Livro Aprender Mais Portugues Ens Medio5(1)

download Livro Aprender Mais Portugues Ens Medio5(1)

of 56

Transcript of Livro Aprender Mais Portugues Ens Medio5(1)

aprender maisENSINO MDIO

LNGUA PORTUGUESA

9

A

5

W

B

3

Eduardo Henrique Accioly CamposGOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Danilo Jorge de Barros CabralSECRETRIO DE EDUCAO DO ESTADO

Nilton da Mota Silveira FilhoCHEFE DE GABINETE

Margareth Costa ZaponiSECRETRIA EXECUTIVA DE GESTO DE REDE

Ada Maria Monteiro da SilvaSECRETRIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAO

Cantaluce LimaGERENTE DE POLTICAS EDUCACIONAIS DO ENSINO MDIO

Janana ngela da Silva GPEM I SEDE Rosngela Pimenta GPEM I SEDEELABORAO - EQUIPE TCNICA DE ENSINO

APRESENTAO

A Secretaria de Educao, ao assumir o compromisso de assegurar a todos(as) os(as) estudantes o direito educao pblica de qualidade social, vem desenvolvendo um conjunto de aes com vistas melhoria da qualidade do ensino na rede pblica, de forma a garantir o acesso, a permanncia e a terminalidade nos diversos nveis e modalidades de ensino aos que neles ingressem, com resultados bem sucedidos. Nessa direo, uma das prioridades da Secretaria de Educao de Pernambuco oferecer aos(as) estudantes novas oportunidades de ensino e aprendizagens para os que encontram dificuldades nesse processo. com essa compreenso que essa Secretaria elaborou o PROJETO APRENDER MAIS, em consonncia com a LDB 9394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, que estabelece como dever do Estado garantir padres mnimos de qualidade do ensino e a obrigatoriedade de estudos de recuperao, de preferncia paralelos ao perodo letivo, para casos de baixo rendimento escolar, como poltica educacional. O PROJETO APRENDER MAIS visa atender aos (as) estudantes da 4 srie/5 ano, 8 srie/9 ano do Ensino Fundamental e do 3 ano do Ensino Mdio das escolas estaduais que apresentam defasagem e/ou dificuldades de aprendizagens em relao aos contedos ministrados e prescritos no currculo escolar. Sero desenvolvidas aes de reensino, em horrios regulares e em horrios complementares, de forma concomitante aos estudos realizados no cotidiano da escola. Este Caderno contm um conjunto de ORIENTAES TERICO METODOLGICAS visando contribuir com as prticas de docncia, com foco nos descritores/contedos curriculares estabelecidos pela Secretaria de Educao. importante que voc professor (a), ao identificar as dificuldades e possibilidades dos estudantes, organize as atividades pedaggicas desenvolvendo dinmicas de sala de aula que possibilitem ao (a) estudante construir o seu prprio conhecimento. A problematizao de situaes didticas que estimulem a compreenso, interpretao, anlise e sntese das novas aprendizagens, priorizando as diferentes linguagens devem ser desenvolvidas com dinmicas diversificadas, utilizando materiais existentes na escola jogos didticos, revista, livros, DVD e CD, entre outros. Considerando a complexidade desse processo, sabemos que os resultados em um grupo de estudantes no so homogneos. Essa realidade requer trabalhos e atendimentos pedaggicos especficos aos que apresentam dificuldades, de modo a possibilitar o aperfeioamento do desempenho escolar. H estudantes que necessitam de mais tempo ou de outras formas e metodologia para aprender. A Escola tem o papel social de promover todas as formas de ensino para que o (a) estudante desenvolva aprendizagens bem sucedidas, e voc professor (a) desempenha papel primordial como mediador no processo de construo do conhecimento junto ao estudante. importante envolver a famlia do (a) estudante nesse processo uma vez que a educao tarefa de todos. Bom trabalho!DANILO CABRALSecretrio de Educao do Estado

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

ORIENTAES

Neste Guia de Atividades, o professor encontrar um conjunto de sugestes que possibilitem um fazer pedaggico dinmico e interativo, atravs da utilizao de vrios instrumentos e estratgias de ensino. Este material deve auxiliar o trabalho docente, no sentido de levar o estudante do ensino mdio a perceber relaes intertextuais por meio de diferentes linguagens, a compreender como os contedos estudados se manifestam no seu cotidiano, na sociedade e no mundo contemporneo, alm de interpretar e vivenciar situaes que envolvem decises e resolues de problemas. Nosso objetivo com a elaborao deste material subsidiar o professor para trabalhar novas oportunidades de aprendizagens e consolidao dos conhecimentos, nas disciplinas de Lngua Portuguesa e Matemtica luz da Matriz de Referncias do Sistema de Avaliao Educacional de Pernambuco (SAEPE). Dentre as sugestes encontram-se filmes, sites, livros, jogos e atividades didticas com foco na leitura verbal e imagtica, em mtodos especficos de investigao matemtica, na pesquisa interativa que dialogue com as reas de conhecimentos de forma contextualizada e interdisciplinar. Sugerimos tambm, a consulta aos documentos oficiais do currculo escolar, como as Orientaes Terico-Metodolgicas e a Base Curricular Comum, disponibilizados no site desta Secretaria, www.educacao.pe.gov.br no Espao Professor, observando o que estes documentos propem em relao ao ensino de Matemtica e Lngua Portuguesa para o Ensino Mdio. O Projeto APRENDER MAIS reflete a compreenso de que os conhecimentos so apreendidos em processos contnuos, sistemticos e de forma orgnica. E a cada nova oportunidade que a escola oferece o docente e o/a estudante ampliam e fortalecem conhecimentos em uma relao dialtica e dialgica dos/as atores/as nele envolvidos/as. Pretendemos, portanto, que o estudante do ensino mdio tenha novas oportunidades de estudos para superar dificuldades de aprendizagem, consolide conhecimentos previstos nas unidades didticas do 3 ano, assegurando a sua permanncia na escola e concluso da etapa final da Educao Bsica, e vislumbre o prosseguimento nos estudos e possibilidades de insero no mundo do trabalho.

05

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

1. O SAEPE E A MATRIZ DE REFERNCIA DE LNGUA PORTUGUESA O SAEPE um sistema de avaliao criado em 2000 com o objetivo de monitorar o padro de qualidade do ensino e apoiar as iniciativas de promoo da qualidade de oportunidades educacionais. Neste exame so avaliadas as competncias e habilidades na rea de Lngua Portuguesa e Matemtica. Com relao Lngua Portuguesa, a avaliao se baseia na Matriz de Referncia desse componente curricular. O entendimento por parte do professor das competncias e habilidades que devem ser construdas pelo estudante um passo importante na melhoria do processo ensino-aprendizagem. A Matriz apresenta as seguintes habilidades:

MATRIZ DE REFERNCIA SAEPE LNGUA PORTUGUESA 8 SRIE / 9 ANO DO EF E 3 ANO DO EMD6 D7 D8 D9 D10 D11 TPICO I - PRTICAS DE LEITURA Localizar informaao explcita em um texto Inferir informaao em um texto. Inferir o sentido de palavra ou expressao a partir do contexto. Identificar o tema central de um texto. Distinguir fato de opiniao relativa a fato. Interpretar textos nao - verbais e textos que articulam elementos verbais e nao-verbais. TPICO II - IMPLICAOES DO SUPORTE, DO GENERO E/OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSAO DO TEXTO D12 D13 Identificar o genero do texto. Identificar a finalidade de diferentes generos textuais. TPICO III - RELAOES ENTRE TEXTOS Reconhecer semelhanas e/ou diferenas de idias e opinioes na comparaao entre textos que tratem da mesma temtica. TPICO IV - COESAO E COERENCIA Estabelecer relaao de causa e conseqencia entre partes de um texto. Estabelecer relaoes lgico discursivas entre partes de um texto marcadas por conjunoes ou advrbios. Reconhecer as relaoes entre partes de um texto, identificando os recursos coesivos que contribuem para sua continuidade. Identificar a tese de um texto. Reconhecer o conflito gerador e os elementos de uma narrativa. Diferenciar as partes principais das secundrias em um texto. TPICO V - RELAOES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO Identificar efeitos de humor e/ou ironia no texto. Identificar efeitos de sentido decorrente do uso de pontuaao e outras notaoes. Reconhecer o efeito de sentido decorrente do emprego de recursos estilsticos e morfossintticos. Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de palavras, frases ou expressoes. TPICO VI - VARIAAO LINGUSTICA Identificar as marcas lingsticas que evidenciam o locutor e/ou o interlocutor

D14

D16 D17 D18 D19 D21 D27 D22 D23 D24 D25 D26

07

ENSINO MDIO

As competncias que correspondem a estas habilidades so:

DOMNIOAPROPRIAO DO SISTEMA DE ESCRITA

COMPETNCIASIdentifica Letras. Manifesta conscincia fonolgica. L palavras. Localiza informao. Identifica tema. Infere. Identifica gnero, funo e destinatrio de um texto. Estabelece relaes lgico-discursivas. Identifica elementos de um texto narrativo. Estabelece relaes entre textos. Distingue posicionamentos. Identifica marcas lingsticas.

DESCRITORES* D6 D9 D7, D8, D11, D22, D23, D24 e D25 D12 e D13 D16, D17, D18 e D27 D21 D14 D10 e D19 D26

ESTRATGIAS DE LEITURA

PROCESSAMENTO DO TEXTO

* As habilidades relativas a essas competncias so avaliadas nas sries iniciais do Ensino Fundamental

importante saber que a competncia no algo pronto e acabado, mas que vai se construindo constantemente, pois isso d a esta proposta uma grande relevncia, porque ela o avesso de um sistema empenhado na mera transmisso de contedos, que muitas vezes no permitem ao aprendiz analisar; refletir; ter crtica e autocrtica; desenvolver uma argumentao consistente; o discernimento fundamentado; apreciar valores ticos, afetivos e estticos e compreender e expressar os sentidos culturais, cientficos e tecnolgicos em circulao nos grupos sociais. Nessa perspectiva, esperado que as competncias em anlise, leitura e produo das mltiplas linguagens sejam as competncias prioritrias das atividades realizadas na escola. 2. A importncia deste material para uma nova orientao pedaggica As sugestes contidas neste material vo alm da simples apresentao de atividades e indicao de livros, sites e filmes. O objetivo maior oferecer ao professor todo esse conjunto de sugestes com vrios instrumentos de ensino relacionados s habilidades correspondentes ao 3 ano do Ensino Mdio para que ele possa dinamizar suas aulas possibilitando ao estudante construir o seu prprio conhecimento, atravs da problematizao de situaes didticas que promovam a compreenso, interpretao, anlise e sntese das aprendizagens, priorizando as diferentes linguagens. 3. Sugestes de atividades e a identificao das respectivas habilidades envolvidas

08

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

QUESTO 1 Cientistas europeus, americanos e japoneses vo clonar animais extintos h cerca de 15 mil anos e coloc-los em um parque aberto ao pblico. (...) Esse projeto animou outros cientistas a desenvolver simultaneamente um plano alternativo: reunir os descendentes desses animais em diversos parques que funcionaro como unidades de preservao. (...) Essa verso contempornea da Arca de No encontra resistncia entre autoridades de sade pblica, organizaes de defesa dos animais e, quem diria, at ecologistas. Para eles, h riscos de transmisso de doenas, disseminao de pragas e de um desequilbrio ecolgico irreversvel. Isto, 10/5/2006 No trecho de reportagem acima, observa-se que o fato relatado visto (A) com entusiasmo, pela maioria das pessoas (B) com apreenso, por uma parte das pessoas (C) como improvvel, pela maioria das pessoas (D) como engraado, por uma parte das pessoas Descritor: D 7

QUESTO 2 Observe a imagem:

O logotipo acima da rede hoteleira Sun Hill, na Tailndia. Ele trabalha formas que sugerem elementos da paisagem _______________. Os traos dessas formas e os das letras so ________________, evocando a imagem do (a)_______________. Qual a alternativa que completa as lacunas? (A) campestre, arredondados, lua. (B) martima, irregulares, mar. (C) campestre, irregulares, vegetao. (D) martima, arredondados, sol.

Descritor: D11

09

ENSINO MDIO

QUESTO 3 Observe a histria em quadrinhos:

(Fonte: Angeli. Folha de S. Paulo, 25/4/93.)

A disposio das personagens frente a frente e o dilogo demonstram que entre os personagens h (A) aproximao e felicidade. (B) afastamento e ternura. (C) distanciamento e alegria. (D) intimidade e incompreenso. Descritor: D11

10

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

QUESTO 4 Leia: 12 de outubro 12 de outubro de 2001 Dia das Criana Vrias festa espalhada na periferia No Parque Santo Antnio hoje teve uma festa Foi bancada pela irmandade, uma organizao Tavam confeccionando roupa l no Parque Santo Antnio l Lutando Remando contra a mar Mas t l t firme Tinha umas 300 pessoa No, na festa das criana (...) E o moleque era m revolta, vai vendo Moleque revolta E ele tava friozo Jogando bola l, tal Como se nada tivesse acontecido Ali marcou pra ele Talvez ele tenha se transformado numa outra pessoa aquele dia Vai vendo o barato Dia das criana (Racioanais mc's) O rap um gnero de msica popular, em que os versos so declamados rapidamente. A linguagem segue o padro falado predominantemente pelos jovens de periferias urbanas. Na composio acima, os termos destacados indicam uma tendncia dessa variedade lingstica, que (A) marcar uma s palavra para indicar o plural. (B) conjugar o verbo na segunda pessoa. (C) transformar a pronncia lh em i. (D) usar palavras em sentidos figurados. Descritor: D26

11

ENSINO MDIO

QUESTO 5 Leia: 'Causo' de amor Boldrin, paulista de So Joaquim da Barra, criado em Guara, perto de Barretos, tem, digamos, um causo de amor com o Brasil.(Texto adaptado. Fonte: Jornal do Brasil. Caderno B, 27/07/2005)

Observe a palavra causo, empregada no texto. Ela faz parte de uma variante regional da lngua portuguesa, encontrada especialmente no serto brasileiro. No texto, retirado de um jornal, ela aparece entre aspas ('causo') e em itlico (causo). Esse destaque na redao do termo sugere que o autor quer (A) afirmar que ele pertence ao grupo de falantes de uma variante regional. (B) ensinar a forma correta de escrever essa palavra na variante padro culta. (C) abolir o uso dessa expresso nos textos publicados pela imprensa escrita. (D) marcar o uso intencional dessa palavra dentro do texto em norma culta. Descritor: D23

QUESTO 6 Paulo mora em Natal, Ana, em Fortaleza, Carlos, em Teresina. Antes de sair de casa, essas pessoas resolveram consultar o mapa meteorolgico abaixo, publicado em um jornal dirio, para saber se deveriam ou no levar um guarda-chuva.BOA VISTA 33/23 RRAP

MACAP 32/22 MANAUS 32/22 BELM SO LUS 33/23 30/24 MA FORTALEZA 32/23 CE

FERNANDODE NORONHA

30/23

AM

PA

AC

RIO BRANCO 30/21 RO

PORTO VELHO 32/22MT

TERESINA 33/23 PI PALMAS TO 34/23GO BA

NATAL RN 30/24 PB J. PESSOA PE 30/25 AL ARACAJU SE RECIFE 29/20 29/23 MACEI 29/20

CUIAB 33/19 CAMPO GRANDE 30/18

GOINIA 30/19MS PR

BRASLIA 27/18 MG

SALVADOR 29/22

B. HORIZONTE 27/20SP RJ

ES

VITRIA 30/24

CURITIBA 24/15 SCRS

SO PAULO 27/18 FLORIANPOLIS 27/17

RIO DE JANEIRO 31/19

PORTO ALEGRE 27/16

Atmosfera. O tempo nas capitais. Folha de S. Paulo, 13 de maio de 2002.

12

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

De acordo com o mapa, dever usar guarda-chuva (A) apenas Paulo. (B) Paulo e Ana. (C) apenas Carlos. (D) Carlos e Ana. Descritor: D11

QUESTO 7 O pintor Portinari representou em seus quadros muitos problemas sociais do Brasil de sua poca.

O quadro Caf faz uma representao exagerada dos ps e mos dos trabalhadores. Tal exagero cumpre a funo de sugerir que os trabalhadores (A) ganhavam pouco pelos servios prestados. (B) usavam muita fora fsica no trabalho rural. (C) plantavam e colhiam para seu prprio benefcio. (D) eram solidrios na diviso do trabalho. Descritor: D11

13

ENSINO MDIO

QUESTO 8 As crianas do interior do Brasil se vestem de anjos para comparecer s procisses e festas da Igreja Catlica. A pintora Tarsila do Amaral reproduz no quadro Anjos, de 1924, uma dessas cenas onde se vem rostos amorenados, representando, com isso, a

(A) pobreza do mundo religioso. (B) tristeza do povo religioso. (C) mistura de povos no Brasil. (D) variedade de crenas no Brasil. Descritor: D11

Cunhant Vinha do Par Chamava Siqu. Quatro anos. Escurinha. O riso gutural da raa. Pi branca nenhuma corria mais do que ela. Tinha uma cicatriz no meio da testa: Que foi isso Siqu? Com voz de detrs da garganta, a boquinha tura: Minha me (a madrasta) estava costurando Disse vai ver se tem fogo Eu soprei eu soprei eu soprei no vi fogo A ela se levantou e esfregou com minha cabea na brasa Riu, riu, riu

14

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

Urquitua. O ventilador era a coisa que roda. Quando se machucava, dizia: Ai Zizus!BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.

QUESTO 9 Entre as vrias caractersticas da personagem Siqu presentes no poema, h uma que feita por meio de uma comparao, que ocorre no verso: (A) Tinha uma cicatriz no meio da testa. (B) Pi branca nenhuma corria mais do que ela. (C) Com voz de detrs da garganta, a boquinha tura. (D) Quando se machucava, dizia: Ai Zizus! Descritor: D25

QUESTO 10 Quando olhei a terra ardendo Qual fogueira de So Joo Eu perguntei a Deus do cu, ai! Porque tamanha judiao Que braseiro, que fornalha Nem um p de plantao Por falta d'gua perdi meu gado Morreu de sede meu alazoLuiz Gonzaga e Humberto Teixeira, Asa Branca. Cndido Portinari, Retirantes. 1944

O pintor brasileiro Cndido Portinari representa, no quadro Retirantes, uma cena brasileira semelhante ao que expressa a letra da msica Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Essa cena representa o problema (A) da falta d'gua nas plantaes de todo o Brasil. (B) da seca no nordeste brasileiro. (C) do incndio no nordeste brasileiro. (D) do sofrimento de todas as crianas brasileiras Descritor: D11

15

ENSINO MDIO

QUESTO 11 Observe o mapa:Praa do Mar

MAPA 1Rua P eruEq u ad orRua Argentina

Praa do Sol

anrias Avenida C anrias Avenida C Praa do Cu deira Rua Ma

Ru a

Rua Chile

Um policial precisa chegar ao seu local de trabalho, situado na Praa do Mar. Ele est na rua Bolvia e utiliza o caminho assinalado no mapa para chegar a seu destino, passando pelos seguintes pontos: (A) rua Argentina, rua Equador, avenida Canrias e rua da Frana. (B) rua Argentina, rua Peru, avenida Canrias e rua Madeira. (C) avenida Canrias, rua Espanha, rua Madeira e rua Japo. (D) avenida Canrias, rua Japo, rua Madeira e rua Espanha. Descritor: D11

QUESTO 12PO ES DE G COL R HER TIS

Quer uma Internet grtis com mais espao para armazenar suas mensagens? Mude para a Click 21Superinteressante, Edio 194, nov/03 (com adaptaes).

16

RuaRua Ja po

Fran a

spa Rua E

Ru aI i tl a

nha

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

A sentena pode escolher: grtis usada para convencer o leitor de que (A) o produto oferecido gratuitamente, um provedor de Internet, vantajoso para o cliente. (B) o produto oferecido, um provedor de Internet, ocupa pouco espao na memria do computador. (C) o novo cliente ganhar uma mala ao escolher o provedor de Internet anunciado. (D) o novo cliente ganhar uma viagem se optar pelo provedor de Internet anunciado. Descritor: D11

QUESTO 13 Leia e relacione os textos a seguir. TEXTO I O Governo Federal deve promover a incluso digital, pois a falta de acesso s tecnologias digitais acaba por excluir socialmente o cidado, em especial a juventude.(Projeto Casa Brasil de incluso digital comea em 2004. In: MAZZA, Mariana. JB online.)

TEXTO II

Comparando a proposta acima com a charge, pode-se concluir que (A) o conhecimento da tecnologia digital est democratizado no Brasil. (B) a preocupao social preparar quadros para o domnio da informtica. (C) o apelo incluso digital atrai os jovens para o universo da computao. (D) o acesso tecnologia digital est perdido para as comunidades carentes. (E) a dificuldade de acesso ao mundo digital torna o cidado um excludo social. Descritor: D11

17

ENSINO MDIO

QUESTO 14

Pancetti O tema que domina os fragmentos poticos abaixo o mar. Identifique, entre eles, aquele que mais se aproxima do quadro de Pancetti. (A) Os homens e as mulheres adormecidos na praia que nuvens procuram agarrar?(MELO NETO, Joo Cabral de. Marinha. Os melhores poemas. So Paulo: Global, 1985. p. 14.)

(B) Um barco singra o peito rosado do mar. A manh sacode as ondas e os coqueiros.(ESPNOLA, Adriano. Pesca. Beira-sol. Rio de Janeiro: TopBooks, 1997. p. 13.)

(C) Na melancolia de teus olhos Eu sinto a noite se inclinar E ouo as cantigas antigas Do mar.(MORAES, Vincius de. Mar. Antologia potica. 25 ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984. p. 93.)

(D) E olhamos a ilha assinalada pelo gosto de abril que o mar trazia e galgamos nosso sono sobre a areia num barco s de vento e maresia.(SECCHIN, Antnio Carlos. A ilha. Todos os ventos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. p. 148.)

18

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

(E) As ondas vm deitar-se no estertor da praia larga... No vento a vir do mar ouvem-se avisos naufragados... Cabeas coroadas de algas magras e de estrados... Gargantas engolindo grossos goles de gua amarga...(BUENO, Alexei. Maresia. Poesia reunida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003. p. 19.)

Descritor: D11

QUESTO 15Jornal do Brasil, 3 ago. 2005

Tendo em vista a construo da idia de nao no Brasil, o argumento da personagem expressa (A) a formao da identidade regional. (B) a fragilizao do multiculturalismo global. (C) o ressurgimento do fundamentalismo local. (D) o esfacelamento da unidade do territrio nacional. (E) o fortalecimento do separatismo estadual. Descritor: D11

19

ENSINO MDIO

QUESTO 16 Observe as composies a seguir: QUESTO DE PONTUAO(CAULOS. S di quando eu respiro. Porto Alegre: L & PM, 2001.)

Todo mundo aceita que ao homem cabe pontuar a prpria vida: que viva em ponto de exclamao (dizem: tem alma dionisaca); viva em ponto de interrogao (foi filosofia, ora poesia); viva equilibrando-se entre vrgulas e sem pontuao (na poltica): o homem s no aceita do homem que use a s pontuao fatal: que use, na frase que ele vive o inevitvel ponto final.(MELO NETO, Joo Cabral de. Museu de tudo e depois. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.)

Os dois textos acima relacionam a vida a sinais de pontuao, utilizando estes como metforas do comportamento do ser humano e das suas atitudes. A exata correspondncia entre a estrofe da poesia e o quadro do texto Uma Biografia (A) a primeira estrofe e o quarto quadro. (B) a segunda estrofe e o terceiro quadro. (C) a segunda estrofe e o quarto quadro. (D) a segunda estrofe e o quinto quadro. (E) a terceira estrofe e o quinto quadro. Descritor: D11

20

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

QUESTO 17 Cidadezinha qualquer Casas entre bananeiras mulheres entre laranjeiras pomar amor cantar. Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar. Devagar... as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus.ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. In: Poesia

Cidadezinha cheia de graa To pequenina que at causa d! Com seus burricos a pastar na praa... Sua igrejinha de uma torre s... Nuvens que venham, nuvens e asas, No param nunca nem num segundo... E fica a torre, sobre as velhas casas, Fica cismando como vasto o mundo!... Eu que de longe venho perdido, Sem pouso fixo (a triste sina!) Ah, quem me dera ter l nascido! L toda a vida poder morar! Cidadezinha... To pequenina Que toda cabe num s olhar...Mrio Quintana

Ao se escolher uma ilustrao para esses poemas, qual das obras, abaixo, estaria de acordo com o tema neles dominante?Di Cavalcanti

(A)

(B)

(C)

(D)

Manezinho Arajo

(E)

Descritor: D14

21

Guignard

Tarsila do Amaral

Taunay

ENSINO MDIO

QUESTO 18

Cia, In: Folha de So Paulo, 7 jul. 1985, Suplemento Mulher.

O comportamento da personagem Pina no terceiro quadrinho sugere (A) caridade (B) entusiasmo (C) gratido (D) interesse. (E) satisfao. Descritor: D11

QUESTO 19 BARBA RUIVA Aqui est a lagoa de Paranagu, limpa como um espelho e bonita como noiva enfeitada. Espraia-se em quinze quilmetros por cinco de largura, mas no era, tempo antigo, assim grande, poderosa como um brao de mar. Cresceu por encanto, cobrindo mato e caminho, por causa do pecado dos homens. Nas salinas, ponta leste do povoado de Paranagu, vivia uma viva com trs filhas. O Rio Fundo caa numa lagoa pequena no meio da vrzea. Um dia, no se sabe como, a mais moa das filhas da viva adoeceu e ningum atinava com a molstia. Ficou triste e pensativa. Estava esperando menino e o namorado morrera sem ter ocasio de levar a moa ao altar. Chegando o tempo, descansou a moa nos matos e, querendo esconder a vergonha, deitou o filhinho num tacho de cobre e sacudiu-o dentro da lagoa. O tacho desceu e subiu logo, trazido por uma Me D'gua, tremendo de raiva na sua beleza feiticeira. Amaldioou a moa que chorava e mergulhou.

22

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

As guas foram crescendo, subindo e correndo, numa enchente sem fim, dia e noite, alagando, encharcando, atolando, aumentando sem cessar, cumprindo uma ordem misteriosa. Tomou toda a vrzea, passando por cima das carnaubeiras e buritis, dando onda como mar em enchente na lua. Ficou a lagoa encantada, cheia de luzes e de vozes. Ningum podia morar na beira porque, a noite inteira, subia do fundo d'gua um choro de criana nova, como se chamasse a me para amamentar. Ano vai e ano vem, o choro parou e, vez por outra, aparecia um homem moo, airoso, muito claro, menino de manh, com barbas ruivas ao meio dia e barbado de branco ao anoitecer. Muita gente o viu e tem visto. Foge dos homens e procura as mulheres que vo bater roupa. Agarra-as s para abraar e beijar. Depois, corre e pula na lagoa, desaparecendo. Nenhuma mulher bate roupa e toma banho sozinha, com medo do Barba Ruiva. Homem de respeito, doutor formado, tem encontrado o filho da Me D'gua, e perde o uso de razo, horas e horas. Mas, o Barba Ruiva no ofende a ningum. Corre sua sina nas guas da lagoa de Paranagu, perseguindo mulheres e fugindo dos homens. Um dia desencantar. Se uma mulher atirar na cabea dele gua benta e um rosrio indulgenciado. Barba Ruiva pago, e deixa de ser encantado sendo cristo.CASCUDO, Lus Cmara. Lendas Brasileiras. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000. p. 39-40

(...) chegando o tempo, descansou a moa nos matos e, querendo esconder a vergonha, deitou o filhinho num tacho de cobre (...), Esse nascimento foi considerado vergonhoso por causa do(a) (A) doena da moa (B) estado civil da moa (C) maldio da Me-d'gua (D) viuvez da me da moa Descritor: D7

QUESTO 20 TEXTO I Sete anos de pastor Jac servia Labo, pai de Raquel serrana bela, Mas no servia ao pai, servia a ela, Que a ela s por prmio pertendia. Os dias na esperana de um s dia

23

ENSINO MDIO

Passava, contentando-se com v-la: Porm o pai usando de cautela, Em lugar de Raquel lhe dava a Lia.CAMES. Lus. Lrica. 7 Ed. So Paulo Cultrix, 1981. p. 108.

TEXTO II Ora, Labo tinha duas filhas; o nome da mais velha era Lia, e o da mais moa Raquel. 17 Lia tinha os olhos enfermos, enquanto que Raquel era formosa de porte e de semblante. 18 Jac, porquanto amava a Raquel, disse: Sete anos te servirei para ter a Raquel, tua filha mais moa. 19 Respondeu Labo: Melhor que eu a d a ti do que a outro; fica comigo. 20 Assim serviu Jac sete anos por causa de Raquel; e estes lhe pareciam como poucos dias, pelo muito que a amava. Ento Jac disse a Labo: D-me minha mulher, porque o tempo j est cumprido; para que eu a tome por mulher. 22 Reuniu, pois, Labo todos os homens do lugar, e fez um banquete. 23 tarde tomou a Lia, sua filha e a trouxe a Jac, que esteve com ela. 24 E Labo deu sua serva Zilpa por serva a Lia, sua filha. 25 Quando amanheceu, eis que era Lia; pelo que perguntou Jac a Labo: Que isto que me fizeste? Porventura no te servi em troca de Raquel? Por que, ento, me enganaste? 26 Respondeu Labo: No se faz assim em nossa terra; no se d a menor antes da primognita.A Bblia Sagrada. Trad. De Joo Ferreira de Almeida. Gneses Cat. 29, v 16-25 Sa Paulo: Sociedade Bblica do Brasil, 1993.

Podemos afirmar, em relao aos textos, que (A) a atitude de Labo de entregar Lia no lugar de Raquel tem causas distintas nos dois textos. (B) a disputa por Jac entre Raquel e Lia, apresentada como um conflito na narrativa bblica. (C) Jac, trabalhador de Labo, pretendia ganhar um prmio e d-lo a Raquel, conforme texto I. (D) o pai das moas ofereceu Lia por consider-la preparada para o casamento, de acordo com o texto II. (E) o sentimento em realizar os sete anos de trabalho, tanto no texto como no texto II de alegria. Descritor: D14

24

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

QUESTO 21 A PM no limite As crticas so inesgotveis. A violncia cresce assustadoramente. A populao tem medo da polcia que bate, mas ao mesmo tempo reclama da falta de policiais nas ruas. Como no bastasse, esto-se tornando frequentes os casos de policiais envolvidos com o narcotrfico. (...) H um ms presidente do Conselho Nacional dos Comandantes-Gerais, o coronel de 49 anos diz que o combate ao crime depende da mudana na legislao penal e do sistema penitencirio. Ns prendemos, mas, por causa da lei e da falta de presdios, o bandido volta para a rua. (...) ISTO Como o sr. avalia as crticas feitas PM? Melo A PM deveria fazer a preveno. Se voc prende e a pessoa fica presa, um excelente mecanismo de preveno. (...) ISTO As pessoas tm medo da PM. Melo Esse temor da polcia tem um pouco de educacional tambm. Quando voc tem uma atuao dura ou truculenta da polcia ou um desvio de misso no cumprimento da ao, h um reforo do que considero um preconceito. ISTO O sr. acha que os PMs devem continuar tendo o direito de serem julgados por uma Justia prpria, a Justia Militar? Melo Da forma como est ideal. Todo o crime praticado na atividade de polcia hoje julgado na Justia Comum. Os massacres de Eldorado do Carajs e Carandiru esto na Justia comum. So atuaes policiais que no deram certo. A Justia Militar funciona melhor, mais ligeira. Quando o policial comete crime de corrupo, em seis meses o camarada est na rua. No ano passado foram exonerados 727 PMs. Nenhuma instituio no Brasil puniu tanto quanto a nossa. Cad o juiz Nicolau? O nosso amigo Collor, cad ele? A mulher dele que foi condenada, est onde? E os vereadores de So Paulo? Mas os PMs que pisaram na bola, esto todos presos, expulsos, demitidos.Entrevista de Rui Csar Melo Isto, 07/06/2000, n. 1601, p. 7, 10, 11.

As frases interrogativas no final do texto so utilizadas com a finalidade de (A) argumentar a favor da preveno (B) comprovar que os bandidos voltam para a rua (C) defender o julgamento dos PMS pela justia comum (D) provar a ineficcia da Justia comum (E) reafirmar uma exigncia de justia Descritor: D23

25

ENSINO MDIO

QUESTO 22 Em Menor (18 anos) ignorando as dificuldades por que passa todo homem de cor..., os parnteses no trecho destacados foram utilizados para (A) apresentar uma concluso. (B) destacar uma expresso. (C) expressar uma surpresa. (D) indicar a fala da personagem. (E) introduzir comentrio acessrio. Descritor: D23

QUESTO 23

QUINO. Mafalda indita. So Paulo: Martins Fontes, 1993, p. 42.

A respeito da tirinha da Mafalda, correto afirmar que ela (A) gosta do Natal pelo mesmo motivo de sua amiga. (B) pensa em resposta pergunta da amiga. (C) concorda com a forma de pensar de sua amiga. (D) e a amiga tm as mesmas opinies. (E) percebe que a amiga no compreendeu sua fala. Descritor: D11

26

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

QUESTO 24 Leia o texto abaixo. Luciana Ouvindo rumor na porta da frente e os passos conhecidos de tio Severino, Luciana entregou a Maria Jlia as bonecas de pano, ergueu-se estouvada, saiu do corredor, entrou na sala, parou indecisa, esperando que a chamassem. Ningum reparou nela. Papai e mame, no sof, embebiam-se na palavra lenta e fanhosa de tio Severino, homem considervel, senhor da poltrona. Luciana adivinha a considerao: os donos da casa escutavam, moviam a cabea e aprovavam: na cozinha, resmungando, arreliando-se, a criada preparava caf. s vezes na famlia repetia-se um frase que tinha peso de lei. Foi tio Severino quem disse. Ah! E no se acrescentava mais nada. Luciana quis aproximar-se das pessoas grandes, mas lembrou-se do que lhe tinha acontecido na vspera. Mergulhou numa longa meditao. Andara com mame pela cidade, percorrera diversas ruas, satisfeita. Num lugar feio e escorregadio, onde a gua da chuva empoava, resistira, acuara, exigindo que pusessem ali paraleleppedos. Agarrada por um brao, intimada a continuar o passeio, tivera um acesso de desespero, um choro convulso, e cara no cho, sentara-se na lama, esperneando e berrando. Em casa, antes de tirar-lhe a camisa suja, mame lhe infligira trs palmares enrgicas. Por qu? Luciana passara o dia tentando reconciliar-se com o ser poderoso que lhe magoara as ndegas. Agora, na presena da vista, essa criatura forte no anunciava perigo.RAMOS, Graciliano. Luciana In: Contos. 4 serie literria. (Org. Maria Silvia Gonalves). So Paulo: Nacional, 1979. p. 17-21. Fragmento.

Esse texto narrado por (A) Tio Severino. (B) Maria Jlia. (C) Luciana. (D) algum que testemunhou os fatos. (E) algum que est distante dos fatos. Descritor: D21

27

ENSINO MDIO

QUESTO 25 Leia o texto abaixo. Os ndios descobertos pelo Google Earth Duas aldeias de ndios que vivem isolados foram fotografadas pela primeira vez, na fronteira entre o Peru e o Acre. O sertanista Jos Carlos Meirelles, da Funai, havia encontrado ainda em terra vestgios de duas etnias desconhecidas e dos nmades maskos. Rieli Franciscato, outra sertanista da Funai, localizou as coordenadas exatas das malocas pelo Google Earth, programa que fornece mapas por satlite. Meirelles, que procurava os povos havia 20 anos, sobrevoou a rea e avistou os roados e as ocas. O avio assustou a tribo, que nunca teve contato com o homem branco. As mulheres e crianas correram, e os homens tentaram flechar o avio. A explorao de madeira no lado peruano pode ter estimulado a migrao das etnias para o territrio brasileiro.poca, n 524, 02/06/2008, p. 17

Esse texto aborda, prioritariamente, a (A) migrao de ndios peruanos para o Brasil. (B) importao do Google Earth para a Funai. (C) explorao predatria de madeira no Peru. (D) diferena entre ndios e homens brancos. (E) descoberta de novas tribos indgenas. Descritor: D09

QUESTO 26 Leia o texto abaixo. Luciana Ouvindo rumor na porta da frente e os passos conhecidos de tio Severino, Luciana entregou a Maria Jlia as bonecas de pano, ergueu-se estouvada, saiu do corredor, entrou na sala, parou indecisa, esperando que a chamassem. Ningum reparou nela. Papai e mame, no sof, embebiam-se na palavra lenta e fanhosa de tio Severino, homem considervel, senhor da poltrona. Luciana adivinha a considerao: os donos da casa escutavam, moviam a cabea e aprovavam: na cozinha, resmungando, arreliando-se, a criada preparava caf. s vezes na famlia repetia-se um frase que tinha peso de lei. Foi tio Severino quem disse.

28

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

Ah! E no se acrescentava mais nada. Luciana quis aproximar-se das pessoas grandes, mas lembrou-se do que lhe tinha acontecido na vspera. Mergulhou numa longa meditao. Andara com mame pela cidade, percorrera diversas ruas, satisfeita. Num lugar feio e escorregadio, onde a gua da chuva empoava, resistira, acuara, exigindo que pusessem ali paraleleppedos. Agarrada por um brao, intimada a continuar o passeio, tivera um acesso de desespero, um choro convulso, e cara no cho, sentara-se na lama, esperneando e berrando. Em casa, antes de tirar-lhe a camisa suja, mame lhe infligira trs palmares enrgicas. Por qu? Luciana passara o dia tentando reconciliar-se com o ser poderoso que lhe magoara as ndegas. Agora, na presena da vista, essa criatura forte no anunciava perigo.RAMOS, Graciliano. Luciana In: Contos. 4 serie literria. (Org. Maria Silvia Gonalves). So Paulo: Nacional, 1979. p. 17-21. Fragmento

Nesse texto, Luciana entrega as bonecas a Maria Jlia porque (A) o pai no percebera sua presena. (B) o Tio Severino havia chegado. (C) a me lhe infligia umas palmadas. (D) a me conversava com vistas. (E) a amiga no tinha brinquedos. Descritor: D16

QUESTO 27 Leia o texto abaixo. Nesse texto, a figura do corpo humano (A) aponta os danos causados pela ingesto de leite adulterado. (B) enfatiza a importncia da sade do corpo (C) explica a funo dos rgos na digesto. (D) indica a relao existente entre os rgos. (E) localiza os rgos afetados pela ingesto de leite adulterado. Descritor: D11 29

ENSINO MDIO

QUESTO 28 Leia o texto abaixo

QUINO. Mafalda. http://clubedamafalda.blogspot.com/. Acesso em: 08/06/2008

Nesse texto, o efeito de humor obtido pela (A) atitude agressiva do menino. (B) declarao autoritria do menino. (C) fala contraditria. (D) pergunta inicial da menina. (E) postura passiva da menina. Descritor: D22

QUESTO 29 Leia o texto abaixo. Os ndios descobertos pelo Google Earth Duas aldeias de ndios que vivem isolados foram fotografadas pela primeira vez, na fronteira entre o Peru e o Acre. O sertanista Jos Carlos Meirelles, da Funai, havia encontrado ainda em terra vestgios de duas etnias desconhecidas e dos nmades maskos. Rieli Franciscato, outra sertanista da Funai, localizou as coordenadas exatas das malocas pelo Google Earth, programa que fornece mapas por satlite. Meirelles, que procurava os povos havia 20 anos, sobrevoou a rea e avistou os roados e as ocas. O avio assustou a tribo, que nunca teve contato com o homem branco. As mulheres e crianas correram, e os homens tentaram flechar o avio. A explorao de madeira no lado peruano pode ter estimulado a migrao das etnias para o territrio brasileiro.poca, n 524, 02/06/2008, p. 17

30

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

De acordo com esse texto, o primeiro contato entre os ndios descobertos e o homem civilizado despertou nos ndios um sentimento de (A) alegria. (B) dvida. (C) raiva. (D) repulsa. (E) susto. Descritor: D06

QUESTO 30 Leia o texto abaixo. DICAS DE CINEMARosely Morena Porto

Direo: John N. Smith. Buena Vista Internacional Pictures / Jerry Brukheimer Films, 1995.

O filme baseia-se nas memrias de Louanne Jonhson, ex-fuzileira naval que abandona a carreira militar para lecionar em uma escola de periferia. Apesar de sua experincia e treinamento, ela precisa recorrer a mtodos de ensino pouco convencionais para conquistar seus estudantes rebeldes. Assim, ele os ajuda a perceber a importncia do conhecimento e da educao para cada indivduo em sociedade.GV Executivo. V. 6, N.5, P. 97, SET.OUT.2007

Mentes Perigosas. Esse texto uma (A) crnica. (B) propagandista. (C) reportagem. (D) resenha. (E) sinopse. Descritor: D12

31

ENSINO MDIO

O texto abaixo servir de referncia para as questes 31 e 32 Leia o texto abaixo. Memrias Pstumas de Brs Cubas ... Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de ris; nada menos. Meu pai, logo que teve aragem dos onze contos, sobressaltou-se deveras; achou que o caso excedia as raias de um capricho juvenil. - Dessa vez, disse ele, vais para a Europa, vais cursar uma Universidade provavelmente Coimbra; quero-te para homem srio e no para arruador ou gatuno. E como eu fizesse um gesto de espanto: - Gatuno,. Sim senhor, no outra coisa um filho que me faz isto... Sacou da algibeira os meus ttulos de dvida, j resgatados por ele e sacudiu -mos na cara. - Vs, peralta? assim que um moo deve zelar o nome dos seus? Pensas que eu e meus avs ganhamos o dinheiro em casa de jogo ou a vadiar pelas ruas? Pelintra? Desta vez ou tomas juzo, ou ficas sem coisa nenhuma. Estava furioso, mas de um furor temperado e curto. Eu ouvi-o calado, e nada opus ordem da viagem, como de outras vezes fizera; ruminava a de levar Marcela comigo. Fui ter com ela; expus-lhe a crise e fiz-lhe a proposta. Marcela ouviu-me com os olhos no ar, sem responder logo; como insistisse, disse-me que ficava, que no podia ir para a Europa...ASSIS, Machado de. Memrias pstumas de Brs Cubas. 18. ed. So Paulo: tica. 1992, p 44. Fragmento.

QUESTO 31 Nesse texto, h a presena de ironia quando (A) a personagem diz que a mulher o amou apenas pelo dinheiro. (B) a possibilidade de estudar fora passa a ameaar sua vida. (C) a amada recusou-se em ir com ele para a cidade de Coimbra. (D) pai disse-lhe que no pagaria mais as suas dvidas de jogo. (E) o rapaz ouve o pai e no contesta sua ordem. Descritor: D22

32

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

QUESTO 32 No trecho Gatuno, sim senhor, no outra coisa um filho que me faz isto..., a palavra destacada foi empregada para (A) Deixar claro a ameaa feita ao filho. (B) Explicar ao filho que sabia das dvidas. (C) Evidenciar a ao criminosa do filho. (D) Fazer valer a autoridade advinda do dinheiro. (E) Ressaltar o desprezo do pai pelo filho. Descritor: D25 Vendo e Aprendendo... Ao considerarmos os conhecimentos e saberes contidos nos filmes, transcendemos o uso do cinema e do audiovisual como ilustrao, motivao e exemplo. Como uma ferramenta educacional, o cinema percorre algumas etapas: impresso da realidade, identificao e interpretao. Vale salientar, a forma de aplicao desse recurso. Ou seja, de que maneira o professor pode orientar a ao dos alunos para que sejam atingidos os melhores resultados possveis. Segundo os PCN+, a atividade com filmes ou com televiso um excelente meio de desenvolver a competncia de ... reconhecer recursos expressivos das linguagens. Relacionar textos e seus contextos pela mediao da organizao estrutural lingstica e pelo uso de recursos expressivos da linguagem verbal, oral ou escrita. Esta competncia implica compreender que intenes comunicativas presidem a escolha de diferentes registros, do uso de grias, da norma culta ou de variaes dialetais. (BRASIL, PCN+, 2001, p.96) Nesse sentido, cabe a recomendao de um planejamento, atravs do qual o educador tenha clareza quanto aos objetivos relativos utilizao do filme; quais as habilidades sero estudadas com o uso desse recurso; se a produo ser utilizada na ntegra ou apenas alguns trechos da mesma (e quais seriam, nesse caso, as seqncias selecionadas); qual a relao entre o filme e as competncias que esto sendo construdas naquela situao de aprendizagem; que elementos principais devem ser destacados antes, durante e depois da apresentao da pelcula; e, obviamente, as atividades que sero realizadas em funo da utilizao do filme.

33

ENSINO MDIO

Sugesto de filmes Os filmes abaixo possibilitam vrias atividades envolvendo diferentes descritores. Os principais so o D6,D7,D8,D9,D10,D11,D12,D14, D16, D21, D27 e D25.

NARRADORES DE JAV

Gnero: Drama Tempo de Durao: 100 minutos Ano de Lanamento (Brasil): 2003 Direo: Eliane Caff

Somente uma ameaa prpria existncia pode mudar a rotina dos habitantes do pequeno vilarejo de Jav. a que eles se deparam com o anncio de que a cidade pode desaparecer sob as guas de uma enorme usina hidreltrica. Em resposta notcia devastadora, a comunidade adota uma ousada estratgia: decide preparar um documento contando todos os grandes acontecimentos hericos de sua histria, para que Jav possa escapar da destruio. Como a maioria dos moradores so analfabetos, a primeira tarefa encontrar algum que possa escrever as histrias.

O CARTEIRO E O POETA

Gnero: Romance Tempo de Durao: 109 minutos Ano de Lanamento (Itlia): 1994 Direo: Michael Radford

Numa remota ilha do Mediterrneo, Mrio Ruoppolo, um tmido e simplrio filho de pescadores contratado para entregar cartas ao poeta Pablo Neruda. Com o incio da amizade entre os dois, Mrio pede ajuda a Neruda para aprender a usar melhor as palavras e conquistar o corao de uma belssima mulher. O desejo de dominar as palavras faz com que Mrio reaprende a olhar o mundo em que vive, reconhecendo a poesia em uma natureza que lhe muito familiar.

34

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

QUANTO VALE OU POR QUILO?

Gnero: Drama Tempo de Durao: 104 minutos Ano de Lanamento (Brasil): 2005 Direo: Srgio Bianchi

Uma analogia entre o antigo comrcio de escravos e a atual explorao da misria pelo marketing social, que forma uma solidariedade de fachada. No sculo XVII um capito-do-mato captura uma escrava fugitiva, que est grvida. Aps entreg-la ao seu dono e receber sua recompensa, a escrava aborta o filho que espera. Nos dias atuais uma ONG implanta o projeto Informtica na Periferia em uma comunidade carente. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, precisa agora ser eliminada. Candinho, um jovem desempregado cuja esposa est grvida, torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver.

ENCONTRANDO FORRESTER

Gnero: Drama Tempo de Durao: 135 minutos Ano de Lanamento (EUA): 2000 Direo: Gus Van Sant

O encontro de um jovem negro com um famoso escritor de um s romance que o ajuda a aprimorar sua escrita. Os dois iniciam uma relao tensa que depois se transforma em amizade e respeito. Os textos produzidos pelo jovem a partir do contato com o escritor suscitam a desconfiana do seu professor de literatura desvendando os esteretipos associados imagem dos negros presentes naquela escola.

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA

Gnero: Drama Tempo de Durao: 120 minutos Ano de Lanamento (Brasil / Canad / Japo): 2008 Direo: Fernando Meirelles

Uma indita e inexplicvel epidemia de cegueira atinge uma cidade. Chamada de "cegueira branca", j que as pessoas atingidas apenas passam a ver uma superfcie leitosa, a doena surge inicialmente em um homem no trnsito e, pouco a pouco, se espalha pelo pas. medida que os afetados so colocados em quarentena e os servios oferecidos pelo Estado comeam a falhar as pessoas passam a lutar por suas necessidades bsicas, expondo seus

35

ENSINO MDIO

instintos primrios. Nesta situao a nica pessoa que ainda consegue enxergar a mulher de um mdico (Julianne Moore), que juntamente com um grupo de internos tenta encontrar a humanidade perdida.

O JARDINEIRO FIEL

Gnero: Drama Tempo de Durao: 129 minutos Ano de Lanamento (EUA): 2005 Direo: Fernando Meirelles

Baseado na obra do escritor John Le Carr, um diplomata ingls no Qunia tenta desvendar a morte de sua mulher, ativista dos direitos humanos. Durante esse processo, ele descobre que ela era alvo em potencial da indstria farmacutica, que usa cobaias humanas naquele pas.

RAZO E SENSIBILIDADE

Gnero: Drama Tempo de Durao: 135 minutos Ano de Lanamento (Inglaterra): 1995 Direo: Ang Lee

Essa adaptao para o cinema do romance da inglesa Jane Austen um bom exemplo para observar a literatura como expresso de uma poca. Na Inglaterra do incio do sculo XIX, a morte de um Lord deixa sua esposa e as trs filhas em dificuldades, j que a lei determina que todos os bens sejam herdados pelo filho homem. Em uma sociedade que s admitia para as mulheres o papel de esposa, caba a prtica e racional Elinor Dashwood a difcil tarefa de encontrar meios de garantir uma sobrevivncia digna para a me e as irms.

OS MISERVEIS

Gnero: Drama Tempo de Durao: 131 minutos Ano de Lanamento (EUA): 1998 Direo: Billie August

Adaptao de Hollywood para o romance de Victor Hugo. O bem enfrenta o mal em uma tpica relao romntica. O cenrio instigante do filme o das atividades revolucionrias de 1832. Jean Valjean o heri construdo a partir de caractersticas rebeldes. Solitrio e corajoso torna-se um homem bem-sucedido depois de ter passado 19 anos preso por roubar po. O

36

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

conflito se estabelece com a presena do chefe da polcia, ex-carcereiro de Valjean, que parece ter como nico objetivo na carreira o desmascaramento do seu antigo prisioneiro, que agora leva uma vida exemplar. O drama estabelecido no enredo responsabiliza a justia e outras instituies pelas desigualdades sociais.

O PAGADOR DE PROMESSAS

Gnero: Drama Tempo de Durao: 95 minutos Ano de Lanamento (Brasil): 1962 Direo: Anselmo Duarte

Z do Burro um simplrio lavrador de uma famlia de posseiros que luta contra os latifundirios rurais, cujo principal representante Tio Gadelha. Porm o ingnuo Z alheio a esses conflitos e vive num mundo parte com seu fiel companheiro, um burro chamado Nicolau - razo de seu apelido, Z do Burro. Vtima de um acidente, o burro Nicolau fica beira da morte, e Z faz uma promessa a Santa Brbara para que ela salve o animal. O pagamento carregar uma pesada cruz de sua roa em Monte Santo, interior baiano, at a igreja de Santa Brbara em Salvador. Nas escadarias da igreja, com os ombros feridos, o conflito maior deflagrado a partir da incompreenso do Padre Olavo, religioso conservador que no consegue entender a pureza da proposta. A promessa havia sido feita num ritual de candombl para Ians, a Santa Brbara da igreja catlica. Furioso, o padre tranca a porta da igreja e acusa o lavrador de heresia. Aos poucos, porm, Z do Burro cativa a populao e sua insistncia vai elevando a tenso at um confronto com a polcia, bem no meio dos barulhentos festejos em homenagem santa. No seu insano calvrio, Z do Burro v sua bela mulher, Rosa, ser seduzida pelo esperto gigol Bonito. Fascinada pelo cafeto, Rosa ainda enfrenta o dio da prostituta Marli. Para completar a teia de confuses, Z torna-se vtima das manipulaes de Aderbal, um jornalista que o transforma num mstico revolucionrio, dando promessa do peregrino uma conotao poltica.

A RAINHA MARGOT

Gnero: Drama Tempo de Durao: 136 minutos Ano de Lanamento (Frana): 1994 Direo: Patrice Chreau

Ambientado em 1572, o filme tem como cenrio o conflito entre protestantes e catlicos na Frana. O clmax do enredo se d quando a famlia Mdici qual pertence a protagonista promove um massacre de protestantes nas ruas de Paris no episdio que ficou conhecido como a Noite de So Bartolomeu. Todos os elementos do filme vesturios, msica, cenrios, cerimoniais religiosos - e o comportamento da aristocracia

37

ENSINO MDIO

entre a Reforma Protestante e a Contra-reforma catlica oferecem uma excelente ilustrao para os estudos do pensamento rebuscado do Barroco.

MEMRIAS PSTUMAS

Gnero: Drama Tempo de Durao: 101 minutos Ano de Lanamento (Brasil): 2001 Direo: Andr Klotzel

Aps ter morrido, em pleno ano de 1869, Brs Cubas (Reginaldo Faria) decide por narrar sua histria e revisitar os fatos mais importantes de sua vida, a fim de se distrair na eternidade. A partir de ento ele relembra de amigos como Quincas Borba (Marcos Caruso), de sua displicente formao acadmica em Portugal, dos amores de sua vida e ainda do privilgio que teve de nunca ter precisado trabalhar em sua vida.

O CONDE DE MONTE CRISTO

Gnero: Drama Tempo de Durao: 131 minutos Ano de Lanamento (EUA): 2002 Direo: Kevin Reynolds

O Conde de Monte Cristo a clssica histria de Alexandre Dumas sobre um jovem inocente que erroneamente, mas deliberadamente, preso, e de sua brilhante estratgia para se vingar daqueles que o traram. O jovem e destemido marinheiro Edmond Dantes (JIM CAVIEZEL) um rapaz honesto e sincero, cuja vida pacfica e planos de se casar com a linda Mercedes (DAGMARA DOMINCZYK) so abruptamente destrudos quando Fernand (GUY PEARCE), seu melhor amigo, que deseja Mercedes para ele, o trai. Com uma sentena fraudulenta para cumprir na infame priso da ilha do Castelo de If, Edmond se v aprisionado em um pesadelo que dura 13 anos. Assombrado pelo curso que tomou sua vida, com o passar do tempo ele abandona tudo que sempre acreditou sobre o que certo e errado, e se consume por pensamentos de vingana contra aqueles que o traram. Com a ajuda de outro preso (RICHARD HARRIS), Dantes planeja e bem-sucedido em sua misso de escapar da priso e se transforma no misterioso e riqussimo Conde de Monte Cristo. Com uma astcia cruel, ele se envolve com a nobreza francesa e sistematicamente destri os homens que o manipularam e o aprisionaram. O filme focaliza o desejo de vingana e a importncia do conhecimento para a concretizao dos planos do protagonista.

38

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

AGORA OU NUNCA

Gnero: Drama Tempo de Durao: 128 minutos Ano de Lanamento (Inglaterra): 2002 Direo: Mike Leigh

O filme narra a histria de uma famlia de camada popular inglesa, que vive em uma espcie de conjunto educacional cercada de famlias semelhantes. O ambiente hostil, opressivo e deprimente o cenrio em que a vida dessas pessoas so apresentadas, marcadas pelas dificuldades financeiras e pela falta de perspectiva. As personagens so faxineiras, motoristas de txi, garonetes e desempregados que, na luta pela sobrevivncia, vem-se mergulhados no vrtice de apatia, desesperana e agressividade constante. o meio determinando a relao entre as pessoas e a vida, num retrato atual de um ambiente degradante e miservel, como aquele descrito por Alusio de Azevedo em O cortio.

E A, MEU IRMO, CAD VOC?

Gnero: Comdia Tempo de Durao: 107 minutos Ano de Lanamento (EUA): 2000 Direo: Joel Coen

Em plena Era da Depresso Americana, um trio de foragidos da priso parte na aventura de suas vidas, buscando retornar aos seus lares e escapar de um policial que pretende prend-los novamente. Vrios indcios caracterizam esse filme como uma releitura do poema de Homero: o nome do protagonista: Ulisses e de sua esposa (Penny, uma clara aluso a Penlope), o local para o qual ele retorna (taca, uma cidade localizada no estado de Nova York) e at um vendedor de bblias com cara de ciclope.

PROPOSTA INDECENTE

Gnero: Drama Tempo de Durao: 117 minutos Ano de Lanamento (EUA): 1993 Direo: Adrian Lyne

Com algumas modificaes, o drama vivido por Seixas e Aurlia, no clssico Senhora, de Jos de Alencar, retomado mais de um sculo depois nesse filme. Um casal aceita a proposta de que a esposa passe uma noite um bilionrio em troca de um milho de dlares. Tal qual na obra de Alencar, o dinheiro pes fim s relaes do casal e o amor s possvel novamente quando livre de qualquer outro tipo de interesse que no o amoroso.

39

ENSINO MDIO

ABRIL DESPEDAADO

Gnero: Drama Tempo de Durao: 105 minutos Ano de Lanamento (Brasil): 2001 Direo: Walter Salles

Em abril de 1910, na geografia desrtica do serto brasileiro vive Tonho (Rodrigo Santoro) e sua famlia. Tonho vive atualmente uma grande dvida, pois ao mesmo tempo em que impelido por seu pai (Jos Dumont) para vingar a morte de seu irmo mais velho, assassinado por uma famlia rival, sabe que caso se vingue ser perseguido e ter pouco tempo de vida. Angustiado pela perspectiva da morte, Tonho passa ento a questionar a lgica da violncia e da tradio.

ZUZU ANGEL

Gnero: Drama Tempo de Durao: 110 minutos Ano de Lanamento (Brasil): 2006 Direo: Srgio Rezende

Brasil, anos 60. A ditadura militar faz o pas mergulhar em um dos momentos mais negros de sua histria. Alheia a tudo isto, Zuzu Angel (Patrcia Pillar), uma estilista de modas, fica cada vez mais famosa no Brasil e no exterior. O desfile da sua coleo em Nova York consolidou sua carreira, que estava em ascenso. Paralelamente seu filho, Stuart (Daniel de Oliveira), ingressa na luta armada, que combatia as arbitrariedades dos militares. As diferenas ideolgicas entre me e filho eram profundas. Ela uma empresria, ele lutando pela revoluo socialista. Numa noite Zuzu recebe uma ligao, dizendo que Stuart tinha sido preso pelos militares. As foras armadas negam e Zuzu visita uma priso militar e nada acha, mas viu que as celas estavam to bem arrumadas que aquilo s podia ser um teatro orquestrado pela ditadura. Pouco tempo depois ela recebe uma carta dizendo que Stuart foi torturado at a morte na aeronutica. Ento ela inicia uma batalha aparentemente simples: localizar o corpo do filho e enterr-lo, mas os militares continuam fazendo seu teatro e at "inocentam" Stuart por falta de provas, apesar de j o terem executado. Zuzu vai se tornando uma figura cada vez mais incmoda para a ditadura e ela escreve que no descarta de forma nenhuma a chance de ser morta em um "acidente" ou "assalto".

40

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

TOMATES VERDES FRITOS

Gnero: Drama Tempo de Durao: 124 minutos Ano de Lanamento (EUA / Inglaterra): 1991 Direo: Jon Avnet

Evelyn Couch (Kathy Bates) uma dona de casa emocionalmente reprimida, que habitualmente afoga suas mgoas comendo doces. Ed (Gailard Srtain), o marido dela, quase no nota a existncia de Evelyn. Toda semana eles vo visitar uma tia em um hospital, mas a parente nunca permite que Evelyn entre no seu quarto. Em uma ocasio, enquanto ela espera que Ed termine sua visita, Evelyn conhece Ninny Threadgoode (Jessica Tandy), uma debilitada, mas gentil senhora de 83 anos, que ama contar histrias. Atravs das semanas, ela faz relatos que esto centrados em duas jovens, Idgie (Mary Stuart Masterson) e Ruth Jamison (MaryLouise Parker), que provocam a ira dos cidados menos tolerantes de Whistle Stop. Mas elas fazem um tomate frito que conhecido como uma iguaria por todos da regio. Assim, cativam at os mais hostis, como tambm a senhora Evelyn Couch, que ouve a histria e a partir de ento resolve mudar algumas coisas em sua vida.

O ALEIJADINHO

Gnero: Drama Durao: 100 min. Ano de Lanamento (Brasil): 2000 Direo: Geraldo Santos Pereira

Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, tomou-se artista famoso com suas esculturas dos Profetas e igrejas inteiras de Ouro Preto e outras cidades brasileiras durante o sculo XVIII, mas uma doena misteriosa destruiu seus dedos, mos, braos e tirou sua vida. Um professor e historiador procura pela nora viva de Aleijadinho, falecido em 1814. A histria narrada em forma de flash-back desde o nascimento, infncia, juventude, formao artstica e cultural at a vida apaixonada e gloriosa.

ESCRITORES DA LIBERDADE

Gnero: Drama Tempo de Durao: 122 minutos Ano de Lanamento (Alemanha/EUA): 2007 Direo: Richard LaGravenese

O filme conta uma instigante histria, envolvendo adolescentes criados no meio de tiroteios e agressividade, e a professora que oferece o que eles mais precisam: uma voz prpria.

41

ENSINO MDIO

Quando vai parar numa escola corrompida pela violncia e tenso racial, a professora Erin Gruwell combate um sistema deficiente, lutando para que a sala de aula faa a diferena na vida dos estudantes. Agora, contando suas prprias histrias, e ouvindo as dos outros, uma turma de adolescentes supostamente indomveis vai descobrir o poder da tolerncia, recuperar suas vidas desfeitas e mudar seu mundo. Com eletrizantes performances de um elenco de astros, incluindo Scott Glenn (Dia de Treinamento), Imelda Stauton (Harry Potter e a Ordem da Fnix) e Patrick Dempsey (Grey's Anatomy), ganhador do Globo de Ouro. Escritores da Liberdade basedo no aclamado best-seller O Dirio dos Escritores da Liberdade.

DUELO DE TITS

Gnero: Drama Tempo de Durao: 113 minutos Ano de Lanamento (EUA): 2000 Direo: Boaz Yakin

Nos anos 70, numa cidade da Virgnia, a justia determinou que as escolas deveriam promover a integrao entre brancos e negros. Cumprindo a norma, a escola T.C. Williams substituiu o treinador de futebol americano Bill Yoast, branco, por Herman Boone, negro. Alm de no ser bem recebido, o novo treinador tem que lidar com jovens que esto juntos pela primeira vez e que, por preconceito racial, no se do bem. Mais do que o esporte, o racismo o maior desafio que Boone enfrenta para levar o time adiante.

COM MRITO

Gnero: Comdia Tempo de durao: 103 minutos Ano de Lanamento (EUA): 2001 Direo: Alek Keshian

Monty um estudante de Harvard prestes a se formar. Quando seu computador quebra, ele fica apenas com uma cpia impressa de seu trabalho de graduao e corre pra tirar uma cpia, mas tropea e o calhamao cai no poro de um prdio. Ali se abriga o mendigo Simon, que pega o trabalho e chantagea Monty: para cada pgina do trabalho, ele quer um dia de casa e comida. E assim Monty e seus companheiros de repblica so forados a conviver com Simon, um relacionamento que aos poucos se transforma em amizade. O mendigo est doente, teme morrer logo e comea a rever os erros de sua vida. E pode no ser culto, mas capaz de ensinar algumas coisas sobre a vida para estes estudantes de Harvard.

42

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

O AMOR CONTAGIOSO

Gnero: Drama Tempo de Durao: 114 minutos Ano de Lanamento (EUA): 1998 Direo: Tom Shadyac

Em 1969, aps tentar se suicidar, Hunter Adams voluntariamente se interna em um sanatrio. Ao ajudar outros internos, descobre que deseja ser mdico, para poder ajudar as pessoas. Deste modo, sai da instituio e entra na faculdade de medicina. Seus mtodos poucos convencionais causam inicialmente espanto, mas aos poucos vai conquistando todos, com exceo do reitor, que quer arrumar um motivo para expuls-lo, apesar de ele ser o primeiro da turma.

NAVEGAR PRECISO... As transformaes contemporneas ampliam o conceito de educao. A era digital exige uma educao que inclua o domnio das mdias digitais para aprender e ensinar. No entanto, no basta introduzir na escola o computador e aceit-lo como mais um instrumento (PRETTO, 1996). preciso que o acesso ao mundo digital possibilite a apropriao de saberes e que o uso das Novas Tecnologias da Informao e Comunicao NTICs estimulem professores e estudantes a desenvolverem outras habilidades intelectuais uma vez que, na linguagem digital, a estrutura organizacional dos textos tambm muda. Alm do domnio do escrito, necessrio ler e escrever imagens e sons que compem a comunicao audiovisual, ou seja, apropriar-se dos elementos que constituem a linguagem digital. Ensinar utilizando sites pressupe uma atitude pedaggica diferente da convencional suscitando outra percepo de texto, de leitura de aprendizagem e de ensinagem. O professor no o "informador", o que centraliza a informao. A informao est em inmeros bancos de dados, em revistas, livros, textos, endereos de todo o mundo. Ao indicar sites, o educador no impe; acompanha, sugere, incentiva, questiona, aprende junto com o aluno. papel de a escola explorar as possibilidades de aprendizagem do mundo digital e, dentre elas, a internet, tecnologia que facilita a motivao dos alunos pelas possibilidades inesgotveis de interao, diverso e pesquisa que o ciberespao oferece. A comunicao com as mais diversas pessoas, a possibilidade de publicao das produes, o acesso a diversos saberes fora da limitao do espao geogrfico, o desenvolvimento de habilidades cognitivas voltadas para a decodificao de imagens e sons so algumas possibilidades que podem ampliar o universo do trabalho pedaggico. Nessa perspectiva, cabe ao professor, utilizar as TIC a partir da realidade em que est inserido e do Projeto Poltico Pedaggico construdo. Vale destacar que o uso que se fizer dessas ferramentas que far a diferena. H uma ligao em tudo... e, nessa teia, tudo o que fizer ao tecido far a si mesmo...

43

ENSINO MDIO

Sugesto de sites Biblioteca Virtual da Educao http://bve.cibec.inep.gov.br/biblio.htm Clicando nos hyperlinks desta pgina (avaliao, estatstica, tipologia, outros temas), encontram-se subcategorias que levam a endereos virtuais relacionados ao assunto procurado. Biblioteca Virtual da Escola do Futuro http://www.bibvirt.futuro.usp.br Acervo da biblioteca virtual da Escola do Futuro (USP), onde so encontrados obras literrias e materiais didticos, paradidticos e audiovisuais para serem apreciados ou utilizados em sala de aula. Fundao Biblioteca Nacional http://www.bn.br Composto pelas seguintes categorias: bibliotecas pblicas, livro, leitura, catlogos online, acervo digital, exposies virtuais, intercmbio de publicaes, entre outras. Esto disponveis ainda as leis que regulamentam o direito autoral e o ISBN. De Carona com a Poesia www.moderna.com.br/moderna/literatura Site dirigido aos alunos do Ensino Mdio. A partir da leitura de poemas de autores como Castro Alves, Mrio de Andrade, Ferreira Gullar e Mrio Quintana, oferece uma srie de atividades, como a participao em um frum no qual os jovens podem dar sua opinio sobre o texto, dicas para uma reflexo sobre o poema, biografia e bibliografia do poeta. Na seo 'Aluno no entra' esto dicas de trabalho para os professores. Em 'Criao literria', professor e alunos podem saber mais sobre poesia e os principais recursos de linguagem utilizados pelos autores, alm de dicas para a leitura de poemas.

Nossa Lngua Portuguesa. Programa Al Escola da TV Cultura. http://www.tvcultura.com.br/aloescola/linguaportuguesa/index.htm Com base em anlises de textos, filmes publicitrios, histrias em quadrinhos, poemas e letras de msica, feitas pelo prof. Pasquale Cipro Neto, esta pgina aborda os seguintes temas: variantes lingsticas, fonologia, ortografia, acentuao, morfologia, sintaxe, estilstica, significao das palavras e outros casos da Lngua Portuguesa. Ponto com Poesia. Programa Al Escola da TV Cultura. http://www.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/poesias/index.htm Coletnea de poemas e canes da MPB de autores e perodos diversos. Cada texto seguido de breve anlise, literria e gramatical, que aponta interessantes caminhos para apreciar a poesia.

44

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

Literatura. Programa Al Escola da TV Cultura. http://www.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/index.htm So apresentadas vida e obra de autores consagrados na literatura brasileira. Gramtica e Literatura em Lngua Portuguesa http://www.10emtudo.com.br/portugues_1.asp Dispe de conceitos, exemplos e exerccios sobre os tpicos estudados no Ensino Mdio em Gramtica e Literatura brasileira e portuguesa. Apresenta tambm resumos e anlises de obras literrias. Interpretao de Texto http://www.10emtudo.com.br/redacao _interpretacao_de_texto_1.asp Oferece sugestes para interpretao de textos em Lngua Portuguesa. Encontro com autores - literatura juvenil http://www.edukbr.com.br/leituraeescrita/marco02/jautores.asp Contm biografia, entrevistas e textos do autor homenageado no ms. Alm disso, traz uma brincadeira relacionada a personagens de histrias conhecidas e sugestes de atividades para os professores interessados em abordar o tema. Sua lngua http://educaterra.terra.com.br/sualingua/ Traz lies de gramtica, expresses latinas, formas corretas de escrever, testes, artigos e curiosidades da Lngua Portuguesa. Educaterra Contedo com os vrios movimentos e perodos importantes da Literatura Brasileira, do barroco aos autores contemporneos. http://www.terra.com.br/literatura/index.htm Destaca-se no endereo a aula virtual de Literatura: http://www.terra.com.br/literatura/aulavirtual/aulavirtual_ja.htm Releituras http://www.releituras.com Site voltado para a apresentao de textos variados de escritores diversos. Textos dos maiores nomes da poesia brasileira podem ser encontrados aqui. TV Cultura http://www.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/poesias Site da TV Cultura com uma pequena coletnea de poemas e letras de canes da MPB de pocas e autores diversos. H uma breve anlise dos aspectos mais significativos dos textos poticos transcritos.

45

ENSINO MDIO

Terra http://paginas.terra.com.br/arte/dramatis/divina.htm Site com imagens produzidas por grandes artistas a partir de personagens da literatura. Destaque para os maravilhosos quadros, produzidos por diferentes artistas, inspirados em A divina comdia de Dante Alighieri. H tambm vrias pinturas retratando o autor italiano e uma sntese de sua obra prima. Nave da palavra http://www.navedapalavra.com.br uma revista eletrnica especializada em literatura. Alm de oferecer o Sermo da sexagsima na ntegra, o site apresenta uma srie de outros importantes textos literrios da lngua portuguesa. H tambm vrias anlises realizadas por especialistas, alm de resenhas, resumos, artigos e uma seo dedicada aos principais vestibulares do pas. Movimento http://www.movimento.com Site que trata de toda a histria da msica (na pgina principal, d um clique em Biblioteca e depois em Histria da Msica Ocidental) e mostra-se bastante til para quem quer, ao estudar a literatura de uma determinada poca, conhecer a msica de um determinado perodo. Com uma linguagem agradvel e acessvel, permite a aproximao com outra rea de manifestao artstica, uma boa maneira de tomar contato com as caractersticas de certo perodo. Museu do ndio http://www.museudoindio.org.br Site do Museu do ndio, sob responsabilidade da Funai. De fcil navegao, o site propicia acesso a informaes variadas: msica, artigos, ensaios, imagens, entre outros links que conduzem realidade contempornea e histrica dos povos indgenas do Brasil. Casa da Cultura da Mulher Negra http://www.casadaculturadamulhernegra.com.br Site da Organizao poltica de mulheres negras que tem por misso institucional o combate ao racismo, ao sexismo e valorizao e promoo das mulheres negras em particular e da comunidade em geral. Ceert http://www.ceert.org.br Organizao no governamental que realiza estudos e pesquisas sobre relaes raciais no Brasil. Ita Cultural http://www.itaucultural.com.br Destaque para a enciclopdia de artes visuais, com a reproduo de obras primas da arte brasileira e uma opo que permite navegar entre os marcos da arte brasileira.

46

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

Livros mo cheia... As propostas de leitura lanadas na sala de aula podem cumprir o papel de aprofundamento conceitual que o livro didtico muitas vezes no consegue alcanar. Muitos professores propem atividades como resenhas, fichamentos e leituras, porm, cabe aos mesmos, como mediadores, instigar o aluno a ler. analisar, debater e refletir sobre o contedo trabalhado de forma contextualizada, proporcionando um ambiente agradvel atravs do mundo imaginrio da leitura. Os livros relacionados abaixo possibilitam o desenvolvimento de atividades que contemplam alguns descritores. Relacionaremos os descritores s obras que esto sugeridas, para que o professor visualize melhor como organizar as atividades que possibilitaro a construo da competncia envolvida. Sugesto de obras As mais belas histrias da antiguidade clssica, de Gustav Schwab. So Paulo: Paz e Terra, 1996. 3 v. Verses romanceadas dos mitos gregos e romanos, recontados pelo autor, um estudioso dos clssicos. Leitura fcil e instigante. Descritores: D6, D7 e D9 Versos, sons e ritmos, de Norma Goldstein. So Paulo: tica, 1985. Livro que apresenta os principais recursos sonoros de que se vale o texto potico. Descritores: D22, D23, D24 e D25 Melhores poemas de Bocage, seleo prefcio de Cleonice Berardinelli. So Paulo: Global, 1987. O livro traz uma seleo cuidadosa dos versos do poeta maior da lngua portuguesa do sculo XVIII, autor de uma poesia de transio entre o Arcadismo e o Romantismo. No prefcio, Cleonice Berardinelli explora panoramicamente a passagem de um estilo a outro com as respectivas caractersticas. A estrutura dos poemas dar conta de um poeta que segui os passos de Cames, enquanto o contedo, muitas vezes, far de Bocage um pr-romntico. Descritores: D22, D23, D24 e D25 Antologia dos poetas brasileiros da fase colonial, de Srgio Buarque de Holanda. So Paulo: Perspectiva, 1979. Seleo expressiva da produo brasileira da fase colonial que apresenta os principais poetas do Arcadismo nacional. Textos de Cludio Manuel da Costa, Toms Antnio Gonzaga, Baslio da Gama, Alvarenga Peixoto e tambm de poetas do Barroco e das origens da literatura em nossas terras compes essa antologia. A reunio, a cargo de um dos principais historiadores do Brasil e considerada pela crtica a mais completa j feita no pas, contou com pesquisa realizada a partir de manuscritos no publicados at ento. Descritores: D6, D7, D8, D9, D14 e D25

47

ENSINO MDIO

Romanceiro da Inconfidncia, de Ceclia Meireles, ilustrado por Renina Katz. So Paulo: Edusp, 2004. Essa edio comemorativa do cinqentenrio do poema de Ceclia Meireles, com as belas ilustraes de Renina Katz, permite reviver os acontecimentos que determinaram o fim da Inconfidncia Mineira. Descritores: D6, D7, D8, D9, D10, D11, D12, D13, D14, D23, D24, D25 e D26 Marc Ferrez nas colees do Quai D'Orsay, de Pedro Corra do Lago. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2001. Obra que apresenta um acervo de fotografia de Marc Ferrez (1842-1923), considerado o maior fotgrafo brasileiro. Neste livro, o fotgrafo oficial do Imperador D. Pedro II retrata os aspectos humanos e geogrficos do Brasil no final do sculo XIX. Descritores: D6, D7, D9,D10 e D11 Carlos Drummond de Andrade, de Francisco Achcar. So Paulo: Publifolha, 2000. Introduo ao universo potico de Carlos Drummond de Andrade realizado por Francisco Achcar, sob encomenda da srie Folha Explica iniciativa do Jornal Folha de S. Paulo. Em linguagem bastante acessvel, Achcar apresenta a obra do poeta a parir de fases e temas distintos. Descritores: D8, D11, D22, D23, D24, D25 e D26 Cancioneiro Vincius de Moraes Orfeu, seleo e organizao de Srgio augusto. Rio de Janeiro: Jobim Music, 2003. Cancioneiro de Orfeu, inspirada no mito grego, uma obra popular ambientada em uma favela do Rio de Janeiro. Nesse livro, que homenageia os 90 anos de Vincius de Moraes, so apresentados os arranjos para piano das msicas do espetculo, alm do histrico de sua criao, trechos de cartas inditas do poeta e entrevistas que ele concedeu ao longo de sua vida. Descritores: D6, D7, D8, D9, D12, D13, D16, D17, D18, D22, D23, D24 e D25 Lasar Segall, de Pietro Maria Bardi. So Paulo: Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, 2000. Reedio do livro publicado em 1952, do qual participou o prprio artista. atualizao da obra de Pietro Maria Bardi, foram acrescentados documentos e textos que enriquecem seu contedo, preservando suas caractersticas originais. Excelente trabalho de anlise da produo de Lasar Segall, propiciando um contato profundo com as telas do pintor. Descritores: D6, D7, D8, D9, D10, D11, D12 e D13 As melhores crnicas de Rachel de Queiroz, de Helosa Buarque de Holanda. So Paulo: Global, 2004. Livro que rene as melhores crnicas que a escritora publicou na imprensa, registrando suas lembranas, opinies, afetos e indignaes. Descritores: D6, D7, D8, D9, D12, D13, D14,D16, D17, D22, D23, D24, D25 e D26

48

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

Cndido Portinari: 1903-1952 pinturas e desenhos, de Fbio Magalhes e Max Perlingeiro. Pinakotheke, 2003. Livro que rene uma seleo de obras mais significativas de Portinari, possibilitando visualizar o conjunto da produo de um dos maiores artistas plsticos brasileiros. Descritores: D7, D11, D12 e D14 64 contos de Rubem Fonseca, de Rubem Fonseca. So Paulo: Companhia das letras, 2004. Livro que rene uma seleo de textos de um dos maiores contistas brasileiros contemporneos. Com seus temas centrados em situaes marcadas pala violncia e pelo erotismo, Rubem Fonseca afirmou-se como escritor desse gnero com contos como: Os prisioneiros, Feliz Ano Novo e Passeio noturno, dentre tantos outros por ele criados. Descritores: D6, D7, D8, D9 D10, D11, D12, D16, D17, D18, D21, D22, D23, D24, D25 e D26 Verdade tropical, de Caetano Veloso. So Paulo: Companhia das Letras, 1997. O livro escrito por Caetano Veloso, um dos representantes do Tropicalismo, uma mistura de autobiografia, memrias, histrias e ensaio. Alm de relatar fatos marcantes de sua carreira e episdios de sua vida pessoal, como a priso em 1968 e o exlio em Londres, Caetano enfoca a msica popular brasileira. Em Verdade tropical, ele conta e interpreta a histria do Tropicalismo e reflete sobre questes polticas, sociais e culturais que surgiram nas dcadas de 1960 e 1970. Descritores: D6, D7, D8, D9, D10, D12, D14 e D25 Boa companhia Poesia, vrios autores. So Paulo: Companhia das Letras, 2003. Antologia que rene autores de diversas geraes e tendncias da poesia brasileira atual. So dezesseis poetas contemporneos, com textos inditos que vo do coloquialismo ao formalismo, das estruturas inovadoras s mais tradicionais. Ferreira Gullar, armando Freitas Filho, Chacal e Eucana Ferraz so alguns dos nomes que compem esta obra, revelando os caminhos da produo potica de nossos tempos. Descritores: D6, D7, D8, D11, D12, D18, D22, D23, D24, D25, D26 e D27

Boa companhia Contos, vrios autores. So Paulo: Companhia das letras, 2003. Este livro apresenta contos de vrios escritores brasileiros contemporneos. Helosa Seixas, Moacyr Scliar, Ana Miranda, dentre outros autores, narram histrias sobre medos, alegrias, dvidas e descobertas, compondo um excelente retrato da prosa produzida nesse gnero literrio na atualidade. Descritores: D6, D7, D8, D9, D10, D12, D13, D14,D16, D17, D18, D21, D22, D23, D24, D25, D26 e D27

49

ENSINO MDIO

O melhor teatro de Gianfrancesco Guarnieri, de Dcio de Almeida Prado. So Paulo: Global, 2001. Livro que apresenta as mais significativas peas produzidas por um dos nomes mais fortes do teatro brasileiro da atualidade. Um grito parado no ar, Ponto de partida, A semente e Eles no usam black-tie o texto mais conhecido do autor permitem ao leitor tomar contato com a obra de Gianfrancesco Guarnieri e sua importncia para o teatro nacional. Descritores: D6, D7, D8, D9, D10, D12, D16, D17, D18, D21, D22, D23, D24, D25 e D26 Toda Mafalda, de Quino (Joaquim Lavado), Martins editora, 2003. Descritores: D6, D7, D8, D9 D10, D11, D12, D13, D14, D23, D24, D25 e D26 Coleo Literatura Brasileira em Quadrinhos. So Paulo: Escala Educacional, 2008. Descritores: D6, D7, D8, D9, D11, D12, D13, D14, D16, D17, D18, D21, D22, D23, D24, D25, D26 e D27 Para leitura de mundo, um mundo de leitura: Jornais e Revistas A leitura de jornais deve ser uma atividade prevista no cotidiano dos discentes, pois o jornal, alm de ser uma das formas mais comuns de comunicao das sociedades letradas, proporciona, pela riqueza de informaes que apresenta um trabalho rico e dinmico com diversos gneros textuais. Alm disso, colabora na construo de conhecimentos prvios do aluno e no formato impresso um material presente no dia a dia escolar sendo, portanto, de fcil acesso para os estudantes. Sugerimos tambm o acesso atravs de sites da internet, pois isto no se configura uma grande dificuldade para boa parte das escolas, haja vista serem beneficiadas com laboratrios de informtica. A leitura de revistas tambm indicada no formato impresso e virtual, dando a liberdade ao professor de escolher a atividade mais adequada para cada situao de aprendizagem. A indicao de descritores especficos para cada um desses suportes poder limitar o trabalho pedaggico, pois o professor dever perceber que para cada gnero do jornal ou revista ele poder relacionar um ou vrios descritores da Matriz de Referncia do SAEPE.

50

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

Jornais / Nacionais / Outros Estados Alagoas Gazeta de Alagoas www.uol.com.br/gazeta-oam Bahia A Tarde www.atarde.com.br Correio da Bahia www.correiodabahia.com.br Cear Dirio do Nordeste diariodonordeste.globo.com O Povo www.noolhar.com Distrito Federal Correio Braziliense www.correioweb.com.br Esprito Santo Gazeta Online www.gazetaonline.com.br Gois Dirio da Manh www.dm.com.br Minas Gerais O Estado de Minas www.estaminas.com.br Tribuna de Minas www.tribunademinas.com.br Paraba Correio da Paraba

Paran Gazeta do Paran www.uol.com.br/gazetapr O Estado do Paran www.paranaonline.com.br Pernambuco Dirio de Pernambuco www.dpnet.com.br Jornal do Commercio www2.uol.com.br/JC Rio de Janeiro Jornal do Brasil www.jb.com.br O Dia odia.ig.com.br O Globo oglobo.globo.com Rio Grande do Norte Dirio de Natal www.diariodenatal.com.br Tribuna do Norte www.tribunadonorte.com.br Rio Grande do Sul Zero Hora www.clicrbs.com.br Santa Catarina A Notcia Dirio Catarinense www.clicrbs.com.br Jornal de Santa Catarina www.santa.com.br

51

ENSINO MDIO

Sergipe Gazeta de Sergipe www.gazetadesergipe.com.br Carta Capital cartacapital.terra.com.br poca On-line www.epoca.com.br Isto www.zaz.com.br/istoe Problemas Brasileiros www.sescsp.org.br/sesc/revistas/pb Revista do Mercosul (Em portugus e espanhol) www.etm.com.br/mercosul/mercosul main.cfm Veja www2.uol.com.br/veja Revistas do Universo On Line www.uol.com.br/revistas Revistas do Terra www.terra.com.br/revistas Estados Unidos The Economist www.economist.com Time Magazine www.time.com/time Newsweek www.newsweek.com ou Time Magazine www.time.com/time

Agncia de Notccias dos Direitos da Infncia www2.uol.com.br/andi Ao mestre com carinho www.uol.com.br/amcc/01/index.html Cadernos de Pesquisa da Fundao Carlos Chagas www.fcc.org.br/servlets/pesquisa Cincia Hoje On-line Educao e Sociedade cedesgw.unicamp.br/revista/index.html Nova Escola www.novaescola.com.br ou www.uol.com.br/novaescola Peridicos em educao, selecionados pela Biblioteca Virtual de Educao bve.cibec.inep.gov.br/pesquisa Revista Aprender On-line www.uol.com.br/aprendiz/aprenderonline Revista Educao www.uol.com.br/aprendiz/n_revistas/revista educacao/index.htm Revista Ensaio: avaliao e polticas pblicas em Educao www.cesgranrio.org.br/cesgranrio_publ.htm Profisso Mestre www.profissaomestre.com.br Discutindo Lngua Portuguesa www.discutindolinguaportuguesa.com.br Discutindo Literatura www.discutindoliteratura.com.br Currculo sem fronteiras www.curriculosemfronteiras.org

52

LINGUA PORTUGUESA PROJETO APRENDER MAIS

Publicao que pretende ser um espao para a discusso de uma educao crtica e emancipatria, reforando o dilogo entre os pases de Lngua Portuguesa. Encontram-se disponibilizados artigos sobre polticas pblicas, currculo, formao de professores.

53

ENSINO MDIO

Bibliografia ANTUNES, I. Lutar com palavras: coeso e coerncia. So Paulo: Parbola Editorial, 2005. BAGNO, M. (org.) Lingustica da norma. So Paulo: Edies Loyola, 2002. BRASIL, MEC/SEMTEC. Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias. Braslia, 2002. FALCETTA, A. P. [ET AL.] Cem aulas sem tdio: sugestes prticas, dinmicas e divertidas para o professor. Porto Alegre: Instituto Padre Reus, 2000. MARCUSCHI, L. A. Produo textual, anlise de gneros e compreenso. So Paulo: Parbola, 2008. MESQUITA, M. L. Leitura e (Re) escritura de Textos: subsdios tericos e prticos para o seu ensino. So Paulo, Respel, 2001. PERNAMBUCO. Base Curricular Comum para as redes pblicas de ensino. Recife: SE, 2008. PERNAMBUCO, Secretaria de Educao; Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educao, CAED. Boletim Pedaggico de Avaliao da Educao: SAEPE.Vol. 1, jan/dez. Juiz de Fora/ MG, 2008.

54

9

A

5

W

B

3