Literatura Brasileira - Simbolismo

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SIMBOLISMOSIMBOLISMO

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ORIGEMORIGEMO Simbolismo tem início na França com a publicação deO Simbolismo tem início na França com a publicação de As flores do mal As flores do mal ,,de Baudelaire, em 1857. A denominação foi utili ada pela primeira !e porde Baudelaire, em 1857. A denominação foi utili ada pela primeira !e por"ean #or$as, em seu manifesto liter%rio publicado no &ornal Fi'aro"ean #or$as, em seu manifesto liter%rio publicado no &ornal Fi'aro(itt$raire, em 188).(itt$raire, em 188).O manifesto afirma!a em um de seus trec*os+O manifesto afirma!a em um de seus trec*os+-nimi'a do ensinamento, da declamação, da falsa sensibilidade, da-nimi'a do ensinamento, da declamação, da falsa sensibilidade, da

descrição ob&eti!a, a poesia simbolista procura !estir a -d$ia de uma formadescrição ob&eti!a, a poesia simbolista procura !estir a -d$ia de uma formasensí!el .sensí!el .O artista simbolista retorna ao culto ao eu do /omantismo, le!ando0o sO artista simbolista retorna ao culto ao eu do /omantismo, le!ando0o s2ltimas conse34 ncias, &% 3ue busca as camadas mais profundas do eu ,2ltimas conse34 ncias, &% 3ue busca as camadas mais profundas do eu ,apoiado nas teorias do subconsciente e do inconsciente de Freud.apoiado nas teorias do subconsciente e do inconsciente de Freud.-sso $ feito atra!$s do uso de símbolos. A pala!ra símbolo não tem nada a-sso $ feito atra!$s do uso de símbolos. A pala!ra símbolo não tem nada a!er com seus si'nificado tradicional e ser!e apenas para assinalar a!er com seus si'nificado tradicional e ser!e apenas para assinalar atentati!a de simboli ar por meio de met%foras o conte2do do mundo interiortentati!a de simboli ar por meio de met%foras o conte2do do mundo interiordo artista6 em conclusão+ o símbolo $ um esforço para apreender odo artista6 em conclusão+ o símbolo $ um esforço para apreender oimpalp%!el.impalp%!el.

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CARACTERÍSTICAS DO SIMBOLISMOCARACTERÍSTICAS DO SIMBOLISMO A su'estão predomina sobre a descrição+ o autor parnasiano descre!e, o A su'estão predomina sobre a descrição+ o autor parnasiano descre!e, o

simbolista su'ere. As ima'ens produ idas são !a'as, diluídas e sua!es. Osimbolista su'ere. As ima'ens produ idas são !a'as, diluídas e sua!es. Opoeta simbolista apresenta um re'istro impressionista do mundo real+ nãopoeta simbolista apresenta um re'istro impressionista do mundo real+ nãoimporta como a realidade $, mas os efeitos 3ue produ na sensibilidade doimporta como a realidade $, mas os efeitos 3ue produ na sensibilidade doartista.artista. A torre de marfim da solidão+ o e cesso de sub&eti!idade le!a o artista a A torre de marfim da solidão+ o e cesso de sub&eti!idade le!a o artista a

um estado de solidão e isolamento. O simbolista cria sua torre de marfim ,um estado de solidão e isolamento. O simbolista cria sua torre de marfim ,onde se esconde do mundo real e busca a si mesmo.onde se esconde do mundo real e busca a si mesmo. #isticismo+ o simbolista mant$m uma atitude mística perante a !ida6 ele#isticismo+ o simbolista mant$m uma atitude mística perante a !ida6 ele

busca o 3ue $ inatin'í!el, o oculto e o misterioso para &ustificar suabusca o 3ue $ inatin'í!el, o oculto e o misterioso para &ustificar suae ist ncia.e ist ncia.

-no!ação no uso de mai2sculas+ o poeta usa mai2sculas em substanti!os-no!ação no uso de mai2sculas+ o poeta usa mai2sculas em substanti!oscomuns com o fim de dar força emocional a eles.comuns com o fim de dar força emocional a eles. #usicalidade+ os efeitos sonoros são amplamente e plorados. ntre eles#usicalidade+ os efeitos sonoros são amplamente e plorados. ntre eles

predominam+predominam+a9 Aliteração+ repetição de sons consonantais.a9 Aliteração+ repetição de sons consonantais.

. :o es, !eladas, !eludosas !o es ... ;<ru e Sou a9. :o es, !eladas, !eludosas !o es ... ;<ru e Sou a9

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b9 Asson=ncia+ repetição de sons !oc%licos.b9 Asson=ncia+ repetição de sons !oc%licos.. 3uando a man*ã madru'a!a. 3uando a man*ã madru'a!a

calmacalma

altaaltaclaraclaraclara morria de amor ; u' nio de <astro9clara morria de amor ; u' nio de <astro9c9 /eiteração+ repetição de pala!ras ou !ersos inteiros.c9 /eiteração+ repetição de pala!ras ou !ersos inteiros.

. Soam sua!es sonolentos. Soam sua!es sonolentos

Sonolentos e sua!es... ;<ru e Sou a9Sonolentos e sua!es... ;<ru e Sou a9 >ermetismo+ a literatura simbolista $ *erm$tica, isto $, fec*ada. O acesso>ermetismo+ a literatura simbolista $ *erm$tica, isto $, fec*ada. O acesso sua compreensão inte'ral $ muito difícil, e i'indo mais sensibilidade e sua compreensão inte'ral $ muito difícil, e i'indo mais sensibilidade e

intuição do leitor.intuição do leitor. -ma'ens noturnas+ o mundo do simbolista apresenta muitas ima'ens-ma'ens noturnas+ o mundo do simbolista apresenta muitas ima'ens

noturnas, por !e es m?rbidas+ a sombra, o ne'ro, a morte, a n$!oa, onoturnas, por !e es m?rbidas+ a sombra, o ne'ro, a morte, a n$!oa, omoc*o, etc.moc*o, etc. @so de sinestesias+ o artista simbolista fa inesperadas combinaç es@so de sinestesias+ o artista simbolista fa inesperadas combinaç es

entre sons, cores e perfumes para e pressar ima'ens e sensaç es.entre sons, cores e perfumes para e pressar ima'ens e sensaç es..+ >% perfumes frescos como carnes de crianças, Coces como obo$s,.+ >% perfumes frescos como carnes de crianças, Coces como obo$s,

!erdes como as pradarias, 0 outros, corrompidos, ricos triunfantes.!erdes como as pradarias, 0 outros, corrompidos, ricos triunfantes.;Baudelaire9;Baudelaire9

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O retorno da sub&eti!idade+ isto não si'nificou, entretanto, um retorno aoO retorno da sub&eti!idade+ isto não si'nificou, entretanto, um retorno ao/omantismo, &% 3ue as manifestaç es po$ticas nasciam em uma camada/omantismo, &% 3ue as manifestaç es po$ticas nasciam em uma camadamais profunda. O Simbolismo recupera!a sentimentos e emoç es do sermais profunda. O Simbolismo recupera!a sentimentos e emoç es do ser*umano. #as ia mais lon'e, procurando outro tipo de e plicação para os*umano. #as ia mais lon'e, procurando outro tipo de e plicação para os

'randes mist$rios da !ida. Caí a !alori ação do consciente, do'randes mist$rios da !ida. Caí a !alori ação do consciente, dosubconsciente e dos estados de alma. ssa pr%tica condu ia s camadassubconsciente e dos estados de alma. ssa pr%tica condu ia s camadasmais profundas do eu , numa busca 3ue poderia terminar em son*o emais profundas do eu , numa busca 3ue poderia terminar em son*o eloucura.loucura. spiritualidade+ manifestada de forma mística ;!oltada para os mist$riosspiritualidade+ manifestada de forma mística ;!oltada para os mist$rios

3ue o ser *umano não conse'ue des!endar9 ou reli'iosa ;apoiando0se em3ue o ser *umano não conse'ue des!endar9 ou reli'iosa ;apoiando0se emuma crença ou f$9.uma crença ou f$9. (in'ua'em carre'ada de símbolos+ os símbolos podem ser e!ocados(in'ua'em carre'ada de símbolos+ os símbolos podem ser e!ocados

atra!$s de fi'uras de lin'ua'em como a met%fora e a sinestesia.atra!$s de fi'uras de lin'ua'em como a met%fora e a sinestesia. Dessimismo+ se o pessimismo para os realistas os condu ia ao dese&o deDessimismo+ se o pessimismo para os realistas os condu ia ao dese&o de

lutar pela superação das desi'ualdades sociais, para os simbolistas, elalutar pela superação das desi'ualdades sociais, para os simbolistas, ela

compreendia a decad ncia ou de'radação como al'o inerente ao sercompreendia a decad ncia ou de'radação como al'o inerente ao ser*umano.*umano. Busca da sublimação+ a oposição entre mat$ria e espírito, a purificação,Busca da sublimação+ a oposição entre mat$ria e espírito, a purificação,

por meio da 3ual o espírito atin'iria o espaço et$reo, isto $, o espaçopor meio da 3ual o espírito atin'iria o espaço et$reo, isto $, o espaçoinfinito. A alma s? se liberta 3uando se liberta dos 'ril* es do corpo atra!$sinfinito. A alma s? se liberta 3uando se liberta dos 'ril* es do corpo atra!$sda morte.da morte.

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MARCO INICIAL NO BRASILMARCO INICIAL NO BRASIL

18E + publicação de18E + publicação de Missal Missal ;prosa9 e;prosa9 e BroquéisBroquéis ;poesia9, li!ros de;poesia9, li!ros depoemas de <ur e Sou a.poemas de <ur e Sou a.

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MARCO FINAL NO BRASILMARCO FINAL NO BRASIL

1EGG+ reali ação da Semana de Arte #oderna, em São Daulo.1EGG+ reali ação da Semana de Arte #oderna, em São Daulo.

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PRODUÇÃO LITERÁRIAPRODUÇÃO LITERÁRIA

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A(F>OHS@S C I@-#A/A HS ;Afonso >enri3ue da <osta Iuimarães9 A(F>OHS@S C I@-#A/A HS ;Afonso >enri3ue da <osta Iuimarães9

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187J+ nasceu a GK de &ul*o, em Ouro Dreto, #inas Ierais.187J+ nasceu a GK de &ul*o, em Ouro Dreto, #inas Ierais. Ap?s os primeiros estudos no Iin%sio #ineiro, cursou a scola de #inas Ap?s os primeiros estudos no Iin%sio #ineiro, cursou a scola de #inas

de Ouro Dreto.de Ouro Dreto. 1888+ morre <onstança, sua noi!a e fil*a do romancista Bernardo1888+ morre <onstança, sua noi!a e fil*a do romancista Bernardo

Iuimarães. O amor por <onstança estar% presente em toda a sua !ida eIuimarães. O amor por <onstança estar% presente em toda a sua !ida eobra po$tica.obra po$tica. 18E1+ muda0se para São Daulo, matriculando0se na Faculdade de Cireito18E1+ muda0se para São Daulo, matriculando0se na Faculdade de Cireito

do (ar'o de São Francisco.do (ar'o de São Francisco. Assume o car'o de promotor e, posteriormente, de &ui em <onceição do Assume o car'o de promotor e, posteriormente, de &ui em <onceição do

Serro, #inas Ierais.Serro, #inas Ierais. 18E7+ casa0se com Lenaide de Oli!eira.18E7+ casa0se com Lenaide de Oli!eira. 1EJ)+ torna0se &ui em #ariana, de onde não sai mais6 daí ser con*ecido1EJ)+ torna0se &ui em #ariana, de onde não sai mais6 daí ser con*ecido

como o solit%rio de #ariana , ainda 3ue !i!esse com a esposa e 1K fil*os.como o solit%rio de #ariana , ainda 3ue !i!esse com a esposa e 1K fil*os. 1EG1+ morre a 15 de &ul*o.1EG1+ morre a 15 de &ul*o.

BIOGRAFIABIOGRAFIA

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OBRAS PRINCIPAISOBRAS PRINCIPAIS 18EE+18EE+Setenário das Dores de Nossa SenhoraSetenário das Dores de Nossa Senhora ee Câmara Ardente.Câmara Ardente. 18EE+18EE+Dona Mística.Dona Mística. 1EJG+1EJG+Kiriale.Kiriale.

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COMENTÁRIO CRÍTICO SOBRE ACOMENTÁRIO CRÍTICO SOBRE AOBRA POÉTICAOBRA POÉTICA

#isticismo, Amor ;por <onstança e pela :ir'em #aria9 e #orte M eis o#isticismo, Amor ;por <onstança e pela :ir'em #aria9 e #orte M eis otri=n'ulo 3ue caracteri a a obra do autor, considerado pela crítica o maistri=n'ulo 3ue caracteri a a obra do autor, considerado pela crítica o maismístico de nossa literatura. O amor pela noi!a morta e sua profundamístico de nossa literatura. O amor pela noi!a morta e sua profundareli'iosidade e de!oção #aria 'eram um misticismo 3ue beira o e a'ero.reli'iosidade e de!oção #aria 'eram um misticismo 3ue beira o e a'ero.

A morte $ o 2nico meio para se atin'ir a sublimação e apro im%0lo da noi!a A morte $ o 2nico meio para se atin'ir a sublimação e apro im%0lo da noi!ae de #aria6 daí o amor aparecer sempre espirituali ado, isto $, a mul*ere de #aria6 daí o amor aparecer sempre espirituali ado, isto $, a mul*erapresenta uma ima'em associada da :ir'em #aria. Al$m disso,apresenta uma ima'em associada da :ir'em #aria. Al$m disso,apresenta uma obsessão por !ir'ens mortas, pro!%!el *erança do des'ostoapresenta uma obsessão por !ir'ens mortas, pro!%!el *erança do des'ostocausado pela morte prematura da noi!a. A decisão de isolar0se em #ariana,causado pela morte prematura da noi!a. A decisão de isolar0se em #ariana,sua torre de marfim , $ uma postura tipicamente simbolista. :erifica0se,sua torre de marfim , $ uma postura tipicamente simbolista. :erifica0se,ainda, um 'osto pelo passado, em especial pela -dade #$dia, 3ue o le!ouainda, um 'osto pelo passado, em especial pela -dade #$dia, 3ue o le!ouat$ a mudar seu nome para uma forma arcaica. Dor fim, obser!a0se em suaat$ a mudar seu nome para uma forma arcaica. Dor fim, obser!a0se em suaobra uma tend ncia auto0compai ão.obra uma tend ncia auto0compai ão.

Sua obra apresenta uma lin'ua'em de su'estão e a presença acentuadaSua obra apresenta uma lin'ua'em de su'estão e a presença acentuadade aliteraç es.de aliteraç es.Nuanto forma, merece desta3ue o uso de !ersos musicais em 3ueNuanto forma, merece desta3ue o uso de !ersos musicais em 3uemane&a!a com *abilidade os decassílabos e ale andrinos, bem como osmane&a!a com *abilidade os decassílabos e ale andrinos, bem como osredondil*os maiores.redondil*os maiores.Suas principais influ ncias são+ Daul :erlaine, <ru e Sou a, Antero deSuas principais influ ncias são+ Daul :erlaine, <ru e Sou a, Antero deNuental e Ant nio Hobre.Nuental e Ant nio Hobre.

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A catedralA catedralntre brumas ao lon'e sur'e a aurora,ntre brumas ao lon'e sur'e a aurora,

O *ialino or!al*o aos poucos se e!apora,O *ialino or!al*o aos poucos se e!apora, A'oni a o arrebol. A'oni a o arrebol.

A catedral eb2rnea do meu son*o A catedral eb2rnea do meu son*o Aparece na pa do c$u rison*o Aparece na pa do c$u rison*o Poda branca de sol.Poda branca de sol.

o sino canta em l2'ubres responsos+ o sino canta em l2'ubres responsos+ Dobre Alp*onsusQ Dobre Alp*onsusQDobre Alp*onsusQ Dobre Alp*onsusQ

O astro 'lorioso se'ue a eterna estrada.O astro 'lorioso se'ue a eterna estrada.@ma %urea seta l*e cintila em cada@ma %urea seta l*e cintila em cada

/eful'ente raio de lu ./eful'ente raio de lu . A catedral eb2rnea do meu son*o, A catedral eb2rnea do meu son*o,Onde os meus ol*os tão cansados pon*o,Onde os meus ol*os tão cansados pon*o, /ecebe a benção de "esus./ecebe a benção de "esus.

o sino clama em l2'ubres responsos+ o sino clama em l2'ubres responsos+ Dobre Alp*onsusQ Dobre Alp*onsusQDobre Alp*onsusQ Dobre Alp*onsusQ

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Dor entre lírios e lilases desceDor entre lírios e lilases desce A tarde es3ui!a+ amar'urada prece A tarde es3ui!a+ amar'urada prece D e0se a lua a re ar.D e0se a lua a re ar.

A catedral eb2rnea do meu son*o A catedral eb2rnea do meu son*o Aparece na pa do c$u triston*o Aparece na pa do c$u triston*o Poda branca de luar.Poda branca de luar.

o sino c*ora em l2'ubres responsos+ o sino c*ora em l2'ubres responsos+

Dobre Alp*onsusQ Dobre Alp*onsusQDobre Alp*onsusQ Dobre Alp*onsusQ

O c$u $ todo tre!as+ o !ento ui!a.O c$u $ todo tre!as+ o !ento ui!a.Co rel=mpa'o a cabeleira rui!aCo rel=mpa'o a cabeleira rui!a :em açoitar o rosto meu.:em açoitar o rosto meu.

A catedral eb2rnea do meu son*o A catedral eb2rnea do meu son*o Afunda0se no caos do c$u medon*o. Afunda0se no caos do c$u medon*o. <omo um astro 3ue &% morreu<omo um astro 3ue &% morreu

o sino 'eme em l2'ubres responsos+ o sino 'eme em l2'ubres responsos+ Dobre Alp*onsusQ Dobre Alp*onsusQDobre Alp*onsusQ Dobre Alp*onsusQ

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H ! de c"!rar #!r ela !$ c%&a'!'!$H ! de c"!rar #!r ela !$ c%&a'!'!$

>ão de c*orar por ela os cinamomos,>ão de c*orar por ela os cinamomos,#urc*ando as flores ao tombar do dia.#urc*ando as flores ao tombar do dia.Cos laran&ais *ão de cair os pomos,Cos laran&ais *ão de cair os pomos,(embrando0se da3uela 3ue os col*ia.(embrando0se da3uela 3ue os col*ia.

As estrelas dirão+ 0 Ai, nada somos, As estrelas dirão+ 0 Ai, nada somos,Dois ela se morreu silente e fria...Dois ela se morreu silente e fria...

pondo os ol*os nela como pomos, pondo os ol*os nela como pomos,>ão de c*orar a irmã 3ue l*es sorria.>ão de c*orar a irmã 3ue l*es sorria.

A lua, 3ue l*e foi mãe carin*osa, A lua, 3ue l*e foi mãe carin*osa,Nue a !iu nascer e amar, *% de en!ol! 0laNue a !iu nascer e amar, *% de en!ol! 0la

ntre lírios e p$talas de rosa.ntre lírios e p$talas de rosa.

Os meus son*os de amor serão defuntos...Os meus son*os de amor serão defuntos... os arcan&os dirão no a ul ao ! 0la, os arcan&os dirão no a ul ao ! 0la,

Densando em mim+ 0 Dor 3ue não !ieram &untosRDensando em mim+ 0 Dor 3ue não !ieram &untosR

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I$'(l%aI$'(l%aNuando -sm%lia enlou3ueceu,Nuando -sm%lia enlou3ueceu,D s0se na torre a son*ar...D s0se na torre a son*ar...

:iu uma lua no c$u,:iu uma lua no c$u,:iu outra lua no mar.:iu outra lua no mar.

Ho son*o 3ue se perdeu,Ho son*o 3ue se perdeu,Ban*ou0se toda em luar...Ban*ou0se toda em luar...Nueria subir ao c$u,Nueria subir ao c$u,Nueria descer ao mar...Nueria descer ao mar...

, no des!ario seu,, no des!ario seu,Ha torre p s0se a cantar...Ha torre p s0se a cantar...

sta!a perto do c$u,sta!a perto do c$u,sta!a lon'e do mar...sta!a lon'e do mar...

como um an&o pendeu como um an&o pendeu As asas para !oar... As asas para !oar...Nueria a lua do c$u,Nueria a lua do c$u,

Nueria a lua do mar...Nueria a lua do mar...

As asas 3ue Ceus l*e deu As asas 3ue Ceus l*e deu/uflaram de par em par.../uflaram de par em par...

Sua alma subiu ao c$u,Sua alma subiu ao c$u,Seu corpo desceu ao mar.Seu corpo desceu ao mar.

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"oão da </@L SO@LA"oão da </@L SO@LA

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18E + casa0se com Ia!ita /osa Ionçal!es, tamb$m ne'ra, com 3uem18E + casa0se com Ia!ita /osa Ionçal!es, tamb$m ne'ra, com 3uemte!e 3uatro fil*os, 3ue morreram prematuramente.te!e 3uatro fil*os, 3ue morreram prematuramente. Ia!ita enlou3uece e permanece internada por um lon'o período.Ia!ita enlou3uece e permanece internada por um lon'o período.

#orrem o pai e a mãe do poeta.#orrem o pai e a mãe do poeta. 18E7+ tuberculoso e pobre, busca ref2'io na cidade mineira de Sítio.18E7+ tuberculoso e pobre, busca ref2'io na cidade mineira de Sítio. 18E8+ falece a 1E de março, em Sítio, #inas Ierais. Seu corpo $18E8+ falece a 1E de março, em Sítio, #inas Ierais. Seu corpo $

transferido para o /io de "aneiro, fora do es3uife, em um !a'ão de animais.transferido para o /io de "aneiro, fora do es3uife, em um !a'ão de animais.

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OBRAS PRINCIPAISOBRAS PRINCIPAISDoesia+Doesia+

18E +18E +Broquéis.Broquéis.

1EJJ+1EJJ+Far is.Far is. 1E5K+1E5K+!"ras #oéticas.!"ras #oéticas.

Drosa+Drosa+

1885+1885+$ro%os e Fantasias$ro%os e Fantasias M escrito em colaboração com :ir'ílio :%r ea M escrito em colaboração com :ir'ílio :%r ea .. 18E18E & Missal '& Missal ' prosa po$tica.prosa po$tica. 18E8+18E8+()oca*+es.()oca*+es.

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COMENTÁRIO CRÍTICO SOBRE A OBRACOMENTÁRIO CRÍTICO SOBRE A OBRA

Fi'ura mais importante do Simbolismo, sua obra apresenta uma e!oluçãoFi'ura mais importante do Simbolismo, sua obra apresenta uma e!oluçãoimportante+ de uma produção 3ue fala da dor e do sofrimento do *omemimportante+ de uma produção 3ue fala da dor e do sofrimento do *omemne'ro ;colocaç es pessoais9 para outra 3ue trata do sofrimento e dane'ro ;colocaç es pessoais9 para outra 3ue trata do sofrimento e daan'2stia de todo ser *umano.an'2stia de todo ser *umano.São características do poeta+ a sublimação6 a anulação da mat$ria para aSão características do poeta+ a sublimação6 a anulação da mat$ria para aliberação da espiritualidade, 3ue s? pode ser obtida pela morte6 o uso deliberação da espiritualidade, 3ue s? pode ser obtida pela morte6 o uso de

mai2sculas !alori ando as id$ias6 uma an'2stia se ual profunda6 amai2sculas !alori ando as id$ias6 uma an'2stia se ual profunda6 aobsessão pela cor branca e por tudo 3ue su'ere brancura6 a musicalidade6obsessão pela cor branca e por tudo 3ue su'ere brancura6 a musicalidade6o uso fre34ente de aliteraç es e sinestesias6 as atmosferas !a'as6 oso uso fre34ente de aliteraç es e sinestesias6 as atmosferas !a'as6 osestados oníricos ;semel*antes ao son*os96 a an'2stia e a melancolia,estados oníricos ;semel*antes ao son*os96 a an'2stia e a melancolia,ocasionada não s? por suas dificuldades, mas tamb$m pelo dese&o deocasionada não s? por suas dificuldades, mas tamb$m pelo dese&o desuperar as limitaç es da lin'ua'em para transmitir suas in3uietaç es esuperar as limitaç es da lin'ua'em para transmitir suas in3uietaç es e

dramas.dramas.mbora seus !ersos remetam com fre34 ncia a ima'ens reli'iosas embora seus !ersos remetam com fre34 ncia a ima'ens reli'iosas eespiritualistas, não re!elam e atamente f$ em Ceus, mas uma necessidadeespiritualistas, não re!elam e atamente f$ em Ceus, mas uma necessidadedele, 3ue, muitas !e es se consome at$ atin'ir um materialismo seco edele, 3ue, muitas !e es se consome at$ atin'ir um materialismo seco edesiludido dum místico abortado.desiludido dum místico abortado./ecebeu influ ncia de Baudelaire e #allarm$./ecebeu influ ncia de Baudelaire e #allarm$.

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A&t)*!&aA&t)*!&a

T Formas al!as, brancas, Formas clarasT Formas al!as, brancas, Formas clarasCe luares, de ne!es, de neblinasQ...Ce luares, de ne!es, de neblinasQ...T Formas !a'as, fluidas, cristalinas...T Formas !a'as, fluidas, cristalinas...-ncenso dos turíbulos das aras...-ncenso dos turíbulos das aras...

Formas do Amor, constelarmente purasFormas do Amor, constelarmente purasCe :ir'ens e Santas !aporosas...Ce :ir'ens e Santas !aporosas...Bril*os errantes, m%didas frescurasBril*os errantes, m%didas frescuras

dol ncias de lírios e rosas... dol ncias de lírios e rosas...

-ndefiní!eis m2sicas supremas,-ndefiní!eis m2sicas supremas,>armonias da <or e do Derfume...>armonias da <or e do Derfume...>oras do Ocaso, tr mulas, e tremas,>oras do Ocaso, tr mulas, e tremas,/$3uiem do Sol 3ue a Cor da (u resume.../$3uiem do Sol 3ue a Cor da (u resume...

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:is es, salmos e c=nticos serenos,:is es, salmos e c=nticos serenos,Surdinas de ?r'ãos fl$beis, soluçantes...Surdinas de ?r'ãos fl$beis, soluçantes...Corm ncias de !ol2picos !enenosCorm ncias de !ol2picos !enenosSutis e sua!es, m?rbidos, radiantes...Sutis e sua!es, m?rbidos, radiantes...

-nfinitos espíritos dispersos-nfinitos espíritos dispersos-nef%!eis, ed nicos, a$reos,-nef%!eis, ed nicos, a$reos,Fecundai o #ist$rio destes !ersosFecundai o #ist$rio destes !ersos

<om a c*ama ideal de todos os mist$rios.<om a c*ama ideal de todos os mist$rios.

Co Son*o as mais a uis diafaneidadesCo Son*o as mais a uis diafaneidadesNue ful&am, 3ue na strofe se le!antemNue ful&am, 3ue na strofe se le!antem

as emoç es, todas as castidades as emoç es, todas as castidades

Ca alma do :erso, pelos !ersos cantem.Ca alma do :erso, pelos !ersos cantem.

Nue o p?len de ouro dos mais finos astrosNue o p?len de ouro dos mais finos astrosFecunde e inflame a rima clara e ardente...Fecunde e inflame a rima clara e ardente...Nue bril*ea correção dos alabastrosNue bril*ea correção dos alabastros

Sonoramente, luminosamente.Sonoramente, luminosamente.

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Forças ori'inais, ess ncia, 'raçaForças ori'inais, ess ncia, 'raçaCe carnes de mul*er, delicade as...Ce carnes de mul*er, delicade as...Podo esse efl2!io 3ue por ondas passaPodo esse efl2!io 3ue por ondas passaCo Uter nas r?seas e %ureas corrente asCo Uter nas r?seas e %ureas corrente as

<ristais diluídos de clar es %lacres,<ristais diluídos de clar es %lacres,Cese&os, !ibraç es, =nsias, alentos,Cese&os, !ibraç es, =nsias, alentos,Ful!as !it?rias, triunfamentos acres,Ful!as !it?rias, triunfamentos acres,

Os mais estran*os estremecimentos...Os mais estran*os estremecimentos...

Flores ne'ras do t$dio e flores !a'asFlores ne'ras do t$dio e flores !a'asCe amores !ãos, tant%licos, doentios...Ce amores !ãos, tant%licos, doentios...Fundas !ermel*id es de !el*as c*a'asFundas !ermel*id es de !el*as c*a'as

m san'ue, abertas, escorrendo em rios...m san'ue, abertas, escorrendo em rios...

PudoQ !i!o e ner!oso e 3uente e forte,PudoQ !i!o e ner!oso e 3uente e forte,Hos turbil* es 3uim$ricos do Son*o,Hos turbil* es 3uim$ricos do Son*o,Dasse, cantando, ante o perfil medon*oDasse, cantando, ante o perfil medon*o

o tropel cabalístico da #orte... o tropel cabalístico da #orte...

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O acr!+ata da d!r O acr!+ata da d!r Iar'al*a, ri, num riso de tormenta,Iar'al*a, ri, num riso de tormenta,<omo um pal*aço, 3ue desen'onçado,<omo um pal*aço, 3ue desen'onçado,Her!oso, ri, num riso absurdo, inflado,Her!oso, ri, num riso absurdo, inflado,Ce uma ironia e de uma dor !iolenta.Ce uma ironia e de uma dor !iolenta.

Ca 'ar'al*ada atro , san'uinolenta,Ca 'ar'al*ada atro , san'uinolenta, A'ita os 'ui os, e con!ulcionado A'ita os 'ui os, e con!ulcionadoSalta, 'a!roc*e, salta cloVn, !aradoSalta, 'a!roc*e, salta cloVn, !aradoDelo estertor dessa a'onia lenta...Delo estertor dessa a'onia lenta...

Dedem0te bis e um bis não se despre aQDedem0te bis e um bis não se despre aQ

:amosQ retesa os m2sculos, retesa:amosQ retesa os m2sculos, retesaHessas macabras piruetas dWaço...Hessas macabras piruetas dWaço...

embora caias sobre o c*ão, fremente, embora caias sobre o c*ão, fremente, Afo'ado em teu san'ue estuoso e 3uente, Afo'ado em teu san'ue estuoso e 3uente,

/iQ <oração, tristíssimo pal*aço./iQ <oração, tristíssimo pal*aço.

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