LIPPING - Microsoft...prévia do órgão ambiental competente´, com multa no valor de R$ 77.850. A...
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Grupo de Comunicação
CLIPPING 25 de julho de 2019
25 de julho – Dia Nacional do Escritor
Guimarães Rosa mencionou 964 espécies em sete
livros. O autor de Sagarana quis proteger o cerrado.
página 28
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Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Investimento em saneamento básico é primordial para efetiva despoluição do rio Pinheiros .................... 4
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 6
Certificado de Qualificação é entregue pelo Município VerdeAzul a Itatiba ............................................. 6
Trabalhadores que circulam pelas ruas de SP sofrem com a péssima qualidade do ar ............................. 7
Mulher recebe multa de quase R$ 78 mil pelo corte ilegal de 173 árvores em Martinópolis ..................... 8
Votuporanga despenca no programa município VerdeAzul e fica em 45º lugar ....................................... 9
Inventário da Cetesb classifica aterro de Guarulhos adequado para descarte ...................................... 10
Diadema e Santo André despencam no índice de saneamento ........................................................... 11
Estado garante barragem de Pedreira em operação em 2021 ............................................................ 14
Grande SP registra ualidade o ar ruim ............................................................................................ 15
Governo estadual qualifica Barueri como cidade sustentável ............................................................. 16
Estado de SP destina 95,6% de seu lixo para aterros adequados ....................................................... 17
Santa Bárbara d´Oeste tem a pior nota da Cetesb em descarte de resíduos sólidos ............................. 18
Parque Estadual da Cantareira São Paulo SP - Turismo .................................................................... 20
Taubaté e cidades do Vale caem na qualidade do depósito de lixo sólido ............................................ 26
Mananciais - Billings exemplifica um dos maiores desafios nas regiões metropolitanas: planejamento urbano ....................................................................................................................................... 27
Cidades da região superam nota 9 em descarte adequado de lixo ...................................................... 31
Sabesp é tema da 12ª edição do Prêmio Universitário Aberje ............................................................ 32
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 33
Imagens mostram avanço do garimpo ilegal na Amazônia em 2019 ................................................... 33
Startup de São Carlos é premiada como uma das melhores soluções sustentáveis do mundo ................ 37
Obras de Guimarães Rosa citam ervas medicinais do sertão brasileiro ................................................ 39
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 40
Painel: Para ala do STF e do Congresso, prisões não minimizam a gravidade de diálogos de Moro ......... 40
A responsabilidade é sua, presidente ............................................................................................. 42
Petrobras levanta R$ 5,7 bi com venda de ativos nas bacias de Campos e Santos ............................... 44
Novo marco de agrotóxicos não atende padrão internacional de riscos ............................................... 45
Prisão de acusados de hackear autoridades não muda opinião de ministros do STF sobre Moro ............. 47
ESTADÃO ................................................................................................................................... 49
Coluna do Estadão: Moro sai das cordas com operação da PF ............................................................ 49
O perigoso é o pernilongo ............................................................................................................. 50
Privatização da BR Distribuidora cria modelo de negócios inédito no Brasil.......................................... 51
Investidores brasileiros são destaque na compra de ações da BR Distribuidora .................................... 53
O sigilo do e-mail pessoal do empregado e os limites constitucionais do poder fiscalizatório do empregador ................................................................................................................................................. 54
Bolsonaro e os xiitas .................................................................................................................... 56
Governo lança concessão de 1,2 mil km de rodovias e promete pedágio mais barato e wi-fi na estrada.. 57
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Grupo de Comunicação
Conheça a pimenta-de-macaco. Ela pode substituir a pimenta-do-reino ............................................. 59
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 61
Com navios parados, Irã ameaça cortar importações ....................................................................... 61
Pedágio automático cresce com concessões .................................................................................... 63
O novo mercado de gás ............................................................................................................... 66
Royalties do petróleo crescem e enriquecem cidades fluminenses ...................................................... 68
Sunew lidera nova tecnologia em energia solar ............................................................................... 70
Neoenergia lucra R$ 1 bilhão no semestre ...................................................................................... 73
Encomendas da ABB no Brasil crescem puxadas por energia e transmissão ........................................ 74
BR atinge maior preço desde fim de 2017 ...................................................................................... 76
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Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Veículo: FIESP
Data: 24/07/2019
Investimento em saneamento básico é
primordial para efetiva despoluição do rio
Pinheiros
Despoluição dos rios foi tema de reunião do
Conselho Superior de Meio Ambiente
(Cosema) da FIESP com a presença de
representantes da Sabesp, Cetesb e DAEE
A despoluição dos rios, em São Paulo, foi tema
da reunião do Conselho Superior do Meio
Ambiente (Cosema) nesta terça-feira (23/7),
quando se apresentou o projeto de
despoluição do rio Pinheiros a ponto de torná-
lo navegável até 2022.
O diretor-presidente da Sabesp, Benedito
Braga, lembrou que a empresa tem tomado
ações desde a década de 1990. 'Não estamos
começando do zero. Na primeira e segunda
fases, de 1992 até 2000, tivemos 8,5 milhões
de pessoas com esgoto coletado e tratado. Na
terceira, mais 5 milhões e, até o momento,
mais 3,7 milhões. Ao longo desses anos todos
tivemos perto de US$ 3 bilhões investidos,
com apoio do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID), Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), Caixa Econômica e recursos próprios
da Sabesp', disse.
Dados ainda da Sabesp mostram que São
Paulo tem hoje 10 milhões de esgotos
tratados, número equivalente à população de
Portugal. 'São 1,7 milhão de ligação
domiciliares, refletindo diretamente na
redução da mortalidade infantil e numa
redução da mancha de poluição do Tietê
abaixo da ordem de 408 quilômetros. Essa
redução não aconteceu só porque investimos
aqui na Região Metropolitana, mas porque
investimos também em estações de
tratamento no interior do Estado', falou.
O plano de investimento da Sabesp é de R$
8,7 bilhões até 2023, sendo R$ 11 milhões em
coleta e tratamento de esgoto e R$ 5,3
milhões no projeto Tietê. 'O projeto de
despoluição é do governo do Estado e não da
Sabesp. Estão sendo pensadas obras de
ciclopassarelas sobre o rio para que na
situação final do Pinheiros exista a
possibilidade de as pessoas aproveitarem o rio
de uma forma mais direta', disse.
Um dos maiores desafios da Sabesp, contou
Braga, é conseguir encaminhar 2,8 mil litros
de esgoto por segundo para tratamento. 'Não
é uma tarefa muito simples. Nós queremos
para o rio Pinheiros uma condição aeróbia
todo o tempo. Não significa que o rio estará
em curto espaço de tempo apto para contato
direto. A tarefa da Sabesp nesse projeto do
governo é intensificar e acelerar as operações
de coleta desses esgotos, aumentando a rede
disponível. Para isso, vamos eliminar
lançamentos, aumentar o índice de coleta e
ter ações socioambientais. Com essas ações,
temos a expectativa de gerar 3,7 mil
empregos diretos e indiretos', concluiu.
Também presente à reunião, Patrícia
Iglecias, diretora-presidente da Cetesb,
observou que há diferença entre o projeto
atual e o antigo. Os projetos anteriores tinham
tecnologias aplicadas diretamente ao rio para
que pudesse gerar sua despoluição. 'Hoje, o
projeto é muito mais completo. O grande fator
para essa possível despoluição é o
saneamento, que é feito pela Sabesp. Sem um
projeto que envolvesse o saneamento, nós
nunca chegaríamos a um resultado desejável
ao rio Pinheiros. O projeto atual envolve, além
do saneamento, a dragagem, feita pela
EMAE. E, neste projeto, a Cetesb tem o papel
do licenciamento e fiscalização, o que já vem
ocorrendo há muito tempo', disse.
Ainda durante sua fala, Patrícia ressaltou que
o projeto é semelhante ao do rio Tâmisa, na
Inglaterra, que prevê a navegabilidade do rio
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Grupo de Comunicação
e não o uso de sua água para beber ou para
mergulho.
Por fim, Lupercio Ziroldo Antonio, diretor
do Departamento de Águas e Energia
Elétrica (DAEE) e coordenador do programa
Água Limpa, observou que falta visão dos
municípios para zerar [em relação ao
saneamento básico] as zonas rurais, local
onde estão as nascentes dos rios. 'Temos que
nos preocupar com a água. Em razão do
esgotamento dos recursos hídricos, nos
próximos 30 e 40 anos, os projetos hídricos
vão para o interior paulista'.
A reunião foi presidida por Eduardo San
Martin, presidente do Cosema.
Expositores debateram a despoluição dos rios,
em São Paulo, em reunião do Cosema da
Fiesp. Foto: Karim Kahn/Fiesp
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6
Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: Jornal de Itatiba
Data: 25/07/2019
Certificado de Qualificação é entregue
pelo Município VerdeAzul a Itatiba
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=27902925&e=577
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Grupo de Comunicação
Veículo: Bom Dia SP
Data: 25/07/2019
Trabalhadores que circulam pelas ruas de
SP sofrem com a péssima qualidade do ar
7 min
Exibição em 25 Jul 2019
Reportagem acompanha um dia na rotina de
um taxista da cidade
https://globoplay.globo.com/v/7791269/
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Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Presidente Prudente
Data: 24/07/2019
Mulher recebe multa de quase R$ 78 mil
pelo corte ilegal de 173 árvores em
Martinópolis
Autuação foi feita pela Polícia Militar Ambiental
durante fiscalização em um assentamento.
Por G1 Presidente Prudente
Árvores foram cortadas em um assentamento, em Martinópolis — Foto: Polícia Militar Ambiental/Divulgação
A Polícia Militar Ambiental multou uma
mulher de 61 anos no valor R$ 77.850 pelo
corte de 173 árvores, em um assentamento,
em Martinópolis, na tarde desta quarta-feira
(24).
Durante patrulhamento por volta das 13h30,
uma equipe policial verificou a supressão de
várias árvores e efetuou fiscalização no
assentamento.
No local foi constatado o corte isolado de 173
árvores nativas em área comum, sendo usado
fogo para destruir o material lenhoso, segundo
a polícia.
Questionada, a proprietária afirmou que não
tinha autorização para efetuar os cortes.
Diante dessas constatações, a polícia elaborou
contra a mulher um auto de infração
ambiental com base no artigo 53 da Resolução
SMA-48/2014 por “explorar ou danificar
floresta ou qualquer tipo de vegetação nativa
ou de espécies nativas plantadas, localizadas
fora de área de reserva legal averbada, de
domínio público ou privado, sem aprovação
prévia do órgão ambiental competente”, com
multa no valor de R$ 77.850.
A Polícia Militar Ambiental ressaltou que o
artigo 53 da Resolução SMA-48/2014 estipula
que a multa aplicada será de R$ 300 por
árvore, porém, como houve um agravante
(uso de fogo), o valor total da multa foi
acrescido em mais 50%.
O caso será apresentado para a Polícia Civil
via ofício.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=27880975&e=577
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Grupo de Comunicação
Veículo: Folha Regional Votuporanga
Data: 24/07/2019
Votuporanga despenca no programa
município VerdeAzul e fica em 45º lugar
Votuporanga já chegou ser vice-campeã
estadual, ficando na 2ª posição em 2015
O Programa Município VerdeAzul (PMVA)
da Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente do Estado de São Paulo divulgou
o ranking do desempenho dos municípios
paulistas para o primeiro semestre que foram
classificados no programa. Em relação ao
último resultado, Votuporanga caiu da 23ª
posição para a 45ª, uma queda de 22
posições.
As categorias que Votuporanga deixou a
desejar, segundo o programa, foram:
Arborização Urbana, que caiu da nota 6.18
para 3.64; Biodiversidade - 8.86 para 6.3 e
Conselho Estadual - que teve uma queda
muito significativa, antes com a nota 10, este
ano com a nota 4.7.
Apesar do resultado negativo, apenas cidades
selecionadas do Estado participam e podem
receber o selo do programa. Nesta edição do
programa, a cidade campeã foi Botucatu, e a
melhor da região colocada foi São José do Rio
Preto no 6º lugar e Fernandópolis em 7º.
Gestão Junior Marão
Na gestão do ex-prefeito Junior Marão,
Votuporanga chegou a ser a segunda colocada
estadual. Isso foi no ano de 2015. Na gestão
do Prefeito João Dado, Votuporanga chegou a
ocupar o 4º lugar em 2017 (no primeiro
semestre), porém finalizou o ano na 55ª
posição.
Veja a evolução do ranking de Votuporanga
nos últimos anos:
2015 - 2º lugar (gestão Junior Marão)
2016 - 7º lugar (gestão Junior Marão)
2017 - 55ª lugar (gestão Dado)
2018 - 23º lugar (gestão Dado)
2019 (primeiro semestre) - 45º lugar (gestão
Dado)
O ranking completo pode ser acessado neste
link:
https://www.infraestruturameioambiente.sp.g
ov.br/verdeazuldigital/pontuacoes/
Programa Município VerdeAzul
Lançado em 2007 pelo Governo do Estado de
São Paulo, por meio da Secretaria de Estado
do Meio Ambiente, o Programa Município
VerdeAzul - PMVA tem o inovador propósito
de medir e apoiar a eficiência da gestão
ambiental com a descentralização e
valorização da agenda ambiental nos
municípios.
Assim, o principal objetivo do PMVA é
estimular e auxiliar as prefeituras paulistas na
elaboração e execução de suas políticas
públicas estratégicas para o desenvolvimento
sustentável do estado de São Paulo.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=27876334&e=577
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10
Grupo de Comunicação
Veículo: Guarulhos Hoje
Data: 24/07/2019
Inventário da Cetesb classifica aterro de
Guarulhos adequado para descarte
Antônio Boaventura
Inventário produzido pela Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb) no ano passado aponta que o aterro
sanitário de Guarulhos reúne condições
normais para realizar as operações de
descarte de resíduos sólidos. No entanto, em
dezembro de 2018 com o deslizamento de
terra na área, as atividades foram
prejudicadas, o que rendeu uma multa de R$
145 mil à prefeitura.
O caso também é alvo de investigação do
Ministério Público Estadual (MPE), através
Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente
(Gaema Cabeceiras), e que também estaria na
mira do Ministério Público Federal.
O estudo elaborado pelos técnicos da
Cetesb indica que em 2018, 97,8% das 40,7
mil toneladas geradas diariamente no Estado
foram dispostas em aterros avaliados como
adequados – ou seja, que atendem às
especificações técnicas da companhia para
descarte e manejo correto, como questões de
engenharia e de localização geográfica.
“Em fevereiro criamos na Secretaria o Comitê
de Integração de Resíduos Sólidos para
trabalhar de forma regionalizada soluções
definitivas para separação e reutilização dos
resíduos sólidos urbanos no Estado”, explica o
secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente,
Marcos Penido.
O aporte de recursos de programas com
financiamento governamental como Fundo
Estadual de Prevenção e Controle da Poluição
(Fecop) e o Fundo Estadual de Recursos
Hídricos (Fehidro), contribuem para a solução
dos problemas ambientais e sanitários no
Estado.
Com perspectiva desde dezembro de 2017, a
prefeitura vem protelando a publicação do
edital para concorrência da gestão do aterro
sanitário, que segundo a administração
pública, continua sem definição. Em
decorrência deste impasse, a Proactiva Meio
Ambiente Brasil Ltda., subsidiária do grupo
francês Veolia, se mantém há quase 20 meses
como responsável pelo ativo.
A subsidiária da francesa Veolia assinou
contrato com a municipalidade pelo período de
180 dias por um valor aproximado de R$ 13
milhões, em dezembro de 2017. Ela substitui
a empresa Landfill Engenharia Ambiental, que
deixou a gestão do aterro por não ter
apresentado a documentação necessária para
participar do processo de seleção das
empresas concorrentes.
http://cloud.boxnet.com.br/y558ks5z
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Grupo de Comunicação
Veículo: Repórter Diário
Data: 25/07/2019
Diadema e Santo André despencam no
índice de saneamento
George Garcia
Semasa não conseguiu diminuir as perdas do sistema de
abastecimento. (Foto: Banco de Dados)
O Ranking do Saneamento Básico elaborado
pelo instituto Trata Brasil e divulgado nesta
terça-feira (23/07) mostra a queda na
qualidade dos serviços de forma bastante
significativa em Diadema, onde o serviço é
realizado pela Sabesp, e em Santo André,
onde a água e o esgoto são atribuições da
autarquia Semasa (Serviço de Saneamento
Ambiental de Santo André) por enquanto, já
que esse trabalho passará para a Sabesp nos
próximos meses. De outro lado Mauá e São
Bernardo melhoraram suas posições no
ranking.
Para o presidente do instituto Trata Brasil,
Édison Carlos, a chave para a melhora dos
índices de saneamento é o investimento. “A
diferença entre os 20 melhores e os 20 piores
colocados é o investimento. Por isso chama a
atenção o descolamento entre as melhores e
piores cidades. Quem se destaca é porque fez
investimentos à longo prazo e quem está lá
embaixo no ranking é porque não melhora os
investimentos há muitos anos. Temos falado
da relação do investimento e os benefícios há
muito tempo, pois o saneamento ajuda a
melhorar muitas outras coisas, a saúde
principalmente”, destaca.
Quatro cidades do ABC figuram entre as 100
melhores, sendo que duas conseguiram
melhorar seus índices e as demais registraram
queda significativa na lista. Mauá é a melhor
colocada da região está em 24º lugar e
melhorou na comparação com levantamento
de 2018, subindo uma posição. “Mauá já tinha
números muito bons desde que a BRK
Ambiental assumiu a coleta e tratamento de
esgotos”, comentou Édison Carlos. Por sua vez
a empresa de saneamento comemorou a
melhora no ranking. “O avanço dos índices de
coleta e tratamento de esgoto na cidade de
Mauá são reflexo da continuidade dos
investimentos já da ordem de R$ 250 milhões
realizados pela BRK Ambiental,
proporcionando a ampliação do Sistema
Público de esgotamento Sanitário, a
construção de uma Estação de Tratamento de
Esgoto na cidade (ETE-Mauá) que já trata em
torno de 50 milhões de litros por dia e a
consequente despoluição de cursos d´água e
córregos que cortam o município”, informa em
nota.
Depois de Mauá vem São Bernardo, onde a
distribuição de água e a coleta e tratamento
de esgotos são responsabilidade da Sabesp. O
município deu um salto grande passando da
44ª posição no ano passado para a 33ª este
ano. Os números que fizeram a cidade subir
no ranking foi a melhoria da coleta em dois
pontos percentuais, melhoria no tratamento
de esgotos em 5 pontos e redução das perdas
de 41% para 38%.
Piora
Diadema, onde o serviço também é da Sabesp
desde 2014, com a extinção da autarquia
Saned, a realidade é bem diferente de São
Bernardo. O município caiu 15 posições
passando da 40ª posição em 2018 para a 55ª
colocação. De acordo com o Instituto a cidade
caiu por conta do baixo investimento e acabou
sendo superada por outros municípios. O
tratamento de esgotos caiu de 22% para 18%
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Grupo de Comunicação
e o índice de perdas na rede de distribuição
subiu sensivelmente de 22,8% para 23%.
Santo André também caiu várias posições no
levantamento do Instituto Trata Brasil, foram
sete posições perdidas em um ano. Em 2018 a
cidade estava na 43ª colocação e este ano
passou para a 50ª. O índice de tratamento de
esgotos, que caiu de 42% para 35%, e o
aumento das perdas na rede de distribuição de
39,7% para 45,8%, foram os quesitos que
contribuíram para a piora do desempenho da
cidade segundo explica o instituto.
O Semasa, em nota, discorda dos números do
instituto. “Os dados utilizados pelo Trata Brasil
para compor o ranking são do ano base 2017
do SNIS. Entre 2016 e 2017, houve
divergência no sistema de medição do esgoto
enviado para tratamento junto à Sabesp.
Naquele ano (2017), o índice de tratamento
de esgoto em Santo André era 41% e não
35%, como está no ranking divulgado pelo
estudo hoje. Além disso, atualmente, o
Semasa já apresenta indicadores de
tratamento de esgoto superiores. A média
tratada em 2018 foi de 46% e a expectativa é
manter o mesmo indicador em 2019. Já o
índice médio de perdas de água em Santo
André era de 47% no início de 2017, sendo
que caiu para cerca 43% hoje, fruto de
trabalho constante de combate às perdas da
autarquia. Destacamos que a Prefeitura de
Santo André e o Semasa estão em tratativas
com a Sabesp, que assumirá os serviços de
água e esgoto na cidade. A perspectiva é que
a cidade passe a receber mais investimentos
em saneamento, o que resultará em melhorias
nos índices de distribuição de água e
tratamento de esgoto”.
Sabesp
Em nota, a Sabesp se pronunciou sobre o
ranking Trata Brasil. A estatal explicou a
situação de São Bernardo, mas no caso de
Diadema, discorda dos números apresentados.
“A Sabesp tem um plano de investimentos de
R$ 110 milhões em São Bernardo, que serão
aplicados em duas etapas e vão tornar ainda
melhor o saneamento no município. São obras
para a instalação de 9 válvulas redutoras de
pressão e substituição de redes, para melhorar
o sistema de abastecimento de água e reduzir
perdas. Ao todo, serão renovados 172 km de
tubulações de água, o equivalente à distância
entre São Paulo e Campos do Jordão e que
representa uma economia de 1,4 bilhão de
litros de água a cada ano, após a conclusão do
programa. A primeira etapa contempla as
regiões do Taboão, Rudge Ramos, Mussolini,
Vila Marchi, Assunção, Centro e Nova
Petrópolis. Serão substituídos 87,7 km de
redes, beneficiando 180 mil moradores. Na
segunda etapa serão renovados 83,9 km de
redes, atendendo os bairros Pauliceia, Cacilda
e Nova Petrópolis/Centro. Além disso, estão
em andamento as obras do Programa Pró-
Billings, que vai ampliar a coleta e o
tratamento de esgoto no ABC, melhorando a
qualidade de vida da população e preservando
o manancial. O Pró-Billings também ajuda a
elevar o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) e a reduzir a mortalidade infantil e
doenças de veiculação hídrica. Com as obras,
o esgoto de 250 mil pessoas será transportado
até a estação de tratamento, beneficiando
indiretamente também os demais municípios
do ABC. Serão instalados 133 km de grandes
tubulações de esgoto e 39 estações para o
bombeamento do esgoto até a estação de
tratamento. Ao todo serão investidos R$ 200
milhões”, sustentou a companhia.
Sobre Diadema, a Sabesp discorda dos dados
do Trata Brasil e informa que os índices de
saneamento apresentam melhora constante
desde que a Companhia voltou a operar o
serviço no município, em 31 de março de
2014. “Desde aquela data, muitas melhorias
foram realizadas, com investimentos de R$
200 milhões no período. E, com um plano de
investimentos de R$ 529 milhões, as obras e
ações a serem realizadas proporcionarão a
universalização do saneamento da cidade,
13
Grupo de Comunicação
com abastecimento de água, coleta e
tratamento de esgoto garantidos aos
moradores das áreas regulares até 2025. Em
relação à coleta de esgoto, as obras para
melhoria no serviço aumentaram de 24% para
52% o índice de tratamento de esgoto.
Somente na comparação entre 2017 e 2018, o
índice de tratamento de esgoto passou de
45% para os 52%. No período de operação da
Sabesp, foram realizadas 15 mil novas
ligações de água (2.300 foram regularizações
em núcleos de baixa renda) e 10.600 ligações
de esgoto, sendo 600 em áreas de baixa
renda, principalmente nos bairros como
Caviúna, Iguassu, Beira-Rio e Sítio Joaninha,
entre outros. No caso do fornecimento de
água, a primeira grande obra do período de
operação da Sabesp foi a travessia do
Reservatório Nações para o Reservatório Real,
permitindo a regularização do abastecimento.
Dentre as ações, vale destacar a implantação
de 23 válvulas redutoras de pressão,
substituição de 24 km de redes antigas e de 9
mil ramais de água, assentamento de 8 km de
novas redes e a construção de 3 estações de
bombeamento. Essas ações levaram à
diminuição das perdas de água, com redução
de 26% do número de vazamentos e a
economia de 1,5 bilhão de litros de água”,
sustentou a Sabesp.
http://cloud.boxnet.com.br/yxu5jybn
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14
Grupo de Comunicação
Veículo: CBN Campinas
Data: 24/07/2019
Estado garante barragem de Pedreira em
operação em 2021
Por André Berenguel –
Já são quase cinco anos de debates e embates
entre as várias partes envolvidas na obra mas
o fato é que a barragem de Pedreira, no
interior paulista, anunciada pelo Governo de
São Paulo depois da crise hídrica de 2014
como uma das principais medidas para
combater a estiagem, está longe de ser
concluída.
A barragem de Pedreira faz parte do projeto
de um novo sistema reservatório de água que
deve abastecer cinco milhões de pessoas em
20 cidades da região de Campinas, inundando
uma área de 3 km².
Uma placa instalada no local aponta o início
das obras em março de 2018 com previsão de
conclusão em 30 meses, o que dará setembro
de 2020. O Secretário Estadual de
Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos
Penido, porém, afirmou que os trabalhos
devem ser concluídos no segundo semestre de
2021. O investimento previsto no local é de R$
230 milhões e até o momento, foram
investidos R$ 33,8 milhões, entre
desapropriação e obra.
Cássio Scabora é integrante da Comissão
Barragem Não! e cita as principais questões
que levam o grupo a se posicionar contra a
construção da barragem. Nas ruas da cidade
as moradoras se dividem quanto a realização
da obra.
Um pedido de embargo, feito pela prefeitura
de Pedreira, foi negado pela justiça este ano.
O prefeito Hamilton Bernardes (PSB),
comentou que o Estado não tem a licença
municipal para realização das obras.
O Secretário estadual garantiu que as obras
estão dentro do cronograma e afirmou que
estão dentro da legislação vigente. Ele
ressaltou que Pedreira não terá prejuízos com
a barragem.
De acordo com o Estado, está prevista para
agosto uma reunião entre representantes do
governo e moradores, para tranquilizar a
população a respeito do assunto.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=27893626&e=577
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15
Grupo de Comunicação
Veículo1: Jornal Destak Campinas
Data: 25/07/2019
Grande SP registra ualidade o ar ruim
http://cloud.boxnet.com.br/yxv3dkpt
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16
Grupo de Comunicação
Veículo: Barueri na Rede
Data: 25/07/2019
Governo estadual qualifica Barueri como
cidade sustentável
Redação BnR
Município ficou em 61º lugar no ranking deste
ano, ficando à frente das cidades da região e
da também capital
O Programa Município VerdeAzul (PMVA),
do governo estadual, qualificou Barueri como
cidade sustentável. No ranking deste ano, o
município ficou em 61º lugar, entre 542
cidades avaliadas.
O título foi entregue pela Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado
de São Paulo em uma cerimônia em Bauru,
no último dia 11/7. De acordo com a gestão
estadual, a qualificação é um simulado para a
certificação, que ocorre ao fim de cada ciclo
anual. Este ano, 164 cidades receberam a
qualificação, de um total de 638 inscritas.
Tratamento animal é um dos pilares que
Barueri considera como trunfo na subida do
ranking/ Fotos: Divulgação
Neste ano, Barueri ficou em 61º lugar, com
nota média de 59.75, sendo maior que o ano
anterior. Os quesitos mais bem avaliados
foram o item Município Sustentável, com nota
7, e o Conselho Ambiental da cidade, com 9,2.
Já os que receberam as menores notas foram
a Arborização Urbana, com 3,35, e a Gestão
de Águas, com 3,65.
Segundo a prefeitura, contribuíram para a
alçada da cidade no ranking da
sustentabilidade de 2019 as ações de proteção
animal, os trabalhos do Conselho Municipal de
Meio Ambiente, os cursos de formação
ambiental e as coletas seletiva e de entulho.
O Programa Município VerdeAzul
O PMVA (confira a ação aqui) foi lançado em
2007 para estimular e auxiliar as prefeituras a
elaborar e executar políticas públicas voltadas
ao desenvolvimento sustentável. Já a
certificação teve início em 2008, em que o
município tem que cumprir 85 tarefas, nas
áreas de Município Sustentável, Estrutura e
Educação Ambiental, Conselho Ambiental,
Biodiversidade, Gestão das Águas, Qualidade
do Ar, Uso do Solo, Arborização Urbana,
Esgoto Tratado e Resíduos Sólidos.
No primeiro ano do programa, 2008, Barueri
teve nota 37,18. Desde o início da avaliação, a
maior nota foi recebida em 2015, com 77,61.
No ano passado, a cidade foi avaliada em
59,18, ficando na posição 123. Neste ano, o
município subiu no ranking chegando ao 61º
lugar, com 59.75.
Com a conquista deste ano, Barueri ficou à
frente das cidades da região, sendo que
Osasco ocupou a 124ª posição, Santana de
Parnaíba a 136ª, Itapevi a 367ª, Carapicuíba a
405ª, Cotia a 489ª e Jandira foi a pior
avaliada, em 539ª. Número que também foi
mais alto do que a capital São Paulo, em 96ª.
A cidade melhor colocada do estado foi
Botucatu, seguida de Lençóis Paulista e São
Pedro do Turvo, todas no interior paulista.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=27873411&e=577
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17
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Jornal 1470
Data: 25/07/2019
Estado de SP destina 95,6% de seu lixo
para aterros adequados
RÁDIO JORNAL 1470 AM/INDAIATUBA | BOM
DIA INDAIATUBA Data Veiculação:
25/07/2019 às 07h26
Duração: 00:01:57
Transcrição
inventário estadual de resíduos sólidos,
Cetesb, 645 municípios, 612, descartaram,
aterros, adequados,
http://cloud.boxnet.com.br/y6jz7pth
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18
Grupo de Comunicação
Veículo: SB 24 horas
Data: 24/07/2019
Santa Bárbara d´Oeste tem a pior nota da
Cetesb em descarte de resíduos sólidos
Redação
24horas Santa Bárbara d´Oeste
Santa Bárbara d'Oeste é o único município da
RMC (Região Metropolitana de Campinas), que
descarta seus resíduos sólidos urbanos em
aterro classificado como inadequado. A
informação consta no Inventário Estadual
de Resíduos Sólidos Urbanos 2018,
divulgado pela Cetesb (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo).
Além do município barbarense, outras 27
cidades do Estado de São Paulo, o
correspondente a 4,4%, também receberam
avaliação negativa. Dos 645 municípios
paulistas, 612 descartam os resíduos em
aterros adequados, o que equivale a 95,6% do
total. Nesse levantamento, não foram
incluídos dados de cinco municípios que
dispõem seus lixos em outros estados.
Santa Bárbara recebeu avaliação 3,5 no IQR
(Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos),
que considera de 0,7 a 7,0 condições
inadequadas. Os municípios avaliados entre
7,1 e 10,0 são os que descartam os resíduos
em aterros adequados. Em 2016, a avalição
também foi negativa. Naquele ano, o IQR
barbarense foi de apenas 1,8. Entre os anos
de 2011 e 2015 e 2017, o município recebeu
avaliação positiva da Cetesb.
REVISÃO
A Secretaria de Meio Ambiente de Santa
Bárbara informou, por meio da Assessoria de
Imprensa, que vai solicitar a revisão da nota
junto à Cetesb. A pasta ressalta que os
acontecimentos pontuais de operação do
aterro foram devidamente sanados e durante
esse período, o município manteve o
tratamento correto dos resíduos, inclusive com
a qualificação para manutenção do selo de
Município Verde Azul. 'Vale lembrar, que
Santa Bárbara d'Oeste é a única cidade da
região que possui Aterro Sanitário próprio',
conclui a nota oficial.
O relatório anual avaliou os municípios de
Americana, Campinas, Hortolândia, Nova
Odessa e Sumaré com nota 9,8. Com exceção
de Americana, que descarte os resíduos na
própria cidade, os demais utilizam o aterro
regional de Paulínia, criado para auxiliar as
cidades que com dificuldades em descartar
seus resíduos sólidos.
INVENTÁRIO
A Cetesb, desde 1997, disponibiliza
anualmente, para população, informações
sobre as condições ambientais e sanitária das
áreas de destinação final de resíduos sólidos
urbanos nos municípios paulistas, publicadas
no Inventário Estadual de Resíduos Sólidos
Urbanos.
O levantamento reflete as condições
ambientais dos sistemas em operação de
compostagem e de disposição final de resíduos
em aterro, a partir de dados coletados e
consolidados até 2018, em cada um dos 645
municípios do Estado.
O método utilizado para avaliação foi o Índice
de Qualidade de Aterro de Resíduos - IQR,
oficializado no Inventário de 2012. A
metodologia agrega novos critérios de
pontuação e classificação dos locais de
destinação, incorporando o conhecimento e a
experiência adquirida ao longo dos 50 anos da
Cetesb. As informações coletadas nas
inspeções realizadas pelos técnicos foram
processadas a partir da aplicação de um
questionário padronizado, que avalia as
características locacionais, estruturais e
operacionais.
O estudo elaborado pelos técnicos da CETESB
indica que em 2018, 97,8% das 40,7 mil
toneladas geradas diariamente no Estado
foram dispostas em aterros avaliados como
adequados. A população urbana atendida por
aterros com disposição adequada, entre 2011
19
Grupo de Comunicação
e 2018, passou de 81,8% de habitantes
servidos para 97,5%.
REPERCUSSÃO
'Em fevereiro criamos na Secretaria, o Comitê
de Integração de Resíduos Sólidos para
trabalhar de forma regionalizada soluções
definitivas para separação e reutilização dos
resíduos sólidos urbanos no Estado', explicou
o secretário de Infraestrutura e Meio
Ambiente, Marcos Penido.
'A melhoria das condições ambientais nas
áreas para disposição de resíduos se deve ao
conjunto de ações de controle e às políticas
públicas exercidas pela Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente e a CETESB. O
foco é erradicar a disposição inadequada no
Estado e aprimorar as ações técnicas, para
obter uma evolução significativa nos
resultados', explicou a diretora-presidente da
CETESB, Patrícia Iglecias.
Para conferir o estudo completo clique aqui:
https://cetesb.sp.gov.br/residuossolidos/wp-
content/uploads/sites/26/2019/06/Invent%C3
%A1rio-Estadual-de-Res%C3%ADduos-
S%C3%B3lidos-Urbanos-2018.pdf
Fonte: Região Hoje
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=27869916&e=577
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20
Grupo de Comunicação
Veículo: Futurismólogo
Data: 25/07/2019
Parque Estadual da Cantareira São
Paulo SP - Turismo
O Parque Estadual da Cantareira é uma
Unidade de Conservação de Proteção Integral
paulista que abrange parte da Serra da
Cantareira. A condição de Parque Estadual foi
adotada em 1962 e regularizada pelo Decreto
Estadual nº 41.626 de 1963. Porém, apenas
em 1968 foi publicado o decreto que
oficializou sua criação (nº 10.228/68). Na
época, o nome foi definido como Parque
Turístico da Cantareira. No ano de 1986 ele
passou a se chamar Parque Estadual da
Cantareira.
Em outubro do ano de 1994, a UNESCO o
declarou como parte da Reserva da Biosfera
do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo.
Atualmente, é gerenciado pela Fundação
para Conservação e a Produção Florestal
do Estado de São Paulo (ou Fundação
Florestal) – fundação vinculada à Secretaria
do Meio Ambiente do Governo de São Paulo,
que foi criada com o intuito de conservar,
ampliar e administrar florestas pertencentes
ao estado de São Paulo.
Sua maior proporção se encontra na Zona
Norte de São Paulo, mas também abrange
áreas dos municípios de Mairiporã, Guarulhos
e Caieiras.
O parque, que possui 7.916,52 hectares, é a
quarta terceira área verde urbana do país,
superada apenas pela Reserva Floresta Adolfo
Ducke (10 000 hectares) em Manaus e pelo
Parque Estadual da Pedra Branca (12 500
hectares) no Rio de Janeiro.
Atrações
Existem quatro núcleos de visitação: Pedra
Grande, Águas Claras, Engordador e
Cabuçu.
Núcleo Pedra Grande
É o mais visitado do parque e também o
primeiro aberto à visitação no ano de 1989,
oferecendo ao publico um contato direto com
a Mata Atlântica mesmo estando perto da
Praça da Sé. Destaca-se o contraste do
natural com o urbano. Possui quatro trilhas:
Trilha da Pedra Grande
Distância: 6.780m
Caminhada: 3h
Dificuldade: Difícil
Proporciona a vista panorâmica de São Paulo,
leva ao Lago (no Núcleo Águas Claras) e ao
Mirante da Pedra Grande.
Trilha das Figueiras
Distância: 1.200m
Caminhada: 1h
Dificuldade: Médio
O visitante encontra grandes exemplares de
figueiras, que deram nome à trilha, além dos
matacões (rochas graníticas) e leva a um
maior contato com a fauna e flora.
Trilha da Bica
Distância: 1.500m
Caminhada: 1h
Dificuldade: Médio
Possui a Bica de água e um maior contato com
fauna e flora
Trilha do Bugio
Distância: 300 m
Caminhada: 15 minutos
Dificuldade: Fácil
Nela observam-se facilmente os macacos
Bugios. É mais utilizada com crianças
pequenas, idosos e deficientes físicos.
Indicações para as trilhas do núcleo Pedra
Grande
21
Grupo de Comunicação
Outros Atrativos Históricos Culturais: Museu
da Pedra Grande e Bosque
Comunidades tradicionais: Não há dentro do
parque
Esportes radicais: Caminhada, Trekking
Capacidade da sala de conferência: Não há
Capacidade do auditório: 40
Lanchonete: Não há
Quiosques / área de piquenique: 2 áreas para
piquenique
Camping: Não é possível acampar
Facilidades no entorno (pousada, restaurante,
transporte coletivo): Possui transporte coletivo
na porta do Horto Florestal (aproximadamente
900 m da portaria do Núcleo), restaurantes e
lanchonetes
Tipo de acesso (asfalto, terra, mar): Rua
asfaltada
Distância da capital: Localiza-se na cidade de
São Paulo
Distância das cidades mais próxima:
Aproximadamente 10 km do centro da cidade
de São Paulo
Panorama de São Paulo vista do Núcleo Pedra
Grande.
Núcleo Engordador
O nome nasceu da fazenda que existia ali no
final do século XVII, onde era realizada a
"engorda" do gado. Mas também alguns dizem
que o nome deriva do fato de que local
concentrava inúmeros córregos e riachos da
região que acabavam engordando o Rio
Engordador d'água. Possui três trilhas:
Trilha da Cachoeira
Distância: 3.000m
Caminhada: 1h30
Dificuldade: Médio
Encontram-se cachoeiras, córregos, flora
exuberante e canos do antigo sistema de
abastecimento
Trilha do Macuco
Distância: 646m
Caminhada: 30 minutos
Dificuldade: Fácil
A trilha margeia o Córrego do Curupira, além
de passar entre os canos que faziam parte do
antigo sistema de abastecimento.
Trilha da Mountain Bike
Distância: 4.000m
Caminhada: 50 minutos
Dificuldade: Médio
Possui obstáculos naturais e flora exuberante
Outros Atrativos Históricos Culturais: Casa da
Bomba, Represa, Ducha do Guarú, Cachoeiras
e Recanto das Águas
Comunidades tradicionais: Não há dentro do
parque
Esportes radicais: Mountain Bike e Caminhada
Trekking
Capacidade da sala de conferência: Não há
Capacidade do auditório: 80 pessoas
Lanchonete: Não há
Quiosques / área de piquenique: 2 áreas para
piquenique
Camping: Não é possível acampar
Facilidades no entorno (pousada, restaurante,
transporte coletivo): Possui transporte coletivo
na Avenida Coronel Sezefredo Fagundes
(aproximadamente a 700m da portaria do
Núcleo).
Tipo de acesso (asfalto, terra, mar): Asfalto e
pequena estrada de terra
Distância da capital: Localiza-se na cidade de
São Paulo
Distância das cidades mais próxima:
Aproximadamente 22 km do centro da cidade
de São Paulo
Núcleo Águas Claras
O Núcleo Águas Claras, localizado no
município de Mairiporã, sendo mais voltado
mais para a educação ambiental (com foco na
preservação dos rios). Seu nome deriva de
uma microbicida em que o núcleo esta
inserido que da origem ao Ribeirão Águas
Claras. Foi aberto ao público no ano de 2000 e
conta com aproximadamente 80% de sua área
total decretada como Área de Proteção aos
22
Grupo de Comunicação
Mananciais. Nele, podem-se percorrer cinco
trilhas:
Trilha das Águas
Distância: 320m
Caminhada: 20 minutos
Dificuldade: Fácil
Percorre o ribeirão de mesmo nome e
pequenas corredeiras.
Trilha da Suçuarana
Distância: 3.700m
Caminhada: 1h30
Dificuldade: Fácil
Vegetação exótica introduzida (pinheiros),
flora nativa exuberante e dá acesso ao lago e
ao Mirante da Pedra Grande.
Trilha da Samambaiaçu
Distância: 1.410m
Caminhada: 50 minutos
Dificuldade: Médio
Seu principal atrativo é a Alameda de
Samambaiaçu
Outros Atrativos Históricos Culturais: Lago
Comunidades tradicionais: Não há dentro do
parque
Esportes radicais: Caminhada Trekking
Capacidade da sala de conferência: Não há
Capacidade do auditório: 50 pessoas
Lanchonete: Não há
Quiosques / área de piquenique: 1 área para
piquenique
Camping: Não é possível acampar
Facilidades no entorno (pousada, restaurante,
transporte coletivo): Não possui transporte
coletivo
Tipo de acesso (asfalto, terra, mar): Estrada
de asfalto
Distância da capital: Localiza-se em Mairiporã
Distância das cidades mais próxima:
Aproximadamente 19 km do centro da cidade
de SP
Núcleo Cabuçu
O núcleo Cabuçu, localizado no município de
Guarulhos, é o mais recente de todos. Foi
aberto para visitação em 2008 e conta com
cerca de 1/3 da área do parque (1.619,4
hectares). Para seu nome existem duas
explicações, uma delas teria como origem a
língua tupi guarani (em que “Caba” significa
Vespa e “Açu” Grande formando Vespa Grande
que é uma espécie encontrada no local), já a
outra o nome teria origem pela espécie de
árvore Cabuçu (Miconia cabussu) que existe
em grande quantidade na área. O local foi
aberto à visitação pública em 2008. Nele,
podem ser feitas cinco trilhas:
Trilha do Tapiti
Distância: 250 m
Caminhada: 20 minutos
Dificuldade: Fácil
Possui Araucárias, Cabuçus e Cambucis
Trilha da Jaguatirica
Distância: 1.000m
Caminhada: 50 minutos
Dificuldade: Média
Nela o visitante percebe o contraste entre
espécies introduzidas há décadas (pinheiro e
bambu) e a exuberante vegetação nativa.
Trilha da Sagüi
Distância: 730m
Caminhada: 30 minutos
Dificuldade: Média
Seu atrativo principal é um antigo forno usado
para a produção de carvão vegetal, além de
pequenos córregos afluentes da represa. É
comum avistar um bando de sagüis-da-serra-
escuro que frequenta a área.
Trilha da Cachoeira
Distância: 5.220m
Caminhada: 3h
Dificuldade: Difícil
Possui cursos d´água e cachoeira
Outros Atrativos Históricos Culturais:
Barragem do Cabuçu, Clarificador, Recanto do
Bugio, forno para produção vegetal e
cachoeira
Comunidades tradicionais: Não há dentro do
parque
Esportes radicais: Caminhada Trekking
Capacidade da sala de conferência: Não há
Capacidade do auditório: 99 pessoas
Lanchonete: Não há
Quiosques / área de piquenique: 2 áreas para
piquenique
Camping: Não é possível acampar
23
Grupo de Comunicação
Facilidades no entorno (pousada, restaurante,
transporte coletivo): Possui transporte coletivo
na porta do Núcleo e hotel nas imediações
Tipo de acesso (asfalto, terra, mar): Rua
asfaltada
Distância da capital: Localiza-se em Guarulhos
Distância das cidades mais próxima:
Aproximadamente 24 km do centro da cidade
de São Paulo
Aspectos naturais
O Parque Estadual da Cantareira está
inserido em seis bacias hidrográficas, sendo:
do rio Cabuçu de Baixo, do ribeirão Santa
Inês, do ribeirão Águas Claras, do ribeirão São
Pedro, do rio Baquirivu e do rio Cabuçu de
Cima. Representando parte das áreas destas
bacias, suas terras abrigam as nascentes
desses rios.
Relevo e clima
Relevo
O ponto mais baixo é de 750m na Barragem
do Cabuçu e mais alto atinge 1200 m no Morro
do Pavão (Pau Furado).
Segundo o Mapa de Unidades de Relevo do
Brasil, a região localiza-se nas Escarpas e
Reversos da Serra do Mar e da Mantiqueira,
que constitui o denominado Planalto Atlântico.
Nesse planalto a área ocupa a zona de contato
entre as Colinas de São Paulo do Planalto
Paulistano, onde ocorrem relevos de Morrotes
baixos e de Colinas pequenas com espigões
locais; e a Serrania de São Roque, que é
constituída por Morros arredondados, Mar de
Morros, Morros com serras restritas e Serras
alongadas.
A área esta localizada na borda norte do Rift
Continental do Sudeste do Brasil, ocupando a
zona limítrofe entre a Bacia de São Paulo e a
Bacia de Taubaté, no contato entre os
sedimentos terciários e as rochas do
embasamento cristalino, que em vários pontos
esta associada a linhas de falhas, coincidentes
com zonas de cizalhamento proterozóicas.
Condicionados pelas diferentes tipos de rocha
e de relevo foram identificados na área, à
presença de Argissolo Vermelho-Amarelo e
Latossolo Vermelho-Amarelo, que se associam
a: Latossolo Câmbico, Cambissolo Háplico,
Afloramento Rochoso, e Gleissolos Háplico nas
planícies fluviais e fluvio-coluviais.
Clima
O clima na região é classificado como
mesotérmico e úmido com verão chuvoso e
inverno seco (Cwa de Koeppen), em que os
meses com temperaturas médias mais
elevadas são janeiro e fevereiro, com 23ºC e
22,8ºC, respectivamente, e os meses com
temperaturas mais reduzidas são junho e
julho, com 16,6ºC e 16,5ºC, respectivamente.
Apesar da temperatura média no Parque se r
de 19,9ºC, podem ocorrer temperaturas
máximas absolutas acima dos 34º C, o que
ocorreu nos meses de janeiro, outubro e
dezembro.
O período chuvoso estende-se de outubro a
março, sendo o período seco entre os meses
de abril a setembro. A precipitação média
anual é de 1.322 mm por ano (série 1992-
2007), sendo que o mês mais chuvoso é
Janeiro (229,8 mm) e o mês mais seco é
Agosto (31,7 mm).
Fauna e flora
Fauna
Tucano-de-bico-verde no parque.
Em relação à fauna estima-se que um total de
388 espécies de vertebrados esteja presente
no Parque, dos quais 97 são mamíferos, 233
são aves, 28 são anfíbios, 20 são répteis e 10
são peixes. Para invertebrados, há registros
de 478 espécies, das quais 91 espécies de
abelhas, 303 espécies de aracnídeos, 62
espécies de formigas e 22 espécies de
culicídeos. O total estimado de espécies da
fauna é de 866 espécies.
24
Grupo de Comunicação
Flora
Aranhas saltadoras se encaram em flores no
núcleo Águas Claras.
A principal formação vegetacional do PEC é a
Floresta Ombrófila Densa Montana em
diversos estágios de regeneração originada a
partir da regeneração florestal de áreas que
foram adquiridas no final do século XIX para o
abastecimento de água da cidade de São
Paulo. Predominam no Parque as florestas em
estádio médio de regeneração. Há poucos
trechos significativos de floresta em estágios
avançado e maduro.
Ao reunir as diversas fontes de informação,
foram selecionados registros referentes a 678
espécies no PEC. Essas espécies estão
distribuídas em 120 famílias e 338 gêneros.
Dentre essas espécies, 650 são angiospermas
(Magnoliophyta), 1 é gimnosperma
(Pinophyta) e 27 são pteridófitas
(Pteridophyta).
Histórico
Cantareira foi o nome dado à Serra pelos
tropeiros que faziam o comércio entre São
Paulo e as outras regiões do país, nos Séculos
XVI e XVII, devido à grande quantidade de
nascentes e córregos encontrados na região.
Era costume, na época, armazenar água em
jarros de barro, chamados cântaros, e os
apoios onde eram guardados chamavam-se
Cantareira. Possui uma área de 7.916,52
hectares, que abrangem os municípios de São
Paulo, Guarulhos, Mairiporã e Caieiras.
Sua maior porção está localizada na Zona
Norte de São Paulo, constituindo um
importante remanescente da Mata Atlântica na
metrópole, e de extrema relevância ecológica
para o Estado de São Paulo. Foi declarado
parte da Reserva da Biosfera do Cinturão
Verde da cidade de São Paulo pela UNESCO
em 1994.
É considerada uma das maiores florestas
urbanas do mundo, possuindo em seu entorno
uma alta densidade demográfica. É uma
região de inúmeras nascentes e diversos
cursos d’água, por isto exerceu papel
fundamental na história do abastecimento de
água na cidade de São Paulo, constituindo o
chamado “Sistema Cantareira Velho”. Vale
lembrar que o Parque constitui uma parte da
Serra da Cantareira e não toda ela.
Núcleo Pedra Grande Foi o primeiro núcleo
aberto ao público em 1989, oferece ao
visitante a oportunidade de um contato de um
contato direto com a Mata Atlântica, mesmo
estando a apenas 10 km em linha reta da
Praça da Sé.
Núcleo Engordador O nome Engordador é
atribuído ao local que concentrava inúmeros
córregos e riachos da região. Esses pequenos
cursos dágua engordavam o rio Engordador e
por isso ficou conhecido com este nome.
Núcleo Águas Claras Aberto ao público em
2000, através de uma parceria entre o
Instituto Florestal e a Congregação das
Associações da Serra da Cantareira (CASC),
seu nome deriva de uma microbacia em que a
área está inserida, dando origem ao Ribeirão
Águas Claras.
Núcleo Cabuçu Existem duas explicações
para o nome do Núcleo. Uma delas teria
origem na língua tupi guarani, na qual “Caba”
significa Vespa e “Açu” Grande, portanto
Vespa Grande. É uma espécie encontrada na
região. O nome também pode ter origem na
espécie de árvore Cabuçu (Miconia cabussu)
que ocorre em larga escala nessa área. O local
foi aberto à visitação pública em 2008.
Sobre a região Trata-se de um grande
fragmento de Mata Atlântica que abriga
diversas espécies de fauna e flora, inclusive
algumas que constam da Lista Oficial das
Espécies Ameaçadas de Extinção no Estado de
São Paulo, além de diversos mananciais que
outrora fizeram parte do antigo Sistema
Cantareira de Abastecimento de Águas de São
Paulo, por meio das represas do Engordador,
Barrocada e Cabuçu, além de pequenos
reservatórios e tanques.
Localização
Rua do Horto, 1799 – Horto Florestal – São
Paulo/SP
25
Grupo de Comunicação
Como chegar
Núcleo Pedra Grande Acesso pela Marginal
Tietê até Av. Eng. Caetano Alvares seguindo
pela Av. Sta. Ignês, Av Luís Carlos Gentille de
Laet, no cruzamento entrar à esquerda
seguindo a R. do Horto até n° 1.799.
Núcleo Engordador' Acesso pela Rod. Fernão
Dias até Km 79 sentido SP-BH, entrar na alça
de acesso para a Av. Coronel Sezefredo
Fagundes, n° 19.100 sentido Mairiporã.
Próximo à Pedreira Itacema
Núcleo Águas Claras' Marginal Tietê até a
Ponte do Limão, seguindo pela Av. Eng.
Caetano Alvares, Av. Água Fria até Av. Nova
Cantareira, seguindo-se em frente pela Av.
José Ermírio de Moraes. Próximo à divisa SP-
Mairiporã
Núcleo Cabuçu' Acesso pela Rod. Fernão
Dias até a Casa de David (Km 82 sentido SP-
BH), seguir pela Estrada das Três Cruzes até a
Av. Pedro de Souza Lopes (antiga Estrada do
Cabuçu), nº 7903
Ingressos
Ingresso: R$ 13 (crianças menores de 12
anos, adultos com mais de 60 anos e pessoas
com deficiência não pagam). Estudantes
pagam meia-entrada.
Dias e horário de funcionamento: sábado,
domingo e feriados, das 8h às 17h. Confirmar
nos núcleos os horários permitidos para
acesso às trilhas.
Fontes:
https://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Est
adual_da_Cantareira
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Estadual
_da_Cantareira
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=27912785&e=577
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26
Grupo de Comunicação
Veículo: Gazeta de Taubaté
Data: 25/07/2019
Taubaté e cidades do Vale caem na
qualidade do depósito de lixo sólido
Redação Gazeta de Taubaté
Vinte e seis dos 39 municípios (66%) do Vale
do Paraíba pioraram a qualidade do
tratamento do lixo em aterros de resíduos
sólidos urbanos, segundo levantamento da
Cetesb (Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo).
De acordo com o 'Inventário Estadual de
Resíduos Sólidos Urbanos 2018', os municípios
caíram na avaliação do IQR (Índice de
Qualidade de Aterro de Resíduo) na
comparação com 2017.
No estudo anterior, nove cidades do Vale
receberam nota máxima (10) da Cetesb,
representando 13,63% das 66 cidades
paulistas que ganharam pontuação máxima
por destinarem corretamente os resíduos
sólidos urbanos.
Na avaliação de 2018, nenhum município da
região alcançou a nota máxima.
No estado, os melhores caíram para 43
cidades.
O inventário reflete as condições ambientais
dos sistemas em operação de compostagem e
de disposição final de resíduos em aterro, a
partir de dados coletados e consolidados até
2018, em todo estado.
Segundo a Cetesb, a metodologia usa
critérios de pontuação e classificação dos
locais de destinação.
Neste ano, a pontuação máxima obtida no
Vale foi de 9,7, incluindo as quatro cidades do
Litoral Norte e Jambeiro, Paraibuna, Redenção
da Serra e Santa Branca.
Juntos, os municípios movimentaram 286,49
toneladas de lixo por dia no ano passado, 13%
do total das 2.193,82 toneladas diárias de lixo
na região.
Das cidades que mais movimentaram lixo no
Vale, apenas São José dos Campos (769,36
toneladas diárias, 35% do total) melhorou o
índice de IQR, passando de 9 para 9,2.
As demais pioraram: Jacareí (9,6 pata 9,2),
Taubaté (10 para 9,4), Guaratinguetá (9,8
para 9,2) e Pindamonhangaba (8,9 para 7,5),
o pior resultado da região. Os quatro
municípios recolheram 728,64 toneladas de
lixo por dia em 2018, 33,21% do total do
Vale.
Mesmo com o recuo na qualidade do
tratamento do lixo, nenhuma cidade foi
classificada como de 'condição inadequada'
(nota abaixo de 7) para os resíduos sólidos
urbanos.
Com exceção de aterros próprios, como no
caso de São José, 31 cidades do Vale enviam
seu lixo para três aterros particulares,
instalados em Tremembé (atende 9 cidades e
425,43 ton/dia), Cachoeira Paulista (14
cidades e 336,19 ton/dia) e Jambeiro (8
cidades e 286,49 ton/dia).
As cidades de Arapeí e Bananal não entram no
relatório por disporem seu lixo em Barra
Mansa (RJ).
CIESP.
Para a diretora-presidente da Cetesb,
Patrícia Iglecias, a queda da qualidade na
avaliação das cidades da região é pontual e
não preocupa.
'Não dá para tirar a conclusão porque essas
variações são pequenas e podem ser
atribuídas a alterações pontuais. O que temos
é um dado positivo', afirmou Patrícia.
Na prática, segundo ela, o estado alcançou
97,8% dos resíduos com disposição
considerada adequada. 'É um dado expressivo
e mostra que estamos perto do 100% de
disposição adequada. Avançamos'.
Celebrando o sumiço dos lixões à céu aberto
no estado, Patrícia disse que a
responsabilidade pelo lixo é de todos,
começando pela separação. 'Toda a história
começa nas mãos do consumidor'..
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=27912821&e=577
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Grupo de Comunicação
Veículo: Combate Racismo Ambiental
Data: 24/07/2019
Mananciais - Billings exemplifica um dos
maiores desafios nas regiões
metropolitanas: planejamento urbano
Ana Paula Cavalcanti
As leis de proteção dos mananciais existem
desde os anos 1970 (com atualização em
1997) e o problema da poluição das águas
formadoras do reservatório já é discutido
desde aquela época.
Por Sucena Shkrada Resk, do Blog Cidadãos
do Mundo
Aos 94 anos, a Represa Billings, na Bacia
Hidrográfica do Alto-Tietê, é considerada como
'a maior caixa d'água' da Região Metropolitana
de São Paulo (RMSP), além de ser um destino
ecoturístico em certos trechos, utilizada para
controle de cheias no rio Pinheiros e fonte
para a geração de energia na Usina
Hidroelétrica Henry Borden, em Cubatão. Com
1,2 bilhão de metros cúbicos de água, este
reservatório de usos múltiplos retrata, no
entanto, em anos consecutivos, os desafios e
ônus impostos pelo crescimento desordenado
das cidades.
O mais recente levantamento da série do
Projeto de Índice de Poluentes Hídricos (IPH)
da Universidade Municipal de São Caetano do
Sul (USCS) acentua um alerta recorrente
sobre a qualidade das águas em 164 pontos
de pesquisa. O levantamento tem sido feito
desde 2015 no reservatório, que abastece
mais de 1,6 milhão de pessoas principalmente
na zona Sul da capital e municípios do Grande
ABC (Santo André, São Bernardo do Campo e
Diadema), pelo Sistema Rio Grande.
Atualmente as análises estão sendo
aprimoradas com o sequenciamento genético
dos microorganismos e levantamento da
composição do que está no fundo do
reservatório.
A apuração expressa o quanto o saneamento
ambiental ainda é deficiente na região,
acarretando impactos em diferentes trechos
do reservatório. Neste ano, no braço do Rio
Grande, foi apurado que a qualidade da água
está regular; no dos rios Pequeno, Capivari e
Pedra Branca, boa; no de Taquacetuba,
regular próximo de ruim; no de Bororé, ruim;
nos de Grota Funda, Alvarenga, Cocaia (Corpo
Central), péssima. O resultado do
levantamento foi apresentado pela professora
e pesquisadora Marta Angela Marcondes,
coordenadora do projeto, durante o I Fórum
sobre Proteção de Mananciais - 10 Anos da Lei
Específica do Reservatório da Billings, neste
mês, na USCS.
Outro aspecto relevante nesta problemática é
a compreensão da ocupação e uso do solo. Na
sub-região Billings - Tamanduateí, o município
de Santo André tem 54% de sua área total
inseridos em Área de Proteção de Mananciais
(APM); São Bernardo do Campo (53%);
Diadema (22%), Mauá (19%) e Ribeirão Pires
(64%) e Rio Grande da Serra (100%), além
de parte de São Paulo (11%).
São inúmeros fatores que levam a esta
poluição hídrica. A deficiência da coleta e de
tratamento de esgoto doméstico e de
efluentes industriais na maioria dos
municípios; a lentidão de décadas para a
despoluição dos rios Tietê, Pinheiros e
Tamanduateí e afluentes, o aumento irregular
de imóveis e desmatamento no entorno da
represa, como também o despejo irregular de
efluentes agrícolas e de resíduos sólidos. Um
risco à saúde ambiental, com bactérias de
todos os tipos, causadoras de problemas
gastrointestinais e de pele, além dos resíduos
tóxicos provenientes de metais pesados.
Soma-se a isso, a interferência dos períodos
de chuva e estiagem que acentuam os
problemas.
Onde a situação é avaliada como melhor, a
exemplo do braço Capivari, a justificativa é de
que a região é ainda bem isolada, pouco
urbanizada e mantém matas preservadas e
relevo acidentado.
Análise do fundo do reservatório
O Projeto IDH/USCS, desde o ano passado,
está aprimorando a análise das águas do
28
Grupo de Comunicação
reservatório e novos alertas surgem. 'Também
estamos estudando o fundo do reservatório,
que são acúmulos de profundidade de oito a
20 metros. A situação é de ruim a péssima,
nos trechos de Bororé e Grota Funda', diz a
bióloga. É um universo de lodo e de uma
diversidade de elementos, como
microplásticos e metais pesados.
Em abril deste ano, moradores de municípios
do Grande ABC se depararam com uma água
de tom amarelo e marrom e odor
desagradável, que saia das torneiras.
Segundo a Sabesp, a cor era proveniente da
quantidade superior de ferro e manganês, que
emergiu do fundo da represa, com o fluxo de
água provocado pelo excesso de chuva da
represa do Rio Grande para a Billings. Algo
que não ocorria desde 2013.
Nas águas da Billings, ainda são encontrados
fármacos, hormônios, antibióticos, agrotóxicos
e microcistina (toxina por pequenos
organismos), que não passam por tratamento,
segundo Marta. 'Acabam indo para nossas
torneiras', afirma. Nem tudo é passível de
solução nas estações de tratamento de água.
No ano passado, também foram encontrados
12 novos grupos bactérias que até então não
haviam sido detectadas. De certa forma,
representa uma 'caixa-preta' de sedimentos
que podem causar mais comprometimentos à
saúde. A Billings também sofre periodicamente
com a eutrofização, quando o excesso de
esgoto e insolação tropical contribuem para a
proliferação de algas.
A Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb), em seu Relatório da
Qualidade das Águas Interiores no Estado
de São Paulo 2018, informou que os pontos
localizados no Complexo da Billings e em um
ponto no reservatório do Rio Grande, no
município de Ribeirão Pires, apresentaram a
classificação anual ruim para o Índice da
Comunidade Fitoplantônica, principalmente em
razão da grande presença de organismos e
cianobactérias.
Atualmente são mantidos na bacia da Billings,
pela Cetesb, as Estações de monitoramento
automático on line da qualidade da água
Ribeirão Pires, no braço do Rio Grande junto à
captação da SABESP, para onde afluem as
águas do ribeirão Pires; no braço do
Taquacetuba; e na barragem reguladora
Billings-Pedras (Summit Control).
Somado a estes problemas, recentemente
houve a constatação de mortandade de peixes
em casos isolados. 'Caiu um tipo de óleo, no
Braço Central, perto da Imigrantes, que
impediu a entrada de luz e baixou o oxigênio
na água', explica a pesquisadora.
Segundo Marta, os estudos do IPH/USCS têm
sido encaminhados aos órgãos públicos
gestores competentes, para o auxílio de
políticas públicas mais eficientes, e ao
Ministério Público Estadual.
Riqueza ambiental
Para melhor compreensão da importância da
despoluição, mais um argumento é quanto ao
patrimônio ambiental da Sub-bacia da Billings
ser de extrema relevância. Em levantamento
de fauna e flora, algumas espécies de flora
reféns da pressão no entorno na região são a
bromélia Tillandsia linnearis, considerada
extinta antes destes estudos, as orquídea-de-
Loddigess Catleya loddigessi e a orquídea-de-
samambaiuçu Zygopetalum maxillarie, o
bambú Merostachys neesii e a palmeira
prateada Lytocaryum hoehnei. A ictiofauna da
Billings tem diferentes espécies, como o
lambari - Astyanax fasciatus, a traíra - Hoplias
malabaricus, o cará - Geophagus brasiliensis e
a coridora - Corydoras aeneus.
A região da sub-bacia também é refúgio para
diferentes aves, como o tucano-debico-verde -
Ramphastos dicolorus -, a marreca caneleira -
Dendrocygna bicolor - e a fragata comum -
Fragata magnificens. Estas e outras
características da Billings, são descritas no
Caderno de Educação Ambiental, na edição
especial Mananciais: Billings, um trabalho de
300 páginas com vasta informação, da
Secretaria de Estado do Meio Ambiente, em
2010.
29
Grupo de Comunicação
Ao se conhecer melhor esta região de
mananciais, o que fica claro é a importância
da valorização ambiental da região, com o que
ainda resta de Mata Atlântica no entorno e o
quanto pode ser recuperado.
Importância das unidades de conservação
Na Sub-bacia Billings existem três áreas
tombadas: a Área Natural Tombada da Serra
do Mar; a Área Tombada da Vila de
Paranapiacaba (Santo André) e a Área
Tombada da Cratera da Colônia (São Paulo).
Unidades de conservação servem como meio
de inibir e conscientizar sobre o perigo do
desmatamento e poluição.
Na região da Billings, estão o Parque
Estadual da Serra do Mar - Núcleo
Itutinga-Pilões, e o Parque Municipal Estoril,
em São Bernardo do Campo; o Parque
Municipal Milton Marinho de Moraes, em
Ribeirão Pires; o Parque Natural Nascentes
de Paranapiacaba e Parque Natural
Municipal do Pedroso, em Santo André; o
Parque Fernando Vitor de Araújo Alves, em
Diadema, e as Áreas de Proteção
Ambiental municipais (APAs) Capivari-
Monos e Bororé-Colônia, na zona Sul de
São Paulo. Somados a estas UCs, estão terras
indígenas guarani.
Mas apesar de estarmos no século XXI, grande
parte do reservatório ainda recebe bilhões de
litros de esgoto in natura. Historicamente o
problema vem de longa data. As leis de
proteção dos mananciais existem desde 1976
e a discussão sobre o enfrentamento e
necessidade de solução para o problema da
poluição das águas do reservatório já eram
discutidos desde aquela época.
Soluções esperadas há décadas
Diferentes governos (estaduais, municipais),
por décadas, se comprometeram com soluções
para a despoluição, mas o problema continua.
Nos últimos anos, novos anúncios do poder
público têm sido feitos quanto a obras
milionárias de saneamento, e com metas
ambiciosas. Um deles é do Programa Pró-
Billings, em São Bernardo do Campo, que tem
o objetivo de garantir 100% de coleta e
tratamento de esgoto de todo o 'Grande
Alvarenga' até o ano que vem. A fase anterior
foi na região do Batistini. Uma parceria da
prefeitura municipal com a Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São
Paulo (Sabesp), com recursos nacionais e
internacionais.
O Governo do Estado também divulgou que
até 2022 o rio Pinheiros estará limpo. Por
outro lado, a população, por meio de
organizações socioambientais, movimentos,
academia e ministério público têm cobrado as
realizações, que têm como princípio um
planejamento urbano com visão de longo
prazo.
Externalidades afetam comunidades
O aspecto humano é mais um elemento
importante no Projeto IPH/USCS, que não
pode ser menosprezado pela gestão pública,
segundo a bióloga. Marta Marcondes alerta
que há também uma quantidade significativa
de externalidades que atingem quem vive bem
próximo da represa, devido à baixa qualidade
apresentada na maior parte dos trechos do
reservatório. 'São casos de depressão,
ansiedade, transtorno de estresse pós-
traumático. Muitos sofrem o estigma de
viverem lá. Dessa forma, o Sistema Único de
Saúde (SUS) também é onerado. Quatro
aldeias indígenas guarani e cerca de 300
pescadores artesanais já foram afetados',
afirma.
No Plano Municipal de Saneamento Básico de
São Bernardo do Campo, em 2017, foi
detectado que a Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) Riacho Grande, que fica
próxima à Billings, atendeu em 2016 índice
55% superior de pacientes com doenças
transmitidas pela água do que a média do
município. A unidade atingiu a taxa de 100
casos a cada mil moradores na análise de
incidência do problema, a maior delas medida
no município.
Leis descumpridas
30
Grupo de Comunicação
O que causa apreensão é o fato de o
arcabouço legal não estar sendo suficiente
para alterar este cenário ao longo dos anos,
que infere também a relação de comando e
controle. A existência da Lei da Billings, que
completou 10 anos em 2019, apesar de ser
importante, não consegue frear todos estes
problemas. A gestão é composta pelos órgãos
das administrações públicas estadual e
municipais, um órgão colegiado (Comitê de
Bacia Hidrográfica do Alto Tietê - Subcomitê
de Bacia Hidrográfica Billings-Tamanduateí -
SCBH-BT) e um órgão técnico. Segundo Marta,
outras legislações também deveriam ser
respeitadas, como a Lei da Mata Atlântica, o
Código Florestal e da Reserva da Biosfera
do Cinturão Verde da Cidade de São
Paulo.
Segundo o advogado Virgílio Alcides de Farias,
especialista em Direito Ambiental, é preciso
ressaltar que a Constituição brasileira define
que o Estado, o poder público com a cobrança
da coletividade, que já faz o seu papel têm o
dever de manter o equilíbrio ambiental para
que o meio ambiente seja salubre, entretanto,
o poder público não tem cumprido seu papel
quanto à represa que está degradada.
Mais um descumprimento, de acordo com
Farias, é quanto ao artigo 46 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias da
Constituição do Estado de São Paulo. O texto
determina, no prazo de três anos, a contar do
dia 5 de outubro de 1989, os Poderes Públicos
Estadual e Municipal ficariam obrigados a
tomar medidas eficazes para impedir o
bombeamento de águas servidas, dejetos e de
outras substâncias poluentes para a represa
Billings.
O planejamento urbano é um ponto
estratégico nesta análise, reitera o engenheiro
Renato Tagnin, especialista no tema
mananciais e expansão urbana. 'Quem bebe a
água da Billings e da Guarapiranga, parte é de
reuso. Os tratamentos não alcançam os
parâmetros adequados. Ainda temos a
vulnerabilidade dos aquíferos, com a
superexploração das águas subterrâneas. O
mercado não atribui o valor à vegetação.
Outras pressões são viárias, como os projetos
de novos acessos do Rodoanel?', explica.
Mais uma análise feita por Tagnin se refere à
projeção da expansão urbana para 2030 na
Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
'Praticamente a bacia toda deverá ser
ocupada. É um cenário dantesco. Até fundos
de vale, acabando com a reserva da biosfera?
E o plano de abastecimento da
macrometrópole prevê a busca da água cada
vez mais longe'.
Com o histórico de mobilizações que se
estende há décadas, o que fica notório é que a
despoluição da Billings é uma questão muito
maior, que envolve a RMSP, quanto ao modelo
de desenvolvimento. Basta dizer que o
relatório sobre a Vulnerabilidade Hídrica da
RMSP, divulgado pelo Instituto Brasileiro de
Proteção Ambiental (PROAM), em 2017,
sinaliza esta questão apresentada pela
Campanha Billings, eu te quero viva!, que
existe desde os anos 90. Este reservatório que
foi construído com o propósito de geração de
energia, acabou se tornando uma fonte
imprescindível para o abastecimento de água.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=27874406&e=577
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31
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário de Suzano
Data: 24/07/2019
Cidades da região superam nota 9 em
descarte adequado de lixo
As 10 cidades do Alto Tietê descartaram o
resíduos sólidos urbano em aterros
classificados como adequados em 2018,
conforme inventário feito pela Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb). Oito dos 10 municípios superaram
a nota 9 em uma escala de 0 a 10.
As maiores notas foram obtidas pelas cidades
de Arujá, Itaquaquecetuba, Poá e Suzano,
com 9,8 cada. Biritiba Mirim e Mogi das Cruzes
conquistaram 9,7 no levantamento. Em
seguida vem Salesópolis que atingiu a nota
9,2 e Ferraz de Vasconcelos, com 9,0 fecha a
lista das que atingiram, pelo menos, a nota 9.
Completam a lista da região Guararema, com
8,8 e Santa Isabel, com 7,2.
De acordo com o levantamento, as cidades de
Mogi das Cruzes e Guararema apresentaram
melhora em relação à última avaliação,
realizada em 2017. Arujá, Itaquá, Poá e
Suzano mantiveram a nota anterior, enquanto
Biritiba, Ferraz, Salesópolis e Santa Isabel
reduziram suas notas (a última obteve queda
de 1,8 no comparativo).
A cidade de Salesópolis obteve nota máxima
em 2017 e apresentou queda de 0,8 na nota
do ano seguinte.
Estado
O método usado para avaliação foi o Índice de
Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR).
Levantamento no Estado de São Paulo aponta
que 95,6% das cidades descartam o lixo
corretamente. Isso equivale a 612 dos 645
municípios paulistas.
Em 2018, 97,8% das 40,7 mil toneladas
geradas diariamente no Estado foram
dispostas em aterros avaliados como
adequados, ou seja, que atendem às
especificações técnicas da companhia para
descarte e manejo correto, como questões de
engenharia e localização geográfica.
Entre 2011 e 2018, a população atendida por
aterros adequados passou de 81,8% para
97,5% em São Paulo.
Método de Pesquisa
O inventário é elaborado anualmente, com
base em informações coletadas em inspeções
pelos técnicos da Cetesb, com o intuito de
informar a população sobre as condições
ambientais e sanitárias das áreas de
destinação final de resíduos sólidos do Estado.
Nas avaliações, são realizados questionários
padronizados, levando em consideração
características locacionais, estruturais e
operacionais das instalações de compostagem
de aterro (método de reciclagem de resíduos
sólidos orgânicos).
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=27911661&e=577
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32
Grupo de Comunicação
Veículo: Governo SP
Data: 24/07/2019
Sabesp é tema da 12ª edição do Prêmio
Universitário Aberje
Realizado no formato de maratona de
desenvolvimento tecnológico, desafio só será
revelado aos participantes em 18 de setembro
Estão abertas as inscrições para a 12ª edição
do Prêmio Universitário Aberje (PUA), que,
neste ano, tem a Sabesp como tema central
do desafio proposto aos universitários.
Organizada pela Associação Brasileira de
Comunicação Empresarial (Aberje), em
parceria com a Agência de Comunicações ECA
Júnior e com o apoio da Sabesp, a iniciativa
premia os melhores propostas de comunicação
desenvolvidos por estudantes.
Esta é a terceira temporada do desafio da
Sabesp. Em 2017 e 2018, a empresa também
foi tema do prêmio. O objetivo é estimular a
criatividade dos alunos, aplicando-a na criação
de uma solução ao desafio proposto,
aproximando a Sabesp do ambiente
universitário e trazendo a inovação para
dentro da empresa. Para se inscrever, acesse
o site www.premiouniversitarioaberje.com.br.
O modelo de competição adotado é o
hackathon, uma maratona de
desenvolvimento tecnológico que acontecerá
em apenas duas etapas concluídas em menos
de 48 horas. Por isso, o desafio dessa edição
só será conhecido no dia 18 de setembro, data
da primeira etapa da premiação.
Na abertura, em 18 de setembro, os
participantes selecionados vão conhecer o
desafio e participar de uma sessão de Design
Thinking. A partir daí, os grupos vão
desenvolver uma solução criativa e apresentar
para a comissão organizadora. Serão
classificados cinco grupos para a segunda e
última etapa, realizada no dia 19, uma
apresentação oral e presencial para a
comissão avaliadora integrada por
profissionais de Comunicação Corporativa. No
mesmo dia já são anunciados os vencedores.
As inscrições são gratuitas e podem participar
alunos de graduação de todo o Brasil,
regularmente matriculados em instituições
credenciadas pelo Ministério da Educação
(MEC). As equipes devem ter de dois a quatro
integrantes, que vão concorrer a prêmios de
R$ 10 mil para o primeiro colocado, R$ 5 mil
para o segundo e R$ 3 mil para o terceiro
grupo classificado. É vedada a participação de
funcionários e estagiários da Aberje e Sabesp.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/sab
esp-e-tema-da-12a-edicao-do-premio-
universitario-aberje/
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33
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: G1 Natureza
Data: 25/07/2019
Imagens mostram avanço do garimpo
ilegal na Amazônia em 2019
BBC analisou imagens de satélite, feitas no
início do ano e recentemente, em unidades de
conservação no Pará e em Roraima; para líder
indígena, declarações de Bolsonaro têm
estimulado 'aumento absurdo nas invasões'
por garimpeiros.
Por BBC
Frentes de garimpo ilegal de ouro na Terra Indígena Kayapó, no Pará, em julho de 2019; manchas claras indicam atividade mais recente. — Foto: Planet Labs
Imagens de satélite analisadas pela BBC News
Brasil revelam uma expansão recente nos
focos de garimpo ilegal em terras indígenas da
Amazônia ocorrida desde janeiro deste ano.
Indígenas e ambientalistas atribuem o avanço
– verificado em diferentes pontos do Pará e de
Roraima – a declarações do presidente Jair
Bolsonaro em favor da exploração mineral em
terras indígenas e ao que consideram um
afrouxamento do combate a crimes ambientais
pelo governo.
O crescimento dos focos de garimpo ocorre
num momento em que o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra uma alta
nos índices de destruição na Amazônia e tem
seu trabalho contestado pelo presidente, para
quem a divulgação de dados de
desmatamento pode prejudicar o país em
negociações internacionais.
As imagens avaliadas pela BBC são da Planet
Labs, empresa americana que mantém mais
de cem satélites em órbita e fazem fotografias
diárias de todo o globo.
Garimpo na região do rio Fresco, na terra indígena Kayapó, em janeiro de 2019 — Foto: Planet Labs
A atividade foi monitorada em três das terras
indígenas brasileiras que mais sofrem com
garimpos ilegais de ouro: a Kayapó, a
Munduruku (ambas no Pará) e a Yanomami
(em Roraima e no Amazonas). Somados, os
três territórios ocupam uma área equivalente
à do Estado de São Paulo e abrigam alguns
dos trechos mais preservados da Amazônia
brasileira.
A BBC comparou fotos de garimpos –
identificados pela BBC ou por grupos que
monitoram a atividade – feitas no início do
ano e nas últimas semanas. Nos três
territórios monitorados houve um aumento
das manchas que indicam a ação de
garimpeiros. O fenômeno ocorreu tanto em
garimpos antigos, alguns criados há mais de
uma década, quanto em garimpos recentes.
Uma ferramenta permite contrastar as
fotografias, arrastando para a direita ou para
a esquerda as setas no centro da imagem. As
diferenças na coloração das imagens se devem
a fatores climáticos ou ao uso de fotos feitas
por satélites diferentes, com graus distintos de
resolução.
As fotografias foram enviadas a dois
especialistas em imagens de satélite: o
geólogo Carlos Souza Jr., do Imazon, e o
geógrafo Marcos Reis Rosa, da Arcplan. Ambos
confirmaram se tratar de focos de garimpo em
34
Grupo de Comunicação
expansão. Algumas frentes de garimpo
retratadas ocupam áreas tão extensas quanto
dezenas de campos de futebol.
Procurados pela BBC, o Ministério do Meio
Ambiente, a Funai e a Polícia Federal não se
pronunciaram sobre o avanço da atividade
nem sobre as críticas à atuação dos órgãos até
a publicação da reportagem.
Ouro yanomami
Em junho, a BBC publicou uma reportagem
mostrando que o ouro se tornou em 2019 o
segundo produto mais exportado por Roraima,
embora o Estado não tenha nenhuma mina
operando legalmente.
Autoridades investigam se o metal vem sendo
extraído ilegalmente do território yanomami,
onde, segundo indígenas, ao menos 10 mil
garimpeiros estariam operando atualmente.
Garimpo na terra indígena Kayapó em janeiro de 2019 — Foto: Planet Labs
Coordenadora executiva da Articulação dos
Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sonia
Guajajara diz que indígenas de diferentes
partes da Amazônia têm relatado "um
aumento absurdo nas invasões" de
garimpeiros desde o início do governo
Bolsonaro.
Ela afirma que declarações do presidente em
defesa da extração de minérios em terras
indígenas estão estimulando os garimpeiros.
Enquanto era deputado federal e quando
concorria à Presidência, Bolsonaro disse várias
vezes ser favorável à exploração econômica
desses territórios para melhorar as condições
de vida das comunidades indígenas.
Em abril, ao receber um grupo de indígenas de
Roraima favoráveis à mineração, o presidente
afirmou que "o índio não pode continuar sendo
pobre em cima de terra rica".
Avanço do garimpo ilegal na terra indígena Munduruku em fevereiro de 2019 — Foto: Planet Labs
A Constituição de 1988 prevê a exploração
mineral em terras indígenas desde que ela
seja regulamentada por leis específicas. Como
as leis jamais foram aprovadas, a atividade é
ilegal.
Desde 1996, tramita no Congresso um projeto
de lei para regulamentar a mineração em
terras indígenas, proposto pelo então senador
Romero Jucá (MDB-RR). O governo Bolsonaro
tenta agora destravar a pauta.
Segundo Sônia Guajajara, porém, a grande
maioria das comunidades indígenas brasileiras
35
Grupo de Comunicação
é contrária à regulamentação da atividade por
temer seus impactos sociais e ambientais.
No fim de 2018, a Rede Amazônica de
Informação Socioambiental Georreferenciada
(Raisg), que reúne oito ONGs ambientalistas
latino-americanas, publicou um relatório sobre
ameaças à Amazônia. O documento identificou
garimpos ilegais em 18 terras indígenas no
Brasil.
Garimpo na terra indígena Yanomami em janeiro de 2019 — Foto: Planet Labs
Em alguns territórios, balsas reviram o leito
dos rios em busca de metais preciosos. Em
outros, além das balsas, há frentes de
garimpo com escala quase industrial, onde
retroescavadeiras e dragas cavam crateras na
mata. É o caso de boa parte dos garimpos da
região do Tapajós, no Pará, onde imagens de
satélite mostram grandes "cicatrizes" abertas
na floresta. .
Além da derrubada de árvores, a atividade
provoca assoreamento de rios, desvia cursos
fluviais e cria lagos artificiais que servem
como criatórios de mosquitos. Não por acaso,
a malária é comum em zonas de garimpo na
Amazônia.
Em algumas áreas reviradas pelas máquinas,
os danos são permanentes, sem possibilidade
de regeneração completa.
Outro problema é a poluição com mercúrio,
usado por garimpeiros para facilitar a
aglutinação de grãos de ouro. Quando
despejado nos rios, o mercúrio contamina
peixes e quem se alimenta deles, alojando-se
em toda a cadeia alimentar.
A intoxicação pela substância pode provocar
danos neurológicos e malformação em bebês.
Em 2016, um estudo da Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz) e do Instituto Socioambiental
(ISA) revelou que, em algumas aldeias
yanomami, o índice de pessoas contaminadas
por mercúrio chega a 92%.
O garimpo também é associado ao aumento
de conflitos, de prostituição e de doenças nas
áreas indígenas onde se instala.
Em maio, o líder yanomami Davi Kopenawa
afirmou em uma conferência sobre mudanças
climáticas na Universidade Harvard (EUA) que
Bolsonaro quer "que os garimpeiros continuem
até estragar nossos rios".
"Queria que o governo tomasse as
providências para a retirada dos invasores do
garimpo da terra demarcada e homologada",
afirmou.
Fragilização dos órgãos ambientais
Para o engenheiro florestal Paulo Barreto,
pesquisador associado do Imazon, o
desmatamento na Amazônia tem sido
estimulado não só pelas declarações de
Bolsonaro, mas também pela fragilização dos
órgãos fiscalizatórios.
"Criou-se um clima de vale tudo, e as pessoas
acham que não serão punidas se
desmatarem", ele afirma à BBC.
Por ordem do ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, o orçamento anual do Ibama –
principal agência ambiental federal – foi
reduzido em R$ 89 milhões neste ano, um
quarto do valor total.
Salles diz que a redução foi um
contingenciamento (suspensão temporária)
exigida de vários órgãos do governo, e que o
Ibama está remanejando recursos para não
prejudicar suas operações em campo.
36
Grupo de Comunicação
Em entrevistas, o ministro tem rejeitado a
avaliação de que houve um afrouxamento no
combate a crimes ambientais.
Para ambientalistas, porém, Salles vem
minando o órgão não só com cortes, mas
também com seus posicionamentos. No início
de julho, madeireiros incendiaram um
caminhão-tanque do Ibama em Rondônia.
Duas semanas depois, o ministro viajou ao
Estado e se reuniu com madeireiros, a quem
chamou de "pessoas de bem que trabalham
neste país".
"O que acontece hoje no Brasil, infelizmente, é
o resultado de anos e anos e anos de uma
política pública da produção de leis, regras, de
regulamentos que nem sempre guardam
relação com o mundo real", disse Salles na
reunião, segundo a "Folha de S. Paulo".
"O que estamos fazendo agora é justamente
aproximar a parte legal do mundo real que
acontece em todo o país de norte a sul." -
Ricardo Salles
Bolsonaro já se queixou várias vezes do Ibama
e se comprometeu a acabar com o que
considera uma "indústria da multa" promovida
pelo órgão.
Em 2012, o próprio Bolsonaro foi multado em
R$ 10 mil pelo Ibama por pescar em uma área
de proteção ambiental em Angra dos Reis
(RJ). A multa foi anulada em dezembro de
2018, poucos dias antes de Bolsonaro assumir
a Presidência.
Nesta semana, o presidente voltou a ser
criticado por ambientalistas ao contestar
práticas do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe), órgão federal responsável
por monitorar o desmatamento na Amazônia.
Segundo Bolsonaro, a divulgação de
informações pelo órgão pode dificultar
negociações do Brasil com outros países -
como as relacionadas ao acordo comercial
entre o Mercosul e a União Europeia. Líderes
europeus têm expressado preocupação quanto
ao aumento do desmatamento no Brasil e às
ações de Bolsonaro no setor ambiental.
Em abril, uma carta publicada na revista
Nature e assinada por 607 cientistas e duas
organizações indígenas criticou o governo
Bolsonaro por "trabalhar no sentido de
desmantelar as políticas contra o
desmatamento". Segundo o documento, "a
nova administração do Brasil ameaça direitos
dos indígenas e as áreas naturais que eles
protegem".
Aumento do desmatamento
Algumas semanas antes da crítica de
Bolsonaro ao Inpe, o ministro do Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência,
general Augusto Heleno, disse que os índices
de desmatamento da Amazônia são
"manipulados".
No início do mês, o Inpe divulgou que houve
um aumento de 88% no índice de
desmatamento da Amazônia em junho em
comparação com o mesmo mês de 2018.
Um porta-voz do órgão associou o resultado
ao aumento nas grilagens de terra e nas
atividades agrícolas e minerárias na região.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0
7/25/imagens-mostram-avanco-do-garimpo-
ilegal-na-amazonia-em-2019.ghtml
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37
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 São Carlos e Araraquara
Data: 25/07/2019
Startup de São Carlos é premiada como
uma das melhores soluções sustentáveis
do mundo
Ideia propõe uma logística reversa para
embalagens de produtos de beleza e cuidados
pessoais que envolve o consumidor final, a
empresa onde trabalha e o cuidado com meio
ambiente.
Por Gabrielle Chagas, G1 São Carlos e
Araraquara
Startup de São Carlos é premiada como uma
das melhores soluções sustentáveis do mundo
para o mercado de beleza — Foto: Ligia Frem
Di Nardo/Arquivo Pessoal
A solução criada por uma startup de alunos e
ex-alunos da Universidade de São Paulo (USP)
e da Universidade Federal de São Carlos
(UFSCar) ficou entre as cinco melhores em
uma competição mundial na área de
sustentabilidade, com uma ideia inovadora
para a logística reversa de embalagens
geradas pelo mercado de beleza e cuidados
pessoais.
A ideia da plataforma foi criada em um fim de
semana e foi selecionada entre mais de 500
projetos na competição Global Startup
Weekend Sustainable Revolution, uma
parceria da TechStars com a Google.
“Para nós foi muito gratificante, pois a gente
está muito incomodado com essa questão do
consumo do mercado de beleza e tinha o
desafio de fazer o consumidor, que ainda não
está engajado nessa causa de
sustentabilidade, se sentir com vontade de
participar da reciclagem também”, contou a
engenheira de materiais Ligia Frem Di Nardo.
Agora, o grupo está com viagem marcada à
França para participar de uma feira com
investidores da área de sustentabilidade e
receber uma aceleração nos negócios.
A solução
Logística reversa envolve o consumidor final, a empresa onde trabalha e o cuidado com o meio ambiente — Foto: Ligia Frem Di Nardo/Arquivo Pessoal
Segundo Lígia, a plataforma batizada como
Be.Benefits foi pensada durante o Startup
Weekend, uma maratona de
empreendedorismo e inovação mundial com
duração de 54 horas, que desafia os
participantes a transformar uma ideia de
negócio em uma startup.
O modelo criado se assemelha ao Gympass,
um benefício oferecido por empresas ao
colaborador para acesso com desconto a
academias. Nesse caso, o foco é o resíduo
deixado pelo uso de produtos de beleza e
cuidados pessoais.
A empresa participante pagará um valor para
a Be.Benefits por cada funcionário interessado
em participar do programa e o colaborador
terá acesso à plataforma.
Esse cadastro dará ao colaborador a
possibilidade de comprar itens exclusivos em
lojas online de marcas específicas e
multimarcas que vendem produtos de beleza,
usando o valor repassado ao mês, ou seja, o
colaborador terá acesso a mais produtos de
beleza e cuidados pessoais.
38
Grupo de Comunicação
A premiada solução virou então um benefício
para o colaborador de uma empresa e, dessa
forma, a empresa transformou-se no ponto de
coleta inteligente para as embalagens.
“Os colaboradores das empresas não vão
precisar levar o produto a algum lugar
diferente, mas sim para o trabalho, um lugar
aonde ela vai todos os dias. A medida que ele
for descartando mais embalagens, nossa
plataforma o bonificará adicionalmente,
gerando mais um desconto para futuras
compras”, disse.
Até o momento, a startup não está em
funcionamento e a plataforma para os
resíduos do mercado de beleza será o primeiro
produto desenvolvido.
Benefícios
Além do benefício que a empresa vai dar ao
colaborador, todas as vezes que o funcionário
reciclar alguma embalagem no totem digital
disponível na empresa, ele ganhará um
desconto, que será transferido como saldo
para o funcionário e irá acumular ao valor
mensal pago pela empresa.
“Nós vamos instalar o ponto de coleta dentro
da empresa, mas ele não será uma caixa
qualquer e sim um totem inteligente que fará
a análise da embalagem e do perfil do
colaborador para gerar o desconto. Depois,
faremos a gestão dos resíduos e
encaminharemos para as recicladoras oficiais”,
explicou.
Do ponto de vista da empresa, o projeto irá
trazer como benefício o engajamento com o
colaborador, pois foge do que já é oferecido
convencionalmente, como planos de saúde e
vale-alimentação, além de promover a
conscientização de um modelo de consumo
mais sustentável.
Desafios
Durante o processo de criação da startup, o
grupo precisou desenvolver um modelo de
solução que pudesse fazer sentido
economicamente, por se tratar de uma
empresa, como também trazer conceitos de
empreendedorismo social e de impacto
positivo ao meio ambiente e para as empresas
que estão envolvidas.
O grupo realizou uma pesquisa de campo e
descobriu que 85% das pessoas entre 18 e 35
anos compram produtos de beleza e cuidados
pessoais constantemente. As mulheres ainda
dominam o público-alvo com compras
semanais, mas os homens passaram a se
interessar mais pelo mercado e compram todo
mês.
O desafio principal foi desenvolver um modelo
que engajasse o consumidor final para a
reciclagem. Foi então que as empresas em
que essas pessoas trabalham entraram como
mediadoras.
“A escolha de instalar o ponto de coleta na
empresa é justamente para ser mais cômodo
e conveniente para o consumidor”, explicou.
Prêmio
Para o grupo, a premiação representa mais do
que reconhecimento da ideia, mas uma
oportunidade de tirar a ideia do papel e
implementá-la.
“Do ponto de vista da validação da nossa
solução é um grande primeiro passo. A gente
pretende já levar um protótipo da plataforma
para conseguir, durante o evento na França,
apresentar a alguns investidores que estarão
no local. A gente acredita que isso vai ajudar
muito na nossa caminhada”, disse.
Além da oportunidade, o grupo também
ganhou seis meses de mentoria com
especialistas e uma aceleração para a startup.
“Muito provavelmente, após a aceleração, essa
empresa irá funcionar. Nós estamos buscando
tanto investidor quanto talentos para trabalhar
com a gente”, disse.
Atualmente, a startup conta com a expertise
dos estudantes Thaiana Garcia Andrade e Caio
Viana, além dos engenheiros Ligia Frem Di
Nardo, Fabio Bussacarini Mariano, Alexandre
Atilio Naressi e da química Rafaela Montoro.
http://cloud.boxnet.com.br/y6pwwpr6
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39
Grupo de Comunicação
Veículo: G1
Data:
Obras de Guimarães Rosa citam ervas
medicinais do sertão brasileiro
Escritor mencionou 964 espécies em sete
livros, mas evitou revelar efeitos curativos.
Estudo mostrou que o autor de Sagarana quis
proteger o cerrado.
A obra do escritor mineiro Guimarães Rosa é
cheia de nomes de plantas. Muitas têm efeitos
medicinais. Os repórteres Cristiane Leite e
Gláucio Nogueira foram descobrir por que o
escritor escondeu o jogo na hora de falar dos
efeitos curativos dessas plantas do cerrado.
Guimarães Rosa traduziu a linguagem e a
alma do sertão. Ele usou e abusou dos nomes
das plantas em sua obra. Em “Sagarana”, o
mineiro escreveu o trecho:
“Mangabeiras pedidoras de esmola;
barbatimãos de casca rugosa e ramos de
ferrugem; e, no raro, um araticum teimoso,
que conseguiu enfolhar e engordar."
O médico citou, ao todo, 964 espécies em sete
livros. Em "Noites do Sertão", ele disse:
"Dum lado e do outro, os pés de assa-peixe,
em rosa e em branco, em flores (...). Ralos, a
cagaiteira, pequizeiro, jatobá-do-campo, pau-
terra, bate-caixa."
Um estudo publicado em julho mostrou que as
citações eram mais poéticas, mesmo, e menos
práticas. E que não havia muitas informações
sobre as propriedades das plantas, como se
pensava até então. Eram raras as partes em
que ele falava sobre a aplicação medicinal,
como em um trecho do livro “No
Urubuquaquá, no Pinhém”:
"Quem tiver cabeça-inchada, traz aqui, que eu
vou curar; com leite de gameleira, resina de
jatobá."
Botânicos e farmacêuticos que já haviam
percorrido os caminhos de Guimarães Rosa se
juntaram a profissionais das letras. Eles
concluíram que o escritor revelou a utilidade
de apenas 40 espécies. Mas, se Guimarães
Rosa conhecia como ninguém a sabedoria dos
velhos raizeiros, por que, então, ele escondeu
as riquezas do cerrado? Segundo a pesquisa, o
escritor quis proteger esse patrimônio.
“O Guimarães, ele tinha uma visão enorme,
ele era uma pessoa visionária, um grande
naturalista. Justamente por valorizar, ele quis
proteger esse conhecimento da ganância que
existia naquela época e existe, ainda, dos
estrangeiros, em relação às nossas plantas. E,
naquela época, não havia ainda tanta
legislação, tanta proteção para a nossa
biodiversidade”, explica Maria das Graças
Brandão, professora de fitoterapia da
Universidade Federal de Minas Gerais.
Hoje, ninguém mais precisa fazer mistério. Os
chamados curandeiros, como Toco Pequi,
buscam no mato tudo que é remédio natural.
E sabem para que serve cada planta.
“Arnica-do-campo - aqui a gente usa muito
essa planta. Coloca no álcool para dores.
Quem sente dor, então passa o álcool, faz
massagem com ela para aliviar, é ótimo!
Cavalinha, muito bom para os rins, muito
diurético. Salsaparrilha, grande depurativo,
ótimo para a menopausa. Tirar aquele
"ferverão", tomou, rapidinho sente o alívio”,
garante.
O conhecimento popular é muito rico, mas o
cerrado ainda está cheio de plantas que não
foram estudadas. O trabalho dos cientistas
precisa continuar. Quem sabe esse não era
outro desejo secreto de Guimarães Rosa?
“A gente precisa do trabalho tanto de
botânicos, do trabalho de farmacêuticos, gente
que trabalha com a parte de fitoquímica para
a gente, mesmo que essas áreas estejam
preservadas, a gente conseguir acessar toda
essa riqueza que tem”, diz a professora de
botânica Juliana de Paula-Souza, da
Universidade Federal de São João Del Rei.
http://g1.globo.com/bom-dia-
brasil/noticia/2015/09/obras-de-guimaraes-
rosa-citam-ervas-medicinais-do-sertao-
brasileiro.html
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Data: 25/07/2019
40
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO Painel: Para ala do STF e do Congresso,
prisões não minimizam a gravidade de
diálogos de Moro
Daqui eu não saio A prisão dos suspeitos de
invadir telefones de Sergio Moro (Justiça) e
outras autoridades, como o procurador Deltan
Dallagnol, fortalece o discurso público do ex-juiz,
mas não dá fim aos questionamentos que ele e
investigadores de Curitiba estão enfrentando na
Justiça e em conselhos de classe. Esta é a
avaliação de ministros do STF e de integrantes da
cúpula do Congresso. A ala do Supremo crítica à
Lava Jato sustenta que o cerne do problema
permanece –e está no conteúdo das conversas.
Lei e ordem
A captura pela PF dos suspeitos de invasão dos
telefones foi vista como salutar por todas as alas
do Supremo. Mostra, dizem, a força do aparato
estatal e desestimula novos ataques.
Guerra de versões
Mas as concordâncias param por aí. A ação da PF
deu musculatura à narrativa de Moro, que vincula
a divulgação de suas conversas à ação de
criminosos. O conteúdo foi obtido pelo The
Intercept, que sempre informou tê-lo recebido de
fonte anônima, sem jamais comentar a origem.
Da mão para a boca
O fato de quatro pessoas terem sido presas
suspeitas do crime fez o ministro de Bolsonaro
dobrar a aposta nessa linha de argumentação –e
é dela que se alimenta o grupo do STF ultra
alinhado à Lava Jato.
Não tão fácil
Do outro lado, estão ministros que propõem uma
analogia para caracterizar a complexidade da
discussão: suponha-se que, com a violação de
uma correspondência, descubra-se o autor de um
assassinato. O fato de um crime ter gerado a
informação deve anular a descoberta?
Menos é mais
Peritos da PF acreditam que colegas que
trabalharam na investigação desse caso não
divulgaram pormenores da ação dos supostos
hackers para evitar estímulo a outros
contraventores.
Padrinho mágico
O ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF), aliado
de Jair Bolsonaro, foi quem intermediou a
segunda reunião de Augusto Aras, candidato ao
comando da PGR, com o presidente, na segunda
(22). “Aras é um amigo e pediu para que eu
marcasse”, disse Fraga.
Andar abaixo
Bolsonaro ainda não recebeu pessoalmente os
procuradores que encabeçam a lista tríplice da
categoria, mas todos já estiveram com os
principais auxiliares do presidente nesse tema:
André Mendonça (AGU) e Jorge Oliveira
(Secretaria Geral).
Na folhinha
Pessoas próximas a Jair Bolsonaro dizem que ele
definiu a data do anúncio do novo procurador-
geral: 17 de agosto —um sábado. O timing foi
montado na ponta do lápis. A ideia é dar tempo
para o Senado analisar o nome, mas evitar que
um procurador-geral interino tenha que assumir.
O mandato de Raquel Dodge acaba em setembro.
Onde há fumaça
Há duas semanas, no último dia 11, o ministro
Osmar Terra (Cidadania) recebeu representantes
do laboratório paranaense que deseja fabricar
um ativo artificial para competir com o canabidiol
–derivado da maconha. Terra se converteu no
maior inimigo da liberação do uso medicinal da
cannabis.
Onde há fumaça 2
Na reunião, o laboratório do PR mostrou a Terra
supostos casos de intoxicação de crianças que
utilizaram o medicamento derivado da maconha.
Na terça (23), em entrevista ao site Jota, o
ministro defendeu “fechar a Anvisa” caso ela
aprove a fabricação do canabidiol.
Onde há fumaça 3
O laboratório americano Hempmeds, principal
fabricante do canabidiol, nunca foi recebido por
Terra. O medicamento derivado da maconha é
usado em casos de epilepsia, autismo, dor
crônica, Parkinson e câncer.
E agora, josé?
A provável indicação de Eduardo Bolsonaro para
a embaixada nos EUA abriu brecha para
especulações sobre o destino de Nestor Foster,
embaixador recém-promovido ao topo da carreira
diplomática e até então cotado para o cargo.
Seria inédito um número um da hierarquia
ocupar posto secundário.
Eu sou o caminho
Para um observador da política externa, não há
dúvidas de que os EUA vão aceitar com gosto o
Data: 25/07/2019
41
Grupo de Comunicação
nome de Eduardo para o posto. O filho do
presidente garantirá acesso direto de Donald
Trump a Bolsonaro. Todos os demais
embaixadores reportam-se a um intermediário, o
chanceler Ernesto Araújo.
TIROTEIO
Espero que solicitantes e financiadores deste
crime sejam delatados e punidos. Não podemos
estar tão vulneráveis a bandidos
Do deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ),
sobre a prisão de quatro suspeitos de invadir o
celular de Sergio Moro e outras autoridades
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/07/25/
para-ala-do-stf-e-do-congresso-prisoes-nao-
minimizam-a-gravidade-de-dialogos-de-moro/
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Data: 25/07/2019
42
Grupo de Comunicação
A responsabilidade é sua, presidente
Primeira tarefa é compreender que preside um
país inteiro, não uma parte
Passei uma semana em Washington, em um
seminário, e acompanhava flashes da política
americana. O assunto do momento eram os
tuítes de Trump dizendo que algumas deputadas
democratas, de famílias de imigrantes, deviam
“voltar para seus países quebrados e infestados
pelo crime”. A partir daí, o bate boca infinito.
Gente respeitável chamou o presidente de racista
e pediu seu impeachment. Do outro lado, a
multidão gritava “mande-a de volta”, no comício
seguinte de Trump.
De volta ao Brasil, a sensação incômoda. Eventos
distintos com uma lógica constrangedoramente
parecida. O mundo político discute o uso do
termo “paraíba”, pelo presidente, e se ocupa com
as provocações de sempre de Bolsonaro, que vão
de uma opinião irrelevante sobre o filme “Bruna
Surfistinha” à sua (quase inacreditável)
insistência em emplacar o filho como embaixador
nos EUA.
De fato, há um problema aí. Em primeiro lugar, a
lógica da guerra cultural continua dando as
cartas em nosso jogo político. O Congresso pode
discutir a reforma tributária, a MP da liberdade
econômica ou as regras para o financiamento
eleitoral, mas o que parece mobilizar a opinião
pública é a futrica do dia sobre se o presidente
foi ou não aplaudido em sua ida ao Nordeste ou
seu último quiproquó com Gregorio Duvivier ou
algum divergente.
O presidente é o principal responsável por esta
lógica, em que pese esteja longe de ser o único.
Não há o que estranhar nisso. Bolsonaro é um
produto da guerra cultural. É neste terreno que
ele foi eleito. Seu sucesso e seu estilo de fazer
política são, em grande medida, o resultado de
um país que já vinha polarizado há muito tempo.
Apenas inverteu a mão.
É possível ir um pouco além e especular que este
dualismo entre os temas “sérios” da política e o
universo da estridência cultural seja uma marca
da democracia atual. O que nos leva a um
paradoxo: os temas menos relevantes para a
vida real das pessoas são os que obtêm
audiência e terminam por pautar o mundo
político. Nunca é demais lembrar: o tuíte mais
popular lançado por Bolsonaro foi precisamente o
mais inútil e bizarro: o que é golden shower?
Em boa medida, isto sempre foi assim. Os
cidadão comum tem pouco ou nenhum poder na
formulação do novo mercado do gás, no
programa de privatizações e nos temas
complexos da política pública. E nenhuma
responsabilidade na sua condução. Por que
diabos alguém perderia um chope com os amigos
para estudar este tipo de coisa?
O que de fato há de novo, hoje em dia, é que o
cidadão comum ganhou voz ativa na política. Ele
possui um teclado e uma câmara à sua
disposição e pode dizer o que lhe dá na telha,
sem filtros, todos os dias. E de alguma maneira
passou a dar o tom da política.
O líder populista é o tipo que aprendeu mais
rápido a lidar com este universo caótico e não
por acaso está em alta nas democracias. É o caso
de Bolsonaro. Sua lógica parece clara: vivemos
em uma sociedade polarizada, sem consenso
possível, e a estratégia política viável é dobrar a
aposta na própria polarização. Neste plano, é
ótimo que o governador da Bahia não vá na
inauguração do aeroporto de Vitória da Conquista
e que tudo vire um bate-boca na internet. E está
longe de ser um mau negócio dar uma
declaração esdrúxula e ser chamado de “fascista”
pela oposição de sempre.
Bolsonaro não apenas funciona como o ilusionista
chefe, em nossa guerra cultural, como atrai seus
opositores para o mesmíssimo jogo. O sistema
político se retroalimenta da polarização. E nem
de longe imaginem que a boa e velha imprensa
profissional escapa desse cenário.
Quem sabe seja esta a cara da nova democracia
e estejamos, enfim, todos felizes. O presidente
no seu figurino de combate, a oposição fazendo
as vezes de guardiã da democracia, enquanto o
mundo digital se diverte.
O ponto é que isto tem um limite. Nossa
democracia não está em risco, mas sua eficiência
para produzir consensos mínimos e produzir
decisões difíceis certamente está. Se todos são
responsáveis por mudar os termos do jogo
político, a verdade é que a maior
responsabilidade cabe ao presidente. Ele é o ator
central da dinâmica política, sendo sua primeira
tarefa compreender que não preside um pedaço
do país, mas um país por inteiro.
Data: 25/07/2019
43
Grupo de Comunicação
Não se trata propriamente de uma tarefa
simples, mas a responsabilidade é intransferível.
Ela é sua, presidente.
Fernando Schüler
Professor do Insper e curador do projeto
Fronteiras do Pensamento. Foi diretor da
Fundação Iberê Camargo.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/fernando
-schuler/2019/07/a-responsabilidade-e-sua-
presidente.shtml
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Data: 25/07/2019
44
Grupo de Comunicação
Petrobras levanta R$ 5,7 bi com venda de
ativos nas bacias de Campos e Santos
Petroleira assinou contratos nesta quarta-feira
(24) para exploração e produção em águas rasas
Diego Garcia
RIO DE JANEIRO
A Petrobras confirmou no início da noite desta
quarta-feira (24) a venda dos ativos de
exploração e produção em águas rasas nas
bacias de Campos e Santos, em operação de R$
5,7 bilhões (US$ 1,5 bilhão).
Nos contratos, assinados nesta quarta, está
mencionada a comercialização de 100% da
participação da empresa nos polos Pampo e
Enchova, na Bacia de Campos, para a Trident
Energy do Brasil., subsidiária da Trident Energy
LP.
Essa transação custou US$ 851 milhões (R$ 3,2
bilhões), pagos em duas parcelas, sendo a
primeira, de US$ 53,2 milhões (R$ 200,7
milhões), ainda nesta quarta, no ato da
assinatura de contrato, e mais US$ 797,8
milhões (R$ 3 bilhões) na data do fechamento da
transação.
No acordo, também foi determinado o
pagamento adicional de valores que podem
chegar a US$ 200 milhões (R$ 754 milhões),
dependendo dos preços dos barris de petróleo no
futuro.
Também foi definida nesta quarta a venda de
100% da participação da petroleira no campo de
Baúna, localizado em águas rasas da bacia de
Santos, para a Karoon Petróleo & Gás, subsidiária
da Karoon Energy.
O valor dessa operação ficou em US$ 665
milhões (R$ 2,5 bilhões), sendo a primeira
parcela, de US$ 49,9 milhões (R$ 188,3
milhões), ainda nesta quarta, e outros US$ 615,1
milhões (R$ 2,3 bilhões) na data do fechamento
da transação.
O campo de Baúna produz cerca de 20 mil barris
de óleo por dia, enquanto os polos Pampo e
Enchova produzem diariamente em torno de 25,5
mil.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/07
/petrobras-levanta-r-57-bi-com-venda-de-ativos-
nas-bacias-de-campos-e-santos.shtml
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Data: 25/07/2019
45
Grupo de Comunicação
Novo marco de agrotóxicos não atende padrão internacional de riscos
Anvisa diz que novas regras se aplicam à
comunicação do perigo, mas não à avaliação de
risco
Ana Carolina Amaral
SÃO PAULO
O novo marco regulatório para agrotóxicos,
aprovado na terça (23) pela Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária), não atende
totalmente ao padrão internacional GHS (sigla
para Sistema Globalmente Harmonizado de
Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos).
À Folha a Anvisa confirmou que “o GHS se aplica
à comunicação do perigo, e não à avaliação de
risco.”
O marco envolve duas mudanças: uma
classificação toxicológica dos produtos e outra na
comunicação do perigo, que deve ser feita no
rótulo. No entanto, apenas a nova comunicação
dos rótulos segue o estabelecido pelo GHS —
desenvolvido pela ONU.
Em sua comunicação com a imprensa e no site
da agência, a Anvisa divulgou que as mudanças
têm como base os padrões GHS, mas os novos
critérios de avaliação e de classificação
toxicológica não têm correspondência com a
recomendação feita na edição mais recente do
GHS, de 2015.
Um das mudanças na regulamentação é nos
critérios que baseiam a classificação toxicológica
dos agrotóxicos. Antes, produtos que causavam
úlceras, corrosão na pele e opacidade da córnea
eram classificados como extremamente tóxicos.
Agora, essa categoria só alertará sobre produtos
que causem a morte quando ingeridos, inalados
ou em contato com a pele.
Pelo padrão GHS, produtos que causem sérios
danos oculares, irritações na pele, alergias,
asmas e dificuldades de respiração devem ser
incluídos na categoria 1 de perigo, a mais alta
em toxicidade, equivalente à classificação
“extremamente tóxico” da Anvisa.
Ainda na categoria 1 do padrao GHS estariam os
produtos que podem causar câncer, problemas
genéticos, dificuldades de fertilidade ou aborto. O
novo marco regulatório brasileiro, porém, apenas
relaciona a toxicidade dos produtos aos riscos
físicos decorrentes da inalação, ingestão ou o
contato da pele com o produto, sem considerar
problemas de saúde que podem ser
desenvolvidos posteriormente.
Com a mudança de critérios, novos produtos
devem ser registrados com uma classificação
mais baixa do que seriam anteriormente, mas a
legislação não permite registros de produtos mais
tóxicos ao ser humano em relação aos que já
estão no mercado.
Nesta segunda (22), o governo federal publicou
no Diário Oficial a liberação de mais 51 tipos de
agrotóxicos para venda no mercado ou uso
industrial. A tendência é que o ritmo de
liberações supere o recorde do ano passado,
quando o governo de Michel Temer autorizou a
comercialização de 450 substâncias.
O Brasil já estava no mapa dos países que
implementam parcialmente o GHS após norma
publicada em 2015 pelo Ministério do Trabalho
que classificava o rótulo de produtos por esse
padrão.
Os Estados Unidos também adotaram os critérios
do GHS apenas para rotulagem. Outros dez
países implementam parcialmente padrão GHS,
que é seguido integralmente por 53 países,
incluindo a União Europeia.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde
recomenda que os países adotem outros sete
critérios para a regulamentação de agrotóxicos,
além do GHS, considerando também
compromissos negociados em protocolos
internacionais.
Data: 25/07/2019
46
Grupo de Comunicação
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
7/novo-marco-de-agrotoxicos-nao-atende-
padrao-internacional-de-riscos.shtml
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Data: 25/07/2019
47
Grupo de Comunicação
Prisão de acusados de hackear autoridades
não muda opinião de ministros do STF sobre
Moro
Corte segue dividia sobre atuação do ex-juiz na
Lava Jato
SÃO PAULO
A prisão dos acusados de hackear os telefones de
Sergio Moro e de outras autoridades não alterou
a opinião de magistrados do STF (Supremo
Tribunal Federal) sobre a atuação do ex-juiz na
Lava Jato. A corte segue dividida.
NA MESMA
Um dos magistrados diz que o fato de hackers
terem produzido provas ilícitas não impede —
como já vinha sendo pontuado— que elas sejam
usadas para beneficiar um réu. No caso, Lula,
que acusa Moro de ter sido parcial e pede a
anulação do processo do tríplex.
EM LINHA
Além disso, os diálogos revelados pelo site The
Intercept Brasil não seriam a única evidência da
suspeição de Moro. A adesão ao governo Jair
Bolsonaro seria até mais forte do que eles. Um
outro ministro vai na mesma linha.
TUDO CERTO
Magistrados que aprovam a conduta de Moro
também seguem na mesma. Dizem que os
diálogos não mostraram, até agora, fraude ou
ato grave do ex-juiz que justificasse a anulação
dos processos em que ele atuou.
VOLUME
A defesa do DJ Gustavo Elias Santos e da mulher
dele, Suelen Oliveira, presos sob a suspeita de
hackearem os telefones de Moro e outras
autoridades, diz que a movimentação de R$ 627
mil nas contas do casal é natural.
VOLUME 2
“Se você tem renda de R$ 10 mil por mês e saca
e deposita com frequência, uma hora movimenta
esse valor”, afirma Ariovaldo Moreira. Gustavo
tem renda declarada de R$ 2.866 e opera
bitcoins, diz o advogado. Suelen ganha R$ 2.192
por mês.
TEMPO
As postagens de um terceiro suspeito, Walter
Delgatti Neto, no Twitter, chamam a atenção não
só pela cronologia —ele entrou no perfil em 2010
e desapareceu em 2011. Só retornou em maio
deste ano, às vésperas da divulgação dos
diálogos de Moro.
EU MUDEI
Até 2011, Delgatti se mostrava despolitizado,
publicando textos como “que fome!”, “querooooo
comerrrr”, “porra, o Chuck Norris [artista de
artes marciais] morreu” e “como pode existir
pessoas tão burras”. Neste ano, passou a fazer
comentários sobre política, economia e Justiça.
1 11
Abertura da 27ª edição do festival Anima Mundi
Minha Folha
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https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1639
982132784139-abertura-da-27-edicao-do-
festival-anima-mundi#foto-1639982132985153
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NOITE ANIMADA
A presidente da SPCine, Laís Bodanzky, o
apresentador Cazé Peçanha e a secretária
municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Mariana
Ribas, estiveram na abertura da 27ª edição do
festival Anima Mundi, no Auditório Ibirapuera, na
terça (23). Cesar Coelho, um dos diretores
fundadores do festival, o professor Nabil Bonduki
e os produtores Zita Carvalhosa e Patrick Leblanc
também compareceram.
NOTIFICAÇÃO
O Conselho Federal de Medicina (CFM) processou
a médica Maria Emilia Gadelha Serra em R$ 100
mil por danos morais. Em 2017, em audiência no
Senado, ela questionou a isenção do conselho
para avaliar a técnica de ozonioterapia em
tratamentos.
Data: 25/07/2019
48
Grupo de Comunicação
CABO...
O procedimento —a aplicação no paciente de
uma mistura de oxigênio e ozônio para tratar
feridas e infecções— é aprovado pelo CFM apenas
de forma experimental. Em 2015, o conselho
emitiu um parecer afirmando que é “evidente a
falta de estudos clínicos controlados” que
“permitam concluir pela segurança e eficácia” da
terapia.
...DE GUERRA
Serra disse que o CFM excluiu membros da
Sociedade Brasileira de Ozonioterapia Médica do
grupo de avaliação. E acusou o conselho de
incluir nele um médico relacionado à industria de
curativos, concorrente da técnica.
PÚBLICO
A ozonioterapia é oferecida pelo SUS. Em seu
site, o Ministério da Saúde afirma que sua
“segurança é comprovada e reconhecida”.
FRETE
O governo deu um prazo de 45 dias para a
diretoria da Ancine (Agência Nacional do Cinema)
ser transferida do Rio de Janeiro para Brasília.
OLHA A ONDA
O filme “Bruna Surfistinha”, pinçado por Jair
Bolsonaro como exemplo do que a Ancine não
deve financiar, é o primeiro que aparece como
recomendação da plataforma Globoplay na
categoria “aqui o cinema brasileiro tem vez”.
ONDA 2
Questionada se a visibilidade se deu por conta do
presidente, a Globoplay diz que não comentará.
PERA LÁ
O ex-secretário da Cultura de SP André Sturm
questiona o levantamento da APTI (Associação
de Produtores Teatrais Independentes) sobre a
paralisação de edições do Programa de Fomento
ao Teatro, da secretaria.
LÁ 2
Ele diz que os recursos da edição de 2017 do
fomento foram destinados ao prêmio Cleyde
Yáconis, que selecionou 25 projetos de teatro de
até R$ 300 mil, gerando “centenas de empregos
e milhares de ingressos distribuídos”.
DADOS
A APTI diz que que o levantamento é “uma nota
técnica relatando os prejuízos” das edições não
realizadas. “Outros destinos para o mesmo
recurso não irão recuperar os espetáculos que
não aconteceram, assim como as pesquisas e
publicações”.
SINCRONIA
A ópera “Rigoletto”, regida pelo maestro Roberto
Minczuk, estreou no sábado (20), no Theatro
Municipal de SP. A jornalista Silvia Poppovic e o
seu marido, o médico Marcello Bronstein,
passaram por lá, assim como o ator Bruno
Mazzeo e o seu filho João.
CURTO-CIRCUITO
Paulo Mendes da Rocha, Gustavo Cedroni e
Martin Corullon dão palestra nesta quinta (25),
na Casacor, às 19h, no Jockey Club de São Paulo.
O encontro ocorre a convite do IAB-SP e faz
parte da próxima Bienal de Arquitetura de SP.
O Senac São Paulo lança no dia 3 de agosto um
curso de produção de vídeo com aulas semanais,
aos sábados. Na unidade Lapa Scipião.
A artista Dora Longo Bahia abre a exposição
“Ka’rãi”. Hoje, na Galeria Vermelho, em
Higienópolis, em São Paulo.
com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI,
GABRIEL RIGONI e VICTORIA AZEVEDO
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/07/prisao-de-acusados-de-hackear-
autoridades-nao-muda-opiniao-de-ministros-do-
stf-sobre-moro.shtml
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Data: 25/07/2019
49
Grupo de Comunicação
ESTADÃO Coluna do Estadão: Moro sai das cordas com
operação da PF
A prisão dos hackers tirou Sérgio Moro das
cordas no embate quase diário com adversários,
que usaram e abusaram da tática do conta-gotas
ao divulgar as supostas trocas de mensagens
entre ele e os procuradores da Lava Jato.
Segundo um assessor palaciano, o que foi
divulgado até agora pela PF comprova a principal
linha de defesa do ministro da Justiça: ser vítima
de um ataque criminoso. Gol do Moro político (o
desgaste no meio jurídico ainda permanece). É
provável até mesmo Moro contar com um
ambiente um pouco mais leve no Congresso.
Juntos.
Parlamentares outrora mais hostis se sentiram no
mesmo barco do ministro. Lembrando da máxima
do Congresso: ninguém sobrevive a uma devassa
dessas, nem o papa.
Mala de dinheiro.
A ficha criminal dos presos reforçou o sentimento
de solidariedade e de autoproteção.
Mexeu com um…
A prisão dos hackers reacendeu mais ainda o
anseio entre deputados governistas e do Centrão
de discutir os casos em CPIs da Casa.
… mexeu com…
Carlos Jordy (PSL-RJ) quer voltar a colher
assinaturas para a CPI do hackeamento. Já tinha
colhido mais de cem quando foi dissuadido por
colegas de partido por medo de a oposição fazer
uso político dela. Agora, vai consultar a equipe de
Moro.
… todos?
Líderes do Centrão, que nunca foram fãs de
Moro, querem discutir os hackers na CPI da fake
news, prevista para começar ainda neste
semestre.
Tabajara.
Especialista na área enxerga semelhanças entre
o caso dos hackers e os escândalos dos
aloprados, da pasta rosa e do bunker do PT:
todos começaram com suspeitas de grandes
conspirações internacionais e terminaram no
quintal do vizinho.
Vai que…
A subprocuradora Luiza Frischeisen, segunda
colocada na lista tríplice para a PGR, esteve
ontem com o ministro da Secretaria de Governo,
Luiz Eduardo Ramos.
… cola.
Apontado pelo governo como o mais
progressista, o nome dela corre por fora na
pesada e enigmática disputa pela sucessão de
Raquel Dodge.
Workshop…
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva,
termina hoje dois dias de encontros com chefes
de todas as áreas da pasta para fazer um amplo
raio X em busca de avanços e de eventuais
gorduras para serem lipoaspiradas.
… dos militares.
A iniciativa faz parte de projeto de modernização
tocado pela Secretaria-Geral. Discutiram, entre
outras coisas, a retirada de campo da Operação
Acolhida, na fronteira do País com a Venezuela.
Debutante.
“Completamos 20 anos de criação da Defesa.
Estamos passando para uma fase adulta.
Precisamos racionalizar os processos”, disse o
ministro.
CLICK.
Deputados Carla Zambelli (SP) e Daniel Silveira
(RJ), ambos do PSL, posam com policial em
Taipei. Segundo disse Silveira, a solução de
crimes por lá é de 98%.
Programa…
O presidente da Sabesp, Benedito Braga,
entrou numa maratona para apresentar os planos
da empresa para despoluir o Rio Pinheiros,
símbolo de São Paulo. Começou pela ONU, em
Nova York (EUA), na semana passada.
de milhagem.
Depois, falou a empresários em SP. Ontem,
embarcou para Londres para conhecer tecnologia
da Tideway, que cuida do saneamento na cidade.
Por fim, irá até a China em comitiva de João
Doria.
BOMBOU NAS REDES!
Alex Manente, deputado federal (Cidadania-SP):
“Uma coisa nada tem a ver com a outra. Esse
tema tem de ser tratado de forma responsável”,
sobre uso recreativo e medicinal de Cannabis,
que será debatido na Casa.
Data: 25/07/2019
50
Grupo de Comunicação
Com Reportagem de Alberto Bombig E Marianna
Holanda
https://politica.estadao.com.br/blogs/coluna-do-
estadao/moro-sai-das-cordas-com-operacao-da-
pf/
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O perigoso é o pernilongo
São muitos os animais perigosos no mundo, mas
tem quem, por experiência própria, sabe que o
perigoso mesmo é o pernilongo!
Tem quem ache que perigoso é um elefante
enfurecido. Outro, que é o crocodilo de água
salgada da Austrália. Tem quem diga que é o
leão sem juba de Tsavo. E os que lembram dos
tigres da Sibéria.
Tem os que têm pânico do mar, então colocam
as orcas em primeiro lugar. Ou os tubarões
brancos. Enquanto os que realmente sabem das
coisas citam o tubarão cabeça chata. E tem quem
veja nos cachalotes perigo iminente, mais por
conta de Moby Dick do que com base na
realidade.
E tem o grupo dos que temem répteis e animais
venenosos. Os que ficam arrepiados só de pensar
no estrago feito por uma naja ou uma mamba
negra, se esquecendo das enormes surucucus
sul-americanas.
Os especialistas, lembrando de acidente
acontecido meio século atrás em Itanhaém,
pensam logo nas raras e mortíferas corais
verdadeiras, que enganam até os diretores do
Instituto Butantã.
E os fãs dos filmes de caubói logo têm em mente
o chocalho sinistro de uma cascavel ou uma
aranha negra e peluda, pronta para dar o bote.
O que não falta são animais perigosos, capazes
de matar o ser humano sem se preocupar com
consequências ou remorsos.
Mas um amigo, caçador famoso, depois de
quarenta anos, descobriu que perigoso, mas
perigoso mesmo, são os pernilongos. Não, na
conta não entram outros mosquitos, abelhas,
moscas e marimbondos. Perigosos de verdade
são apenas os pernilongos.
Ele sabe porque quebrou o cotovelo numa caçada
a um pernilongo matreiro, cheio de truques, que
morreu, mas quase o levou junto, quando, num
movimento inesperado, voou em sua direção,
fazendo com que caísse da cadeira aonde havia
subido para caçar o monstro. Antes de cair,
acertou a raquetada mortal, mas, na queda,
quem quase morreu foi ele, que, por sorte, só
quebrou o cotovelo, luxou o quadril e ficou com o
corpo roxo.
Antônio Penteado Mendonça - Advogado, sócio
de Penteado Mendonça e Char Advocacia
https://economia.estadao.com.br/blogs/antonio-
penteado-mendonca/o-perigoso-e-o-pernilongo/
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Data: 25/07/2019
51
Grupo de Comunicação
Privatização da BR Distribuidora cria modelo de negócios inédito no Brasil
País terá pela primeira vez companhia com
controle pulverizado, com estatal como principal
acionista
Fernanda Nunes, Denise Luna e Cristian Favaro,
O Estado de S.Paulo
RIO/SÃO PAULO - A privatização da BR
Distribuidora inaugurou um novo modelo de
negócios no Brasil: o de empresa de controle
pulverizado, mas com um sócio estatal como
principal acionista. O esqueleto dessa nova
companhia foi desenhado pela Petrobrás antes da
privatização da sua subsidiária, que aconteceu
terça-feira.
Elaborado pela estatal e aprovado em assembleia
de acionistas da BR no início de junho, o novo
estatuto define o que será a distribuidora daqui
para frente: uma empresa controlada por um
conselho de administração e diretoria. Já as
práticas comerciais pouco devem mudar, dizem
especialistas.
A Petrobrás se desfez de 30% do capital da BR
com a venda de ações da empresa no mercado
financeiro por R$ 8,56 bilhões, mas manteve
participação de 41,25%. Com a venda de mais
um lote residual de ações, a arrecadação deve
alcançar R$ 9,6 bilhões. A presença estatal na
distribuidora, por sua vez, irá cair ainda mais,
para até 37,5%. De qualquer forma, a petroleira
deixou de ser a acionista controladora da BR, ao
mesmo tempo em que manteve o posto de maior
acionista individual.
Com a privatização, a maior parte das ações da
BR Distribuidora passa a estar diluída entre
diferentes investidores. Caberá aos nove
membros do conselho de administração da
companhia e aos seis diretores, incluído o
presidente, definir os rumos da empresa. O novo
estatuto social prevê ainda a criação um comitê
de governança corporativa e que metade do
conselho será composto por membros
independentes. Ao inserir essas duas condições
no estatuto social, a Petrobrás buscou sinalizar a
potenciais investidores que não haverá
interferência do governo na BR.
“Esse modelo de composição acionária pode
funcionar como um projeto piloto para várias
estatais”, diz José Roberto Faveret, sócio do
escritório Faveret Lampert, especialista no setor
de petróleo e gás. “É interessante porque o
centro de decisões continua a ser local.” Ele diz
ainda que deve acontecer um período de
aprendizado na convivência entre os sócios.
Mesmo como principal acionista, a influência da
Petrobrás vai ser limitada. “Existem ferramentas
legais para evitar os abusos”, disse. “A estatal
pode, por exemplo, ser impedida de participar de
votações que tenham conflito de interesse.”
A BR deverá convocar uma assembleia de
acionistas após a divulgação dos resultados
financeiros, no dia 31 de julho, para reafirmar a
atual gestão ou trocar alguns nomes, segundo
uma fonte próxima ao assunto. A tendência,
disse a fonte, é que a atual diretoria permaneça
no cargo, já que foram todos empossados neste
ano e a maioria deles construiu carreira na
iniciativa privada.
Gestores
Até lá, quem manda na empresa é o atual
presidente Rafael Grisolia, engenheiro de
produção, que já passou pela ExxonmMobil,
Cosan, Cremer e Grupo Trigo. Ele entrou na BR
em agosto de 2017, durante a gestão de Pedro
Parente. Em junho de 2018, Grisolia foi
convocado para ocupar a diretoria financeira da
Petrobrás, na gestão de Ivan Monteiro. Em maio
de 2019 voltou para a BR, no cargo de
presidente.
Para o consumidor final dos combustíveis
vendidos pela BR e para as suas concorrentes, a
privatização não deve ter efeitos práticos no
curto prazo, mas pode contribuir para ampliar a
competição no setor, segundo o professor do
Grupo de Economia da Energia da UFRJ (GEE-
UFRJ) Edmar Almeida. “O que muda é a
Data: 25/07/2019
52
Grupo de Comunicação
percepção de risco”, disse. “Com mais
transparência e confiança maior na regra do
jogo, o setor de revenda fica mais atrativo a
novos concorrentes e aumenta a qualidade e a
intensidade da competição.”
Para Carolina Fidalgo, professora de Direito
Público da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (Uerj) e sócia do escritório Rennó,
Penteado, Reis & Sampaio Advogados, a grande
mudança com a privatização é que a BR vai ser
liberada dos sistemas de controle estatais, como
da exigência de promover licitações e realizar
concursos públicos. Além disso, diz ela, o
Tribunal de Contas da União (TCU) vai rastrear
apenas os negócios e gastos relativos à
participação da Petrobrás na distribuidora.
Já a equipe do BTG Pactual, em relatório,
destacou o desafio de melhorar as margens de
lucro, num mercado hoje marcado pela
competição. “Apesar de continuar sendo um bom
negócio, o segmento de distribuição de
combustíveis não vai mais repetir os fortes
retornos financeiros do passado”, escreveram os
analistas Thiago Duarte e Pedro Soares.
Petrobrás vende polos por US$ 1,5 bi
A Petrobrás vendeu na quarta-feira, 24, mais
dois campos produtores de petróleo e gás natural
por US$ 1,5 bilhão. Foram vendidos os polos de
Pampo e Enchova, na bacia de Campos, por US$
851 milhões para a americana Trident e o campo
de Baúna, na bacia de Santos, por US$ 665
milhões, para australiana Karoon. “Vamos ver
aumento significativo da produção de petróleo
nessas áreas”, disse Décio Oddone, diretor-geral
da Agência Nacional do Petróleo (ANP). “Em dois,
três anos vamos ver produções triplicando
facilmente.”
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
privatizacao-da-br-distribuidora-cria-modelo-de-
negocios-inedito-no-brasil,70002937274
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Data: 25/07/2019
53
Grupo de Comunicação
Investidores brasileiros são destaque na
compra de ações da BR Distribuidora
Coluna do Broadcast
Os investidores brasileiros tiveram destaque na
oferta de ações da BR Distribuidora, precificada
ontem. Eles responderam por 60% dos R$ 8,56
bilhões captados. Os estrangeiros ficaram com os
outros 40% da operação, que marcou a saída da
Petrobrás do controle da BR Distribuidora.
Oposto
A distribuição dos investidores na oferta da BR foi
o oposto da operação do ressegurador IRB Brasil
Re, feita na semana passada. Na ocasião,
estrangeiros levaram pouco mais de 70% e os
investidores brasileiros o restante. A diferença se
dá por conta do perfil das ofertas. Enquanto a da
BR foi com base na resolução 400, que prevê
operações mais pulverizadas, a do IRB ocorreu
sob a resolução 476, cujo foco é um grupo menor
de investidores.
https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-
do-broad/investidores-brasileiros-sao-destaque-
na-compra-de-acoes-da-br-distribuidora/
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Data: 25/07/2019
54
Grupo de Comunicação
O sigilo do e-mail pessoal do empregado e
os limites constitucionais do poder
fiscalizatório do empregador
Cíntia Fernandes e Raquel de Castilho*
A vida privada, a intimidade, a honra e a imagem
das pessoas são tuteladas pela Constituição
Federal de 1988 como garantias fundamentais,
alicerçadas também na Declaração Universal dos
Direitos do Homem e sua Regulamentação
Socioeconômica, da qual o Brasil é signatário.
Nos moldes do artigo XII da relevante Declaração
Universal “Ninguém será sujeito a interferências
na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou
na sua correspondência, nem a ataques à sua
honra e reputação. Todo homem tem direito à
proteção da lei contra tais interferências ou
ataques”.
Trata-se de um direito consagrado
constitucionalmente, o qual se estende às
relações de trabalho no que se refere aos
aspectos pessoais do empregado. A respeito da
forma da prestação de serviço e dos
instrumentos de trabalho existe a limitação desse
direito de privacidade pelo poder fiscalizatório do
empregador, considerado um conjunto de
prerrogativas a viabilizar o acompanhamento
contínuo do trabalho realizado e a própria
vigilância no ambiente laboral interno.
A legislação vigente e a jurisprudência aplicada
legitimam como formas desse controle pelo
empregador o monitoramento por câmeras,
desde que não sejam instaladas em ambientes
íntimos como, por exemplo, banheiros e
vestiário, detectores de metais, controle de
horários e revistas pessoais, observados os seus
requisitos.
Além dessas formas de controle, há ainda a
possibilidade de acesso às máquinas e aos
correios eletrônicos institucionais, fato que gera
polêmicas discussões. Contudo, sobre esse
aspecto, aplica-se o critério da ponderação de
interesses, tendo em vista que a intimidade do
empregado conflita com o interesse da empresa,
uma vez que as máquinas e e-mails corporativos
são ferramentas de trabalho, de propriedade da
empresa, fornecida ao empregado para auxiliar
na execução de suas tarefas.
Nessas circunstâncias, se o empregado utilizar o
e-mail corporativo indevidamente, a
responsabilidade pelos danos causados recairá
sobre a empresa. O Código Civil e a Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) consideram que a
empresa é a responsável pelos atos de seus
funcionários. Diante disso, o Tribunal Superior do
Trabalho (TST) perfilha sua jurisprudência no
sentido de que o e-mail institucional pode ser
monitorado pelas empresas sem ser considerada
invasão de privacidade ou violação de
correspondência.
Esse monitoramento pelo empregador, todavia,
não se estende ao correio eletrônico e utensílios
pessoais do empregado. Isso porque o poder
fiscalizatório viabiliza apenas o controle sobre
instrumentos vinculados ao trabalho.
Recentemente, a Justiça do Trabalho autorizou a
quebra de sigilo de e-mail pessoal de um
empregado e a busca e apreensão de
computadores e smartphones em sua residência.
Não obstante, trata-se de uma medida extrema
exigida pelas circunstâncias do caso concreto
que, inclusive, é passível de ser impugnada.
O fato de o Judiciário ter autorizado essa medida
excepcional não implica no reconhecimento de
que as empresas podem monitorar os e-mails
pessoais de seus funcionários. Como qualquer
outro sigilo protegido constitucionalmente, o
acesso ao e-mail pessoal de um empregado, ou
ex-empregado, depende de autorização prévia
judicial, em decisão fundamentada, não podendo
ser feito arbitrariamente pelo empregador.
Portanto, a autorização de quebra de sigilo, não
se confunde com a legitimação, por parte da
Data: 25/07/2019
55
Grupo de Comunicação
Corte Trabalhista, para que se viole a intimidade
dos empregados em qualquer situação normal.
E mais, é necessário o respeito ao devido
processo legal em casos extremos de violação a
direitos garantidos constitucionalmente. Logo,
aquele que tem sua intimidade violada deve ter a
oportunidade de se defender amplamente, sob
pena de violação ao Estado Democrático de
Direito.
Desse modo, em que pesem os recentes e
inéditos precedentes que permitiram a quebra de
sigilo de e-mail, a inviolabilidade da intimidade
dos empregados continua garantida, não
havendo brechas para que se acesse ou se
monitore a comunicação privada dos funcionários
sem prévia autorização judicial. Além da
vulneração constitucional, tal prática pode
configurar abuso de direito, passível de
indenização pelo empregador e penalização na
esfera criminal.
*Cíntia Fernandes é advogada, subcoordenadora
de Direito Privado da Unidade Brasília e sócia do
escritório Mauro Menezes & Advogados; Raquel
de Castilho é advogada do escritório Mauro
Menezes & Advogados
https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-
macedo/o-sigilo-do-e-mail-pessoal-do-
empregado-e-os-limites-constitucionais-do-
poder-fiscalizatorio-do-empregador/
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Data: 25/07/2019
56
Grupo de Comunicação
Bolsonaro e os xiitas
É ampla no Brasil a percepção de que
agronegócio e meio ambiente não combinam
William Waack, O Estado de S.Paulo
O governo Jair Bolsonaro, especialmente o
presidente, tem uma rara capacidade de ajudar
seus críticos e adversários. A mais recente
demonstração é a briga de Bolsonaro com os
dados do Inpe, acusado por ele de favorecer
campanhas internacionais contra o País ao
divulgar informações sobre desmatamento
obtidas por satélites. É tão ridículo quanto brigar
com o termômetro ou o barômetro.
O material elaborado pelo Inpe é o resultado de
considerável esforço científico nacional e
internacional em entender as dimensões da
questão – e se esse material indica que o
desmatamento persiste em proporções
preocupantes, o ponto central é a incapacidade
demonstrada pelo Estado brasileiro ao longo de
décadas de fazer valer suas próprias leis. Teria
sido fácil dizer isso a correspondentes
estrangeiros, não tivesse Bolsonaro permanecido
preso a um (para usar a linguagem militar)
teatro secundário de operações.
Xiitas ambientais, diz o presidente, são os
responsáveis por uma enorme campanha contra
o Brasil lá fora. Por xiitas ambientais Bolsonaro
entende em parte ONGs internacionais –
algumas, sem dúvida, com agenda claramente
ideológica (combater o agronegócio capitalista)
e/ou comprometidas com interesses comerciais
de competidores (pela proximidade com partidos
políticos que representam segmentos eleitorais
com grande influência em governos de outros
países). Sim, esse tipo de campanha existe, e
atinge parte da imprensa tradicionalmente
responsável e objetiva.
Mas, a rigor, é no Brasil mesmo que persiste há
muito tempo a ideia de que o negócio
agropecuário e o meio ambiente são grandezas
irreconciliáveis. E que o lucro e a rentabilidade (a
principal razão de existir do grande negócio)
seriam obtidos pela sistemática destruição da
natureza e apropriação privada de recursos
divinos como a terra. Há também um ranço
clerical na noção bastante popular de que um
bem para todos não pode ser repartido entre
alguns poucos. E que a tarefa de alimentar as
pessoas cabe a quem trabalha a terra com o
próprio suor, e não a entidades gananciosas que
transformam centenas de milhares de
quilômetros quadrados em monoculturas
destinadas à exportação.
Em termos abrangentes, a moderna sociedade
“urbanoide” brasileira não desenvolveu em torno
do produtor rural a mesma aura positiva que se
registra em países como Alemanha, França ou
Estados Unidos (nossos competidores). O
imaginário da sociedade brasileira não se
alimenta de números sobre a relevante
contribuição do agronegócio para o PIB
(portanto, para a economia nacional). Não dá
muita bola para coisas como inovação
tecnológica – o público continua achando, em
geral, que o Brasil se tornou uma grande
potência agrícola pois tem água, terra, clima e
expulsou de seus territórios os povos da floresta
junto com as árvores. Aumento de produtividade
é um conceito pouco discutido ou compreendido,
aliás.
Também a representação política desses
segmentos econômicos e sociais ligados à
produção agropecuária no Brasil (fortemente
regionalizados e muito distintos entre si) é vista
com desconfiança. “Bancada ruralista” costuma
ser sinônimo de um grupo de parlamentares
controlados por interesses econômicos que se
dedica a acobertar crimes ambientais, arrebentar
direitos trabalhistas, abrir cofres públicos para
subsídios e facilitar a utilização de substâncias
tóxicas que deixarão resíduos em alimentos.
É secundário se os fatos objetivos da realidade
suportam essa percepção bastante difundida no
Brasil. Em alguns pontos essenciais, não
suportam – ao contrário. Mas o choque de
poderosas narrativas, como são as da relação
entre meio ambiente e agronegócio, se dá no
palco da política, no qual o grande determinante
dos “fatos” são as percepções. Seria tão mais
fácil se o problema fossem apenas os xiitas.
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bol
sonaro-e-os-xiitas,70002937468
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Data: 25/07/2019
57
Grupo de Comunicação
Governo lança concessão de 1,2 mil km de
rodovias e promete pedágio mais barato e
wi-fi na estrada
A previsão é de investimento de R$ 14 bilhões ao
longo de 30 anos de contrato em trecho entre
Piracicaba e Panorama
Redação, O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - O governo do Estado de São Paulo
lançou nesta quarta-feira, 24, o edital de
concorrência para a concessão de 1.273
quilômetros de rodovias do chamado lote
Piracicaba-Panorama, com previsão de
investimento de R$ 14 bilhões ao longo de 30
anos de contrato. O edital prevê modelo que,
segundo o governo, levará a uma tarifa 23%
mais barata que a praticada pela concessionária
atual. Além disso, é previsto rede wi-fi ao longo
de toda a malha para informações sobre trânsito
e eventual acionamento de socorro.
De acordo com a Agência de Transportes do
Estado (Artesp), o lote é composto por 218
quilômetros atualmente operados pela Centrovias
e outros 1.055 sob responsabilidade do
Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
Receberão investimentos trechos das rodovias
SP-304, SP-308, SP-191, SP-197, SP-310, SP-
225, SP-261, SP-293, SP-331, SP-294, SP-284 e
SP-425, beneficiando diretamente 62 municípios
cortados por essa malha, segundo estimativa do
governo.
A agência diz que estão previstas 600
quilômetros de duplicação e novas pistas, além
de faixas adicionais e vias marginais. Entre os
aprimoramentos realizados no projeto estão a
inclusão de obras de implantação de faixas
adicionais na SP-310, SP-197 e SP-261,
duplicação de pistas da SP-191 e SP-293,
marginais em Marília, além de construção do
contorno de Piracicaba e novas pistas nas serras
Cordeirópolis e Santa Maria da Serra, informa a
Artesp.
O edital prevê ainda desconto de 5% para os
usuários de pagamento automático. Outra
previsão é a implementação do chamado
Desconto de Usuário Frequente (DUF), que a
agência diz ser um modelo inédito no País. A
mudança resultará no benefício aos motoristas
que passam por essas rodovias com mais
frequência, levando a descontos progressivos
durante o mês que pode chegar a 90% do valor
pago.
A concessão ainda prevê a instalação de rede
sem fio de internet ao longo de toda a malha, "a
fim de levar ao usuário informações sobre o
sistema, atualizando-o, por exemplo, sobre a
situação do trânsito, além de possibilitar o
acionamento de socorro médico e mecânico".
O governo acredita que os efeitos positivos serão
sentidos em 62 cidades, cujas prefeituras
poderão ser beneficiadas pelo recebimento de
um total de R$ 2 bilhões referentes a repasses de
ISS. "Há estimativa, ainda, da geração de mais
de seis mil empregos diretos e indiretos somente
no primeiro ano de contrato, com aumento para
sete mil a partir do segundo ano. "
Poderão participar da concorrência internacional
empresas nacionais, estrangeiras, fundos de
investimentos, entidades de previdência
complementar – isoladamente ou em consórcio.
Veja abaixo as principais obras previstas no
edital:
Duplicações e Faixas Adicionais
SP-294 | Duplicações | km 458,5 (Marília) ao km
478 (Pompéia)
SP-294 | Duplicações | km 493,5 (Pompéia) ao
km 560 (Parapuã)
SP-294 | Duplicações | km 560 (Parapuã) ao km
685 (Panorama)
SP-425 | Duplicações | km 374,5 (Parapuã) ao
km 429 (Martinópolis)
SP-284 | Duplicações | km 447 (Assis) ao km
474,5 (Paraguaçu Paulista)
SP-284 | Duplicações | km 474,5 (Paraguaçu
Paulista) ao km 520 (Rancharia)
SP-284 | Duplicações | km 520 (Rancharia) ao
km 550,5 (Martinópolis)
Data: 25/07/2019
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Grupo de Comunicação
SP-304 | Duplicações | km 199,5 (São Pedro) ao
km 225,5 (Santa Maria da Serra)
SP-304 | Duplicações | km 225,5 (Santa Maria da
Serra) ao km 230,5 (Santa Maria da Serra)
SP-304 | Duplicações | km 239,5 (Torrinha) ao
km 293 (Jaú)
SP-308 | Duplicações | km 173,5 (Piracicaba) ao
km 194 (Charqueada)
SP-293 | Duplicações | km 0,1 (Cabrália Paulista)
ao km 24,5 (Duartina)
SP-191 | Duplicações | km 74,5 (Rio Claro) ao
km 115,5 (São Pedro)
SP-197 | Faixas Adicionais | km 0 (Brotas) ao km
20 (Torrinha)
SP-261 | Faixas Adicionais | km 150,5
(Pederneiras) ao km 183,5 (Bariri)
Novas Pistas
SP-294 | Contorno de Pompéia – Paulópolis (km
0 ao km 19,5)
SP-304 | Contorno de Piracicaba (km 0 ao km
14,5)
SP-304 | Contorno de Águas de São Pedro (km 0
ao km 16,5)
SP-304 | Nova Serra de Santa Maria (km 0 ao
km 7,5)
Terceiras e quartas faixas
SP-310 | Terceiras e quartas faixas | km 153,5
(Cordeirópolis) ao km 193 (Corumbataí)
SP-310 | Terceiras e quartas faixas | km 199
(Corumbataí) ao km 227,5 (São Carlos)
SP-310 | Terceiras e quartas faixas | km 153,5
(Cordeirópolis) ao km 227,5 (Corumbataí) (2º
ciclo)
Marginais
Trecho SP-191 - km 86,5 ao km 87,5 (Ipeúna)
Trecho SP-294 - km 645 ao km 648,5
(decrescente) (Dracena)
Trecho SP-294 - km 458,5 ao km 464
(decrescente) e km 461,5 ao km 464 (crescente)
(Marília)
Trecho SP-294 - km 442 ao km 444 (crescente);
km 443,5 ao km 444,5 (decrescente) e km 448,5
ao km 449,5 (decrescente) (Marília)
Trecho SP-310 - km 171 ao km 176,5
(crescente) (Rio Claro)
https://sao-
paulo.estadao.com.br/noticias/geral,governo-
lanca-concessao-de-1-2-mil-km-de-rodovias-e-
promete-pedagio-mais-barato-e-wi-fi-na-
estrada,70002937385
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Data: 25/07/2019
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Grupo de Comunicação
Conheça a pimenta-de-macaco. Ela pode substituir a pimenta-do-reino
Condimento que existe em profusão no Brasil, foi
usado pelos portugueses no lugar da pimenta-do-
reino. Que tal fazer os fazer o caminho inverso?
por Neide Rigo
Antes que me corrijam, digo que não falarei das
espécies do gênero Xylopia, das pindaíbas ou
embiribas, que também recebem nome popular
de pimenta-de-macaco. Tampouco retrucarei
quem afirmar que na sua região pimenta-de-
macaco não é uma coisa nem outra, afinal nome
popular não se discute. Daí a necessidade de se
associar as espécies de que falamos aos seus
registros de batismo, com nome e sobrenome, ou
seja, gênero e espécie.
Acontece que cismei em pesquisar um pouco
mais sobre a pimenta-de-macaco quando
comprei um amarradinho dela no mercado
municipal de São Raimundo Nonato, no Piauí.
Quase na sequência, comprei outro tanto
ligeiramente diferente em Juazeiro do Norte. Pra
tempero de feijão e para o estômago, disse a
dona da banca de ervas, raízes e cheiros.
Verde ou seco. Condimento picante foi usado
para substituir pimenta-do-reino pelos
colonizadores portugueses
Voltei animada com as compras. Mostrei para a
Nivalda, que trabalha comigo, e ela, antes que eu
dissesse o nome, reparou que pareciam rabinhos
de macaco. Daí o apelido?
Sem saber que eu estava pesquisando sobre ela,
meu amigo Hermano Campos, professor de
gastronomia na Universidade Federal do Ceará,
me mandou mensagem com várias fotos das
árvores pimenteiras com frutos que encontrou no
Parque Estadual do Cocó, em Fortaleza.
Observou que havia muitos macaquinhos ou
soins circulando pelos seus galhos. Daí o nome?
Perguntei se comiam os frutos e Hermano passou
a observá-los. Não conseguiu presenciar
nenhuma comilança. Pelas fotos que Hermano
me enviou, as folhas lustrosas são muito
parecidas à espécie que encontrei também na
Ilha do Marajó, onde é conhecida como pimenta-
longa, com frutos mais finos, diferentes da Piper
longum importada, que tem infrutescências mais
curtas.
Pra completar, com o assunto ainda maturando e
eu matutando para saber como reconhecer as
espécies cheguei na semana passada ao Hotel
Mercure, em Goiânia, para um almoço a convite
do chef Humberto Marra e o que havia na panela
de macarrão? Pimenta-de-macaco temperando o
brodo por cima da massa.
Sabor. Entre especiarias e pimenta, vai no doce
ou salgado Foto: Neide Rigo/Estadão
E, de última hora, fiz uma trilha em vegetação de
cerrado paulista perto da nossa chácara em
Piracaia e descobri dezenas destas pimenteiras
com infrutescências jovens.
Bem, como não consegui descobrir a razão do
nome macaco nem identificar as plantas pelos
frutos, resolvi consultar o papa das Pancs –
plantas alimentícias não convencionais, Valdely
Kinupp. Mandei as fotos e ele disse que nem
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Grupo de Comunicação
Deus conseguiria mais identificar aqueles
rabinhos secos sem outras referências – se criou,
deve já ter esquecido. Ao menos, me deu a
sugestão que salva esta coluna: como são muitas
as piperáceas com este aspecto e usos, melhor
adotar o Piper spp. (várias espécies) para falar
delas como condimento.
Então, fiquemos assim. Estas pimentas como
rabos de saguis são condimentos picantes e
aromáticos do gênero Piper, o maior da família
das Piperáceas, com mais de 700 espécies, sendo
que mais de 150 crescem no Brasil, como a erva-
de-jabuti, a pariparoba, a capeba entre tantas
outras.
Várias possuem estas infrutescências aromáticas
– P. callossum, P.arboreum, P. cavalcantei, P.
aduncum etc, tendo como representante mais
importante a pimenta-do-reino, Piper nigrum.
Várias destas espécies com frutinhos picantes do
gênero Piper já estavam aqui quando os
portugueses chegaram ao Brasil e a usaram
como substitutas da pimenta-do-reino.
Os frutos podem ser consumidos verdes, seja em
conservas, no arroz, no molho da salada ou em
temperos para carne. Basta segurar o cabinho e
raspar com uma faca. Mesmo verdes, são
picantes e aromáticos.
As espigas maduras e secas ficam enegrecidas e
os pequenos grãos servem para temperar pratos
de carne, feijão e legumes, preferencialmente ao
final do preparo.
Mas também podem ser triturados com sal e
socados com alho para manter na geladeira como
tempero pronto para carnes e refogados. Ou
simplesmente misturadas com sal.
São ótimas para perfumar bolos de especiarias
combinadas com outros condimentos como
cardamomo, noz-moscada, cravo, canela,
gengibre em pó. E misturados com doce, como o
recheio de goiabada do biscoito. Conferem sabor
intrigante entre especiarias e pimenta. Imagino
que também combinem com chocolate.
Elas já foram mais usadas tanto como
condimento quanto como medicamento. Foram,
no entanto, substituídas pela pimenta-do-reino,
exótica. Agora, podemos fazer o caminho inverso
e incluí-la entre os temperos de todo dia, já que
temos a planta nascendo espontaneamente em
qualquer matinha.
Não são fáceis de achar nas capitais, mas estão
em feiras e mercados de pequenas cidades pelo
País, discretas nas bancas de temperos. Terão o
aspecto de um pequeno pedaço de barbante,
mais fino ou mais grosso, uniforme ou listrado,
de coloração enegrecida quando secas.
Experimente!
https://paladar.estadao.com.br/noticias/comida,c
onheca-a-pimenta-de-macaco-ela-pode-
substituir-a-pimenta-do-reino,70002936578
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Data: 25/07/2019
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VALOR ECONÔMICO Com navios parados, Irã ameaça cortar
importações
Por Luiz Henrique Mendes e Cristiano Zaia | De
São Paulo e Brasilia
O imbróglio envolvendo os navios iranianos que
estão parados no porto de Paranaguá (PR) há
mais de 50 dias devido à recusa da Petrobras em
abastecer as embarcações escancarou os
desafios para manter o fluxo de exportações para
o Irã, um país importante para a balança
comercial.
A confusão, que foi judicializada e está no
Supremo Tribunal Federal (STF), levou o
embaixador do Irã em Brasília, Seyed Ali
Saghaeyan, a fazer duras declarações,
ameaçando suspender as importações de
produtos brasileiros se o problema dos navios
não for solucionado.
No primeiro semestre, o país persa representou o
quarto maior superávit comercial do Brasil, só
atrás de China, Holanda e Panamá, de acordo
com dados da Secretaria de Comércio Exterior
(Secex). Entre janeiro e junho, o superávit com o
Irã chegou a US$ 1,7 bilhão.
Em razão das sanções americanas ao país do
Oriente Médio, os brasileiros só exportam
produtos agropecuários ao Irã (basicamente,
soja, milho, carne bovina e açúcar). No primeiro
semestre, as exportações desses produtos
renderam US$ 1,9 bilhão, conforme dados da
Secex compilados pelo Ministério da Agricultura.
Tecnicamente, os alimentos estão fora das
sanções aplicadas por Washington. O problema é
que os iranianos enfrentam muitas dificuldades
para ter acesso a moedas fortes, o que levou
Teerã a incentivar operações de troca, afirmou ao
Valor uma fonte do governo que acompanha os
desdobramentos.
O caso dos dois navios parados em Paranaguá
joga luz sobre o problema das trocas de
mercadorias. Embora essa não seja a justificativa
para a Petrobras se negar a abastecer as
embarcações - os navios de bandeira iraniana,
que vieram ao Brasil carregando ureia, estão na
lista de sanções dos Estados Unidos -, o Irã não
terá muitas opções que não o escambo para
viabilizar a importação de alimentos.
Ocorre que uma das opções do Irã seria oferecer
ureia (usada como fertilizante) como forma de
pagamento aos brasileiros, mas o produto
também está na lista de sanções dos Estados
Unidos, observou uma fonte. Nesse cenário,
Brasília e setor privado teriam de negociar uma
espécie de permissão ("waiver") dos Estados
Unidos para aceitar esses produtos. "O espírito
das sanções seria mantido, porque a motivação é
humanitária. Para exportar alimentos",
argumentou.
Para o agronegócio brasileiro, a manutenção das
exportações é relevante. No caso do milho, o Irã
é o principal mercado, representando cerca de
30% dos embarques totais. No primeiro
semestre, as exportações brasileiras de milho ao
Irã renderam US$ 470 milhões.
O país persa também é estratégico para os
frigoríficos, que direcionam cortes do dianteiro
pouco demandados no mercado nacional. Neste
ano, o Irã aparece como o terceiro maior
importador de carne do Brasil, se consideradas
as compras feitas por via indireta.
Como o Valor já informou, parte da carne bovina
destinada à Turquia e Emirados Árabes Unidos é
destinada, na verdade, ao Irã - a carga vai de
caminhão para o país persa. Essa é uma das
estratégias para contornar as sanções ao Irã,
mas a escalada do conflito diplomático com os
EUA vem dificultando até essa opção.
Em relação à Brasília, as relações com o Irã
tiveram um ponto de atrito ontem, com as
declarações do embaixador. No Ministério da
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Grupo de Comunicação
Agricultura, no entanto, as falas de Saghaeyan
foram minimizadas. "Seria um desastre, mas não
acreditamos em retaliação", disse uma fonte da
pasta. "É um pouco de chantagem. A solução é
vir outro navio iraniano para abastecer", disse a
mesma fonte. Na avaliação do setor, o Irã tem
poucas alternativas para substituir a carne e os
grãos brasileiros. (Colaborou Fernanda
Pressinott, de São Paulo)
https://www.valor.com.br/brasil/6364313/com-
navios-parados-ira-ameaca-cortar-importacoes
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Data: 25/07/2019
63
Grupo de Comunicação
Pedágio automático cresce com concessões
Por Luciana Marinelli | De São Paulo
O mercado de pagamento eletrônico de pedágios
e estacionamentos está iniciando novo ciclo no
país. De um lado, novas concessões de rodovias,
com programas que preveem descontos para
motoristas que usarem a cancela automática,
deve incentivar a expansão do número de
usuários, hoje ao redor de 5,8 milhões. De outro,
novos competidores, como Veloe e Greenpass,
acirram a disputa por espaço no segmento,
liderado com folga pela Sem Parar.
Metade dos pagamentos de pedágios em
rodovias no Brasil é feito de forma automática.
"Essa penetração pode chegar a 70% em três ou
quatro anos, o mesmo patamar que existe em
Portugal ou na Itália", calcula Fernando Yunes,
CEO do Sem Parar, que tem cerca de 5 milhões
de assinantes e foi comprada, em 2016, pela
americana Fleetcor.
A estimativa de crescimento considera que seja
colocado em prática o plano do governo federal
de transferir à iniciativa privada a operação de 16
mil km de rodovias até 2022 - aumentando
significativamente o número de vias pedagiadas.
Também entram nas projeções do setor
concessões estaduais, como as de São Paulo.
Para melhorar o fluxo de veículos nas estradas,
desde 2017 o governo paulista determinou que
as novas concessionárias ofereçam 5% de
desconto no pedágio eletrônico. Conforme
antecipou ontem o Valor, agora os novos editais
também vão prever um mecanismo de desconto
progressivo de pedágio para usuários frequentes
que tenham uma "tag" afixada no vidro dianteiro
do carro.
O plano de concessões federais, por sua vez,
deve levar o sistema de cobrança automática a
regiões onde ainda é pouco usado. "A penetração
está abaixo de 10% em Estados como Rio
Grande do Sul. No Paraná e em Santa Catarina,
está em torno de 20% a 30%", diz Felix
Cardamone, CEO da Conectcar. Controlada pelo
Itaú Unibanco e pelo Grupo Ultra, a empresa é a
segunda maior desse mercado, com cerca de 500
mil usuários.
O interesse dos bancos por esse segmento vem
aumentando. A Alelo, controlada por Banco do
Brasil e Bradesco, iniciou em junho uma
campanha agressiva de marketing para divulgar
seu serviço de pagamento automático Veloe,
lançado há um ano. Quem aderiu até 15 de julho,
ganhou 18 mensalidades grátis. Agora, a
promoção prevê 12 meses de gratuidade para
novos clientes. O modelo de negócio das
companhias prevê o pagamento de uma taxa
mensal pelo uso da "tag" ou uma taxa de
carregamento, no caso de planos pré-pagos.
De acordo com Cesário Nakamura, presidente da
Alelo, só em marketing e distribuição da Veloe
serão investidos R$ 50 milhões até dezembro. Ele
não revela o número de usuários até agora, mas
o objetivo é alcançar 1,5 milhão de "tags" até o
fim de 2020. "Há oportunidade para todo
mundo", diz Nakamura, considerando que há no
Brasil uma frota de cerca de 60 milhões de
veículos com até 15 anos, cujos donos seriam
clientes potenciais do serviço. Hoje menos de
10% desse total tem "tags".
Também em junho, começou a operar a
Greenpass, numa parceria com o banco digital C6
- recém-criado por ex-executivos do BTG - que
garante gratuidade no serviço de pedágio
automático para novos correntistas. Criada por
João Cumerlato e Carlo Andrey Gonçalves,
fundadores da Conectcar, a Greenpass foi
formatada para operar em parceria com
empresas. A exemplo do C6, as companhias é
que contratam o serviço para oferecê-lo aos seus
clientes como benefício gratuito ou serviço
adicional. A meta é chegar a 2 milhões de
veículos em dois anos.
"É natural que haja competição", diz Cardamone,
da Conectcar, lembrando que esse mercado ficou
com apenas um competidor (a Sem Parar) por
quase 15 anos. "Agora, quanto mais barulho,
melhor. Faz com que os clientes comparem
preços e serviços. E o cliente é quem vai decidir."
A Conectcar pretende chegar a 2 milhões de
usuários "no longo prazo".
Data: 25/07/2019
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Grupo de Comunicação
Em outra frente, desde maio as companhias têm
anunciado acordos com grandes locadoras de
veículos, para equipar as frotas com suas "tags".
A Sem Parar anunciou parceria com a Movida,
enquanto a Conectcar fez acordo com a Localiza
Hertz. Em junho, foi a vez de a Veloe fazer
parceria com a Unidas.
Além do uso nas estradas, as empresas buscam
aumentar a atratividade das 'tags' nas cidades,
com mais estabelecimentos aptos a receber esse
tipo de pagamento, para que mesmo o
consumidor que não viaja muito veja vantagem
em aderir ao serviço. A expansão começou com
estacionamentos e shoppings, estendeu-se a
postos de gasolina e, mais recentemente, chegou
a lanchonetes de fast-food.
A ampliação da rede é uma das estratégias da
Sem Parar para enfrentar a concorrência e
conquistar novos usuários. "Não vamos entrar
em guerra de preço de assinatura", diz Yunes,
observando que a assinatura é que mantém o
negócio. "A gente não se vê só como uma
empresa de pedágio automático. Queremos
acabar com as filas e paradas na vida das
pessoas. O principal é a economia de tempo."
Além de 1,2 mil estacionamentos no país e 650
postos de gasolina, a empresa oferece o
pagamento automático em "drive thrus" de 300
lojas do McDonald's e iniciou, neste ano, um
projeto com lava-rápidos. "Nos últimos 12
meses, aceleramos bastante a nossa rede.
Passamos de 1,2 mil pontos, além das praças de
pedágio, para cerca de 3 mil", conta Yunes. A
iniciativa, segundo ele, está contribuindo para o
aumento da base de assinantes. A expectativa é
adicionar, até o fim do ano, 400 mil a 500 mil
usuários.
Embora reforce que não entrará em guerra de
preços, a empresa está trabalhando em opções
de serviços mais baratas que seu pacote
completo, que custa R$ 24,90 por mês. Um dos
projetos prevê pagamentos por celular, para
abrir a possibilidade de uso também fora do
carro.
https://www.valor.com.br/empresas/6364237/pe
dagio-automatico-cresce-com-concessoes
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Data: 25/07/2019
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Nova gestão do BNDES preocupa setor
elétrico
Por Rodrigo Polito | Do Rio
Representantes do setor de energia elétrica estão
preocupados com relação às diretrizes da nova
gestão do BNDES, comandado agora por Gustavo
Montezano. Especialistas e executivos da
indústria ouvidos pelo Valor temem que medidas
como "abrir a caixa-preta" do banco, em
referência à investigação de supostas
irregularidades na concessão de financiamentos
em gestões anteriores, tirem o foco de um dos
papéis históricos da instituição de fomentar a
expansão da oferta de energia.
De 2003 a 2018, o BNDES apoiou 635 projetos
de geração, transmissão e distribuição de
energia, além de eficiência energética,
totalizando R$ 215 bilhões. O valor representa
pouco mais de 58% do total investido nesses
empreendimentos, R$ 368,9 bilhões.
A partir do governo Michel Temer, porém, o
banco reduziu sua participação no apoio ao setor
elétrico. Ao assumir neste ano, o governo Jair
Bolsonaro manteve o objetivo de estimular o
mercado de capitais e o mercado financeiro para
financiarem a expansão do mercado de energia.
Segundo a presidente da Associação Brasileira de
Energia Eólica, Elbia Gannoum, o mercado de
capitais hoje ainda é pouco desenvolvido para
financiar projetos de longo prazo. As debêntures
de infraestrutura, explicou, são um mecanismo
interessante, porém atendem no máximo a 10%
do valor do investimento do projeto. Além disso,
em geral, esses papéis têm prazo de até dez
anos, quando os empreendimentos do setor
demandam pelo menos 15 anos de
financiamento.
"É preciso primeiro ter um mercado de capitais
desenvolvido, para depois reduzir a participação
do BNDES [no setor]", disse Elbia, defendendo
uma transição gradual do apoio do banco estatal
para as instituições privadas.
Diretora da área de desestatização do BNDES no
governo Fernando Henrique Cardoso, Elena
Landau concorda que o setor de infraestrutura
ainda precisa de apoio de um agente como o
banco de fomento, porque o mercado de capitais
ainda não é completamente desenvolvido. Ela,
porém, critica a forma como a instituição foi
usada anos atrás, financiando empreendimentos
com taxas subsidiadas.
A especialista disse não ver intervenção política
no BNDES hoje. Segundo ela, é natural que o
governo defina as diretrizes do banco. Mas o
mais importante, pontuou, é que o banco se
prepare para o novo cenário de transição
energética. "Qual vai ser o papel do banco na
nova economia? E na transição energética?"
Para o coordenador do Grupo de Estudos do
Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ, professor Nivalde
de Castro, a recessão enfrentada pelo país em
2015 e 2016 reduziu o número de novos projetos
de infraestrutura de energia e,
consequentemente, diminuiu o volume de
desembolsos do BNDES. Esse fator gerou uma
falsa impressão de que o banco teria reduzido
sua relevância no setor.
"Com a demanda baixa [de projetos] por causa
da crise, não se percebe a importância do
banco", afirmou. "O papel do BNDES não é
pontual. É estratégico. Basta ver o que já foi feito
de 2000 para cá. Sem ele, o setor elétrico não
teria condições de atender a demanda por
energia do país."
Em 2018, os desembolsos totais do BNDES
caíram pelo quinto ano consecutivo, para R$ 69,3
bilhões, quase um terço do patamar de R$ 190,4
bilhões observado em 2013. Na mesma
comparação, os desembolsos apenas para o setor
de energia caíram de R$ 27,6 bilhões para pouco
mais da metade, R$ 16,2 bilhões.
"O ritmo de desembolsos caiu porque a economia
não cresce", completou Elena Landau.
Segundo Castro, como forma de atuar sua
ampliação, o BNDES pode buscar apoiar negócios
bilaterais no setor elétrico, como o financiamento
de projetos de geração desenvolvidos
exclusivamente para atender consumidores no
mercado livre.
https://www.valor.com.br/brasil/6364305/nova-
gestao-do-bndes-preocupa-setor-eletrico
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Data: 25/07/2019
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O novo mercado de gás Por Alexandre da Silva
O Novo Mercado de Gás (NMG) é um plano para
ampliar a concorrência no mercado brasileiro de
gás natural por meio da liberalização nos três
segmentos de sua cadeia produtiva: upstream
(produção, escoamento e processamento),
midstream (gasodutos de transporte) e
downstream (gasodutos de distribuição nos
Estados).
Hoje, além de se constituir em um monopsônio
(único comprador) no upstream, esse mercado
possui empresa dominante com controle da
capacidade de transporte e uma estrutura
regulatória sem incentivos à eficiência no
downstream. Essa concentração de mercado leva
à estagnação e a preços pouco competitivos, com
o Brasil apresentando-se como um dos países
com maior preço de gás natural, chegando
recentemente (para consumidores industriais)
até U$ 14 MM/Btu, enquanto o preço médio em
países da Europa foi cerca de US$ 8,8 /MMBtu e,
nos EUA, US$ 3,9 /MMBtu.
Há um conjunto de oportunidades convergentes
para acreditarmos que a aludida liberalização
ocorrerá, especialmente considerando os
seguintes fatores: i) recentes descobertas de gás
natural no pré-sal; ii) após uma negociação de
mais de cinco anos, resolução do acordo de
cessão onerosa, cujo excedente será licitado em
novembro deste ano; iii) foco estratégico da
Petrobras em exploração e produção (E&P) em
águas profundas, visto haver maior necessidade
de investimento para explorar essas
oportunidades no pré-sal; iv) interesse da
Petrobras em celebrar termo de compromisso
com o Cade; v) Programas de Fortalecimento das
Finanças Estaduais (PFE) e de Equilíbrio Fiscal
(PEF) para destinar recursos para Estados,
incentivando-os a modernização regulatória
focada em eficiência.
Dito isso, como se dará então o "choque de
energia barata", divulgado pelo ministro Paulo
Guedes? Ocorrerá por meio de ações simultâneas
- recomendadas em resolução do Conselho
Nacional de Política Energética (CNPE) e
detalhadas no termo de compromisso entre Cade
e Petrobras - nos três segmentos da cadeia
produtiva do gás natural.
Essas ações serão, nos próximos meses,
reforçadas por outras no Congresso Nacional, a
fim de que as medidas infralegais propostas à
atual empresa dominante no setor (Petrobras)
sejam aplicadas a qualquer outra empresa,
impedindo que surjam monopólios privados no
setor nacional de gás natural, reforçando,
também, a segurança jurídica das medidas
infralegais.
No upstream, a ideia é que esse conjunto de
ações infralegais provisionem às cerca de 30
empresas potenciais ofertantes de gás no alto-
mar brasileiro acesso aos gasodutos de
escoamento, a Unidades de Processamento de
Gás Natural (UPGNs), gasodutos de escoamento
e aos terminais de regaseificação da empresa
dominante. Atualmente, a empresa dominante
compra a molécula por algo em torno de U$ 1 a 2
MM/Btu, mas este chega nos dutos de transporte
em aproximadamente U$ 7 a 8 MM/Btu.
Estudos do Ministério da Economia indicam
crescimento no PIB industrial na ordem de 10,5%
no ano
Com a competição advinda do acesso de várias
empresas aos dutos, espera-se substancial queda
nessa diferença de preços. No jargão econômico,
a expectativa é que esse segmento da cadeia do
gás passe a funcionar com um preço competitivo
em vez do atual preço de monopsônio.
No midstream, que é um monopólio natural, a
recomendação do CNPE é que a empresa
dominante defina suas demandas nos pontos de
entrada e saída dos dutos de transporte,
possibilitando a oferta de serviços adicionais de
transporte na capacidade remanescente/ociosa,
que é estimada em cerca de 30%. Há de se
destacar que o desinvestimento da Petrobras
nesse segmento é algo inerente ao próprio plano
de negócios da empresa, redefinindo sua
estratégia mercadológica, que passa a focar em
E&P em águas profundas. De fato, no transporte,
o NMG propriamente foca na liberação da
capacidade remanescente dos dutos.
No downstream, que também é um monopólio
natural, sabe-se que os modelos tarifários
praticados por distribuidoras estaduais não
trazem incentivos à eficiência. Várias delas
remuneram o capital investido com taxas de até
20% ao ano, não havendo qualquer associação
Data: 25/07/2019
67
Grupo de Comunicação
ao custo de oportunidade do capital, como
usualmente é feito quando se considera
metodologias como o WACC e o CAPM. Além
disso, remuneram-se os custos operacionais em
até 20% ao ano, incentivando o aumento dos
custos em vez da eficiência operacional. Ainda há
aquelas que, feitas essas contas, dividem o total
por 0,8, aumentando, adicionalmente, em 25% a
tarifa.
Nesse sentido, dentro das regras de mercado,
sem qualquer quebra contratual, o governo
federal incentivará, por meio do PEF e do PFE, os
grandes consumidores para adquirir a molécula
de comercializadores e produtores,
permanecendo a obrigação de remunerar a
distribuidora pelo serviço que presta (uso da rede
de distribuição), mas com a fixação de tarifas
que possuam racionalidade econômica.
Acredita-se que essa maior liberdade aos grandes
consumidores ocorrerá naturalmente, por meio
da competição entre os Estados, pois aqueles que
modernizarem sua regulação terão maior volume
de negócios, inclusive com maior comercialização
nas distribuidoras, servindo como espelho para
os outros. Porém, se houver necessidade de
revisão contratual que traga algum prejuízo para
a distribuidora, tal alteração será compensada
por meio de reequilíbrio financeiro, que pode ser
financiado com recursos do PFE.
Portanto, com as estratégias descritas,
vislumbra-se um NMG com benefícios para a
economia brasileira. Por exemplo, estudos do
Ministério da Economia indicam crescimento no
PIB industrial na ordem de 10,5% no ano e
efeitos positivos nos anos seguintes, caso haja
redução de 50% no preço da energia,
destacando-se que a intensidade com que o
preço caminhará para um preço competitivo
depende da implantação das medidas elencadas,
que terão um monitoramento de várias
instituições - coordenadas pelo Ministério de
Minas e Energia.
Alexandre Manoel Angelo da Silva é economista
do Ipea e exerce o cargo de secretário de
Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria na
Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da
Economia
https://www.valor.com.br/opiniao/6364149/o-
novo-mercado-de-gas
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Data: 25/07/2019
68
Grupo de Comunicação
Royalties do petróleo crescem e enriquecem
cidades fluminenses
Por André Ramalho | De Maricá (RJ)
O embate entre Estados e municípios produtores
e não produtores sobre o direito aos royalties do
petróleo e do gás natural deve voltar à pauta do
Supremo Tribunal Federal (STF), em novembro,
em meio a expectativas de crescimento das
receitas petrolíferas nos próximos anos. Segundo
projeções da Agência Nacional do Petróleo (ANP),
a previsão é que, depois de bater o recorde de
R$ 10,95 bilhões em 2018, a arrecadação dos
municípios com royalties e participações
especiais cresça 12% em 2019, para R$ 12,3
bilhões, e 33% até 2023, para R$ 14,5 bilhões.
O cenário de abundância, contudo, não será
realidade para todos. Levantamento feito pelo
Valor com base em previsões oficiais da ANP
mostra que 58% das cidades brasileiras que
recebem royalties do petróleo terão pela frente
alguns anos de queda na arrecadação. Enquanto
os municípios fluminenses vão vivenciar um
crescimento de 32% nas receitas petrolíferas, a
projeção sugere um declínio na renda sobre a
produção de óleo e gás em cidades paulistas e
capixabas.
Esse cenário não é irreversível. Existe uma
expectativa de que o desenvolvimento de novos
campos no pré-sal possa voltar a reforçar o caixa
paulista no futuro. Estudo da Fundação Sistema
Estadual de Análise de Dados (Seade) destaca
que a entrada em operação do campo de
Carcará, operado pela norueguesa Equinor, na
Bacia de Santos, "deverá reforçar a posição do
Estado de São Paulo como importante polo
produtor". O projeto é estimado para entre
2023/2024. Além disso, novas descobertas
podem eventualmente contribuir para reverter o
quadro.
A realidade dos cofres municipais é, de uma
forma geral, muito desigual no que diz respeito
às receitas do petróleo. Apenas 16,7% dos 5.570
municípios do país recebem royalties, como
compensação financeira pela produção e
movimentação de óleo e gás. Entre os
beneficiários, há cidades que recebem mais de
R$ 1 bilhão por ano, como Maricá e Niterói, no
Rio de Janeiro. Quase metade dos 932 municípios
que recebem royalties, porém, deve fechar o ano
com receitas petrolíferas inferiores a R$ 50 mil.
"O sistema hoje hierarquiza demais a
distribuição. A distância é muito grande entre os
municípios que recebem mais e os que recebem
menos. É um desastre do ponto de vista do
planejamento do desenvolvimento nacional. Os
municípios, em geral, não produzem medidas de
longo alcance territorial", comenta o professor do
programa de Planejamento Regional e Gestão da
Cidade da Universidade Cândido Mendes (UCAM),
José Luis Vianna da Cruz. As diferenças na ordem
de grandeza das arrecadações estão entre os
principais argumentos de quem defende a divisão
mais igualitária dos recursos.
Royalties e participações especiais (que incidem
apenas sobre os campos de maior produtividade)
são compensações financeiras pagas pelas
petroleiras à União, aos Estados e municípios. Os
principais beneficiários desses recursos são
municípios que confrontam com os poços
produtores (estão dentro da área de influência
desses poços e são enquadrados, portanto,
dentro da zona de produção principal). Cidades
limítrofes a essas regiões também são
compensadas, em proporções menores, bem
como municípios que abrigam instalações de
movimentação de óleo e gás, como dutos e bases
de embarque e desembarque.
Os principais beneficiários estão localizados,
hoje, no Rio de Janeiro, cujo litoral se confronta
com os principais campos do pré-sal da Bacia de
Santos e do pós-sal da Bacia de Campos - as
duas maiores fronteiras de produção do país.
Os critérios de repasse de royalties criaram
impasse em 2012, quando o Congresso aprovou
a Lei 12.734 - que alterou as regras de
redistribuição e reduziu as transferências para os
Estados produtores em favor dos demais.
Temendo a perda de receitas bilionárias, o
governo do Rio logo recorreu ao STF e, em 2013,
por meio de uma liminar da ministra Carmen
Lúcia, os efeitos da lei foram suspensos. O
assunto, agora, está na agenda da corte para
novembro.
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM)
encabeça a defesa pela distribuição mais
igualitária e faz pressão política para que o
Supremo retome as discussões sobre o assunto.
A entidade defende que todos os municípios
sejam contemplados com recursos provenientes
Data: 25/07/2019
69
Grupo de Comunicação
da produção de óleo brasileira. A CNM calcula
que mais de R$ 50 bilhões deixaram de ser
distribuídos para regiões não produtoras, entre
2013 e 2018.
Na ação direta de inconstitucionalidade, o
governo fluminense sustenta que a mudança na
lei fere o pacto federativo originário da
Constituição de 1988, que prevê a cobrança do
ICMS sobre o petróleo no destino - e não na
origem, o que prejudica os Estados produtores,
como o Rio. A ação também defende que o novo
regime jurídico não pode afetar concessões
futuras, sob o risco de comprometer as
expectativas de geração das receitas. O governo
do Rio diz que uma eventual perda dos royalties
levaria o Estado a uma situação de insolvência
financeira.
A Associação Brasileira dos Municípios com
Terminais Marítimos e Fluviais para Embarque e
Desembarque de Petróleo e Gás Natural
(Abramt) também defende a manutenção das
regras, sob a alegação de que o royalty, por
definição, se trata de uma compensação
financeira a Estados e municípios que abrigam as
atividades de extração e que sofrem os seus
impactos diretos.
"O assunto é tratado de forma equivocada. Os
royalties são uma ferramenta compensatória
pelos riscos ambientais inerentes à indústria
petrolífera. Ninguém fala em redistribuir os
royalties da hidrelétrica de Itaipu, das barragens
ou do minério. Se o município que abriga um
terminal não é compensado por isso, faz sentido
eu querer então que uma base não seja instalada
no meu município", diz o presidente da Abramt,
Pierre Emerim. Prefeito de Imbé (RS), ele calcula
que os royalties da cidade devem cair para a
menos de um sexto do que são hoje, para cerca
de R$ 300 mil/mês, se a liminar cair.
Para o professor Vianna da Cruz, a lei de 2012,
que muda os critérios de distribuição, cai "no
outro extremo". Ao dividir os royalties entre
todos os municípios, diz, corre-se o risco de se
"evaporarem os recursos", sem impactos
substanciais para nenhuma cidade. "É um erro
municipalizar recursos desse tamanho. A
administração desses recursos deveria ficar no
nível territorial macro-regional", afirma.
A ANP esclarece que as projeções são feitas com
base nas informações enviadas pelas empresas,
mas que os dados de curva de produção são
sigilosos. As estimativas levam em consideração,
além dos volumes de produção, os seguintes
dados: preços de referência projetados para o
petróleo e o gás natural, taxas de câmbio,
alíquotas dos campos produtores, receita líquida
apurada pelas empresas para os campos e
decisões judiciais. As projeções da ANP tomam
como base um preço do barril do petróleo a US$
67 durante o período e o dólar a R$ 3,81 em
2019, R$ 3,78 em 2020, R$ 3,81 em 2021, R$
3,86 em 2022 e R$ 3,91 em 2023.
https://www.valor.com.br/brasil/6364301/royalti
es-do-petroleo-crescem-e-enriquecem-cidades-
fluminenses
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Data: 25/07/2019
70
Grupo de Comunicação
Sunew lidera nova tecnologia em energia solar Por Marcos de Moura e Souza | De Belo Horizonte
Uma nova tecnologia de painéis solares vem
ganhando adeptos entre grandes empresas no
Brasil. Natura, Itaú e Iveco estão entre as que
começam a usar os chamados filmes
fotovoltaicos orgânicos (OPV, na sigla em inglês).
São folhas de plástico leves, transparentes e
flexíveis com células fotovoltaicas impressas. Em
algumas aplicações, funcionam como um adesivo
de energia solar.
A capacidade de geração de eletricidade dos OPV
ainda é bem menor que a dos painéis
convencionais. A vantagem do OPV é que ele se
amolda a janelas, paredes, latarias de carros e a
outras superfícies onde seria inviável instalar as
pesadas e rígidas placas feitas de silício.
No Brasil, quem lidera as pesquisas e a produção
de OPV é a Sunew, uma empresa que nasceu de
um centro de pesquisas em energia solar, o
CSEM Brasil, sediado em Belo Horizonte, e que
agora dá seus primeiros passos fora do país, com
uma unidade comercial em San Francisco, Vale
Silício, nos EUA.
Três empresas - Opvious, da Alemanha; Armor,
da França; e Kolon, da Coreia do Sul - são outros
players importantes globais no negócio de painéis
de OPV.
A Sunew tem como acionistas o fundo FIR
Capital, BNDES Participações, o próprio CSEM e
duas comercializadoras de energia, Tradener e
CMU. Após mais de uma década de
desenvolvimento e R$ 150 milhões aplicados no
centro de pesquisas, a Sunew começou a
produzir em escala de mercado no ano passado.
O faturamento foi de cerca de R$ 15 milhões.
Há alguns dias, os sócios formalizaram um
aumento de capital na companhia. O valor da
operação não foi divulgado. "O aumento de
capital foi feito num momento em que os sócios
estão enxergando novas perspectivas positivas e
decidiram equipar a empresa visando sua
aceleração e uma expansão internacional", diz
Tiago Alves, CEO da Sunew.
As pesquisas do CSEM e os produtos da Sunew
(os dois funcionam nas mesmas instalações)
despertam atenção de empresas de setores
variados. Segundo Alves, nos últimos seis meses
diversas grandes empresas de energia elétrica
bateram à porta para identificar projetos que
possam ser pilotos e novos conceitos de geração.
Um dos projetos já em curso é com a Energisa,
que instalou em sua unidade na cidade mineira
de Cataguases, filmes de OPV no teto de vidro de
uma área de convivência e no beiral de uma
guarita na entrada da empresa.
Numa escala maior, o Itaú Unibanco recobriu
com painéis de OPV uma claraboia de um dos
prédios do Centro Empresarial Itaú Conceição,
em São Paulo. O Shopping Morumbi, em São
Paulo, também vai cobrir uma de suas claraboias
com o OPV nos próximos meses, segundo a
Sunew.
A Totvs, em sua sede em São Paulo, já usa
tecnologia OPV na sua fachada de vidro na área
onde está sua logomarca e a Natura fez de sua
sede, na cidade de Cajamar (SP), uma mostra
em grande escala da tecnologia OPV em edifícios.
O prédio envidraçado recebeu 2 mil metros
quadrados de painéis da Sunew.
Pelas ruas e estradas de Sete Lagoas (MG) e
região, a tecnologia da Sunew está sendo
testada, desde maio, em um furgão Daily a
diesel, da Iveco. O teto, uma das laterais e o
capô do veículo foram cobertos com adesivos de
OPV.
"O objetivo é viabilizar o uso energia solar,
abundante no país, como forma de aumentar a
eficiência energética. Isso traz potencial redução
no consumo de combustível e serve como
plataforma de testes para futuras ações com esse
tipo de fonte de energia alternativa", disse
Alexandre Capelli, gerente de engenharia da
Iveco.
Data: 25/07/2019
71
Grupo de Comunicação
Segundo ele, o projeto com a Sunew pode se
desdobrar em outros envolvendo máquinas
agrícolas das marcas Case e New Holland, todas
do grupo CNH Industrial.
A tecnologia OPV é chamada de terceira geração
de células solares. Foi desenvolvida entre os anos
90 e início dos 2000. A segunda geração é dos
anos 70, e já tinha alguma capacidade de ser
instalada em materiais plásticos. A primeira
geração - e que é a dominante no mundo - é a
tecnologia do silício, que data dos anos 50.
Em termos energia gerada a partir da luz, o
painel de silício ainda é imbatível. Segundo o
National Renewable Energy Laboratory (NREL),
órgão do governo dos EUA, esses painéis já
atingiram uma marca recorde de 26,1% de
eficiência. Ou seja: de toda a radiação solar que
incidiu sobre as placas, 26,1% foi convertida em
energia elétrica. O recorde de geração dos
painéis de segunda geração é de 23,4% e os de
OPV, 16,5%.
Um metro quadrado de OPV da Sunew tem
potência que varia de 35 watts a 50 watts. A
potência de um módulo de painel de silício (que
costuma ter de 1,5 metro quadrado a 2 metros
quadrados) é de 300 a 400 watts. Uma
residência com quatro pessoas consome em
média 190.000 W/h mês (190 kW/h mês) e
precisaria de sete a oito módulos convencionais.
"Entre o silício e o OPV há ainda uma diferença
em termos geração, mas o OPV é uma tecnologia
que continua avançando e que chega ao mercado
com diferenciais porque pode ser usado em
carros, motos, aviões, celulares, computadores e
outras superfícies onde os painéis de silício não
são usados", diz Rodrigo Sauaia, presidente
executivo da Associação Brasileira de Energia
Solar Fotovoltaica (Absolar).
Uma característica atrativa do OPV é
possibilidade de geração de energia elétrica como
função adicional de objetos do cotidiano,
acrescenta ele. Os filmes de OPV são, em geral,
mais baratos que o silício, mas duram menos,
pondera o especialista. Ao mesmo tempo, um
módulo convencional de silício pesa cerca de 20
kg, enquanto os de OPV pesam gramas. A Sunew
não divulga o preço de venda de seus filmes
orgânicos fotovoltaicos, alegando que os
orçamentos variam conforme cada projeto.
A empresa tem pouco mais de 20 clientes (todos
empresariais) e Tiago Alves e sua equipe de
químicos, físicos e engenheiros, começam a ver
janelas no exterior se abrindo para seus
produtos.
Uma delas, segundo o executivo, é um projeto
piloto sendo implementado com uma empresa
australiana de membranas solares que mira o
mercado dos EUA, do Oriente Médio e da
Austrália.
A base comercial que a Sunew instalou
recentemente no Vale do Silício se encaixa na
tentativa de fazer avançar essa e outras
parcerias. Tiago Alves não esconde a ambição da
Sunew. "Nossa ideia, com essa presença nos
EUA, é vender para a Tesla, para a Apple e para
o Google ", diz.
Outra janela poderá se abrir com o desenrolar de
conversas com o grupo empresarial do bilionário
britânico Richard Branson, que tem negócios em
diversos ramos, entre eles o turismo.
A Sunew prepara o envio de um de seus
produtos para o time do empresário: é uma
estação de recarga de celular com roteadores de
internet em formato de árvore estilizada, cujas
folhas são de vidro ou policarbonato recoberto de
OPV.
As Optrees já foram usadas no Rock in Rio e
exportadas para clientes em mais de dez países.
A expectativa é que o equipamento venha fazer
parte da paisagem de um resort de alto luxo do
grupo de Branson, a Necker Island.
A Sunew produz os próprios painéis flexíveis em
uma linha que usa um maquinário que se parece
como uma impressora rotativa que funciona em
um laboratório com ambiente controlado. O
próximo passo na tecnologia dos filmes orgânicos
Data: 25/07/2019
72
Grupo de Comunicação
fotovoltaicos se chama peroviskta. Trata-se um
composto sintético com elevadas propriedades
fotovoltaicas cujas pesquisas começaram há
menos de uma década.
No início do ano, a Petrobras anunciou que iria
investir R$ 23,7 milhões no CSEM Brasil ao longo
de dois anos para pesquisa e desenvolvimento de
OPV à base de peroviskta. Os filmes atuais usam
outros polímeros. A estatal estuda entrar no
negócio de energia renovável e as pesquisas com
o novo composto podem ser um caminho. "A
eficiência da peroviskta poderá ser muito maior,
chegando a níveis superiores inclusive ao das
tecnologias de silício", afirma Tiago Alves.
https://www.valor.com.br/empresas/6364231/su
new-lidera-nova-tecnologia-em-energia-solar
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Data: 25/07/2019
73
Grupo de Comunicação
Neoenergia lucra R$ 1 bilhão no semestre Por Rodrigo Polito, Raquel Brandão e Rita
Azevedo | Do Rio e São Paulo
Em seu primeiro resultado divulgado após o IPO
(oferta pública inicial de ações), a Neoenergia
atingiu lucro líquido recorde de R$ 1,011 bilhão
no primeiro semestre, impulsionado pelo
aumento do volume de energia fornecida e pelos
reajustes e revisões tarifárias de suas quatro
distribuidoras. O resultado, 48,02% superior ao
apurado na primeira metade de 2018, foi
destaque no desempenho global do grupo
espanhol Iberdrola, controlador da elétrica
brasileira, no período.
"O resultado mostra, mais uma vez, a execução
bem sucedida do nosso modelo de negócios. Pela
primeira vez, a Neoenergia alcança lucro líquido
superior a R$ 1 bilhão no primeiro semestre",
comentou o diretor presidente da Neoenergia,
Mario Ruiz-Tagle, em teleconferência com
analistas e investidores sobre o resultado.
De acordo com a Ibedrola, que possui 50% da
Neoenergia, as operações no Brasil responderam
por quase um quarto (23%) do Ebitda (sigla em
inglês para lucro antes de juros, impostos,
depreciação e amortização) global do negócio de
redes (distribuição e transmissão) do grupo no
primeiro semestre, de € 2,6 bilhões. A elétrica
espanhola fechou o semestre com lucro líquido
de € 1,64 bilhão, alta de 16,6% em relação aos
primeiros seis meses de 2018.
O Brasil também foi a única operação do grupo
espanhol que registrou aumento (5,2%) do
volume de energia distribuída no primeiro
semestre de 2019, na comparação com igual
período do ano anterior, totalizando 34.012
gigawatts-hora (GWh).
No segundo trimestre, a Neoenergia obteve lucro
de R$ 519 milhões, com alta 32,4% em relação a
igual período de 2018. Na mesma comparação, a
receita líquida avançou 5,42%, para R$ 6,575
bilhões, e o Ebitda cresceu 19,67%, totalizando
R$ 1,363 bilhão.
O resultado, explicou a elétrica, foi motivado
pelos reajustes e revisões tarifárias das quatro
distribuidoras - Coelba (BA), Celpe (PE), Cosern
(RN) e Elektro (SP e MS) - além do aumento do
volume de energia distribuída e do controle das
despesas operacionais.
As despesas com PMSO (pessoal, material,
serviços e outros) da Neoenergia somaram R$
774 milhões no segundo trimestre, com alta de
1,31%, em relação a igual período do ano
passado. No acumulado do ano, essas despesas
totalizaram R$ 1,546 bilhão, com crescimento de
1,38% ante a primeira metade de 2018. De
acordo com a Neoenergia, o aumento das
despesas operacionais ficaram bem abaixo da
inflação dos últimos 12 meses encerrados em
junho, de 6,51%, medida pelo IGP-M.
Segundo Ruiz-Tagle, a companhia mantém o
objetivo de alcançar um nível de crescimento do
PMSO inferior à inflação.
No primeiro semestre, a Neoenergia dobrou o
volume de investimentos, em relação a igual
período do ano passado, para R$ 2,2 bilhões.
Desse total, R$ 2,098 bilhões foram destinados
ao negócio de redes, sendo R$ 1,66 bilhão para
distribuição e R$ 431 milhões para transmissão.
Também foram investidos R$ 62 milhões no
segmento livre, R$ 51 milhões na conclusão da
hidrelétrica de Baixo Iguaçu (PR) e R$ 11 milhões
na implantação de projetos eólicos.
Após o IPO (oferta pública inicial de ações), no
início do mês, a composição acionária da
Neoenergia ficou dividida entre a Iberdrola, com
50% mais uma ação, a Previ, com 30,29%, e
19,71% em circulação no mercado ("free float").
https://www.valor.com.br/empresas/6364243/ne
oenergia-lucra-r-1-bilhao-no-semestre
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Data: 25/07/2019
74
Grupo de Comunicação
Encomendas da ABB no Brasil crescem
puxadas por energia e transmissão
Por Camila Maia | De São Paulo
A performance fraca da economia brasileira não
foi problema para a fabricante de máquinas e
equipamentos ABB, que registrou aumento de
36% nas encomendas recebidas no país no
segundo trimestre de 2019 na comparação anual.
Segundo Rafael Paniagua, presidente da
companhia no Brasil, o resultado foi possível
devido ao desempenho positivo da atuação nos
segmentos de energias renováveis, transmissão
de energia, e também soluções para indústrias
de processos e automação. No acumulado no
primeiro semestre do ano, as encomendas da
ABB no Brasil subiram 20%.
"Quando colocamos o desempenho no contexto
do crescimento do PIB industrial do Brasil e das
incertezas no mercado em geral, nossa conclusão
é que tivemos um crescimento superior e
ganhamos participação em alguns segmentos no
qual atuamos", disse Paniagua, em entrevista ao
Valor.
O desempenho no Brasil contrasta ainda com as
encomendas recebidas pela companhia no
mundo. No segundo trimestre, houve aumento
de 1%, para US$ 9,48 bilhões. No mesmo
período, a receita líquida da ABB subiu 2%, para
US$ 8,88 bilhões.
"Estamos bastante satisfeitos com nossa
performance no Brasil no primeiro semestre, e
seguimos otimistas para o resto de 2019, já que
estamos em um mix diferente de áreas", disse
Paniagua.
No segmento de energias renováveis, a ABB teve
crescimento "expressivo" nas vendas para
geração solar distribuída, segundo o executivo. A
forte aceleração vista nos negócios tem relação
com a discussão das mudanças das regras do
setor, que devem passar a valer a partir do ano
que vem e podem reduzir a atratividade de novos
investimentos. "Mas achamos que o resto de
2019 e o começo de 2020 ainda serão fortes",
disse.
As indústrias relacionadas a commodities, como
papel e celulose, mineração e óleo e gás,
também trazem boas perspectivas para os
negócios da ABB no país no segmento de
processos e automação. Paniagua apontou que
há quatro grandes projetos de papel e celulose
em execução no país neste momento, além da
movimentação de minérios ferrosos e não
ferrosos e petróleo e gás, acompanhando a
recuperação dos preços internacionais das
commodities. "Já há processos encaminhados e
construtores contratados, haverá aquisição de
mais serviços e equipamentos em 2019", disse.
"Nosso portfólio para o setor de transmissão de
energia também registrou um ótimo
desempenho, a partir das vendas de sistemas e
produtos necessários para a implantação dos
projetos originários de leilões passados", disse
Paniagua. Também há investimentos em reforços
de subsestações de grandes consumidores de
energia conectados à rede de alta tensão, devido
aos projetos de ampliação da capacidade de
unidades industriais em áreas como mineração e
papel e celulose. No segundo semestre, contudo,
o ritmo de encomendas no segmento deve
desacelerar, principalmente porque só haverá um
leilão de transmissão neste ano, previsto para o
fim do ano, e com menos projetos ofertados.
Serviços pós-venda e exportações completam as
atividades da companhia no Brasil, ambos
também com perspectivas positivas em termos
de crescimento, segundo Paniagua.
As perspectivas de Paniagua também são
positivas para o desempenho global da ABB,
ainda que as atividades da companhia sejam
afetadas pelos obstáculos macroecômicos de
alguns mercados e pelas incertezas geopolíticas.
"No futuro, impulsionaremos o crescimento de
longo prazo em nossos negócios, mantendo o
foco nos custos e no gerenciamento de portfólio.
Estamos incutindo uma nova cultura de
capacitação para tornar a ABB mais forte e ágil."
Data: 25/07/2019
75
Grupo de Comunicação
A companhia divulgou lucro líquido de US$ 64
milhões no trimestre, contra o ganho de US$ 681
milhões obtido um ano antes. O resultado inclui a
baixa de US$ 455 milhões relacionada à venda
de seu negócio de inversores solares para a
italiana Fimer.
https://www.valor.com.br/empresas/6364245/en
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Data: 25/07/2019
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Grupo de Comunicação
BR atinge maior preço desde fim de 2017
Por André Ramalho e Juliana Machado | Do Rio e
de São Paulo
Um dia depois de a Petrobras vender 30% de sua
participação na BR, garantindo a privatização da
distribuidora, a empresa de combustíveis fechou
o dia, ontem, com o maior giro financeiro entre
as companhias do Ibovespa, ao somar R$ 1,6
bilhão - acima de outras gigantes como Vale, a
própria Petrobras e os bancos. Os papéis ON
fecharam o dia com alta de 1,19%, a R$ 26,32,
mas, na máxima do dia, chegaram a registrar
ganho de 6,23%, a R$ 27,63 - maior preço desde
a estreia da companhia na bolsa de valores, em
dezembro de 2017.
Com a mudança na composição acionária da BR,
a estatal sinalizou com alterações na
administração da distribuidora. A petrolífera se
comprometeu a destituir todos os membros do
colegiado indicados por ela e a apontar somente
três dos nove membros do novo conselho,
abrindo espaço para que os demais acionistas
fiquem com os outros dois terços do colegiado,
disse uma fonte. A intenção é convocar em até
40 dias uma assembleia geral extraordinária para
eleger os novos conselheiros.
Alexandre Carneiro e Carolina Lacerda são nomes
cogitados pela Petrobras para suas três cadeiras.
Carneiro foi vice-presidente comercial da Shell
América Latina e associado ao Instituto Brasileiro
de Governança Corporativa (IBGC), enquanto
Carolina, ex- UBS e Merril Lynch, é conselheira
da Hypermarcas.
Com a recente reforma do estatuto da BR,
condicionada à conclusão da oferta secundária, o
número de conselheiros da empresa cairá de dez
para nove. O governo e os empregados perdem
suas cadeiras no colegiado, porque a BR deixaria
a condição de empresa estatal. Hoje, pelo
estatuto em vigor, a Petrobras indica até cinco
dos dez conselheiros da BR, sendo as outras
cinco vagas distribuídas entre os minoritários
(até três nomes), Ministério da Economia (uma
vaga) e empregados (mais uma).
Alguns conselheiros estão se queixando das
mudanças no estatuto. Isso porque, embora a
Petrobras tenha assumido o compromisso de
indicar apenas três nomes para o conselho, a
reforma não estabeleceu nenhum limite formal à
influência da empresa sobre o colegiado. A
reforma também não limitou o número máximo
de membros eleitos por um único acionista, disse
uma fonte.
Para Carolina Fidalgo, advogada do Rennó,
Penteado, Reis & Sampaio Advogados, mesmo
com a diluição de sua participação na BR, a
Petrobras deve manter um controle minoritário
sobre a distribuidora, a depender do cenário de
pulverização das ações. A BR, contudo, assume o
status de uma empresa privada, o que, na
prática, deve garantir à companhia mais
agilidade na governança por meio da dispensa,
por exemplo, da exigência de licitações para bens
e serviços.
"A partir do momento em que as ações da BR
mudarem de titularidade, a companhia,
formalmente, pelo critério legal, deixa de ser
uma estatal. Enquanto persistir o controle,
mesmo minoritário, da Petrobras, contudo, pode
haver dúvidas sobre a posição do Tribunal de
Contas da União (TCU), que já entendeu, no
passado, que as estatais preferem às vezes
deixar o controle em sociedades de propósito
específico de forma premeditada, para fugir do
direito administrativo. Não penso que este seja o
caso da privatização da BR, mas pode suscitar
discussões, porque é uma situação nova", afirma.
A BR vale R$ 30,7 bilhões na bolsa, acima de
seus pares comparáveis de capital aberto. A
Ultrapar, controladora da rede de postos
Ipiranga, vale R$ 23 bilhões na B3, enquanto a
Cosan, que divide o controle da Raízen com a
Shell, é avaliada em R$ 20,2 bilhões. Vale
destacar, porém, que essas duas companhias são
holdings que reúnem diversas atividades para
além da distribuição de combustíveis e que o
desempenho desses outros negócios influencia
também a avaliação de mercado das
companhias. De todo modo, por serem papéis
pelos quais os investidores também se expõem
ao setor no qual atua a BR, essa comparação é
um parâmetro aceitável.
Para Fernando Barroso, diretor da asset da CM
Capital Markets, todo o movimento do setor
acompanha as perspectivas favoráveis depois dos
sinais do governo de estimular investimentos em
logística e distribuição. "São dois segmentos com
boas expectativas, por causa da intenção do
governo de promover uma reavaliação de preços
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e induzir investimentos privados", disse. "É um
setor prioritário para receber injeção de recursos
com a agenda do governo e, por isso, ele tem
respondido de forma positiva", avaliou Barroso.
Outro gestor de um grande fundo com posição na
distribuidora de combustíveis afirma que
ampliaria ainda mais a exposição ao papel, mas
apenas caso ele caísse. Segundo esse
profissional, a BR reduz o desconto contra outros
pares com a saída da Petrobras do controle, já
que deixa de ser uma estatal. Mas pondera: não
é tão simples de enxergar uma avaliação de
preço adequada para a BR agora. "Não é simples
de entender a diferença de 'valuation' [da BR
para os pares] porque isso depende da execução
do plano da empresa e da nova administração.
Se forem bem-sucedidos, ela está descontada,
sim", afirmou a fonte.
Ainda segundo o gestor, a desestatização da
empresa dá um grau de liberdade maior para
condução dos negócios no setor de combustíveis,
já em maior nível em relação à oferta inicial de
ações (IPO), há dois anos. Se tiver uma execução
nessa direção, a estimativa para esse profissional
é que a ação da companhia chegue a R$ 50 em
três anos.
https://www.valor.com.br/empresas/6364241/br
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