Livro - Viva Para Sempre - Sondra Ray

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    LIVRO: VIVA PARA SEMPREAUTORA: SONDRA RAY

    VIVA PRA SEMPRE

     FAÇA DE VOCÊ A PESSOA MAIS IMPORTANTE DASUA VIDA.

    SUMÁRIO

    •  Prefácio, por Bob Mandel•  Minha oração antes de começar este livro•  Introdução, por Fredric Lehrman

     PARTE I – COMO VIVER PARA SEMPRE

    1. 

     A alternativa à morte2.

     

    O que causa a morte?3.   Matando minha própria pulsão de morte4.  Ciência e Imortalidade5.  Saúde e Imortalidade6.   Dieta e Imortalidade7.   Relacionamentos e Imortalidade8.   Dominando a Imortalidade Física9.

     

     Mantendo a Imortalidade Física10. Transfiguração corporal – Desmaterialização e Rematerialização

     PARTE II – COMO SER CHIQUE E FABULOSO

    11. Sendo chique e fabuloso12. Sendo sua própria celebridade fabulosa13. Sendo uma mulher madura14. A arte das compras iluminadas

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    15. Vitalidade e mágica na decoração16. O planeta como seu playground  

     PARTE III – ENCERRAMENTO

    17. Um “encerramento” extraterrestre18. Profácio: minha experiência escrevendo este livro19. A família Imortalista, por Bob Mandel

     APÊNDICESA.  Com a palavra, os ImortalistasB.  Ensinamentos de Robert CoonC.  Compreendendo a ressurreiçãoD.  Evitando a guerra e alcançando a paz mundial, por Leonard OrrE.  Beleza na Nova Era, por Jane HundleyF.  Dança sagrada, por Jane Bundley

    Bibliografia

    Ouvi recentemente um anúncio interessante no rádio. Ele vendia BMW e o principalargumento era que devíamos comprar a BMW 3251, porque ela realmente melhorava com o passar dosanos. Sim, é isso mesmo: ela funciona melhor depois de três anos de uso do que quando é nova em folha.

    O que me chamou especialmente a atenção nessa argumentação foi que ela desafiava a própriabase de mercado contemporâneo. Hoje em dia, tentam convencer-nos a comprar de tudo, desdetelevisores e computadores a videocassetes, roupas e carros, como se o tempo todo eles estivessemsaindo de moda. Dizem que até mesmo vinhos novos são feitos de uvas de melhor qualidade e portantosão melhores que os mais velhos. Vivemos em um mundo obscurecido pela sombra da decadência, da

    deterioração e da morte. Tudo em que pomos os olhos parece fadado a uma obsolescência implícita e, sevocê quiser manter atualizado com as últimas tendências, avanços tecnológicos, dietas, ginásticas, semmencionar ter tudo o que seus amigos têm, é melhor trocar o que você tem por algum modelo mais novoou um estilo mais voga.

    O livro que você está prestes a ler pode mudar seus padrões consumistas para sempre. E, omais importante, mudar dramaticamente sua vida. Se houvesse um aviso do Ministério da saúde sobreeste livro, ele seria o seguinte: “Cuidado! Este livro é altamente ameaçador para sua pulsão inconscientede morte. O estudo contínuo destas páginas pode causar alegria permanente e vida eterna”.

    A pulsão inconsciente de morte é nosso desejo secreto de destruir um corpo no qual nossentimos presos. É uma “verdade”aceita em geral que, já que a morte é inevitável, é como senascêssemos com um tanque de gasolina, devendo usá-lo parcimoniosamente. Todas as coisas sãoprisioneiras do tempo, segundo este mito pseudocientífico, fadadas a uma progressão fúnebre desde oinício, meio até o fim. Estamos presos neste sistema fechado de espaço-tempo, levando uma vida linearcomo a areia que cai grão por grão em uma ampulheta impiedosa. O melhor que podemos fazer éconservar nossos recursos “limitados”, proteger-nos de um universos hostil, preparar-nos para um finalinfeliz e refrear nossa vida. A vida, portanto, é em última instância inútil; tudo é fútil, desespero justificado, exaustão inevitável e depressão natural.

    A verdadeira tragédia da pulsão inconsciente de morte não é só que ela nos faz morrer antesque possamos decidir sobre isso, mas o fato de gerar um impulso de resistência à vida, tornando-a menosatraente e portanto intensificando nosso desejo de morrer e dar um fim ao nosso sofrimento. É um ciclovicioso.

    As conseqüências globais de uma civilização que cultua a morte são catastróficas. Seacreditamos que nada pendura, projetamos secretamente essa convicção no próprio planeta, que mantém

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    a vida como a conhecemos. Consumimos nosso ambiente gerador de vida tão conspicuamente como umBig Mac. E o planeta, a própria Mãe Terra, paira entre saúde e doença, amor e medo, paz e guerra,criação e extermínio.

    Como pode haver qualquer solução pessoal até que tenhamos resolvido o dilema básico devida e morte?

    Eis um livro que é parte da solução total. eis um livro que é 100% a favor da vida, que faz comque você se lembre de seus sonhos de criança e desperte para eles. Um livro que ilustra a insanidade damorte e oferece uma alternativa viável. Aqui você vai aprender como sua mente é importante para seucorpo ( e para o corpo do planeta), como padrões familiares e princípios podem terminar a duração de suavida e como descobertas recentes, assim como antigas verdades, podem criar um novo contexto para umavida Imortal nesta existência.

    O “céu na Terra” não é mais um sonho escapista; agora é um contexto necessário para todas asescolhas importantes, tanto pessoais quanto políticas. Até que entendamos que o compromisso com asobrevivência de nosso planeta ;e uma preocupação pessoal da maior importância, o que nos garanterealmente nossa sobrevivência isolada e individual?

    A escolha, a encruzilhada, estão aqui e agora. E vida e morte são questões de escolha, comoeste livro demonstra com tanta clareza e evidência. Aqui você verá como pode usar seu sonho pessoal aoInfinito para estabelecer ligação com a fonte da vida eterna para seu maior bem-estar, assim como deseus relacionamentos e de seu planeta. Eis um livro que pode arrancá-lo definitivamente do desespero, dadepressão e da falta de esperança, um livro que lhe mostra como a longevidade é o resultado linear de

    viver segundo o princípio do quantum, ou seja, viver a vida não no caminho rápido, mas no caminholivre, o caminho livre de todo pensamento limitado.

    No passado, aqueles que buscavam a Imortalidade estavam cegos por seu egos. Fausto buscavaa vida eterna como uma conquista de um Deus que ele percebia como cruel. O ego, a parte de nossapersonalidade baseada na percepção de que somos separados de Deus, ou da fonte, ou da força, oudaquele campo de força inteligente universal no qual existimos, nunca pode superar a morte, porque suaprópria existência se baseia no ataque. Aqui temos um livro que revela a base espiritual simples paraacreditar que podemos participar conscientemente de nossa própria evolução física. Trata-se de um livrobaseado em união, não em separação, em realidade prática, não em fantasias escapistas.

    Sim, este é um livro rebelde, porque Sondra Ray é uma mulher rebelde. Mas ela também é deVirgem, uma garota dos campos do Meio-Oeste que viajou pelo mundo o suficiente para fundir suasabedoria despretensiosa com uma sofisticação global. A beleza de Sondra Ray é que sua impetuosidadesempre é temperada por uma sabedoria espiritual. (Afinal, ela foi enfermeira por muitos anos). Neste

    livro, Sondra realmente entra nos detalhes mais básicos da Imortalidade Física. Se consideramos aperspectiva de viver para sempre, naturalmente assumimos maior responsabilidade por nosso planetacomo um lar permanente. Inevitavelmente criamos coisas que perduram, porque pretendermos perdurar.Nossos relacionamentos devem se tornar mais afetuosos, pois, se vamos ficar por aqui, por que ficar emconflito?

    E, por fim, ficamos motivados para optar por expressar nossos eu Imortais em todos osaspectos de nossa vida. O que me faz lembrar do conhecido adesivo: Imortalistas continuam parasempre!

     MINHA ORAÇÃO ANTES DE COMEÇAR ESTE LIVRO

    Querido Babaji,

    Que tudo que eu escreva possa ser algo belo para Deus!Por favor, ensine-me a verdade absoluta sobre este assunto da forma mais rápida que eu possa

    aprender, oh, por favor.Oh, que eu possa aprender todas as Suas lições, Jesus, e de todos os grandes Mestres Imortais,

    essa é minha súplica. Por favor, nos livre de toda ignorância.Oh, divino e Sagrado Mestre Eterno, Encarnação da Bem-Aventurança e da Felicidade

    Suprema, eu me entrego a Você.Conceda-nos sua graça.

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    Ilumine-me, apóie-me e encha-me com seu sopro.Livre-me da Morte.

    Com amor,

    Sondra Ray!

     INTRODUÇÃOPor Fredric Lehrman

    Imortalidade Física é a grande idéia, sem a qual há confusão constante a respeito do Universo emuitas contradições sem resposta em relação à vida. Ela é a verdadeira solução para nosso eu superior.Compreender a Imortalidade Física requer trabalho consciente. A idéia de Imortalidade Física trará à

    baila perguntas e mais perguntas, e outras mais depois dessas. E as perguntas continuarão a surgir até quea compreensão seja plena.A transformação produzida é tão profunda quanto qualquer coisa que possamos imaginar. Na

    realidade, está além do que podemos imaginar. A lagarta nada sabe sobre borboletas. Um dia ela se achamobilizada por sua força vital instintiva. Constrói um casulo à sua volta; então essencialmente sedesintegra e emerge como uma borboleta. Quando você desmantela sua pulsão de morte, o programainconsciente que o mata é esse mesmo tipo de processo. Como tudo em seus velhos sistemas de crençascarrega a mácula da morte, purificar a mente provoca medo, pois o ego sente como se estivesse sendodesnudado. Não há meio-termo nisso: é uma coisa ou outra. Mas, quando você emergir do ataúde de ego,será mais plenamente o que você é do que nem sequer pode imaginar agora.

    Anos atrás, tive uma conversa sobre Imortalidade Física com um amigo que era professor deum tipo de meditação budista. Como Buda pregava o não –apego, muitos budistas atribuem sua pulsãoinconsciente de morte a seus ensinamentos e dão poucos valor à vida. Meu amigo achava a idéia de

    Imortalidade Física um abuso e uma ofensa; ele a considerava estúpida e perigosa. Quanto maisfalávamos sobre isso, mais agitado ele ficava, o que indicava como era apegado à sua pulsão de morte.Por fim, ele gritou: “Ouça, por que você continua insistindo nessa idéia? A morte é nada. Eu ‘morri’inúmeras vezes em minha meditação. Vivenciei minha própria morte. Não tenho medo dela. A mortepara mim não é diferente de atravessar aquela porta ali”. Então eu disse: “Veja só, é isso! Você aindaacha que há uma porta para atravessar!”.

    Penso com freqüência nas palavras de Seth no livro Seth Speaks [Seth fala], de Jane Robert.Ele diz: “Você está tão morto agora quanto sempre estará”. Se a morte fosse real, a vida seria impossível.O Universo teria parado há muito tempo. Na verdade, tudo está vivo, a despeito de idéias científicasincultas sobre entropia. A vida continua reaparecendo e formando estruturas mais complexas, a despeitodas “leis” de termodinâmica. As formas mudam; a Vida continua.

    Meditar conscientemente sobre a idéia de Imortalidade Física é uma maneira de evitar regredirao estado hipnótico de transe social que você aceitou dos outros enquanto estava crescendo. A filosofiada Imortalidade Física é como uma grande vassoura: larga o suficiente para varrer toda a poeira de suamente. Nada pode evitá-la. Se você ficar confuso, continue se lembrando disso. Funcionará. O erro é oresultado de esquecer de confiar na Vida. O Universo é vivo e brilhantemente criativo, e só estácomeçando. Este jogo no qual estamos vai continuar por bilhões de anos. A Imortalidade Física, da formacomo a entendemos, é um ponto de lançamento para experiências que vão muito além deste planeta.Então não se preocupe em ficar sem coisas interessantes para fazer. Nós mal começamos.

    Agora, cada vez mais pessoas estão tendo vislumbres de discernimento sobre o que realmenteestá acontecendo sob a superfície de nossa suposta realidade. Uma porta de visão se abre e nós sabemos averdade novamente. Meu amigo Terence Mckenna diz: “Somos criaturas do sonhos”. O pensamento écriativo; você concebe um pensamento e o sonho se materializa. Você concebe sua próxima ação, então a

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    executa.O corpo é o campo de teste para nossos sonhos. O que nós desejamos é ser capazes de voar

    como o fazemos em sonhos. Nós temos uma certeza interna de que isso é possível, quase sabemos qual éa sensação disso. Mas o corpo não voará enquanto não o deixarmos entrar naquele conhecimento. Asoma total de suas crenças é o que você vivencia. Se o corpo manifesta um sintoma, o que ele estáfazendo é lhe mostrar um conflito em sua mente. Sem um corpo, você provavelmente poderia se sair comtodos os tipos de absurdos, mas o corpo o mantém honesto. Seu corpo é como um tabuleiro de jogo ouum campo experimental.

    A idéia de Via Imortal vai além da identificação com um corpo; o corpo não é um limite, maso corpo não pode ser “excluído”. Se os corpos fossem separados da vida eterna, então já estariammortos, o que é absurdo. Portanto, falar apenas sobre “Imortalidade” vai deixá-lo mais uma vez confuso.Você deve dizer “Imortalidade Física” se realmente é isso o que quer dizer.

    O impulso da consciência é incorporar o conhecimento, de forma tal que a Alma se tornacorporificada e o corpo se torna “um objeto comandado livremente na imaginação” (Terence Mckenna) .Na realidade, isso já é assim, apenas nós é que não percebemos. Não há separação entre físico e espírito.Nós somos  nosso sonho. Mas, para dominar o jogo da Vida, devemos nos tornar conscientes de quesomos autores de nossa realidade. É por isso que a prática da Imortalidade Física inclui proezas comomaterialização, desmaterialização, teledeslocamento, bilocalização e tudo o mais que você possa pensar.

    Acho que todos nós já fazemos essas coisas, mas temos medo de nos conscientizarmos disso.Pouco a pouco, à medida que fiquemos mais seguros, vamos nos lembrar de coisas que estávamos

    fazendo e que então imediatamente suprimimos ou esquecemos. Tente captar um vislumbre disso.Por fim, não faz sentido tentar tornar-se Imortal Fisicamente. Considere o milagre da própria

    Vida e você verá que já é parte dele. Tudo o que realmente precisamos é parar de nos “matar” com nossacrença na morte.

    CAPÍTULO

    1

    A ALTERNATIVA À MORTE

    Há uma alternativa para a morte física.É possível continuar vivendo para sempre, sem “abandonar” o corpo físico – embora tenhamos sidolevados a acreditar no contrário. É possível continuar vivendo para sempre. Há pessoas que o fizeram.

    Se acha que é impossível, pense mais uma vez. Afinal, esta não é a primeira vez que vocêouviu falar em viver para sempre, não é? A idéia de Imortalidade, de viver para sempre, ou de continuarcom a mesma idade por toda a eternidade, não é uma idéia nova, embora geralmente pensemos que tenhaa ver apenas com lendas, mitos e contos de fadas.

    Mas de onde surgiu essa idéia? Ela tem circulado desde os primórdios da literatura. Os mestresespirituais de todas as religiões pregaram essas idéias durante séculos. Como sabemos que a maioria dagrande literatura religiosa não foi inspirada pelos mestres imortais? Por exemplo, na Índia as tradiçõessiddha  adotam a idéia de que alguns indivíduos estão no mundo desde que o corpo humano evoluiu,esperando pacientemente que o resto de nós compreenda isso. Todavia, em nossa cultura quem estáfamiliarizado com essa visão? E, apesar de toda a literatura religiosa estar repleta de histórias sobrelongevidade e Imortalidade, as pessoas raramente aceitam isso como uma realidade histórica.

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    Sim, a vida eterna, em seu corpo físico, está se tornando uma possibilidade prática. Mas antesque você possa entender verdadeiramente essa possibilidade, antes que possa abarcar e se agarrar à idéiade viver para sempre – e então persistir em fazer isso -, é preciso que algumas verdades metafísicasbásicas fiquem bem claras: (1) seus pensamentos produzem seus resultados (por exemplo, pensamentosnegativos produzem resultados negativos); (2) seu corpo obedece às instruções que recebe de sua mente(em outras palavras, a mente governa o corpo em todos os casos); (3) toda morte é suicídio. Uma vez quetenha aceitado essas verdades metafísicas básicas, então e só então uma compreensão da ImortalidadeFísica se torna óbvia para você. Daí você começa a ver que a morte é realmente um sistema de crenças. Esistemas de crenças – e crenças – podem ser mudados.

    Há também uma alternativa para o envelhecimento. Veja, o hábito de afirmar o poder (e ainevitabilidade) da morte é o mesmo que causa envelhecimento, doenças e estados de debilidade quelevam à morte. Se a vida inteira você ouviu que “vai envelhecer e morrer”, é nesse hábito de pensamentoque você crê.

    Então, o que matou mais pessoas do que todas as outras causas de morte combinadas? O pensamento de que a morte é inevitável.

    Jesus tentou ensinar isso há 2 mil anos quando disse: “O poder da vida e da morte está nalíngua”. Em outras palavras, o que você diz é o que você consegue. Jesus também disse “Vou deitas estecorpo e levantá-lo novamente três vezes”, e foi exatamente o que Ele fez. Ele não morreu. Ressuscitou eentão levou Seu corpo com Ele.

    Você também pode fazer isso se aceitar o desafio de se tornar um mestre espiritual, que é algo

    que você  pode fazer, porque você é uma unidade com Deus. Não é separado de Deus.A prática da morte física é um costume antigo. Parece que agora é popular morrer por volta

    dos setenta anos. Muitas pessoas querem manter essa tradição, mas há algumas que estão despertandopara o fato de que há outra opção. Pode ser que um dos motivos da popularidade da morte seja o medoque as pessoas têm de questioná-la. Muitos filósofos e cientistas evitaram o estudo da morte porqueachavam que ela lhes ocorreria enquanto a estudavam. (Naturalmente isso aconteceu a eles de qualquermaneira, justamente porque eles não a estudaram). Hoje em dia, a necessidade da morte física está sendoquestionada. Há uma quantidade crescente da chamada “literatura Imortalista” (ver bibliografia). Ao leressa literatura, você não só se tornará mais vital, feliz e consciente, mas também começará a entender queessa literatura faz pleno sentido.

    Quando a Bíblia diz: “A morte é o último inimigo a ser vencido...”, isso significa que a mortepode ser vencida. Se você for cientista e precisar de comprovação científica, terá certeza de que não háprova alguma...a única prova possível seria realmente viver para sempre. E quem pode mensurar isso?

    Assim, para você este capítulo pode ser como um Koan para sua mente. Entretanto, encare dessa forma:aceitar a filosofia voltada à morte. E tenho certeza de que a primeira é melhor para sua saúde.Se eu lhe dissesse que tivesse o pensamento “Vou ficar muito doente e morrer” cem vezes por

    dia, você não faria isso, faria? Intuitivamente, você sabe que isso funcionaria. Meditar e pensar sobreImortalidade Física é divertido e estimulante. É um dos melhores jogos no momento.

    Talvez você não consiga lidar com o pensamento de viver quinhentos anos, muitos menos parasempre. Bem, vamos tentar apenas ter o seguinte pensamento: “Posso viver por quanto tempo quiser emmeu corpo físico”. (Isso é Imortalidade Física). Além disso, Imortalidade Física não é uma coisa místicaque você alcança algum dia. Você não fica por aí esperando por ela. É AGORA, AGORA, AGORA. Aopção é continuar inteiramente vivo neste segundo e cada segundo AGORA. Você não fica pensando:“Como eu faço para chegar lá?” Em vez disso, desfruta a Imortalidade AGORA. Você vive casa segundotão plenamente quanto possível, enquanto afirma a Imortalidade Física em seu coração.

    A Bíblia nos conta que Enoque foi o primeiro a vencer a morte. Ele viveu milhares de anosantes de Jesus. Elias viveu vários séculos antes de Jesus e também venceu a morte. Jesus morreu eressuscitou da morte, porque as pessoas ainda não haviam entendido a mensagem. Ele criou sua morte eressurreição com auto-sugestão. Ele representou o ego e ensinou que ele não era real. Ele estava usandoum estratagema extremo de ensinamento para transmitir a mensagem.

    A imortalidade Física pode ser definida como uma existência infinita: especificamente, aexistência infinita de seu corpo físico em saúde e juventude perpétuas por tanto tempo quanto vocêquiser.

    Sei que há pessoas com mais de 200 anos vivendo neste planeta (encontrei algumas na Índia).Há provavelmente algumas aqui no Ocidente. Elas não revelam suas idades verdadeiras, porque não éseguro fazer isso. Imagine uma pessoas que realmente dominou seu corpo físico, rejuvenesceu-o ou já

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    aprendeu a prevenir o envelhecimento. Ela se parecia com qualquer pessoa. (Talvez haja muito mais Luza seu redor). Naturalmente, eu não seu ao certo qual seria a aparência de um corpo depois de quinhentosanos de controle. Posso imaginar que seria mais translúcido e transparente, pelo menos assim parecia amulher de 400 anos que eu conheci na Índia. Doze cachorros se sentavam em círculo em volta dela otempo todo. Ela não era fácil de encontrar. Duvido que a tivesse encontrado se fosse cética.

    O corpo humano levou milhões de anos para evoluir e é verdadeiramente maravilhoso. AInteligência que criou o universo físico criou o corpo a partir da mesma substância. Apreende-se que ocorpo humano, que contém a mais alta expressão dessa Inteligência, deveria durar tanto quanto o restodo universo físico. Destruir o corpo morrendo não é um insulto à inteligência que o criou?

    Lembre-se sempre: suas crenças controlam seu corpo físico. Se acreditar que não pode dobrarseu dedo mindinho, você não conseguirá dobrá-lo. Se acreditar que pode dobrá-lo, você o dobrará.

    Seu corpo tem a capacidade de produzir novas células.Você sabe disso. Quando você se corta, seu corpo forma células que novas em folha para

    restaurá-lo! Uma teoria científica nos diz que o corpo se renova totalmente a cada onze meses. Temosvárias alternativas quando se trata de produzir células:

    1.  Células se reproduzem exatamente da maneira como eram.2.  Células se reproduzem em uma versão inferior / mais fraca.3.  Células se reproduzem em uma versão superior / mais forte.4.  Células não se produzem.

    5.  São produzidas células inteiramente novas que você nunca havia tido antes.

    Um exemplo de como se pode produzir células piores é o tecido de uma cicatriz. Um exemplode não reprodução de células seria perder peso. Um exemplo de produzir novas células seria ganhar peso.(Para um controle de peso iluminado sem fazer dieta, leia meu livro A Única Dieta que Existe *.)

    Nossa mente controla qual alternativa funciona e qual conjunto de células e partes do corpoestão afetados. Depende de nós. Podemos fazer nossa vida fluir na direção do envelhecimento ou do juvenescimento. Quando se fala da perspectiva de Imortalidade Física, é preciso postular orejuvenescimento do corpo e ainda a reversão do processo de envelhecimento. Leonard Orr, fundador doRenascimento, cunhou o termo “juvenescer”, que é, naturalmente, o contrário de envelhecer. Sugerimosque em seu nascimento você tenha partes “juvenescentes” em vez de partes que envelhecem. Sentimosque é muito importante ficar Renascido em seu aniversário na hora exata do nascimento. (Quando feito

    adequadamente com um Renascedor bem treinado, o Renascimento é um processo de rejuvenescimentonatural, já que você está inundando suas células com oxigênio).Sua mente é o elemento que o envelhece se você deixar. Em outras palavras, sua mente “cria”

    novas células que são mais velhas, correspondendo às crenças nela programadas. Earl Nightingale disseque o rosto de um homem depois do 40 anos é responsabilidade sua e o que rosto aparenta depende doque ele ficou pensando noite após noite!

    Pense sobre seu  potencial jovem. Um bebê, um ser novo, sempre vem novo,independentemente da idade da mãe; pense nisso. E assim você pode querer tentar juvenescer dez ouvinte anos e então parar nisso por algumas décadas ou por um ou dois séculos. E depois você pode querertentar envelhecer de novo. Alguns mestres espirituais não só se materializam e desmaterializam, comopodem transformar seus corpos no sexo oposto. Meu mestre Babaji apareceu de fato para mim como umbebê ( na primeira noite que o encontrei, em Haidakhan, ele flutuou acima da minha cama a noite inteiracomo um bebê com a cabeça de um ancião). Ele apareceu para mim como velho e como mulher. (Vocêpode ler os livros Life anda Teachings of the Masters of the Far East [Vida e ensinamentos de mestres doExtremo-Oriente] e The Autobiography of a Yogi [Autobiografia de um iogue], se quiser saber mais sobreessas demonstrações.) Pode-se achar que essas experiências são reservadas apenas para mestresespirituais. Hoje em dia, todo mundo está se tornando mestre espiritual e o fato é que você já é um deles.Depende de você descobrir isso e que é exatamente desse fato que trata todo o jogo da vida. Tudo na vidaé um ashram para você se lembrar de quem você é.

    Se acreditar que a morte é inevitável, então você está no processo de morrer agora mesmo.É preciso muito esforço para destruir o corpo físico; se você tem a capacidade de fazer isso,

    também pode preservá-lo. Algumas pessoas me dizem: “Bem, talvez eu possa controlar meu corpo, masnão posso controlar a queda de um avião ou um terremoto, então isso está além da Imortalidade Física”.

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    A resposta dos Imortalistas é bastante simples. Um Imortalista não viajaria num avião que está prestes acair. Se houvesse perigo, seu vôo seria subitamente cancelado ou o táxi não chegaria a tempo. Sehouvesse um terremoto, ele estaria muito longe do local. (Um adorador da morte poderia estar bem emcima da fenda e cair). Muitas pessoas morrem afogadas, todavia há mestres iogues que ficam submersosdurante dias e semanas sem ar, e ficam bem. Algumas pessoas morreram ao cair de locais altos. Umapessoa pode morrer ao tropeçar num degrau, todavia houve uma aeromoça da Lufthansa que caiu de umavião que explodiu e sobreviveu, aterrissando em um campo recentemente arado. Uma tinha uma pulsãode morte e a outra, uma pulsão de vida.

    Esses programas – pulsões de morte e pulsões de vida – funcionam em sua mente na maiorparte das vezes sem que você esteja ciente deles. A chave para a Imortalidade Física é criar uma pulsãode vida e hábitos de pensamento que o levem a se renovar. Um bom primeiro passo é responder àsseguintes perguntas, só para saber que tipo de programa você tem em sua mente:

    Você acha que vai morrer do quê?Com quantos anos você acha que vai morrer?

    Pense sobre essas duas perguntas. Conscientize-se dos programas em sua mente que sãorespostas a essas perguntas! Muitas pessoas se prendem à idéia de que herdaram certas doenças ( oupredisposições) de suas famílias. Elas acham que isso é uma parte de sua composição genética. Mas eupergunto a você: quem é o responsável por seus genes? Você!

    Pensar que “eu herdei isso” significa na verdade “entrei em acordo com a maneira de pensar demeus ancestrais e não vou mudar isso”. Mas por que ficar empatado nesse pensamento quando você,você mesmo, pode mudar suas células, seu DNA, tudo? Você não tem de ficar preso a esses velhospadrões de pensamento.

    Uma coisa que me ajudou a me tornar Imortalista e a não me submeter a esses pensamentos éque sempre fui uma criança do tipo rebelde. Se tivesse sido conformista, poderia ter pensado que tinha deser doente, como meu pai. Felizmente, escolhi a direção oposta.

    Você deve rebelar-se contra a “mentalidade afeita à morte”. Mas não se deve rebelar a própriavida. Há uma diferença sutil, porém crucial. Na realidade, isso faz toda a diferença no mundo se vocêquer continuar vivendo.

    No caso de alguém de sua família ou um ente amado realmente morrer, é importante saber quesua “pulsão inconsciente de morte” pode ser “ativada”. Coisas suas podem começar a “morrer”, ou seja,cair aos pedaços ou quebrar, como utensílios domésticos, escadas, equipamentos etc. Plantas e animais

    podem morrer em sua presença. Você pode ficar doente ou atrair pessoas doentes. Seu negócio pode falir;negociações e investimentos podem falhar.Pode parecer “azar”, mas isso não existe. Sua pulsão de morte está em alta. Você pode se

    sentir triste, deprimido, com pouca energia e esgotado. É nesse ponto que com certeza você precisadesesperadamente do que nós chamamos de purificação espiritual (ver Capítulo5). Renasça o mais rápidopossível. Vá para uma comunidade Imortalista como o Treinamento para Relacionamentos AmorososOhana.

    O problema é que, quando isso acontece, você pode se sentir isolado, que não está secomunicando, não está partilhando, não consegue estar com os outros – justo quando você mais precisadisso. Isso é porque, como Phil Laut expressa tão bem em The Science of Enjoying All Your Life [Aciência de apreciar toda a sua vida], “a pulsão de morte detém o amor que o aqueceria”.

    Portanto, fique atento, pois sua pulsão de morte reprimida pode se manifestar a qualquermomento. Você nunca sabe o que vai acioná-la. É por isso que achamos mais sensato colocá-la para foraconscientemente sob a segurança de seu processo de Renascimento.

    Algumas pessoas compreendem a Imortalidade Física muito rapidamente, porque jáatravessaram momentos difíceis causados por sua pulsão de morte: tendo acidentes graves ou doençasquase fatais, ou mortes próximas de um tipo ou de outro. Se elas não se amarguraram com essas coisas,sua pulsão de vida é muito forte e elas entram no Renascimento e na Imortalidade como patos n’água.Outras nos chegam felizes e querendo viver, mas sua pulsão de morte ainda está reprimida e então têm depassar por isso conosco, já que ela eventualmente se manifesta durante o processo de Renascimento. Elasirão encará-la e superá-la apenas quando se sentirem realmente seguras.

    No meu caso, superei tanto o terror da morte vendo meu pai morrer e passando pela morte demeu casamento que eu estava muito forte quando entrei no Renascimento e então mudei bem depressa

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    depois disso. Às vezes eu me surpreendia mudando de idade diante de mim mesma. Ia até os limitesextremos da velhice. Certa época fiquei duas semanas com artrite. Fiquei muito senil durante vários diasdepois de uma sessão de Rolfing – eu não conseguia ouvir, mal andava e me sentia indecisa e muitovelha. Essas coisas não me amedrontaram, porque na época eu estava com uma comunidade deImortalistas. Sentia-me segura e achava tudo fascinante. Mesmo agora, há dias em que eu me sinto muitovelha, especialmente depois de Renascer centenas de pessoas e de sentir suas pulsões de morte meperpassando. Mas eu não só posso – e o faço – me rejuvenescer rapidamente, como freqüentementepareço muito jovem. Meu quiroprático se surpreendeu ao analisar os raios-X de meus ossos. Ele diz quetenho ossos de adolescentes. Ele não se conforma com isso. Internamente , sou muito jovem. Às vezes eume deixo parecer mais velha, de forma que as pessoas vejam que sou madura e ouçam mais atentamenteo que tenho a dizer. As pessoas dizem que eu mudo de idade diante delas. Certos dias eu tenho muitasrugas, no dia seguintes essas mesmas rugas desapareceram. Pessoalmente não discuto minha idade,porque não quero que as pessoas me coloquem em qualquer categoria. Quero ser atemporal. 

    Então, quando as pessoas perguntam minha idade, eu digo que “sou eterna” ou que “não tenhomais isso”. Tento esquecer completamente a questão da idade. Há dias em que literalmente não consigolembrar que idade tenho e não me preocupo em calcular. Tudo o que sei é que a cada ano eu sinto maisenergia, mais felicidade, mais vivacidade e menos desconforto físico. Sinto-me melhor. E por que não? Acada ano eu elimino mais ego...e isso é porque me submeto a muita purificação espiritual. O que amaioria das pessoas faz é acumular muitos pensamentos e idéias negativas, daí sua vida não funciona,elas reclamam, as coisas pioram, elas se sentem piores, adoecem, se sentem realmente infelizes,

    envelhecem e então morrem. O envelhecimento é autocriado na mente. Juvenescer pode ser autocriadopela mente.

    O envelhecimento é controlado pela consciência. Não é uma questão de este determinadocorpo parecer cada vez mais jovem. É uma questão de fazer com que ele se renove, mude. É uma questãode fazer com que ele se renove, mude. É uma questão de transformar a natureza do corpo, de forma queele expresse sua natureza mais elevada. Pode ser que ele acabe totalmente diferente, talvez angelical.

    Mas você vai perguntar: “E o que isso tem a ver com quem morre? Ela parecia realmente feliz,amava a vida, não era alguém que se queixava o tempo todo. Ela realmente queria viver e mesmo assimmorreu em um acidente de carro”. Sim, e o que dizer sobre isso? Boa pergunta. Se estudasse os padrõesfamiliares de mortes dessa pessoa, você começaria a achar pistas. Ela pode ter representado um padrão deum de seus antecessores. Um pensamento subconsciente muito profundo desde o nascimento queninguém jamais revelara foi representado. Por exemplo, um bebê que nasceu com o cordão umbilicalenrolado no pescoço pode ter o pensamento: “Tenho de morrer antes que eu possa viver”, suprimido

    durante a maior parte de sua vida, até que algo ocorra para ativá-lo. Se você quiser estudar os fatoresconscientes do assassinato de Kennedy, eles estão brilhantemente descritos no livro From Here toGreater Happiness [A um passo da felicidade máxima], de Champion Teutsch. Se estudar as observaçõesque John Lennon fez alguns anos antes de sua morte, você pode ver exatamente como ele mesmo seencaminhou para isso. Seu maior medo era ser assassinado por um fã. E a Bíblia não diz: “O que vocêteme recai sobre você?” Nós dizemos de outra maneira: “Você atrai o que teme”.

    Está dito em A Course in Miracles [Um Curso de Milagres]: “Você não tem medo de sofrer, dador, da infelicidade e da morte. Você tem feito isso a vida inteira. Seu verdadeiro medo é da retenção , davida e de Deus!” As pessoas dizem que têm medo da morte, mas elas também têm medo da vida. Um dosmotivos de temermos a vida é que achamos que a vida nos mata.

    O velho pensamento aqui é de que Deus é Vida e Deus mata pessoas, portanto a Vida nosmata. Isso não é insano? Isso mostra quão insano nosso pensamento se tornou. É confusão atrás deconfusão.

    POR QUE BUSCAR A IMORTALIDADE FÍSICA?

    Alguns críticos questionam se a Imortalidade Física não é apenas o auto-engrandecimentomáximo. Na realidade, a idéia de “Imortalidade hedonística”- usando o ioga sexual como um rito

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    transformador – foi característica dos primórdios da alquimia chinesa. Sem dúvida, a naturezafundamental da alquimia sempre esteve associada à Imortalidade.

    Em um artigo de John Lash (“The Parting of the Ways: Chinese and Western Alchemy inContrast”, Gnosis, edição do verão de 1988, páginas 22-26), há uma explicação de que na alquimiaocidental o conceito de Imortalidade Física é concebido de maneira diferente daquele da alquimiaoriental. O propósito dos adeptos ocidentais, diz ele, era uma “dedicação desprendida a uma missão deserviço divino”. Ele prossegue dizendo:

     Mais que buscarem ser “magos imortais” livres para viver uma existência nociva, ainda quesem propósito, no fluxo eterno do Tao, os adeptos ocidentais buscavam a Imortalidade, eramcomprometidos com uma tarefa que requeria mais tempo para ser concluída. Para eles, a Imortalidade não era um fim em si mesma, mas meramente a condição de eficiência máxima para atingir sua verdadeira meta: ajudar no trabalho da criação.

    Certamente a grande questão deste livro é a idéia de ir além do mero “ganho pessoal” de viverpara sempre, para tornar-se um instrumento útil na atividade de co-criar o Plano Divino. Os imortalistasmodernos nos círculos da Nova Era podem chamar isso de “assumir responsabilidade pelo planeta”. E ésobre isso que é este livro, junto com gostar de fazer isso, expressar beleza e tornar-se fabuloso fazendoisso.

    O livro Hanuman Chalisa diz o seguinte:

     Assim falou o Senhor se dirigindo a Hanuman: “Alguém sempre disposto a servir a todo mun-do, assim como muitas Manifestações de Divindade, deve tornar-se imortal”. Isso, na realidade, é um sinal de distinção do Estado Divino – alcançar a Imortalidade.

    A QUESTÃO DAS ALTERNATIVAS

    Um dia minha mãe me disse: “Bem. Sondra, acho que quando você fala de Imortalidade Físicadeveria falar talvez em vez de agir com tanta certeza”.

    Eu respondi: “Bem, mãe, a única forma de tê-la é ter certeza sobre ela”.Se você pensa e diz: “Duvido, mas talvez...”, então você não está programando suas células

    apropriadamente para evitar o envelhecimento. Isso não significa que você não deve verbalizar suasdúvidas e tirá-las de seu subconsciente. Na realidade, a maneira de se livrar de suas dúvidas e medos éverbalizá-los, encará-los, atracar-se com eles, botá-los para fora e então mudá-los conscientemente. Masapegar-se às dúvidas não produzirá mudanças no nível físico. Mesmo a alternativa de “longevidade” oude “prolongamento da vida” não quebra a programação genética como a Imortalidade Física o faz. Alongevidade sugere que você pode viver mais tempo que seus ancestrais, mas suas células ainda estãoprogramadas para viver um tempo limitado. Jesus disse: “Não se pode botar vinho novo em garrafasvelhas”, querendo dizer que é preciso passar mensagens muito claras para as células. É a mensagem da

    Imortalidade Física que produz uma mudança química real em suas células. Com essa mensagem, ocorreuma mudança na energia e na vitalidade do DNA.Os cristãos ortodoxos acreditavam que as pessoas morriam e iam para o céu ou o inferno

    gostassem ou não disso. Os reencarnacionistas acreditam que as pessoas morrem e reencarnam gostem ounão disso. Os ateus acreditam que não há nada depois da morte, que a morte é o fim. Aqueles quepostulam o nada depois da morte estão dizendo que você é aniquilado – mente, alma e corpo sãodestruídos, e a consciência individual pára de existir.

    Um pensamento alternativo comum é o conceito do mundo astral. Esse é um lugar de formasvivas com uma velocidade de vibração diferente da que vivenciamos aqui. É possível uma gama deexperiências, das extremamente prazerosas às mais desprazerosas. Isso corresponde a ou é paralelo às

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    idéias de Céu e Inferno, com o Purgatório em algum ponto entre eles. Uma maneira de pensar sobre omundo Astral é vê-lo como o mundo da mente, no qual se acrescentam mais e mais pensamentos (energiaconcentrada) a um conceito, até que ele finalmente se materializa, assumindo uma realidade própria. Jáque o mundo astral é o mundo da mente, você não tem de ir a lugar algum para chegar lá! Seja vocêinfeliz, seja feliz, a consciência busca seu próprio nível se ela sai do corpo. Observe que Jesus diz em  ACourse of Miracles que “Inferno é o que o ego faz do presente”.

    A reencarnação também é uma alternativa comumente aceita. Ela pode ser possível, mas porque passar novamente ( e mais vezes) pelo trauma do nascimento? Por que não realizar a mesma coisareencarnado sua mente? Criar um sistema de crenças que inclua a reencarnação não muda a programaçãomental que a criou em primeiro lugar. Muitas pessoas sentem uma familiaridade com o ciclo / morte,como se fosse um hábito! Há idéias que podem libertar as pessoas da continuidade do ciclo nascimento /morte.

    Há casos do que é chamado de “possessão”, nos quais outra pessoa assume temporariamente ocorpo de alguém. Pessoalmente, não acho que você tenha de ser possuído por ninguém mais, a fim deatingir uma sabedoria superior...especialmente porque você mesmo pode ser um canal para a InteligênciaInfinita a qualquer hora. Há também casos dos assim chamados “Invasores”. Para mais informaçõessobre essa idéia, sugiro que você leia Strangers Among Us [Estranhos entre nós] e  Aliens Among Us[Alienígenas entre nós], de Ruth Montgomery.

    Há casos de ressurreição reais. Casos nos quais as pessoas se arrastaram para fora do túmulo,especialmente quando estavam enterradas perto da superfície. É por isso que “sete palmos debaixo da

    terra” tornou-se a regra para enterros. As pessoas continuam a sair de seus túmulos depois de ressuscitar.Assim, o embalsamamento tornou-se bastante usado para poupar o constrangimento de padres eautoridades. O livro The Romeo Error [O erro de Romeu], de Lyall Watson, é uma fonte de informaçõessobre esse tema.

    Menciono tudo isso para que você possa ver que há muitas coisas acontecendo por aí além doque lhe contam na escola. Pense sobre tudo isso e descubra no que você acredita. Então seja bem clarosobre o que você diz às suas células, para que elas não se confundam. O ponto principal é que você temuma opção e que deveriam lhe ensinar isso desde cedo. O que você diz é o que você consegue com seucorpo. É importante para nós reconhecer que, você quer morrer, isso está perfeitamente bem. Achamosimportante que você e todo mundo saibam, no entanto, que a morte é passível de controle e que vocêpode fazer o que bem quiser a respeito disso. Você tem opção. Alguns podem sentir que já é tarde demaispara eles e querem reencarnar, ficar no plano astral ou onde quer que sua experiência de morte os deixe.Todo mundo tem o direito de fazer o que quer. Há livre-arbítrio.

    Considere as alternativas de Imortalidade Física e de transformar seu corpo.Kabir, um poeta do século XV, foi visto pela última vez em público, em perfeita saúde, aos120 anos. Ficou implícito que ele se desmaterializou. Em seus alegres poemas, ele expressa opiniões não-ortodoxas e se envolve em controvérsias. Ele salienta que São Paulo, ao se comprometer com a Igrejapara traduzir expressões como “Reino dos Céus” como o estado totalmente oposto da vida aqui, fez opropósito da salvação ficar em uma “próxima vida”. Por ele, esses erros de tradução destroem religiões.No poema a seguir, Kabir questiona esses estados opostos:

    Se não romper suas cordas enquanto está vivo,você acha que os fantasmas

     farão isso depois?O que é encontrado agora é encontrado depois.

    Se você nada encontra agora, simplesmente vai acabarem um apartamento na cidade da morte.Suponha que você esfregue sua pele ética

    até ela brilhar, Mas dentro não há música, e então?

     PLANILHAS

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    O pensamento de que “a morte é inevitável” é o favorito do ego!A morte foi inventada quando as pessoas esqueceram que eram e criaram o ego. A história

    bíblica de Adão e Eva descreve simbolicamente a invenção do ego. Havia duas árvores no meio do jardim o Éden – a Árvore da Vida e a Árvore da Ciência do Bem e do Mal. A serpente dirigiu a atençãode Eva para a Árvore da Ciência do Bem e do Mal e para longe da Árvore da Vida:

    E a serpente disse à mulher: “Vós de nenhum modo morrereis, mas Deus sabe que, emqualquer dia que comerdes dele, se abrirão os vossos olhos, e sereis como deuses,conhecendo o bem e o mal”. (Gênesis, 3:4-5)

    E assim se deu: a tentação de acreditar que ela mesma não era Deus. No minuto que aceitou aidéia de que não era Deus, ela aceitou a idéia de separação (ou a idéia de que Deus estava fora dela).Quando concordou com isso, ela negou sua divindade. Ela estava acabada antes mesmo de comer a maçã.(Esse ponto é explorado em meu livro Renascimento na Nova Era *), em co-autoria com Leonard Orr.)

    Uma vez aceita a idéia de separação, tudo entra em declínio, e você também está fora do jardim do Éden. Daí em diante, você tem que inventar uma quantidade infinita de mentiras para sustentarsua posição.

    Depois do pensamento “Sou separado de Deus”, seguem pensamentos como esses: “Não tenhoforça alguma”; “Sou fraco”; “Não consigo me curar”; “Não consigo o que quero”; “Não posso viver para

    sempre”; e por aí afora. É nesse ponto que a humanidade está encalhada há muito, muito tempo.Em outras palavras, o pecado original, pensar que você não é Deus, é que o leva para fora do

    Céu. A fim de não ser Deus, você tem o poder de se livrar da presença Dele. Para fazer isso, você tem deachar que é melhor do que Deus. Você tem de pensar que pode superar Deus tornando imperfeito o queEle fez perfeito.

    Mas esse é o auge da arrogância! Sem dúvida, o ego é arrogante! Reconhecer que Deusrealmente o criou à Sua semelhança é o oposto do pecado original, o oposto da arrogância; é humildade.

    Se você tem problemas para entender isso, leia  A course in Miracles quantas vezes fornecessário. É esse o ponto fundamental. A promessa para Adão e Eva era de que eles seriam redimidos.A redenção do corpo é um dos pontos principais na Bíblia.

    Então, o que você pode fazer a respeito desse ego que você criou?  A Course in Miracles dizpara entregá-lo ao Espírito Santo para ser usado a Seu serviço como um instrumento de comunicação.Assim ele pode ser usado apropriadamente como uma ferramenta para lembrá-lo de quem você e e do

    que você esqueceu. Portanto, a finalidade do corpo é fazê-lo reaprender quem você é e expressar suadivindade em toda a plenitude.A vida é um ashram no qual você tem a oportunidade de continuar a elevar sua velocidade

    vibratória a extensões cada vez maiores. Com esses avanços vêm oportunidades crescentes para o serviçoe as responsabilidades espirituais, e isso traz uma satisfação cada vez mais profunda. À medida que vocêcontinua elevando sua velocidade vibratória, adquire cada vez mais luz e amor, e prossegue até tornar-sepura consciência. Isso é liberdade total e nosso irmão Jesus é um exemplo de alguém que concluiu suaparte com perfeição. É sensato segui-lo, insensato não fazer isso. Mestres como Jesus, Babaji e outrosImortais estão só esperando para guiar a todos nós.

    EM RESUMO

    O impulso de morte é simplesmente um pensamento antivida construído pela família e pelatradição cultural. Leonard Orr resume as causas fundamentais da morte da seguinte forma:

    1.  A anulação da divindade pessoal.2.  Falta de filosofia Imortalista.3.  Sistemas de crença especializados, em particular, doenças e hábitos de vida compatíveis

    com elas (por exemplo, comer demais).4.  O desconhecimento das práticas simples de purificação espiritual.5.  Falsas teologias religiosas.6.  Tradição familiar.

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    7.  Tensões e trauma do nascimento não liberados, com pensamentos negativos relacionados.Nossa sociedade é criada com uma mentalidade afeita à morte. Somos criados com o

    pensamento de que a morte é inevitável. Crescemos com a idéia de que a ciência, a tecnologia ou ogoverno cuidarão de nós. E, no entanto, essas coisas são apenas reflexos de nossa própria mente. Nossacriatividade é inibida por essa mentalidade afeita à morte, tornamo-nos separados de Deus por causadisso e daí acreditamos que a morte é a única opção possível para nós.

    A VERDADE POR TRÁS DA IMORTALIDADE

    Todos os livros de alta metafísica começam nos lembrando da verdade por trás do pensamento– essa verdade é simplesmente que seus pensamentos produzem seus resultados.

    A grande Mestra Imortal Annalee Skarin (que é tão evoluída que pode se materializarconforme sua vontade) esclarece muito bem em seus escritos que, enquanto um indivíduo se ativer àsvibrações do pensamento negativo, ele não avançará para a luz. Skarin explica o seguinte:

    ...a fim de ficar naquele reino de vibração alta, canora e gloriosa, e de luz eterna, é precisoque a pessoa compreenda as questões que estão envolvidas. Cada indivíduo aprenderáque todo pensamento e sentimento negativo torna-se um peso sobre seu corpo e um

    fardo para sua alma. ( De Secrets of Eternity [Segredos da eternidade]., de AnnaleeSkarin.)

    “Compreender as questões envolvidas” significa entender as leis superiores de Deus e sercapaz de usá-las com poder. Há leis no “reino” e há a maneira correta de fazer uso delas. Isso deve seraprendido.

    Skarin explica repetidas vezes como todos os pensamentos e ações maus e negativos (eemoções como ódio, raiva, inveja e outras) propiciam condições de envelhecimento, doença e morte. Porexemplo, está comprovado que mentir tem o poder de causar um efeito desintegrador sobre todas ascélulas e fibras de nosso ser.

    Isso nos remete à maneira como a criação acontece – sua  Mente é o meio através do qual oEspírito cria, ou como escreve SATPREM: “O espírito, através do meio mental, cria o corpo”. Portanto,pensamentos produzem resultados; ou, em outras palavras, quem pensa cria resultados com seus

    pensamentos. Essa é uma das verdades fundamentais da iluminação.Em todos os meus escritos sempre defino iluminação como a certeza de que seus pensamentosproduzem resultados e que, portanto, você deve assumir a responsabilidade por elevar a qualidade de seuspensamentos. Vamos dar uma olhada no que A Course in Miracles diz sobre criar sua própria realidade:

    Você pode acreditar que é responsável pelo que faz, mas não pelo que você pensa. A verdade éque você é responsável pelo que pensa, porque é somente neste nível que você pode exercitar aescolha. O que você faz resulta do que você pensa. (Pág.25)

    O homem percebe à medida que pensa. Desse modo, ele procura não mudar o mundo, e sim oseu modo de pensar a respeito do mundo. (Pág. 415)

    É impossível que o Filho de Deus seja meramente levado por eventos externos a Ele. É impos-sível que acontecimento que ocorram a Ele não sejam de Sua escolha. Seu poder de decisão éo fator determinante de toda situação na qual Ele parece Se achar, por escolha ou acidente.(Pág. 418) (Observação: o Course define o Filho de Deus como toda a humanidade, não sócomo Jesus.)

    A Course in Miracles está sempre perguntando por que você tolera pensamentos negativosinsanos. Sim, no momento seguinte você pode vivenciar o Céu ou o Inferno, dependendo de qualpensamento escolha pensar. Você sempre tem o livre-arbítrio de ir em direção ao Espírito (pensamentopositivo) ou ao ego (pensamento negativo). A bem-aventurança é apenas um pensamento além – e essepensamento depende de você:

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    EU SOU responsável pelo que vejo. Eu escolho o sentimento que vivencio e decido sobre ameta a atingir. E tudo que parece acontecer para mim, eu peço por isso e recebo o que pe-di. (Pág. 418).

    Isso, é claro, significa que você não está indefeso ou que é vítima do que é feito para você.Você pode ler uma infinidade de livros metafísicos e todos eles vão comunicar essa mesma

    verdade de um jeito ou de outro. Jesus disse isso na Bíblia quando falou: “Da maneira que um homempensa, assim ele é”; e quando diz: “Vossa maestria está presa pelas palavras em vossa boca”. Ele estavadizendo que o que você pensa é o que você tem e o que você diz é o que você consegue. Então,obviamente, já que você cria tudo com sua mente, da mesma maneira você cria sua própria morte.

    Outra forma de explicarmos isso é dizer que a morte é o resultado de pensar o pensamento: “Amorte é inevitável”. Uma vez que você concorde com esse pensamento, você constrói diferentes formasde representar esse pensamento – diferente formas de se matar.

    Em um dado momento, você tem livre escolha e pode optar. Você está deixando sua mente sobo sistema de pensamento e ego (pensamentos negativos) ou sob o sistema de pensamento do EspíritoSanto (pensamento positivo)? Você está indo em direção à negatividade e à morte? Ou você está indo emdireção à positividade e à vida?

    Deixe-me encerrar esta parte com a seguinte citação do livro Being a Christ [Sendo Cristo], deAnn e Peter Meyer:

    Também vale lembrar que o Espírito, a Mente e o Corpo são realmente a mesma substância,mas têm atividades diferentes em vibrações diferentes, da mesma forma que vapor, água egelo são o mesmo elemento, mas têm propriedades diferentes em temperaturas diferentes.(Pág. 64)

    Certa vez, um iogue me disse: “A Mente é o Espírito condensado. O corpo é a Mentecondensada. Portanto, o Corpo é sumo Espírito.” Sabendo disso, a Imortalidade Física faz sentido.

    O problema de resistir à Imortalidade Física

    Se você observar que está resistindo a algumas dessas idéias, provavelmente é porque aspessoas não gostam de ter suas crenças desafiadas. Se você tiver determinada idéia sobre a morte, tenderáa resistir a qualquer tentativa de mudá-la, até que você esteja bem e pronto para isso. Algumas pessoasrealmente se ressentem de um ataque à sua crença sobre a morte, mesmo que essa crença as estejamatando!

    Mas deixe-me lembrá-lo: você comprou este livro (ou criou alguém para dá-lo a você).Portanto, seu eu superior o guiou para isto e de certa forma você está mais preparado do que supõe.Então, dê uma boa respirada e agüente firme!

    Deixe-me falar um momento sobre sistemas de crenças. Nossos sistemas de crençasdeterminam nossa realidade. O que nós acreditamos ser verdadeiro, nós criamos.

    Sistemas de crenças são estruturas que pensamos que precisamos. Achamos que precisamosdeles para ficar seguros, para entender o mundo. Todavia, eles podem ter muitas restrições – reforçam opassado, obscurecem outros pontos de vista, afirmam hábitos. Crenças nos fazem sentir apenastemporariamente – e isso é uma falsa segurança. Pense nos seguintes sistemas de crenças: “A morte éinevitável”; “A vida é perigosa”; “É normal sofrer”; “Tem alguém lá fora querendo me pegar”; É precisoenvelhecer”; e daí por diante. Esses sistemas de crenças inspiram felicidade e liberdade? É claro que não!

    Para se livrar de todos os sistemas de crenças, você realmente tem de passar por mudanças,mas eu lhe asseguro que vale a pena. Quando você se livra de sistemas de crenças, começa aexperimentar o controle. Você experimenta o saber direto. É emocionante. Era isso o que você estavaesperando. É seu direito nato. É você, seu eu superior. Você se sente totalmente no presente e isso é realverdadeiramente excitante.

    Então, se você soubesse que poderia viver para sempre em seu corpo físico sem morrer, ficariafeliz com isso? Se não, você está provavelmente em uma das duas categorias: (1) você não está se

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    divertindo muito na vida, não está “ganhando” no jogo da vida; (2) você está bem, mas ainda acha quehá um “lugar superior”.

    Se estiver na primeira categoria, pode estar pensando: “Como eu poderia querer viver parasempre quando não estou me sentindo bem?” Essa é uma boa pergunta e aqui está o paradoxo: a maneirade realmente se sentir bem é abandonar o impulso de morte e amar tanto a vida que você realmenteadoraria a idéia de viver para sempre. Esse é um dos grandes segredos de estar realmente feliz e saudável.

    Se você estiver na segunda categoria e estiver bem, imagine só quantas coisas muito melhorese espetaculares poderiam lhe acontecer se você não se apegasse ao pensamento de que em algum outrolugar seria melhor. Além disso, a morte não é “solução” e você não tem de ir necessariamente para um“lugar superior” quando abandona seu corpo.

    Há um livrinho excelente chamado The Door of Everything [A porta de tudo], de Ruby Nelson,que tem algo a dizer sobre esse assunto:

    Quando alguém decide morrer, a morte realmente libera o peso da gravidade e libertatemporariamente a alma da terra. Mas isso não muda a vibração da consciência do nívelhumano. Não há escapatória da sua própria vibração. Nem a morte faz com que a consciêncialibertada vá para um nível celestial. A consciência, quando sai do corpo, buscaautomaticamente seu próprio nível.

    Cada vida é uma nova oportunidade para ser iluminado e ungido com a luz, e se elevar acima

    da armadilha da morte. Pois aquele que está unido a Ele que é imortal, também se tornaráimortal. (Pág. 164)

    Observe que está escrito: “Quando alguém decide  morrer...” Essa é a chave para acompreensão. A morte é uma opção. As pessoas vêm agindo como se não fosse.

    E Leonard Orr tem o seguinte para dizer em seu livro The Common Sense of Physical Immortality [O senso comum da Imortalidade Física]:

     A idéia básica da Imortalidade Física é que você pode assumir a responsabilidade pessoal pelo destino de seu corpo físico. Os Imortalistas rejeitam a idéia de que a morte é inevitável edizem que a morte é controlada pela consciência individual. Eles afirmam a idéia de que ocorpo humano é capaz de durar tanto quanto o resto do universo físico. Os Imortalistasadmitem a reencarnação em sua visão de mundo, mas preferem continuar vivos em face da

     prática tradicional e popular de descartar cada corpo como lixo. A maioria das pessoasacredita na Imortalidade da alma depois da morte...então...Se de qualquer forma você vaisobreviver morto, por que não continuar por aqui? (Pág. 10)

    Se estiver no sistema de pensamento do EGO (crenças – programação – ver tabela), então vocêestará vivendo em um corpo orientado para a morte. Isso não é você. Isso não é seu corpo real. E seestiver no sistema de pensamento do Espírito Santo (acima da linha na tabela), então terá umaexperiência direta de algo diferente. Você é um corpo imortal. Então, quando falamos sobre esse assunto,você tem de estar ciente de qual sistema de pensamento está sendo usado.

    Repito, há o vício de se agarrar ao sistema de pensamento do ego. Há o vício de acreditar emsistemas que lhe foram ensinados e pode haver uma resistência à mudança.

    Vou dar um exemplo em uma escala menor. Pode parecer uma parábola, mas é uma históriaverdadeira que aconteceu quando estava escrevendo este livro. Estava em um adorável e calmo resort  namaior ilha do Havaí. Um casal de meia-idade chegou ao hotel na mesma hora que eu. O saguão tinha umacobertura de palha bem descontraída, típica do Havaí e da Polinésia. Ninguém tinha pressa. Eu gostei damulher e conversamos. Achei que ela poderia ser uma nova amiga. Dois dias depois, eu a vi jantandoperto da piscina com seu marido. Ela perguntou sobre meus livros e me contou que seu marido eraobstetra. Eu disse a ele que era interessada em pesquisas sobre nascimento. Ele afirmou: “Todos os bebêsdeveriam nascer de cesariana. estamos trabalhando para que isso aconteça”. Fiquei horrorizada comoenfermeira de pré-natal, mas especialmente como renascedora. Todos os casos de cesariana que tivepassaram pela minha cabeça em um flash: o trauma, o desapontamento, o medo da violência, as maneirascomo ela afetou seres. Nós queremos criar toda uma geração de pessoas que não conseguem concluiralgo? Eu podia ver que ele estava realmente dentro de seu sistema de crenças! Ele não era aberto de

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    livrar dessa crença, você ainda poderá resistir a mudar coisas que o refreiam, e isso pode evitar que vocêse cure.

    Então, vamos afirmar novamente: “A mudança pode ser segura e prazerosa” e até “A mudançaé divertida”. Qual tal essa: “Eu dou boas-vindas à mudança”?

    Ou talvez você tenha medo de discordar de seus parentes e ancestrais. A história realmente étestemunha do fato de que poucos de nossos ancestrais entenderam a mensagem da via eterna. Veja o queThe Door of Everything diz em relação à questão dos ancestrais: “Por que seguir seus métodos esperandoque estes o beneficiem mais do que beneficiaram a eles? Eles não caíram juntos na vala da morte para aqual você está se encaminhando ao seguir seus passos?” (Pág. 46).

    A questão é: “Não use o passado como ponto de referência”.

    Argumentos contra a Imortalidade Física

    1.  “Não é arrogante querer viver para sempre? Isso não é uma mera VIAGEM DO EGO?”

    Isso, é claro, depende de como você define ego e arrogância. Segundo  A Course in Miracles,que me parece o livro mais perfeito disponível na atualidade, o ego é definido da seguinte forma: é umfalso eu que construímos para substituir Deus. É uma crença baseada no pensamento “Sou separado de

    Deus” e desse pensamento surge um conjunto de pensamento negativos, todos criados por nós. Esse é ocúmulo da arrogância, achar que podemos substituir o que tem a perfeição divina por algo imperfeito. Jáque a verdade é que SOMOS um com Deus e não separados, e já que Deus é a PRÓPRIA VIDA ouESPÍRITO, então a vida naturalmente está à nossa disposição. Não formamos uma unidade com a vida euma unidade com o Espírito. O corpo é feito de espírito...apenas nossos pensamentos de separação nosimpedem de saber isso.

    A verdadeira pergunta é: como você vê o corpo? Sob qual sistema de pensamento você colocao corpo? Você o colocou sob o sistema de pensamento do EGO e usou-o como um instrumento deseparação? (Então a crença de que a morte é inevitável parece correta para você.) Ou você colocou ocorpo sob o sistema de pensamento do Espírito Santo, como Jesus fez e faz? Então o corpo é usado comoum instrumento de comunicação para servir ao Espírito Santo. Então você começa a entender o que Jesusquis dizer com “Eu e o Pai somos Um”, “O poder da vida e da morte estão na língua”, “Da maneira queum homem pensa, assim ele é” e “Vossa maestria está presa pelas palavras em vossa boca”. Jesus estava

    sempre tentando ajudar todo mundo a entender que eles eram um com o Pai. Mas muito poucos estavampreparados Sua mensagem.

     2.  “Eu não iria querer viver para sempre, isso seria muito doloroso...”

    É claro que você não iria querer. Quem gostaria de viver para sempre em um corpo velho,decrépito e cheio de dor? Ninguém esperaria que você quisesse isso. Mas você sabe que seu corpo estácheio de dor, ou tem qualquer dor, porque antes de mais nada você está preso à pulsão de morte? Tentarviver enquanto se apega ao pensamento de que a morte é inevitável é como dirigir um carro com asengrenagens ao contrário e/ou com os freios acionados. Isso simplesmente não funciona. O corpo nãopode resolver esse conflito na mente. Ele está recebendo instruções confusas. Já que toda dor é o esforçoenvolvido em se apegar a um pensamento negativo, e já que o pior pensamento negativo antivida é amorte ( o oposto de vida), então você pode começar a ver como os pensamentos de morte e velhice levamà dor. Isso se torna óbvio somente depois que entendemos claramente que os pensamentos produzemresultados, que o corpo é resultado da mente e que a mente governa o corpo.

     3. 

    “Eu não iria querer viver para sempre, porque o mundo é uma bagunça.”

    O mundo é uma bagunça, porque o fazemos assim, projetando nosso ego (negatividade e

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    desculpa para sua vida não funcionar bem. Você pode ter escolhido inconscientemente “relacionamentos”como drama para seu ego. Seus relacionamentos não dão certo, então você fica farto, não liga mais e não querviver por causa disso. Você é que fez tudo isso! O mundo não “fez isso para você”. Você não é uma vítima. Sóvocê pode privar-se de alguma coisa. Você é responsável por tudo em sua vida (terrível ou ótima) e pelo quenão deu a si mesmo. Não há escapatória de si mesmo. E a morte não é solução. Sua consciência fica nomesmo nível, com ou sem um corpo.

    7. “Por que eu deveria supor que posso viver para sempre, quando vejo plantas e animais morrerem eos ciclos do universo parecem ‘naturais’?”

    Um bom argumento e uma boa pergunta. Os reinos inferiores são afetados por nossos pensamentos.Eles obedecem a nossas instruções mentais e morrerão enquanto promovermos a morte. Mas, você sabe, háalgumas plantas e animais que são até mais inteligentes do que nossa própria programação. Considere o pau-brasil. Considere o fato de que alguns jardins zoológicos têm peixes que estão vivos depois de centenas deanos de cativeiro. Eles não “acreditam” em nossa mente. Outras espécies se sujeitaram à nossa mente e nosentregaram sua força. Elas mudarão quando nós mudarmos. Assim como alguns de nós desistimos do poderem favor de outros que acreditamos ser mais poderosos do que nós.

    A quem você entrega seu poder? Em quais autoridades você acredita mais do que em você mesmo?Quem você torna mais significativo e real do que sua própria ligação com a Inteligência Infinita? Vocêrecorre a um médium, a um espírita, a um cientista, a um médico, a um guru? Sim, mesmo quando entrega seupoder a um guru, você não é quem você é. Tenho de explicar isso melhor. Algumas pessoas acham que buscarum guru é um sinal de fraqueza, porque pensam que o guru guiará sua vida. O único motivo real de procurarum guru é descobrir quem você é. O guru não quer que você lhe entregue seu poder. O guru quer que vocêencontre a si mesmo. PUXA, VOCÊ É VOCÊ = GURU. O guru quer que você entenda isso e que isso lhe dêmais força. O guru reflete você ampliado milhares de vezes. O verdadeiro propósito de um guru é acelerar oprocesso de libertá-lo de tudo que está obstruindo o caminho de descobrir quem você realmente é. Umverdadeiro guru ajuda a fazer de você o guru.

    8. “Outro argumento conta a Imortalidade Física, especialmente para pessoas mais velhas, é: ‘Criei

    meus filhos. Fiz meu trabalho. Para que mais vale a pena viver?’ E comumente para mulheres: ‘Estouna menopausa’. O equivalente para homens seria: ‘Estou aposentado e meus filhos estão crescidos,então viver mais para quê?’”

    Cito Lynn Andrews, autora de  Medicine Woman  [ Medicina da mulher]: “Quando as mulherespassam pela mudança vital, esse é o momento no qual elas estão realmente adquirindo seu poder”. O fato éque muitas mulheres entram na menopausa sabendo tão pouco sobre o que está acontecendo a seu sistema, aseu corpo, que sentem que estão “acabadas” e que nada mais resta.

    O que realmente está acontecendo é que os anos de criar filhos acabaram e elas estão entrando emsua vida espiritual. Muitas pessoas – aos 50, 60 e 70 anos – acordam às 4 ou 5 horas da manhã e pensam quehá algo errado, porque “não conseguem dormir”. Elas se preocupam e não sabem o que fazer consigomesmas, e freqüentemente tomam soníferos. O que está acontecendo é que elas estão entrando em seu tempode trabalho espiritual. E deveriam estar trabalhando, utilizando esse tempo...para diligência espiritual.

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    CAPÍTULO3

    MATANDO MINHA PRÓPRIA PULSÃO DE MORTE

    Aparentemente, meu quociente de vitalidade era muito alto no nascimento. Eu realmente desejavaestar aqui e escolhi pais que me queriam muito. (Minha irmã preferia um irmãozinho, e isso de certa formadiminuiu minha alegria, já que eu sentia que a havia decepcionado.) Tive sorte de ter nascido em casa. Nãoforam usados medicamentos de espécie alguma, então eu me senti realmente viva ao nascer. Meu nascimentofoi um grande evento social na cidadezinha do Meio-Oeste de trezentos habitantes. Houve até um milagre nomeu nascimento. Meu avô estava em uma instituição psiquiátrica e o deixaram sair para o meu parto; quandome viu, ele se recuperou completamente e nunca mais voltou para aquela instituição. Aparentemente, eu eramuito ativa e tinha muita energia. Naturalmente, pensei que era assim que as coisas continuariam sendo.Entretanto, tive imediatamente de encarar o fato de que a pulsão de morte de meu pai já estava ativada. Ele

    havia tido uma grave febre reumática quando criança e seu coração ficara com seqüelas. Ele recebeu odiagnóstico de doença cardíaca reumática e o prognóstico era de que viveria apenas até cerca de 50 anos.Assim, a morte pairou sobre minha cabeça desde a infância.

    Tentei me desligar disso e consegui ter uma infância maravilhosa. Uma parte de mim sabia averdade – que eu poderia viver tanto quanto quisesse – e, quando via senhoras idosas incapacitadas e que malpodiam andar, dizia: “Nunca vou ficar desse jeito”.

    Naquela época, em nossa cidade havia uma tradição de que, quando alguém morria, as aulas eramsuspensas e os alunos tinham de marchar até o cemitério. Funerais eram “exigidos” e marchar até o cemitérioera a maneira de honrar o morto. Eu não gostava nem um pouco disso. Sabia que havia algo errado nessaidéia. Eu não gostava de funerais (e quem gosta?) nem de ser obrigada a marchar quilômetros no campo.Morria muita gente, e nós sempre tínhamos de marchar. Era uma ocasião em que eu preferia ficar na escola.Mais tarde, quando cresci, compreendi que as dores agudas que sentia nas panturrilhas se deviam à raivasuprimida durante essas marchas. (Depois da morte de meu pai, não consegui dormir durante um ano.)

    Continuei me divertindo como criança, mas lenta e certamente foram me ensinando sobre a morte.Lembro-me de minha avó contando sobre o funeral de seu filho (o irmão mais novo de meu pai). Ele saiu paraum “vôo aventureiro” em um biplano em meados da década de 20, quando toda a cidade estava fora para umpiquenique do Quatro de Julho. Todo mundo viu o avião explodir no ar. Foi o maior funeral na história denossa igreja, dizia ela. As pessoas se penduravam nos caibros. Era como se o comparecimento em massa aofuneral fosse motivo de orgulho. Todos os anos ela me forçava a participar de sua cerimônia privada, levando-me à sua cômoda especial, onde havia uma gaveta de lenços. Ela colecionava lenços – para todas as lágrimasque ela tinha? Na base da pilha de lenços havia uma carteira carbonizada que havia pertencido a meu tioMarvin e ela me dizia que era a única parte dele que havia sido encontrada. A carteira estava muitoqueimada e a única coisa que restara intacta era a fotografia de sua noiva, que, no último minuto, decidira nãoir junto no vôo. Minha avó parecia precisar me mostrar essa carteira todos os anos; eu nunca sabia o que dizerou fazer para ajudá-la em sua dor.

    Nesse ínterim, minha alegria e felicidade de criança estavam, se tornando abafadas pelas doençasfreqüentes de meu pai. Ele entrava e saía do hospital, freqüentemente precisando de numerosas transfusões de

    sangue. As pessoas da cidade o amavam e houve dias em que realmente toda a cidade parava de funcionar, eos comerciantes iam doar sangue para ele. Tudo isso era muito dramático, pois não sabia se ele conseguiriarecuperar a saúde. Geralmente ele voltava para casa e passava meses e meses em convalescença. A pior partepara mim era voltar da escola e ser surpreendida por uma ambulância levando-o. Eu me sentia impotente.

    Parece-me que isso começou quando eu tinha quatro ou cinco anos e continuou durante anos.Lembro-me de tomar conta dele... eu já era enfermeira. Ele parecia energizado por minha pura vitalidade. Seao menos eu pudesse mantê-lo vivo e curá-lo totalmente... esse era meu desejo constante. Às vezes ouvia meupai gritar meu nome através dos tubos de aquecimento. Ele me chamava para o porão, especialmente quandominha mãe ia a reuniões noturnas na escola onde lecionava. Eu descia ao porão e achava as mãos de meu pai

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    paralisadas. Puxava cada dedo até que ficasse esticado. Às vezes isso levava muito tempo. Se ao menos euconhecesse o Renascimento naquela época! Ele também tinha cãibras terríveis nas pernas por causa da mácirculação. Acordava com freqüência ao ouvi-lo gritar e cobria minha cabeça com o travesseiro até nãoagüentar mais. Então descia as escadas para ver o que estava acontecendo. A cena sempre era apavorante: ascãibras faziam nós nas pernas dele. Minha mãe tentava “exercitá-las” passando uma velha garrafa de leitepara cima e para baixo nas pernas para proporcionar um alívio temporário. Novamente eu me sentia impotentee não conseguia dormir. Quando penso nisso agora, ele precisava apenas de um Renascimento e de umasessão de Rolfing, mas fizemos o melhor possível naqueles anos.

    Naturalmente tudo isso teve uma grande influência em minha vida. Eu estava decidida a descobrirpor que as pessoas adoecem. No caso de meu pai, ele havia “acreditado” no prognóstico da febre reumática.Depois, quando viu seu irmão explodir nos ares, isso ativou sua pulsão de morte. Nossa família ficou afetadapara sempre por esse acontecimento. Vovô entrou em depressão aguda depois da morte do tio Marvin e foiinternado. Meu pai teve de deixar a faculdade no último ano e foi para casa ajudar a família. Meus pais secasaram em algum ponto no meio de tudo isso. Quando minha irmã nasceu, tudo ainda estava muito sufocado.Mas, quando eu nasci, a doença de meu pai estava se agravando cada vez mais. Senti-me lesada por nunca tê-lo visto inteiramente saudável. Eu queria salvá-lo. Tentei salvá-lo. Minha mãe era muito forte, muito estóica.Tudo em nossa vidas girava em torno de cuidar de sua saúde – ou da falta dela.

    Eu era uma estrela do basquete. Nosso time ganhou 34 jogos seguidos. Lembro-me de abandonaros jogos porque meu pai ficava tão excitado que era perigoso para seu coração. Decididamente, não queriaque ele tivesse um ataque cardíaco em um dos meus jogos. Era duro para mim.

    Era meu último ano na escola secundária. Minha irmã estava fazendo faculdade fora. Meu pai teveuma forte gripe asiática. Lembro-me de um dia em que fui ao quarto dele pedir ajuda num problema deálgebra. Ele sempre fora um gênio com números (as pessoas costumavam dizer que ele era o homem maissabido da cidade). Mas nesse dia ele não pôde me ajudar. Ele estava delirando. Eu gelei. Logo depois disso aambulância veio novamente. Foi a última vez. Na minha última semana na escola secundária, minha mãe e eunos revezávamos ao lado dele. Eu deveria estar estudando para os exames. Ela deveria estar dando exames naCarpenter High. E lá estávamos nós, sentadas ao lado do homem que mais amávamos e que estavarapidamente se aproximando da morte. Ele estava em coma. Eu estava perto de um coma. Ele morreu no diade minha formatura. Como de hábito, eu cheguei para substituir o turno de minha mãe. Ela disse: “Papaipartiu". Fui para o banheiro vomitar. Não havia nada a dizer. Então ela de repente lembrou que ele queria doarseus olhos para a ciência. Eu não sabia disso. Fiquei surpresa, mas então compreendi. Era o modo de mostrargratidão a todos que lhe haviam doado sangue. Esse era seu jeito de agradecer ao mundo. (Mais tardetrabalhei para o maior cirurgião oftalmológico do mundo, que ganhou o Prêmio Coty por transplantes de

    córnea, e sempre me perguntava: “Quem ficou com os olhos de meu pai?”) Fizemos o trajeto de carro de vinteminutos até nossa casa em um silêncio torturante. A cidade inteira soube instantaneamente. As notíciascorrem como um raio em cidades pequenas. Como eu era oradora da turma, supunha-se que fizesse otradicional discurso para a cidade na noite de formatura. O orador sempre faz um discurso chamado“Mensagem para os pais”. Meu futuro cunhado teve de me ajudar a escrevê-lo. Fiquei diante da minha cidadeinteira e gelei. Não lembrava o discurso. Tudo o que eu lembro é que todo mundo chorou. Minha formaturafoi um funeral antecipado.

    Hoje tenho certeza de que essa cena vai mudar a história. Daquele momento em diante, eu tinha dedescobrir por que as pessoas morriam.

    Mina mãe agüentou tudo até que chegou o momento de escolher o caixão. Daí ela sucumbiu e mepediu para substituí-la. Eu tinha 15 anos e o momento era muito delicado. Naturalmente, eles davam toda aênfase aos caixões caros. “É claro que você pode preferir um desses mais baratos que vendem ali na esquina,mas você não ia querer que seu pai ficasse em um deles, não é?”, disseram. Eles me comoveram na hora. Eusempre quis o melhor. Escolhi um de cobre que nós não tínhamos condições de pagar e durante anos fiqueiobcecada com isso.

    Fui despedaçada para a faculdade. Parecia que meu pai ficaria vivo enquanto eu estava lá e, quandoeu parti, ele partiu também. O que isso queria dizer? Eu era responsável? Eu só tinha “por quês” em minhamente. Entrei aturdida no curso de Enfermagem da Faculdade Augustana em Sioux Falls, Dakota do Sul.Queria ser uma das melhores alunas. Queria sobreviver. Tentei “abafar” tudo... tudo o que eu estava sentindo.Em conseqüência, fiquei com uma insônia grave. Talvez tivesse medo de morrer se fechasse os olhos.

    Eu só tirava as melhores notas, mas não dormia. Finalmente isso se agravou e desenvolvi algunssintomas estranhos. Os médicos não conseguiam achar nada errado em mim. Por fim, entrei em uma terapiade grupo para ajudar a me recuperar da morte de meu pai. Isso ajudou. Mas naquele ano não olhei para

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    anos. Se isso for verdade, então o conhecimento da longevidade acelera à mesma velocidade e a médiaetária de nossa geração poderia ser de 150 anos. Quando chegarmos aos 150 anos, essa média poderáter dobrado novamente para 300 anos. As pessoas em nossa cultura podem ser programadas para serimortais sem sequer aprender o conceito, pois pode haver um salto de quantum  e todo mundo serálevado junto. Tudo é possível. Poderá haver um “efeito sinergético” por meio do qual uma descobertaimportante sobre o prolongamento da vida dará ao indivíduo tempo suficiente para viver até a próximagrande descoberta.

    Os cientistas são bastante cautelosos no que se refere a fazer previsões audaciosas nessa área.Infelizmente, a pesquisa sobre longevidade não está conseguindo os recursos ou a popularidade quedeveria ter. Pode ser que um dos motivos disso seja nossa tendência a nos perder ao hábito de pesquisarpatologia. (Em metafísica, sabemos que o que você pensa se expande, então nós, metafísicos,acolheríamos comprazer mais pesquisa com uma ênfase modificada, pois a atenção concentrada tende areforçar o que quer que seja enfocado.)

    Também é preciso ter muito cuidado com estatísticas. O pesquisador tenderá a atrair seusestudos para assuntos que corroboram sua teoria, de forma que ele prove ter razão. Por isso é que achamada “amostra aleatória” provavelmente não é confiável, metafisicamente falando. Se nenhuma dasteorias sobre envelhecimento está dando resultado, talvez seja porque os cientistas estão mais uma vezestudando o assunto do ponto de vista da consciência orientada para a morte. Esses pesquisadores, quetêm mentes completamente abertas, por certo merecem ser reconhecidos a apoiados pelo público.Talvez um motivo da apatia pública no passado sobre essa questão, conforme Jerry Gillies salienta em

    seu livro  Psychological Immortality  (Imortalidade Psicológica), é que muitas pessoas pensavam que aoprolongar a vida elas meramente estariam despendendo mais tempo na velhice. (Quem querprolongara vida estando velho?) É importante, ele frisa, que as pessoas percebam que estamosincluindo a possibilidade de permanecer jovem e viver mais tempo... a possibilidade de até reverter oenvelhecimento para um “juvenescimento”... a possibilidade de se conservar na idade desejada. A idéiade se tornar uma pessoa “sem idade” torna essa pesquisa ainda mais excitante.

    Então, o que os gerontólogos, geneticistas, bioquímicos e outros pesquisadores estãodescobrindo? Naturalmente, eles têm diversas teorias sobre envelhecimento como ponto de partida.Uma corrente de pensamento é que a morte é de certa forma biologicamente programada em nossoorganismo. É sugerido que há algum relógio genético de envelhecemos. (mas quem é responsável pelorelógio?) A outra corrente defende que a morte é conseqüência de uma avaria do sistema, um defeitoem algum ponto do percurso, talvez do sistema imunológico. O declínio representa um inevitável“desgaste pelo uso”. Mas no fim eles dizem que isso é “especulação sem embasamento” – e ninguém

    sabe ao certo. (Nós, metafísicos, tentaríamos salientar que se um cientista acredita que a “morte éinevitável” e que o envelhecimento é “um processo natural”, tende a se concentrar em áreas quecorroboram essa premissa. Alguns gerontólogos e biólogos vêm considerando os radicais livressuperoxidantes como vilões...)

    Cientistas também estão à caça de algo que nos permita viver mais que outras espécies.Tentativas para aprender como acelerar a regeneração das células vêm sendo feitas. Genesregenerativos cruciais estão sendo isolados com a idéia de fazer cópias extras e inoculá-los em célulasvelhas. Como o DNA é a planta genética para a arquitetura da célula, a questão é ajustá-lo e regenerá-lo. Os engenheiros genéticos esperam conseguir genes saudáveis nas células.

    Fazem-se experimentos com drogas para deter o envelhecimento, com mudanças na dieta a fimde prolongar a vida e até experimentos para diminuir a temperatura do corpo. (Imagine câmaras dehibernação nas quais você possa passar algumas semanas!) Que tal beber um “coquetel preservativo”que contenha uma poção rejuvenescedora? Tudo isso está sendo examinado por cientistas  agora. Umartigo de jornal sugeriu que haverá uma “pílula rejuvenescedora” disponível em aproximadamente dezanos! (Os autores eram esclarecidos o suficiente para sugerir que você “pense jovem” até que a pílulaesteja pronta.)

    Às vezes as pessoas me ligam e contam sobre tratamentos como a última versão das “células deovelha” na Alemanha. Elas são ilegais nos Estados Unidos, mas as pessoas sabem onde consegui-las naEuropa. Sim, tratamento com células de ovelha e com placenta de carneiro  realmente  existem... elespodem na melhor das hipóteses prolongar um pouco sua vida e são caros. E um dia provavelmentepoderemos tomar pílulas rejuvenescedoras, elixires preservativos e até vacinas antienvelhecimento. Issoserá ótimo; mas também devemos nos lembrar de uma coisa! Nenhum desses elementos externos podedestruir nossa pulsão de morte inconsciente interna... apenas a puificação espiritual pode fazer isso.

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    (Nós, Renascedores, por exemplo, acolhemos com prazer cientistas que estão fazendo estudos sobre ospoderes rejuvenescedores do Renascimento.) Precisamos estudar juntos os pensamentos que produzemo envelhecimento e as técnicas de purificação para eliminar esses pensamentos. Precisamos estudar asatitudes que afetam nosso corpo. Obviamente, é preciso ter atitudes positivas para chegar ao plenopotencial biológico. (Resumido de “Biological Opportunities”, escrito por Jerry Gillies em Psychological Immortality, e também de Longevity Magazine.)

    A pesquisa de Norman Cousins sobre endorfinas faz com que imaginemos se, ao criar certosestados de humor, pode-se acionar a secreção de uma substância química prolongadora da vida. Todosnós sabemos que, se pudermos manter a alegria e a felicidade, provavelmente vamos querer continuarpor aqui. O dr. Deepak Chopra fala sobre “a felicidade e a fisiologia da consciência” em um periódicochamado  Modern Science and Vedic Science. Ele explica cuidadosamente os ensinamentos deMaharishi, criador da Meditação Transcendental, e da Medicina Aiurvédica (segundo a qual cadasintoma pode ser corrigido ao se aplicar a freqüência complementar encontrada em algum ponto danatureza.)

    Ele diz que Maharishi-Aiurveda defendem que a felicidade é ainda mais básica para a vida doque o DNA. Segundo Maharishi, a felicidade não é uma qualidade que a vida pode ter ou não, ela Évida:

    Quando o corpo está experimentando a felicidade, ele está sendo religado à sua estrutura básica, que é organizada

    em consciência pura. Felicidade, diz Maharishi, é emúltima análise o agente mais poderoso na fisiologia, cujovalor básico é a totalidade. Qualquer perda da totalidade, por menor que seja, é suficiente para causar desgaste.(De Deepak Chopra: “Bliss and the Physiology of Consciouness”, em Modern Scienceand Vedic Science). 

    Maharishi diz que qualquer tentativa de tratar doenças ou qualquer forma de sofrimento nonível físico é superficial demais. O tratamento deve ser no nível onde o mal realmente se origina. Osistema mente-corpo deve ser reconectado ao campo unificado.

    Em Ayurveda & Immortality, os autores Scott e Linda Treadway dão a seguinte definição de“Campo Unificado”:

     Maharishi iguala o Campo Unificado à consciência pura.O Campo Unificado tem sido identificado pela física Moderna como a fonte de todos os campos de energia e Das partículas fundamentais. Pode-se experimentar oCampo Unificado do ser imortal como o EU. O CampoUnificado é imortal e pura consciência não criada, nãoConceitualizada e sempre igual. (Pág. 5) 

    Quando estamos reconectados, diz ele, então toda a existência é experimentada novamentecomo felicidade. Ele nos diz que a felicidade transcende o pensamento; ela realmente é a naturezafundamental do eu. Seu método para experimentar isso é assentar a mente no nível de conhecimentoem seu estado unificado, no qual a vida é consciência pura e indestrutível. Isso é feito, diz ele, atravésda Meditação Transcendental. (E há muita pesquisa documentada que indica que as pessoas quemeditam realmente vivem mais tempo do que as que não meditam.)

    Então não é óbvio que realmente precisamos deixar que a felicidade ache seu lugar em umnovo modelo de saúde? Isso está acontecendo para mim, para meus amigos e alunos por meio do uso dapurificação espiritual. Listei cerca de 22 métodos diferentes em meu livro sobre a felicidade, intitulado Pure Jo