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5 LOGÍSTICA EMPRESARIAL NO SETOR DE SUPERMERCADOS NO MUNICÍPIO DE CACOAL RO 1 Tandara Jessika Trevezani da Silva 2 RESUMO: A logística possui vários papéis nas organizações, dentre os quais encontram-se o manuseio, armazenamento, locação, controle e reduzir custos. Para que isso aconteça, é necessário agilizar tais processos, de forma que ocorra a maximização da gestão da empresa. O objetivo geral do artigo foi o de analisar como a logística empresarial poderá contribuir com a redução das perdas de produtos hortifrúti no setor supermercadista no município de Cacoal/RO. A metodologia utilizada apresentou caráter descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa e quantitativa. Foram utilizadas entrevistas com os responsáveis pelo setor de hortifrúti dos supermercados, roteiro de observação, analise documental e aplicação de 100 (cem) formulários aos clientes de cada supermercado para medir o nível de satisfação em relação aos produtos ofertados. A pesquisa mostrou algumas falhas no processo logístico trabalhado dos supermercados, dentre eles: o manuseio, forma de armazenagem e exposição, fatores que justificam a fato destes terem prejuízos com produtos estragados. Observou-se que os preços dos produtos são considerados insatisfatórios em relação à qualidade dos produtos oferecidos. Sugere-se para as empresas que seja realizado reformas nas salas refrigeradas, com intuito de prevenir perdas com produtos, tanto para os que não podem ser empilhados quanto para os que não podem receber contato com a luz, bem como, criar critérios para mensurar essas perdas. PALAVRAS CHAVE: Logística. Perdas. Hortifrúti. Perecíveis. Setor Supermercadista. INTRODUÇÃO A logística tem sido uma das áreas mais estudadas no campo da administração nos últimos 15 anos, e a necessidade de obter meios de reduzir estoques nas cadeias de suprimentos, redução do tempo de exposição dos produtos, redução de perdas nos estoques são as principais causas da atenção dada à logística. No município de Cacoal/RO não foi identificado nenhum estudo sobre logística no setor supermercadista de hortifrúti, porém, segundo Parré e Câmara (2012) no município de São Paulo, no ano de 2000 o setor supermercadista faturou R$ 3,1 bilhão com a seção de frutas, legumes e verduras (FLV), o que representam em média, 12,5% das vendas totais dos supermercados do estado. 1 Artigo de Conclusão de Curso apresentado à Fundação Universidade Federal de Rondônia Câmpus Prof. Francisco Gonçalves Quiles, como requisito parcial para obtenção do titulo de bacharel em Administração sob a orientação da Profª Ms. Lucélia Largura do Vale. 2 Acadêmica do 8º período de Administração pela Fundação Universidade Federal de Rondônia Câmpus Prof. Francisco Gonçalves Quiles. E-mail: [email protected]

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LOGÍSTICA EMPRESARIAL NO SETOR DE SUPERMERCADOS NO

MUNICÍPIO DE CACOAL – RO1

Tandara Jessika Trevezani da Silva2

RESUMO: A logística possui vários papéis nas organizações, dentre os quais encontram-se o manuseio, armazenamento,

locação, controle e reduzir custos. Para que isso aconteça, é necessário agilizar tais processos, de forma que

ocorra a maximização da gestão da empresa. O objetivo geral do artigo foi o de analisar como a logística

empresarial poderá contribuir com a redução das perdas de produtos hortifrúti no setor supermercadista no

município de Cacoal/RO. A metodologia utilizada apresentou caráter descritivo e exploratório, com abordagem

qualitativa e quantitativa. Foram utilizadas entrevistas com os responsáveis pelo setor de hortifrúti dos

supermercados, roteiro de observação, analise documental e aplicação de 100 (cem) formulários aos clientes de

cada supermercado para medir o nível de satisfação em relação aos produtos ofertados. A pesquisa mostrou

algumas falhas no processo logístico trabalhado dos supermercados, dentre eles: o manuseio, forma de

armazenagem e exposição, fatores que justificam a fato destes terem prejuízos com produtos estragados.

Observou-se que os preços dos produtos são considerados insatisfatórios em relação à qualidade dos produtos

oferecidos. Sugere-se para as empresas que seja realizado reformas nas salas refrigeradas, com intuito de

prevenir perdas com produtos, tanto para os que não podem ser empilhados quanto para os que não podem

receber contato com a luz, bem como, criar critérios para mensurar essas perdas.

PALAVRAS CHAVE: Logística. Perdas. Hortifrúti. Perecíveis. Setor Supermercadista.

INTRODUÇÃO

A logística tem sido uma das áreas mais estudadas no campo da administração nos

últimos 15 anos, e a necessidade de obter meios de reduzir estoques nas cadeias de

suprimentos, redução do tempo de exposição dos produtos, redução de perdas nos estoques

são as principais causas da atenção dada à logística. No município de Cacoal/RO não foi

identificado nenhum estudo sobre logística no setor supermercadista de hortifrúti, porém,

segundo Parré e Câmara (2012) no município de São Paulo, no ano de 2000 o setor

supermercadista faturou R$ 3,1 bilhão com a seção de frutas, legumes e verduras (FLV), o

que representam em média, 12,5% das vendas totais dos supermercados do estado.

1 Artigo de Conclusão de Curso apresentado à Fundação Universidade Federal de Rondônia – Câmpus Prof.

Francisco Gonçalves Quiles, como requisito parcial para obtenção do titulo de bacharel em Administração sob a

orientação da Profª Ms. Lucélia Largura do Vale. 2 Acadêmica do 8º período de Administração pela Fundação Universidade Federal de Rondônia – Câmpus Prof.

Francisco Gonçalves Quiles. E-mail: [email protected]

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Em contrapartida ao grande faturamento com os FLVs, segundo a Associação

Paulista de Supermercados – APAS, as perdas dos supermercados brasileiros na venda de

FLV representam 24% da produção nacional desses produtos, correspondendo a 13 milhões

de toneladas de alimentos avaliados em aproximadamente R$ 4 bilhões, Revista do Frio

(2003) apud Parré e Câmara (2012). Diante de tais informações, busca-se analisar os fatores

que interferem nas perdas, e como as empresas têm trabalhado para diminuir esse índice.

Assim, busca-se analisar a cadeia de abastecimento de produtos hortifrútis perecíveis no setor

supermercadista do município de Cacoal-RO buscando atender as expectativas dos clientes.

Sabe-se que o setor supermercadista está crescendo em relação ao oferecimento de

produtos de hortifrútis, representando cerca de 10% do faturamento da empresa, o que faz

com que o lucro seja ampliado de maneira significativa para a organização, segundo Parré e

Câmara (2012). Os supermercados estão cada vez mais preocupados em oferecer serviços de

qualidade aos seus clientes, e o setor, popularmente conhecido como “feirinha” tem sido o

meio de atrair as pessoas a escolherem um supermercado na qual se fidelizarão como clientes,

pois, levando em conta que os produtos da feirinha possuem prazo de validade menor que os

demais produtos do supermercado, os consumidores passam a frequentar a empresa mais

vezes, e consequentemente, passam a consumir os demais produtos da loja.

No caso dos hortifrútis perecíveis a logística é essencial para que os produtos

cheguem aos clientes em bom estado. É preciso, além do transporte adequado, saber detalhes

e cuidados que devem ser tomados ao armazenar as Frutas, Legumes e Verduras (FLV) para

que, quando expostas à venda, essas FLVs não cheguem às gôndolas danificadas.

A pesquisa será desenvolvida a fim de proporcionar informações a respeito da

logística no setor de hortifrútis perecíveis em dois supermercados de grande porte no

município de Cacoal/RO, haja vista que estudos sobre este tema são pouco discutidos no

município na qual a pesquisa será desenvolvida. Apesar dos supermercados serem bem

estruturados e bastante frequentados, nota-se a importância de estudos relacionados a este

tema. Diante disso, busca-se responder: Como a logística da cadeia de abastecimento de

produtos hortifrútis perecíveis pode contribuir na redução de perdas do setor supermercadista

na cidade de Cacoal/RO?

Este artigo tem como tema Logística Empresarial de produtos hortifrútis perecíveis

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no setor supermercadista de Cacoal-RO e está delimitado na área de Logística com estudo

focado na análise da organização dos dois maiores supermercados do município de

Cacoal/RO e nos meios que estes utilizam e podem ser usados para manter o controle dos

produtos hortifrútis perecíveis tanto daqueles que estão no armazém quanto nas prateleiras

dos supermercados. Tem como objetivo geral analisar como a Logística Empresarial pode

contribuir com a redução das perdas de produtos hortifrúti no setor supermercadista no

município de Cacoal/RO. Sendo que os objetivos específicos são mensurar as perdas de

produtos hortifrúti perecíveis nas empresas estudadas; descrever os processos de

abastecimento, armazenamento, controle e descarte dos produtos hortifrúti perecíveis;

comparar os processos e controle dos produtos hortifrútis entre os supermercados.

A razão da escolha do tema está relacionada ao fato de observar como são expostos

os produtos hortifrúti perecíveis nos supermercados do município de Cacoal-RO, no qual

aparentemente são expostos sem cuidados, causando danos aos produtos, e consequentemente

gerando perdas aos estabelecimentos. Tais perdas são repassadas ao consumidor por meio de

aumento de preço do produto, desta forma, analisando tais procedimentos, ou seja, o aspecto

logístico pode-se reduzir o custo final do produto em questão. E, ainda justifica-se pelo fato

de que estudos relacionados ao setor supermercadista de Cacoal/RO no tocante aos produtos

hortifrúti perecíveis ainda são incipientes e em função do setor supermercadista ser

considerado um dos segmentos mais importantes da economia brasileira no qual se destacam

no ano de 2001, conforme expõe a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS apud

LOUREIRO, 2002). Isso pode proporcionar o enriquecimento para as pesquisas feitas na área

de logística no setor de supermercado e trazer informações acadêmicas como: o valor

investido na logística; o percentual de perdas de produtos hortifrúti; quais alternativas podem

ser adotadas para diminuir este percentual; e quais os meios mais eficazes para atingir um

nível de serviço eficiente às empresas do setor supermercadista do município na qual serão

analisados.

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA LOGÍSTICA

O termo logística, conforme expõe Ching (2010), esteve inicialmente ligado a

estratégia militar, utilizada na Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de movimentação e

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coordenação de tropas, armamento e munições para os locais necessários. Sendo assim, o

sistema logístico foi desenvolvido para abastecer, transportar e alojar as tropas,

proporcionando que os recursos certos estivessem no local certo e na hora certa. Permitia que

as campanhas militares fossem realizadas e contribuía para a vitória das tropas nos combates.

Conforme expõe Dias (2012, p. 5) “todos os generais da antiguidade já davam extrema

importância à logística”.

A estruturação da logística como uma organização integrada surgiu a partir da

metade do século XX, nesta época havia grandes dificuldades de aquisição e movimentação

de mercadorias, pois estas, não estavam disponíveis em locais acessíveis quando eram

procuradas pelos consumidores. Segundo Bowersox e Closs (2010, p. 502) “antes da década

de 50, as funções hoje aceitas como logística eram consideradas como trabalho de apoio ou

facilitadoras. A responsabilidade da organização pela logística estava dispersa por toda a

empresa”. De acordo com Dias (2012) foi Henry Eccles, um almirante chefe da divisão de

Logística do Almirante Nimitz, na Campanha do Pacífico, um dos primeiros estudiosos da

logística militar e é considerado o pai da logística moderna.

Segundo Dias (2012, p. 6) somente após a Segunda Guerra Mundial que a logística

deixou de ser relacionada somente no aspecto militar, pois houve “a necessidade de suprir e

reconstruir as cidades e os países destruídos pela guerra, a logística passou também a ser

adotada por organizações e empresas civis”.

1.2 LOGÍSTICA EMPRESARIAL

No Brasil, há a Associação Brasileira de Movimentação e Logística – ABML e a

Associação Brasileira de Logística – ASLOG, ambas apresentam a mesma definição de

logística, conforme expõe Dias (2012) como sendo a parte da cadeia de abastecimento que

tem como objetivo planejar, implementar e controlar o fluxo e a armazenagem dos bens,

serviços e informações com eficácia a fim de satisfazer as necessidades dos clientes, desde o

ponto de origem até o ponto de consumo destes itens.

Para Ballou (2010) a logística empresarial estuda como a administração pode prover

melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através

de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e

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armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. Para Bowersox e Closs (2010) a

logística existe para satisfazer as necessidades do cliente, facilitando operações relevantes de

produção e marketing.

Outra definição importante apresentada por Dias (2012, p. 5) é utilizada nos Estados

Unidos, em especial pela associação Council of Supply Chain Management Professionals.

A Logística planeja, executa, coordena e controla a movimentação e o

armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e

produtos acabados, desde sua origem até o local de consumo, com o propósito de

atender às exigências do cliente final.

De acordo com Paura (2012, p. 23) “a logística surge com a necessidade de se

organizar o fluxo de produtos e serviços”. Desta forma, segundo Ching (2010) a logística

empresarial além de se preocupar com produtos acabados, se preocupa com a aquisição, com

a fábrica e os locais de estocagem, níveis de estoques e sistemas de informações, juntamente

com seu transporte e armazenagem e os mecanismos dos centros de distribuição. Wanke

(2011, p. 5) destaca que a política de reagir ou planejar na gestão de estoques também está

direcionado ao estágio da cadeia onde é gerada a informação para a tomada de decisão.

Seguindo a ideia de Ballou (2010) logística empresarial está associada ao fluxo de

bens e serviços e da informação que os põe em movimento. Tendo como missão colocar as

mercadorias ou os serviços certos no lugar e no instante corretos e em boas condições, ao

menor custo possível. Entende-se sobre logística empresarial, conforme Ching (2010), como

um assunto vital para a organização, uma vez que tem por objetivo exercer a função de

estudar a maneira como a administração obtém mais eficácia/eficiência em seus serviços de

distribuição oferecidos aos seus clientes e consumidores, levando em consideração

planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e

armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.

Expõe Paura (2012, p. 27) que:

podemos destacar, também, o estoque dos mercados com outro ponto onde a

logística tem importante papel no comércio. A organização do processo de estoque

envolve não apenas o controle do que entra e do que sai, mas também as

informações necessárias para a solicitação de mais pedidos. Isso sem mencionar a

necessidade de controle de temperatura de alguns produtos.

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O estoque é um fator de grande relevância para a empresa, por isso é preciso haver

um cuidado rígido quanto à qualidade dos produtos estocados, a quantidade, temperatura e

cuidados na forma de estocá-los, a forma em que são alocados e empilhados para que estes

não cheguem com danos às prateleiras dos supermercados. De acordo com Bowersox e Closs

(2010) as estratégias logísticas são projetadas para manter o mínimo de recursos financeiros

em estoque, e o objetivo do gerenciamento do estoque é obter máxima rotatividade dos

produtos ao mesmo tempo em que satisfaz os compromissos com o cliente, mantendo a

qualidade do produto.

Contudo, destaca Carneiro (2012) que a logística pode ser considerada uma parte da

cadeia de suprimentos que cuida das atividades de gestão do processamento do pedido, da

gestão de estoque e armazenagem e do transporte, atividades estas responsáveis pela

existência da cadeia de suprimentos. Enquanto a logística visa atender aos clientes do

mercado consumidor, a cadeia de suprimentos propicia as melhores condições para que as

mercadorias e produtos sejam disponibilizados aos clientes no momento e local que estes

precisam.

Sendo assim, segundo Christopher (2010, p. 4) o foco do gerenciamento da cadeia de

suprimentos está na cooperação e na confiança, e no reconhecimento de que, devidamente

gerenciado, “o todo pode ser maior que a soma de suas partes”. Portanto, a condução eficaz da

logística e do gerenciamento da cadeia de suprimentos pode fornecer importante vantagem

competitiva, ou seja, a empresa pode se tornar mais competitiva em relação às outras

empresas, tendo como consequência, a atratividade de novos clientes.

1.3 ARMAZENAMENTO

A evolução tecnológica estendeu seus benefícios, segundo Viana (2010) à área de

armazenagem, tanto pela introdução de novos métodos de racionalização e dos fluxos de

distribuição de produtos, como pela adequação de instalações e equipamentos para a

movimentação física de cargas. Castiglioni (2010) mostra que o propósito da armazenagem

está baseado em uma estrutura composta por recebimento, estocagem e distribuição.

Castiglioni (2010) entende por recebimento como sendo o conjunto de operações que

envolvem a identificação do material recebido, o confronto do documento fiscal com o

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pedido, a inspeção qualitativa e quantitativa do material e a sua aceitação formal. A

estocagem como o conjunto de operações relacionadas à guarda do material e constituindo um

dos pontos mais vitais na formação do conjunto de atividades de armazenagem, pois exige

técnicas específicas para alcançar a eficiência da racionalização, a economia desejada e a

distribuição referem-se a um conjunto de operações próprias relacionadas à expedição do

material, envolvendo a acumulação do que foi recebido da estocagem, a embalagem e a

respectiva entrega ao requisitante.

Faria e Costa (2010) mostram que o processo de armazenamento constitui um elo

entre o fornecedor, a produção e o cliente, formando um sistema do abastecimento à demanda

e proporcionando um serviço eficiente ao cliente. Porém é preciso tomar alguns cuidados

básicos a respeito do armazenamento dos produtos quando estes forem perecíveis como o

hortifrúti, segundo Andrade (2010). É necessário ter muito cuidado ao armazenar os produtos

perecíveis, e verificar se são compatíveis, ou seja, se podem ser armazenados um perto do

outro, pois é fundamental para manter a qualidade dos produtos e a durabilidade deles.

Conforme o exposto, sobre os cuidados e forma de armazenamento, pode-se observar

que de acordo com Mercado Melhor (2009) hortifrútis como damasco e ameixa necessitam

ser armazenadas em locais frios, já as bananas não podem ficar em temperatura inferior a 12º

C. Ainda de acordo com o autor, o melão e a melancia devem ser armazenados sem que haja

empilhamento dos produtos. Outro exemplo de cuidados na forma de armazenagem é com

relação à batata em que a luz é prejudicial para este legume, o mesmo vale para couve-flor e

para a alcachofra. No aspecto da ventilação do armazém, Frutas Legumes ou Verduras (FLV)

como couve-flor, cenoura, nabo e pepino necessitam de um local arejado.

Conforme o que foi mostrado, considerando as definições de Carneiro (2012) pode-se

perceber que manter estoques adequados e armazená-los de maneira correta é uma função

importante da logística, uma vez que o estoque de qualquer material ou produto tem como

objetivo conseguir o equilíbrio das diferenças entre fornecimento e demanda, mesmo que, na

maioria das vezes tenha caráter econômico ou estratégico.

1.4 CONTROLE DE MATERIAIS PERECÍVEIS

Segundo Viana (2010) os produtos perecíveis devem ser armazenados conforme a

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técnica First In First Out (FIFO), ou seja, primeiro que entra primeiro que sai, observando a

data de validade dos produtos. Se não houver controle e metodologia apropriada, a deficiência

provocará perdas com consequências danosas ao abastecimento da empresa.

Expõe Viana (2010, p. 58):

O critério de classificação pela probabilidade ou não de perecimento não exprime o

sentido único e exclusivo etimológico do vocábulo, qual seja, extinguir o

desaparecimento das propriedades físico-químicas do material. Muitas vezes o fator

tempo influencia na classificação; assim, quando a empresa adquire determinado

material para ser utilizado em data oportuna, e, se porventura não houver consumo,

sua utilização poderá não ser mais necessária, o que inviabiliza a estocagem por

longos períodos.

Se não consumidos no tempo adequado de consumo, os produtos perecíveis perdem

suas propriedades e principalmente o valor, o que causa prejuízo para a empresa que o

comercializa. Deve-se haver um estudo sobre os cuidados e classificações dos produtos

perecíveis com o objetivo de reduzir os custos de estocagem e acima de tudo, a quantidade

versus a demanda dos hortifrútis.

Desta forma, Viana (2010) propõe a classificação de materiais perecíveis como:

a) Pela ação higroscópica: matérias que possuem grande afinidade com o vapor de

água e podem ser retirados da atmosfera. Exemplos: sal marinho, cal virgem etc.;

b) Pela limitação do tempo: materiais com prazo de viabilidade claramente

definido. Exemplos: remédios, alimentos etc.;

c) Instáveis: produtos químicos que se decompõem ou se polimerizam

espontaneamente ou têm outro tipo de reação na presença de algum material

catalítico ou puro. Exemplos: peroxido de éter, óxido de etileno etc.;

d) Voláteis: produtos que se reduzem a gás ou vapor, evaporando naturalmente e

perdendo-se na atmosfera. Exemplo: amoníaco;

e) Por contaminação pela água: materiais que se degradam pela adição direta de

água. Exemplo: óleo para transformadores.

f) Por contaminação por partículas sólidas: materiais que, em contato com

partículas sólidas, como areias e poeiras, poderão perder parte de suas

características físicas e químicas. Exemplo: graxas.

g) Pela ação da gravidade: materiais que, estocados de forma incorreta, podem

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sofrer deformações. Exemplo: eixos de grande comprimento;

h) Por queda, colisão ou vibração: engloba os materiais de grande fragilidade ou

sensibilidade. Exemplos: cristas, vidros, instrumentos de medição etc.;

i) Pela mudança de temperatura: materiais que perdem suas características para

aplicação, se mantidos em temperatura diferente da requerida. Exemplos: selantes

para vedação, anéis de vedação em borracha etc.;

j) Pela ação da luz: materiais que se degradam por incidência direta da luz.

Exemplos: filmes fotográficos.

k) Por ação de atmosfera agressiva: materiais que sofrem corrosão quando em

contato com atmosfera com grande concentração de gases ou vapores. A corrosão

atmosférica pode ocorrer principalmente por vapores de água e ácidos, como

sulfúrico, fósforo, nítrico, sais, cloro, flúor, entre outros;

l) Pela ação de animais: materiais sujeitos ao ataque de insetos e outros animais,

durante a estocagem. Exemplos: grãos, madeiras, peles de animais etc.

Por sua vez, de acordo com Carara (2013) os alimentos que são denominados como

perecíveis, como os hortifrutigranjeiros, exigem um cuidado maior em todo o seu percurso até

chegar ao consumidor final. Iniciando-se pelo seu cultivo e colheita, passando para o

transporte e armazenagem, e finalmente em sua distribuição ou comercialização aos pontos de

venda, como nos supermercados, e a venda aos clientes ou consumidores, por serem

alimentos extremamente sensíveis e com baixa resistência aos fatores adversos como o calor

excessivo, transporte e armazenagem inadequada, entre outros fatores, que venham a causar

danos a estes produtos.

Sendo assim, expõe Mercado Melhor (2009, p. 17) sobre a classificação do hortifrúti

em que “todos os produtos que compõem a seção de FLV são gêneros alimentares

provenientes da natureza, mais especificamente da terra, do campo, e tem como característica

comum a perecibilidade”. Diante disso, é necessário obter informação sobre a forma de

estocagem, armazenagem, e distribuição física dos produtos nas gôndolas dos supermercados.

1.5 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

A administração de materiais é o inverso da distribuição física, pois trata do fluxo de

produtos para a organização. Em grande parte, a administração de materiais é trabalhada junto

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com a distribuição física. Ensina Ballou (2010) que a boa administração de materiais significa

coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de operações, ou seja, prover o

material certo, no local de operação certo, no instante e condições de uso corretos, ao menor

custo possível, a fim de proporcionar uma economia para o supermercado.

Conforme expõe Gonçalves e Schwember (1979) apud Raimundo (2011) em

administração de materiais o uso do computador é bastante frequente, principalmente no

controle de estoque e programação de estoques, onde diversas informações são processadas e

utilizadas pelos gestores das diversas áreas da empresa. Com isso, percebe-se que ocorre a

diminuição da falta de mercadorias, e a empresa consegue obter um controle maior do estoque

e do consumo de determinados produtos.

Bowersox e Closs (2010) ressaltam que o objetivo primordial do manuseio de

materiais é a separação das cargas de acordo com as necessidades apresentadas pelos clientes.

Completa ainda o autor, são três as atividades importantes para o manuseio: o recebimento, o

manuseio interno e a expedição.

O recebimento, segundo Bowersox e Closs (2010) são as mercadorias e materiais que

chegam aos depósitos geralmente em grandes quantidades. Manuseio interno inclui toda e

qualquer movimentação dos produtos dentro do armazém. As mercadorias são levadas para o

depósito e colocadas no local determinado. Neste caso, o transporte é feito por empilhadeiras,

quando são usados paletes ou slipsheet3, ou por outros meios de tração mecânica, quando se

trata de cargas maiores. E, a expedição consiste basicamente na verificação e no carregamento

das mercadorias nos veículos. É executada manualmente em grande parte dos sistemas. Seu

objetivo é facilitar a obtenção das mercadorias nos locais desejados e possuem grande

importante para a logística empresarial.

O gerente de materiais, segundo Ballou (2010) utiliza essas atividades para suprir a

operação da produção com peças e materiais necessários. Isto é realizado pelo abastecimento

de bens para atender as necessidades da produção ou pelo abastecimento para estoque em

antecipação a essas necessidades. De acordo com Raimundo (2011) o profissional da área de

3 SlipSheet, ou folha separadora, conforme Bowersox e Closs (2010) são chapas de material variado, como

compensado de madeira ou papelão grosso, na qual é agrupado uma ou mais camada de caixas. Sua função é

permitir o transporte ou armazenagem de um conjunto de caixas e garantir a estabilidade de caixas, distribuindo

a carga de forma homogênea.

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administração de materiais tem como responsabilidade fazer com que a empresa tenha um

estoque sustentável de acordo com sua demanda, dando ênfase na redução de custos,

rentabilidade e produtividade da empresa.

1.6 SETOR SUPERMERCADISTA

Ricarte (2005, p. 18) enfatiza a ideia de que o setor supermercadista consiste num

dos mais importantes do país, pois, além de ser responsável por uma parcela significativa do

PIB brasileiro, este setor desempenha um importante papel social, uma vez que é responsável

por abastecer os itens básicos para boa parte da população do país.

De acordo com a Revista Hortifrúti Brasil (2010, p. 8):

Atualmente, o brasileiro compra, cada vez mais, seus hortifrutícolas nos

supermercados, mas ainda mantém uma parcela em outros canais. Segundo a

LatinPanel, em 2007, 39% das compras de hortifrútis pelos brasileiros é realizada

em supermercados e também em outros canais; somente em outros canais (atacados,

sacolões, feiras livres, etc.) representam 31% das compras e 30% das compras são

realizadas exclusivamente nos supermercados.

Percebe-se que os consumidores brasileiros estão adquirindo o hábito de comprar

hortifrúti em supermercados, pela facilidade de acesso aos produtos e pelo fato de

encontrarem nesse segmento produtos que talvez tivessem que comprar em feirões ou outros

lugares de venda de hortifrúti.

Ainda de acordo com a Revista Hortifrúti Brasil (2010) a importância das frutas,

legumes e verduras (FLV) é notada não só por sua representatividade em vendas, mas também

por ajudar na fidelização do consumidor. Um estudo especial feito para a Associação Paulista

de Supermercados (APAS), em 2009, apontou que 61% das pessoas escolhiam o

supermercado pela qualidade e frescor dos hortifrútis. Atento a esse resultado, o

supermercadista tem aumentado a importância dada a este setor e, por isso, a relação com o

produtor de FLV tende a ser ainda mais relevante.

O aumento da preocupação dos supermercados em proporcionar produtos como o

hortifrúti de qualidade e boa aparência têm atraído novos clientes aos setores

supermercadistas. Diante desse fator, nota-se a importância em oferecer cada vez mais

qualidade em hortifrútis de forma que isso torne o meio para fidelização de clientes. De

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acordo com a Revista Hortifrúti Brasil (2010) percebe-se que o setor de FLV vem ganhando

mais importância dentro do supermercado. A sua qualidade é um dos fatores responsáveis

pela fidelidade do consumidor à loja, de acordo com Leonardo Milyao – Diretor comercial do

setor de FLV do grupo Pão de Açúcar.

1.7 ASPECTOS DO SETOR HORTIFRÚTI NOS SUPERMERCADOS

De acordo com o Sindicato Rural de Mogi das Cruzes (2013), a busca crescente por

alimentos mais saudáveis está expandindo o espaço dedicado às frutas, legumes e verduras

(FLV) dentro dos supermercados. No Brasil, essa tendência é cada vez mais visível. O setor

de frutas, legumes e verduras representa aproximadamente 13% do faturamento de uma

empresa.

Segundo Simarelli (2006) a seção de hortifrúti é a menina dos olhos dos

supermercados, pois os consumidores chegam a consumir hortifrúti até três vezes por semana

e a ida ao supermercado com mais frequência acaba induzindo à compra de outros produtos.

As frutas, pelo alto valor agregado, representam 50% da seção de hortifrúti. Dados da

empresa Kantar World Panel (apud REVISTA HORTIFRÚTI BRASIL, 2010) mostra que o

terceiro atributo mais importante na escolha de um supermercado para o consumidor

brasileiro são frutas, legumes e verduras (FLV) de qualidade e frescos. Os dois primeiros são:

loja limpa e qualidade e frescor de carnes.

1.8 CUSTOS LOGÍSTICOS

De acordo com Paura (2012) custos logísticos representam um fator importante no

estímulo do comércio, desta forma, quanto menor o custo maior será o estímulo, assim

produtos produzidos na região tendem a ter um menor custo logístico do que produtos de

regiões distantes, necessitando assim, uma análise da origem dos produtos. Rocha (2011)

destaca que para que o sistema logístico de uma empresa seja classificado como eficiente, as

atividades logísticas devem criar valor e melhorar seu desempenho minimizando o uso dos

recursos (custos). Além disto, os administradores precisam basear-se nos pressupostos de que

a logística impacta nos resultados financeiros, pois, o resultado financeiro é fruto de ações

tomadas nos processos empresariais. A amplitude dos custos e dos tempos de resposta

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associados às atividades primárias: o custo unitário imobilizado em estoques aumenta em

cada etapa do processo logístico em virtude de ser proporcional ao valor dos itens estocados.

Conforme expõe Faria e Costa (2011) o custo de transporte é um dos maiores

problemas na identificação dos custos logísticos de abastecimento no Brasil, pois a maioria

das empresas não tem a informação do frete de compra segregada do valor do material, pois a

maioria dos fornecedores de materiais nacionais não destaca essa informação na nota fiscal e,

quando esta informação existe, encontra-se na área de compras, pois muitos materiais são

adquiridos com preços negociados, incluindo o valor do frete e seguros, dependendo dos

termos de negociação. Christopher (2010) expõe que um dos princípios básicos do custeio

logístico é a capacidade de identificar os custos que resultam do provimento de serviços ao

cliente. Desta forma, entende-se que para analisar os custos da cadeia de suprimentos como

um todo haveria a necessidade do fornecedor compartilhar esses custos para serem

adequadamente gerenciados.

1.9 CUIDADOS NECESSÁRIOS E PERDAS

Os supermercados querem atender seus consumidores cada vez melhor, para isso o

setor de FLV é uma das apostas dos supermercados para agregação de valor ao produto e para

fidelizar o cliente, ocorre que hortifrútis, diferente da maioria dos produtos dos

supermercados necessitam de cuidados especiais, pois todos possuem características de

perecibilidade.

Os produtos hortifrúti perecíveis em decorrência de seu curto prazo de validade

devem ter alguns cuidados especiais a serem tomados pelos empresários, como cita SEBRAE

(2006, p. 46):

Na seção de hortifrutigranjeiros, os balcões serão espalhados para transmitir uma

sensação de fartura de frutas, legumes e verduras. As folhagens têm que ser

molhadas diariamente para dar a impressão de frescor. A arrumação dos legumes,

frutas e verduras é muito importante, nesse departamento. Os produtos devem ser

dispostos com ‘arte’, como em um quadro, e têm que ser cuidados para estarem

sempre em perfeito estado.(Grifo Nosso)

Desta forma, os hortifrúti deverão apresentar uma distribuição de modo a agradar os

clientes, mas serem expostos sempre em perfeito estado, com uma boa aparência e

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posicionados de forma estratégica afim de não apresentarem danos aos demais. Existem

estudos que demonstram quais produtos podem ficar perto dos outros, pois se não colocados

corretamente o estado de maturação de um prejudica o estado de maturação do outro.

Segundo Gomes (2009, p. 01):

Nunca coloque um vegetal maduro ao lado de outro mais novo, esse último vai se

deteriorar mais rápido. Isso acontece porque algumas espécies liberam mais gás

etileno na medida em que amadurecem. O gás acelera a maturação dos vegetais que

estiverem próximos.

O descumprimento de tal cuidado gerará prejuízo para o supermercado devendo

assim, este, ter um rígido controle da armazenagem e distribuição física de produtos novos e

velhos, pois o gás etileno, segundo Andrade (2010) faz com que os vegetais amadureçam

muito rápido se não forem armazenados corretamente. Assim, caso não seja respeitado tal

cuidado o supermercado terá prejuízo, podendo perder o novo estoque.

Andrade (2010, p.7) ressalta que quanto à exposição de produtos, o importante é se

preocupar com a qualidade e beleza para atrair cliente e destaca alguns pontos importantes

para a boa exposição: é preciso observar a perecibilidade dos produtos; observar a

temperatura ambiente; a umidade; cuidado com o manuseio; observar a diversidade das cores

e o empilhamento dos produtos. Nesse caso, é preciso fazer a reposição e supervisão das

seções de hortifrúti para garantir que os produtos frescos e conservados.

De acordo com Viana (2010) existem recomendações quanto à preservação dos

materiais e sua adequada embalagem para proteção a umidade, oxidação, poeira, choques

mecânicos, pressão, etc. Andrade (2010) expõe alguns cuidados em relação a algumas frutas

como abacaxi, abacate, maçã e kiwi, que não devem ser expostas próximas, pois absorvem o

aroma uma das outras. Segundo Gomes (2009) estima-se que mais de 80% das perdas no

hortifrútis ocorram durante a exposição, enquanto o restante acontece no transporte e na

armazenagem.

De acordo com Andrade (2010, p. 4) “dependendo do grau de maturação do produto,

ele deverá ser armazenado sob refrigeração para que não se estraguem ou amadureçam muito

rápido” conforme mostrado no quadro 1 sobre as temperaturas de armazenagem para

produtos perecíveis:

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Quadro 1: Temperaturas de Armazenagem

Classificação do Produto Temperatura do Produto

Congelados -18º C a -12º C

Refrigerados 0º C a 10º C

Secos e Salgados Temperatura Ambiente. Em geral de 15º C a 25º C

Fonte: Andrade (2010, p. 4)

Os produtos precisam estar em perfeito estado e armazenados na temperatura ideal

para cada tipo e, além disso, os supermercados precisam tomar alguns cuidados quanto ao

espaço em que os produtos serão expostos para que não ocorra nenhum dano e prejuízo para a

loja. Desta forma, observa-se nos quadros 2 e 3 os cuidados tanto no armazenamento quanto

na exposição de hortifrútis.

Quadro2: Cuidados Especiais - Frutas

Frutas Cuidados

Damasco Evitar variações bruscas de temperatura. Conservar no frio, escolher

quando for expor na seção.

Abacaxi Não precisa de frio. Conservação de 03 e 05 dias (depende do estado

de maturação). Tem necessidade de arejamento.

Abacate Evitar “choques” e manuseio. Não precisa de frio, precisa de

arejamento.

Banana Evitar manuseio. Não suporta temperatura inferior a 12º C.

Conserva-se por 2 a 3 dias quando madura.

Cereja Muito Frágil. Evitar variações bruscas de temperatura. Cuidados

especiais de manuseio, evitar que o Cliente toque no produto.

Morango Evitar “choques” e ter, no manuseio, cuidados especiais. Evitar

expor a variações de temperatura. Precisa de arejamento.

Pêssego e Nectarina Evitar pancadas e manuseio. Evitar variações bruscas de

temperatura.

Pera Evitar variações bruscas de temperatura e manipulação. Vigiar o

amadurecimento.

Maçã e Marmelo Evitar pancadas. Conservação de 6 a 8 dias.

Ameixa Evitar pancadas. Conservar no frio. Vigiar a higiene da seção.

Melão e melancia Evitar lotes com produto empilhado.

Figos Conservar em local fresco e arejado. Evitar manuseio pelos Clientes.

Uva Evitar variações bruscas de temperatura Fonte: Mercado Melhor (2009, p. 20)

Pode-se perceber que não basta tomar cuidado quanto ao lugar na qual as frutas serão

armazenadas ou expostas, é preciso haver atenção sobre detalhes na forma de expô-los nas

prateleiras e nos armazéns, não basta um espaço refrigerado, alguns legumes precisam de luz,

e não possuem durabilidade quando levam pancadas com outros legumes.

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Quadro 3: Cuidados Especiais – Legumes

Legumes Cuidados

Alcachofra Evitar choques /pancadas. A luz é prejudicial.

Aspargos A luz é prejudicial, evitar a dessecação (fazer absorver água pela base

na Câmara).

Couve-Flor Evitar pancadas. A luz é prejudicial. Necessita de ventilação. Evitar

variações bruscas de temperatura. As folhas só devem ser cortadas a

meia cabeça para exposição.

Cenoura e Nabo Deixar na seção. Evitar a luz, colocar em local arejado e fresco.

Pepino Evitar pancadas, gosta dos lugares ventilados, mas não do frio. Evitar

luz intensa.

Espinafres Necessita de arejamento. Necessita de umidade (a noite pode-se

colocar um pano úmido) sobre o produto

Feijão Verde Necessita de arejamento. Ter atenção à rotação.

Batata A luz é prejudicial

Alface Evitar a exposição sob luz intensa. Evitar manuseio pelos Clientes

Tomate e Pimentão Evitar pancadas e manipulações. Separar produtos em diferentes

estados de maturação

Couve de Folhas Cuidado especial com as folhas. Guardar em local fresco e arejado.

Retirar folhas ou pontas envelhecidas.

Couve e Repolhos As primeiras folhas vão amarelando com o tempo, devendo ser

retiradas para melhor exposição. Colocar em local fresco e arejado Fonte: Mercado Melhor (2009, p. 21)

Segundo o Ministério da Integração Nacional e Associação Brasileira de

Supermercados (ABRAS) (apud CARARA, 2013) 86% das perdas na seção de hortifrútis

ocorrem durante a exposição dos produtos para a venda, outros 9% ocorrem no transporte e

5% na armazenagem. No estoque dos produtos hortifrútis também costuma ocorrer perdas

devido ao pouco espaço das salas de refrigeração que na maioria das vezes não tem

capacidade de armazenar adequadamente todos os produtos que os mercados comercializam,

sendo que os produtos hortifrútis necessitam de maior cuidado por possuírem prazo de

validade menor que os demais produtos. De acordo com Parré e Câmara (2012) 46% de

perdas dos hortifrútis, segundo a Associação Paulista de Supermercados (APAS) são

consequentes do manuseio do consumidor, e em segundo lugar aparecem a falta de qualidade

dos produtos expostos, tendo sequência o excedente de oferta e a falta de refrigeração, depois

disso, 10% cabe a falta de capacitação da equipe que cuida do setor de hortifrúti.

2 METODOLOGIA

A pesquisa apresenta caráter descritivo e exploratório com abordagem qualitativa e

quantitativa, utilizando o método dedutivo. A pesquisa descritiva, de acordo com Cervo e

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Bervian (1996, p. 49) procura descobrir, com a precisão possível, a frequência com que um

fato ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características. Por exigir que os

dados da pesquisa sejam coletados e registrados ordenadamente, a pesquisa descritiva pode

assumir diversas formas, tendo-se uma pesquisa detalhada para o alcance dos objetivos

desejados. Na pesquisa exploratória segundo Cervo e Bervian (1996, p. 49) é considerada

como o passo inicial no processo de elaboração de uma pesquisa. Possui o objetivo de

familiarizar-se com o fato, obter novas percepções, descobrir novas ideias, proporcionando

experiência, auxílio no levantamento dos dados necessários para o estudo e a formulação da

pesquisa.

Abordagem quantitativa de acordo com Michel (2005, p. 33) trata-se da atividade de

pesquisa que usa a quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no

tratamento destas, através de técnicas estatísticas, desde as mais simples, como percentual,

média, desvio-padrão, as mais complexas, como coeficiência de correlação, análise de

regressão, etc. São amplamente utilizadas quando a intenção é garantir a precisão dos

resultados, evitando distorções de análise de interpretação e possibilitando, em consequência,

uma margem de segurança quanto às interferências. Essa abordagem foi usada para

quantificar o nível de satisfação dos clientes dos supermercados analisados a respeito da

qualidade das frutas legumes e verduras (FLV) disponíveis ao consumo e mostrar em

percentuais as informações coletadas por meio do questionário aplicado.

Na abordagem qualitativa, segundo Michel (2005, p. 33) a verdade não se comprova

numérica ou estatisticamente, mas convence na forma de experimentação empírica, a partir de

análise feita de forma detalhada, abrangente, consistente e coerente, sua interpretação não

pode ficar reduzida a quantificações frias e descontextualizadas da realidade.

Para Michel (2005) o método dedutivo parte de uma verdade estabelecida, ou seja,

geral, para provar a validade de um particular. Na dedução, se as premissas são verdadeiras, a

conclusão torna-se consequentemente verdadeira, se encarregando de provar se os fatos são

verdadeiros para todos os casos.

A pesquisa é não probabilística, que de acordo com Santos (2005, p. 126) é

aconselhável seu uso quando o tipo randômico for de impossível aplicação. Classifica-se em

amostragem intencional e amostra por quotas, ou simplesmente por cotas. Para Gil (2007) a

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amostragem por conveniência (o mesmo que não probabilística) o pesquisador seleciona os

elementos a quem tem acesso, admitindo que estes possam representar o universo. Aplica-se

este tipo de amostragem em estudos exploratórios ou qualitativos, onde não é requerido

elevado nível de precisão. Na pesquisa, foi utilizado a amostragem por conveniência.

Para realizar a pesquisa foram utilizadas as técnicas de coleta de dados, tais como

entrevista, questionários, observação, pesquisa documental e pesquisa bibliográfica. De

acordo com Santos (2005, p. 234) a entrevista semiestruturada (APÊNDICE A) é um

excelente instrumento de pesquisa e é largamente usada no mundo das organizações, com

múltiplas finalidades. Trata-se de uma conversa oral entre duas pessoas, sendo uma delas o

entrevistado e a outra o entrevistador. Para entrevistar satisfatoriamente, um indivíduo precisa

de preparo antecipado, como qualquer outro profissional, de maneira que o entrevistado deve

receber informações sobre a finalidade da entrevista, a utilidade, o objetivo e o compromisso

de anonimato. A entrevista foi realizada com os gerentes ou responsáveis pelo setor de

hortifrúti dos supermercados estudados. A partir daí foi feito uma análise sobre a forma como

os produtos são alocados nos supermercados e os fatores que fazem com que os produtos

estraguem antes mesmo de serem consumidos.

A aplicação dos formulários estruturados com perguntas objetivas (APÊNDICE B)

através do contato direto, Conforme expõe Santos (2005, p. 232), se caracteriza por conter um

conjunto de itens bem ordenados e bem apresentados. Ao elaborar um formulário deve-se

observar a clareza das perguntas, tamanho, conteúdo e organização de maneira que seja fácil

para o informante responde-lo. Foram aplicados 100 formulários aos clientes dos

supermercados no período da manhã, tarde e noite, de forma aleatória com objetivo de

adquirir informações a respeito da satisfação em relação ao consumo dos FLV da loja na qual

frequentam, e levantar as possíveis causa de insatisfação em relação à qualidade e aparência

dos produtos expostos nas gondolas.

A técnica de observação (APÊNDICE C) utilizada na pesquisa é a observação

simples, que segundo Gil (2007, p. 111) é aquela em que o pesquisador, permanecendo alheio

à comunidade, grupo ou situação que pretende estudar, observa de maneira espontânea os

fatos que aí ocorrem. Foi utilizada a técnica de observação (APÊNDICE C) com o intuito de

verificar a maneira pela qual é feito o armazenamento, e alocação dos produtos hortifrútis

perecíveis tanto no armazém quanto na distribuição nas prateleiras dos supermercados

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estudados. Com o objetivo de levantar os fatores que colaboram para as perdas das FLV nos

supermercados, e assim, atingir o objetivo da pesquisa.

A pesquisa documental, segundo Severino (2007) tem como fonte documentos no

sentido amplo, não englobando apenas documentos impressos, mas também documentos

como jornais, fotos, filmes e documentos legais. A pesquisa documental serviu para analisar

os dados contidos nos documentos, dentre eles os relatórios com informações sobre a

quantidade de produtos perdidos da empresa que também mostram a quantidade de produtos

que são comprados. Este tipo de pesquisa teve finalidade de colaborar para o levantamento da

quantidade de perdas que ocorrem nos supermercados estudados.

Pesquisa bibliográfica conforme expõe Gil (2007, p. 44) é desenvolvida com base em

material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Boa parte dos

estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas. A pesquisa

bibliográfica teve como principal objetivo confrontar a informações obtidas nos livros,

revistas, etc. com as informações obtidas por meio da entrevista aplicada ao responsável pelo

setor de hortifrúti e questionário aplicado aos consumidores.

Foi realizada uma pesquisa in loco com os gerentes ou responsáveis pelo setor de

hortifrútis em dois supermercados considerados de grande porte credenciados na Câmara de

Dirigentes Lojistas – CDL, o método para definir o tamanho dos supermercados foi por meio

do número de colaboradores que cada um possui, sendo escolhidos para a realização da

pesquisa, aqueles que possuírem o quadro de funcionários acima de 95, com objetivo de

analisar os gastos que a empresa possui em relação aos produtos perecíveis.

O artigo foi estruturado conforme as disposições previstas no Manual do Artigo

Cientifico do Curso de Administração da Universidade Federal de Rondônia - Campus

Professor Francisco Gonçalves Quiles (SILVA, TORRES NETO, QUINTINO, 2010)

3 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS

A pesquisa foi realizada com os responsáveis pelo setor de hortifrúti e para isso

realizou-se aplicação de formulários contendo 21 perguntas a fim de adquirir informações

sobre o modo como a logística é trabalhada dentro das empresas, utilizou-se o roteiro de

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observação para verificar a maneira como os FLVs são distribuídos, armazenados e expostos

nas prateleiras dos supermercados. Para saber a opinião dos clientes em relação aos hortifrútis

oferecidos pelos supermercados, foram aplicados 100 questionários aos clientes de cada

supermercado pesquisado.

3.1 ANÁLISE COMPARATIVA DA ENTREVISTA COM OS RESPONSÁVEIS PELO

SERTOR DE HORTIFRUTI DOS SUPERMERCADOS “01” E “02”

O pesquisado “A” possui o ensino médio completo, 44 anos, casado, e trabalha no

setor de hortifrúti há 21 anos e o pesquisado “B” possui o ensino médio completo, 30 anos,

casado e trabalha no setor de hortifrúti há 2 anos. Os hortifrútis são entregues tanto no

supermercado “01” quanto no supermercado “02” por caminhões de câmara fria e caminhões

de carga seca, sendo este usado para transporte de produtos que não precisam de cuidados

relacionados às intempéries (sol, chuva, calor, frio, dia, noite, etc), porém, a maioria dos

produtos são transportados em caminhão de câmara fria, pois grande parte vem de outros

estados do país. Tanto no supermercado “01” quanto no supermercado “02” o setor de

hortifrúti é abastecido todas as segundas e quintas-feiras preferencialmente na parte da manhã,

por fornecedores de fora com uma média de 1.200 caixas de FLVs e nos demais dias, em

pequenas quantidades, ocorre o abastecimento por fornecedores da região. Grande parte dos

produtos fornecidos ao supermercado “01” é da Companhia de Entrepostos e Armazéns

Gerais do Estado de São Paulo (CEAGESP) enquanto que no supermercado “02” os produtos

vêm da Central de Abastecimento do Estado de Goiás (CEASA).

Assim que os caminhões chegam ao supermercado “01” e “02”, ocorre a conferência

dos produtos pedidos, pesagem, e logo em seguida são colocados em uma sala refrigerada,

este processo leva apenas 10 minutos, justificando este tempo o fato de serem produtos

perecíveis. O responsável pelo setor faz as devidas verificações a respeito da quantidade dos

hortifrúti estragados e repassa as informações aos fornecedores para a reposição dos produtos

na próxima venda. Costuma acontecer muitas perdas no transporte, pois mesmo que os

fornecedores tomem o cuidado de não colocar um produto perto de outro, separando por

categoria (verdura perto de verdura, fruta perto de fruta, etc), os motoristas dos caminhões não

tomam o cuidado de controlar a temperatura das câmaras frias (que devem estar a 4 graus).

Isso faz com que os fornecedores sejam obrigados a fornecer novos produtos no próximo

abastecimento. Conforme citado no referencial teórico, de acordo com o Ministério da

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Integração Nacional e Associação Brasileira de Supermercado (ABRAS) (apud CARARA,

2013) as perdas no transporte correspondem a 9% e na armazenagem correspondem a 5%.

Houve relatos de que os produtos na qual o supermercado “01” mais perde nesta primeira

etapa (abastecimento) são as folhagens, que em muitas vezes não vem em caixas adequadas,

forradas com jornal ou outro material que ajuda a evitar que fiquem com a aparência de folhas

queimadas, bananas, que são fornecidas, na maioria das vezes, em caixas de madeiras, sem

forrar com jornal, e, portanto chegam com manchas pretas, ou amassadas, o mesmo ocorre

com a cebola e o tomate. No supermercado “02” os produtos danificados nesta etapa são as

folhagens, pelo mesmo motivo do supermercado “01”,assim como o tomate, cebola e maçã.

Alguns cuidados são importantes para evitar perdas de produtos como estes, conforme

mostrados no quadro 02: Cuidados Especiais – Frutas e quadro 3: Cuidados Especial –

Legumes e Verduras que mostram que o alface não pode ser exposto sob luz intensa, e deve-

se evitar o manuseio. A batata deve ser guardada em lugares escuros, a maçã não resiste a

pancadas bruscas e prazo de conservação varia de 6 a 8 dias. A banana não suporta

temperatura inferior a 12ºC e o prazo de conservação varia entre 2 a 3 dias. O tomate também

não resiste a pancadas bruscas, deve ser separado de acordo com os estado de maturação e

deve evitar a manipulação por parte dos funcionários e consumidores.

O supermercado “01” conta com uma média de 10 funcionários responsáveis pelo

abastecimento, armazenamento e exposição, enquanto que no supermercado “02” a equipe é

composta por 8 funcionários também responsáveis pelo abastecimento, armazenamento e

exposição. De acordo com os entrevistados “A” e “B”, é feito treinamento através de palestras

e reuniões pelo menos 3 vezes ao ano, afim de minimizar o desperdício pela falta de cuidado

com o manuseio dos produtos, pois, de acordo com Parré e Câmara (2012) 10% das perdas de

produtos cabe a falta de capacitação da equipe que cuida do setor de hortifrúti.

Ao perguntar se os entrevistados identificam alguma mudança na maneira como os

produtos são armazenados, obteve-se a resposta positiva, pois o entrevistado “A” alega a

necessidade de aumentar o espaço e realizar reforma das salas refrigeradas, para aumentar a

qualidade dos estoques, e o entrevistado “B” mostrou a importância do cuidado da

armazenagem de produtos que não podem ser colocados pertos um dos outros, uma vez que,

neste supermercado as FLVs são colocadas em uma única sala refrigerada.

Os supermercados, “01” e “02” possuem um sistema que permite controlar os

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estoques, proporcionando informações sobre a quantidade vendida por dia, assim como a

quantidade de FLVs que os supermercados perdem diariamente. Este sistema é alimentado

por meio de um funcionário responsável pelo setor de hortifrúti juntamente com o gerente que

fica atento se estão pesando corretamente os produtos dando baixa no sistema a fim de evitar

erros e repasse de informação a respeito da quantidade de produtos em estoques e a

quantidade de produtos vendidos diariamente. Constatou-se que o entrevistado “A” considera

importante o uso de ferramentas que permitem medir a temperatura adequada para cada tipo

de produto, uma vez que as frutas, legumes e verduras possuem características diferentes e

necessitam de armazenamento em temperatura adequada às suas características. É válido

ressaltar que, devido ao espaço, muitos produtos são armazenados sem levar em consideração

as necessidades de armazenamento.

Ao perguntar sobre os cuidados na armazenagem dos produtos que não podem ser

colocados em contato com a luz, calor ou frio a resposta do entrevistado “A” foi positiva,

tendo como exemplo a cebola e o alho que não podem ser colocados no frio, e também não se

recomenda o transporte em câmara fria. As verduras são colocadas em uma sala resfriada a 12

graus, as frutas são colocadas em outra sala resfriada a 0 graus e os legumes são colocados em

uma sala resfriada a no máximo 15 graus. E as FLVs que não precisam de congelamento são

alocadas em um espaço com temperatura ambiente. Porém cuidados quanto ao empilhamento

dos produtos que não podem ser empilhados, não ocorre devido o espaço do armazém ser

pequeno. O entrevistado “B” respondeu que não existem cuidados quanto a esses fatores,

“devido ao fato de esses produtos não ficarem muito tempo armazenados e ficarem em uma

única sala refrigerada”. Percebe-se que, de acordo com Mercado Melhor (2009) hortifrúti

como damasco e ameixa necessitam ser armazenados em locais frios, já as bananas não

podem ficar em temperatura inferior a 12º C, o melão e a melancia devem ser armazenados

sem que haja empilhamento. Outro exemplo de cuidado na forma de armazenagem é com

relação à batata em que a luz é prejudicial para este legume. No aspecto da ventilação do

armazém, Frutas, Legumes ou Verduras como couve-flor, cenoura, nabo e pepino necessitam

de um local arejado.

Além do transporte, os supermercados “01” e “02” perdem produtos devido ao fato

de serem apalpados pelos clientes, principalmente as frutas, que, segundo os entrevistados,

não podem ser apalpadas, pois causam buracos e/ou manchas, e consequentemente, perdas

dos produtos e prejuízo ao supermercado. De acordo com Parré e Câmara (2012) 46% de

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perdas dos hortifrútis, segundo a Associação Paulista de Supermercados (APAS) são

consequentes do manuseio do consumidor. As perdas semanais do supermercado “01”

consiste em uma média de 4% dos FLVs em geral, enquanto que diariamente, o supermercado

“B” perde 1% dos FLVs.

Ao levantar a quantidade de produtos perdidos, no supermercado “02”, o

encarregado pelo setor de hortifrúti, faz o registro por meio de fotos dos produtos e as

mandam para outro encarregado em São Paulo, que faz a redução do próximo pedido de

produtos que foram descartados durante a semana.

Os produtos dos supermercados “01” e “02” são retirados e guardados todas as noites

tendo o cuidado de colocar na câmara fria aqueles que necessitam de refrigeração e em locais

arejados aqueles que necessitam de temperatura ambiente.

3.2 ANÁLISE DO ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DOS SUPERMERCADOS “01” E “02”

O roteiro de observação serviu para analisar na prática os fatos relatados na

entrevista realizada com os responsáveis pelo setor de hortifrúti. Foi observado no

supermercado “01” que o responsável pelo setor apenas estipula uma média de 1.200 caixas

que chegam ao supermercado porém, nota-se que o mesmo não possui informação precisa

sobre a quantidade de caixas que o supermercado adquire dos fornecedores de fora e da

região. A mesma consideração deve ser feita ao supermercado “02” que não possui controle

da quantidade de caixas que chegam por semana. Apenas possui um controle preciso da

quantidade de produtos que perdem por dia. Observou-se, em ambos os supermercados, que a

condição das caixas na qual os FLVs são transportados depende muito do fornecedor, alguns

tem o cuidado de forrar as caixas com jornal, ou algum outro material que ajuda a proteger os

produtos, porém, grande parte dos produtos são transportados de maneira errada. A maioria

dos produtos vem em caminhões de câmara fria, e geralmente chegam no período da manhã.

Todos os funcionários do setor de hortifrúti são responsáveis por cuidar do

abastecimento, armazenamento e exposição dos produtos, sendo que, no supermercado “01”

alguns são responsáveis por tirar os produtos da área de abastecimento e embalar os que

precisam de embalagem (geralmente em bandejas de isopor) antes de coloca-los na sala

refrigerada. Outros ficam responsáveis por alocar as FLVs nas salas específicas enquanto

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28

outros são responsáveis pela exposição na área de vendas. Já no supermercado “02” esse

processo de tirar os produtos da área de abastecimento, armazenamento e exposição é feito

pelos funcionários que estiverem disponíveis na hora que os produtos chegam ao

supermercado.

Percebe-se que tanto o supermercado “01” quanto o “02” não possuem uma média da

quantidade de caixas de produtos descartados na primeira etapa de abastecimento, pois a

quantidade é medida de acordo com a qualidade dos produtos que chegam, o supermercado

possui apenas a média em reais e em quilos, porém não foi possível colocar tais informações

na pesquisa, devido às restrições exigidas por parte do entrevistado. No supermercado “01”,

observou-se que a cada 71 quilos de banana que chegam ao supermercado, em embalagens

não forradas,58 quilos são descartados, ou seja, 81 % de perda. Além da banana, o

supermercado “01” também costuma descartar com frequência as folhagens em geral, cebola

e tomate, e no supermercado “02”, além da banana, cebola, tomate e folhagens, descarta-se

também a laranja, conforme mostra a fig. 01.

Figura 01: Produtos descartados

Fonte: O autor (2014)

Laranja

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29

Conforme visto na figura 1, a banana, na maioria das vezes chega ao supermercado

com manchas pretas na casca, devido à falta de cuidados no transporte, e o tomate é

descartado por não haver cuidado na hora de tira-los das salas refrigeradas para que o

processo de maturação aconteça antes de ir para as prateleiras e por não haver o cuidado de

separá-lo conforme o estado de maturação.

Na exposição, o que observou no supermercado “01” e “02” é que os responsáveis e

funcionários tomam o cuidado de expor as frutas, legumes e verduras mais sensíveis em

prateleiras refrigeradas, geralmente estas prateleiras ficam encostadas nas paredes dos

supermercados com a finalidade facilitar a movimentação dos clientes no setor da feirinha.

Porém, o que observa é que os funcionários não tomam o cuidado na hora de expor um

produto mais novo perto do mais velho, sendo que a falta de cuidado em relação a esse fator,

contribui para as perdas dos produtos. Gomes (2009, p. 01) mostra que não se pode colocar

um vegetal maduro ao lado de outro mais novo, esse último vai se deteriorar mais rápido. Isso

acontece porque algumas espécies liberam mais gás etileno na medida em que amadurecem.

O gás etileno acelera a maturação dos vegetais que estiverem próximos.

Outra questão observada, em ambos os supermercados, é que frutas como melão,

melancia e abacate, não demandam de cuidados quanto ao empilhamento, e os responsáveis

pelo setor justificam essa falta de cuidado com o prazo de tempo em que essas frutas ficam

expostas nas prateleiras. As gondolas/prateleiras são reabastecidas diariamente, tanto no

supermercado “01” quanto no supermercado “02” no período da manhã, de acordo com

anecessidade de produtos em determinados dias da semana.

3.3 QUESTIONÁRIOS AOS CLIENTES DOS SUPERMERCADOS “01” E “02”

Foram aplicados 100 questionários aos clientes de cada supermercado, a fim de obter

informações a respeito da opinião em relação aos hortifrútis que são oferecidos, assim como o

preço praticado na venda, a variedade de FLVs e qualidade do ambiente da feirinha.

De acordo com os resultados colhidos no supermercado “01” pode-se perceber que

46% dos pesquisados são do sexo feminino enquanto que 54% são do sexo masculino, no

supermercado “02”, a pesquisa mostrou que 49% dos pesquisados são do sexo feminino e

51% do sexo masculino. Em relação à idade, 37% dos pesquisados no supermercado “01” e

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30

36% no supermercado “02” possuem idade acima de 42 anos. A pesquisa mostrou que 43%

dos pesquisados no supermercado “01” possuem o ensino superior e 36% ensino médio, já no

supermercado “02”, 38% possuem o ensino superior e 40% o ensino médio. Em ambos os

supermercados a maioria dos entrevistados são casados, totalizando 66% no supermercado

“01” e 57% no supermercado “02” e residente na zona urbana. Sobre a renda familiar dos

pesquisados, 44% dos clientes do supermercado “01” possuem renda de 01 a 03 salários

mínimos, 27% renda de 03 a 05 salários e apenas 14% ganham acima de 7 salários, no

supermercado “02” , 48% possuem renda de 01 a 03 salários, 23 ganham de 03 a 05 salários

mínimo e 15% ganham acima de 07 salários. Ao perguntar sobre a quantidade de vezes que os

consumidores frequentam os supermercados, a pesquisa mostrou que 87% dos entrevistados

frequentam o supermercado “01” de 1 a 3 vezes por semana, 10% frequentam de 03 a 06

vezes e apenas 3% frequentam de 06 a 08 vezes, no supermercado “02”, o percentual mostra

que 92% frequentam de 1 a 03 vezes, 5% frequentam de 03 a 06 vezes, 2% frequentam de 06

a 08 vezes e apenas 1% frequentam mais de 11 vezes por semana. Pode-se observar, conforme

a Revista Hortifrúti Brasil (2010) que a importância das frutas, legumes e verduras é notada

não só por sua representatividade em vendas, mas também por ajudar na fidelização do

consumidor. Desta forma, ainda segundo os dados da Revista hortifrútis Brasil (2010, p. 8)

30% das compras são realizadas exclusivamente nos supermercados. Observa-se que o

consumo de hortifrúti, exclusivamente em supermercado está cada dia maior, cabe ao

supermercado, a preocupação em oferecer produtos atrativos para que esse percentual

aumente a cada dia.

Ao perguntar sobre o grau de importância dos motivos que levam os consumidores

dos supermercados “01” e “02” a frequentar a loja, obteve-se as seguintes avaliações, como

mostram as tabelas 01 e 02.

Tabela 01: Grau de importância dos motivos que levam a frequentar o supermercado

Grau de Importância Pouco importante Muito importante

Nota 1 2 3 4 5

Qualidade das frutas, legumes e verduras 0% 6% 24% 28% 42%

Loja limpa e organizada 2% 3% 5% 34% 56%

Frescor das carnes e a qualidade 0% 1% 10% 25% 54%

Variedade de produtos 0% 1% 15% 25% 59% Fonte: Próprio Autor (2014)

Percebe-se que assim como citado no referencial teórico, onde consta que de acordo

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31

com os dados da empresa Kantar World Panel (apud REVISTA HORTIFRUTI BRASIL,

2010) o terceiro atributo mais importante na escolha de um supermercado para o consumidor

brasileiro é Frutas, Legumes e Verduras (FLV). Os dois primeiros são: loja limpa e qualidade

das carnes. Neste caso, no município de Cacoal, as FLVs são o quarto atributo para escolha do

supermercado, ficando atrás dos fatores: Variedade de produtos, loja limpa/organizada e frescor

das carnes.

Tabela 02: Grau de importância dos motivos que levam a frequentar o supermercado

Grau de Importância Pouco importante Muito importante

Nota 1 2 3 4 5

Qualidade das frutas, legumes e verduras 1% 5% 30% 24% 40%

Loja limpa e organizada 2% 4% 12% 37% 45%

Frescor das carnes e a qualidade 3% 4% 12% 25% 56%

Variedade de produtos 2% 5% 16% 31% 46% Fonte: Próprio Autor (2014)

No supermercado “02” os consumidores consideram o Frescor das carnes e qualidade

como o primeiro fator para a escolha do supermercado a ser frequentado, ficando atrás do fator

variedade de produtos, loja limpa/organizada e em quarto lugar, considera importante a

qualidade das frutas, legumes e verduras. Nota-se que o setor de hortifrúti tem sido um fator

importante para a escolha dos supermercados. E para que as FLVs estejam em primeiro lugar

na escolha dos supermercados, é preciso que a logística seja trabalhada de forma mais eficaz

dentro da organização.

Ao indagar a respeito do nível de satisfação em relação à qualidade dos hortifrúti

oferecidos pelo supermercado “01”, 90% dos consumidores se dizem satisfeitos, enquanto

10% se dizem insatisfeito. No supermercado “02” obteve-se o percentual mostrando que 86%

dos consumidores questionados responderam que estão satisfeitos em relação aos hortifrútis

oferecidos pelo supermercado, enquanto 14% ressaltaram certa insatisfação em relação a este

fator. Porém em relação ao preço, 71% dos clientes do supermercado “01” estão insatisfeitos

em relação a isso, sendo que apenas 29% dizem estar satisfeitos, já no supermercado “02”,

62% dos pesquisados demonstram insatisfação em relação a este fator e 38% se dizem

satisfeitos.

Ao perguntar sobre a maneira usada para a escolha dos produtos do ambiente da

feirinha, tanto os consumidores do supermercado “01” e “02” responderam que não costumam

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32

apertar as Frutas, Legumes e Verduras, conforme será mostrado na fig. 02 a seguir.

Supermercado “01” Supermercado “02”

Figura 02: Como os consumidores escolhem as Frutas, Legumes e Verduras.

Fonte: Próprio Autor (2014)

Percebe-se que 67% dos consumidores do supermercado “01” e 63% dos

consumidores do supermercado “02” disseram que não costumam apertar ou furar as FLVs,

porém, o roteiro de observação permitiu constatar que grande parte dos consumidores

apalpam os produtos antes de escolherem aqueles que possuem maior qualidade diantes dos

olhos de cada um. Nota-se também que os consumidores possuem o hábito de experimentar

algumas frutas, como a uva, antes de escolherem quais adquirir.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este artigo procurou analisar a logística do setor de hortifrúti dos supermercados do

município de Cacoal/RO. De acordo com o exposto, a logística, desde os tempos antigos, tem

sido responsável pela cadeia de abastecimento, que serve para planejar, programar e controlar

o fluxo e armazenagem dos produtos, serviços e informações dentro da organização. A

logística no meio empresarial tem como objetivo garantir a satisfação dos clientes por meio da

organização e disposição do produto ou serviço no local, hora e data certa. Dentro do

supermercado, especialmente no setor de hortifrúti, a logística, quando trabalhada de forma

eficiente, ajuda a evitar possíveis perdas de produtos que contém maior nível de

perecibilidade.

33%

0%

67%

Apertar asFrutas,Legumes ouVerdurasFurar com aunha

Não costumoapertar oufurar, apenasolho

37%

0%

63%

Apertar asFrutas,Legumes ouVerduras

Furar com aunha

Não costumoapertar oufurar, apenasolho

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33

A pesquisa buscou analisar a contribuição da logística empresarial para a redução das

perdas de produtos hortifrútis perecíveis no setor supermercadista no município de

Cacoal/RO. Como resultado, observou-se que os supermercados “01” e “02”, apesar do

tamanho e do número de funcionários, possuem pouca especialização para trabalhar com a

logística no setor de hortifrúti, pois ao realizar entrevistas e observações no setor, foram

identificadas algumas falhas no manuseio dos produtos, tanto por parte do responsável pelo

setor, quanto do funcionário, sendo esta também, a causa das perdas dos produtos, antes

mesmo de serem expostos à venda. No supermercado “02” notou-se que não existem cuidados

em relação à armazenagem de produtos pelas características, ou seja, os produtos são

armazenados dentro de uma única sala refrigerada, o que faz com que o prazo de validade seja

reduzido devido à falta de cuidado em relação à temperatura ideal para o armazenamento.

Notou-se que grande parte das perdas acontece antes mesmo dos produtos chegarem ao

supermercado, devido à falta de cuidado no transporte.

Observou-se que, nos dois supermercados analisados, não há planejamento para

buscar a redução de perdas dos hortifrútis comercializados pelas empresas, pois as perdas

ocorrem diariamente e a única solução que se tem é a de reduzir a quantidade de produtos na

próxima compra. Notou-se que o espaço destinado ao armazenamento não vai ao encontro

com o cuidado que a teoria mostra que se deve ter, pois apesar de o supermercado “01”

mostrar maior cuidado quanto ao armazenamento em relação ao supermercado “02” ainda

assim, tais cuidados são pouco relevantes para que os produtos cheguem às prateleiras em

bom estado de consumo e com preços atraentes. Os supermercados não possuem uma média

da quantidade de produtos que são descartados na primeira etapa do abastecimento, com isso,

as empresas enfrentam certa dificuldade para trabalhar melhor com a logística dos hortifrútis,

uma vez que não sabendo a quantidade de produtos perdidos os supermercados não

conseguem buscar alternativas para reduzir tais perdas, tampouco, aumentar a efetividade da

logística trabalhada dentro das empresas estudadas.

Outro fator que deve ser ressaltado é a falta de cuidado na hora de expor um produto

novo ao lado do velho, que conforme a teoria, certos produtos não podem ser expostos ao lado

dos produtos que já estão expostos, ou seja, o mais novo perto do mais velho, pois isso acelera

o amadurecimento do produto mais novo. Essa falta de cuidado também ocorre com produtos

que não podem ser empilhados, como o melão, melancia e abacate, fazendo com que os estes

não fiquem com aparência atrativa aos consumidores, pois ficam achatados e com coloração

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34

diferente dos demais produtos. Outra questão destacada diz respeito ao fator preço, pois não

corresponde com a qualidade ofertada, logo, não é atrativo aos consumidores. Desta forma, os

consumidores acabam por optar em consumir hortifrútis das feiras que ocorrem durante a

semana, em vários pontos da cidade, na busca por maior qualidade e atratividade.

Desta forma, nota-se o alcance dos objetivos da pesquisa que buscaram mensurar as

perdas dos produtos hortifrúti, assim como descrever os processos de abastecimento,

armazenamento, controle e descarte, bem como a comparação dos processos e controles dos

hortifrútis entre os supermercados pesquisados. As sugestões propostas para os

supermercados são: realizar reformas nas salas refrigeradas, com intuito de prevenir perdas

com produtos, tanto para os que não podem ser empilhados quanto para os que não podem

receber contato com a luz, bem como, criar critérios para mensurar essas perdas. Recomenda-

se-se para pesquisas futuras um estudo sobre a contribuição da logística de hortifrúti para os

feirantes do município de Cacoal/RO, uma vez que estes tendem a lidar com outros fatores

que contribuem ainda mais para as perdas dos hortifrútis, como a quantidade certa de produtos

retirados das hortas para que não ocorra perdas e prejuízo dos produtos não vendidos no dia,

exposição ao calor, assim como o vento. E ainda por serem sitiantes e possuírem poucas

informações a respeito dos cuidados de transporte, manuseio e alocação dos produtos na área

de exposição.

REFERÊNCIAS

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e Carnes. In: Super Norte 2010: Sustentabilidade – Novo Jeito de Produzir, vender e

consumir.

2 BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: Transportes; Administração de Materiais;

Distribuição Física. 1.ed. 22 reimpr. São Paulo: Atlas, 2010.

3 BOWERSOX, Donald J, CLOS, David J. Logística empresarial: O processo de integração

da cadeia de Suprimento. 1. ed. 9 reimpr. São Paulo: Atlas, 2010.

4 CASTIGLIONI, José Antônio de Mattos. Logística Operacional: Guia Prático. 2 ed. 3

reimp. São Paulo: Érica, 2010.

5 CARARA, Regiane Samara Boton. Planejamento E Controle De Estoque: Estudo do

Desperdício de Produtos Hotifrutis Em Uma Empresa No Município De Ministro Andrezza-

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35

RO. Cacoal: UNIR, 2013

6 CARNEIRO, Ricardo José. Movimentação e Armazenagem. Paraná: IFPR, 2012.

7 CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas de Cacoal. Associados. Disponível em:

<http://www.cdlcacoal.com.br/associados.php>. Acesso em: 25 de Ago. de 2013.

8 CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Cientifica. São Paulo:

Makron Books, 1996.

9 CHING, Hong Yuh. Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada: Supply

Chain. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

10CONDURÚ, Marise Teles. PEREIRA, José Almir Rodrigues. Elaboração de Trabalhos

Acadêmicos: Normas, Critérios e Procedimentos, 2 ed, 2007

11 CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos:

criando redes que agregam valor. 2.ed. . São Paulo: Cengage Learning, 2010.

12 DIAS, Marco Aurélio P. Logística, Transporte e Infraestrutura. São Paulo: Atlas, 2012.

13 FARIA, Ana Cristina de. COSTA, Maria de Fatima Gameiro da. Gestão de Custos

Logísticos: Custeio Baseado em atividades, Balanced Scorecard, Valor econômico

Agregado. 1.ed. 7 reimpr. São Paulo: Atlas, 2011.

14 FINDLAY, Eleide A. G. COSTA, Mauro A. GUEDES, Sandra P. L. de Camargo. Guia de

Elaboração de Projeto de Pesquisa. 2. Ed. Ver. E atual. Joinvile: UNIVELLE, 2006.

15 FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para Trabalho Científico, 14 ed, Porto

Alegre: s.n, 2008.

16 GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. 8 reimpr. São Paulo:

Atlas, 2007.

17 GOMES, Willian da Silva. Como reduzir as perdas da seção de hortifrútis?. Disponível

em: <http://www.sm.com.br/Editorias/SM-Responde/Como-reduzir-as-perdas-da-secao-de-

hortifrutis%3F-4833.html>. Acesso em: 1 de Set. de 2013.

18 MERCADO MELHOR. Manual de Normas e Procedimentos FLV. Disponível em:<

http://dc206.4shared.com/doc/cBZs8HHB/preview.html>. Acesso em 1 de set. de 2013

19 MICHEL, Maria Helena. Metodologia e pesquisa cientifica em ciências sociais: um guia

prático para acompanhamento da disciplina e elaboração de trabalhos monográficos, São

Paulo: Atlas, 2005.

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36

20 REVISTA HORTIFRUTI BRASIL. Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

-CEPEA : Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”: ESALQ/USP. Ano 9. Nº 94.

Setembro de 2010 – ISSN 1981-1837

21 PARRÉ, José Luiz. CÂMARA, Djalma Fernandes. Comercialização de Hortifrutis Em

Supermercados: uma analise para o estado do Paraná. Disponível em: <

http://www.sober.org.br/palestra/12/01P061.pdf>. Acesso em: 16/09/2013.

22 PAURA, Glávio Legal. Fundamentos da Logística. Paraná: IFPR, 2012.

23 RAIMUNDO, Marcos Rosso. Gestão de Recursos Materiais: Controle de Estoque de

um Supermercado Localizado em Criciuma-SC. Disponivel em:<

http://repositorio.unesc.net/bitstream/handle/1/467/Marcos%20Rosso%20Raimundo.pdf?sequ

ence=1> Acesso em: 10 de Nov. de 2013

24 RICARTE, Marcos Antônio Chaves. A Logística em pequenos supermercados e o papel

da Tecnologia da Informação: um estudo de caso em uma associação De supermercados.

Disponível em:<http://uol01.unifor.br/oul/conteudosite/?cdConteudo=1457943>. Acesso em:

21 de Ago. de 2013.

25 ROCHA, Davi Carvalho. A Logística Como Fator Competitivo Na Fidelização De

Clientes. Disponível:< http://www.taniazambelli.com.br/arquivos/conhecimento-78.pdf >

Acesso em: 05/09/2013

26 SANTOS, Izequias Estevam dos. Métodos e técnicas de pesquisa cientifica: TCC,

Monografia, Dissertação, Tese. 5ª ed. Ver., atual. e ampl. Niterói: Impetus, 2005

27 SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Minas Gerais.

Ponto de Partida para o início de Negócio: Supermercado. Disponível em:

<http://www.dce.sebrae.com.br/bte/bte.nsf/0/64f8a7efb9b61b1683256f5f005c2200/$FILE/N

T000A1F16.pdf>. Acesso em: 1 de Set. de 2013.

28 SEVERINO, Antônia Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico, 23 ed, 2007

29 SIMARELLI, Marlene. Produtor deve preparar-se para vender. In: Revista Frutas e

Derivados, ano 1, Edição 02, Junho de 2006.

30 SINDICATO RURAL DE MOGI DAS CRUZES. A Expansão Do FLV Nos

Supermercados. Disponível em: <http://www.sindicatoruralmc.com.br/artigos/expansao-do-

FLV-nos%20-supermercados.html> Acesso em: 1 de Set. de 2013.

31 SILVA, Adriano Camiloto; TORRES NETO, Diogo Gonzaga; QUINTINO, Simone

Marçal. Manual do Artigo Científico do curso de Administração. Cacoal: UNIR, 2010.

32 VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de Pesquisa em Administração. São Paulo:

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37

Atlas, 2005.

33 VIANA, João José. Administração de Materiais: Um enfoque Prático.1 ed. 13 reimp.

São Paulo:atlas 2010.

34 WANKE, Peter. Gestão de Estoques na Cadeia de Suprimento: Decisões e Modelos

Quantitativos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

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38

ANEXO

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39

ANEXO A: TERMO DE AUTORIZAÇÃO

O Supermercado autoriza: Tandara Jessika Trevezani da Silva, acadêmica matriculada no

curso de Administração Vespertino, da Fundação Universidade Federal de Rondônia Câmpus

Prof. Francisco Gonçalves Quiles, sob número de matricula 201024862, portadora do RG

1074522,. Residente no município de Cacoal/RO a realizar a pesquisa de Logística

Empresarial No Setor De Supermercados No Município De Cacoal – RO. Será permitido

que a acadêmica aplique questionários aos clientes deste estabelecimento e realize a entrevista

com o (s) responsável (is) pelo setor de hortifrúti a fim de obter informações que contribuirão

para a realização da pesquisa. A mesma esta autorizada a ter acesso a determinadas áreas

como: Setor de Hortifrúti, Armazém, Estoques, e receberá informações a respeito da

quantidade de hortifrúti que o supermercado compra e vende, não podendo ter acesso aos

valores ou qualquer outro assunto que envolva a questão financeira do estabelecimento.

Cacoal,_____de________________________de 2014

Assinatura do Participante

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40

ANEXO B: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você esta sendo convidado (a) a participar, como voluntario (a), da pesquisa Logística

Empresarial No Setor De Supermercados No Município De Cacoal – RO, no caso de você

concordar em participar, favor assinar ao final do documento. Sua participação não é

obrigatória, e, a qualquer momento, você poderá desistir de participar e retirar seu

consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador (a)

ou com a instituição. Você receberá uma copia deste termo onde consta o telefone e endereço

do pesquisador (a) principal, podendo tirar duvidas do projeto e de sua participação.

PROGRAMA: Graduação em Administração da Fundação Universidade Federal de

Rondônia – UNIR, Câmpus Prof. Francisco Gonçalves Quiles.

PESQUISADOR (A) RESPONSÁVEL: Tandara Jessika Trevezani da Silva

ENDEREÇO: Avenida Juscelino Kubitschek, nº 585, Novo Horizonte, Cacoal/RO.

TELEFONE: (69) 8114-3735

OBJETIVOS: Mensurar as perdas de produtos hortifrúti perecíveis nas empresas estudadas;

Descrever os processos de abastecimento, armazenamento, controle e descarte dos produtos

hortifrúti perecíveis; Comparar os processos e controle dos produtos hortifrútis entre os

supermercados estudados.

PROCEDIMENTOS DO ESTUDO: Se concordar em participar da pesquisa, você terá que

responder a um formulário com perguntas a respeito da logística dos hortifrútis perecíveis no

setor de supermercados. Os dados coletados serão tabulados e analisados para fechamento do

Artigo de Graduação no Curso de Administração da Universidade Federal de Rondônia-

UNIR Campus Francisco Gonçalves Quiles.

RISCOS E DESCONFORTOS: A pesquisa não apresenta nenhum risco ou prejuízo ao

participante.

BENEFICIOS: Auxiliar no levantamento de possíveis causas que contribuem para o

desperdício dos produtos hortifrútis perecíveis nos supermercados analisados, proporcionando

uma melhora nas estratégias de controle de estoque e prevenção de perdas de produtos

hortifrútis perecíveis.

CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: Não haverá nenhum gasto ou

pagamento com sua participação.

CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: Garantia de sigilo que assegure a sua

privacidade quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Os dados e o seu nome

não serão divulgados.

Cacoal,_____de________________________de 2014

Assinatura do Participante

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41

APÊNDICE

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APÊNDICE A: ROTEIRO DE ENTREVISTA

Você esta sendo convidado (a) a participar, como voluntário (a), da pesquisa intitulada

“logística empresarial no setor de supermercados no município de Cacoal – RO”, no

caso de você concordar em participar, favor assinar ao final do documento, seu nome não

será divulgado e se houver duvidas você poderá recorrer ao pesquisador (a) para sana-las, sua

participação não é obrigatória, e, a qualquer momento você poderá desistir de participar e

retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o

pesquisador (a). O objetivo da pesquisa é obter informação sobre como a logística é

trabalhada dentro da empresa. Pesquisador (a): Tandara Jessika Trevezani da Silva. Tel.

(69) 8114-3735. E-mail: [email protected].

________________________________________________________

Assinatura do Participante

Sexo:____________________________

Formação:________________________

Idade:____________________________

Estado civil:_______________________

Tempo de serviço no setor de

hortifrúti:__________________

01. Com que tipo de transporte os hortifrútis são entregues ao supermercado?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

02. Costumam acontecer algum tipo de perda ou desperdício dos produtos hortifrútis

perecíveis no transporte e na distribuição física? Quais são?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

03. Caso a resposta seja afirmativa, os fornecedores costumam repor os produtos hortifrútis

perecíveis que chegam danificados ao supermercado?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

04. Os fornecedores utilizam algum tipo de cuidado a fim de evitar essas perdas e

desperdícios?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

05. Descreva o processo de descarregamento dos produtos que chegam ao supermercado para

serem expostos à venda

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

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06. Quantos produtos hortifrútis perecíveis o mercado comercializa? São todos pedidos ao

mesmo fornecedor ou existem outros fornecedores? Se existem quantos são?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

07. Quantos funcionários são responsáveis por realizar a armazenagem e a exposição desses

produtos? São sempre os mesmos funcionários que realizam essa tarefa?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

08. Os funcionários responsáveis pelo setor de hortifrúti recebem treinamento referente aos

cuidados de armazenamento e exposição dos produtos hortifrútis? De que forma?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

09. Você identifica alguma necessidade de mudança no processo como os estoques são

armazenados ou na estrutura física dos estoques? Quais seriam essas mudanças?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

10. É utilizado algum programa para controle dos estoques de hortifrútis perecíveis ou é feito

manualmente? Se a resposta for sim, como é realizado?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

11. Existe, no seu ponto de vista, algum ponto fraco ou falhas no atual programa utilizado

pelo mercado para controlar os estoques? Quais?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

12. Você considera importante o uso de ferramentas de controle de estoque, considerando

principalmente os estoques de hortifrútis perecíveis?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

13. Existe algum tipo de cuidado no armazenamento dos produtos hortifrútis perecíveis que

não podem ser colocados em contato com a luz, calor, ou frio?

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___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

14. Quais cuidados são levados em consideração na hora de expor um produto novo perto de

um produto que já se encontra na prateleira?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

15. Em qual fase ocorre maior desperdício de produtos hortifrútis perecíveis (transporte,

armazenagem, exposição)? Por qual motivo?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

16. Ocorre muito prejuízo ao supermercado com produtos apalpados pelos clientes dos

supermercados?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

17. Em sua opinião, poderia ser tomada alguma medida no intuito de diminuir as perdas e os

desperdícios de produtos hortifrútis perecíveis? De que maneira?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

18. Quantos por cento em média de produtos hortifrúti são descartado por dia, semana ou

mês?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

19. É utilizado alguma estratégia para reduzir as perdas dos hortifrútis?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

20. Como os produtos são guardados aos finais de semana?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

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21. Qual meio é usado para conservar os produtos que ainda não estão na área de vendas?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

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APÊNDICE B: ROTEIRO DE FORMULÁRIO

QUESTIONÁRIO SOCIOECONÔMICO SOBRE “A SATISFAÇÃO DOS CLIENTES

EM RELAÇÃO À “FEIRINHA” DO SUPERMERCADO”

Você esta sendo convidado (a) a participar, como voluntário (a), da pesquisa intitulada

“Logística empresarial no setor de supermercados no município de Cacoal – RO”, no

caso de você concordar em participar, favor assinar ao final do quadro, seu nome não será

divulgado e se houver duvidas você poderá recorrer ao pesquisador (a) para sana-las, sua

participação não é obrigatória, e, a qualquer momento você poderá desistir de participar e

retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o

pesquisador (a). O objetivo da pesquisa é medir o nível de satisfação dos clientes deste

supermercado. Pesquisador (a): tandara Jessika Trevezani da Silva. Tel. (69) 8114-3735. E-

mail: [email protected].

________________________________________________________

Assinatura do Participante

1. Sexo

( ) Feminino ( ) Masculino

2. Idade

( ) Menor de 18 anos

( ) Entre 18 a 22

( ) Entre 22 a 26

( ) Entre 26 a 30

( ) Entre 30 a 34

( ) Entre 34 a 38

( ) Entre 38 a 42

( ) Acima de 42

3. Escolaridade

( ) Da 1ª à 4ª série do Ensino Fundamental

(antigo primário)

( ) Da 5ª à 8ª série do Ensino Fundamental

(antigo ginásio)

( ) Ensino Médio (antigo 2º grau)

( ) Ensino Superior

( ) Especialização

( ) Não estudou

4. Estado civil

( ) Solteiro

( ) Casado

( ) Divorciado

( ) Viúvo (a)

5. Sua casa está localizada em? (Marque apenas uma resposta)

( ) Zona rural.

( ) Zona urbana

( ) Comunidade indígena.

( ) Outro_______________

6. Renda familiar

( ) 01 a 03 salários mínimos

( ) 03 a 05 salários mínimos

( ) 05 a 07 salários mínimos

( ) Acima de 07 salários mínimos.

7. Quantas vezes por semana você frequenta o setor de hortifrúti (Frutas, legumes e Verduras)

deste supermercado?

( ) de 1 a 3 vezes

( ) de 3 a 6 vezes

( ) de 6 a 8 vezes

( ) de 8 a 10 vezes

( ) de 10 a 11 vezes

( ) Mais de 11 vezes,____________

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8. Qual a sua opinião quanto à localização do supermercado (endereço na qual esta situado)?

( ) Regular

( ) Bom

( ) Ótimo

9. Das afirmativas abaixo assinale de 1 a 5 o grau de importância dos motivos que te levam a

frequentar este supermercado.

Item Descrição das Afirmativas Pouco Importante

Muito Importante

1 2 3 4 5

01 Qualidade das frutas, legumes e verduras

02 Loja limpa e organizada

03 Frescor das carnes e qualidade

04 Variedade de produtos

10. Qual o nível de satisfação em relação à qualidade dos hortifrútis (Frutas, legumes e

Verduras) oferecidos pelo supermercado?

( ) Estou satisfeito (a) ( ) Estou insatisfeito (a)

11. Em relação ao preço dos produtos

( ) Estou satisfeito (a) ( ) Estou insatisfeito (a)

12. Em relação à climatização do ambiente da “feirinha”, qual a sua opinião?

( ) Bom

( ) Regular

( ) Ruim

( ) Péssimo

13. Em relação ao espaço da “feirinha”, qual a sua opinião? (marque somente uma opção)

( ) Acho pequeno

( ) Acho que poderia ser maior

( ) Estou satisfeito (a) em relação ao

espaço

14. Em relação à variedade, qual a sua opinião?

( ) Tem pouca variedade

( ) Tem bastante variedade

( ) Não ligo para este fator

15. Na escolha dos produtos da feirinha, você costuma:

( ) Apertar as Frutas, Legumes ou

Verduras

( ) Furar com a unha

( ) Não costumo apertar ou furar, apenas

olho

16. Em relação à aparência dos produtos, qual a sua opinião?

( ) Acho feia a aparência de alguns

produtos, como:__________________

( ) Acho feia a aparência de todos os

produtos

( ) A aparência dos produtos é agradável

aos meus olhos

( ) Não ligo para este fator

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APÊNDICE C: ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO

Você esta sendo convidado (a) a participar, como voluntário (a), da pesquisa intitulada

“logística empresarial no setor de supermercados no município de Cacoal – RO”, no

caso de você concordar em participar, favor assinar ao final do quadro, seu nome não será

divulgado e se houver duvidas você poderá recorrer ao pesquisador (a) para sana-las, sua

participação não é obrigatória, e, a qualquer momento você poderá desistir de participar e

retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o

pesquisador (a). O objetivo da pesquisa é obter informação sobre como a logística é

trabalhada dentro da empresa estudada. Pesquisador (a): Tandara Jessika Trevezani da

Silva. Tel. (69) 8114-3735. E-mail: [email protected].

________________________________________________________

Assinatura do Participante

Supermercado:_______________________________________________________

Data _____/_____/_____ Início _____:_____Horas Término ____:_____Horas

1. ABASTECIMENTO

A. Quantidade de caixas por semana

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

B. Condições das caixas que os hortifrútis são transportados

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

C. Tipo de transporte na qual abastece a “feirinha” do supermercado

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

D. Quantidade de funcionários responsáveis pelo abastecimento

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

E. Manuseio dos produtos até o armazém

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

F. Tempo médio do abastecimento ao armazém

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___________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

G. Quantidade de caixas descartados nesta primeira etapa

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

H. Tipos de produtos que são descartados nesta primeira etapa

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

I. Frequência de recebimento

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

2. ARMAZENAMENTO

A. Climatização do ambiente de armazenagem dos produtos

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

B. Modo em que é feito a seleção dos itens

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

C. Descarte de produtos com defeitos

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

D. Processo de armazenagem

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

E. Empilhamento dos produtos

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

F. Iluminação do ambiente de armazenagem

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

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G. Cuidados com o estado de maturação dos produtos

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

3. EXPOSIÇÃO

A. Condições das gondolas

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

B. Cuidados quanto a exposição de produtos que precisam de refrigeração

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

C. Empilhamento dos produtos

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

D. Exposição de produtos com estado de maturação avançado

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

E. Cuidado com as verduras (folhagens)

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

F. Quantidade de funcionários no setor de hortifrútis.

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

G. Cuidados ao expor os produtos

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável

H. Frequência diária/semanal/mensal na qual as gondolas são reabastecidas

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável