Ligth Steel Frame Estrutura de Aço
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FERNANDA BRANCO BATTISTELLA
LIGHT STEEL FRAMING: USO DA ESTRUTURA DE AÇO COMO TECNOLOGIA CONSTRUTIVA.
JOINVILLE - SC
2011
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS - CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - DEC
FERNANDA BRANCO BATTISTELLA
LIGHT STEEL FRAMING: USO DA ESTRUTURA DE AÇO COMO TECNOLOGIA CONSTRUTIVA.
Monografia apresentada ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Estado de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Prof Clovis Dobner Co orientador: EngºDiogo Jucemar da silva
JOINVILLE – SC
2011
FERNANDA BRANCO BATTISTELLA
LIGHT STEEL FRAMING: USO DA ESTRUTURA DE AÇO COMO TECNOLOGIA CONSTRUTIVA.
Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel no curso
de graduação em Engenharia Civil da UDESC.
Banca Examinadora:
Orientador:
Professor Clóvis Dobner - Especialista
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Co - orientador
Engenheiro Diogo Jucemar da Silva
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Membro
Professor Marcio Gern
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Joinville, 2011
Dedico este trabalho aos meus pais, e a
minha irmã pela compreensão e apoio
durante esta importante etapa da minha vida.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, pela proteção em todo esse período de trabalho.
A minha família que sempre me apoiou nos momentos difíceis de minha vida, e
por acreditarem que eu era capaz, em especial minha irmã que me amparou e às vezes
criticou para que eu evoluísse, não só agradeço como peço desculpas, pela minha falta
de tempo, nervosismo e impaciência.
O professor orientador Clóvis Dobner por ter partilhado comigo seus
conhecimentos, orientando e amparando-me na conclusão deste estudo.
Ao meu co-orientador e engenheiro civil Diogo Jucemar da Silva, pela idéia do
tema e por toda a orientação técnica disponibilizada.
Aos meus amigos e colegas de trabalho que sempre me apoiaram.
RESUMO
Light Steel Framing é um sistema construtivo industrializado também conhecido
como “Estruturas em Aço leve”, que utiliza como principal elemento estrutural o aço
galvanizado e devido à possibilidade da integração com diversos materiais possibilita
atender as necessidades específicas de cada projeto. A partir do momento histórico
onde houve perda de disponibilidade e qualidade da madeira que era utilizada na
construção, o aço torna-se um substituto promissor em função da sua abundância e
praticidade. O sistema light steel framing surge então visando aumentar a produtividade
na construção de novas habitações através da utilização do aço e de métodos práticos,
Além de ser uma proposta para o desenvolvimento tecnológico da construção civil.
Apresenta como principais características a redução do impacto ambiental através da
diminuição de entulhos e a redução significativa do tempo necessário para execução do
projeto tornando-o mais viável economicamente. O objetivo deste trabalho é abordar de
modo abreviado as etapas utilizadas neste método, incluindo fundação, execução e
acabamento. Ao final também serão apresentados dados comparativos de uma
construção utilizando método convencional (alvenaria) e sistema steel framing.
Palavras Chave: estrutura, aço, etapas construtivas.
ABSTRACT
Light Steel Framing is an industrialized building system also known as "Light Steel
Structures," which uses as its main structural element galvanized steel and due to the
possibility of integration with various materials allows to meet the specific needs of each
project. From the historical moment when there was loss of availability and quality of
wood that was used in construction, the steel becomes a replacement promising in terms
of their abundance and practicality. The light steel framing system then appears to
increase productivity in the construction of new housing through the use of steel and
practical methods, besides being a proposal for technological development of the
construction. It presents as main features the reduce environmental impact by reducing
debris and significant reduction in the time required for execution of the project making it
more economically viable. The objective of this work is so abbreviated address the steps
used in this method, including foundation, execution and finish. At the end will also be
presented comparative data using a conventional method of construction (masonry) and
steel framing system.
Key Words: the structure, steel, construction stages.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – PROTÓTIPO DE RESIDÊNCIA EM LIGHT STEEL FRAMING NA EXPOSIÇÃO MUNDIAL DE
CHICAGO EM 1933. .............................................................................................. 20
FIGURA 2 – PERFIS ESTRUTURAIS DE MADEIRA E AÇO GALVANIZADO ............................. 21
FIGURA 3 – DESENHO ESQUEMÁTICO DE UMA RESIDÊNCIA EM LIGHT STEEL FRAMING ..... 22
FIGURA 4 –ESTRUTURA EM STEEL FRAME.................................................................. 23
FIGURA 5 – CORTE DETALHADO DE FUNDAÇÃO SAPATA CORRIDA .................................. 26
FIGURA 6 – SAPATA CORRIDA EM EXECUÇÃO ............................................................... 27
FIGURA 7 – SAPATA CORRIDA EM CONTRAPISO ............................................................ 27
FIGURA 8 – CORTE ESQUEMÁTICO DE UMA LAJE RADIER ............................................... 28
FIGURA 9 – DETALHE DO RADIER ................................................................................ 29
FIGURA 10 – GUARITA EM FUNDAÇÃO TIPO RADIER ...................................................... 29
FIGURA 11 – PONTO NO LOCAL CORRETO ................................................................... 30
FIGURA 12 -PONTO NO LOCAL INCORRETO .................................................................. 30
FIGURA 13– EFEITOS DA CARGA DE VENTO NA ESTRUTURA: A)TRANSLAÇÃO E B) TOMBAMENTO
.......................................................................................................................... 31
FIGURA 14– DETALHE DE ANCORAGEM ....................................................................... 31
FIGURA 15– ESQUEMA DE FIXAÇÃO POR CHUMBADOR .................................................. 32
FIGURA 16 – ESQUEMA GERAL DE ANCORAGEM QUÍMICA COM BARRA ROSCADA ............. 33
FIGURA 17 - FABRICAÇÃO POR PERFILAGEM DE PERFIS SEÇÃO UE ................................ 34
FIGURA 18 - OS PERFIS SÃO DOBRADOS A FRIO COM PERFILADEIRAS OU DOBRADEIRAS .. 35
FIGURA 19 - COMPONENTES DE UM PERFIL DE AÇO CONFORMADA A FRIO COM FORMATO EM "C"
.......................................................................................................................... 36
FIGURA 20 - PERFIL "U" DE AÇO CONFORMADO A FRIO ................................................. 36
FIGURA 21– PERFIS METÁLICOS ................................................................................. 39
FIGURA 22 – TRANSMISSÃO DA CARGA VERTICAL À FUNDAÇÃO ..................................... 41
FIGURA 23 - PAINEL TÍPICO EM LIGHT STEEL FRAMING, APRESENTANDO GUIAS E
MONTANTES................. ........................................................................................ 42
FIGURA 24 - PAINEL COM ABERTURA DE JANELA .......................................................... 43
FIGURA 25 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESFORÇOS ATRAVÉS DA VERGA PARA OMBREIRAS ......... 43
FIGURA 26 - DETALHE DE VERGA PARA ABERTURA DE JANELA ....................................... 44
FIGURA 27 - PAINEL COM CONTRAVENTAMENTO EM "X" ............................................... 44
FIGURA 28 - BLOQUEADOR E FITA DE AÇO GALVANIZADO FIXADOS AO PAINEL PARA
TRAVAMENTO HORIZONTAL .................................................................................... 45
FIGURA 29 - FITA METÁLICA PARA TRAVAMENTO DO PAINEL .......................................... 45
FIGURA 30 - LOCALIZAÇÃO DO CONTRAVENTAMENTO EM RELAÇÃO ÀS ABERTURAS ......... 46
FIGURA 31 - DESENHO ESQUEMÁTICO DE PAINEL NÃO ESTRUTURAL COM ABERTURA ....... 47
FIGURA 32 - LIGHT STEEL FRAMING MONTADO PELO MÉTODO "STICK" .......................... 48
FIGURA 33 - ELEMENTOS ESTRUTURAIS COMO TESOURAS E PAINÉIS SÃO PRÉ-FABRICADOS E
LEVADOS A OBRA PARA MONTAGEM DA ESTRUTURA ................................................. 49
FIGURA 34 - MÓDULO DE BANHEIRO ........................................................................... 50
FIGURA 35 - ESQUEMA DE CONSTRUÇÃO TIPO "BALLOON" ............................................ 51
FIGURA 36 - ESQUEMA DE CONSTRUÇÃO TIPO "PLATFORM" .......................................... 51
FIGURA 37 - APLICAÇÃO DE FITA SELANTE NA BASE DO PAINEL ...................................... 52
FIGURA 38 - ESCORAMENTO DO PAINEL DURANTE A MONTAGEM ................................... 53
FIGURA 39 - ANCORAGEM PROVISÓRIA COM PINOS DE AÇO .......................................... 54
FIGURA 40 - MONTAGEM DOS PAINÉIS ........................................................................ 54
FIGURA 41 - VERIFICAÇÃO DO NÍVEL DO PAINEL E FIXAÇÃO DA ANCORAGEM ................... 55
FIGURA 42 - MONTAGEM DOS PAINÉIS EXTERNOS ........................................................ 55
FIGURA 43 - MARCAÇÃO DA LOCALIZAÇÃO DOS PAINÉIS INTERNOS ................................ 56
FIGURA 44 - FIXAÇÃO DE PERFIL UE PARA MANTER ESQUADRO DOS PAINÉIS .................. 56
FIGURA 45 - FIXAÇÃO DE DOIS PAINÉIS COM PARAFUSOS ESTRUTURAIS ......................... 57
FIGURA 46 - COLOCAÇÃO DO FECHAMENTO EXTERNO DOS PAINÉIS ............................... 58
FIGURA 47 - POSICIONAMENTO DAS VIGAS DE PISO NA SANEFA ..................................... 58
FIGURA 48 - LAJE ÚMIDA ........................................................................................... 59
FIGURA 49 - MONTAGEM DOS PAINÉIS DO PAVIMENTO SUPERIOR .................................. 60
FIGURA 50 - IÇAMENTO E POSICIONAMENTO DE PAINEL DE PAVIMENTO SUPERIOR ........... 60
FIGURA 51 - EMPLACAMENTO DOS PAINÉIS EXTERNOS ................................................. 61
FIGURA 52 - FACHADA COM FECHAMENTO EXTERNO EM OSB APRESENTANDO JUNTAS DE
DILATAÇÃO .......................................................................................................... 63
FIGURA 53- IMPERMEABILIZAÇÃO DAS PLACAS DE OSB DA FACHADA DA FOTO ANTERIOR COM
MEMBRANA DE POLIETILENO .................................................................................. 64
FIGURA 54- EMBASAMENTO ELEVADO PARA EVITAR CONTATO DAS PLACAS E PAINÉIS COM A
UMIDADE ............................................................................................................. 65
FIGURA 55 - IMPERMEABILIZAÇÃO DAS PLACAS DE OSB DA FACHADA DA FOTO ANTERIOR COM
MEMBRANA DE POLIETILENO. ................................................................................. 66
FIGURA 56- UTILIZAÇÃO DE SUBCOBERTURAS ............................................................. 67
FIGURA 57 - AS JUNTAS INTERNAS NÃO DEVEM SER COINCIDENTES .............................. 68
FIGURA 58 - DEVE-SE EVITAR A OCORRÊNCIA DE TODOS OS VÉRTICES NO MESMO PONTO DAS
JUNTAS VERTICAIS ................................................................................................ 68
FIGURA 59 - AS JUNTAS VERTICAIS NOS BATENTES E PORTAS NÃO DEVEM SEGUIR ATÉ O TETO
.......................................................................................................................... 69
FIGURA 60- JUNTAS DE PLACAS E DE PAINÉIS NÃO DEVEM SER COINCIDENTES ............... 69
FIGURA 61- PARAFUSO DE PONTA-BROCA PARA FIXAÇÃO DAS CHAPAS CIMENTÍCIAS ....... 70
FIGURA 62- RESTAURANTE EM JURERÊ ...................................................................... 71
FIGURA 63- PARA EVITAR UMIDADE, AS PLACAS NÃO PODEM FICAR EM CONTATO COM O SOLO
OU FUNDAÇÃO ..................................................................................................... 72
FIGURA 64- PLACAS DE GESSO ACARTONADO PARA ÁREAS SECAS, ÚMIDAS E ANTI FOGO 73
FIGURA 65- DIMENSÕES DAS PLACAS ......................................................................... 73
FIGURA 66- APLICAÇÃO DA MASSA NA JUNTA ............................................................... 74
FIGURA 67- COMPOSIÇÃO DO TELHADO ...................................................................... 75
FIGURA 68- COBERTURA PLANA EM LIGHT STEEL FRAMING .......................................... 77
FIGURA 69- ALGUNS TIPOS DE TRELIÇAS PLANAS PARA LIGHT STEEL FRAMING .............. 77
FIGURA 70- CAIBROS E VIGAS ALINHADAS COM MONTANTES DE PAINEL ESTRUTURAL ...... 78
FIGURA 71-TELHADO ESTRUTURADO COM CAIBROS EM UM LABORATÓRIO NA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE OURO PRETO ................................................................................... 79
FIGURA 72- TELHADO TÍPICO ESTRUTURADO COM CAIBROS .......................................... 79
FIGURA 73- MODELO DE TESOURA DE TELHADO CONFECCIONADA COM PERFIS DE AÇO
FORMADOS A FRIO GALVANIZADOS ......................................................................... 80
FIGURA 74- TESOURAS DE TELHADO EM ARCO CONFECCIONADAS COM PERFIS DE AÇO
FORMADOS A FRIO GALVANIZADOS ......................................................................... 80
FIGURA 75- INSTALAÇÃO DE LÃ DE VIDRO EM PAINEL .................................................... 81
FIGURA 76- COLOCAÇÃO DAS MANTAS ISOLANTES NO INTERIOR DAS PAREDES ............... 82
FIGURA 77- COLOCAÇÃO DA LÃ DE VIDRO EM UMA EDIFICAÇÃO EM CURITIBA .................. 82
FIGURA 78- INSTALAÇÃO HIDRÁULICA COM TUBULAÇÕES DE COBRE E DE PVC .............. 86
FIGURA 79- ABERTURA NOS PERIS PARA PASSAGEM DE TUBULAÇÃO..............................86
FIGURA 80 – PASSAGEM DE CONDUÍTES PELAS VIGAS DE LAJE ...................................... 87
FIGURA 81 – FACILIDADE DE VISUALIZAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS ENTRE INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS E HIDRÁULICAS ..................................................................................... 88
FIGURA 82 – INSTALAÇÃO ELÉTRICA DE UMA EDIFICAÇÃO EM CURITIBA .......................... 88
FIGURA 83 – PEÇAS PLÁSTICAS DE PROTEÇÃO DOS CONDUÍTES .................................... 89
FIGURA 84 – ILUSTRAÇÃO DO RESTAURANTE ............................................................... 94
FIGURA 85– GRÁFICO REFERENTE AO COMPARATIVO CUSTO X TEMPO (DIAS) ................. 96
FIGURA 86– PROJETO ............................................................................................... 97
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – ESPESSURA NOMINAL DO AÇO .................................................................. 38
TABEA 2 – DESIGNAÇÕES DOS PERFIS DE AÇO FORMADOS A FRIO PARA USO EM LIGHTSTEEL
FRAMING E SUAS RESPECTIVAS APLICAÇÕES ........................................................... 40
TABELA 3 – DIMENSÕES NOMINAIS USUAIS DOS PERFIS DE AÇO PARA LIGHT STEEL FRAMING
.......................................................................................................................... 40
TABELA 4 – DIMENSÕES, PESOS E APLICAÇÕES ........................................................... 70
TABELA 5 – QUALIFICAÇÃO DO ISOLAMENTO ACÚSTICO ............................................... 83
TABELA 6 – ÍNDICE DE REDUÇÃO ACÚSTICA (RW) DA LÃ DE VIDRO ................................ 84
TABELA 7 – RESISTÊNCIA TÉRMICA E CONDUTIVIDADE TÉRMICA DA LÃ DE VIDRO ........... 85
TABELA 8 – TABELA DE COMPARATIVO ENTRE OS SISTEMAS ......................................... 90
TABELA 9 – TABELA DE ORÇAMENTO EM LIGHT STEEL FRAMING FORNECIDA PELA
CONSTRUTORA SEQUENCIA .................................................................................. 95
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 16
1.1 OBJETIVO....................................................................................................... 17
1.2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 17
2. LIGHT STEEL FRAMING ..................................................................................... 19
2.1 HISTÓRICO .................................................................................................... 19
2.2 DEFINIÇÃO ..................................................................................................... 22
3. MÉTODO CONSTRUTIVO ................................................................................... 25
3.1 FUNDAÇÃO .................................................................................................... 25
3.1.1 SAPATA CORRIDA ........................................................................................... 26
3.1.2 RADIER .......................................................................................................... 28
3.1.3 FIXAÇÃO DO PAINÉIS NA FUNDAÇÃO.................................................................. 30
3.1.4 ANCORAGEM QUIMICA COM BARRA ROSCADA ................................................... 32
3.1.5 ANCORAGEM PROVISÓRIA............................................................................... 33
3.2 ESTRUTURA DO SISTEMA LIGHT STEEL FRAMING ................................... 33
3.2.1 PAINÉIS ESTRUTURAIS OU AUTOPORTANTES ..................................................... 41
3.2.2 PAINÉIS NÃO ESTRUTURAIS ............................................................................. 46
3.2.3 MONTAGEM DA ESTRUTURA EM LSF EM OBRA .................................................. 47
3.3 TIPOS DE PAINÉIS PARA FECHAMENTO VERTICAL .................................. 61
3.3.1 PAINEL DE OSB .............................................................................................. 62
3.3.1.1 MEMBRANA DE POLIETILENO ........................................................................ 65
3.3.2 PLACA CIMENTÍCIA .......................................................................................... 67
3.3.3 GESSO ACARTONADO ..................................................................................... 72
3.4 COBERTURA .................................................................................................. 74
3.4.1 COBERTURAS ESTRUTURADAS COM CAIBROS E VIGAS ....................................... 78
3.4.2 COBERTURAS ESTRUTURADAS COM TESOURAS E TRELIÇAS ............................... 80
3.5 ISOLAMENTO TÉRMICO / ACÚSTICO .......................................................... 81
3.5.1 ISOLAMENTO ACÚSTICO ................................................................................... 83
3.5.2 ISOLAMENTO TÉRMICO .................................................................................... 84
3.6 INSTALAÇÕES ............................................................................................... 85
4. COMPARATIVO E VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA LSF ............ 90
4.1 COMPARATIVO .............................................................................................. 90
4.2 VANTAGENS .................................................................................................. 92
5 COMPARATIVO ORÇAMENTÁRIO ........................ ............................................. 94
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................ ...................................................... 98
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................... ............................................. 100
16
1 INTRODUÇÃO
O sistema Light Steel Framing vem sendo utilizado em diversos países e
apresenta um crescimento notável no Brasil que é um dos maiores produtores de aço do
mundo. Devido aos avanços tecnológicos, esse sistema atende o mercado da
construção civil e atinge objetivos fundamentaiscomo por exemplo, o aumento da
produtividade em obra, a redução do desperdício de materiais, a diminuição do prazo de
execução, entre outros.
O sistema construtivo LSF (Light Steel Framing) é formado por perfis metálicos
em aço galvanizado que são interligados através de parafusos autobrocantes, formando
painéis estruturais que resistem aos esforços exigidos pela edificação. Estes perfis de
baixa espessura refletem na redução do peso da estrutura e na facilidade do manuseio
com o material. O resultado é uma rapidez no processo construtivo e uma diminuição no
prazo de construção tornando-o economicamente mais viável,além de reduzir o impacto
ambiental visto que não gera muito entulho e diminui o desperdício de material.Possui
ainda como características positivas a facilidade de montagem,a flexibilidade da
arquitetura e também a possibilidade de utilizar diversos materiais, por isso chamado de
sistema aberto. É chamado de flexível por ser um sistema que não apresenta restrições.
17
1.1 OBJETIVO
O presente trabalho tem como objetivos:
- Apresentar vantagens do método Light Steel Framing segundo levantamento
bibliográfico, a fim de ampliar o conhecimento sobre o assunto.
- Apresentar as etapas envolvidas no aspecto construtivo, levando em consideração
meios de escolha para sua fundação, estruturação e tipos de fechamentos externo e
interno.
- Apresentar um orçamento de um estabelecimento comercial já construído em LSF e
comparar o valor total em LSF com uma estimativa em alvenaria convencional,
permitindo a comparação tempo x custo da edificação.
1.2 JUSTIFICATIVA
No Brasil, um dos principais países exportadores de aço, o LSF ainda é um
método pouco utilizado e observa-se a persistência do método artesanal de construção.
Este método representa uma opção que deveria ser considerada na construção civil
atualdiante das inúmerasvantagens descritas na literatura. Maiorrapidez na execução da
obra resultando em custos menores. Há minimizaçãodos impactos gerados no meio
ambiente porque o aço é 100% reciclável e também o único material que pode ser
reaproveitado inúmeras vezes sem perder suas características de resistência e
qualidade. O espaço físico necessário para o canteiro de obras também pode ser
18 reduzido uma vez que há opção da estrutura já chegar pronta ao local. Diante destas
características o sistema light steel framing é uma das alternativas promissoras para o
futuro da construção civil brasileira.
19
2 LIGHT STEEL FRAMING
2.1 HISTÓRICO
De acordo com Bellei; PINHO, F.O, PINHO, M.O (2004, p.14),
As evidências mais seguras da primeira obtenção do ferro indicam que tal fato se deu aproximadamente a 6 mil anos a.C., em civilizações como as do Egito, Babilônia e Índia. O ferro era, então, um material considerado nobre, devido à sua raridade, com sua utilização se limitando a fins militares ou como elemento de adorno nas construções.
O aço é uma liga metálica constituída basicamente por ferro e carbono juntamente
com outros elementos, tanto metálicos quanto não metálicos, que conferem
propriedades distintas ao material. É considerado aço uma liga metálica de ferro que
contém menos de 2% de carbono; se a percentagem é maior recebe a denominação de
ferro fundido.
O aço é mais resistente que o ferro fundido e pode ser produzido em grandes
quantidades. Com a descoberta de como produzi-lo em 1856, houve uma grande
mudança no fornecimento deste material como matéria-prima para muitas indústrias
(Bellei; PINHO, F.O, PINHO, M.O, 2004).
Em meados do século XIX houve um aumento significativo na população dos EUA
com a necessidade da construção de novas habitações. Para suprir esta demanda
inicialmente recorreu-se a utilização da madeira devido às abundantes reservas
florestais da época. Este processo é conhecido como “Wood framing”. (Bellei; PINHO,
F.O, PINHO, M.O, 2004).
20
A partir dos anos 80 a madeira, que era o material de eleição na construção
desde o tempo dos colonizadores, teve seu custo aumentado rapidamente e sua
qualidade diminuída devido à dificuldade de uso das florestas antigas por partes das
indústrias madeireiras.
A abundância na produção de aço no período pós Segunda Guerra, o
crescimento da economia americana e o desenvolvimento da indústria siderúrgica
tornaram o aço um substituto da madeira. Além de maior resistência e eficiência
estrutural, possui também uma capacidade da estrutura de resistir a catástrofes naturais.
Em 1933, com o grande desenvolvimento da indústria do aço nos Estados
Unidos, foi lançado na Feira Mundial de Chicago, o protótipo de uma residência em Light
Steel Framing (Figura1) que utilizava perfis de aço substituindo a estrutura de madeira
(figura 2). (FRECHETTE apud FREITAS; de CRASTO, 2006, p. 13).
Figura 1 – Protótipo de residência em Light Steel Framing na Exposição Mundial de Chicago em 1933. Fonte: http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Entre 1979 e 1992 o número de residências em steelframing nos estados Unidos
aumentou mais que 300% (AISI, 1994).
21
Figura 2 – Perfis estruturais de madeira e aço galvanizado Fonte: http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Além dos Estados Unidos outros países estão utilizando LSF, assim como o
Japão, que após a Segunda Guerra Mundial iniciou as primeiras construções com este
método. A madeira, que era o material usado na estrutura das casas, tinha sido um
agravante nos incêndios, que se alastravam durante os ataques. Com isso o governo
restringiu o uso em construções, também para proteger os recursos florestais que
poderiam ser exauridos, além de promover construções não inflamáveis. A indústria
japonesa passou a produzir perfis leves de aço para substituir a madeira. Devido a esse
investimento, o Japão apresenta um mercado e uma indústriaaltamente desenvolvidos
na área de construções em perfis de aço leve. (FREITAS; de CRASTO, 2006).
No Brasil, o uso de estruturas metálicas era pouco conhecido até a década de 80,
não sendo opção de arquitetos e engenheiros para construção residencial devido a
fatores histórico-culturais referentes a ausência de recursos siderúrgicos da época.
A mão-de- obra barata no país tornava a construção convencional mais vantajosa
(CBCA, 2011).
Atualmente, apesar do mercado tímido, o setor está mais receptivo a novas
tecnologias e o país já apresenta utilização deste método em diversos tipos de obras.
22
Na ilustração (Figura 3) é possível visualizar uma casa em LSF desde a parede,
pisos e coberturas, que quando reunidos resistem aos esforços solicitantes(FREITAS;
de CRASTO, 2006).
Figura 3 – Desenho esquemático de uma residência em Light Steel Framing. Fonte: http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
2.2 DEFINIÇÃO
Como nos esclarece TERNI; SANTIAGO; PIANHERI, (2008, p. 83),
O Steel frameé um sistema construtivo racional constituído de perfis leves de aço galvanizado, que formam paredes estruturais e não estruturais depois de receber os painéis de fechamento. Por ser um processo industrializado de construção, permite executar a obra com grande rapidez, a seco e sem desperdícios.
23
Ainda segundo os autores, o sistema é formado por painéis que possuem perfis
metálicos (montantes, guias, cantoneiras, chapas e fitas metálicas) formando um
esqueleto que se torna a estrutura da edificação, conforme a figura 4.
Figura 4 – Estrutura em steel frame. Fonte:http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/135/imprime93203.asp
Portanto o sistema LSF se resume em uma estrutura, que além de seus
componentes, também possuem subsistemas.“Esses subsistemas são, além do
estrutural, de fundação, de isolamento termo-acústicos, de fechamento interno e
externo, e instalações elétricas e hidráulicas” (CONSULSTEEL apud FREITAS; de
CRASTO, 2006, p. 12).
Algumas publicações utilizam a expressão “Light Gauge Steel Frame” onde o
termo “gauge” indica uma unidade de medida, que se define como estrutura em chapas
finas de aço.
Para que esse método respeite uma de suas características principais que é a
velocidade de execução, é fundamental que possa haver uma ligação dos subsistemas,
além da escolha dos materiais e da mão de obra qualificada.
24 Basicamente a estrutura em LSF é composta de paredes, pisos e cobertura.
Reunidos, eles possibilitam a integridade estrutural da edificação, resistindo aos
esforços que solicitam a estrutura.(FREITAS; de CRASTO, 2006, p.14).
25
3 MÉTODO CONSTRUTIVO
3.1 FUNDAÇÃO
A estrutura de LSF e os componentes de fechamento exigem bem menos da
fundação do que outras construções pelo fato de serem mais leves. Os tipos de
fundação mais utilizadas nesse método são Radier e Sapata Corrida.São realizadas da
mesma forma como no processo da construção convencional e deve-se observar
atentamente o isolamento contra a umidade. (FREITAS; DE CRASTO, 2006).
FREITAS, de CRASTO (2006) mencionam ainda que devido à estrutura distribuir
uniformemente a carga ao longo dos painéis estruturais, a fundação deverá ser contínua
suportando os painéis em toda a sua extensão, levando em consideração que o tipo de
fundação vai depender de alguns fatores como a topografia, tipo do solo, nível do lençol
freático e da profundidade de solo firme. Todas essas informações podem ser obtidas
pela sondagem do terreno.
SegundoFREITAS; de CRASTO, (2006) para uma maior eficiência estrutural,
deve-se considerar um bom projeto e execução da fundação, pois a precisão da
montagem da estrutura e outros componentes dependem de uma base nivelada
corretamente e em esquadro.
26
3.1.1 Sapata Corrida
A sapata corrida é um tipo de fundação indicada para construções com paredes portantes, onde a distribuição da carga é continua ao longo das paredes. Constitui-se de vigas que podem ser de concreto armado, de blocos de concreto ou alvenaria que são locados sob os painéis estruturais. (FREITAS; de CRASTO, 2006, p. 27).
O contrapiso do térreo pode ser em concreto ou com perfis galvanizados que
quando apoiados sobre a fundação constituem uma estrutura de suporte aos materiais
que formam a superfície, como ocorre com as lajes de piso (figura 5) (FREITAS; de
CRASTO, 2006).
Figura 5 – Corte detalhado de fundação sapata corrida. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
27
Segundo TERNI; SANTIAGO; PIANHERI(2008) no caso da sapata corrida, a
fundação é rasa e contínua, e as cargas recebidas pelos painéis são transmitidas para o
solo através das abas, que são bases alargadas de concreto armado.
É construída numa vala sobre um solo cuja resistência é condizente com a intensidade de carregamento a ela transmitida pela largura da aba da sapata. O solo do fundo da vala deve ser apiloado e um lastrode concreto magro geralmente é colocado. (TERNI; SANTIAGO; PIANHERI, 2008, p.84)
Figura 6 – Sapata corrida em execução.. Fonte:http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/135/imprime93203.asp
Figura 7 – Sapata corrida em contrapiso.1 Fonte:http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/135/imprime93203.asp
1 As figuras 6 e 7 mostram a execução do contrapiso que é executado de maneira independente.
28
3.1.2 Radier
O radier é constituído por uma laje de concreto armado executada bem próxima
da superfície do terreno e recebe todo o apoio da estrutura. “Neste caso, o solo é visto
como um meio elástico formando infinitas molas que agem sob a porção inferior da
placa, gerando uma reação proporcional ao deslocamento”. (TERNI;SANTIAGO;
PIANHERI,2008, p.88).
É um tipo fundação rasa que estruturalmente, pode ser liso ou formado por lajes
com vigas de bordas e internas para aumentar sua rigidez. Sempre que o terreno
permite, o radier é o tipo de fundação mais utilizado em LSF (figura 8 e figura 9).
(FREITAS; de CRASTO, 2006).
Figura 8 – Corte esquemático de uma laje radier. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
29
Figura 9 – Detalhe do radier. Fonte:http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/135/imprime93203.asp
A figura abaixo mostra uma guarita executada em radier.
Figura 10 – Guarita em fundação tipo radier. Fonte: autora do trabalho.
30 Ainda segundo os autores,
A execução do radier permite locar as furações para instalações hidráulicas, sanitárias, elétricas e de telefonia. Essas locações devem ser precisas em relação às posições e diâmetros de furos, para que não ocorram transtornos na montagem dos painéis, nas colocações das tubulações e dos acessórios e nos serviços subsequentes. Os ajustes tornam-se muito difíceis se houver grande desalinhamento.( (TERNI;SANTIAGO; PIANHERI, 2008,p.88).
A figura 11 mostra a instalação executada no painel e a figura 12 mostra que a
tubulação está executada fora do previsto, necessitando ajustá-la para dentro do painel.
Figura 11 – Ponto no local correto. Fonte:http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/135/imprime93203.asp
Figura 12 – Ponto no local incorreto. Fonte:http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/135/imprime93203.asp
3.1.3 Fixação dos painéis na fundação.
31
Independente da opção para a fundação deve-se verificar o deslocamento de
translação e rotação da estrutura por causa do vento (figura 13). Paraque esses efeitos
sejam impedidos, a estrutura deve ser fixada corretamente à fundação (figura 14).
Figura 13 – Efeitos da carga de vento na estrutura: a) Translação e b) Tombamento. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Figura 14– Detalhe de ancoragem. Fonte: http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/135/imprime93203.asp
“A translação é uma ação onde o edifício desloca-se lateralmente devido à ação
do vento. Tombamento é uma elevação da estrutura em que a rotação pode ser causada
32 por assimetria na direção ventos que atingem a edificação.” (SCHARFF, 1996 apud
FREITAS; de CRASTO, 2006, p. 27).
JARDIM, CAMPOS (2004) citam que os painéis devem ser fixados à fundação
através dos chumbadores que garantem a transferência das cargas da edificação para a
fundação e desta para o terrenoconforme a figura 15.
Figura 15 – Esquema de fixação por chumbador. Fonte: JARDIM, CAMPOS 2004.
3.1.4Ancoragem química com barra roscada
Segundo FREITAS; de CRASTO, 2006, p. 28
A ancoragem química com barra roscada é colocada depois da concretagem da fundação. Consiste em uma barra roscada com arruela e porca, que é fixada no concreto por meio de perfuração preenchida com uma resina química formando uma interface resistente com o concreto. A fixação à estrutura se dá por meio de uma peça em aço que é conectada à barra roscada e à guia e aparafusada ao montante geralmente duplo
33
Figura 16 – Esquema geral de ancoragem química com barra roscada. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
3.1.5 Ancoragem provisória
Na fase da montagem da estrutura no pavimento térreo são feitas instalações
provisórias de painéis através da utilização de pinos fixados por pólvora.Este método é
utilizado até que seja feita a ancoragem definitiva com a finalidade de manter os painéis
aprumados(FREITAS, CRASTO, 2006).
3.2 ESTRUTURA DO SISTEMA LIGHT STEEL FRAMING
“As estruturas de aço são compostas por duas “famílias” de elementos estruturais.
Uma composta pelos perfis laminados e soldados ou eletro fundidos e a outra composta
por perfis formados a frio” (FREITAS; DE CRASTO, 2006).
34
Ainda segundo as autoras, os perfis estruturais formados a frio são originados a
partir do dobramento, em prensa dobradeira, ou por perfilagem em conjunto de matrizes
rotativas (figura 17),de tiras de aço cortadas de chapas ou bobinas laminadas a frio ou à
quente, revestidas ou não (NBR 6355, 2003),além de possibilitar a formação de seções
variadas tanto em sua forma e/ou dimensão. O termo “formado a frio”, origina-se pelo
fato dessas operações ocorrerem com o aço na temperatura ambiente.
Figura 17 – Fabricação por perfilagem de perfis seção Ue. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Com o avanço da engenharia, estruturas mais leves e econômicas têm sido
desenvolvidas a fim de atender as expectativas tecnológicas, e com isso os perfis de aço
formados a frio vem se destacando. Possui uma grande versatilidade, tanto na
fabricação das seções que podem ser adaptadas a diversas aplicações, como na
construção e montagem das estruturas por serem elementos leves. Por isso vem sendo
cada vez mais comum a utilização desses perfis em construções comercias e
residências, passarelas, galpões, coberturas, entre outras. (FREITAS; de CRASTO,
2006).
“As chapas tem entre 0,8 mm e 3.0 mm de espessura, sendo a mais utilizada a de
espessura de 0,95 mm.” (REVISTA TECHNE 137, 2008).
Os perfis são produzidos a partir de dois processos convencionais, sendo que um
consiste em um processo contínuo em que uma tira de chapa passa por uma série de
35 cilindros (perfiladeiras) dobrando-a para gerar a conformação da seção transversal; o
outro processo é através de dobradeira, que é um equipamento de punção que
pressiona a chapa contra a mesa para efetivar a dobra, obtendo assim a seção
transversal desejada. (REVISTA TECHNE 137, 2008).
Os perfis mais usados são aqueles com configurações e designações conforme a
figura 18. As determinações das seções, espessura, propriedades geométricas de perfis
steel frame são definidas pelas normas NBR 15253 – Perfis de Aço Formados a Frio,
com Revestimento Metálico, para Painéis Reticulados em Edificações: Requisitos Gerais
e NBR 6355 – Perfis Estruturais de Aço Formados a Frio: Padronização. (REVISTA
TECHNE 137, 2008).
Figura 18 – Os perfis são dobrados a frio com perfiladeiras ou dobradeiras. Fonte:http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/137/imprime98691.asp.
Segundo a US HOME a estrutura é constituída de painéis metálicos, composto de
perfis de aço, determinado pela AISI – American Iron na Steel Institute (pé direito mínimo
2,70m pavimento térreo e 2,40m pavimento superior), com 0,95 mm de espessura e
revestimento anticorrosivo zincado por imersão a quente. Esses perfis são fixados entre
si com parafusos autobrocantes, fixando painéis de paredes, lajes de piso/forro e
estrutura de telhado, formando um conjunto único capaz de criar resistência e absorver
cargas como vento, chuva, entre outros. Ainda segundo a normatização da AISI, segue
36 padronizado o espaçamento e dimensionamento dos perfis estruturais, sempre definido
de acordo com os projetos arquitetônico e estrutural.
No mercado há uma grande variedade de perfis formados a frio, porém os mais
utilizados nas construções LSF são “U enrijecido” (Ue ou “C”) como montante (figura 19)
e viga e U como guia nas chapas do topo e base (figura 20) (GUIA DO CONSTRUTOR
EM STEEL FRAMING).
Figura 19 – Componentes de um perfil de aço conformado a frio com formato em “C”. Fonte: http://www.ushome.com.br/pdf/SF_Guia_Construtor.pdf
Figura 20 – Perfil “U” de aço conformado a frio. Fonte:http://www.ushome.com.br/pdf/SF_Guia_Construtor.pdf
37
O perfil “U enrijecido” (montante) possui alma, flange e borda conforme a figura
18, sempre levando em consideração se as dimensões dos perfis coincidem com as da
porta, janela, entre outras. As dimensões usuais da alma podem ser de 90 ou 140 mm,
os flanges podem ser de 35 a 40 mm, sendo estas medidas podendo variar de acordo
com cada fabricante (GUIA DO CONSTRUTOR EM STEEL FRAMING).
O perfil U (guia), consiste em alma e flange, a ausência da borda nesse perfil faz
com que o perfil Ue consiga fazer o encaixe na guia, com isso a dimensão do flange
deve ser de no mínimo 35 mm (GUIA DO CONSTRUTOR EM STEEL FRAMING).
Existem também outros perfis que precisam utilizar as tiras, que possuem
variedade de larguras, usualmente usadas para o escoramento de paredes e formação
de ligações; e as cantoneiras utilizadas como anteparos e outras estruturas onde o perfil
Ue não ira funcionar. Os perfis possuem uma enorme variedade de espessura (tabela 1)
(GUIA DO CONSTRUTOR EM STEEL FRAMING).
38 Tabela 1 – Espessura Nominal do Aço
Fonte: http://www.ushome.com.br/pdf/SF_Guia_Construtor.pdf
Essa tabela mostra as dimensões usadas no mercado americano, incluindo perfis
estruturais e não estruturais, porém aqui no Brasil, os perfis utilizados para fins
estruturais partem de 0,91 mm de espessura e os não estruturais a partir de 0,50 mm.
Para saber a resistência de um perfil, precisa saber sua dimensão, forma e elasticidade
do aço, sendo que o limite de escoamento do aço zincado de acordo com a NBR 6673
não deve ser inferior a 230 MPA.( GUIA DO CONSTRUTOR EM STEEL FRAMING).
Alguns elementos estruturais como fitas de aço, cantoneiras, compostos do
mesmo tipo de aço dos perfis são utilizados para dar rigidez e auxiliar no
contraventamento. Resumindo o sistema LSF, é composto de perfis montante ou Ue,
utilizados em vigas e montantes e perfis guias ou U. O aço utilizado para a fabricação
desses perfis é o A653, que passa por um tratamento anticorrosivo, que garante a
durabilidade das peças por anos, e sua comercialização normalmente é feita pela
indústria siderúrgica em forma de bobinas com 1,20m de largura que são cortadas em
tiras de menor largura e moldadas a frio em perfiladeiras na forma desejada (figura 21)
(US HOME).
39
Figura 21 – Perfis metálicos. Fonte: http://www.ushome.com.br
Os perfis podem variar tanto em sua dimensão quanto sua estrutura, como no
caso de paredes os perfis variam de 90 mm a 140 mm de largura e 0,8 mm a 1,18 mm
de espessura, na utilização de lajes variam de 200 mm a 400 mm de largura e 0,95 mm
a 2,5 mm de espessura. (US HOME)
Segundo FREITAS, de CRASTO (2006) as dimensões da alma dos perfis Ue
variam geralmente de 90 a 300 mm (medidas externas), apesar de ser possível utilizar
outras dimensões (tabela 3). Os perfis U apresentam a largura da alma maior que a do
perfil Ue, a fim de permitir o encaixe deste no perfil guia ou U ( tabela 3).
No Brasil as dimensões utilizadas são 90, 140 e 200 mm, e podendo variar de 35
a 40 mm, dependendo do fabricante. As tabelas a seguir (tabela 2 e 3), mostram os
outros perfis que podem ser necessários para estruturas em LSF, que são as tiras ou
fitas, que tem variedade de larguras e são utilizadas para dar estabilidade nos painéis e
formar ligações; as cantoneiras que são usadas em conexões de elementos onde um
perfil Ue não é indicado, e o Além da espessura (tn), a resistência de um perfil de aço
depende da dimensão, forma e limite de elasticidade do aço. O limite de escoamento
dos perfis de aço zincado, determinado de acordo com a norma NBR 6673, não deve ser
inferior a 230 Mpa ( NBR 15253 : 2005).
40 Tabela 2 – Designações dos perfis de aço formados a frio para uso em Light Steel Framinge suas respectivas aplicações.
Fonte: NBR 15253: 2005
Tabela 3 – Dimensões Nominais Usuais dos Perfis de Aço para Light Steel Framing.
Fonte: a partir da NBR 15253: 2005.
41 3.2.1 Painéis estruturais ou Autoportantes
Os painéis estruturais estão sujeitos a cargas horizontais de vento ou de abalos sísmicos, assim como a cargas verticais praticadas por pisos, telhados e outros painéis. Essas cargas verticais são originadas do peso próprio da estrutura e de componentes construtivos e da sobrecarga devido à utilização (pessoas, móveis, máquinas, águas pluviais, etc). Portanto, a função dos painéis é absorver esses esforços e transmiti-los à fundação. (FREITAS; de CRASTO, 2006, p.32)
Ainda segundo as autoras os painéis são compostos por elementos horizontais de
seção transversal tipo U e elementos verticais de seção transversal tipo Ue. Esses
montantes que compõem os painéis transferem as cargas verticais atrás de suas
almas, sempre nivelados, dando origem ao conceito de estrutura alinhada. Na figura
abaixo mostra a distribuição do carregamento e o detalhe do alinhamento que
compõem o painel.
Figura 22 – Transmissão da carga vertical à fundação. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
42
Geralmente a distância entre os montantes é de 400 ou 600 mm, sempre
atendendo as solicitações de cada perfil, porém quanto maior a distância, o número de
perfis é reduzido e consequentemente maior será a carga que cada um deles irá
suportar, como no caso da caixa da água, para dar suporte e poder atender as grandes
cargas a distância chegará a 200 mm. (FREITAS; de CRASTO, 2006).
As guias são usadas horizontalmente na base e topo dos painéis de parede e
entrepiso, podendo estar associadas às fitas para o travamento lateral das vigas e
montantes e vergas (figura 23). Entre painéis de entrepiso, a seção transversal é
composta por dois perfis U ligados pela alma, para a ligação do painel à fundação será
considerado um perfil U (RODRIGUES, 2006).
Figura 23 – Painel típico em Light Steel Framing, apresentando guias e montantes. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/manual_engenharia.pdf
Segundo FREITAS, de CRASTO (2006) nas aberturas de janelas e portas são
necessários elementos estruturais como as vergas, para que distribuam o carregamento
interrompido do montante para os montantes que delimitam o vão lateral (figura 24 e 25).
43
Figura 24 – Painel com abertura de janela. Fonte: http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Figura 25 – Distribuição dos esforços através da verga para ombreiras. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Ainda segundo as autoras, a verga basicamente é composta de dois perfis Ue
conectados por uma peça aparafusada nos extremos, normalmente pelo perfil U e pela
guia da verga, que é fixada nas mesas inferiores dos dois perfis Ue. A guia da verga se
conecta com as ombreiras, para evitar a rotação da verga, e para fixar os montantes,
que não possuem função estrutural, apenas permite a fixação das placas de fechamento
(figura 26).
44
Figura 26– Detalhe de verga para abertura de janela. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Para que ocorra a estabilização da estrutura, deve-se efetuar ligações rígidas ou
capazes de transferir os esforços para a fundação, que auxiliam na resistência dos
esforços horizontais das estruturas em LSF. O método mais utilizado é o de
contraventamentos (figura 27), onde é fixada uma fita de aço galvanizada na face lateral
do painel (figura 28 e 29), que serve para evitar a rotação dos montantes quando
sujeitos a carregamentos normais de compressão, além de diminuir o comprimento de
flambagem dos mesmos. Esta fixação deve ser bem tensionada, não permitindo que
ocorram folgas, pois isso pode comprometer sua eficiência além de causar a
deformação dos painéis aos quais estão fixadas. O uso dos contraventamentos pode
acabar interferindo na colocação das aberturas, então se deve adotar um ângulo de
inclinação grande da diagonal (figura 30). (FREITAS; de CRASTO, 2006).
Figura 27– Painel com contraventamento em “X”. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
45
Figura 28– Bloqueador e fita de aço galvanizado fixados ao painel para travamento horizontal. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Figura 29– Fita metálica para travamento do painel. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
46
Figura 30– Localização do contraventamento em relação as aberturas. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
3.2.2 Painéis NãoEstruturais
Segundo Freitas; de Castro (2006) os painéis não estruturais, não suportam o
carregamento da estrutura, mas apenas o peso próprio dos seus componentes, podendo
servir como fechamento externo ou como divisória interna.
No caso da divisória pode ser usado o sistema de gesso acartonado ou Drywall,
onde as dimensões dos montantes e das guias são menores em dimensão e espessura,
porem em divisórias externas, é recomendado utilizar os mesmos perfis dos painéis
estruturais.
“A solução para aberturas de portas e janelas em um painel não-estrutural é bem
mais simples, pois como não há cargas verticais a suportar, não há necessidade do uso
de vergas e consequentemente, de ombreiras”(FREITAS; de CASTRO, 2006, p. 47).
Na delimitação lateral do vão, possui apenas um montante, que é fixado ao marco
de abertura, no acabamento superior e inferior são similares aos painéis estruturais e
usando uma guia de abertura (figura 31).
47
Figura 31 – Desenho esquemático de painel não-estrutural com abertura. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
3.2.3 Montagem da estrutura LSF em obra
Freitas; de Castro(2006) destacam três métodos de montagem dos painéis
estruturais:
a) Método “Stick”: neste método os perfis são cortados e montados no local (foto
32), porém os perfis podem vir perfurados para a passagem das instalações
elétricas e hidráulicas e consequentemente após a montagem da estrutura são
instalados os demais sub-sistemas. Esse método é indicado em locais onde a
pré-fabricação não é viável. Suas vantagens: não necessita do construtor possuir
um local para pré fabricar o sistema; o transporte das peças até o canteiro se
torna mais fácil; as ligações entre os elementos são de fácil de executar.
48
Figura 32 – Light Steel framing montado pelo método “stick” Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
b) Método por painéis: os painéis, lajes, tesouras, podem ser pré-fabricados fora do
canteiro e montados no local, incluindo alguns materiais de fechamento que
podem ser executados na fábrica a fim de diminuir o tempo da construção. A
instalação dos painéis e sub-sistemas é realizado no local através de parafusos.
Suas principais vantagens são: velocidade de montagem; controle rigoroso de
qualidade na produção; redução do trabalho na obra; maior precisão de acerto em
relação as dimensões das peças devido as boas condições de montagem (figura
33).
49
Figura 33 – Elementos estruturais como tesouras e painéis são pré-fabricados em oficinas e levados a obra para montagem da estrutura. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
c) Construção Modular: são estruturas pré-fabricadas que podem ser entregues na
obra com todos os acabamentos internos já incluídos, como as louças sanitárias,
metais, elétrica, entre outros. Podem ser estocadas, um exemplo dessa
construção são os módulos de banheiros para grandes obras comerciais ou
residenciais.
50
Figura 34 – Módulo de banheiro. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
d) “BalloonFraming”e “Platform Framing”: construções “Stick” ou “painéis” podem ser
montadas usando o método “Balloon”, pois a estrutura do piso é fixada nas
laterais dos montantes e os painéis por serem grandes vencem a altura de um
pavimento. Já o método “Platform”, os pisos e as paredes são construídos por
pavimento, ou seja, os painéis não são estruturalmente contínuos, e também é
um método muito utilizado nos dias atuais ( figura 35 e 36).
51
Figura 35 – Esquema de construção tipo “balloon”. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Figura 36 – Esquema de construção tipo “platform”. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
52
Uma edificação em LSF pode ser comparada ao de alvenaria estrutural, pois as
paredes tendo uma linearidade axial dispensam a utilização de vigas nos pavimentos
inferiores, sendo que as cargas passam diretamente seu peso para o elemento abaixo
que descarrega no solo, e com vãos menores que 5m, tornam o sistema LSF mais
econômico, porém o custo da edificação esta ligada diretamente no grau de
industrialização dada ao processo (US HOME).
Com a fundação pronta, nivelada, limpa e em esquadro, deve-se aplicar uma fita
isolante (pode ser de neoprene) na alma da guia inferior (figura 37). A montagem se
inicia com o painel exterior em um canto, assim que o posicionamento estiver correto e
no local certo, fazer um escoramento provisório com recortes dos perfis U e Ue para
alinhar em esquadro e nível (figura 38).(FREITAS; de CRASTRO, 2006).
Figura 37–Aplicação de fita selante na base do painel. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
53
Figura 38–Escoramento do painel durante a montagem. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Freitas; de Crasto (2006) após a conferência do posicionamento dos painéis, é
feito uma ancoragem provisória, cuidando para que não coincidam com as definitivas
(figura 39). Após isso, é colocado um segundo painel exterior perpendicular ao primeiro
(figura 40), é novamente conferido o nível e o esquadro e fixado a ancoragem provisória
(figura 41).
54
Figura 39 – Ancoragem provisória com pinos de aço. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Figura 40 – Montagem dos painéis. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
55
Figura 41 – Verificação do nível do painel e fixação da ancoragem. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
O processo de montagem continua com a colocação dos painéis externos (figura
42), e também com alguns internos para dar rigidez, e manter os externos em nível. As
marcações dos painéis internos podem ser feitas no contrapiso com um fio traçante
(muito utilizado no sistema drywall) (figura 43). Deve ser feito uma verificação das
medidas diagonais dos ambientes e fixar perfis Ue provisoriamente sobre as guias
superiores dos painéis (figura 44), garantindo assim o esquadro e a fixação correta da
ancoragem provisória.(FREITAS; de CRASTO, 2006).
Figura 42 – Montagem dos painéis externos. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
56
Figura 43 – Marcação da localização dos painéis internos. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Figura 44 – Fixação de perfil Ue para manter esquadro dos painéis. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Os parafusos autobrocantes são muito utilizados no sistema LSF, podendo ser
estruturais ou apenas de montagem, onde é feito o furo e fixado com segurança as
componentes da estrutura (CISER, 2005, apud RODRIGUE, 2006).
57
Os parafusos autobrocantes são fabricados de acordo com a necessidade da
instalação, podendo também ser do tipo autoperfurante (ponta broca) ou
autoatarraxantes(ponta agulha (RODRIGUES, 2006).
Entre os painéis a fixação é feita nas almas dos perfis de encontro com parafusos
autoatarraxantes de aço carbono com tratamento e recobertos com uma proteção zinco-
eletrolítica que evita corrosão, esse tipo de conexão é a mais utilizada em construções
LSF no Brasil. Essa fixação é feita a cada 20 cm ao longo da alma (figura 45).(FREITAS;
de CRASTO, 2006).
Figura 45 – Fixação de dois painéis com parafusos estruturais. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
A ancoragem definitiva só é feita depois que todos os painéis do pavimento
estiverem montados, e então se inicia a colocação das placas de fechamento externo de
baixo para cima (figura 46).
58
Figura 46 – Colocação do fechamento externo dos painéis. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
A montagem da estrutura da laje pode ser feita de duas maneiras, sendo
montadas as seções menores sobre algum apoio, como exemplo o contrapiso para
depois posicioná-las sobre os apoios dos painéis portantes ou vigas principais; ou cortar
as vigas de piso no comprimento do vão e encaixá-las nas sanefas, que são perfis
utilizados para encabeçamento de estruturas de entrepiso, após fixar os enrijecedores
de alma que irão ligar as vigas de piso nas sanefas, evitando o esmagamento da alma
das vigas nos apoios (figura 47).(FREITAS; de CRASTO, 2006).
Figura 47 – Posicionamento das vigas de piso na sanefa. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
59
Na utilização de laje molhada (figura 48), são instalados os perfis galvanizados
tipo cantoneira na borda da laje e a chapa de aço ondulada que serve de fôrma para o
preenchimento do concreto magro que origina o contrapiso; a laje seca, porém só deve
ser executada após a colocação da cobertura, a fim de que o piso de OSB fique exposto
a intempéries. Independente do tipo de laje escolhida, devem ser previstos espaços de
apoio dos painéis portantes internos e externos diretamente sobre a estrutura e não
sobre o contrapiso.(FREITAS; de CRASTO, 2006).
Figura 48 – Laje úmida. Fonte:http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/ISMS-8FNK3S/1/universidade_federal_de_minas_gerais_1.pdf
Segundo Freitas; de Crasto (2006) na montagem dos painéis do pavimento
superior, o procedimento é o mesmo do térreo, apenas diferenciando apenas no modo
de içamento dos painéis, que pode ser tanto manualmente (figura 49), como por
guindastes (figura 50), sempre cuidando para evitar deformações nos painéis.
60
Figura 49 – Montagem dos painéis do pavimento superior. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Figura 50 – Içamento e posicionamento de painel de pavimento superior. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
61
Ainda segundo as autoras para a fixação das placas o procedimento é o mesmo
do pavimento inferior, só que o sentido de instalação das placas ocorre de cima para
baixo, formando uma linha de fixação nos painéis dos dois pavimentos (figura 51).
Figura 51 – Emplacamento dos painéis externos. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
3.3 TIPOS DE PAINÉIS PARA FECHAMENTO VERTICAL
Para um fechamento externo, devem ser levadas em conta as intempéries, a fim
de que não prejudique o material escolhido, como componente externo podemos citar as
placas cimentícias e a placa OSB ( OrientedStrandBoard). (REVISTA TÉCHNE n°.139,
2008).
As vedações devem atender aos critérios de satisfação e às exigências do
usuário, para isso a norma ISSO 6241:1984, estabelece esses requisitos, que são o de
segurança estrutural, segurança do fogo, durabilidade, economia, conforto visual,
conforto termo acústico, entre outros.(FREITAS;de CRASTO, 2006).
62
“Nos fechamentos internos, podem-se ser utilizas as mesmas placas usadas nos
fechamentos externos e, ainda, as placas de gesso acartonado.”(REVISTA TÉCHNE
n°.139, 2008, p. 79).
Cuidar em especial com a colocação das placas externas e suas juntas,
considerando no projeto de paginação das placas as juntas de movimentação, levando
em consideração o tipo de placa e revestimento utilizado. (REVISTA TÉCHNE n°.139,
2008).
Deve ser definido o momento certo para a fixação dos caixilhos, que deverá ser
antes da fixação das placas, para que possa ser feito um ajuste correto e uma vedação
adequada.(REVISTA TÉCHNE n°.139, 2008).
Existem variados tipos de fechamento e revestimento externo, de fechamento os
mais utilizados são OSB, a Placa Cimentícia, e fechamento interno o Gesso Acartonado,
quanto ao revestimento externo, isso é de acordo com o critério do cliente.
3.3.1 Painel de OSB
O painel de OSB, também pode ser utilizado, e auxilia no contraventamento das
paredes, pois é instalado diretamente na estrutura e sobre ele deve ter um revestimento
de uma manta fixada por grampos, para não deixar com que a umidade penetre, porém
se for utilizado revestimento com argamassa, precisa ser fixado uma tela sobre a manta.
(REVISTA TÉCHNE n°.139, 2008).
Porém não deve ser exposto a intempéries, pois possuem uma relativa resistência
à umidade, devido às substâncias utilizadas em sua confecção. São comercializados
63 nas dimensões 1,22 m x 2,44 m e com espessuras de 9, 12, 15 e 18 mm. (FREITAS; de
CRASTO, 2006).
As juntas devem ser previstas e ter um espaçamento de 3 mm incluindo todo o
seu perímetro, as juntas verticais devem estar sempre sobre os montantes e
aparafusadas, e quando as paredes tiverem dimensões superiores a 24 m devem ser
previstas as juntas de movimentação figura 52. (FREITAS; de CRASTO, 2006).
Figura 52 – Fachada com fechamento externo em OSB apresentando juntas de dilatação. Fonte: http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
O OSB é uma painel estrutural de tiras de madeira, geralmente de
reflorestamentos, formadas por três camadas perpendiculares, o que ajuda na
resistência mecânica e de rigidez, essas tiras são unidas com resinas e prensadas sob
alta temperatura.( MASISA (2003) apud FREITAS; de CRASTO, 2006)).
64
Figura 53 – Fechamento de fachada com placas de OSB. Fonte: http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Os painéis internos ou externos não devem estar em contato direto com o solo ou
fundação, por isso, antes da montagem deve ser fixada uma fita seladora, que além de
evitar o contato com a umidade do piso, diminui as pontes térmicas e acústicas. As
projeções horizontais externas devem estar sobre uma base mais alta que o nível
exterior, para evitar o contato das placas com o solo e a passagem de água por entre o
painel e a fundação (figura 54).
65
Figura 54 – Embasamento elevado para evitar contato das placas e painéis com a umidade.
Fonte: http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
3.3.1.1 Membrana de polietileno
Segundo a TYVEK a membrana é composta por 100% de polietileno sem aditivos,
corantes ou resinas e 100% reciclável. Resistente a rupturas e impede a proliferação de
bactérias e fungos, impede a infiltração da água, permitindo a passagem do ar e da
umidade em forma de vapor. Não deforma quando exposto em diferentes níveis de
umidade relativa.
.As placas de OSB devem ser protegidas contra a umidade em toda sua área
externa por uma manta ou membrana de polietileno de alta densidade, que garante a
estanqueidade das placas e permite a passagem da umidade da parte interna para o
exterior, evitando assim a condensação dentro dos mesmos (figura 55). Essas mantas
são grampeadas nas placas, e sobrepostas de 15 a 30 cm em suas juntas para criar
uma superfície contínua e que evite infiltrações. (FREITAS; de CRASTO, 2006).
66
Figura 55– Impermeabilização das placas de OSB da fachada da foto anterior com membrana de polietileno. Fonte: http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Para que não haja infiltração gerada por deslocamentos ou fissuras, deve-se utilizar
subcoberturas, como no caso da subcobertura residencial DuPont™ Tyvek®, que foi
desenvolvido para a utilização da construção e reforma do telhado. Por ser leve, de fácil
utilização, e durabilidade, apresenta as seguintes vantagens: Impermeabilidade, ou seja,
permite o total escoamento da água da chuva, permitindo a proteção contra a infiltração
e a poeira, causadores de fungos; proteção térmica, composta de alumínio em uma de
suas faces, permite a diminuição da transferência de calor para o interior da residência;
composta por fibras entrelaçadas torna a subcobertura impermeável e capaz de impedir
a passagem da umidade; impede a infiltração de ar na estrutura, melhorando o conforto
67 térmico; não deforma, quando exposto a diferentes níveis de umidade relativa (figura 56)
(TYVEK).
Figura 56– Utilização de subcoberturas. Fonte:http://www.telhadao.com.br/telhadao_detalhe.asp?codigo=116&categoria=Sub-Coberturas&subcategoria=Tyvek
3.3.2 Placa Cimentícia
O fechamento com placa cimentícia é mais compatível com o sistema, pois suas
placas são leves, pequena espessura, impermeáveis, resistente aos impactos, baixa
condutividade térmica, durabilidade, permite diversos acabamentos. Quanto aos
fabricantes, o que diferencia uma placa da outra é seu acabamento e composição. A
escolha da placa pode ser feita de acordo com a NBR 15498 ou ISSO 8336. Para a
utilização dessas placas deve-se evitar coincidir as juntas internas com as externas
como na figura 57, evitar que os quatro vértices se encontrem num mesmo ponto como
na figura 58, evitar que as juntas verticais do batente das portas ou janelas siga até o
teto (figura 59) e evitar que as juntas dos painéis coincidam com as juntas das placas
68 (figura 60). A fixação da placa cimentícia é feita com parafusos ponta-broca, cabeça
auto-escariante e aletas de expansão, pois evitam que o parafuso faça rosca na placa, e
facilita a instalação (figura 61). (REVISTA TÉCHNE n° .139, 2008).
Figura 57 – As juntas internas não devem ser coincidentes. Fonte: Téchne, 2008, ed. 139, p.78.
Figura 58 – Deve-se evitar a ocorrência de todos os vértices no mesmo ponto das juntas verticais. Fonte: Téchne, 2008, ed. 139, p.78.
69
Figura 59 – As juntas verticais nos batentes e portas não devem seguir até o teto. Fonte: Téchne, 2008, ed. 139, p.78.
Figura 60 – Juntas de placas e de painéis não devem ser coincidentes. Fonte: Téchne, 2008, ed. 139, p.79.
70
Figura 61 – Parafuso de ponta-broca para fixação das chapas cimentícias. Fonte: Téchne, 2008, ed. 139, p.79.
A tabela 4 abaixo foi retirada do site da Brasilit, onde mostra as características da
placa cimentícia.
Tabela 4 – Dimensões, pesos e aplicações.
Fonte: http://www.brasilit.com.br/produtos/paineis/placa-cimenticia.php
As placas cimentícias podem ser usadas em fechamento externo ou interno,
principalmente em áreas úmidas, substituindo o gesso acartonado, e as juntas deve
apresentar no mínimo 3 mm entre as placas. As placas são compostas de cimento
71 Portland, fibras de celulose ou sintéticas e agregados. Possuem características de
elevada resistência a impactos; resistente à umidade; incombustíveis; possui peso
próprio baixo, o que facilita no manuseio; compatível com diversos acabamentos;
rapidez de execução, semelhante ao do gesso acartonado. (FREITAS; de CRASTO,
2006).
A figura abaixo mostra o aparecimento visível das placas através do revestimento,
isso é resultado de um trabalho realizado de maneira inadequada.
Figura 62 – Restaurante em Jurerê. Fonte: autora do trabalho.
As placas ou painéis de fechamento externo ou interno não deverão ficar em
contato com o solo ou fundação (figura 63). Devido à variação dimensional ocasionada
pela variação de umidade, devem ser levadas em consideração as juntas entre as
placas, obtendo as informações através dos fabricantes. (REVISTA TÉCHNE n°.139,
2008).
72
Figura 63 – Para evitar umidade, as placas não podem ficar em contato com o solo ou fundação. Fonte: Téchne, 2008, ed. 139, p.80.
3.3.3 Gesso Acartonado
Para o fechamento interno dos painéis estruturais e não estruturais, são utilizados
placas de gesso acartonado. Para painéis internos não estruturais é usado o sistema
“Drywall”, também constituído dos perfis U e Ue, de menor dimensão, que suportam
apenas o peso dos fechamentos, revestimentos e de peças fixadas como quadros,
armários, etc. As chapas de gesso acartonado são vedações leves, pois não possuem
função estrutural, porém permite composições de acordo com as necessidades de
resistência à umidade, fogo, isolamento acústico (FREITAS; de CRASTO, 2006).
De acordo com Freitas; de Crasto (2006) de maneira geral as chapas são
comercializadas com largura de 1,20m e comprimentos que variam de 1,80 m a 3,60 m,
espessura de 9,5 mm, 12,5 mm e 15 mm, sempre consultando o fabricante e o
espaçamento entre os montantes, assim como no LSF, é de 400 ou 600 mm. Encontra-
se no mercado brasileiro, ter tipos de placas:
73
• Placa Standard (ST) - destinada a áreas secas;
• Placa Resistente à Umidade (RU) - conhecida como placa verde, destinada
para ambientes sujeitos a umidade;
• Placa Resistente ao Fogo (RF) – conhecida como placa roda, aplicada em
áreas secas, em paredes com exigência para resistência ao fogo.
Figura 64 – Placas de gesso acartonado para áreas secas, úmidas e anti fogo. Fonte: http://www.rocherdrywall.com.br/porque_usar_drywall.php
Figura 65 – Dimensões das placas. Fonte: http://www.rocherdrywall.com.br/porque_usar_drywall.php
74 Para a montagem do sistema Drywall precisamos dos componentes para o
fechamento da divisória (placa de gesso); perfis U e Ue para a estruturação da divisória,
parafusos para a fixação dos perfis e das placas à estrutura, materiais para tratamento
das juntas (massas e fitas); material para isolamento termo-acústico (là de virdro ou de
rocha) (FREITAS; de CRASTO, 2006).
De acordo com Luiz Giocchi (2003), após a fixação das placas aplica-se uma
quantidade de massa nas juntas que impede a formação de bolhas (figura 66).
Figura 66 – Aplicação da massa na junta. Fonte:http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/use-corretamente-o-gesso-acartonado-80141-1.asp
3.4 COBERTURA
Segundo Moliterno (2003) apud Freitas;de Crasto (2006, p. 64) o telhado é
composto pela cobertura, podendo ser de materiais diversos, desde que seja resistente
contra as intempéries; e da armação, que é constituída pelos elementos estruturais que
dão sustentação à cobertura, como caibros, tesouras, ripas, entre outros.
75
Os revestimentos da cobertura do telhado possuem as mesmas características e
princípios das estruturas convencionais, portanto, podem ser usadas telhas metálicas,
cerâmicas, fibrocimento, shingle, entre outras (REVISTA COMO CONSTRUIR, 2009, p.
77).
De acordo com a BRASILIT, em construções LSF, as telhas shingle são as mais
usadas. São duráveis, flexíveis pois são compostas de manta asfáltica com grão
minerais e possui beleza estética. Possuem grande durabilidade, são resistentes ao
vento e à quebra (figura 67). Segue a composição:
1) Compensado, material estrutural montado sobre os caibros de madeira ou aço;
2) Subcobertura, aumenta a proteção contra a infiltração e proporciona a aderência
das telhas;
3) Telhas shingle, produzidas por uma base asfáltica, fibra de vidro, coberta com
grão.
4) Cumeeiras de ventilação, que melhoram a circulação do ar e garante um conforto
térmico;
5) As telhas por serem flexíveis, permitem uma adaptação perfeita nas diversas
partes de união entre as águas do telhado.
Figura 67 – Composição do telhado. Fonte: http://www.brasilit.com.br/produtos/telhas-shingle/
76
Laboube (1995) apud Freitas;de Crasto (2006, p. 64) a estrutura do telhado deve
suportar além do seu peso próprio, o peso de seus componentes, o peso do forro,
materiais de isolamento, carregamento durante a construção, manutenção, entre outros.
A cobertura serve para proteger a edificação das intempéries, sendo vista também
como um dos elementos de importância estética, e por isso necessita de materiais que
atendam tanto ao desempenho técnico como às exigências arquitetônicas.(REVISTA
TÉCHNE n°.144, 2009).
A cobertura depende da dimensão, dos vãos que deverão ser vencidos, ações da
natureza, opções arquitetônicas e estéticas, relação custo-beneficio, entre outros.
Os elementos da cobertura são: vedação (telhas); elementos que dão suporte à
cobertura, como as ripas, caibros, tesouras; sistema de escoamento das águas pluviais,
como condutores, calhas e rufos.(REVISTA TÉCHNE n°. 144, 2009).
As coberturas para LSF, por sua leveza, podem ser usadas em edificações
convencionais, e são capazes de vencer grandes vãos. Para executar estruturas de
coberturas de LSF, utilizam-se os mesmo perfis usados nas paredes, que são U e Ue,
com alma de 90 mm, 140 mm ou 200 mm de altura. ( REVISTA TÉCHNE n°.144, 2009).
Segundo Freitas;de Crasto (2006) os tipos de coberturas são variados, podem ser:
a) Coberturas Planas: são menos comuns, geralmente resolvidas como uma laje
úmida onde a inclinação para o caimento da água é obtida variando a espessura do
contrapiso de concreto (figura 68). Para vãos maiores sem apoios intermediários, são
utilizadas as treliças planas, de perfis Ue galvanizados (figura 69).
77
Figura 68 – Cobertura plana em Light Steel Framing. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Figura 69– Alguns tipos de treliças planas para Light Steel Framing. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
b) Coberturas inclinadas: Essa estrutura em LSF é semelhante à de um
sistema convencional, porém a armação de madeira é substituída por
perfis galvanizados, e a alma dos perfis que compõem os caibros devem
78
estar alinhadas a alma dos montantes dos painéis de apoio de modo que a
transmissão das cargas seja axial (figura 70).
Figura 70 – Caibros e vigas alinhados com montantes de painel estrutural. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
3.4.1 Coberturas Estruturadas com Caibros e Vigas.
Esse método é usado em construções do tipo “stick”, onde os elementos (U e Ue)
são cortados e montados no local da obra. É usado quando o vão entre os apoios
permite o uso de caibros e deseja-se utilizar menor quantidade de aço do que o usado
em tesouras, porém para projetos mais complexos e de maiores vãos podem utilizar o
79 sistema de caibros devidamente dimensionados ou utilizando perfis duplos (figura 71). A
estrutura para esse tipo de cobertura consiste em usar dois caibros que se apoiam nos
painéis portantes e em uma cumeeira, formando a inclinação requerida (figura 72)
(FREITAS;de CRASTO, 2006).
Figura 71 – Telhado estruturado com caibros em um Laboratório na Universidade Federal de Ouro Preto. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Figura 72 – Telhado típico estruturado com caibros. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
80 3.4.2 Coberturas Estruturadas com Tesouras e Treliças.
Solução mais comum, e cobrem grandes vãos sem precisar de apoios intermediários.
Existem diversos desenhos de tesouras devido a fatores estéticos, climáticos,
funcionais, entre outros (figura 73 e 74) (FREITAS; de CRASTO, 2006).
Figura 73– Modelo de tesoura de telhado confeccionada com perfis de aço formados a frio galvanizados. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Figura 74 – Tesouras de telhado em arco confeccionadas com perfis de aço formados a frio galvanizados. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
81
3.5 ISOLAMENTO TÉRMICO / ACÚSTICO
O desempenho termo-acústico é determinado pela capacidade de proporcionar
condições adequadas de qualidade para as atividades para o qual foi projetada. É uma
forma de controlar a qualidade do conforto dentro de m ambiente desde que as
condições externas não influenciem as internas(FREITAS;de CRASTRO, 2006)
Segundo Freitas; de Castro (2006, p. 89),
Tradicionalmente, os princípios de isolação consideram que materiais de grande massa ou densidade são melhores isolantes. Porém, é errado pensar que estruturas e vedações mais leves que têm consequentemente uma menor massa para isolamento dos ambientes pode levar a condições de conforto não satisfatórias.
Para aumentar o desempenho diversas combinações podem ser feitas, a fim de
aumentar o desempenho do sistema, através da colocação de mais camadas de placas
ou aumentando a espessura da lã mineral (figura 75) (FREITAS;de CRASTO, 2006).
Figura 75 – Instalação de lã de vidro em painel. Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
82 “Quando o local estiver sujeito somente à umidade por tempo limitado de forma
intermitente, podem-se utilizar as placas de gesso tipo RU resistente à
umidade”(REVISTA TÉCHNE n°.139, 2008, p. 79).
Para isolamento acústico ou térmico é necessário que entre os fechamentos
internos e externos seja colocado lã de vidro, lã de rocha ou EPS (figura
76).Independente do componente utilizado, as vedações devem atender aos requisitos
da NBR 15575-4 (REVISTA TÉCHNE n°.139, 2008).
Figura 76 – Colocação das mantas isolantes no interior das paredes. Fonte:Téchne, 2008, ed. 139, p.79.
A figura 77 mostra o revestimento interno com lã de vidro.
Figura 77 – Colocação da lã de vidro em uma edificação em Curitiba. Fonte:autora da obra.
83
3.5.1 Isolamento acústico
“A quantidade de radiação sonora advinda da parede, e, portanto, a capacidade
de isolação desta parede, dependerá da frequência do som, do sistema construtivo e do
tipo de material que a compõem” ((SALES (2001) apud FREITAS, de CASTRO, 2006, p.
90)).
Segundo Freitas; de Castro(2006, p. 90),
O isolamento acústico ocorre quando se minimiza a transmissão de som de um ambiente para outro ou do exterior para dentro do ambiente e vice-versa. Para Sales (2001) a característica de isolamento sonoro de uma parede é normalmente expressa em termos da Perda de Transmissão (PT). Ainda segundo a autora, quanto maiores os valores da perda de transmissão, mais baixa será a transmissão da energia acústica, e vice-versa. Segundo Gómez (1998) apud Sales (2001), o isolamento acústico de paredes pode ser classificado, de acordo com os valores das respectivas perdas de transmissão, conforme a tabela a seguir:
Tabela 5 – Qualificação do Isolamento Acústico
Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
Ainda segundo Freitas; de Castro (2006) de acordo com a BR 10152 : 1987 fixa
condições aceitáveis de ruído em determinados recintos de uma edificação, onde
podemos citar: quartos em apartamentos residenciais e em hotéis (sem ocupação): 30 –
40 dB; quartos em hospitais: 35 – 45 dB; entre outros. A lã de vidro por ser uma material
84 fibroso, apresenta grande capacidade de isolação, e de acordo com o fabricante o índice
de Rw (redução acústica) da lã de vidro em feltros e painéis combinados com placas de
gesso acartonado é representada na tabela a seguir:
Tabela 6 – Índice de Redução Acústica (Rw) da lã de vidro.
Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
3.5.2 Isolamento Térmico
O objetivo desse isolamento é de controlar as perdas de calor no inverno e os
ganhos no verão, sendo necessário avaliar simultaneamente as trocas térmicas
dinâmicas que ocorrem nos ambientes (FREITAS;deCRASTO, 2006).
Kruger (2000) apud Freitas;de Castro(2006, p. 92),
A solução mais adequada representa, portanto, um equilíbrio entre as perdas e ganhos de calor, que variam conforme o tipo de edificação, as condições de ocupação, as características do clima local e os materiais empregados na construção. Quanto aos materiais é importante observar propriedades tais como: capacidade térmica especifica, densidade de massa, condutividade térmica, transmitância, refletância e absortância à radiação solar, emissividade e forma, além das dimensões e orientações dos mesmos.
No Brasil ainda não há estudo sobre desempenho térmico de edificações em LSF,
não sendo possível avaliar quais as melhores condições de fechamento, portanto será
levado em consideração a utilização da lã de vidro, que é um componente utilizado no
85 tratamento térmico e acústico de edificações em LSF. De acordo com o fabricante,
segue a tabela com valores de Resistência Térmica e Condutividade Térmica do
material (FREITAS, de CRASTO, 2006).
Tabela 7 – Resistência Térmica e Condutividade Térmica da lã de vidro.
Fonte:http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
3.6 INSTALAÇÕES
As instalações e os materiais hidráulicos (figura 78) e elétricos utilizados no sistema
LSF são as mesmos utilizados em edificações convencionais, e, portanto o
dimensionamento, e uso das propriedades dos materiais não divergem do tratamento
tradicional nessas instalações. O mesmo acontece para instalações de telefonia, TV,
internet, gás, entre outros. Apesar da facilidade de uso dos materiais convencionais, há
disponibilidade no mercado de materiais hidráulicos e elétricos projetados para drywall e
steel frame, por exemplo, as caixas elétricas que se fixam diretamente nas placas de
gesso acartonado.( REVISTA TÉCHNE n°.141, 2008).
86 A NBR 15253: 2005 (figura 79), normaliza os furos para a passagem de instalações,
prevendo que aberturas sem reforços podem ser executadas nos perfis de steel frame,
sendo que a distancia entre os eixos dos furos sucessivos deve ser de no mínimo 600
mm e a distancia entre a extremidade do perfil e o centro do primeiro furo deve ser no
mínimo de 300 mm.( REVISTA TÉCHNE n°.141, 2008).
Figura 78 – Instalação hidráulica com tubulações de cobre e de PVC. Fonte:Téchne, 2008, ed. 141, p.61.
Figura 79 – Abertura nos perfis para passagem de tubulação. Fonte:Téchne, 2008, ed. 141, p.62.
87 A vantagem do sistema LSF em relação ao convencional é de que enquanto em
obras convencionais as tubulações normalmente são instaladas antes da concretagem
das vigas e lajes, podendo assim sofrer danos nessa fase, no sistema LSF as
tubulações são locadas posteriormente, evitando assim o risco de dano (figura 80).
(REVISTA TÉCHNE n°.141, 2008).
Figura 80 – Passagem de conduítes pelas vigas de laje. Fonte:Téchne, 2008, ed. 141, p.63.
Outra facilidade desse sistema é pelo fato de as paredes e lajes funcionarem como
shafts visíveis, permite que as interferências entre os sistemas elétricos e hidráulicos
sejam fáceis de serem visualizadas durante a execução, facilitando o trabalho e
diminuindo a chance de acidentes, como danificar ou furar algum cano (figura
81).(REVISTA TÉCHNE n°.141, 2008).
88
Figura 81 – Facilidade de visualização de interferências entre instalações elétricas e hidráulicas. Fonte:Téchne, 2008, ed. 141, p.63.
Figura 82 – Instalação elétrica de uma edificação em Curitiba. Fonte:autora da obra.
Caso as tubulações hidráulicas estiverem sujeitas a vibrações, para evitar sua
transmissão à estrutura da edificação, podem-se utilizar braçadeiras ou introduzir
espumas ou peças plásticas especiais nos furos para acomodá-las (figura 83), e também
89 garantem que durante a execução das instalações, ocorram cortes nos tubos, em virtude
do seu atrito com as bordas dos furos.(REVISTA TÉCHNE n°.141, 2008).
Figura 83 – Peças plásticas de proteção dos conduítes. Fonte:Téchne, 2008, ed. 141, p.64.
O sistema LSF, com sua concepção racionalizada permite a execução das
instalações minimizando os transtornos, com rapidez, e mantendo o local
limpo.(REVISTA TÉCHNE n°.141, 2008).
90
4 COMPARATIVO E VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA LSF
4.1 COMPARATIVO
Segue um quadro abaixo com alguns comparativos entre os sistemas
convencional e steel frame, fornecido pela US HOME:
Tabela 8 – Tabela de comparativo entre os sistemas.
COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS
sistema convencional Steel frame
Utilizado em poucos países por ser um sistema pouco resistente às forças da natureza, demorado e artesanal em sua execução2
Uma das tecnologias mais empregadas no mundo em construções residenciais e comerciais.
Produto final artesanal Produto final tecnicamente superior à alvenaria tradicional
Tendência mundial a desaparecer como sistema construtivo
Tendência mundial a se transforrmar no sistema cosntrutivo mais atualizado
Pouco sujeito a modernidades e evoluções Facilemente adaptável a novas e modernas tecnologias
Fundação: impermeabilização feita com materias do tipo fita alcatroada ou similar
Fundação: impermeabilização feita com isolamento em polietileno e neoprene
Fundação: representa entre 10% e 15% do custo total da obra. Para terrenos acidentados pode atingir valores maiores
Fundação: represente entre 5% e 7% do custo total da obra. Para terrenos acidentados, tem custo muito inferior ao sistema convencional
CONTINUA
91
Fundação: distribuição com cargas pontuais Fundação: distribuição de cargas lineares
Facilidade do aparecimento de fissuras3 Muito dificil o aparecimento de fissuras
Obra em sua maior parte artesanal com mão-de-obra pouco qualificada
Obra em sua maior parte com processo industrial com mão-de-obra qualificada
Paredes, portas e janelas com precisão encm Paredes, portas e janelas com precisão enmm
Utiliza produtos que degradam o meio ambiente: areia, tijolo,brita,etc.
É um sistema ecologicamente correto. O aço, por exemplo, parte integrante do sistema em steel frame, é um dos produtos mais reciclados em todo o mundo.
Durabilidade acima de 300 anos Durabilidade acima de 300 anos. Existem construções nos EUAcom mais de 250 anos ainda em funcionamento
Mesma garantia do sistema Steel Frame
Mesma garantia do sistema convencional em alvenaria. Segue os padrões do Código de Defesa do Consumidor e ao código de lei civil brasileira
Estrutura em concreto armado. Sua qualidade é determinada por fatores inconstantes como mão-de-obra, temperatura, umidade do ar, matéria prima, etc.
Estrutura em aço galvanizado. Produto com certificação internacional. Obedece aos mais rigorosos conceitos de qualidade.
Estrutura de telhados em madeiras menos nobres, como pinho imunizado. Sua resistência dá vida útil média de 20 anos
Estrutura de telhados em aço galvanizado. Tem a mesma durabilidade do próprio imóvel, ou seja, acima de 300 anos
Colocação de canos e eletrodutos, feitas no próprio local da obra, com quebra de paredes, desperdício de materiais e retrabalho
Colocação de canos e eletrodutos na própria fábrica, com colocação milimétrica, com mínimo desperdício e sem retrabalho
continua
92
Revestimento e estruturas feitos em sua grande maioria com matérias-primas ou manufaturados elementares(areia, brita,etc) produzidos no próprio local da obra
Revestimento e estruturas feitos en quase sua totalidade por produtos industrializados com qualidade padrão internacional
Canteiro de obra sujo ou com grande dificuldade para manutenção de limpeza Canteiro de obra limpo e organizado
O jardim é a última etapa da obra O jardim pode ser a primeira etapa da obra
O isolamento térmico é mínimo. Permite facilmente a passagem do calor pelas paredes. Custo de manutenção de temperatura alto
O isolamento térmico é máximo. Em função da lã de vidro colocada em todas as paredes e forros, além de outras camadas, a casa se comporta como uma "garrafa térmica", dificultando a passagem de calor pelas paredes. Custo mínimo para manutenção
O isolamento acústico é menor que o sistema US Home
O isolamento acústico é maior que o convencional
Fonte: tabela adaptada http://www.ushome.com.br 4.2 VANTAGENS NO USO DO LSF
Segundo Freitas; de Crasto (2006) as vantagens são as seguintes: os produtos
são produzidos industrialmente e passam por controles de qualidade bem rigorosos;
o aço possui resistência, precisão e melhor desempenho na estrutura; por serem
muito utilizados, os perfis são facilmente encontrados; devido sua leveza possui
facilidade de montagem, manuseio e transporte; construção seca, ou seja, redução
de recursos naturais e desperdício; as instalações hidráulicas e elétricas são fáceis
de serem instaladas, pois além dos perfis serem furados também são utilizados
painéis de gesso acartonado; devido a combinações de materiais de fechamento, os
níveis de desempenho térmico e acústico podem ser melhorados; rapidez na
93
execução; o aço pode ser reciclado inúmeras vezes sem perder suas propriedades e
também é incombustível; permite flexibilidade no projeto arquitetônico.
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5.0 COMPARATIVO ORÇAMENTÁRIO
Restaurante em São Paulo, situado em via de tráfego intenso, por isso a escolha do
método Light Steel Framing. O restaurante da Pizza Hut possui 320 m² e se localiza no
bairro Pinheiros, em São Paulo. A construção foi feita pela Construtora Sequência, e
teve inicio no dia 30 de junho de 2004 com duração média de 30 dias.
Características da obra:
Optou-se pela fundação radier, revestimento externo com argamassa armada e
textura acrílica, revestimento interno com azulejo, nas áreas molhadas, e nas áreas
secas pintura látex sobre drywall, esquadrias de PVC.
Figura 84 – Ilustração do restaurante Fonte – autora o trabalho
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Abaixo constam os valores relativos ao orçamento de LSF e uma estimativa em
alvenaria convencional. No final deste orçamento será mostrado um gráfico referente ao
tempo de execução total de cada etapa x valor.
Tabela 9 – Tabela de orçamento em Light Steel Framing, fornecida pela Construtora Sequência.
ITEM DISCRIMINAÇÃO LIGHT STEEL FRAMING
1 Instalação do canteiro de obra R$ 21.749,39
2 Movimento de terra R$ 500,00 3 serviços gerais - internos R$ 1.300,00
4 Infra- estrutura R$ 21.590,54 5 Superestrutura R$ 38.585,00 6 parede e painéis R$ 18.690,00 7 Esquadrias de madeira R$ 2.418,00
8 Esquadrias de PVC R$ 18.850,00 9 Cobertura R$ 22.931,00
10 Isolamento térmico e impermeabilização R$ 5.928,70
11 Forro R$ 1.562,50
12 Revestimento de paredes internas R$ 496,00
13 Revestimento de paredes externas R$ 19.806,25
14 Pisos internos R$ 19.082,40 15 Instalação hidráulicas R$ 33.609,61 16 Instalações elétricas R$ 50.184,29 17 Pintura R$ 14.211,38
18 Serviços complementares R$ 28.270,66
TOTAL
R$
319.765,72
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Segue abaixo, os valores finais referente a edificação executada em Steel
Framing e pelo método convencional:
light steel framing alvenaria convencional
custo / m² R$ 999,27 R$ 921,34 custo total R$ 319.765,72 R$ 294.828,80
Figura 85 – Gráfico referente ao comparativo custo x tempo (dias). Fonte – autora do trabalho
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Figura 86 – Projeto Fonte – Construtora Sequencia
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto neste trabalho podemos tecer algumas conclusões sobre o
método construtivo light steel framing:
- atualmente a preocupação com impacto ambiental e utilização sustentável de recursos
faz do aço e do método LSF uma opção promissora em função da economia energética,
do menor consumo de matérias-primas e da diminuição na geração de detritos.
Percebe-se que a montagem da estrutura deste sistema se encaixa perfeitamente no
conceito de construção seca e industrializada, pois não há utilização de concreto ou
argamassa.
- a maior velocidade na execução da obra condiz com o atual crescimento do setor da
construção civil e na preocupação em reduzir custos. Alémdisso haverá um ganho
adicional pela ocupação antecipada do imóvel e na rapidez do retorno do capital
investido.
- com relação ao custo das estruturas de aço em alguns casos á maior do que os ditos
convencionais, porém estes sistemas industrializados são concebidos para resultar em
vantagens para o conjunto da obra, que podem facilmente reverter o custo final da obra,
mesmo que o custo específico do aço tenha sido maior.
Ainda que as vantagens deste sistema sejam evidentes, a construção civil
nacional ainda é predominantemente artesanal por questões histórico-culturais e ainda
há uma carência de informações sobre os princípios de execução e montagem deste
99 método. Todo este panorama dificulta a análise da viabilidade econômica relativa à sua
adoção e a comparação com outros sistemas.
Há problema ainda na formação universitária deficiente de engenheiros inaptos a
trabalhar com estruturas metálicas. O engenheiro sabe usar, calcular e produzir com o
concreto mas geralmente não tem quase nenhuma informação sobre estrutura metálica
devido a pouca informação nas universidades. Sugere-se desta formaa inclusão de
disciplinas no currículo que supram esta deficiência.
A construção em aço e suas diversas aplicações com o uso de sistemas
industrializados são alternativas que garantem a evolução do conceito de qualidade,
racionalidade e economia no processo da construção civil no Brasil.
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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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101 GIOCCHI, L. Use corretamente o gesso acartonado . PINI, ago. 2003. Disponível em http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/use-corretamente-o-gesso-acartonado-80141-1.asp . Acesso em 08 de Agosto de 2011.