Lingua Gem

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1) Escreva um parágrafo explicativo sobre a distinção entre sentido denotativo e sentido conotativo. A língua portuguesa é primorosa e versátil, uma mesma palavra pode assumir várias significações consoantes ao contexto em que se insere. A evolução da língua propicia a manifestação de novos significados. Neste sentido temos: A Denotação: ocorrência da palavra em seu sentido real, literal e objetivo, independente do contexto frásico que se insere. Objetiva a informação, assumindo caráter prático e utilitário, caracterizado pela ausência de apego literário. As Linguagens científica e informativa servem-se desta representação. Conotação: ocorrência da palavra no sentido simbólico, figurado, poético, sujeito a interpretação e, variável conforme contexto frásico que se insere. Objetiva a produção de sentimentos no receptor valendo-se da expressividade. As linguagens literária e poética servem-se desta representação, tal qual a música e os diálogos cotidianos. 2) Pesquise sobre a importância da linguagem corporal no Direito e, registre as principais ideias em formas de fichamento. Em sustentações orais, alegações e inquirições de testemunhas, a argumentação é fundamental. Entretanto, ao dirigir-se ao jurí ou mesmo, no relacionamento com o cliente, o operador de direito deve atentar-se as manifestações não verbais destes. Não há melhor termômetro para a argumentação, do que as reações alcançadas, por isso, manter contato visual é chave

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linguagem jurídica e argumentação

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Page 1: Lingua Gem

1) Escreva um parágrafo explicativo sobre a distinção entre sentido

denotativo e sentido conotativo.

A língua portuguesa é primorosa e versátil, uma mesma palavra pode assumir várias

significações consoantes ao contexto em que se insere. A evolução da língua

propicia a manifestação de novos significados. Neste sentido temos:

A Denotação: ocorrência da palavra em seu sentido real, literal e objetivo,

independente do contexto frásico que se insere. Objetiva a informação, assumindo

caráter prático e utilitário, caracterizado pela ausência de apego literário. As

Linguagens científica e informativa servem-se desta representação.

Conotação: ocorrência da palavra no sentido simbólico, figurado, poético, sujeito a

interpretação e, variável conforme contexto frásico que se insere. Objetiva a

produção de sentimentos no receptor valendo-se da expressividade. As linguagens

literária e poética servem-se desta representação, tal qual a música e os diálogos

cotidianos.

2) Pesquise sobre a importância da linguagem corporal no Direito e, registre

as principais ideias em formas de fichamento.

Em sustentações orais, alegações e inquirições de testemunhas, a argumentação é

fundamental. Entretanto, ao dirigir-se ao jurí ou mesmo, no relacionamento com o

cliente, o operador de direito deve atentar-se as manifestações não verbais destes.

Não há melhor termômetro para a argumentação, do que as reações alcançadas,

por isso, manter contato visual é chave para a ponderação do discurso. O corpo fala,

o que os lábios não podem proferir.

Há pessoas com grande facilidade de comunicação, dotadas de tom de voz

agradável, articulação precisa e eloquência, aspectos considerados primários à boa

comunicação. A função do discurso é apreender a atenção do ouvinte desde o

primeiro instante, porém, para uma grande maioria, não privilegiada neste sentido,

cabem alguns recursos para o sucesso em oratória. São eles:

Administração da voz;

Falar sem cansaço vocal;

Controle da respiração;

Postura corporal correta;

Clareza de articulação;

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Valendo-se da expressão: “o corpo fala o que os lábios não podem proferir”,

seguimos de encontro aos olhos, espelhos da alma e tradutores do pensamento.

Cada olhar, expressa um sentimento e este, é projetado nos gestos e movimentos

corporais. Quaisquer alterações significativas destes aspectos podem representar

perda da atenção do ouvinte ao conteúdo transmitido.

Pretendendo aperfeiçoar a capacidade oratória e garantir a atenção desejada,

devemos ater-nos quanto a:

a) Realização de autoanálise, a fim de, desvendar os bloqueios que impedem o

discurso público;

b) Focar os conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias a excelência de uma

apresentação;

c) Atitudes mentais positivas atraem ouvidos receptivos;

d) A timidez é obstáculo para atingir o sucesso;

e) Só há um jeito de aprender a falar em público: falando e lapidando as técnicas

verbais e não-verbais, amalgamando-as à naturalidade e simplicidade;

f) Postura corporal correta

Musculatura relaxada;

Maior flexibilidade e expressividade do corpo.

Desenvolvimento de uma linguagem corporal harmoniosa.

Gesticulação;

Falar com os olhos

Sutileza de um sorriso;

Um leve movimento do corpo;

Estes elementos compõem um conjunto pelo qual a linguagem corporal se processa,

integrando a comunicação não-verbal.

3) A importância da linguagem falada no processo judicial brasileiro.

Pesquise e identifique os recursos mais utilizados.

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O princípio da oralidade introduziu-se no Brasil a partir da década de 90, assentido

pela doutrina italiana. Essa mudança de paradigma consagrou a oratória como

princípio do sistema Judicial Especial, no artigo 2º da Lei nº 9.099/95: “O processo

orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia

processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a

transação.”. Em 2005, incorpora-se no processo civil pátrio, a ampliação da

oralidade, tornando obrigatória a interposição oral do recurso de agravo face às

decisões proferidas em audiência.

Nota-se que, a palavra e o Direito estão umbilicalmente ligados e, saber comunicar-

se é de extrema importância para atingir determinado fim. Como afirma Ronaldo

Caldeira Xavier: “o Direito é a ciência da palavra e esta, seu cartão de visita”.

A diversidade semântica guarda sua singularidade, pois, no Direito, a significação de

uma palavra não esta atrelada ao seu entendimento popular. Uma palavra errada

pode conduzir ao encerramento trágico de um processo, podendo influir até mesmo,

no bom andamento da justiça. É constitucional a importância da língua portuguesa,

consagrada no artigo 13 como idioma oficial e, por isso, a urgência em possuir um

vocabulário adequado para garantia de sucesso.

Referências bibliográficas:

PASCHOALIN, Maria Ap. Gramática: teoria e exercícios. São Paulo. Editora

Renovada. 2008.

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Rio Preto: Âmbito Jurídico. Disponível em: < http://ambito-juridico.com.br/site/?

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23 mar. 2015.

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CARVALHO, Sara A. A importância da oratória e da linguagem corporal para os

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http://www.portaleducacao.com.br/direito/artigos/13995/a-importancia-da-oratoria-e-

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REOLON, Suzana M. A linguagem jurídica e a comunicação entre o advogado e

seu cliente na atualidade. Rio Grande do Sul: PUC RS. Disponível em:<

http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2010_2/

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