Logistic A

33
Logistica Transmodal

Transcript of Logistic A

  • Logistica

    Transmodal

  • INDICE

    Introduo a logstica (Histrico)............................................................................. Conceito e Evoluo..................................................................................... Evoluo

    Dcada de 70Dcada de 80................................................................................................

    Quadro Logstico........................................................................................... A influncia da globalizao.......................................................................... Esquematizao............................................................................................ Estudo dos Transportes (Modais): o que so modais, tipos de modais e

    suas caractersticas...................................................................................... Transporte Aquavirio: transporte martimo (rgos controladores),

    Armador, Agncia Martima, Terminal de Cargas, navios, tipos de navios, transporte lacustre (lagos navegveis) e transporte fluvial (bacias hidrogrficas)................................................................................................

    Transporte Terrestre: transporte rodovirio (vantagens, tIpos de veculos e produtos transportados), transporte ferrovirio (vantagens, tipos de veculos, vages utilizados por produto).......................................................

    Transporte Areo: (caractersticas, lATA, rgos controladores, companhias areas e agentes de cargas, vantagens, aeronaves e capacidades, clculos de fretes)...................................................................

    Transporte Multimodal.................................................................................. Transporte Intermodal................................................................................... Transbordo de Cargas.................................................................................. Conceito de Unitizao: conceitos sobre unitizao, pallets (conceitos,

    padres, utilizao), container (conceito, padronizao, medidas, tipos, etc),, desova..................................................................................................

    Estudos Logsticos: comparativo de fretes, geografia mundial, principais portos, aeroportos e pontos de fronteira, avaliao dos meios de transporte disponveis para a operao logstica, cotao e anlise de fretes, rotas, transbordos, avaliao da operao completa........................

    Professor Barreto Pgina 2 Agosto/2006

    34

    5

    679

    11

    12

    16

    18212222

    22

    29

  • INTRODUO A LOGSTICA

    HISTRICO

    A palavra logstica, do francs logistique ou do verbo loger (= alojar) derivada do grego logos (=razo) e significa a arte de calcular ou a manipulao dos detalhes de uma operao. Dentro deste ltimo significado. o termo logstico utilizado h muitos anos na rea militar, o baro Antoine Henri de Jomini - general do exrcito francs sob o comando de Napoleo Bonaparte, a tentativa da primeira definio de logstica como a a arte de movimentar exrcitos. Em sua opinio, o vocabulrio logistique derivado de um posto existente no exercito francs durante o sc. XVII Marechal de Logis, que era responsvel pelas atividades administrativas relacionadas com os deslocamentos, o alojamento e o acompanhamento das tropas em campanha.

    Durante a II Guerra Mundial - a maior operao logstica realizada. com destaque para o Dia D 6 de junho de 1944, de acordo com Winston Churchill - foi a mais difcil e complicada operao de todos os tempos; a logstica adquiriu uma amplitude maior, em decorrncia do vulto das operaes militares.

    Professor Barreto Pgina 3 Agosto/2006

  • CONCEITO E EVOLUO

    CONCEITO

    Com a evoluo do conceito da logstica, diversas outras definies surgiram, tais como:

    O conjunto de atividades relativas previso e proviso de todos os meios necessrios realizao de uma nova guerra, mais tarde este conceito evolui para ... proviso dos meios necessrios realizao das aes impostas pela estratgia nacional.

    As definies citadas anteriormente datam das dcadas de 40 e 50, aps a I Guerra, quando ocorreu uma notvel reestruturao dos procedimentos industriais. O perodo compreendido entre os anos de 50 at a dcada de 60 representou a poca de decolagem para a teoria e prtica da logstica, uma vez que o ambiente era propcio para novidades no pensamento administrativo e os empreendedores voltaram suas atenes para as reas de niarketing e distribuio fsica que ocorria aps a produo dos bens. que de acordo com Peter Drucker eram as reas de negcios infelizmente mais desprezadas e mais promissoras na Amrica.

    Mais tarde, atravs de um estudo para determinar o papel que o transporte areo poderia desempenhar na distribuio fsica, reconheceu-se como evento chave para o desenvolvimento da logstica empresarial como disciplina.

    Professor Barreto Pgina 4 Agosto/2006

  • EVOLUO

    DCADA DE 70

    Na dcada de 70, os custos de distribuio aumentaram vertiginosamente, 3:c como a presso dos mercados consumidores por variedade de produtos, melhoria nos nveis de servios e elevada produtividade. Esse foi o perodo de grandes incertezas na economia mundial, a crise do petrleo em 1973, que elevou o preo dos combustveis (os preos quadruplicaram nos 7 anos seguintes) e de seus derivados, racionamento de energia e escassez de muitas matrias primas, somado a isto o aumento dos custos de mo de obra, juros e dos fretes. O termo empregado para descrever esta poca foi estagflao.

    DCADA DE 80

    Os anos de 80 chegam embalados pela 4 onda de Alvin Toffler, com a revoluo da informao precisa e em tempo hbil, estimulado pelo uso acelerado de computadores e de sistemas de apoio deciso de gerenciamento. que o torna os processos operacionais mais geis e curtos. Surge o conceito de EDI troca eletrnica de dados.

    Podemos definir logstica integrada, como submeter s reas de suprimentos e dc distribuio fsica de uma nica coordenao ou, pelo menos, estabelecer um eficiente canal de comunicao entre ambas, pode trazer sinergias e resultar em maior eficincia do sistema logstico da empresa.

    Professor Barreto Pgina 5 Agosto/2006

  • Professor Barreto Pgina 6 Agosto/2006

  • A INFLUNCIA DA GLOBALIZAO

    A Globalizao da economia mundial, batalhas competitivas sem fronteiras. fim as reservas de mercado, tudo isto, associado ao avana das telecomunicaes e tecnologias de informao, fez-se os anos 90 e surgem novas definies de logstica, tais como:

    Conjunto de atividades direcionadas a agregar valor. otimizando o fluxo de materiais, desse a fonte produtora at o distribuidor final, garantindo o suprimento na quantidade certa, de maneira adequada, assegurando sua integridade, a um custo razovel, no menor tempo possvel, atendendo as necessidades do cliente.

    a arte de administrar o fluxo de materiais e produtos desde a fonte at o usurio Final. Bailou - 1993

    Pode ser definida como sendo a administrao e a operao dos sistemas fsicos, informacionais e gerenciais necessrios para que os insumos e produtos superem barreiras espaciais e temporais. 1985

    Processo de gerenciar estrategicamente a obteno, movimentao e armazenagem de estoques de matria-prima, produtos semi-acabados, e produtos finais (e o fluxo de informaes relativas) da organizao e seus canais de distribuio de forma que as rentabilidades atuais e futuras sejam maximizadas atravs do cumprimento de encomenda rentvel. Martin Christopher 1992

    Professor Barreto Pgina 7 Agosto/2006

  • Em 1994. o mesmo Christopher define o conceito de Supply Chain Management ou Cadeias Logsticas de suprimento. Compreende a necessidade de estender a lgica da integrao para fora das fronteiras da empresa, incluindo fornecedores e clientes; tendo no fato que, modernamente, a vantagem competitiva de uma empresa somente pode ser alcanada atravs de produtividade (custo adequado) e diferenciao do produto (inovao, qualidade e nvel de servio), provendo benefcios de todas as partes envolvidas.

    Processo de planejamento, implantao e controle da eficincia, custo efetivo, armazenamento e estocagem de matrias-primas, em processo de inventrio, produtos acabados e informaes relativas desde o ponto de origem at o produto de consumo com o propsito de conformao com as necessidades do cliente

    Consiste no planejamento e operao dos sistemas fsicos informacionais e gerenciais necessrios para que os insumos e produtos venam condicionantes espaciais e tem de formas econmicas, eficientes (mnimo custo) e eficaz (alto nvel de servio). Novaes 1989

    o processo de planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e armazenagem de matrias-primas. estoques durante a produo e produtos acabados, e as informaes relativas a estas atividades, desde o ponto de origem at o ponto de consumo, com o propsito de atender aos requisitos do cliente. Council of Logistics Management

    Professor Barreto Pgina 8 Agosto/2006

  • Professor Barreto Pgina 9 Agosto/2006

  • Professor Barreto Pgina 10 Agosto/2006

  • INTRODUO AO ESTUDO DA LOG

    ESTUDO DOS TRANSPORTES

    O Que so modais?

    Na rea de Comrcio Internacional, chamamos de

    modais as formas com que podemos transportar

    determinado tipo de mercadoria (tipos de transporte).

    Tipos de modais

    Embora existam, de acordo com cada autor, diferentes divises para os modais, utilizaremos seguinte diviso: transporte Aquavirio, Transporte Terrestre e Transporte Areo.

    Aquavirio - Caractersticas: o modal Aquavirio compreende todo e qualquer tipo de transporte que envolva vias aquticas (guas). Ele subdividido em: Transporte Martimo; Transporte Fluvial; Transporte Lacustre. Estes modais so realizados respectivamente em mares e oceanos, rios e lagos. O Transporte Martimo ainda subdivide-se em: Navegao de longo curso - que faz a ligao entre pases prximos ou distantes (navegao internacional); Navegao de cabotagem - realiza a conexo entre os portos de um mesmo pas (navegao nacional). Os navios, responsveis pelo transporte dos mais diversos tipos de mercadorias nos modais aquticos, tm tamanhos e caractersticas variados, conforme a necessidade de operao (veja o tpico: Navios)Areo - Caractersticas: Do modal areo faz parte o transporte areo de mercadorias e de pessoas (assim como no aquavirio). A partir de 1945, o sistema do trfego areo internacional comeou a se modernizar com a criao da lATA - International Air Transport .Association. Dentre as atividades da lATA, uma delas interessa diretamente aos importadores e exportadores: as formas tarifrias.

    Terrestre - Caractersticas: Subdividido em Transporte Rodovirio e Transporte Ferrovirio, cujos conhecimentos de embarque so road waybill e rail waybill respectivamente, so executados nacional e internacionalmente, ligando com facilidade pases limtrofes. Embora apresentem limitaes em relao aos meios de transporte martimo e areo, so utilizados tambm para o transporte entre continentes, como ocorre na Europa e sia. Nestes modais, a exemplo do aquavirio, pode-se transportar qualquer produto. As cargas transportadas nos mais diversos tipos de caminhes / carretas, bem como em vages especializados para os diferentes tipos de cargas.

    Professor Barreto Pgina 11 Agosto/2006

  • TRANSPORTE AQUAVIRIO

    Transporte Martimo

    O transporte martimo realizado por navios a motor, de grande porte, nos mares e oceanos. Est dividido em duas categorias, de acordo com sua finalidade, ou seja, transportando cargas entre portos nacionais, adentrando portos interiores localizados em rios, dentro de uni mesmo pas ou internacionalmente, isto , interligando dois ou mais pases.

    rgos ControladoresInternacionalmente, o Transporte Martimo basicamente controlado pela IMO, entidade ligada ONU (Organizao das Naes Unidas).A lMO (International Maritime Organization) um rgo cuja funo consiste em promover segurana no mar, a eficincia da navegao e tomar medidas preventivas para evitar a poluio martima que pode ser causada pelos navios, atravs de acidentes ou ms condies dos mesmos, entre outras coisas.

    No Brasil, o Transporte Martimo regulado pelos seguintes rgos governamentais:

    - MT (Ministrio dos Transportes): O rgo mximo no pais, responsvel por todos os tipos de transporte (modais). Tem como misso, controlar e fiscalizar tudo que diga respeito a esta atividade;

    - STA (Secretaria dos Transportes Aquavirios): rgo do MT, tem o dever de executar a poltica para os transportes aquavirios no Brasil;

    DMM (Departamento de Marinha Mercante): rgo vinculado STA, responsvel pelo controle dos registros de armadores, fretes, acordos bilaterais, conferncias de fretes e outros assuntos reguladores do transporte martimo brasileiro;

    - TM (Tribunal Martimo): vinculado ao Ministrio da Marinha, responde pelo julgamento dos acidentes martimos, fluviais e lacustres (Navegao Aquaviria), podendo suas concluses e laudos tcnicos serem usados pela justia civil, quando necessrio. Tambm responsvel pelo registro de navios brasileiros que operam no transporte de cargas, tanto na cabotagem quanto na navegao de longo curso.

    Professor Barreto Pgina 12 Agosto/2006

  • Armador, Agncia Martima, Terminal de Cargas;- Armador: a pessoa jurdica, estabelecida e registrada, com a finalidade de realizar transporte martimo, local

    ou internacional, atravs de operao de navios, explorando determinadas rotas, e que se oferece para transportar cargas de todos os tipos de um porto para outro. O armador no precisa necessariamente ser proprietrio de todos os navios que est operando, podendo utilizar navios afretados de terceiros para compor sua frota. Responsvel pela carga que est transportando, responde juridicamente por todos os problemas ou efeitos sobre a mesma, a partir do momento que a recebe para embarque, devendo fornecer ao embarcador um Conhecimento de Embarque (BilI of Lading - B/L) que o contrato de transporte. Todo armador tem uma bandeira, a qual depende do pas onde estiver sediado;

    - Agncia Martima: a empresa que representa o armador em determinado pais, estado ou porto;- Terminal de Cargas: Trata-se de local especializado no armazenamento, unitizao (estufagem de containers,

    paletizao), e movimentao de cargas para embarques e desembarques, localizados (na maioria) fora das reas porturias, sendo utilizados tambm por armadores para armazenagem de containers vazios a serem entregues aos embarcadores;

    Tipos de NaviosEm face da grande diversidade de cargas que foram sendo objeto De transporte, tanto nacional como internacional, vrios tipos de navios foram criados e construdos pela engenharia naval para atender estas necessidades, destacando-se:

    - General Cargo Ship (carga geral): so navios convencionais, com pores e decks (pisos), destinados carga seca em geral (pequenos volumes ou volumes paletizados). Transporta qualquer tipo de carga, menos congelada ou que oferea risco embarcao;

    - Reefer (frigorfico): um tipo de navio semelhante ao convencional (acima), porm com pores devidamente equipados com maquinrios para refrigerao etransporte de carga frigorfica ou perecvel, tal como carnes, sucos, frutas, verduras, etc. Os pores podem ter controles variados de temperaturas;

    - Bulk Carrier (granaleiros): consistem em navios especializados no transporte de carga slida a granel. Nesta categoria colocamos os produtos agrcolas, como soja e acar; minrios, etc Assim como os convencionais, podem ou no ter guindastes a bordo;

    Professor Barreto Pgina 13 Agosto/2006

  • - Full Container Ship (navio porta-container): um tipo de navio especializado no transporte de contalners, comportando todos os tipos(dry, reefer, tanks, plataforma, etc), cujos pores so denominadosbays, divididos em colunas (rows) formadas atravs de clulas guias ecompostos por vrias camadas (tiers) que indicam a altura doscontainers embarcados.

    - RoII-On RoII-Off (Ro-Ro): tipo de navio com uma rampa na popa (parte traseira do navio) ou proa (frente do navio), por onde os veiculos (com carga ou vazios), por ele transportado, entram e saem de bordo diretamente do / para o cais do porto.

    - Tanker (navio-Ianque): navio especialmente construdo para o transporte de carga liquida a granel, com divises em pores, permitindo que em caso de problemas em alguns dos pores, seja possvel evitar maiores danos e continuar o transporte com os produtos nos demaiscompartimentos.

    Outros e curiosidades:

    Caractersticas do porta avies: A-12 SO PAULO

    Deslocamento (toneladas): 32.500 (mximo) Dimenses (metros): 266 x 51,2 Convs de Vo (metros): 266 Velocidade (ns): 30 (mxima) Nmero de catapultas: 2

    Tripulao: 1030 homens

    Aeronaves: pode transportar at 37 aeronaves de asa fixa e 2 helicpteros.

    Observao: A tripulao do navio de 1.030 homens. Considerando-se a ala area, acrescentar-se-o 670 homens.

    O comrcio internacional se utiliza em 90% do transporte martimo em suas operaes de exportao / importao.

    Professor Barreto Pgina 14 Agosto/2006

  • Conhecimento de Embargue (BilI of Lading)O Conhecimento de Embarque um documento de extrema importncia no Comrcio Exterior e o principal em se tratando de transporte. Esse documento tem trs finalidades bsicas:

    - representa um contrato de transporte entre o transportador e o embarcador;

    - o recibo de entrega da mercadoria a bordo do navio; e

    - um titulo de crdito.

    Transporte Lacustre

    Este modal tem as mesmas caractersticas do fluvial, porm consiste no transporte em lagos, podendo ser considerado incipiente, no tendo importncia relativa no transporte de cargas no comrcio internacional. As suas rotas so determinadas por vias adequadas providas pela prpria natureza e estabelecidas pelo homem.

    Lagos navegveis

    Todos os lagos podem ser navegveis, porm, a navegao comercial vai depender de suas caractersticas como tamanho, profundidade, localizao e viabilidade econmica. Normalmente, os lagos so utilizados para o transporte de mercadorias nas regies circunvizinhas. Alguns lagos navegveis (a nvel de transporte de cargas):- os Grandes Lagos na fronteira entre os Estados Unidos e o Canad:- no Brasil, a Lagoa Mirim, que liga o Brasil ao Uruguai e a Lagoa dos Patos ligando o Rio Grande a Podo Alegre;- na Bolvia, o Lago Titicaca que liga a Bolvia ao Peru.

    Transporte Fluvial

    Realizado em rios, tem sua utilizao no Brasil ainda muito pequena, se considerarmos o potencial de suas bacias hidrogrficas. O Brasil possui cerca de 25.000 km de rios navegveis que esto aguardando utilizao como uma soluo de transporte barato. O grande volume de mercadorias transportadas por este modal de produtos agrcolas, fertilizantes, minrios, derivados de petrleo, lcool e assemelhados.

    Bacias Hidrogrficas Brasileiras e Rios Navegveis

    - Bacia Amaznica- Bacia Araguaia-Tocantins Bacia do Nordeste- Bacia do So Francisco- Bacia do Paran- Bacia do Uruguai.

    Professor Barreto Pgina 15 Agosto/2006

  • TRANSPORTE TERRESTRE

    Transporte Rodovirio

    Transporte rodovirio internacional aquele efetuado por caminhes e carretas, ligando normalmente, pases limtrofes. Pode ser realizado entrepases que no faam fronteiras entre si, mas que apresentem condiespara tal, tanto em relao distncia quanto viabilidade de custos econdies das estradas. Neste caso, o trnsito realizado atravs deum terceiro pas que, naturalmente, deve permiti- lo. Entre todos os modais, o rodovirio o mais usado nos transportes de mercadorias, tantona exportao quanto na importao, nas viagens de curtas e mdias distncias.

    O Brasil apresenta uma malha viria pavimentada de cerca de 150.000 km.

    Vantagens

    - as vendas podem ser feitas na condio de entrega porta a porta com mais segurana;- menos manuseio da carga J que o caminho lacrado no local de carregamento e aberto

    no local de entrega;- rapidez na entrega da carga em curta distncia;- o transporte vai at a carga em vez de obrigar o exportador a lev-la at ele;- a carga vai at o importador ao invs de obrig-lo a ir retir-la;- possibilidade de utilizao e embalagens mais simples e de menos custo.-

    Tipos de veculos e produtos transportados

    Basicamente, os veculos utilizados para este tipo de transporte so:

    - Caminhes: tambm chamados de veculos fixos, constituem-se de uma nica parte incorporando a cabine, o motor e a unidade de carga (carroceria); nos mais diversos tamanhos, com 2 ou 3 eixos, podendo atingir a capacidade de carga (payload) de at cerca de 23 toneladas. Podem ter carroceria aberta, em forma de gaiola, plataforma, tanque ou fechada (bas), podendo estes ltimos, possurem equipamentos para refrigerao ou no;

    - Carretas: so veculos articulados e, portanto, possuem unidades de trao e de carga em mdulos separados. Estas unidades so reunIdas em conjuntos formados por cavalos mecnicos e semi-reboque, que podem ser abertos, em forma de gaiola, plataforma, tanque ou fechada (bas). Assim como os caminhes convencionais, possuem os mais diversos tamanhos, com 2 ou 3 eixos, tendo capacidade para aprox. 30 toneladas (mximo);

    Professor Barreto Pgina 16 Agosto/2006

  • - Cegonheiras: so veculos articulados, como as carretas, dotados de cavalos mecnicos e uma espcie de gaiola com rampas, para transporte de veculos automotores;

    - Veculos Articulados Especiais (treminhes): so veculos semelhantes s carretas, formados por cavalos mecnicos, semi-reboques e reboques, portanto, compostos de trs partes, podendo carregar dois containers de 20, simultaneamente, sendo um no semi-reboque e outro, no reboque. Devido a seu peso bruto total com carga (aprox. 70 tons), tais veculos no podem transitar em qualquer estrada tendo ento que seguir por roteiro pr-estabelecido pelo MT.

    -

    Transporte Ferrovirio

    Transporte ferrovirio internacional aquele efetuado por vages, puxados por locomotivas, sobre trilhos, e com trajetos devidamente delineados, ou seja, no tm flexibilidade quanto a percursos e esto presos a caminhos nicos, o que pode provocar atrasos na entrega das mercadorias em caso de obstruo da ferrovia.

    O transporte ferrovirio no to gil quanto o rodovirio no acesso s cargas j que as mesmas devem, em geral, ser levadas ele. Embora o Brasil tenha aproximadamente pouco mais de 35.000 km de ferrovias, a iniciativa privada apoiada pelo governo est fazendo grandes investimentos no setor.

    Vantagens

    - menor custo de transporte (movido a energia eltrica ou diesel);- est livre de congestionamentos;- pode ter terminais particulares dentro de, ou prximo s unidades produtoras;- propicia o transporte de grandes quantidades de carga com vrios vages, j que, um vago

    transporta entre 25 e 100 toneladas.

    Tipos de Veculos e Produtos Transportados

    Os vages tm capacidades de carga diferentes entre si, dependendo do seu tamanho e da carga para a qual foram desenvolvidos, isto , dependendo da sua configurao.

    Alm dos vages, as ferrovias tambm podem apresentar diferentes capacidades de carga, dependendo de sua construo, limitando com isto a capacidade dos vages.

    Professor Barreto Pgina 17 Agosto/2006

  • Vages Utilizados / Produtos Transportados

    TRANSPORTE AREOO transporte areo uma atividade que envolve com facilidade vrios paises,devido velocidade do meio utilizado. O princpio seguido o mesmo, tantopara cargas nacionais (transporte domstico ou cabotagem), quanto para as cargas internacionais (operao de comrcio exterior), baseado em normas da lATA (lnternational Air Transport Association) e em acordos e convenes internacionais.

    As diferenas no transporte das cargas nacionais e internacionais ocorrem devido s condies tpicas regionais, entretanto, so sempre semelhantes nos conceitos bsicos de segurana, tica e operacionalidade.

    As reservas podem ser feitas apenas para um espao na aeronave, para transporte de determinada carga, ou para o espao total, ou ainda para afretamento de avies cargueiros destinados a tal finalidade, sendo realizadas pelos expedidores diretamente com a companhia area ou atravs de um agente de carga lATA.

    Caractersticas

    Este modal diferencia-se dos demais graas s seguintes caractersticas:- maior agilidade no transporte;- apropriado para remessa de mercadorias de pouco volume/peso e muito valor;- usado particularmente com muita eficcia para transporte de amostras;- ideal para o transporte de mercadorias com prioridade de entrega (urgncia);

    Professor Barreto Pgina 18 Agosto/2006

  • Vantagens do Transporte Areo

    - Os aeroportos, normalmente, esto localizados mais prximos dos centros de produo, industril ou agrcola, pois encontram-se em grande nmero e espalhados praticamente por todas as cidades importantes do planeta ou por seus arredores;

    - os fretes internos, para colocao das mercadorias nos aeroportos, so menores, e o tempo mais curto em face da localizao dos mesmos;

    - possibilidade de diminuio de estoque, j que se pode aplicar mais agressivamente uma poltica de justin time, com reduo dos custos de capital de giro pelo embarque contnuo, praticamente dirio;

    - racionalizao das compras pelos importadores, tambm aplicando ojust ii time, j que eles no tero a necessidade de manter estoques;

    - possibilidade de utilizao das mercadorias mais rapidamente em relao produo, principalmente em se tratando de produtos pereciveis, de validade mais curta etc;

    - maior competitividade do exportador, visto que a entrega rpida pode ser um bom argumento de venda;

    - reduo dos custos de embalagem, que no precisa ser to robusta, pois a mercadoria estar menos sujeita a manipulaes;

    - segurana no transporte de pequenos volumes;- apresentao de frete inferior ao transporte martimo, dependendo da mercadoria,

    quantidade e local de origem;- o seguro de transporte areo mais baixo em relao ao martimo, cerca de 30% na mdia

    geral, sendo que h uma variao que depende da mercadoria, fazendo com que a diferena seja maior ou menor.

    Tipos de Aeronaves

    So vrios os modelos de avies utilizados na navegao area, classificados em trs tipos quanto a sua configurao e utilizao:

    - AlI Cargo (Full Cargo): so aeronaves especficas, configuradas apenas para o transporte de carga, no transportando passageiros;

    - Combi: aeronave mista, utilizada para o transporte de passageiros e de cargas;

    - Fuli Pax avio de passageiros porm onde o deck inferior destinado unicamente a cargas.

    Professor Barreto Pgina 19 Agosto/2006

  • Diviso de uma aeronave quanto aos tipos de cargas

    Todo tipo de carga pode ser transportado por este modal, porm no devem oferecer risco aeronave, aos passageiros, aos operadores, a quaisquer outros envolvidos e s outras cargas transportadas. Assim, podem-se transportar animais vivos, cargas comuns secas, cargas congeladas, armamentos, enfim, qualquer carga, porm as restries a cargas perigosas so muito intensas, sendo suas embalagens e condies de transporte devidamente regulamentadas pela lATA.As mercadorias perigosas devero ser autorizadas pela prpria empresa area e tero de ser identificadas perfeitamente, de modo que a pessoa ao manipul-las possa ter o devido cuidado.As mercadorias perigosas so classificadas pela ONU nas seguintes classes de risco:

    - classe 1 - explosivos;- classe 2 - gases;- classe 3 - lquidos inflamveis;- classe 4 - slidos inflamveis;- classe 5 - substncias combustveis e materiais oxidantes;- classe 6 - substncias txicas(venenosas) e infecciosas;- classe 7 - materiais radioativos;- classe 8 - corrosivos;- classe 9 - mercadorias perigosas diversas.

    As demais mercadorias que sofrem restries e cujos embarques devem ser consultados antecipadamente so:

    - mercadorias magnticas;- animais ferozes e de grande porte;- material orgnico sujeito a contaminao de qualquer natureza ou em pr-estado de decomposio etc.

    Clculos de Frete

    As tarifas de fretes areos so estabelecidas de comum acordo entre as empresas de transporte areo, devidamente fiscalizadas e controladas pela lATA.

    O frete cobrado pelo peso da carga, calculado por quilo, porm o volume tambm considerado, se exceder limItes previamente estabelecidos para um determinado peso, ou seja, 6 vezes o peso da carga.

    A regra a seguinte: cada quilograma (1.000 gramas) pode ocupar no mximo um espao de 6000 cm3 (seis mil centmetros cbicos), e caso isto seja excedido o frete ser cobrado na base peso

    Professor Barreto Pgina 20 Agosto/2006

  • Portanto, como exemplo, uma carga com uma tonelada ter o frete cobrado na base peso, se o volume no ultrapassar 6m3, e na base peso se for superior a este volume.

    O clculo para obteno da quantidade de peso l volume e que permite saber se h ou no excesso do mesmo feito mediante a seguinte frmula:

    Onde C = Comprimento, L = Largura e A = Altura

    TRANSPORTE MULTIMODAL

    Transporte Multimodal aquele em que uma mercadoria utiliza mais de um modal de transporte para chegar ao seu destino, em virtude da impossibilidade de atingir determinado ponto apenas por um dos modais existentes; pode ser realizado internamente no pas, ou entre pases diferentes no comrcio exterior, como no caso de uma mercadoria que sai de um pais e necessita ser entregue no interior de outro pais.

    A multimodalidade caracteriza-se quando a mercadoria transportada por mais de um modal de transporte sob a responsabilidade de um nico transportador ou operador de transporte multimodal, que tem a obrigao da entrega da mercadoria em determinado ponto e cujos trajetos so cobertos por um documento de transporte nico, ou seja, por um contrato nico. Isto requer o desenvolvimento gerencial de uma poltica de venda e transporte porta a porta, o que torna a logstica de transporte um exerccio permanente, para que se possa aproveitar as melhores oportunidades.

    Professor Barreto Pgina 21 Agosto/2006

    C X L X A = kg / volume a ser cobrado x tarifa =

    valor do frete

    6.000

  • TRANSPORTE INTERMODAL

    O transporte Intermodal ou segmentado diferencia-se do multlmodal pela caracterstica do documento de transporte, ou seja, enquanto este requer apenas um documento, o Intermodal depende de documentos diferentes para cada transporta envolvido. isto deve-se ao uso de mais d. um tipo da modal no quesito responsabilidade pois esta no pertence apenas a um transportador, e sim, cada um que se responsabiliza por seu prprio transporte e tem seu prprio frete o trajeto que est sendo utilizado.

    Neste tipo, portanto, o comerciante contrata cada modal de transporte independentemente e recebe o Conhecimento de Transporte apenas para aquele modal ou trajeto contratado.

    TRANSBORDO DE CARGAS

    O transbordo de carga significa a transferncia da mercadoria de um veiculo transportador para outro do mesmo tipo, para continuao da viagem, por exemplo, a troca de um navio por outro.

    UNITIZAO DE CARGAS

    Conceito de Unitizao

    Unitizar uma carga significa unir vrios volumes pequenos em um nico maior, com o intuito de facilitar a movimentao, armazenagem e transporte, fazendo com que esta transferncia, do ponto de origem at o seu destino final, possa ser realizada, tratando o total de volumes envolvidos em cada Unitizao como apenas um volume.

    Professor Barreto Pgina 22 Agosto/2006

  • Entretanto, a unitizao de cargas pode ser realizada tambm para granis lquidos e slidos nos prprios veculos transportadores. Desta forma, os produtos com pesos e volumes elevados recebem tratamentos especiais, com enfoque nos veculos de transporte onde so unitizados.

    As operaes de carga e descarga, para qualquer que seja o produto, tm de obedecer sempre aos mesmos princpios que regem a unitizao, isto , agilizao no escoamento de mercadorias.

    Dentro do conceito de unitizao, inclusive porque os modais cada vez mais requerem este procedimento, vrias so as vantagens resultantes, como:

    - reduo do nmero de volumes a manipular;- menor nmero de manuseios da carga;- menor utilizao de mo-de-obra;- possibilidade do uso de macanizao;- diminui avarias e roubos;- outros...

    Na unitizao de cargas, quando considerados volumes pequenos e manipulveis, os principais tipos utilizados para este procedimento so:

    - Pallet - Container.

    importante ressaltar que h diferena entre o que se denomina como recipiente para unitizao de carga e a unidade de transporte de carga, pois enquanto o primeiro um equipamento para unitizao de pequenos volumes, o segundo trata-se do prprio veculo transportador, que um recipiente no momento em que est transportando granis lquidos e slidos como uma s carga unitizada.

    Pailet (conceitos e utilizao)PalIet uma unidade semelhante a um estrado, plano, construdo principalmente de madeira, podendo, porm, ser tambm de alumnio, ao, plstico, fibra, polipropileno, com determinadas caractersticas para facilitar a unitlzao, armazenagem e transporte de pequenos volumes.

    Os pallets podem ser descartveis, ou seja, construdos para serem utilizados em apenas uma viagem (one way), ou para uso constante. A adoo de cada tipo depende da logstica escolhida, que envolve um estudo sobre custos e o seu retorno.

    O paliet tem de ser suficientemente resistente e adequadamente construdo, oferecend segurana para:

    - sustentar, em repouso ou quando movimentada, a carga que sobre ele depositada; e

    Professor Barreto Pgina 23 Agosto/2006

  • - permitir a manipulao e a movimentao da carga unitizada por meio de equipamento mecnico apropriado, tanto em terra quanto nos veiculos transportadores, e nos embarques e desembarques.

    Paletizao

    As medidas e as demais caractersticas fsicas do pallet a ser escolhido devem ser tais que se adaptem s vrias fases do transporte e aos diferentes tipos de equipamentos mecnicos em operao nos portos de carga e descarga, de forma que a movimentao da carga unitizada se realize com rapidez e segurana.

    A uniformidade e as medidas dos volumes a serem paletizados so de grande importncia para produzir uma carga unitizada, bem enquadrada em seus quatro lados, e nivelada na sua face superior, para permitir a melhor ocupao do espao do veculo transportador.

    A princpio, qualquer carga paletizvel, desde que adaptada ao pailet e economicamente vivel.

    A amarrao dos volumes para constituir uma carga unitlzada rgida deve ser feita atravs do emprego de cintas, que podem ser de nylon, polipropileno, polister, metlicas, complementadas, s vezes, por tbuas e sarrafos de madeira e folhas de papelo, bem como sacos ou filmes plsticos encolhveis (shrink), ou filmes estrveis de polietileno (stretch), que so esticados e colocados sobre a carga.

    Os filmes e os sacos tm a finalidade, tambm, de evitar o furto de volumes que, neste caso, somente ser efetivo se estes materiais forem danificados. Podero ser utilizadas cantoneiras, para proteger a mercadoria paletizada, sendo colocadas nos quatro cantos da pilha realizada sobre o pallet.

    conveniente que a carga, uma vez arrumada e fixada, sobressaia igualmente nas quatro laterais do pallet para evitar que, na sua movimentao, as suas bordas danifiquem outras mercadorias.

    Conforme definia o Acordo de Tarifas de Frete Brasil / Peru / Brasil: Para cargas de formatos irregulares ou frgeis, como sacos, a paletizao deve ser complementada por uma cobertura rgida, plana e paralela face inferior do pallet, que dever suportar as cintas de amarrao, impedindo os esforos centrados e cortantes sobre a carga, protegendo-a, tambm, na operao de empilhamento.

    Os pallets devero ser identificados com marcaes, demonstrando o destino e o destinatrio, entre outros detalhes, , no caso de mercadorias perigosas, tero de ser identificados convenientemente, atravs das marcaes padronizadas internacionalmente, a fim de que o seu manuseio seja facilitado e no traga perigo queles que os esto manipulando. Existem smbolos para todos os tipos de carga, com cores identificando a sua periculosidade, de modo que quem os manuseie possa reconhecer cada carga e manej-la dentro dos padres adequados.

    Professor Barreto Pgina 24 Agosto/2006

  • A paletizao de cargas traz muitas vantagens, dentre as quais, melhor aproveitamento dos espaos nos armazns, principalmente os verticais; agilizao na movimentao da carga e nas operaes de embarque e desembarque; reduo do custo de movimentao; diminuio de roubos; manipulao segura da carga; simplificao do controle das mercadorias; reduo das estadias dos veculos transportadores nos pontos ou portos de embarque e desembarque.

    Equipamentos para movimentao de pallets

    Os pallets so movimentados nos armazns por paletelras e empilhadeiras. Nos embarques Nos embarques e desembarques em caminhes ou vages ferrovirios so utilizadas empilhadeiras, e nos portos so usados guindastes, tanto do navio quanto do porto, que possuem ganchos, C Hook, lingas e outros equipamentos especficos para sua movimentao.

    Container Conceito, padronizao e medidas

    Container uma caixa, construda em ao,alumnio ou fibra criada para o transporte unitizado de mercadorias e suficientemente forte para resistir ao uso constante

    Constitui um equipamento do veculo, transportador, que se caracteriza pela resistncia e..facilidade de transporte de mercadorias, por um ou mais modais provido de portas, escotilhas e aberturas que permitem..seu estufamento . esvaziamento com facilidade, cumprindo os objetivos propostos para a sua criao e utilizao.

    Os containers so Identificados com marcas (como todos os volumes movimentados nesta rea), nmeros, definio de espao e peso. As caractersticas d resistncia e identificao visam dar ao container vantagens sobre os demais equipamentos para unitizao, como segurana, inviolabilidade, rapidez e reduo de custos nos transportes.

    Este equipamento tambm dotado de dispositivos de segurana aduaneira, e deve atender s condies tcnicas de segurana previstas pela Legislao Nacional e pelas Convenes internacionais, que so ratificadas pelo Brasil.

    A partir do seu desenvolvimento, os containers foram se transformando at chegarem situao atual, tornando-se modulares e tendo as suas medidas padronizadas (caracterstica principal), para serem transportados por qualquer modal de transporte, sem problemas quanto s medidas dos veculos.

    Professor Barreto Pgina 25 Agosto/2006

  • Padronizao

    A padronizao dos containers comeou a ser pensada pela ISSO e pela ASE (American Standard Association). Com o tempo, a maioria dos pases acabou adotando como padro as especificaes e dimenses propostas pela ISSO, o que veio facilitar, inclusive, a construo de navios, caminhes etc., para o seu transporte, bem como guindastes e equipamentos apropriados para seu embarque, desembarque e movimentao.

    No Brasil, as normas da ISO foram adotadas pela ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas), que em 1971 emitiu as primeiras normas relativas ao container, sua terminologia, classificao, dimenses, especIficaes etc.

    O INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial), o responsvel pelas adaptaes das normas da ISSO, e emite Certificados de Qualidade de Container.

    Quanto ao regime aduaneiro de entrada no Brasil, o container estrangeiro tem um prazo de 180 dias para permanecer no pas, que pode ser prorrogvel e admitido pelo Regime de Admisso Temporria. Quando em trnsito, com carga pelo territrio nacional com destino a outros palses, est sujeito ao mesmo Regime e o prazo tambm de 180 dias para permanecer no pas. Consulte sempre a legislao aduaneira / Regulamento vigentes para que tais dados encontrem-se atualizados.

    Medidas

    Os containes so padronizados com medidas lidas em ps () e polegadas (). A nica medida invarivel a sua largura que tem sempre 8 (oito ps). A suaaltura pode ser de 8; 86 e 96, sendo a primeira padro ISO e as demais, padro ASA. Quanto ao cumprimento, os mais comuns e conhecidos so os de 10, 20, 30,40 e 45, embora existam outras medidas como 24, 28, 32, 35 e 48.

    Tipos e Finalidades dos Containers

    Dry Box: totalmente fechado, com portas nos fundos, sendo o container mais utilizado e adequado para o transporte da maioria das cargas gerais secas existentes, como alimentos, roupas, mveis, equipamentos, etc.

    Ventided: semelhante ao dry box, porm com pequenas aberturas no alto das paredes laterais, podendo tambm t-las na parte inferior das paredes, para permitir a entrada de ar, para transporte de cargas que requerem ventilao como caf e cacau.

    Reefer: tambm semelhante ao dry box, totalmente fechado, com portas nos fundos, apropriado para embarque de cargas perecveis congeladas ou refrigeradas, que precisam ter uma temperatura controlada, como carnes, sorvetes, frutas e verduras. Podendo ser equipado com motor prprio para refrigerao ou

    Professor Barreto Pgina 26 Agosto/2006

  • ligado a uma tomada para seu funcionamento, tanto em terminais quanto nos veculos. Para maiores informaes, consulte a professora.

    Bulk Container: similar ao dry, totalmente fechado, tendo aberturas no teto (escotilhas) para seu carregamento e uma escotilha na parede do fundo, na parte inferior para descarregamento, apropriado para transporte de granis slidos como produtos agrcolas.

    Open Top: container sem teto, que fechado com lonas para transporte de cargas que apresentam dificuldades para embarque pela porta dos fundos e necessitam de um acesso especial, embora tambm possua a porta normal nos fundos. Prprio para mercadorias que excedam a altura do container, cujas cargas no poderiam ser estufadas num container dry box tradicional.

    Half Height: container open top, sem teto, porm de meia altura 4 ou 43 fechado com lonas e cabeceira basculante, adequado para embarque de minrios, cuja carga extremamente densa e, se embarca em um open top, este no poderia ser utilizado integralmente quanto ao aspecto de volume, representando uma ocupao de espao indevido no navio.

    Open Side: com apenas trs paredes, sem uma parede lateral, este container apropriado para mercadorias que apresentam dificuldades para embarques pela porta dos fundos, ou que excedam um pouco a largura do equipamento ou ainda para agilizao de sua estufagem.

    Flat Rack: container plataforma, sendo uma combinao dos open top e open side, sem as paredes laterais e sem teto, com cabeceiras fixas, ou dobrveis adequado para cargas pesadas e grandes e que excedam um pouco as suas dimenses.

    Plataform: container plataforma sem paredes e sem teto, tendo apenas o piso apropriado para cargas de grandes dimenses ou muito pesadas.

    Tank: container tanque, dentro de uma armao de tamanho padronizado, prprio para transporte de lquidos / gases a granel, perigosos ou no.

    Os tipos e dimenses dos containers constantes na tabela abaixo so apenas as referncias gerais de cada um, j que existem, para todos os tipos, unidades especiais, ou seja, os chamados containers reforados ou tamanhos especiais, que so utilizados para cargas de maiores pesos ou maiores volumes.

    Professor Barreto Pgina 27 Agosto/2006

  • Dimenses e capacidades dos containers

    Abaixo, uma operao de desova de container, acompanhada pela Flipper Logstica Internacional, no porto de Paranagu.

    Professor Barreto Pgina 28 Agosto/2006

  • Existem diversos equipamentos para movimentao de containers em terminais e portos. Os mais utilizados so: reachstackers, tropllft, guindastes, transtainers e portainers.

    Modalidades de estufagem, desova e utilizao

    No modal martimo, especif nas cargas unitizadas em containers, possvel ter alguns tipos de modalidades em sua ovao, desova e utilizao. Cada tipo vai depender do local ou por quem o servio realizado, se pelo transportador ou pelos comerciantes.

    ESTUDOS LOGSTICOS

    Logstica

    o processo que Integra, coordena e controla a movimentao de materiais; mveis de inventrio, manufatura e produo, fluxo de produtos local de estocagem, sistemas de Informaes bem corno o transporte e armazenagem. portento, a cadela de servios necessria para Interligar um ponto de produo a um centro de consumo.

    Logstica: Uma ferramenta essencial ao sucesso nos negcios. . Sistema que facilita acesso a clientes e otimiza atividades reduzindo custos.

    A Logstica uma ferramenta essencial no mundo dos negcios atualmente. No mercado globalizado, onde a tecnologia da Informao est disseminada em todo o planeta e onde a comunicao on llne permite a ligao simultnea em toda a cadeia do comrcio internacional, no se concebe mais s empresas a ausncia da logstica em suas operaes. Quem no tiver um eficiente sistema de logstica est perdendo em competitividade nos mercados, especialmente quando se trata de vendas para o exterior.

    Colocar o produto certo, na hora certa, no lugar certo para o cliente certo. Esta a definio de logstica, segundo o diretor administrativo da Eichenberg & Transeich, Gerson Eichenberg. Segundo ele, no Brasil a Incorporao da logstica no vocabulrio corrente das empresas ainda um fenmeno recente, se comparado com os pases do Primeiro Mundo, onde h muito tempo o projeto de logstica faz parte da rotina dos negcios. Temos muito que aprender ainda, afirma Gerson Eichenberg, que, no entanto, v um avano multo grande no uso da logstica nos ltimos anos. Antes restrita s empresas que operavam no comrcIo exterior, hoje o quadro outro. As mdias e grandes empresas brasileIras conhecem os benefcIos de um bom projeto logstico. E uma questo de sobrevivncia.

    Professor Barreto Pgina 29 Agosto/2006

  • Vantagens: A logstica um novo conceito na gesto dos negcios. Com ela, as empresas obtm ganhos com o aumento do fluxo de produo, na qualidade de servio e no melhor atendimento ao cliente. Portanto, o projeto logstico no se limita apenas ao setor de transportes da empresa. O bom projeto o que contempla todos os segmentos dentro da empresa. E a onde entra a informao. Sem ela no h sistema logstico que se sustente. A tecnologia da Informao, a sua conseqente queda de custos e a facilidade na utilizao de sistemas Informatizados para a coleta e armazenagem de dados, Imprime um novo ritmo s operaes empresariais, o que resulta num atendimento ao cliente com muito maIs qualidade. Gerson Eichenberg esclarece que o diferencial de uma empresa para outra no est na automatizao de todo o sistema logstico, mas sim na maneira como a tecnologia e a informao so utilizadas em benefcio dos negcios e adequados ao que o cliente deseja. Para ele, logstica tambm uma questo de estratgia e, portanto, cada empresa deve ter a sua.

    Tendncias - Logstica de fato a chave para o futuro competitivo de uma empresa. Contudo, muitas empresas ainda se mostram resistentes aos benefcios que um bom projeto logstico pode trazer, segundo Christiano Wide, gerente da Fritz Companies. As empresas devem aprender a reduzir investimentos naquilo que no sabem fazer e investir no que sabem. Ele ressalta que para algumas empresas ter o seu prprio sistema logstico pode ser bastante vantajoso. Entretanto, a terceirizao deste setor para centros logsticos capacitados que prestam assessoria s empresas poder reverter em maiores ganhos de produo.

    O IDI uma rede interligada atravs de um software comum onde cada elo da cadeia logstica tem a informao permanente e simultnea sobre um pedido de compra de um produto, ou qualquer outro servio que tenha sido solicitado. E uma espcie de rastreamento para produtos e servios. Os Inventrios esto relacionados ao processo de armazenagem onde, a qualquer momento, pode-se saber qual a posio do estoque no armazm, os produtos e a quantidade estocada.O ECR voltado mais para os supermercados que, ligados aos fornecedores, podem inform-los qual o melhor perodo de venda do ms, o momento de pedidos, estoques e as necessidades de reabastecimento. Sem dvida, a logstica uma ferramenta que veio para ficar. Cabe s empresas brasileiras estarem atentas para no perderem o bonde da histria.

    Professor Barreto Pgina 30 Agosto/2006

  • ESPECIAL CONTAINERS

    Container: uma caixa construda em ao, alumnio, fibra (til para o caso de algum acidente o container de fibra cai na gua e no afunda, ou seja, por ser de fibra ele bia), criado para o transporte unitizado de mercadorias e suficiente forte para resistir ao uso constante,

    Constitui um equipamento de veculo transportador que se caracteriza pela resistncia e facilidade de transporte de mercadoria por um ou mais modais. provido de portas, escotilhas e aberturas que permitem o estufamento e esvaziamento com facilidade, cumprindo os objetivos propostos para a sua criao e utilizao.

    Existem vrios tipos de container, so eles:

    DV - Dry Van

    Este modelo foi especialmente projetado para o transporte de cargas secas em geraL.FR - Flat Rack

    Estes containeres so adequados para o transporte de cargas de grandes dimenses, pois possuem partes removveis, o que permite um fcil armazenamento. So equipados com elementos de fixao a carga.

    OT - Open Top

    Unidade que permite uni fcil armazenamento de cargas que possuem altura excedente, que coberta por unia lona esticada. Projetada tambm para produtos que necessitam de ventilao.

    Professor Barreto Pgina 31 Agosto/2006

  • RF- Reefer

    Este modelo pode manter uma temperatura interna constante entre -20C e 20C, no transporte de cargas refrigeradas ou congeladas.

    RH - Reefer High Cube

    Este modelo pode manter uma temperatura interna constante entre -20C e 20C, no transporte de cargas refrigeradas ou congeladas.

    I-IC - High Cube

    Este modelo parecido como DRY mas, ele 30cm mais alto, fazendo com que h mais espao para a carga. D para diferenciar pelo tamanho e contm na borda faixas nas cores amarelo e preto.

    TK - Tank Tainer

    Este modelo o utilizado para transporte de granis lquidos e gases.

    Professor Barreto Pgina 32 Agosto/2006

  • Bibliografia:

    Textos baseados em livros logsticos e resumos de diversos autores como:

    RONALD H. BALLOU

    SAMIR KEEDI

    NELSON LUVICO

    OUTROS

    Professor Barreto Pgina 33 Agosto/2006