Livro da Dança
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Gonalo M. Tavares
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Sumrio
Livro da Dana
8. Confirmao
9. Morte dos Antigos
10. Velhice nova
11. O segredo12. O importante
14. Metodologia
15. Comear a escultura, acabar noutro lado
17. Museu
18. Apario
19. O ombro
20. Sntese
21. O ritmo
22. De qualquer modo
23. Pssaros e dana
24. A tcnica
25. Recordar o bvio
26. Entre uma e outro
27. Ser rpido
28. Descrio pormenorizada
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30. Recomendaes
31. Medidas do corpo
33. Projecto34. Sexualidade sem rosto
35. Os velhos
36. Danarino subtil
37. Tarefa completa
38. Salvao39. O problema
40. Treinar
41. Circunferncia perfeita
42. Vocabulrio e alfabeto
43. Inveno
44. Substituio no exacta
45. Evitar
46. Sobreviver
47. O corpo
48. Psicanlise
49. Esttica do tomo
50. Beleza
51. Quatro perguntas, quatro respostas
52. Claro que h
53. O erro
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54. Conselho consequncia da definio do erro
55. A indstria
56. Redundncia58. Orao
59. Sobre a alegria
60. Rapazes e raparigas dentro do corpo
61. Sobre o osso
62. fcil63. Ainda o exemplo
64. Ainda, ainda o exemplo
65. Exibio
66. Esttica
67. Pedido
69. Vrias questes, vrias respostas
72. Dilogo rigoroso
73. Eis
74. Uma frase
75. Questionrio
76. Um pedido
77. Declarao de amor
78. Um objecto exacto
79. Perceber no corpo
80. No ter vergonha
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110. Sobre o que fazer com o minsculo
111. Indicaes quase gerais
112. Planeamento e milagre114. Dimenses do movimento
115. Biografia e prestgio
116. De novo
117. Descida rpida
118. Recomendao til119. F e corpo
120. Contabilidade dupla
122. Aniversrio dessincronizados
123. O punhal
124. Lembrana nica
125. No uma ideia
126. Extremamente
127. Exactamente aqui
128. Corao e cicatriz
129. realidade
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Confirmao
Confirmar o crculo com os ps.Comecei hoje a metafsica da casa: comecei por limpar a
pele.
Comecei hoje a metafsica da casa.
O PARTO no PALCO deve evitar o sangue mas no o
SUSTO, espalhar a FISIOLOGIA dos anjos pelopblico, libertar a Religio e os animais no meio da Lgica
do bvio e do Sensato.
Confirmar Crculos com os ps.
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Morte dos Antigos
Coreografia da Morte, Inocncia.Material cnico com Pecados no Meio.
Coreografia do Azar e do Imprevisto.
A Morte dos antigos igual Contempornea. morre-se.
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Velhice nova
Intensidade errada alojada na Perfeio.Escolher movimentos Racionais e Suicdios.
Suicidar Possibilidades de Movimento aceitando a velhice
com o chapu na Mo e Desrespeito.
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O importante
o importante da respirao o modo como ela parece
no existir.
a cabea deve respirar como a gua: so os outros - o
Peixe, por exemploque respiram pela gua: a cabeadeve respirar como a gua, ou seja: os outros devem
respirar substituindo a cabea.
Se a cabea Respira crebro. E no h Pacincia para o
crebro.
Portanto: a cabea no deve respirar porque a inteligncia
crime: pulmonar a matemtica dos pulmes e crime
tornar abstracto um tendo.
O corao (uma sntese de aurculas e Lixo e querem
faz-lo centro do Apaixonado) o corao belo e crime
ainda maior tornar abstracta a Vagina, por exemplo, o PNIS,
o nus, o esperma, a urina e a Saliva.
a cabea no deve respirar.
impedir que o pensamento atravesse a PONTE.
a cabea no deve respirar.
a FRACTURA da Tbia dor porque algum --- o corpo
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--- pensou antes como definitiva a Tbia, assim, completa,
nica, compacta: A tbia.
Impedir que os ossos pensem ou Respirem.aceitar a FRACTURA, a NEVROSE, o Psicopata, a dor,
aceitar tudo como se isso fosse a ideia NOVA mostrada
por quem dana.
Deitar Sal na prpria CARNE e oferecer-se ao Banquete
Sem angstias.Se falarmos do que belo a botnica debaixo do
Movimento MAGRA (falamos do que Belo).
Respirar ou pensar no meio do Movimento ter as Razes
gordas e todos sabem que se os anjos tivessem Razes
gordas seriam HIPOPTAMOS, no anjos, isso no.
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Metodologia
Tornar o cho Louco.
a importncia da ATMOSFERA a Psicanlise perante
o deitado (o cho).
Tornar o cho Louco para que a ATMOSFERA possa
dar conselhos.
Depois, a seguir, tornar a atmosfera louca.
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Deixar sede mas no se deixar beber (O corpo).
a botnica geral sem TAXONOMIAS um metro acima
da gua (o corpo).
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Museu
Descoberta do Museu.
Deitar abaixo do Museu.
No corpo as obras-primas resistem um quinto de segundoe menos de meio instinto.
Descoberta do Museu.
Deitar abaixo do Museu.
O Museu dos Movimentos estragou-se.
Destruio do lugar comum no lugar do corpo.
Descoberta do Museu.
Deitar abaixo do Museu.
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O ombro
O ombro tem dentro um OMBRO Profundo.
As palavras tm dentro um corpo Profundo.O estmago tem dentro 1 estmago Profundo.
Esqueleto, Fezes e Filosofia. A vida Profunda simples.
Esqueleto, Fezes e Filosofia.
Mostrar a Filosofia com o Corpo mesmo quando o corpo
s Mostra os dejectos.
EVITAR a camuflagem:
o corpo Profundo o corpo entre as fezes e a beleza.
Mscara Profunda.
Apario sbita de deus no OMBRO.
Mscara Profunda.
No o OMBRO. deus.
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O ritmo
De qualquer modo dana.
De qualquer modo sente.
De qualquer modo o corpo contm o dia.
De qualquer modo as cores e o Msculo.De qualquer modo o corao.
De qualquer modo sempre no Fundo a Memria.
Mas de qualquer modo sem TEORIAS.
De qualquer modo com a teoria da potica que no
existir teoria e s existir potica.
De qualquer modo a cincia atrapalha 1 pouco mas no
totalmente.
De qualquer modo Curiosidade.
De qualquer modo colecionar montanhas.
De qualquer modo acabar quando o ritmo exige que se
continue o ritmo exige coisas a que no devemos aceitar
obedecer ser escravos.
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Pssaros e dana
A histria da dana no poder ser o Percurso dos
Movimentos Traado no cho. (tem de ser) o Percurso dos Movimentos Traado no
ar.
Acreditar que os Pssaros so restos de
COREOGRAFIAS. Imagens do corpo que ficaram atrs,
suspensas.
(As nuvens ainda, tudo que alto, o cu)
Os pssaros so restos de COREOGRAFIAS.
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A tcnica
A tcnica a MQUINA
Desligar a Mquina e a Indstria.
NO ANIMAL VERTEBRADO A TCNICA SO AS
VRTEBRAS.Nos homens utilizar a alma como a NICA TCNICA.
A alma a Tcnica.
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Recordar o bvio
Contar a MITOLOGIA pelos dedos.
O corpo todo parado mas na extremidade da Mo a
extremidade da Mo volta ao Incio; AOS
ARQUTIPOS.Comear o espao.
At o DEDO pode comear o Espao.
No comear no Espao.
comear o Espao.
At o dedo pode comear o Espao.
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Ser rpido
Dvidas no Tronco e na Cabea.
Ser infotografado: impossvel fotograf-lo.
ser INFOTOGRAFVEL.
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1 bailarino. Acrobata dos Aromas, dizes.
Dana (isto : cheira bonito do espao).
Consigo tocar o Aroma de cima com o de baixo. Assim.Flexibilidade do Invisvel.
Pobreza no Excesso.
Transbordar de Mnimos.
(apocalipse demorado e quase tranquilo).
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Recomendaes
dominar a natureza mas dominar primeiro o instinto de
dominar a natureza.
dominar a Natureza mas dominar depois o instinto dedominar a Natureza.
No dominar a Natureza.
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Medidas do corpo
Meter na dana carne.
a carne igual no Feminino e no Masculino.
Descobrir o corpo anterior ao Feminino e descobrir o
corpo anterior ao Masculino.
A carne o corpo anterior ao sexo.Meter carne na dana.
Deixar a dana ser primeiro que o corpo.
O corpo anterior ao Feminino e ao corpo anterior ao
Masculino impossvel acrescentar algo de novo.
No abrir o exterior do corpo para a carne entrar; No
abrir o exterior do corpo para deixar sair a CARNE.
No meter CARNE na Dana. No tirar CARNE da
dana.
Deixar a Dana naturalmente ser Carne.
a potica dos ossos e dos mortos igual: CARNE.
a Matria da Potica obedece aos instrumentos de
Medida.
Exibir as Medidas da Alma.
A carne quando aparece apario antes do corpo exibe as
Medidas da alma.
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A carne quando aparece apario antes do corpo exibe as
Medidas da alma.
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Danarino subtil
O corpo no pode interromper o espao.
CORPOinlocalizvel insituvel.O corpo no pode interromper o tempo.
CORPOINEXINSTANTE.
(Mais magro que o instante mais mnimo)
Corpoinexistante
e INSITUVEL.
No interrompe os Velhos.
(M educao: interromper os Velhos)
Danarino Subtil: mais Magro que o instante mais
mnimo.
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O problema
executar o problema.esculpir o Problema.
habilidade: esculpir tomos;
pedra que se move s nossas ordens: corpo: pedra que se
move s nossas ordens.
A dor no obedece, se no a dor no existia, a dor noobedece se no a dor no existia.
Proibir a dor.
executar o problema da impossibilidade de proibir a dor
esculpir o problema da impossibilidade de proibir a dor
Proibir a doena.
executar e esculpir o problema da impossibilidade de
proibir a doena.
Proibir a morte.
Alcanar o corpo e nele proibir a Morte.
executar o grande Problema
esculpir nos tomos o grande Problema
executar o problema da impossibilidade de se proibir a
Morte.
executar o Problema.
esculpir o Problema.
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Treinar
Treinar a nudez.
Pintar de cu a nudez.
Pintar de sexo a nudez.
Desenhar na nudez a inocncia.Desenhar a Fornicao na nudez.
a nudez clssica igual nudez actual.
experimentar roupas nuas.
confirmar que a nudez mais nua que a roupa nua.
Treinar a nudez.
Ser melhor NU que ontem se foi nu, ser melhor nu que
ontem se foi nu.
Treinar a nudez.
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Vocabulrio e alfabeto
Vocabulrio da mo e dos dedos.
Vocabulrio das Pernas, do Corao.Vocabulrio do Espao e da Ansiedade.
Vocabulrio do estmago, do tronco.
Vocabulrio da inteligncia.
Vocabulrio das no palavras.
Vocabulrio da Potncia e do Corpo.
Vocabulrio da Tristeza.
alfabeto da alma.
alfabeto do calor e das guas.
alfabeto dos cabelos e do tero.
alfabeto do tero.
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Inveno
inventar o Repouso.
No meio do movimento o Repouso.
No interrupo. No paragem. continuidade.O Movimento continua para o Repouso que continua
para o Movimento que continua para o Repouso que
continua para o Movimento.
inventar o movimento no repouso, inventar o repouso
no movimento.
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Substituio no exacta
Substituir no Msculo a confuso pela cor.Tocar no cho com a parte do EROTISMO e com
a parte sonora dos ps.
(O Erotismo o Som)
O universo abstracto abstracto e no universo.
Ser universo no Msculo, no ser abstracto.
Substituir a confuso pela cor.
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Evitar
Evitar Pitgoras. Evitar Pitgoras dos Nmeros.
Evitar Pitgoras dos nmeros no centro do corpo.
Entender PITGORAS.
Entender PITGORAS para alm dos nmeros.Entender PITGORAS para alm dos nmeros no
centro do corao no corao do corpo.
PITGORAS fora do cotovelo da pele do movimento
da fasca do susto.
Pitgoras fora da seduo do CORPO e da doena do
CORPO.
Pitgoras dentro do cu da cabea da Fria.
Pitgoras dentro da luz que acende a noite por dentro da
luz que acende a noite por dentro.
Evite amar entender PITGORAS.
O corpo deve ao mesmo tempo, no mesmo momento,
evitar amar e entender.
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Sobreviver
O Paradoxo abre o belo.
Os stios claros permanecem claros:
O stio que permanece no stio, permanecer.
Mudar o Stio para o stio onde o corpo Melhor.O Paradoxo abre o belo.
A sobrevivncia do belo: urgente tornar PARADOXO.
o belo: a sobrevivncia do belo.
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Esttica do tomo
a esttica do tomo.
a arte do tomo.
Que importa a beleza daquilo que pode ser belo?Importante a beleza do Impossvel.
a cincia encontrou muito, no encontrou nada, a cincia
no encontrou nada, encontrou nomes.
a esttica do tomo.
a arte do tomo.
a deusa interior foi mudar a cor do cabelo e c fora os
atentos elogiam a brusca mudana brusca mas acertada
do cabelo da Mudana do cabelo, a deusa interior da
anatomia exterior est de parabns porque mudou a
esttica e a arte para azul claro, claro mas FUNDO.
(Preocupaes estticas com o tomo
Preocupar-se com a esttica do tomo)
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Quatro perguntas, quatro respostas
O que o danarino que falha?
No se escondeu.
O que o Mau Danarino?
Escondeu-se belo no esconderijo Feio.O que o bom danarino?
Escondeu-se belo no esconderijo belo.
O que o danarino que falha?
No se escondeu.
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Claro que h
Claro que h tambm os pressupostos.
Para o Lixo!
Claro que h tambm o teatro: IMITAR os mortos empalco.
Para o Lixo!
Claro que h tambm o Stio certo para os Mveis para
os tapetes e para a Msica.
Para o Lixo!
Claro que h tambm a Psicanlise: o meu ombro no
anda bem. Claro que h tambm a Psicanlise.
Para o Lixo! Para o Lixo!
Claro ainda, h tambm os revolucionrios: construir
uma estrutura para se opor a quem construiu uma
estrutura para se opor a quem construiu uma estrutura.
Lixo! Lixo! Lixo!
Talvez, permitam-me, o pequeno erro junto s sementes
seja visto por quem v l de cima, como um milagre, : o
milagre do pequeno milagre junto s sementes.
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Conselho consequncia da definio do erro
S voltar atrs se for Frente.
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A indstria
a indstria dos Msculos no aceita a excepo do
Msculo.
a tecnologia sente, s que sente tecnologia.O corpo sente corpo.
a ma sente ma.
o vinho sente vinho.
o calcanhar calcanhar.
A neurose da nuvem desaparece com a chuva e a neurose
do Msculo desaparece com a Excepo.
A indstria dos Msculos exige o bom tempo exige o
bom tempo exige o bom tempo.
A indstria dos Msculos exige o bom tempo exige o
bom tempo exige o bom tempo.
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Orao
no repetir a orelha nem o Movimento.
no repetir a ideia que cada orelha tem, cada orelha s
tem um ideia, no repetir a ideia que cada orelha tem.No repetir a ideia que cada brao direito tem, cada brao
direito s tem uma ideia, no repetir a ideia que cada
brao direito tem.
no repetir o corpo nem o Movimento.
no repetir a ideia que cada corpo tem, cada corpo s
tem uma ideia, no repetir a ideia que cada corpo tem.
deitar o corpo fora depois de cada corpo,
no repetir o corpo.
deitar o corpo fora depois de cada corpo,
no repetir o corpo.
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Rapazes e raparigas dentro do corpo
Corpo com Rapazes e Raparigas l dentro.
a funo do indivduo ser Planeta e ser modesto.
Corpo com dedos; cuidados atentos na festa dos adultosque so estoicos de modo exagerado.
festa sem barulhos nem VINHO.
festa em silncio PURO.
Corpo com Rapazes e Raparigas l dentro. Danar, isto
, deix-los sair para o jardim, corpo com Rapazes e
Raparigas l dentro.
Festa em silncio PURO: dana onde se festeja e ao
mesmo tempo se recordam os ossos, o tmulo.
Festejar o Osso.
Deixar sair os Rapazes e as Raparigas para o jardim.
(a pele melhor do que o quarto)
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Sobre o osso
Quando o Movimento acaba o osso sobrevive.O movimento da dana, o potico no oxignio deve
MOSTRAR que o osso SOBREVIVE, o osso permanece
quando acaba o movimento.
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fcil
fcil exemplificar a vida com a vida.
potico exemplificar a vida com a Morte, a Morte com
a vida.
fcil exemplificar a Morte com a Morte. fcil exemplificar a vida com a vida.
potico exemplificar o outro lado do que se exemplifica.
fcil o exemplo ser exemplo.
difcil o exemplo ser TUDO.
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Ainda, ainda o exemplo
o dedo que s dedo nem sequer o dedo
o corpo que s corpo s tapa o espao s tapa o espao
s tapa o espao
- deixem-me ver o espaoou ento
- deixem-me ver tudo.
(para que importa exibir o corpo se s para exibir o
corpo? S exibir o corpo se para exibir o que no
corpo)
Para que importa exibir o corpo se s para exibir o
corpo?
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Esttica
A esttica da potica da dana: a Rosa Rpida na VioletaLenta
(acelerar a Rapidez e a lentido no mesmo momento)
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Pedido
Pedidos para me tornar pior:- Por favor, torna-te claro.
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Como a tua dana, a tua esttica, a tua potica?
O brao. o Brao.
Mas como, o qu? Explica!O brao, o brao, o brao.
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Dilogo rigoroso
Outros poetas e outras FILOSOFIAS?
O Percalo na tese.
A prova de que a tese existe o Percalo e o Percalo
que torna inexistente a TESE.
A existncia inexistente no existe.A inexistncia existente existe.
Gostas mais dos ps ou das mos?
Depende.
O Corao VARIVEL. Depois da Morte, sim, os
GRFICOS ainda perdem validade. No h VARIAO.
Ainda mais? SIM.
Jogar s cartas com o corpo e fazer do corpo o Acaso que
surpreende os BATOTEIROS.
Quem engana quem?
Os olhos dos outros escravizam a potica do Msculo.
Quando comea a potica?
a potica comea quando imaginamos que os outros so
cegos.
A exibio?
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A melhor exibio perante os cegos, o corpo vem de l de
dentro c para fora e traz a NOVIDADE.
O FIM?Quando disseram que a Alquimia era uma FARSA e
esqueceram que tudo o que no Alquimia tambm
uma FARSA.
O que que no uma FARSA?
O que impede a MORTE.O corpo que dana pode impedir a morte?
No. Tudo uma FARSA. Mas o corpo que dana pode
obrigar os OUTROS ao desejo.
Uma explicao?
O Prazer muito mais baixo do que o Desejo.
O Desejo alto, o que no se toca, queremos TOCAR.
O Prazer baixo, o que se toca.
Uma definio rpida?
O Desejo uma Prateleira do Cu.
Outra definio?
O Cu uma prateleira de deus.
Outra ainda?
deus uma prateleira do homem.
uma indicao final?
O incio.
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Eis
a idade o que ?
os dias a partir do encontro com deus?
O resto?
os dias antes do encontro com deus.a dana, o que deve ser?
o dia, o dia!
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Uma frase
uma frase?
as frases no tm importncia
Insisto. Uma frase?
as frases no tm importnciaInsisto. Peo desculpas. Uma frase?
as frases no tm importncia.
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Um pedido
Ouvi isto uma vez, c dentro, antes da dana (um
pedido):
- Por favor, d-me um exemplar de deus.
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Declarao de amor
Que me dizes do crebro?
- Fao-lhe uma declarao de amor:
O meu corao antigo mas tu tens a idade do meucorao.
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Um objecto exacto
Entreter o infinito.
Tratar o infinito como objecto, atir-lo ao cho, partir-
lhe a FACE,
curar-lhe as feridas, chamar pelo pai e pela me; dar-lhepo boca no dia das doenas, contar-lhe os ossos e, por
fim, desprez-lo.
Entreter o infinito.
Tratar o infinito como objecto.
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Perceber no corpo
as maneiras ETERNAS.
Perceber no corpo as maneiras ETERNAS.
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No ter vergonha
uma parte do movimento excremento.
a outra desejo.
Caem Fezes; atravessam o ar; roubam o AROMAescondido do invisvel e FAZEM-NO aparecer de modo
FEIO, CLARO, MORTAL.
uma parte do movimento esse excremento.
a outra desejo.
Caem dos Ps da bailarina que delicada e bailarina.
No pode ter vergonha das fezes, a bailarina.
Se o Mortal tem medo da Morte tem medo de si do
corpo do Ego da conscincia de pensar, tem medo do
corpo, Medo da Morte e do corpo e de tudo.
No pode ter vergonha das fezes, a bailarina.
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Duas potncias
a cabea completa Transversal.
O corpo completo Transversal.
Atravessa a sala e atravessa geraes, quando atravessa a
sala atravessa geraes.a me do Movimento a Imobilidade.
todos os movimentos se concentram no IMVEL.
A Potncia sublime do SUSPENSO sublime e Potncia.
A morte sublime porque algum a suspendeu um
centmetro acima de NS.
TER no corpo o sublime do suspenso. Ter no corpo a
ameaa.
a imobilidade ameaa. Provoca Medo, insegurana.
a mo treme e chama pelo PAI.
A Famlia urgente porque a Imobilidade do danarino
tal como a invisibilidade da Morte se suspenderam a
centmetros do Corao; e chamamos corao ao que
cada corpo pensa em cada momento.
A Morte foi suspensa desde o incio, no tecto do crebro;
no se v.
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Com a dana suspender a outra Ameaa no Tecto do
crebro; no se v.
O corpo a 2 Potncia(mesmo quando se move deve ter imobilidades que
ameaam e se suspendem sobre o exterior)
A Morte a Primeira Potncia.
O corpo a 2 Potncia.
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Ouvir e avanar
Define exactamente a alma.
Pedido feito ao louco.
Define exactamente a alma.
Ouvi resposta. Aplic-lo ao corpo, lig-lo correnteelctrica; danar.
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Objectos a utilizar
A esquizofrenia 1 dos objectos a utilizar.
o outro pode ser a angstia.
o Desejo, de to utilizado, perdeu a FUNO; serve
para Pendurar o chapu.Esquecer agora o DESEJO,
Relembrar agora a Tranquilidade que d no ter FUTURO.
a doena outro movimento que di e normalmente
deita atira o corpo CAMA.
o doente deitado na cama a gemer a coreografia do
doente deitado na cama a gemer.
Cada dia a famlia dos Movimentos desse dia.
A esquizofrenia um dos objectos a utilizar e pode parecer
mau mas afinal no.
Di na Mo (ou seja na alma que tem a forma de Mo)
di nas Mos quando se agarra o objecto com demasiada
Fora.
No agarrar, no pode.
TOCAR e Fugir
ALTERNATIVA: Tocar, amar e Fugir.
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a esquizofrenia um dos objectos a utilizar.
o outro pode ser a angstia.
definio: um bocado de MORTE.Angstia: um bocado de Morte.
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Movimento
O Movimento Porttil. Quem v leva-o para CASA,
deixa-o na cadeira da Sala ou transporta-o at o Quarto.
Por vezes sobe ao Sonho e aos Pesadelos, mas quasesempre Fica no tapete onde, de manh, se procuram os
sapatos e as MEIAS.
Tem a utilidade de um DIA.
Em tardes de calor a CARNE perde o cheiro.
Mudar de cheiro. A gua urgente.
Vestir outro movimento.
O Movimento PORTTIL mas MORTAL.
O Movimento PORTTIL
mas MORTAL.
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Definio de funo
Pergunta: o que dana que j no se deve danar?
ajuizar os movimentos, cada movimento, como
imortal.
O que o bom corpo que dana bem? O que odanarino?
o COVEIRO! o COVEIRO!
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Exibio possvel
No h nenhum corpo completo.
Faltam sempre peas ou seja rgos ou seja
MOVIMENTOS.
Ao corpo a que faltam Movimentos chamamosINcompleto.
Ao outro chamamos deus.
Deus no se exibe.
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Isso claro
a ideia vem de qualquer lado.
Por exemplo: do osso.
A avaria no osso pode ser evidente c fora e UMAIDEIA.
Avaria no osso.
danar e ter avarias nos ossos e continuar como se os
ossos permanecessem 253; intactos.
Quanto ao curto-circuito na pele Fcil. A pele c fora
e mostra-se.
Para qu MOSTRAR o que h muito tempo C-
FORA?
Avaria nos ossos.
interferncia sbita de deus no tendo direito da PERNA.
a ideia vem de qualquer Lado.
As mais evidentes vm de FORA. So a pele a exibir-se.
As mos profundas vm de dentro, claro, do interior,
claro, do Profundo, claro, de deus, claro,de deus.
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Depois sim, antes no
EPIFANIAS Localizadas.
deus revelar-se inteiro a parte do corpo.
Exemplo: o nervo ptico.
Outro exemplo: a tbia (osso Lindo, longo).Trs dedos da mo esquerda a entenderem a linguagem
de Cristo, os outros 2 a exigirem os Prazeres do Sculo.
De resto no acredito no Corao.
O Corao o ltimo rgo.
Depois a Morte.
A Morte o ltimo rgo depois do Corao.
Antes do Corao ver o sublime o sublime tem de rodear
o Corao.
O Corpo do Moribundo, de alguns Moribundos, tem o
divino a cercar o Corao.
Depois SIM o Corao.
Depois morre-se.
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Livro de cabeceira
Explorar a electricidade prxima.
Cada clula (todas as clulas) tem uma mquina dePRAZER no Quarto, junto ao Livro de Cabeceira.
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Mais um conselho
Dizer com o movimento: encontrei o stio do Corpo
onde o corpo deixa de ser stio.
A ENERGIA pura no Stio, acima do Stio, abaixo
do Stio, alm do Stio.
a Energia no tem lugar, procura-o.Dizer aos outros com o movimento: encontrei o stio do
corpo onde o corpo deixa de ser stio.
Provocar inveja.
8 stios por cotovelo.
Cada lugar que o corpo ocupa um lugar a mais.
Se o corpo encontrar dentro a clula que o TAPA o corpo
no deve sair da clula que o tapa a se encontrar.
Cada lugar que o corpo ocupa 1 lugar a mais.
Se o corpo encontrar dentro a clula que o TAPA o corpo
no deve sair da clula que o tapa a se encontrar.
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evidente
evidente que devemos explicar.
evidente que devemos concluir.
evidente que podemos curar.
evidente que podemos abrir 1 consultrio e dizer:PAGA!
evidente que podemos psicanalizar.
evidente que podemos ter componentes.
evidente que podemos comear pelo incio.
evidente que podemos ter emoo e razo e cu em
cima e terra por baixo.
evidente que podemos comer e no dar por isso, defecar
e no dar por isso, fornicar e fecundar e no dar por isso.
evidente que podemos Regressar.
evidente que podemos enumerar e dar os nomes certos
s coisas erradas.
evidente que podemos acertar.
evidente que podemos ter 1 corpo sem falhas excepto a
Falha Grande que MORRER e as outras falhas pequenas
que so a dor e a velhice.
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evidente que podemos fixar, explicar, concluir,
exemplificar, comear, abrir 1 consultrio, curar, receber
e pagar, estruturar, desenvolver, ter ideias claras e ideiasclaras,
evidente que podemos pensar, danar e depois pensar
ou ento o contrrio
evidente, enfim, de novo, insisto, que podemos explicar,
mas melhor no.
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Penso que agora fica claro
Validar com a invalidao.
Demonstrar com a indemonstrao.
Substituir a demonstrao pela indemonstrao.
demonstrar dizer: esta a verdade.a maior humildade da demonstrao (quando muito):
no sou a verdade, levo-te at l.
indemonstrar no dizer: esta a verdade, no sequer
dizer.
indemonstrar deixar andar e aceitar o deixar andar,
no entender e entender o desentendimento geral que
se possuir acertar.
Indemonstrar afinal e sempre aceitar.
No respondo, mas tambm no fao perguntas.
FAO.
Algum me FAZ.
Aconteo ou algum acontece por MIM.
(ou algum me aconteo)
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Exclamao
Algum me aconteo.
Algum
Me
aconteo!
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Aprendizagem
Dobrar-se de modo a que o ouvido se encoste s prprias
costas e ao peito, ouvir o prprio corao com o prprio
ouvido.
No acrobacia. No flexibilidade. no tomo pr o conhece-te a ti mesmo.
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Obedincia
O corpo obediente e quem manda o oxignio.
Danar agradecer ao invisvel que nos alimenta.
O corpo o filho dependente do Espao.
Danar o ritual de aceitao do Antepassado.
O corpo obedece ao oxignio.
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No perder o territrio (o pudor)
A carne no tem Pudor a no ser a carne do crebro que
tem pudor toda a outra carne no tem pudor a no ser a
carne do crebro que tem pudor.
Explicao: a biologia UNIVERSAL: carne e desejo. Eapenas surge o pudor quando a biologia diz Eu mas
quando a biologia diz Eu a biologia deixa de ser biologia.
O Eu diz Eu sozinho.
Sntese: o meu territrio inaugura o meu Pudor.
O territrio a Vergonha, o comeo do Envergonhado.
Quem dana deve apenas ser biologia.
No diz Eu, quem dana no deve dizer Eu,
diz ou deve dizer todos, tudo tu tambm imperador, tu
tambm Multido.
Perder territrio: ganhar o Fora e perder o dentro.
Mas o mais dentro biologia e o Pudor esquecer a
biologia e a memria esqueceu o mais dentro porque foi
ocupada por signos, a biologia anterior memria ter
perdido o mais dentro e
a carne no tem pudor a no ser a carne do crebro que
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tem pudor a outra carne no tem pudor a no ser a
carne do crebro que tem pudor.
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Sobre memria e profecia
Interditar a memria.
Tornar a inteligncia bela, voltar no inteligncia.
S belo o que no inteligente; inteligente o noimediato: um passo atrs ou frente enquanto o belo
o instante, a superfcie to fina que a frente igual s
COSTAS, o incio o mesmo que o FIM.
Interditar a memria.
a memria a ocupao do espao.
a memria o no imediato.
a memria o inteligente.
interditar pois a memria.
O Corpo inteligente inteligente mas no corpo porque
corpo agora, por completo, e o inteligente repito o
inteligente o no-imediato, um passo a atrs ou Frente.
A dana no tem memria.
O Corpo comea agora no momento em que acaba.
O Corpo comea no mesmo stio que acaba.
O Corpo 1 stio e 1 tempo e depois 1 outro stio e 1
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outro tempo que no recordam o stio e o tempo
anteriores.
CORPO AMNSICO.Esqueceu porqu aqui e agora.
Aqui e agora e antes nada.
Aqui e agora e depois nada.
CORPO AMNSICO e sem projectos.
Cortar a cadeira dos velhos e o monte onde se v oFUTURO dos novos.
Um CORPO sem cadeira (no h cansao porque antes
no se existiu) e um CORPO sem viso.
Sem viso no h lado onde chegar e sem cadeira no h
stio onde descansar por isso s resta ao corpo danar e
outra vez danar.
(Corpo a quem eliminaram cadeiras e olhos).
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Se
Ter uma gruta no corpo isto uma casa sem porta UMabrigo para onde se possa escapar se o conforto e a
segurana cansarem.
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Duas sugestes
A alma deve encher todos os cantos da casa-corpo e a
alma deve encher todos os cantos da casa-corpo.
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Hoje fui ver o corpo
Cobrir a pele com aquilo que na natureza incerto: o
Musgo, algas, lama, o Corao, a VIDA, o Slido Mole,
o lquido lento.Cobrir o Corpo com aquilo que faz escorregar os
OUTROS: o musgo, algas, lama, o Corao, a vida, o
Slido mole, o lquido lento.
Escorregar no bom nem Mau o Susto de poder descer
ao baixo; ao Minsculo, ao incio da escada.
Escorregar no Corao o mesmo que escorregar nas
algas ou na lama.
Danar e obrigar os outros ao susto; qualquer momento
possibilidade de voltar ao incio, descer Cave,
Biologia, carne.
Obrigar os corpos que veem o corpo que dana a
regressarem Possibilidade imediata de Morte.
- Hoje fui ver o corpo e escorreguei.
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Sobre o verdadeiro milagre
Tapar a luz e os rudos: no deserto que a indstria dos
Milagres comea.
Primeiro ser como o MORTO: MORTO.
Depois como o recm-nascido: aparecer.Aps 40 dias no deserto o corpo aparece.
Porm os 40 dias no deserto no so necessariamente 40
dias nem so necessariamente no deserto.
40 dias no deserto e em jejum, mas no corpo, frente de
todos, dos que veem, dos olhos; e mais: num instante,
imediato, nico, pequeno at.
assim: primeiro mostrar o CORPO que desaparece;
Provocar a espera: os olhos esperam e aguardam o regresso
daquele CORPO.
A espera a suspenso do CORPO sobre o instante que
a vem; todo o corpo inteiro est naquilo que se apresta
a aparecer. assim: no h reservas, no h rgos a pensar
em direco distinta. O corpo que v todo no que a
VEM.
S assim, de resto, se pode acreditar no Milagre.
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O cptico o que nunca todo por inteiro num certo
momento e num certo acontecimento. O p ou qualquer
outro rgo atrs.Em sntese: o corpo deve desaparecer no deserto depois
de se ter mostrado vivo; e em sntese ainda: na espera
vive a possibilidade de aceitar o Milagre o corpo voltou:
o visvel renasceu do invisvel.
Quem dana deve, repito, possuir movimentos que so40 dias no deserto e depois voltar.
No regressar com Milagres, Regressar o Milagre.
No trazer, depois do deserto, nmeros de Magia ( muito
o barulho).
Trazer-se sim MILAGRE.
(O milagre no o Rudo o enorme Rudo Suspenso;
a enorme Suspenso do rudo enorme).
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Esse rudo a que alguns chamam morte
O corpo deve:
a) ser.b) desaparecer (deserto: 40 dias).c) Provocar a espera.d) Reaparecer o Milagre.
(Provocar a enorme suspenso do Rudo enorme).e) acabar.f) agradecer os aplausos.g) deixar que o rudo enorme (a morte quando cai dentrodo corpo provoca o Rudo enorme) deixar que o Rudoenorme se faa l FORA, quando cada CARNE voltou casa(a carne volta a casa quando a memria toda ocupada
pela Morte).L fora, no exterior, nos sofs, no meio do CONFORTO,antes de dormir: o Rudo ENORME.
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Sobre o que fazer com o minsculo
Personagens instaladas no corpo, diferentes personagensinstaladas no corpo, diferentes personagens instaladas emdiferentes partes do corpo.Danar com os dedos teatrais, um para cada lado.Os dedos so personagens.Dez personagens.Os dedos so personagens.Dez personagens.
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Indicaes quase gerais
Danar sendo Universal na aldeia.
A arquitectura dos Msculos treme;
o concerto dos NERVOS e a sinfonia na Direco da
Alma.A bela Arte da Limpeza do Ar e da pele.
Poesia em colaborao com o Invisvel (o corpo Move-
se).
Poesia em colaborao com o Invisvel.
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Planeamento e milagre
Planear Milagres e ensaiar.
Ensaiar Milagres.
Colaborar com deus na coreografia.
O corpo estranho e FUNDO.Ser profundo nos ENSAIOS e mostr-lo depois
superfcie.
SER PROFUNDO no dia da EXIBIO Profunda.
Exibio anterior.
Planear Milagres e ensaiar.
Exibio anterior.
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Os movimentos tm comprimento, altura, profundidade
e o Milagre.
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Biografia e prestgio
a biografia do Movimento deve comear no Equvoco e
TERMINAR no PARADOXO.
Pr Movimentos por entre gravatas, engravatar joelhos:
o quotidiano se LEVITA porque esconde MOTORES.
EVITAR o enforcamento da trajectria com o SALTOMESMO beira do FIM.
Regressar ao infantil: no ter pacincia para as Clulas.
(O corpo impaciente perante o lento crescimento dos
prprios tomos).
O tomo adolescente insuportvel, o tomo velho
LENTO.
No ser insuportvel nem lento.
(o insuportvel o LENTO, o lento insuportvel).
A definio esta: a biografia de cada movimento deve
aumentar o PRESTGIO do Corpo.
Quem dana procura entender o que h para entender,
por isso dana porque procura entender o que h para
entender.
a biografia de cada movimento deve aumentar o
PRESTGIO do CORPO.
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De novo
a biografia de cada movimento deve aumentar o Prestgio
do Corpo.
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Descida rpida
Portanto, em concluso: primeiro objectivo do corpo que
se exibe: mostrar que a metafsica transversal: ela
Atravessa todo o interior do Corpo e prova que o Ausente
o MESMO para todos os rgos.Todo o ausente igual.
O ausente o Divino.
O Visvel Lixo.
Desce at Provocao e PROVOCA.
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Recomendao til
O espao tem de ser sob os ps como o objecto frgil nas
mos do bbado: devemos temer por ele, pela sade das
suas FORMAS.
Cuidado: no partas o ESPAO.Cuidado no inclines demasiado a alma sobre o METRO
quadrado do quotidiano.
O espao tem de ser sob os ps como o objecto frgil
nas mos do bbado.
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F e corpo
Massajar o Corpo com pedaos da Realidade.
Massajar a Realidade com pedaos do Corpo.
O Corpo delicado deve ajudar a descontrair os Msculos
da Realidade.A Cincia j ofereceu o que tinha: TENSO em demasia;
CONTRACES (COLAPSOS) nos stios de
CRUZAMENTO.
O Corpo delicado deve ajudar deus a descontrair-se.
- No Preciso de MILAGRES (a cientfica PROVA do
incientfico), basta-me a F.
O Corpo demonstra a f. Ajudar deus (e a Realidade) a
descontrair-se.
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Contabilidade dupla
Os amantes tm mos a menos.
No amor exibe-se o que FALTA ao CORPO.
No Corpo deve exibir-se o que FALTA (mesmo assim)
ao AMOR.
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Aniversrio dessincronizados
Cada osso e cada movimento tm a intensidade que vem
dos aniversrios.
O osso envelhece e o movimento envelhece.
Se gasto a emoo gasto a emoo.Se gasto o osso gasto o osso.
Se gasto o movimento gasto o movimento.
O aniversrio da trajectria do Msculo pode no
coincidir com a Idade do Portador dos Movimentos.
No corpo possumos Movimentos com idades diferentes
entre eles e entre eles o Corao.
O Movimento A infantil.
O B adolescente.
O C adulto e tem 4 Filhos.
O D velho: av.
No devemos nunca chamar em voz alta o nome do
Msculo ou do Movimento recentemente falecidos.
Os movimentos mortos caem com a queda da
imaginao.
A questo : ARRISCO ou COLECCIONO.
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Coleccionar s coleccionar impossveis.
O Corpo no deve coleccionar seno Centaurosfilhos
de Centauros.
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O punhal
Tocar na carne que nos toca, tocar e ser tocado o mesmo.
Temer o abstracto pois violento;
o PUNHAL pode interromper a Coreografia VIDA mas
o PUNHAL no pode interromper a coreografia-MORTE.
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Lembrana nica
Falar do amor.
A cabea deve SITUAR-SE dentro da realidade com a
cabea cheia de Rapazes ou Raparigas conforme o desejoe a inclinao das razes.
A suspenso do violento leva o Fracoe tudo FRACO
- leva o FRACO at junto do Corao.
A casa quente e todo o exterior nocturno.
ASSUSTAR a parte infantil do Corpo dos outros com a
parte perversa do corpo prprio: o Projecto.
Falar do amor utilizando a impresso digital do Desejo.
Deslocar animais para a casa dos Filsofos.
O Fracoe tudo FRACOquando se aproxima do
Corao torna-se FORTE.
A cabea do bailarino deve situar-se dentro da realidade
com a cabea cheia de Rapazes ou Raparigas conforme o
desejo e a inclinao das razes.
Mas s para lembrar a fraqueza essencial; exclusivamente
para lembrar a fraqueza.
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Extremamente
Extremamente descalo.
Extremamente no decifrvel,
Extramente FUNDO.Extremamente humano e BOTNICO e animal.
Extremamente quase homicdio.
Extremamente obriga a mudar de vida.
Extremamente fundo.
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Exactamente aqui
Prximo do longe, isto : no centro.
Sempre.No sair de C. DAQUI. Hoje.
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Corao e cicatriz
Cicatriz porttil: levar a dor para onde se quer; os ossos
para onde se quer.
Bicho e Pessoa de Repente.Pessoa e Bicho de Repente.
O corpo deve ser por vezes, algumas vezes, uma pedra
nascida do que lento.
OUTRAS vezes no. Depende.
Corao PORTTIL (todos os msculos tm direito a
sentir).
Corao Porttil.
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Gonalo M. Tavares (Luanda, Angola, 1970). Ganhador doPrmio Portugal Telecom em 2007, com o seu romance Jerusalm(Cia das Letras), que faz parte da srie O REINO, junto com A
mquina de Joseph Walser, Um homem: Klaus Klump, eAprender a rezar na era da tcnica. Publicou tambm O homemou tonto ou mulher (Casa da Palavra), gua, co, cavalo,cabea (Caminho) entre outros, e uma srie de senhores quemontam o seu projeto intitulado O BAIRRO: O Senhor Henri, OSenhor Brecht, O Senhor Kraus, O Senhor Juarroz, O Senhor
Valry, etc. O Livro da Dana tem uma edio portuguesa pelaAssrio Alvim, em 2001, e o primeiro livro de Gonalo M.Tavares. Vive em Lisboa, Portugal.