem rá pido, entende ? Nadam um campo gr avitacional na direção oposta, também, você pode até cair lentamente. Um corrav com dois campos pseudogravitacionais é muito simples e tem sido usado como tram

    r a uma nave Agrav que esteja operando num campo' gravitacional simples. Agora os AlojamEngenheiros, que é onde f icam seus alojamentos, fica a penas pouco mais de um quilômetro caminho mais curto é através do Corredor A- 2. Prontos?

    - Estaremos assim que você nos explicar como operar os controles Agrav.

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    - Não é muito complicado. - O Tenente Nevsk y deu um pequeno equipamento, comuma couraça leve,  para cada um dos dois, a justando-o s aos ombros e cintura, explic

    idamente so bre os controles.

    E então disse: - Queir am me seguir , cavalheiros, o corredor fica apenas a alguns mqui.

    Bigman hesitou à entrada do corredor . Não sentia receio do es paço propriamente, o

    edas. Mas em toda a sua vida fora acostumado a saltar gargantas sob a gravidade de Marte oavidades menor es. Desta f eita, o campo pseudo-gravitacional estava sob uma gravidade totalmual à normal da Terra, e sob sua inf luência o corredor a pr esentava-se como um blhantemente iluminado, a pique, aparentemente, direto par a  baixo, mesmo que na r ealidapressão que Bigman tiver a) ele acompanhasse, bem de perto,  par alelamente, a superfícélite.

    - Esta é a alameda que leva ao Alojamento de Engenheiros -disse o tenente. - Se fôsslá pelo outro lado, " para baixo", daria a impressão de ser noutra direção.

    Ou poderíamos alterar as posições de "acima" e "abaixo" através de ajustes a pr oprnossos contr oles Agr av.

    Repar ou a expressão no rosto de Bigman. - Você vai se acostumar à idéia. Tornaseur al de pois de um cer to tempo.

    Caminhou para o corredor e não desceu nem um centímetro. Er a como se estivesse br e uma plataf orma invisível.

    Falou gravemente: - A justar am o mostrador em zero?

    Bigman a justou o seu, e instantaneamente toda a sensação de gr avidade desapar eceu.

    Caminhou em dir eção ao cor r edor .

    Agor a a mão do tenente vir ou com precisão o botão centr al de de seu própr io painntr ole, e ele desceu, ganhando velocidade, Lucky o seguiu, e Bigman, que pref er ia ter caídopido,  por todo o comprimento do corr edor sob gravidade dupla, e ter -se amassado todo,

    er o mesmo que Lucky, respir ou fundo e deixou-se cair .

    - A justem novamente a zero - disse o tenente - e estarão se deslocando em velocnstante. Pr ocur em sentir isso.

    Durante o tr a jeto, de vez em quando apr oximavam-se ou passavam perto de letrminosos verdes que br ilhavam com os dizer es MANTENHA-SE DESTE LADO. O vulto brilum homem passou su bitamente (realmente em queda) em direção contr ária. Este estava indo ocidade muito maior que a deles.

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    -Acontecem colisões às vezes, Tenente? - perguntou Lucky. - Na ver dade, não - dissO homem experiente procura verif icar se não há pessoas vindo em sua direção ou se não vai cm alguém, e assim torna-se bem fácil descer devagar ou subir velozmente. É claro que os r avezes chocam-se sem querer. É um tipo de disputa divertida , mas que aca ba, às vezes,umas clavículas quebradas. - Olhou rapidamente para Lucky. -  Nossos rapazes divertem-neir a violenta.

    - Entendo - disse Luck y. - O comandante avisou-me.

    Bigman, que tinha ficado a obser var atentamente o fundo do bem iluminado túnel atqual estava caindo, deu um grito hilariante. - Ei, Lucky, isso é um divertimento pra quem é

    uco, hem? - e virou seus controles para a posição positiva.

    Afundou mais r á pido, sua cabeça deslocou-se para baixo até que f icou na altur a do cky, então lançou-se mais par a baixo em velocidade crescente.

    - Pare com isso, seu idiota! - gritou o Tenente Nevsky. - Ajuste de volta para os negat

    - Bigman, devagar! - gritou Lucky imperiosamente. Alcançaram-no, e o tenente excldignado: -  Não faça mais isso! Existem barreiras e divisões de toda a espécie ao longo dr redor es, e se você não conhece seu caminho, quando menos esperar estará batendo violentamntra uma delas.

    - Aqui, Bigman - disse Lucky. - Segure a rã-V. Isso va i lhe dar alguma responsabilidê-lo comportar-se direito, espero. - Ah, Lucky - disse Bigman, envergonhado.

    - Eu estava só chutando meus calcanhares um pouquinho. Pelas Dunas de Marte, - Luc

    - Está tudo bem - disse Luck y. - Não houve nada - e Bigman acalmou-se logo.

    Bigman olhou novamente para baixo. Cair em velocidade constante não era exatamesmo que cair livre no espaço. No espaço tinha-se a impressão de que nada tinha movimento.

    paçonave poderia estar viajando numa velocidade de centenas de milhares de quilômetros porinda assim permaneceria a impressão de imobilidade total ao redor . As estrelas distantes nunvem.

    Aqui, porém, tudo dava uma sensação de movimento. As luzes e aber tur as e as divnexões que se alinhavam nas paredes do cor redor relampejavam ao passar.

     No espaço, espera-se que não haja "acima" e "abaixo", mas aqui era tudo confurecia que algo estava errado. Se olhasse " para baixo", atr ás de seus pés,  parecialhe tudo ando ele olhava " par a cima", entretanto, tinha uma rápida sensação de que "acima" er a na ve

    baixo", que ele estava em pé de cabeça par a baixo caindo " para cima". Olhou seus pés novamra livr ar-se r a pidamente daquela sensação.

    - Não é muito per igoso dar cambalhotas - disse o tenente.

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    - Qualquer pessoa acostumada ao Agrav pode endireitar novamente sua posição.

    Os iniciantes, contudo,  podem achar um pouco difícil. Vamos desacelerar agora. Gostrador par a os negativos e mantenha-o aí. Cerca de menos cinco.

    Movia-se lentamente sobre eles enquanto falava. Seus pés oscilavam ao nível dos " Bigman.

    Bigman girou o mostrador , tentando desesper adamente alinhar-se com o tenente.

    E enquanto desacelerava, "acima" e "abaixo" tomaram-se claros para ele, mas da maada. Ele estava de cabeça para baixo.

    - Ei, o sangue está vindo todo pra minha cabeça - gritou.

    - Há apoios par a os pés ao longo dos lados do corredor - disse rapidamente o tenente

    - Enganche um deles com a ponta do pé quando alcançá-lo e largue-o rapidamente.

    Ele fez uma demonstração. Sua cabeça efetuou um movimento giratório e ele inversição dos pés. Deteu o movimento gir atório a poiando a mão na par ede.

    Luck y fez o mesmo, e Bigman f alhava em suas tentativas devido a suas pernas cocurou alcança r um dos a poios, finalmente. Rodopiou br uscamente e alcanço u a parede suquinho desconf ortavelmente, mas conseguiu endir eitarse.

    Enfim estava novamente de ca beça para cima. Não estava mais caindo, porém su

    mo se tivesse sido disparado de um canhão e elevando-se lentamente mais e mais conavidade; mas, afinal, estava com a cabeça para cima.

    Quando estavam movendo-se lentamente, Bigman olhou preocupado par a seus nsou: Vamos cair novamente. E subitamente o cor redor deu a impressão de ser um poço profm fim, e sentiu um aperto no estômago.

    Mas o tenente disse: - Ajuste a zero - e imediatamente eles  pararam de mover -s exo. Apenas moviam-se par a cima, como num elevador suave, lento, até que chegaram ao

    nsversal onde o tenente, ajeitando o pé num apoio, se deteve suavemente.Alo jamento dos Engenheiros, cavalheiros - disse.

    - E um comitê de r ece pção - acr escentou Lucky gentilmente.

     No cor redor , cerca de cinquenta homens es peravam por eles.

    - Você falou que eles gostavam de jogos violentos, Tenente, e talvez queir am jogar agse Lucky.

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    Caminho u com fir meza  para o cor r edor . Bigman, de nar inas estufadas de excitaçradecid o por estar na f irme pseudogr a v de um piso sólido, agarrou o aquaterrarium da memente e f icou nos calcanhar es de Lucky, encarando os homens que os aguardavam em Júve.

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    - Iniciação! 

    o Tenente Nevsk y tentou fazer sua voz soar autoritária enquanto colocava as mãr onha de seu ex plosor . - Que estão f azendo aqui?

    Ouviu-se um pequeno murmúr io vindo dos homens, mas de modo geral per manecmos. Olhos fixos naquele que, de pé, estava à f rente, como se es perassem que ele falasse.

    O líder deles estava sorrindo, e sua fisionomia mostr ava-se enrugada numa ex pressarente cordialidade. Seu cabelo eriçado, par tido ao meio, tinha um f r aco ref lexo alar anjado.sos molar es eram lar gos e mascava chiclete. Sua vestimenta er a de fibra sintética como tros, mas diferentemente destas, sua camisa e calças eram ornamentadas com grande s botõtal. Quatro deles na par te da frente da camisa, cada um deles nos dois bolsos, e quatro a baixrte later al de cada uma das pernas da calça: quatorze ao todo. Pareciam não ter finalidade al

    para serem exi bidos.- Muito bem, Summers - disse o tenente, vir ando-se  para ele. - O que é que os ho

    ão fazendo aqui?

    Summers falou com a voz suave e lison jeir a: - Bem,  pensamos que agora, Tenente,r adável encontr armo-nos com o recém chegado Ele ver i a muito de nós. Faria per guntas. Poo deveríamos encontr á-lo agora?

    Olhou par a Lucky Starr enquanto f alava, e por um momento houve um traço gélido nahar que mostrar a antes toda brandur a.

    - Vocês deviam estar trabalhando -_. disse o tenente.

    - Tenha dó, Tenente - retr ucou Surmmers, mascando seu chiclete ainda mais devagardo mais debochado. - Nós estivemos trabalhando. Agora quer emos dar um alô.

    O Tenente estava obviamente indeciso quanto à sua próxima atitude. Olhou duvidosamra Luck y.

    - Quais são os nossos dormitórios, Tenente? - perguntou Luck y.- Quartos 2A e 2B, sera encontr á-los ...

    - Eu os acharei. Estou certo de que um destes homens me indicar i a o caminho. E anente Nevsk y, que já nos trouxe, acho que sua tarefa está encer rada. Vê-loei noutr a ocasião.

    - Não posso deixá-lo - mur murou amedrontado o Tenente Nevsk y.

    - Acho que pode.

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    - Claro que pode, Tenente - disse Summers, com um sor riso mais irônico que das ozes. - Um simples alô não vai machucar o r apaz. - Houve uma gar galhada a baf ada vinda do hoe estava atr ás dele. - E além do mais, pediram a você que fosse em bor a.

    Bigman a proximou-se de Luck y e murmurou num sussurro urgente: - Lucky, deixe-me V para o Tenente. Não posso lutar e segurá-lã, ao mesmo tem po.

    Você a segura - disse Lucky, - Eu a quero exatamente aqui ... _ Bom dia, Tenente.

    Tem permissão par a partir !

    O tenente hesitou, e Lucky falou num tom que , pela calma, soou como aço: - Isso édem, Tenente.

    O r osto do Tenente Nevsky apresentava a rigidez do soldado.

    Disse imediatamente: - Sim, senhor .

    Então, surpreendentemente, hesitou um momento ainda e lançou um olhar par a a r ã-Vaços de Bigman, enquanto esta mascava a fronde de uma samambaia. - Cuidem bem desse bichVirou-se e com dois passos estava no corr edor Agr av, desa parecendo quase que imediatament

    Lucky voltou-s e na dir eção do homem novamente.  Não alimentava ilusões. Estavar a amar r ada e isso significava trabalho, por ém a menos que pudesse encar á-los e provar-lhe

    queria r ealmente trabalhar ali, como tam bém sua missão poder ia r edundar em f r acasso deveza da hostilidade deles. Ele ter ia que levar a melhor so bre eles, de algum modo.

    O sorriso de Summers tinha se tornado um pouco mais astuto.

    Ele disse: - Bem, agora, amigo, o rapaz de uniforme já se foi. Podemos conversar .

    Chamo-me Red Summers. Qual é o seu nome?

    Lucky sorr iu em retribuição. - Meu nome é David Starr . E este é meu amigo Bigman.

    - Parece-me que ouvi chamarem você de Lucky durante aqueles cochichos todos ainuco.

    Meus amigos me chamam Lucky.

    Isso é bom, não? Quer continuar tendo sorte?

    - Conhece algum modo eficiente?

    - É claro que conheço, Lucky Starr. - Subitamente seu rosto contorceu-se numa exprrancuda de ódio amargo. - Suma de Júpiter Nove.

    Ouve um alarido rouco de aprovação dos outros e algumas vozes repetiam em

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    ados: - Suma! Suma!

    Aglomeraram-se avançando, mas Lucky não arredou pé. - Tenho razões importantesar em Júpiter Nove. - Nesse caso, receio que não seja um cara de sorte - disse Summers. - V

    m novato e parece estúpido, e novatos estúpidos' se machucam em Júpiter Nove.  Nóseocupamos com você.

    - Acho que não vou me machucar .

    - Isso é o que você pensa, hem? - disse Summers. - Armand, venha cá.

    Das filas de homens atrás dele, adiantou-se um homem enorme, cara redonda,usculoso, de ombros largos e troncudo como um barril. Era meia cabeça mais alto que o meenta e cinco de Lucky, e fitava o jovem conselheiro com um sorriso que deixava à mostrantes amar elados, afastados uns dos outros.

    Os homens começaram a sentar-se pelo chão. Gritavam e faziam brincadeiras enmo se estivessem aguardando o início de· algum jogo.

    - Ei, Armand - alguém gritou - cuidado para não pisar no r a paz!

    Bigman avançou com olhar furioso na direção da voz, mas não pôde identificar via falado.

    - Você ainda pode ir embor a, Starr - disse Summers.

    - Não tenho nenhuma intenção de fazê-lo - retrucou Lucky - especialmente no momen

    e, parece-me, estão tencionando preparar algum jogo divertido.

    - Não pr a você - disse Summers. - Agora ouça, Starr , estamos de olho em você.

    Desde que ouvimos rumores de que vir ia. Já estamos f artos de vocês,  bisbilhoteirr ra, e não vamos mais aturar isso. Tenho homens distr i buídos em vários níveis.

    Sa beremos se o Comandante vai tentar se intrometer , e se ele o fizer , então,  por Jú amos pr ontos para entrar em gr eve. Não é isso, homens?

    - Certo! - repetiu o coro em uníssono.

    - E o Comandante sabe disso - completou Summers. - E não acho que vá interferir .

    Por tanto isso nos dá a chance de iniciá-lo e depois então, perguntarei a você novamener partir. Se você é uma pessoa consciente, é claro.

    - Você vai cr iar uma por ção de pro blemas  por nada - disse Luck y. - Que estou f azr a prejudicá-los?

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    - Você não f ar á nada para nós - disse Summer s. - Isso eu garanto.

    Bigman disse, com sua voz tensa e sibilante: - Olhe aqui, seu estú pido, você está fam um conselheiro. Você já parou para pensar o que acontece se você escar necer do Conselência?

    Summers olhou subitamente para ele, colocou seus punhos nos quadr is e curvou a cra trás numa gargalhada. - Ei, homens, isso fala. Eu estava tentando imaginar o que era.

    pressão de que o Bis bilhoteiro Lucky tr ouxe seu pequeno irmãozinho para pr otegê-lo.Bigman ficou lívido, mas encober to pelo som da gargalhada. Lucky parou e falou

    m sussur ro: - Seu trabalho é carregar a r ã-V, Bigman. Eu cuidarei de Summers.

    E, pela Grande Galáxia, Bigman, pare de retransmitir ódio! Não consigo nada com a ão ser isso.

    Bigman pigar reou fortemente, duas, tr ês vezes.

    - Agor a, Conselheiro Bisbilhoteiro - disse Summers suavement e - , você sa be usntroles Agr av?

    - Aca bei de f azer isso, Sr . Summers.

    - Bem, iremos só testá-lo para termos certeza disso. Não conhecemos ninguém no pee não tenha ex per imentado todas as cor das do Agr av. É perigoso demais.

    Certo pessoal?

    - Cer to! - rugir am novamente.

    - Aqui, Ar mand - disse Summers, e apoiou uma das mãos em um dos ombr os enor mmand. -:- É nosso melhor mestre. Você aprender á tudo sobr e como manobr ar no Agrav compoderá saber se ficar fora do caminho dele. Sugir o que você entre no corredor agora. Arman

    ntar -se a você.

    - E se eu não quiser ir ? - disse Luck y.

    - Aí então o jogar emos lá dentro de qualquer jeito e Armand irá depois de você.

    Lucky assentiu com a cabeça. - Voc ês me parecem determinados. Não há regras parnha primeira lição?

    Houve uma gargalhada desenfreada, mas Summers manteve suas mãos levantadas.

    - Apenas mantenha-se for a do caminho de Armand, Conselheiro. É a única regra que lem brar . Ficaremos assistindo da borda do corredor . S e tentar rastejar para for a do cor

    rav antes de terminar sua lição,  jogaremos você novamente l á dentr o, e há homens parado

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    tros níveis, observando, e eles estarão prontos para f azer o mesmo.

    - Dunas de Marte! - gritou Bigman. - Seu homem é vinte quilos mais pesado que Lunhece o Agrava fundo!

    Summers voltou-se para ele, simulando surpresa. -  Não! Nunca pensei nisso.rgonha! - os homens deram gargalhadas. - Vamos lá, Starr . Entr e no corredor , Armand.

    Arraste-o, se for preciso.

    - Ele não precisar á fazer isso - disse Luck y. Virou-se e caminhou na direção do eerto do enorme cor redor Agrav. Assim que seus  pés f lutuaram no espaço vazio, seus dngiram de leve a par ede, e isso f ê-lo balançar-se lentamente, num movimento oscilatór io, etro toque na parede, par ou no meio do espaço, encarando os homens.

    Houve alguns comentários sobre a habilidade de Lucky, e Ar mand aquiesceu cbeça, falando pela primeira vez com uma voz ressonante e grave em tom de r econhecimento.

    - Ei, homem, nada mal.

    Summers, lábios contraídos e novamente de olhar carrancudo, f ranzindo a testa, amand com um golpe certeir o nas costas. - Não converse, seu imbecil! Vá

    atr ás dele e trate-o assim.

    Armand caminhou lentamente para a frente . - Ei, Red - disse - não vamo s ganhar m isso.

    O rosto de Summers contor ceu-se em f úria. - Entre lá! E faça o que eu mandei.

    Contei-lhe o que ele é. Se não nos livrarmos dele, eles mandarão mais gente pra cá. -avras foram murmuradas num tom áspero, porém sem muita convicção.

    Armand caminhou par a dentr o do' corredor e ficou cara a cara com Lucky.

    Luck y, por um momento, quase deixou-se levar por uma distração. Estava concentradcos sinais de emoção transmitidos a ele pela rã-V. Alguns desses sin ais ele podia reconheceiculdade, tanto pela natur eza quanto pelo emissor deles.

    Red Summer s er a quem emitia sentimentos mais facilmente identificáveis: medo esquinho mesclados com uma ânsia de vitória. Armand deixava à mostra um pouco de preocupasionalmente ocor r iam pequenos sinais de excitação vindos de um ou de outr o, e às vezes Ldia identificar o emissor porque o impulso coincidia com um grito de alegria ou de ameaça. o tinha de ser separado dos vestígios constantes do ódio de Bigman, é claro.

    Agora, entr etanto, ele f itava os olhos estreitos de Armand e mantinha-se atentovimentos deste, que se balançava para cima e para baixo, a poucos centímetr os de seu rum

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    dos de Armand haviam se introduzido nos controles do seu tórax.

    Lucky imediatamente ficou alerta. Seu oponente estava alternando a dir eção gr avitacvendo os contr oles para lá e par a cá. Estaria tentando conf undir Lucky?

    Luck y tinha profunda consciência de que, a pesar de toda a sua ex per iência no espaçx periente com o tipo de imponderabilidade usado no Agrav, que não era uma imponder a bilsoluta, como no es paço, mas algo podia ser alterado à vontade.

    E subitamente Armand lançou-se par a baixo como se caminhasse através de um alça pque caiu par a cima! .

    À medida que as pernas robustas de Armand moviam-se atrás da cabeça de Luck ycilavam ora juntas ora separadas, como se quisessem agarr ar a ca beça de Lucky numa chave.

    A ca beça de Lucky foi atir ada automaticamente par a trás, seu corpo balançou-se emseu centro de gravidade e, por um momento, ele sentiu-se desequilibrado, de batendo-se em

    m r uído ensur decedor de gar galhadas ecoou vindo dos homens que assistiam.

    Luck y sabia o que havia de errado. Devia ter-se enganado com a gravidade. Se Arbiu, Lucky dever i a ter a justado seus controles par a elevar -se juntamente com ele ou para dás dele. E agora poder ia dar um impulso gr avitacional que o em pur r aria para fora. Em gr avo,  poder ia  precipitar-se aos tr opeções indefinidamente Por ém, antes que seus dedos pudear os contr oles, Armand elevava-se acima dele e ganhava velocidade par a  baixo. À medida atrás de Lucky outr a vez, Ar mand aplicou uma certeira cotovelada no quadril de Luck y. Atbem par a longe e seus dedos grossos agar raram os tor nozelos de Lucky, arrastando-o cad

    is par a baixo. Armand empurrava com f or ça e chegou a agar r ar os ombr os de Luck y. .- Você precisa treinar muito, meu car o - empesteou com seu hálito horrível o ca be

    cky.

    Luck y levantou a s mãos à altur a da cabeça e livrou-se imediatamente do apermand.

    Luck y a justou seus contr oles gravitacionais par a cima e f irmou-se ass im evimento ascendente colocando de modo preciso seu pé nos ombr o s do outr o, acelerand

    slocamento e reduzindo o de seu rival. Agor a par ecia-lhe que estava caindo de cabeça para entia com ner vosismo a sensação de que suas reações estavam tomando-se mais lentas. Ou scontr oles do Agrav que estavam de alguma for ma tomando-se mais vagarosos? Testou-os e

    ntiu sua falta de ex periência par a tir ar conclusão def initiva, mesmo assim teve a im pr essão dvia alguma coisa errada com eles.

    Armand estava sobr e ele agor a, gr itando alto, empurrando-o violentamente, tentandou corpo mais pesado para lançar Lucky duramente de encontr o à par ede.

    Lucky levou sua mão em direção aos controles par a inverter a dir eção da gravidade.

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    Prepar ou seus joelhos para dar um empurrão par a cima a f im de f icar junto de Armsequili br á-lo de sua posição; Mas foi Armand que m alter o u primeiro seu campo gravitacendo Lucky per der sua posição.

    Os pés de Armand gora atiraram-se para trás, de encontro à parede do corredor, e,tante, em posição de ataque, lançou-os num coice contr a a parede oposta.

    Lucky bateu violentamente de encontr o à parede, escorregando um pouco ao longo

    es que pudesse colocar seu tornozelo num dos trilhos metálicos e seu corpo balançava-sentro e para for a do cor redor aberto.

    Armand sussurrou asperamente nos ouvidos de Lucky:

    - Já chega, senhor ? Basta dizer ao Red que vai embora. Não quero machucá-la muito.

    Lucky sacudiu a cabeça. Estr anho, pensou, que o campo gravitacional de Armand tingido o seu no momento da alteração' dos controles. Ele havia visto a mão de Armand mexentroles e tinha certeza de que fora ele quem primeiro ajustara os seus.

    Com um movimento brusco, Lucky deu uma cotovelada certeira no estômago de Armmand grunhiu de dor e Lucky aproveitou para encolher as pernas e endireitar-se. Os dois hopararam-se e Lucky viu-se livre.

    Desviou-se agilmente antes que Armand voltasse à carga, e nos momentos seguocurou manter -se longe do outro. Estava começando a aprender como usar os controles eavam se movendo lentamente. Só conseguia evitar Armand devido a sua habilidade no usoios par a os pés ao longo dos corredores e à sinalização semelhante à inversão cabeça-pés.

    E então, enquanto flutuava como uma pluma, incitando Armand a atirar-se contrstou seus controles Agrave estes não responderam prontamente. Não houve nenhuma mudan

    mpo gravitacional; nenhuma sensação de aceleração em qualquer sentido.

    Ao invés disso, Ar mand atirou-se sobre ele novamente, grunhindo, e então Lucky sener de encontro à parede do corredor com força atordoante.

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    - Pistolas de Agulhas e Vizinhos 

    Bigman tinha plena confiança na capacidade de Lucky para lidar com quautamontes, e apesar de sentir uma raiva profunda daquela turba nada amigável, não sentia um.

    Summers surgiu à borda do corredor acompanhado de um outro companheirompleição escura, que apregoava, com voz rouca, os eventos que se sucediam, como se fossgo de pólo aéreo no subetérico.

    Houve gritos de alegria quando Armand, pela primeira vez, atirou Lucky violentamntra a parede do corredor. Bigman assistia a tudo com desdém. É claro que aquela gritariarecia maravilhosa para o lado deles. Esperem só até Lucky aprender a malícia da técnica Ae poderia fazer picadinho desse Armand. Bigman tinha certeza disso.

    Porém, quando o cara moreno berrou: Armand deu-lhe uma gravata agora. Vai fazê-loa segunda vez; pés contra a parede; encolhe-se e lança-se e vejam só a queda, beleza!, Bi

    meçou a ficar preocupado.

    Estava bem perto da borda do corredor. Ninguém prestava atenção a ele. Era ntagem do seu pequeno porte.. As pessoas que não o conheciam tinham tendência a pensar qupresentava um perigo possível, a ignorá-lo.

    Bigman olhou para baixo e viu Lucky impulsionando-se para afastar-se da parede.

    Armand pairava por perto, esperando. : .

    - Lucky! - gritou com voz trêmula.

    - Mantenha-se longe!

    Seu gr ito per deu-se em meio à balbúrdia, mas o mesmo não ocorreu à voz do houro, que havia adquirido um tom coloquial, ao lado de R ed Summers. Bigman podia ouvi-Ia.

    - Dê uma força ao bis bilhoteiro, R ed. Assim vai perder a graça - disse o cara escuro.

    -  Não quer o que ha j a inter vençã o de ninguém. Quero que Armand ter mine o tr abaunhiu Summers em r es posta.

    Bigman, por um momento, não perce beu o signif icado da súbita mudança, mas foi sm instante, pois logo seus olhos f ixaram-se súbita e precisamente na direção de Red Summers

    os, mantidas bem junto do peito, manipulavam um o bjeto que Bigman não pôde identificar .

    - Pelas Dunas de Marte! - gritou Bigman sem f ôlego. Virou-se rá pido. - Você, Summe

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    Seu trapaceir o!

    Esta era uma daquelas ocasiões em que Bigman sentia-se f eliz por ter consigo urna pagulhas, mesmo a despeito de Luck y desa pr ovar tal coisa. Lucky consider ava-a como. uma

    uco conf iável, devido à dif iculdade de mirar com precisão que esta a presentava, mas Bigmanderia duvidar que tinha só pouco mais de meio metro de altura do que de sua pró pr ia pontar ia

    Vendo que Summers não se voltou ante o insulto, Bigman com pr imiu a pistola de ag

    e empunhava só o bastante para ativá-Ia.Simultaneamente, um r aio de luz de dois metros sur giu diante do nar iz de Summe

    uve um leve "po p". Não chamava muito a atenção. Só as moléculas de ar estavam sendo ionizmmers saltou, contudo, e o pânico, transmitido pela rã-V, instalou-se imediatamente.

    - Todos vocês - gritou Bigman. - Par em! Parem, seus desmiolados miser áveis. - Um paro da  pistola de agulhas cortou o ar , desta feita acima da ca beç a de Summer s onde diam ver clar amente.

    Poucas pessoas usavam pistolas de agulhas, já que eram car as e cu jo por te era difícter , mas todos sa biam como er a um dis paro de uma pistola de agulhas, se feito em condiçõesricas, e tam bém os pr ejuízos que poderia causar .

    Er a como se os cinquenta homens r udes tivessem parado de r espir ar .

    Bigman sentia-se acuado pelo medo enregelante de cinquenta homens amedr ontados.

    Encostou-se à parede e disse: - Agor a, ouçam, todos vocês. Quantos de vocês sabem

    fado do Summers está usando um dis positivo ' par a sabotar os controles Agrav do meu amigo?vendo trapaça nesta luta!

    - Você está errado. Está errado - disse Summers, rangendo dentes.

    - Ah, é? Pois f ique sabendo que você só é macho quando tem cinquenta do lado cenas dois. Vamos ver se continua valente contra uma pistola de agulhas. É difícil acertar umm ela, é claro, posso até errar o alvo - disse Bigman.

    Cerrou o punho novamente, e desta feita o "pop" do dis paro foi per feitamente ouvidoo iluminou todos os que presenciavam a cena, além de Bigman, que de todos eles era o únicbia o momento exato de fechar os olhos.

    Summers deu um grito estrangulado. Não tinha sido atingido, mas o botão de cima dmisa havia desapar ecido.

    - Boa pontaria, se posso falar assim - disse Bigman -, mas acho que ter sor te semdir muito. Eu o aconselharia a não se mexer , Summer s . Quero que f ique como uma pedra

    paceiro, porque, se você se mexer , posso errar o tiro e arrancar um pedaço da sua pele, e iss

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    i-Ia muito mais do que a perda de um botão.

    Summers fechou os olhos. Sua testa transpirava. Bigman calculou a distância e atirougunda vez.

    Pau! Smack! Mais dois botões f or am arrancados.

    - Pelas ar eias de Mar te, hoje é o meu dia de sor te! Não foi bom você ter evitadguém se intrometesse? Bem, mais um, para ter minar o serviço.

    E desta f eita Summers gritou agoniado. Sua camisa foi rasgada e a pele avermelhadamostra.

    - Ai! - disse Bigman - não no nar iz. Agora acho que estou meio confuso e provavelmu errar o pr óximo tiro por dez centímetros ... a menos que esteja pronto a dizer algo, Summers

    - Está bem - gr itou o outro. - trapaceei.

    - Seu homem era mais pesado. Tinha mais ex periência e mesmo assim você não perma luta limpa. Voc ê não tem nenhuma chance, tem? Desista de suas intenções ... Veja

    r etanto. De agor a em diante, será uma luta limpa no corredor .

     Ninguém se mexe até que alguém saia do corredor - disse Bigman calmamente.

    Fez uma pausa e olhou f ixamente para a mão que empunhava a pistola de agulhas, avia-se lentamente de um lado para o outro. - Mas, se sua vontade de tr apacear retomar , só fpouquinho desa pontado. E quando estou desapontado, não há ninguém que possa dizer-me

    vo fazer . Eu poderia apenas ficar desa pontado e louco o bastante para disparar esta pistoulhas na multidão, e não há nada no mundo que você possa fazer para evitar que eu a pressionzes.

    Portanto, se há dez de vocês cansados desta vida, a penas torçam para que o seu nça o Lucky Starr.

    Bigman começava a ficar preocupado, sua mão direita empunhando a pistola de agulhaço esquerdo curvado sobre o recipiente com a rã-V. Desejava ansiosamente pedir a Summer

    ndasse seus homens de volta, que fizesse terminar a luta, mas receava ferir os brios de Lnhecia-o muito bem para saber que este não permitiria que a luta acabasse por negligência drte.

    Um vulto desapareceu zunindo do campo de visão, depois outro. Houve um impacto um corpo tivesse se chocado na parede, então um segundo e um terceiro.

    Depois, silêncio.

    Um vulto passou de volta, puxando o outro pelo pé.

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    O que dominava a situação entrou sorrateiramente no corredor; o outro, que estava secompanhou e caiu feito um saco de areia.

    Bigman deixou escapar um grito. O homem que estava de pé era Lucky. Seu rosto eido e ele mancava, mas era Armand quem estava inconsciente.

    Fizeram Armand recuperar os sentidos com certa dificuldade.

    Tinha um galo na cabeça que parecia uma pera, e um hematoma num olho mantido fecmbora seu lábio inferior estivesse sangrando, ele tentou dar um sorriso com grande esforço, e d

    or Júpiter, esse camarada é uma fera selvagem!

    Ficou de pé e colocou os braços em volta de Lucky num abraço de urso. - Foi comom dez homens depois que ele recuperou seu equilíbrio. Ele é muito bom.

    Inesperadamente, os homens estavam muito animados. A rã-V havia transmcialmente calma, introjetada rapidamente como excitação.

     _ O rosto de Armand abriu-se num sorriso largo e ele limpou o - sangue com as costo. - Este Conselheiro me agrada. Qualquer um que ainda quiser lutar com ele terá que me enfr

    mbém. Onde está o Red?

    Red Summers, porém, tinha ido embora. O instrumento que deixara cair à ordegman também havia desaparecido.

    - Ouça, Sr. Starr , preciso dizer-lhe. Não foi minha a idéia, mas o R ed f alou que tínhnos livrar de você senão sua presença aqui traria pr oblemas para todos nós - disse Armand.

    Lucky levantou a mão. - É um engano pensarem assim. Ouçam, todos. Não haverá

    nenhum problema para qualquer ter r áqueo leal. Isso eu garanto. Vamos esquecer estai um pouco de pr ovocação, mas podemos esquecer isso. Da pr óxima vez em que nos encontramos estar de cabeça fresca. Não aconteceu nada.

    Certo?

    Animaram-se de maneir a contagiante e alguns gritaram: - Ele é simpático! Vinselho!

    Lucky já estava pr estes a sair quando Armand disse: - Ei, es pere. - R es pirou f unrguntou: - O que é isso? - apontando par a a rã-V.

    - Um animal venusiano - respondeu Luck y. - Nosso bicho de estimação.

    - É bacana . - O gigante acercou-se dela. Os demais aproximar am-se par a obser váer comentár ios de a preciação, e apertar a mão de Lucky e garantir -lhe que estariam do seu lalquer momento.

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    Bigman, incomodado com os empurrões involuntários, gritou f inalmente: - Vamos pajamentos, Luck y, ou juro que ainda mato um destes car as.

    Houve um instante de silêncio e os homens comprimiram-se para dar passagem aos d

    Luck y encolhia-se de dor enquanto Bigman aplicava água f r i a no seu rosto inchadvacidade de seus alojamentos.

    - Alguns homens estava m comentando algo so bre as pistola s de agulhas naomer ação final - disse Lucky -, mas na confusão não entendi a história dir eito. Suponho quentar -me, Bigman.

    Com relutância, Bigman ex plicou as circunstâncias.

    Lucky emendou pensativamente: - Percebi que meus controles. estavam desligadosnsiderei isso f alha mecânica especialmente quando aconteceu novamente após minha segeda. Não sabia que você e R ed Summers lutavam acima de minha ca beça.

    Bigman sor riu, maliciosamente-, Pelo Espaço, Lucky, você não está pensando que exar aquele sujeito fazer uma trapaça daquelas com você, não é?

    - Poderia haver uma outra maneir a que não fosse a pistola de agulhas.

    -  Nada mais poder ia tê-los esf riado daquele jeito - res pondeu Bigman magoado. - eria que eu a pontasse o dedo pr a eles e dissesse: Malvados! Malvados! Além disso, eu tinhter medo naqueles pamonhas.

    - Por quê? - perguntou Lucky prontamente.

    - Pelas Areias de Marte, Lucky, você derrubou o sujeito duas vezes e eu não sabia seha condições de fazê-lo. Estava tentando fazer com que Summers terminasse a luta.

    - Poderia. ter sido pior , Bigman. Poderíamos não ter conseguido coisa nenhuma comderia haver homens certos de que o grito de "trapaça" f ora só um truque de alguém não mportivo.

    - Sei que você imaginou isso, mas eu estava nervoso.-  Não havia nenhuma necessidade disso. Depois que meus controles res pond

    rretamente, as coisas correram muito bem. Armand estava certo de que me havia vencido, e qur cebeu que eu ainda tinha forças para lutar , a luta pareceu-lhe fugir ao controle. Isso acontezes com pessoas que acham que nunca poder iam perder . Quando não vencem rapidamente,nf usas, e não conseguem vencer .

    - Sim, Luck y - disse Bigman sor r indo.

    Lucky ficou em silêncio por um ou dois minutos, e disse então: - Não gosto desse

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    cky". O que você fez?

    - Bem - Bigman terminou de aplicar o curativo para ocultar o fer imento e paroufletir sobre o que tinha feito, de modo crítico -, eu não podia ajudá-lo, mas esperava que derrou jeito, compreende?

    - Não, acho que não.

    - E eu disse pra todo mundo lá que se Armand derrotasse você, eu mataria tantos qupudesse. - Você não estava falando sério!

    - Talvez estivesse. De qualquer maneir a, eles pensaram que eu estava.  Não duvidso depois que me viram ar r ancar com a pistola de agulha s quatro botões da camisa dapaceiro. Por tanto, havia cinquenta caras lá, mesmo incluindo o Summer s, que estavam suanperança cega de que você derrotasse Armand.

    É isso, então.

    - Bem, eu não poderia ajudar se a rã-V estivesse lá e transmitisse todos aqnsamentos para você também, podia?

    - Por isso o Armand per deu a luta, pois sua mente estava sendo alvo de  pensamentrrota - disse Luck y mortif icado.

    - Lembre-se, Luck y. Duas quedas traiçoeir as. Não era uma luta honesta.

    - Sim, eu sei. Bem, talvez eu tenha pr ecisado de ajuda naquele momento. - A campain

    r ta acendeu nesse momento, e Lucky levantou a s so brancelhas. - Quem ser á ? Esto u cur iomprimiu um botão e a por ta retr átil abriu-se.

    De pé à por ta estava um homem corpulento, de cabelos finos e olhos azul-porcelanfitava sem pestanejar . Trazia numa das mãos um pedaço de metal brilhante de forma extravae seus dedos viravam de uma a outra extremidade. Ocasionalmente a peça semi-encoberta endos do homem iam do polegar ao dedo mínimo, e vice-versa, como s e tivesse vida prógman deu por ' si, f itandoa fascinado.

    - Chamo-me Harry Nor rich - disse o homem. - Sou seu vizinho do lado.

    - Bom dia - disse Lucky.

    - Vocês são Lucky Starr e Bigman Jones, não? Incomoda-lhes virem ao meu a par tamssar algum tempo, visitar -me, tomar um drinque?

    - É muita gentileza de sua par te - disse Lucky. - Ficaremos felizes em aceitar .

     Norr ich voltou-se um pouco inf lexivelmente e guiou-os pelo corredor abaixo até a guinte. Uma de suas mãos tocava a par ede do corr edor de vez em quando.

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    Lucky e Bigman seguiram-no, este último segurando a rã-V.

    - Entrem, cavalheir os. - Afastou-se um pouco para deixá-los entr ar . - Por favor , senteouvi falar muito de vocês.

    - Sobr e o quê? - perguntou Bigman.

    - Sobr e a luta de Lucky com o brutamontes do Ar mand, e da sua pontar ia com a pistoulhas. Só se comenta isso em toda a par te. Duvido que ha ja alguém em Júpiter Nove que não edo o dia um comentário a r espeito. É uma das r azões'

     pelas quais os pr ocurei. Queria conver sar so bre isso.

    Despejou cuidadosamente em dois copos pequenos um licor aver melhado e of er eceuck y estendeu a mão; após alguns segundos de es per a sem resultados, esticou o br aço e tirou omão de Norrich, pondo-o de lado.

    - O que é aquilo em sua mesa de trabalho? - per guntou Bigman.

    O quarto de Norr ich, além da mo bília costumeir a , tinha algo semelhante a uma mebalho, com o comprimento de uma parede, tendo um banco junto dela.

    So bre a mesa havia uma série de utensílios metálicos que estavam es palhpar samente, e ao centro dela via-se uma estr utur a esquisita, de cerca de quinze centímetr ur a e uma forma irregular.

     – Isto? - A mão de Norrich deslizou suavemente ao longo da super f ície da mesa

    oiar -se so br e a estrutura. - É um 3-D.

    - Um o quê?

    - Um quebr a-ca beça tridimensional. Os ja poneses já o conheciam a milhares de anosnca chegar am a tir ar nenhum proveito dele. É um ti po de quebr a-ca beça constituído de um mero de peças que se ajustam entre si para formar um determinado ti po de estrutura. Esta por exemplo, ser o modelo de um gerador Agrav quando construído.· Eu mesmo o pr o jetei e o f i

    Levantou a peça de metal que estava segurando e colocou-a cuidadosamente num peqalhe da estrutur a. A peça deslizou suavemente e ajustou-se no lugar .

    Bigman, fascinado, aproximou-se, então deu um salto para trás ao ouvi r subitamenido animal vindo de so b a mesa.

    Um cachorro saiu de so b a mesa e colocou sua pata no banco.

    Era um cão pastor alemão enorme que agor a ficava de pé olhando de forma amistosagman.

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    - Eu pisei nele sem querer - disse Bigman nervosamente.

    - É a penas o Mutt - disse Norrich. - Ele não vai morder alguém só porque colocoue. É o meu cachor r o. Meus olhos.

    - Seus olhos?

    - O SI. Nor rich é cego, Bigman - murmurou Lucky.

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    - A Morte entra no Jogo 

    Bigman recuou. - Lamento.

    - Não há nada a lamentar - disse Norrich amigavelmente. - Tenho muita afeição por o pode ficar sozinho. Sou o responsável por uma seção importante de técnicos e estou encarreconstrução de gabaritos experimentais. Não preciso de nenhuma ajuda; além disso, qualquer e eu precise conto com os meus 3-Ds.

    - Suponho que os 3-Ds são um bom exercício - disse Lucky.

    - Você quer dizer que pode pôr essas coisas juntas mesmo sem poder vê-Ias? - gman. - Pelas Areias de Marte!

    - Não é tão difícil quanto parece. Pratiquei anos a fio, por isso é que conheço as m

    negócio. Esta, Bigman, é apenas uma. Tem exatamente o formato ov6ide.

    Pode separá-Ia?

    Bigman pegou a forma ovoide e girou-a nas mãos, observando as peças precisamstadas. .

    - Na verdade - prosseguiu Norrich - só preciso realmente de Mutt para guiar-me ao s corredores. - Abaixou-se para acariciar os pelos do cão, detrás da orelha, e este cedia ao

    rindo a boca num grande bocejo sonolento, deixando à mostra as enormes presas alvas e uma língua cor -de-rosa pendente para fora da boca. Lucky podia sentir a cálida intensidade do e Norrich nutria por seu cão projetadas pela rã-V.

    - Não posso usar os corredores Agrav - disse Norrich -, já que eu não teria meios de momento certo de desaceler ar, por isso tenho que andar pelos corredores comuns e o Mutt me mos uma longa volta, mas isso é um bom exercício, e depois de todas essas caminhadas, Mutamos conhecendo Júpiter Nove melhor do que ninguém, não é, Mutt? .. Já conseguiu, Bigman?

    - Não - respondeu Bigman. - É uma peça só.

    - Na verdade não é não. Agora dê-ma aqui.

    Bigman entregou-a, e os dedos experientes de Norrich deslizaram pela superfície

    - Vê este pequeno encaixe quadrado aqui? Você a pressiona e ela entra um pouquinho

    Segure a parte que ficou dê fora, na outra ponta, dê meia volta no sentido horário, esfaz o conjunto todo. Viu? Agora o resto separa -se facilmente. Esta, depois esta, agora eim por diante. Arrume-as na ordem em que foram separadas; são oito; agora arrume-as de vo

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    dem inversa. Ponha a peça principal por último, e isso vai afixar todo o conjunto no lugar.

    Bigman fitou dubiamente as peças separadas e curvou-se sobre elas.

    - Creio que gostaria de falar sobre o comitê de recepção que eu tive quando cheguerrich - disse Lucky. - Você disse que queria saber algo a respeito de minha luta com o Arman

    - Sim, Conselheiro, sim. Quero que compreenda. Estou aqui em Júpiter Nove decio do Projeto Agrav e conheço os homens. Alguns deles partem quando aparece uma catros permanecem, chegam novatos; mas todos eles estão com o mesmo problema. Sentem-se meguros.

    - Por quê?

    - Por várias razões. Em primeiro lugar , o projeto é perigoso. Já tivemos uma sérdentes e perdemos centenas de homens. Perdi a vista há cinco anos atrás e ainda tive sorto modo. Poderia ter morrido. Em segundo lugar, os homens ficam longe dos amigos e da fa

    quanto estão aqui. Realmente isolados.

    - Imagino que haja algumas pessoas que gostam de isolamento - completou Lucky.

    Sorriu inflexivelmente ao dizer isso. Não era o segredo o fato de que homens que, dema ou de outra, haviam caído nas malhas da lei, às vezes procuravam trabalho em algun

    undos pioneiros. Sempre houve necessidade de mão-de-obra nos domos sob atmosferas artifm campos pseudograv, e aqueles que se apresentavam voluntariamente e não foram questionbre muita coisa. Nem havia algo de errado nesse procedimento. Tais voluntários ajudaram a ua gente sob condições difíceis, e isso, de certa maneira, foi uma forma de r e paração pormes.

     Norrich aquiesceu com a cabeça às palavras de Luck y. - Vejo que está a par de tudo edeixa contente. Tir ando-se os oficiais