LINHA DE CUIDADO DA DERMATOLOGIA...
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ESPOROTRICOSE
Micose profunda, subaguda oucrônica, causada por fungo docomplexo Sporotrix.
No Estado do Rio de Janeiro é umadoença de notificação compulsória.
MUCOSA
Rev. bras.oftalmol. vol.69 no.5 Rio de Janeiro Sept./Oct. 2010
Síndrome oculoglandular de Parinaud (SOP) condição clínica rara que
consiste em uma conjuntivite granulomatosa unilateral, acompanhada de
linfadenopatia satélite pré-auricular ou submandibular .
• Considerada por alguns autores como variante da
forma cutânea
Extra-cutânea
Forma rara.
Esporotricose sistêmica.
A esporotricose osteoarticular pode se apresentar
semelhante à osteomielite, sinovite ou tenosinovite.
A esporotricose pulmonar primária decorre da inalação
do fungo.
Diagnóstico Diferencial
Piodermite
Leishmaniose cutânea
Micobacteriose atípica
Doença da arranhadura do gato
Tuberculose cutânea
Sífilis
Pioderma gangrenoso
Neoplasias da pele, etc.
Diagnóstico
Clínico epidemiológico : paciente com quadro clínicocompatível com esporotricose e história de vínculoepidemiológico sem realização ou confirmação deisolamento do fungo.
Clínico: paciente com quadro clínico compatível comesporotricose e resposta ao tratamento específico, semhistória de vínculo epidemiológico e/ou isolamento dofungo.
Laboratorial: exame direto e cultura ( padrão ouro) e/oubiópsia (histopatológico).
ATENÇÃO!!
Exame micológico (exame direto e cultura ) do exsudatopurulento, aspirado de nódulo ou fragmento de pele :
O aspirado pode ser enviado na própria seringa em que foicoletado.
O fragmento de pele deve ser enviado em soro fisiológico,frasco estéril. Enviar em até 2 horas ou manterrefrigerado, em geladeira (2 a 8ºC ) até o envio. Nãoultrapassar 24 horas.
O material deve ser enviado ao LACEN com a requisição deesporotricose, via GAL, ao setor de recepção de material. Oresultado é liberado em torno de 30 dias.
Para exame histopatológico: colocar o material em frascode boca larga , com formol 10%, em volume 20x maior quea peça – seguir fluxos e referências da área.
REFERÊNCIAS PARA HISTOPATOLÓGICO
CAP REFERÊNCIA LABORATÓRIO CONTRATADO
1.0 ********** AFIP
2.1 H M JESUS DASA
2.2 H M JESUS DASA
3.1 H FEDERAL BONSUCESSO
AFIP
3.2 ********** AFIP
3.3 ********** AFIP
4.0 H M LOURENÇO JORGE
DASA
5.1 H M JESUS DASA
5.2 H M JESUS DASA
5.3 H M JESUS DASA
TRATAMENTO Itraconazol (1ª escolha) 100 a 200 mg/dia, após
refeição.
Atenção para: danos hepáticos, interaçõesmedicamentosas e contraindicações ( Gestação,,hipersensibilidade ao itraconazol, etc). Evitar ouso em: disfunção de ventrículo esquerdo, usode sinvastatina, midazolam.
TRATAMENTO Terbinafina 250 mg (1 x ao dia).
Solução Saturada de Iodeto de Potássio
ATENÇÃO: GESTANTES NÃO PODEM FAZER USO DOS MEDICAMENTOS CITADOS
Calor local várias vezes ao dia.
DOSE DO ITRACONAZOL
PARA CRIANÇAS 5mg/Kg (até dose habitual do adulto 100 a 200mg/dia).
Crianças ou adultos que não podem ingerir a cápsula, manipular o itraconazol em forma de xarope : 40mg/ml.
Exemplo para manipulação: Itraconazol 40mg/ml
Xarope qsp..............ml
qsp = quantidade suficiente para.
TRATAMENTO
Exemplo criança de 20 Kg : 5mg/Kg/dia = 100mg/dia.
Manipular:
Itraconazol 40mg/ml
Xarope qsp 60ml
Dar 2,5 ml via oral 1 x ao dia, em jejum.
OBS : O paciente deverá retornar antes de 1 mês para reavaliação e prescrição de nova receita. Avaliar necessidade de solicitação de exames.
TRATAMENTO Solução Saturada de Iodeto de Potássio (20g/20ml):
Enviar para manipulação (1ml=1g de iodeto de potássio)(1 ml=20gts=1g). Em adultos Iniciar com 5 gts 3 x ao dia .Aumentar 1gt a cada tomada, diariamente, de acordo com atolerância individual, até dose de 40 a 50 gts /dia. Em criançasiniciar 1 gt 3 x ao dia e ir aumentando gradativamente, de acordocom tolerância gástrica.
TRATAMENTO
Duração do tratamento: Em geral, 3 meses. Alguns casos podem necessitar de tratamento mais prolongado.
Critério de cura: é clínico, e depende da cicatrização da(s) lesão(ões), desaparecimento do eritema e das crostas.
Situações especiais: utilização de outras drogas ou de doses maiores deverão ser avaliadas por especialistas
Esporotricose: Tratamento
Esporotricose cutâneo-linfática, tratamento com itraconazol
– 3 meses
antes durante depois
Quais casos devem ser encaminhados
para referência de maior complexidade?
Esporotricose em gestantes;
Esporotricose ocular;
Esporotricose e HIV+;
Pacientes em uso de imunossupressores;
Situações de contraindicação ao emprego dos medicamentos habitualmente utilizados;
Falha terapêutica com o tratamento empregado.
COMO ENCAMINHAR OS CASOS DE MAIOR
COMPLEXIDADE ?
Encaminhar, via SISREG , para o Hospital UniversitárioPedro Ernesto ( HUPE) – Consulta em Dermatologia.
Adultos e crianças.
CUIDADOS COM O AMBIENTE
Observar se existe algum gato lesionado e, em caso positivo encaminhar ao veterinário para tratamento e isolar os doentes (Tel: 1746 para informações);
Usar luvas ao manipular gatos doentes;
Limpar o ambiente com água sanitária;
No caso de morte de animais doentes entrar em contato com 1746 para conduta mais adequada;
Evitar os animais nas ruas.
ESPOROTRICOSE
Para a notificação utilizar a ficha SINAN.
A Unidade de saúde deve enviar a ficha SINAN para a CAP.
Equipe
Coordenadora de Doenças Transmissíveis:Patrícia Durovni – [email protected]
Gerente da Dermatologia SanitáriaCristiane Saad – [email protected]
Técnicas do Programa de Dermatologia Sanitária Maria Edilene Lopes Maria Cristina Dias Mariana França Rachel Tardin
Contato: 3971-1796/1639/[email protected]