Lei n. 424 - REGIME JURIDICO UNICOcamarapiratini.rs.gov.br/arquivos/legislacao/regime... · 2016....

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Atualizado até a Lei n. 1.431, de 12 de julho de 2013 ÍNDICE SISTEMÁTICO Matéria artigos Título I - Disposições preliminares ...................................................... 1º a 6º Título II - Do provimento e da vacância Capítulo I - Do provimento Seção I - Disposições gerais ............................................................... 7º e 8º Seção II - Do concurso público ............................................................9º a 11 Seção III - Da nomeação .....................................................................12 a 13 Seção IV - Da posse e do exercício.......................................................14 a 19 Seção V - Da estabilidade ....................................................................20 a 22 Seção VI - Da recondução ....................................................................23 Seção VII- Da readaptação ...................................................................24 Seção VIII - Da reversão ......................................................................25 a 28 Seção IX - Da reintegração ................................................................ 29 Seção X - Da disponibilidade e do aproveitamento........................... 30 a 33 Seção XI - Da promoção .................................................................... 34 Capítulo II - Da vacância .....................................................................35 a 38 Título III - Das mutações funcionais Capítulo I - Da substituição ...............................................................39 e 40 Capítulo II - Da remoção ....................................................................41 a 43 Capítulo III - Do exercício de função de confiança .............................44 a 52 Título IV - Do regime de trabalho Capítulo I - Do horário e do ponto ..................................................... 53 a 56 Capítulo II - Do serviço extraordinário .............................................. 57 a 59 Capítulo III - Do repouso semanal ....................................................... 60 a 62 Título V - Dos direitos e das vantagens Capítulo I - Do vencimento e da remuneração ...................................63 e 71 Capítulo II - Das vantagens ................................................................. 72 e 73 Seção I - Das indenizações .................................................................74 Subseção I - Das diárias ....................................................................75 a 77 Subseção II - Da ajuda de custo ........................................................78 e 79 Subseção III - Do transporte ...............................................................80 Seção II - Das gratificações e adicionais ............................................81 Subseção I - Da gratificação natalina ..............................................82 a 85 Subseção II - Do adicional por tempo de serviço .............................86 Subseção III - Dos adicionais de penosidade, insalubridade e pericu- losidade..............................................................................................87 a 91 Subseção IV - Do adicional noturno.................................................92 Seção III - Do prêmio por assiduidade .............................................93 a 100 Seção IV - Do auxílio para diferença de caixa..................................101 Capítulo III - Das férias Seção I - Do direito a férias e da sua duração.................................102 a 106

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  • Atualizado até a Lei n. 1.431, de 12 de julho de 2013 ÍNDICE SISTEMÁTICO

    Matéria artigos Título I - Disposições preliminares ...................................................... 1º a 6º Título II - Do provimento e da vacância Capítulo I - Do provimento Seção I - Disposições gerais ............................................................... 7º e 8º Seção II - Do concurso público ............................................................9º a 11 Seção III - Da nomeação .....................................................................12 a 13 Seção IV - Da posse e do exercício.......................................................14 a 19 Seção V - Da estabilidade ....................................................................20 a 22 Seção VI - Da recondução ....................................................................23 Seção VII- Da readaptação ...................................................................24 Seção VIII - Da reversão ......................................................................25 a 28 Seção IX - Da reintegração ................................................................ 29 Seção X - Da disponibilidade e do aproveitamento........................... 30 a 33 Seção XI - Da promoção .................................................................... 34 Capítulo II - Da vacância .....................................................................35 a 38 Título III - Das mutações funcionais Capítulo I - Da substituição ...............................................................39 e 40 Capítulo II - Da remoção ....................................................................41 a 43 Capítulo III - Do exercício de função de confiança .............................44 a 52 Título IV - Do regime de trabalho Capítulo I - Do horário e do ponto ..................................................... 53 a 56 Capítulo II - Do serviço extraordinário .............................................. 57 a 59 Capítulo III - Do repouso semanal ....................................................... 60 a 62 Título V - Dos direitos e das vantagens Capítulo I - Do vencimento e da remuneração ...................................63 e 71 Capítulo II - Das vantagens ................................................................. 72 e 73 Seção I - Das indenizações .................................................................74 Subseção I - Das diárias ....................................................................75 a 77 Subseção II - Da ajuda de custo ........................................................78 e 79 Subseção III - Do transporte ...............................................................80 Seção II - Das gratificações e adicionais ............................................81 Subseção I - Da gratificação natalina ..............................................82 a 85 Subseção II - Do adicional por tempo de serviço .............................86 Subseção III - Dos adicionais de penosidade, insalubridade e pericu- losidade..............................................................................................87 a 91 Subseção IV - Do adicional noturno.................................................92 Seção III - Do prêmio por assiduidade .............................................93 a 100 Seção IV - Do auxílio para diferença de caixa..................................101 Capítulo III - Das férias Seção I - Do direito a férias e da sua duração.................................102 a 106

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    Seção II - Da concessão e do gozo das férias ................................107 a 109 Seção III - Da remuneração das férias ............................................110 Seção IV - Dos efeitos na exoneração, no falecimento e na aposen- tadoria..............................................................................................111 Capítulo IV - Das licenças Seção I - Disposições gerais ...........................................................112 Seção II - Da licença por motivo de doença em pessoa da famili-a....................................................................................113 Seção III - Da licença para serviço militar ..................................114 Seção IV - Da licença para concorrer a cargo eletivo .................115 Seção V - Da licença para tratar de interesses particulares ........116 Seção VI - Da licença para desempenho de mandato classista ...117 Capítulo V - Do afastamento para servir a outro órgão ou entida- de.............................................................................118 Capítulo VI - Das concessões ...................................................119 e 120 Capítulo VII - Do tempo de serviço ...........................................121 a 126 Capítulo VIII - Do direito de petição ..........................................127 a 133 Título VI - Do regime disciplinar Capítulo I - Dos deveres..........................................................134 Capítulo II - Das proibições .....................................................135 a 136 Capítulo III - Da acumulação ....................................................137 Capítulo IV - Das responsabilidades .........................................138 a 143 Capítulo V - Das penalidades ...................................................144 a 161 Capítulo VI - Do processo disciplinar em geral Seção I - Disposições preliminares.............................................162 a 163 Seção II - Da suspensão preventiva.............................................164 a 165 Seção III - Da sindicância ............................................................166 a 168 Seção IV - Do processo administrativo disciplinar.......................169 a 190 Seção V - Da revisão do processo ...............................................191 a 195 Título VII - Da seguridade social do servidor Capítulo I - Disposições gerais ..................................................196 a 198 Capítulo II - Dos benefícios Seção I - Da aposentadoria .......................................................199 a 207 Seção II - Do salário-família .....................................................208 a 210 Seção III - Da licença para tratamento de saúde .........................211 a 215 Seção IV - Da licença gestante, adotante e paternidade...............216 a 220 Seção V - Da pensão por morte ...................................................221 a 229 Seção VI - Do auxílio-reclusão ......................................................230 a 231 Capítulo III - Do custeio ..............................................................232 a 235 Título VIII - Da contratação temporária de excepcional interes- se público.........................................................................................236 a 240 Título IX - Das disposições gerais, transitórias e finais Capítulo I - Disposições gerais........................................................241 a 244 Capítulo II - Disposições transitórias e finais ................................245 a 252

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    LEI N. 424/2002

    DISPÕE SOBRE O REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

    ARIOVALDO DA ROCHA GOULARTE, Prefeito Municipal de Piratini, em exercício, Estado do Rio Grande do Sul. FAÇO saber que a CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte LEI:

    TÍTULO I

    DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

    Art. 1º - Esta Lei institui o regime jurídico dos servidores públi-cos do Município de Piratini. Art. 2º - Para os efeitos desta Lei servidor público é a pessoa le-galmente investida em cargo público. Art. 3º - Cargo público é o criado em lei, em número certo, com denominação própria, remunerado pelos cofres municipais, ao qual corres-ponde um conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a servidor público. Parágrafo único - Os cargos públicos serão de provimento efeti-vo ou em comissão. Art. 4º - A investidura em cargo público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e e-xoneração. § 1º - A investidura em cargo do magistério municipal será por concurso de provas e títulos. § 2º - Somente poderão ser criados cargos de provimento em co-missão para atender encargos de direção, chefia ou assessoramento. Art. 5º - Função gratificada é a instituída por lei para atender a encargos de direção, chefia ou assessoramento, observados os requisitos para o exercício. Art. 6º - É vedado cometer ao servidor atribuições diversas das de seu cargo, exceto encargos de direção, chefia ou assessoramento e comis-sões legais.

    TÍTULO II DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA

    CAPÍTULO I

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    DO PROVIMENTO SEÇÃO I

    Disposições Gerais

    Art. 7º - São requisitos básicos para ingresso no serviço público municipal: I - ser brasileiro; II - ter idade mínima de dezoito anos; III - estar quite com as obrigações militares e eleitorais; IV- gozar de boa saúde física e mental, comprovada mediante exame médico; V - ter atendido a outras condições prescritas em lei. Art. 8º - Os cargos públicos serão providos por: I - nomeação; II - recondução; III - readaptação; IV - reversão; V - reintegração; VI - aproveitamento.

    SEÇÃO II Do concurso público

    Art. 9º - As normas gerais para realização de concurso serão es-tabelecidas em regulamento. Parágrafo único - Além das normas gerais, os concursos serão regidos por instruções especiais, constantes no edital, que deverão ser expedi-das pelo órgão competente, com ampla publicidade. Art. 10 - Os limites de idade para inscrição em concurso público serão fixados em lei, de acordo com a natureza e a complexidade de cada car-go. Parágrafo único - O candidato deverá comprovar que, na data de encerramento das inscrições, atingiu a idade mínima e não ultrapassou a idade máxima fixada para o recrutamento, bem como preencheu todos os re-quisitos constantes na lei e no edital. Art. 11 - O prazo de validade do concurso será de até dois anos, prorrogável, uma vez, por igual prazo.

    SEÇÃO III

    Da nomeação Art. 12 - A nomeação é o ato de investidura em cargo público e será feita:

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    I - em comissão, quando se tratar de cargo que, em virtude de lei, assim deva ser provido; II - em caráter efetivo, nos demais casos. Art. 13 - A nomeação em caráter efetivo obedecerá à ordem de classificação obtida pelos candidatos no concurso público.

    SEÇÃO IV

    Da posse e do exercício

    Art. 14 - Posse é a aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo público, com o compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura de termo pela autoridade competente e pelo nomeado. § 1º - A posse dar-se-á no prazo de até dez dias contados da data de publicação do ato de nomeação, podendo, a pedido, ser prorrogado por i-gual período. § 2º - No ato da posse o nomeado apresentará, obrigatoriamente, declaração sobre o exercício de outro cargo, emprego ou função pública e, nos casos que a lei indicar, declaração de bens e valores que constituam seu pa-trimônio. Art. 15 - Exercício é o desempenho das atribuições do cargo pelo servidor. § 1º - É de cinco dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse. § 2º - Será tornado sem efeito o ato de nomeação, se não ocorrer a posse ou o exercício, nos prazos legais. § 3º - O exercício deve ser dado pelo chefe da repartição para a qual o servidor for designado. Art. 16 - Nos casos de reintegração, reversão e aproveitamento, o prazo de que trata o § 1º do artigo anterior será contado da data da publicação do ato. Art. 17 - A promoção, a readaptação e a recondução, não inter-rompem o exercício. Art. 18 - O início, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor. Parágrafo único - Ao entrar em exercício o nomeado apresenta-rá, ao órgão de pessoal, os elementos necessários ao assentamento individual. Art. 19 - O nomeado que, por prescrição legal, deva prestar cau-ção como garantia, não poderá entrar em exercício sem prévia satisfação des-sa exigência. § 1º - A caução poderá ser feita por uma das modalidades seguin-tes: I - depósito em moeda corrente; II - garantia hipotecária;

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    III - título de dívida pública; IV - seguro fidelidade funcional, emitido por instituição legal-mente autorizada. § 2º - No caso de seguro, as contribuições referentes ao prêmio serão descontadas do servidor segurado, em folha de pagamento. § 3º - Não poderá ser autorizado o levantamento da caução antes de tomadas as contas do servidor. § 4º - O responsável por alcance ou desvio de material não ficará isento da ação administrativa, cível e criminal, ainda que o valor da caução seja superior ao montante do prejuízo causado.

    SEÇÃO V Da estabilidade

    Art. 20 - O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público adquire estabilidade após três (03) anos de efetivo exercício. Parágrafo único - O servidor estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegu-rada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempe-nho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. Art. 21 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 36 (trinta e seis) meses, durante o qual a sua aptidão, capacidade e desempenho serão objeto de avaliação por Comissão Especial designada para esse fim, com vista à aquisição da estabilidade, observados os seguintes quesitos: I - assiduidade; II - pontualidade; III - disciplina; IV - eficiência; V - responsabilidade; VI - relacionamento. § 1º - É condição para a aquisição da estabilidade a avaliação do desempenho no estágio probatório nos termos deste artigo. § 2º - A avaliação será realizada por trimestre e a cada uma cor-responderá um competente boletim, sendo que cada servidor será avaliado no efetivo exercício do cargo para o qual foi nomeado. § 3º - Somente os afastamentos decorrentes do gozo de férias le- gais não prejudicam a avaliação do trimestre. § 4º - Quando os afastamentos, no período considerado, forem superiores a trinta dias, a avaliação do estágio probatório ficará suspensa até o retorno do servidor ao exercício de suas atribuições, retomando-se a contagem

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    do tempo anterior para efeito do trimestre. § 5º - Três meses antes de findo o período de estágio probatório, a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispu-ser a lei ou regulamento, será submetida à homologação da autoridade compe-tente, sem prejuízo da continuidade de apuração dos quesitos enumerados nos incisos I a VI do “caput” deste artigo. § 6º - Em todo o processo de avaliação, o servidor deverá ter vis-ta de cada boletim de estágio, podendo se manifestar sobre os itens avaliados pela(s) respectiva(s) chefia(s), devendo apor sua assinatura. § 7º - O servidor que não preencher alguns dos requisitos do es-tágio probatório deverá receber orientação adequada para que possa corrigir as deficiências. § 8º - Verificado, em qualquer fase do estágio, resultado insatisfa-tório por três avaliações consecutivas, será processada a exoneração do servi-dor. § 9º - Sempre que se concluir pela exoneração do estagiário, ser-lhe-á assegurada vista do processo, pelo prazo de cinco dias úteis, para apre-sentar defesa e indicar as provas que pretenda produzir. § 10 - A defesa, quando apresentada, será apreciada em relatório conclusivo, por comissão especialmente designada pelo Prefeito, podendo, também, serem determinadas diligências e ouvidas testemunhas. § 11 - O servidor não aprovado no estágio probatório será exone-rado e reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, se era estável, observa- dos os dispositivos pertinentes. § 12 - O estagiário, quando convocado, deverá participar de todo e qualquer curso específico referente às atividades de seu cargo. Art. 22 - Nos casos de cometimento de falta disciplinar, inclusi-ve durante o primeiro e o último trimestre, o estagiário terá a sua responsabi-lidade apurada através de sindicância ou processo administrativo disciplinar, observadas as normas estatutárias, independente da continuidade da apuração do estágio probatório pela Comissão Especial.

    SEÇÃO VI Da recondução

    Art. 23 - Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado. § 1º - A recondução decorrerá de: a - falta de capacidade e eficiência no exercício de outro cargo de provimento efetivo ou b - reintegração do anterior ocupante. § 2º - A hipótese de recondução de que trata a alínea “a” do pará-grafo anterior, será apurada nos termos dos parágrafos do art. 21 e somente poderá ocorrer no prazo do estágio probatório em outro cargo.

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    § 3º - Inexistindo vaga, serão cometidas ao servidor as atribui-ções do cargo de origem, assegurados os direitos e vantagens decorrentes, até o regular provimento.

    SEÇÃO VII

    Da readaptação Art. 24 - Readaptação é a investidura do servidor efetivo em car-go de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica. § 1º - A readaptação será efetivada em cargo de igual padrão de vencimento ou inferior. § 2º - Realizando-se a readaptação em cargo de padrão inferior, ficará assegurado ao servidor vencimento correspondente ao cargo que ocu-pava. § 3º - Inexistindo vaga, serão cometidas ao servidor as atribui-ções do cargo indicado, até o regular provimento.

    SEÇÃO VIII Da reversão

    Art. 25 - Reversão é o retorno do servidor aposentado por invali-dez à atividade no serviço público municipal, verificado, em processo, que não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria. § 1º - A reversão far-se-á a pedido ou de ofício, condicionada sempre à existência de vaga. § 2º - Em nenhum caso poderá efetuar-se a reversão sem que, mediante inspeção médica, fique provada a capacidade para o exercício do cargo. § 3º - Somente poderá ocorrer reversão para cargo anteriormente ocupado ou, se transformado, no resultante da transformação. Art. 26 - Será tornada sem efeito a reversão e cassada a aposen-tadoria do servidor que, dentro do prazo legal, não entrar no exercício do car-go para o qual haja sido revertido, salvo motivo de força maior, devidamente comprovado. Art. 27 - Não poderá reverter o servidor que contar setenta anos de idade. Art. 28 - A reversão dará direito à contagem do tempo em que o servidor esteve aposentado, exclusivamente para nova aposentadoria.

    SEÇÃO IX Da reintegração

    Art. 29 - Reintegração é a investidura do servidor estável no car-

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    go anteriormente ocupado, quando invalidada a sua demissão por decisão ju-dicial, com ressarcimento de todas as vantagens determinadas na sentença. Parágrafo único - Reintegrado o servidor e não existindo vaga, aquele que houver ocupado o cargo será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilida-de.

    SEÇÃO X Da disponibilidade e do aproveitamento

    Art. 30 - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. Art. 31 - O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento em cargo equivalente por sua natureza e retribuição àquele de que era titular. Parágrafo único - No aproveitamento terá preferência o servidor que estiver há mais tempo em disponibilidade e, no caso de empate, o que contar mais tempo de serviço público municipal. Art. 32 - O aproveitamento de servidor que se encontrar em dis-ponibilidade há mais de doze meses dependerá de prévia comprovação de sua capacidade física e mental, por junta médica oficial. Parágrafo único - Verificada a incapacidade definitiva, o servi-dor em disponibilidade será aposentado. Art. 33 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, contado da publicação do ato de aproveitamento, salvo doença comprovada por inspe-ção médica.

    SEÇÃO XI

    Da promoção

    Art. 34 - As promoções obedecerão às regras estabelecidas na lei que dispuser sobre os planos de carreira dos servidores municipais.

    CAPÍTULO II DA VACÂNCIA

    Art. 35 - A vacância do cargo decorrerá de: I - exoneração; II - demissão; III - readaptação; IV - recondução; V - aposentadoria;

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    VI - falecimento. Art. 36 - Dar-se-á a exoneração: I - a pedido; II - de ofício quando: a - se tratar de cargo em comissão; b - de servidor não estável nas hipóteses do art. 21, desta Lei; c) ocorrer posse de servidor não estável em outro cargo inacu-mulável, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 150 desta Lei. Art. 37 - A abertura de vaga ocorrerá na data da publicação da lei que criar o cargo ou do ato que formalizar qualquer das hipóteses previstas no art. 35. Art. 38 - A vacância de função gratificada dar-se-á por dispensa, a pedido ou de ofício, ou por destituição. Parágrafo único - A destituição será aplicada como penalidade, nos casos previstos nesta Lei.

    TÍTULO III

    DAS MUTAÇÕES FUNCIONAIS CAPÍTULO I

    DA SUBSTITUIÇÃO Art. 39 - Dar-se-á a substituição de titular de cargo em comissão ou de função gratificada durante o seu impedimento legal. § 1º - Poderá ser organizada e publicada no mês de janeiro a rela-ção de substitutos para o ano todo. § 2º - Na falta dessa relação, a designação será feita em cada ca-so. Art. 40 - O substituto fará jus ao vencimento do cargo em comis-são ou do valor da função gratificada, se a substituição ocorrer por prazo su-perior a sete dias.

    CAPÍTULO II DA REMOÇÃO

    Art. 41 - Remoção é o deslocamento do servidor de uma para outra repartição. § 1º - A remoção poderá ocorrer: I - a pedido, atendida a conveniência do serviço; II - de ofício, no interesse da administração. Art. 42 - A remoção será feita por ato da autoridade competente. Art. 43 - A remoção por permuta será precedida de requerimento firmado por ambos os interessados.

    CAPÍTULO III

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    DO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE CONFIANÇA

    Art. 44 - A função de confiança a ser exercida exclusivamente por servidor público efetivo, poderá ocorrer sob a forma de função gratifica-da. Art. 45 - A função de confiança é instituída por lei para atender atribuições de direção, chefia e assessoramento, que não justifiquem o provi-mento por cargo em comissão. Parágrafo único - A função gratificada poderá também ser cria-da em paralelo com o cargo em comissão, como forma alternativa de provi-mento da posição de confiança, hipótese em que o valor da mesma não poderá ser superior a cinqüenta por cento do vencimento do cargo em comissão. Art. 46 - A designação para o exercício da função gratificada, que nunca será cumulativa com o cargo em comissão, será feita por ato ex-presso da autoridade competente. Art. 47 - O valor da função gratificada será percebido cumulati-vamente com o vencimento do cargo de provimento efetivo. Art. 48 - O valor da função gratificada continuará sendo percebi-do pelo servidor que, sendo seu ocupante, estiver ausente em virtude de férias, casamento, licença para tratamento de saúde, luto, licença à gestante ou pater-nidade, serviços obrigatórios por lei ou atribuições decorrentes de seu cargo ou função. Art. 49 - Será tornada sem efeito a designação do servidor que não entrar no exercício da função gratificada no prazo de dois dias a contar da publicação do ato de investidura. Art. 50 - O provimento de função gratificada poderá recair tam-bém em servidor ocupante de cargo efetivo de outra entidade pública posto à disposição do Município sem prejuízo de seus vencimentos. Art. 51 - É facultado ao servidor efetivo do Município, quando indicado para o exercício de cargo em comissão, optar pelo provimento sob a forma de função gratificada correspondente. Art. 52 - A lei indicará os casos e condições em que os cargos em comissão serão exercidos preferencialmente por servidores ocupantes de car-gos de provimento efetivo.

    TÍTULO IV DO REGIME DO TRABALHO

    CAPÍTULO I DO HORÁRIO E DO PONTO

    Art. 53 - O Prefeito determinará, quando não estabelecido em lei ou regulamento, o horário de expediente das repartições. Art. 54 - O horário normal de trabalho de cada cargo ou função é o estabelecido na legislação específica, não podendo ser superior a oito horas

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    diárias e a quarenta e quatro horas semanais. Parágrafo Único – Os servidores públicos municipais que tive-rem filhos com deficiência física, sensorial ou mental, terão sua jornada de trabalho reduzida em duas horas diárias, sem prejuízo dos vencimentos e van-tagens. I - no caso de pai e mãe de deficiente serem servidores públicos, será estendido o benefício apenas a um deles. Art. 55 - Atendendo à conveniência ou à necessidade do serviço, e mediante acordo escrito, poderá ser instituído sistema de compensação de horário, hipótese em que a jornada diária poderá ser superior a oito horas, sendo o excesso de horas compensado pela correspondente diminuição em outro dia, observada sempre a jornada máxima semanal. Art. 56 - A freqüência do servidor será controlada: I - pelo ponto; II - pela forma determinada em regulamento, quanto aos servido-res não sujeitos ao ponto. § 1º - Ponto é o registro, mecânico ou não, que assinala o compa-recimento do servidor ao serviço e pelo qual se verifica, diariamente, a sua entrada e saída. § 2º - Salvo nos casos do inciso II deste artigo, é vedado dispen-sar o servidor do registro do ponto e abonar faltas ao serviço.

    CAPÍTULO II DO SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO

    Art. 57 - A prestação de serviços extraordinários só poderá ocor-rer por expressa determinação da autoridade competente, mediante solicitação fundamentada do chefe da repartição, ou de ofício. § 1º - O serviço extraordinário será remunerado por hora de tra-balho que exceda o período normal, com acréscimo de cinqüenta por cento em relação à hora normal. § 2º - Salvo nos casos excepcionais, devidamente justificados, não poderá o trabalho em horário extraordinário exceder a duas horas diárias. Art. 58 - O serviço extraordinário, excepcionalmente, poderá ser realizado sob a forma de plantões para assegurar o funcionamento dos servi-ços municipais ininterruptos. Parágrafo único - O plantão extraordinário visa a substituição do plantonista titular legalmente afastado ou em falta ao serviço. Art. 59 - O exercício de cargo em comissão ou de função gratifi-cada, não sujeito ao controle de ponto, exclui a remuneração por serviço ex-traordinário.

    CAPÍTULO III DO REPOUSO SEMANAL

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    Art. 60 - O servidor terá direito a repouso remunerado, num dia de cada semana, preferencialmente aos domingos, bem como nos dias feria-dos civis e religiosos. § 1º - A remuneração do dia de repouso corresponderá a um dia normal de trabalho. § 2º - Na hipótese de servidores com remuneração por produção, peça ou tarefa, o valor do repouso corresponderá ao total da produção da se-mana, dividido pelos dias úteis da mesma semana. § 3º - Consideram-se já remunerados os dias de repouso semanal do servidor mensalista ou quinzenalista, cujo vencimento remunere trinta ou quinze dias, respectivamente. Art. 61 - Perderá a remuneração do repouso o servidor que tiver faltado, sem motivo justificado, ao serviço durante a semana, mesmo que em apenas um turno. Parágrafo único - São motivos justificados as concessões, licen-ças e afastamentos previstos em lei, nas quais o servidor continuará com direi-to ao vencimento normal, como se em exercício estivesse. Art. 62 - Nos serviços públicos ininterruptos poderá ser exigido o trabalho nos dias feriados civis e religiosos, hipótese em que as horas traba-lhadas serão pagas com acréscimo de cinqüenta por cento, salvo a concessão de outro dia de folga compensatória.

    TÍTULO V DOS DIREITOS E VANTAGENS

    CAPÍTULO I DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO

    Art. 63 - Vencimento é a retribuição paga ao servidor pelo efeti-vo exercício do cargo, correspondente ao valor básico, fixado em lei. Art. 64 - Remuneração é o vencimento acrescido das vantagens permanentes, estabelecidas em lei. Art. 65 - Nenhum servidor poderá perceber mensalmente, a título de remuneração ou subsídio, importância maior do que a fixada como limite pela Constituição Federal, e sua interpretação, segundo o Supremo Tribunal Federal. Art. 66 - Excluem-se do teto de remuneração previsto no art. 65 as diárias de viagem, o prêmio por assiduidade, o auxílio para diferença de caixa e o acréscimo constitucional de 1/3 de férias. Art. 67 - A lei fixará a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores municipais. Art. 68 - O servidor perderá: I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço, bem como dos dias de repouso da respectiva semana, sem prejuízo da penalidade dis-

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    ciplinar cabível; II - a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas, iguais ou superiores a trinta minutos, sem prejuízo da penalidade disciplinar cabível; III - metade da remuneração na hipótese prevista no parágrafo único do art. 148. Art. 69 - Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, ne-nhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. Parágrafo único - Mediante autorização do servidor, poderá ha-ver consignação em folha de pagamento em favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, até o limite de trinta por cento da remuneração. Art. 70 - As reposições devidas por servidor à Fazenda Munici-pal poderão ser feitas em parcelas mensais, com juros e correção monetária, e mediante desconto em folha de pagamento. § 1º - O valor de cada parcela não poderá exceder a vinte por cento da remuneração do servidor. § 2º - O servidor será obrigado a repor, de uma só vez, a impor-tância do prejuízo causado a Fazenda Municipal em virtude de alcance, des-falque, ou omissão de efetuar o recolhimento ou entradas nos prazos legais. Art. 71 - O servidor em débito com o Erário, que for demitido, exonerado, destituído do cargo em comissão, ou que tiver a sua disponibilida-de cassada, terá de repor a quantia de uma só vez. Parágrafo único - A não quitação de débito implicará em sua inscrição em dívida ativa e cobrança judicial.

    CAPÍTULO II

    DAS VANTAGENS Art. 72 - Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: I - indenização; II - gratificações e adicionais; III - prêmio por assiduidade; IV - auxílio para diferença de caixa. § 1º - As indenizações não se incorporam ao vencimento ou pro-vento para qualquer efeito. § 2º - As gratificações, os adicionais, os prêmios e os auxílios incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei específica. Art. 73 - Os acréscimos pecuniários não serão computados nem acumulados para fim de concessão de acréscimos ulteriores.

    SEÇÃO I

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    Das indenizações

    Art. 74 - Constituem indenizações ao servidor: I - diárias; II - ajuda de custo; III - transporte.

    Subseção I Das diárias

    Art. 75 - Ao servidor que, por determinação da autoridade com-petente, se deslocar eventual ou transitoriamente do Município, no desempe-nho de suas atribuições, ou em missão ou estudo de interesse da administra-ção, serão concedidas, além do transporte, diárias para cobrir as despesas de alimentação, pousada e locomoção urbana. § 1º - Nos casos em que o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, mas exija pelo menos duas refeições, as diárias serão pagas por me-tade. § 2º - Quando o deslocamento exigir apenas uma refeição fora da sede, será indenizada esta, mediante comprovação. § 3º - Nos deslocamentos para a capital do Estado, e para fora deste, as diárias serão acrescidas, respectivamente, de vinte e cinco por cento e cinqüenta por cento. § 4º - O valor das diárias será estabelecido em lei. Art. 76 - Se o deslocamento do servidor constituir exigência permanente do cargo, não fará jus a diárias. Art. 77 - O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, ficará obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de três dias. Parágrafo único - Na hipótese de o servidor retornar ao Municí-pio em prazo menor do que o previsto para seu afastamento, restituirá as diá-rias recebidas em excesso, em igual prazo.

    Subseção II Da ajuda de custo

    Art. 78 - A ajuda de custo destina-se a cobrir as despesas com alimentação dos servidores em serviço no interior do município. § 1º - Aos servidores que, por motivo de serviço, tenham de per-noitar em acampamento, no interior do município, será concedida ajuda de custo no valor de R$ 8,00 (oito reais), por dia trabalhado. §1º- Aos servidores que, por motivo de serviço, tenham de per-noitar em acampamento, no interior do Município, será concedida ajuda de custo no valor de R$ 30,00 (trinta reais), por pernoite. (nova redação dada pe-

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    la Lei n. 1.431, de 12 de julho de 2013) § 2º - Os servidores que trabalham no interior do município du-rante o dia, pernoitando em suas residências, perceberão ajuda de custo no valor de R$ 4,03 (quatro reais e três centavos), por dia trabalhado. §2º- Os servidores que trabalham no interior do Município duran-te o dia, pernoitando em suas residências, perceberão ajuda de custo no valor de R$ 20,00 (vinte reais), por dia de trabalho. (nova redação dada pela Lei n. 1.431, de 12 de julho de 2013) § 3º - A concessão da ajuda de custo dependerá de prévia solici-tação do Secretário responsável pela execução do serviço à Secretaria Muni-cipal da Administração, devendo constar a relação dos servidores que traba-lham no interior, o número de dias trabalhados, com ou sem pernoite. § 4º - Na solicitação de que trata o parágrafo anterior, o período trabalhado no interior será considerado a contar do décimo-quinto dia do mês anterior até o décimo-quarto dia do mês do pagamento, e deverá ser entregue na Secretaria Municipal da Administração, para efeito de inclusão na folha, até o vigésimo dia de cada mês. Art. 79 – A ajuda de custo não poderá exceder o dobro do venci-mento do servidor.

    Subseção III Do transporte

    Art. 80 - Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, nos termos de lei específica. § 1º - Somente fará jus à indenização de transporte pelo seu valor integral, o servidor que, no mês, haja efetivamente realizado serviço externo, durante pelo menos vinte dias. § 2º - Se o número de dias de serviço externo for inferior ao pre-visto no parágrafo anterior, a indenização será devida na proporção de um vinte avos por dia de realização do serviço.

    SEÇÃO II Das gratificações e adicionais

    Art. 81 - Constituem gratificações e adicionais dos servidores municipais: I - gratificação natalina; II - adicional por tempo de serviço; III - adicional pelo exercício de atividades em condições peno-sas, insalubres ou perigosas; IV - adicional noturno.

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    Subseção I

    Da gratificação natalina Art. 82 - A gratificação natalina corresponderá a um doze avos da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício, no respectivo ano. § 1º - As vantagens que não mais estejam sendo percebidas no momento da concessão da gratificação natalina, serão computadas proporcio-nalmente aos meses de exercícios nos meses considerados na razão de um do-ze avos (1/12) de seu valor vigente em dezembro, por mês de exercício que o servidor percebeu a vantagem. § 2º - A fração igual ou superior a quinze dias de exercício no mesmo mês será considerada como mês integral. Art. 83 - A gratificação natalina será paga até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano. Parágrafo único - Entre os meses de maio e novembro de cada ano, o Município pagará, como adiantamento da gratificação referida, de uma só vez, metade da remuneração percebida no mês anterior. Art. 84 - Em caso de exoneração, falecimento ou aposentadoria do servidor, a gratificação natalina será devida proporcionalmente aos meses de efetivo exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração, falecimento ou aposentadoria. Art. 85 - A gratificação natalina não será considerada para cálcu-lo de qualquer vantagem pecuniária.

    Subseção II Do adicional por tempo de serviço

    Art. 86 - O servidor fará jus aos seguintes adicionais por tempo de serviços prestados ao município: I - de 15% (quinze por cento), ao computar 15 (quinze) anos de serviço público, incidente sobre o vencimento da classe; II - de 25% (vinte e cinco por cento), ao computar 25 (vinte e cinco) anos de serviço público, incidente sobre o vencimento da classe; III - de 6% (seis por cento) a cada três anos ininterruptos de ser-viços, denominado avanço, incidente sobre o vencimento da classe. § 1º - Para fazer jus ao avanço, o servidor não poderá, no triênio aquisitivo: a - ter sofrido punição disciplinar de advertência ou suspensão; b - ter faltado ao serviço por mais de três dias, sem justificação; c - ter gozado licença para tratar de assuntos particulares. § 2º - Os adicionais previstos nos incisos I, II e III deste artigo serão concedidos mediante requerimento da parte interessada.

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    § 3º - Computar-se-á para a vantagem o tempo de serviço anteri-ormente prestado ao Município, sob qualquer forma de ingresso, desde que sem solução de continuidade com o atual. § 4º - Os adicionais previstos nos incisos I e II deste artigo, não serão cumuláveis, cessando o 1º ao ser implementado o 2º. (acrescido pela Lei nº 778/2006)

    Subseção III Dos adicionais de penosidade, insalubridade e periculosidade

    Art. 87 - Os servidores que executarem atividades penosas ou perigosas, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo; os que exe-cutem atividades insalubres, perceberão um adicional sobre o padrão 01, clas-se A, dos cargos de provimento efetivo do Município. Parágrafo único - As atividades penosas, insalubres ou perigo-sas serão definidas em lei própria. Art. 88 - O exercício de atividade em condições de insalubridade assegura ao servidor a percepção de um adicional, respectivamente, de qua-renta, vinte ou dez por cento, segundo a classificação nos graus máximo, mé-dio ou mínimo. (atividades definidas pela Lei nº 451/2002) Art. 89 - Os adicionais de periculosidade e de penosidade serão, respectivamente, de trinta e vinte por cento, do vencimento básico. Art. 90 - Os adicionais de penosidade, insalubridade e periculo-sidade não são acumuláveis, cabendo ao servidor optar por um deles, quando for o caso. Art. 91 - O direito ao adicional de penosidade, insalubridade ou periculosidade, cessará com a eliminação das condições ou dos riscos que de-ram causa a sua concessão, sendo sua concessão ou eliminação precedidas de laudo pericial, realizado por Médico ou Engenheiro do Trabalho.

    Subseção IV Do adicional noturno

    Art. 92 - O servidor que prestar trabalho noturno fará jus a um adicional de 20% sobre o vencimento do cargo. § 1º - Considera-se trabalho noturno, para efeito deste artigo, o executado entre as 22 horas de um dia e as 05 horas do dia seguinte. § 2º - Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, o adicional será pago proporcionalmente às ho-ras de trabalho noturno.

    SEÇÃO III

    Do prêmio por assiduidade

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    Art. 93 - Ao servidor será concedido licença-prêmio de três (03) meses, com todos os direitos do seu cargo após cada qüinqüênio de efetivo exercício público ininterruptos, prestado ao Município, com revelada assidui-dade, podendo a mesma ser gozada ou convertida em pecúnia. § 1º - A licença-prêmio convertida em pecúnia de que trata o “caput” deste artigo, somente será concedida com anuência do servidor e nos casos em que a continuidade deste no efetivo exercício de suas atribuições for indispensável à Administração, houver disponibilidade de recursos para o pa-gamento, e os gastos com a remuneração de pessoal, não ultrapassar os limites orçamentários de despesas com pessoal, fixados pela Lei Complementar n. 96 de 31 de maio de 1999. § 2º - A base de cálculo da licença-prêmio convertida em pecúnia será o valor do vencimento básico do servidor, acrescido da classe. § 3º - Para fins de concessões de licença-Prêmio, somente será computado o tempo de serviço prestado ao Município. § 4º - O tempo de serviço público municipal anterior a promul-gação desta Lei, será computado normalmente para aquisição do direito da licença-prêmio. Art. 94 - O requerimento da licença-prêmio será para gozo ou conversão em pecúnia por inteiro ou parcelado. § 1º - A licença-Prêmio requerida parcelada para gozo ou conver-são em pecúnia, não será concedida para período inferior a trinta (30) dias. § 2º - Ao servidor com direito a receber mais de uma licença-prêmio vencida, a concessão para gozo ou conversão em pecúnia observará os seguintes requisitos: I - poderão ser gozadas, cumulativamente e sucessivamente, den-tro de um mesmo exercício, no máximo até duas (02) licenças vencidas. II - poderão ser convertidas em pecúnia, no máximo de duas li-cenças vencidas, cujo pagamento será feito sucessivamente ao final de cada mês de trabalho. III - no caso de afastamento do servidor durante a licença-prêmio, a conversão em pecúnia será suspensa, exceto se tratar de licença-saúde. IV - as licenças vencidas poderão ser resgatadas mediante gozo ou conversão em pecúnia, respeitados os critérios desta lei. V - é permitido a concessão de, em uma única licença, parte em gozo e parte convertida em pecúnia, respeitados os critérios desta lei. Art. 95 - Não terá direito a licença-prêmio o servidor que duran-te o período de sua aquisição tenha: I - penalidade disciplinar de suspensão; II - faltado o serviço injustificadamente por mais de trinta (30) dias; III - gozado licença: a - SAÚDE: por período superior a noventa (90) dias, consecu-

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    tivos ou não, no mesmo período; b - por motivo de doença em pessoa de sua família, quando não remunerada; c - licença para tratar de interesses particulares; IV - condenação à pena privativa de liberdade, por sentença de-finitiva; V - desempenho de mandato classista, exceto o servidor que mantiver-se em efetivo exercício de suas funções; VI - e licença para atividade política. Art. 96 - O requerimento de licença-prêmio deverá sempre ser instruída com certidão de tempo de serviço expedida pelo Órgão Municipal competente. Art. 97 - A competência para a concessão da licença-prêmio é privativo do Prefeito Municipal. Art. 98 - Por interesse da administração, devida e expressamente fundamentado, poderá o Prefeito Municipal sustar a concessão da licença-prêmio por até doze (12) meses, contados da data que foi protocolado o reque-rimento no Órgão Municipal competente. Art. 99 - O servidor que houver requerido a licença-prêmio, a-guardará em serviço a sua concessão. Art. 100 - A concessão da licença-prêmio dependerá de novo ato, quando o servidor requerente não iniciar o seu gozo dentro de trinta (30) dias contados da publicação do ato concessivo. Parágrafo único – O prêmio por assiduidade não será conside-rado para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.

    Seção IV Do auxílio para diferença de caixa

    Art. 101 - O servidor que, por força das atribuições próprias de seu cargo, pagar ou receber em moeda corrente, perceberá um auxílio para diferença de caixa, no montante de 15% (quinze por cento) do vencimento. Art. 101 - O servidor que, por força das atribuições próprias de seu cargo, pagar ou receber em moeda corrente, perceberá um auxílio para diferença de caixa, referente a 8 VRMs (nova redação dada pela Lei nº 1.101, de 15 de outubro de 2009) § 1º - O servidor que estiver respondendo legalmente pelo tesou-reiro ou caixa, durante os impedimentos legais deste, fará jus ao pagamento do auxílio. § 2º - O auxílio de que trata este artigo só será pago enquanto o servidor estiver efetivamente executando serviços de pagamento ou recebi-mento e nas férias regulamentares.

    CAPÍTULO III

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    DAS FÉRIAS SEÇÃO I

    Do direito a férias e da sua duração Art. 102 - O servidor terá direito anualmente ao gozo de um pe-ríodo de férias, sem prejuízo da remuneração. Art. 103 - Após cada período de doze meses de vigência da rela-ção entre o Município e o servidor, terá este direito a férias, na seguinte pro-porção: I - trinta dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de cinco vezes; II - vinte e quatro dias corridos, quando houver tido de seis a quatorze faltas; III - dezoito dias corridos, quando houver tido de quinze a vin-te e três faltas; IV - doze dias corridos, quando houver tido de vinte e quatro a trinta e duas faltas. Parágrafo único - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do servidor ao serviço. Art. 104 - Não serão consideradas faltas ao serviço as conces-sões, licenças e afastamentos previstos em lei, nos quais o servidor continuar com direito ao vencimento normal, como se em exercício estivesse. Art. 105 - O tempo de serviço anterior será somado ao posterior para fins de aquisição do período aquisitivo de férias nos casos de licenças previstas nos incisos II, III e V do art. 112. Art. 106 - Não terá direito a férias o servidor que, no curso do período aquisitivo, tiver gozado licenças para tratamento de saúde, por aci-dente em serviço ou por motivo de doença em pessoa da família, isoladamen-te ou em conjunto por mais de seis meses, embora descontínuos, licença para tratar de interesses particulares por qualquer prazo e suspensão administrativa por período igual ou superior a trinta(30) dias. Parágrafo único - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisi-tivo, após a perda do direito a férias prevista neste artigo, no primeiro dia em que o servidor retornar ao trabalho.

    SEÇÃO II Da concessão e do gozo das férias

    Art. 107 - É obrigatória a concessão e gozo das férias, em um só período, nos dez meses subseqüentes a data em que o servidor tiver adquirido o direito. Parágrafo único - As férias somente poderão ser suspensas por motivo de calamidade pública, comoção interna ou por motivo de superior interesse público, por ato devidamente motivado.

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    Art. 108 - A concessão das férias, mencionado o período de go-zo, será participado, por escrito, ao servidor, com antecedência de, no míni-mo, 15 dias, cabendo a este assinar a respectiva notificação. Art. 109 - Vencido o prazo mencionado no art. 107, sem que a Administração tenha concedido as férias, incumbirá ao servidor, no prazo de dez dias, requerer o gozo de férias, sob pena de perda do direito às mesmas. § 1º - Recebido o requerimento, a autoridade responsável terá de despachar no prazo de quinze dias, marcando o período de gozo de férias, dentro dos sessenta dias seguintes. § 2º - Não atendido o requerimento pela autoridade competente no prazo legal, o servidor poderá ajuizar ação, pedindo a fixação, por senten-ça, da época do gozo de férias, hipótese em que as mesmas serão remuneradas em dobro.

    SEÇÃO III Da remuneração das férias

    Art. 110 - O servidor perceberá durante as férias a remuneração integral, acrescida de 1/3 (um terço), a teor do disposto no artigo 64, inciso IX da Lei Orgânica Municipal. § 1º - As vantagens que não mais estejam sendo percebidas no momento do gozo de férias serão computadas proporcionalmente aos meses de exercício no período aquisitivo das férias, na razão de um doze avos por mês de exercício ou fração superior a quatorze dias. § 2º - O pagamento da remuneração das férias por solicitação do servidor, será feito de forma antecipada.

    SEÇÃO IV Dos efeitos na exoneração, no falecimento

    e na aposentadoria

    Art. 111 - No caso de exoneração, falecimento ou aposentadoria, será devida a remuneração correspondente ao período de férias cujo direito o servidor tenha adquirido nos termos do art. 103. Parágrafo único - O servidor exonerado, falecido ou aposentado após doze meses de serviço, além do disposto no “caput”, terá direito tam-bém à remuneração relativa ao período incompleto de férias, na proporção de um doze avos por mês de serviço ou fração superior a quatorze dias.

    CAPÍTULO IV DAS LICENÇAS

    SEÇÃO I Disposições Gerais

    Art. 112 - Conceder-se-á licença ao servidor ocupante de cargo

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    efetivo: I - por motivo de doença em pessoa da família; II - para o serviço militar obrigatório; III - para concorrer a cargo eletivo; IV - para tratar de interesses particulares; V - para desempenho de mandato classista; § 1º - O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período superior a vinte e quatro meses, salvo nos casos dos inci-sos II, III e V. § 2º - A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação.

    SEÇÃO II Da licença por motivo de doença em pessoa da família

    Art. 113 - Poderá ser concedida licença ao servidor ocupante de cargo efetivo, por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, do pai ou da mãe, do filho ou enteado e de irmão, mediante comprovação médica oficial do Município. § 1º - A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo, o que deverá ser apurado, através de acompanhamento pela Administração Municipal. § 2º - A licença será concedida sem prejuízo da remuneração, até um mês, e, após, com os seguintes descontos: I - de 1/3 (um terço), quando exceder a um mês e até dois meses; II - de 2/3 (dois terços), quando exceder a dois meses até cinco meses; III - sem remuneração, a partir de sexto mês até o máximo de dois anos.

    SEÇÃO III Da licença para o serviço militar

    Art. 114 - Ao servidor ocupante de cargo efetivo que for convo-cado para o serviço militar ou outros encargos de segurança nacional, será concedida licença sem remuneração. § 1º - A licença será concedida à vista de documento oficial que comprove a convocação. § 2º - O servidor desincorporado em outro Estado da Federação deverá reassumir o exercício do cargo dentro do prazo de trinta dias; se a de-sincorporação ocorrer dentro do Estado o prazo será de quinze dias.

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    SEÇÃO IV Da licença para concorrer a cargo eletivo

    Art. 115 - Salvo disposição diversa em lei federal, o servidor ocupante de cargo efetivo fará jus a licença remunerada, com vencimentos integrais, a partir do registro de sua candidatura a cargo eletivo perante a Jus-tiça Eleitoral, até o dia seguinte ao do pleito. Parágrafo único - O servidor candidato a cargo eletivo no pró-prio Município e que exercer cargo ou função de direção, chefia, assessora-mento, arrecadação ou fiscalização, dele será exonerado a partir do dia imedi-ato ao registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o dia seguin-te ao do pleito.

    SEÇÃO V Da licença para tratar de interesses particulares

    Art. 116 - A critério da administração, poderá ser concedida ao servidor estável licença para tratar de assuntos particulares, pelo prazo de até dois anos consecutivos, sem remuneração. § 1º - A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pe-dido do servidor ou no interesse do serviço. § 2º - Não se concederá nova licença antes de decorridos dois anos do término ou interrupção da anterior. § 3º - Não se concederá a licença a servidor nomeado ou removi-do, antes de completar um ano de exercício no novo cargo ou repartição.

    SEÇÃO VI Da licença para desempenho de mandato classista

    Art. 117 - É assegurado ao servidor o direito a licença para de-sempenho de mandato em confederação, federação ou sindicato representati-vo da categoria, sem qualquer prejuízo para sua situação funcional ou remu-neratória, exceto promoção por merecimento. § 1º - Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação nas referidas entidades, até o máximo de três, por entidade. § 1º - Somente poderá ser licenciado um servidor eleito para car-go de direção ou representação na referida entidade. (nova redação dada pela Lei n. 596, de 10 de novembro de 2004) § 2º - A licença terá duração igual a do mandato, podendo ser prorrogada no caso de reeleição e por uma única vez. § 3º - É proibido ao servidor licenciado para desempenho de

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    mandato em confederação, federação ou entidade representativa a acumulação de proventos do município com a remuneração do órgão classista.

    CAPÍTULO V DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU

    ENTIDADE

    Art. 118 - O servidor ocupante de cargo efetivo e estável poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da Uni-ão, dos Estados e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: I - para exercício de função de confiança; II - em casos previstos em leis específica e, III - para cumprimento de convênio. Parágrafo único - Na hipótese do inciso I deste artigo, a cedên-cia será sem ônus para o Município e, nos demais casos, conforme dispuser a lei ou o convênio.

    CAPÍTULO VI DAS CONCESSÕES

    Art. 119 - Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: I - por um dia, em cada doze meses de trabalho, para doação de sangue; II - até dois dias, para se alistar como eleitor; III - até cinco dias consecutivos, por motivo de falecimento de avô ou avó; IV - até cinco dias consecutivos, por motivo de: a - casamento; b - falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos ou enteados e irmãos; c) nascimento do filho para o pai, a contar da data do evento. Parágrafo único - A servidora terá direito a uma hora por dia para amamentar o próprio filho até que este complete seis meses de idade. A hora poderá ser fracionada em dois períodos de meia hora, se a jornada for de dois turnos. Se a saúde do filho o exigir, o período de seis meses poderá ser dilatado, por prescrição médica, em até três meses. Art. 120 - Poderá ser concedido horário especial ao servidor es-tudante quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, desde que não haja prejuízo ao exercício do cargo. Parágrafo único - Para efeitos do disposto neste artigo, será exi-gida a compensação de horários na repartição, respeitada a duração semanal do trabalho.

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    CAPÍTULO VII DO TEMPO DE SERVIÇO

    Art. 121 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias. Parágrafo único - O número de dias será convertido em anos, considerados de 365 dias. Art. 122 - Além das ausências ao serviço previstas no art. 119, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de: I - férias; II - exercício de cargos em comissão, no Município; III - convocação para o serviço militar; IV - júri e outros serviços obrigatórios por lei; V - licença: a - à gestante, à adotante e à paternidade; b - para tratamento de saúde, inclusive por acidente em serviço ou moléstia profissional; e c - para tratamento de saúde de pessoa da família, quando re- munerada. Art. 123 - Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria o tempo: I - tempo de contribuição no serviço público federal, estadual e municipal, inclusive o prestado às suas autarquias; II - tempo de licença para desempenho de mandato classista; III - tempo de licença para concorrer a cargo eletivo; IV - tempo em que o servidor esteve em disponibilidade re-munerada. Parágrafo único - Para efeito de disponibilidade será computado o tempo de serviço público federal, estadual ou municipal. Art. 124 - Para efeito de aposentadoria, será computado também o tempo de contribuição na atividade privada e rural, nos termos da legislação federal pertinente. Art. 125 - O tempo de afastamento para exercício de mandato eletivo será contado na forma das disposições constitucionais ou legais espe-cíficas. Art. 126 - É vedada a contagem acumulada de tempo de serviço simultâneo.

    CAPÍTULO VIII DO DIREITO DE PETIÇÃO

    Art. 127 - É assegurado ao servidor o direito de requerer, pedir reconsideração, recorrer e representar, em defesa de direito ou de interesse legítimo. Parágrafo único - As petições, salvo determinação expressa em

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    lei ou regulamento, serão dirigidas ao Prefeito Municipal e terão decisão no prazo de trinta dias. Art. 128 - O pedido de reconsideração deverá conter novos ar-gumentos ou provas suscetíveis de reformar o despacho, a decisão ou ato. Parágrafo único - O pedido de reconsideração, que não poderá ser renovado, será submetido à autoridade que houver prolatado o despacho, proferido a decisão ou praticado o ato. Art. 129 - Caberá recurso ao Prefeito, como última instância ad-ministrativa, sendo indelegável sua decisão. Parágrafo único - Terá caráter de recurso o pedido de reconside-ração quando o prolator do despacho, decisão ou ato houver sido o Prefeito. Art. 130 - O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso, é de trinta dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo inte-ressado, da decisão recorrida. Parágrafo único - O pedido de reconsideração e o recurso não terão efeito suspensivo e, se providos, seus efeitos retroagirão à data do ato impugnado. Art. 131 - O direito de reclamação administrativa prescreverá, salvo disposição legal em contrário, em um ano a contar do ato ou fato do qual se originar. § 1º - O prazo prescricional terá início na data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência, pelo interessado, quando o ato não for publicado. § 2º - O pedido de reconsideração e o recurso interromperá a prescrição administrativa. Art. 132 - A representação será dirigida ao chefe imediato do servidor que, se a solução não for de sua alçada, a encaminhará a quem de direito. Parágrafo único - Se não for dado andamento à representação, dentro do prazo de cinco dias, poderá o servidor dirigi-la direta e sucessiva-mente às chefias superiores. Art. 133 - É assegurado o direito de vistas do processo ao servi-dor ou representante legal, pelo prazo de cinco (05) dias.

    TÍTULO VI DO REGIME DISCIPLINAR

    CAPÍTULO I DOS DEVERES

    Art. 134 - São deveres do servidor: I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II - lealdade às instituições a que servir; III - observância das normas legais e regulamentares; IV - cumprimento às ordens superiores exceto quando mani-

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    festadas ilegais; V - atender com presteza: a - ao público em geral, prestando as informações requeridas res-salvadas as protegidas por sigilo; b - à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; e c - às requisições para a defesa da Fazenda Pública; VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregulari-dades de que tiver ciência em razão do cargo; VII - zelar pela economia do material e conservação do patri-mônio público; VIII - guardar sigilo sobre assuntos da repartição; IX - manter conduta compatível com a moralidade administrati-va; X - ser assíduo e pontual ao serviço; XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade ou abuso de poder; XIII - apresentar-se ao serviço em boas condições de asseio e convenientemente trajado ou com uniforme que for determinado; XIV - observar as normas de segurança e medicina do trabalho estabelecidas, bem como o uso obrigatório dos equipamentos de proteção in- dividual (EPI) que lhe forem fornecidos; XV - manter espírito de cooperação e solidariedade com os cole-gas de trabalho; XVI - freqüentar cursos e treinamentos instituídos para seu aper-feiçoamento e especialização; XVII - apresentar relatórios ou resumos de suas atividades nas hipóteses e prazos previstos em lei ou regulamento, ou quando determinado pela autoridade competente; e XVIII - sugerir providências tendentes a melhoria ou aperfei-çoamento do serviço. Parágrafo único - Nas mesmas penas incorre o superior hierár-quico que, recebendo denúncia ou representação a respeito de irregularidades no serviço ou falta cometida por servidor, seu subordinado, deixar de tomar as providências necessárias à sua apuração.

    CAPÍTULO II DAS PROIBIÇÕES

    Art. 135 - É proibido ao servidor qualquer ação ou omissão ca-paz de comprometer a dignidade e o decoro da função pública, ferir a disci-plina e a hierarquia, prejudicar a eficiência do serviço ou causar dano à Admi-nistração Pública, especialmente: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia au-

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    torização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qual-quer documento ou objeto da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo, ou execução de serviço; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autori-dades públicas ou aos atos do Poder Público, mediante manifestação escrita ou oral; VII - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargo que seja de sua competência ou de seu subordinado; VIII - compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiação à associação profissional ou sindical, ou a partido político; IX - manter sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até segundo grau civil, salvo se decorrente de nomeação por concur- so público; X - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenci-ais de parentes até o segundo grau; XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qual-quer espécie, em razão de suas atribuições; XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangei-ro, sem licença prévia nos termos da lei; XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa no desempenho das funções; XVI - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVII - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; e XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho. Art. 136 - É lícito ao servidor criticar atos do Poder Público do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço, em trabalho assinado, respondendo porém civil ou criminalmente na forma da legislação aplicável, se de sua conduta resultar delito penal ou dano moral.

    CAPÍTULO III DA ACUMULAÇÃO

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    Art. 137 - É vedada a acumulação remunerada de cargos públi-cos, exceto, quando houver compatibilidade de horários: I - a de dois cargos de professor; II - a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico; III – a de dois cargos, ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. § 1º - É vedada a percepção simultânea de proventos de aposen-tadoria decorrente dos artigos 40, 42 e 142 da Constituição Federal com a re-muneração de cargos, empregos ou função pública, ressalvados os cargos a-cumuláveis na forma do “caput”, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. § 2º - A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

    CAPÍTULO IV DAS RESPONSABILIDADES

    Art. 138 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelos atos praticados enquanto no exercício do cargo. Art. 139 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, de que resulte prejuízo ao Erário ou a terceiros. § 1º - A indenização de prejuízo causado ao Erário poderá ser liquidada na forma prevista no art. 70 desta lei. § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiros responderá o ser-vidor perante a Fazenda Pública em ação regressiva, sem prejuízo de outras medidas administrativas e judiciais cabíveis. § 3º - A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. Art. 140 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contra-venções imputados ao servidor. Art. 141 - A responsabilidade administrativa resulta de ato omis-sivo ou comissivo praticado por servidor investido no cargo ou função públi-ca. Art. 142 - As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. Art. 143 - A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal definitiva que negue a existência do fato ou a sua autoria.

    CAPÍTULO V DAS PENALIDADES

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    Art. 144 - São penalidades disciplinares aplicáveis a servidor após procedimento administrativo em que lhe seja assegurado o direito de de-fesa: I - advertência; II - suspensão; III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou da disponibilidade; e V - destituição de cargo ou função de confiança. Art. 145 - Na aplicação das penalidades serão consideradas a na-tureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes. Art. 146 - Não poderá ser aplicada mais de uma pena disciplinar pela mesma infração. Parágrafo único - No caso de infrações simultâneas, a maior absorve as demais, funcionando estas como agravantes na gradação da pena-lidade. Art. 147 - Observado o disposto nos artigos precedentes, a pena de advertência ou suspensão será aplicada, a critério da autoridade competen-te, por escrito, na inobservância de dever funcional previsto em lei, regula-mento ou norma interna, nos casos de violação de proibição que não tipifique infração sujeita à penalidade de demissão. Art. 148 - A pena de suspensão não poderá ultrapassar a sessenta dias. Parágrafo único - Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de cinqüen-ta por cento por dia de remuneração, ficando o servidor obrigado a permane-cer em serviço e a exercer suas atribuições legais. Art. 149 - Será aplicada ao servidor a pena de demissão nos ca-sos de: I - crime contra a administração pública; II - abandono de cargo; III - indisciplina ou insubordinação graves ou reiteradas; IV - inassiduidade ou impontualidade habituais; V - improbidade administrativa; VI - incontinência pública e conduta escandalosa; VII - ofensa física contra qualquer pessoa, cometida em serviço, salvo em legítima defesa; VIII - aplicação irregular de dinheiro público; IX - revelação de segredo apropriado em razão do cargo; X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio muni-cipal; XI - corrupção; XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções; XIII - transgressão do art. 135, incisos X a XVI.

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    Art. 150 - A acumulação de que trata o inciso XII do artigo ante-rior acarreta a demissão de um dos cargos, empregos ou funções, dando-se ao servidor o prazo de cinco dias para opção. § 1º - Se comprovado que a acumulação se deu por má fé, o ser-vidor será demitido de ambos os cargos e obrigado a devolver o que houver recebido dos cofres públicos. § 2º - Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos, empregos ou funções exercido na União, nos Estados, no Distrito Federal ou em outro Município, a demissão será comunicada ao outro órgão ou entidade onde ocorre acumulação. Art. 151 - A demissão nos casos dos incisos V, VIII e X do art. 149 implicará em ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível. Art. 152 - Configura abandono de cargo a ausência intencional ao serviço por mais de trinta dias consecutivos. Art. 153 - A demissão por inassiduidade ou impontualidade so-mente será aplicada quando caracterizada a habitualidade de modo a represen-tar séria violação dos deveres e obrigações do servidor, após anteriores puni-ções por advertência ou suspensão. Art. 154 - O ato de imposição de penalidade mencionará sempre o fundamento legal. Art. 155 - Será cassada a aposentadoria e a disponibilidade se ficar provado que o inativo, quando na atividade: I - praticou falta punível com a pena de demissão. II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública; III - praticou usura, em qualquer das suas formas. Art. 156 - A pena de destituição de função de confiança será a-plicada: I - quando se verificar falta de exação no seu desempenho; II - quando for verificado que, por negligência ou benevolên-cia, o servidor contribuiu para que não se apurasse, no devido tempo, irre-gularidade no serviço. Parágrafo único - A aplicação da penalidade deste artigo não implicará em perda do cargo efetivo. Art. 157 - O ato de aplicação de penalidade é de competência do Prefeito Municipal. Parágrafo único - Poderá ser delegada competência aos Secretá-rios Municipais para aplicação da pena de suspensão ou advertência. Art. 158 - A demissão por infringência ao art. 135 incisos X e XI, incompatibilizará o ex-servidor para nova investidura em cargo ou função pública do Município, pelo prazo de cinco anos. Parágrafo único - Não poderá retornar ao serviço público muni-cipal o servidor que for demitido por infringência do art. 149, inc. I, V, VIII, X e XI. Art. 159 - A pena de destituição de função de confiança implica-

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    rá na impossibilidade de ser investido em funções dessa natureza durante o período de cinco anos a contar do ato de punição. Art. 160 - As penalidades aplicadas ao servidor serão registradas em sua ficha funcional. Art. 161 - A ação disciplinar prescreverá: I - em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demis-são, cassação de aposentadoria e disponibilidade, ou destituição de função de confiança; II - em dois anos, quanto à suspensão; e III - em cento e oitenta dias, quanto à advertência. § 1º - A falta também prevista na lei penal como crime prescreve-rá juntamente com este. § 2º - O prazo de prescrição começará a correr da data em que a autoridade tomar conhecimento da existência da falta. § 3º - A abertura de sindicância ou a instauração de processo dis-ciplinar interromperá a prescrição. § 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, o prazo prescricional recomeçará a correr novamente, no dia imediato ao da interrupção.

    CAPÍTULO VI DO PROCESSO DISCIPLINAR EM GERAL

    SEÇÃO I Disposições preliminares

    Art. 162 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sin-dicância ou processo administrativo disciplinar sob pena de incorrer nas pre-visões do art. 134. § 1º - As denúncias sobre irregularidades serão objetos de apura-ção desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e se-jam formuladas por escrito. § 2º - Quando o fato denunciado, de modo evidente, não configu-rar infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto. Art. 163 - As irregularidades e faltas funcionais serão apuradas em processo regular com direito a plena defesa, por meio de: I - sindicância, quando não houver dados suficientes para sua determinação ou para apontar o servidor faltoso; II - processo administrativo disciplinar, quando a gravidade da ação ou omissão torne o servidor passível de demissão, cassação da aposen-tadoria ou da disponibilidade.

    SEÇÃO II Da suspensão preventiva

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    Art. 164 - A autoridade competente poderá determinar a suspen-são preventiva do servidor, até sessenta dias, prorrogáveis por mais trinta se, fundamentadamente, houver necessidade de seu afastamento para apuração de falta a ele imputada. Art. 165 - O servidor fará jus à remuneração integral durante o período de suspensão preventiva.

    SEÇÃO III

    Da sindicância

    Art. 166 - A sindicância será cometida a servidor ocupante de cargo efetivo, podendo este ser dispensado de suas atribuições normais até a apresentação do relatório. Parágrafo único - A critério da autoridade competente, conside-rando o fato a ser apurado, a função sindicante poderá ser atribuída a uma comissão de servidores, até o máximo de três. Art. 167 - O sindicante ou a comissão efetuará, de forma sumá-ria, as diligências necessárias ao esclarecimento da ocorrência e indicação do responsável, apresentando, no prazo máximo de trinta dias, relatório a respei-to. § 1º - Preliminarmente, deverá ser ouvido o autor da representa-ção e o servidor implicado, se houver. § 2º - Reunidos os elementos apurados, o sindicante ou comissão traduzirá no relatório as suas conclusões, indicando o possível culpado, qual a irregularidade ou transgressão e o seu enquadramento nas disposições estatu-tárias. § 3º - O sindicante abrirá o prazo de cinco (05) dias para o indici-ado apresentar defesa, antes de elaborar o relatório. Art. 168 - A autoridade, de posse do relatório, acompanhado dos elementos que instruíram o processo, decidirá, no prazo de cinco dias úteis: I - pela aplicação de penalidade de advertência ou suspensão; II - pela instauração de processo administrativo disciplinar, ou III - arquivamento do processo. § 1º - Entendendo a autoridade competente que os fatos não estão devidamente elucidados, inclusive na indicação do possível culpado, devolve-rá o processo ao sindicante ou comissão, para ulteriores diligências, em prazo certo, não superior a cinco dias úteis. § 2º - De posse do novo relatório e elementos complementares, a autoridade decidirá no prazo e nos termos deste artigo.

    SEÇÃO IV Do processo administrativo disciplinar

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    Art. 169 - O processo administrativo disciplinar será conduzido por comissão de três servidores estáveis, designada pela autoridade competen-te que indicará, dentre eles, o seu presidente. Parágrafo único - A comissão terá como secretário, servidor de-signado pelo presidente, podendo a designação recair em um dos seus mem-bros. Art. 170 - A comissão processante, sempre que necessário e ex-pressamente determinado no ato de designação, dedicará todo o tempo aos trabalhos do processo, ficando os membros da comissão, em tal caso, dispen-sados dos serviços normais da repartição. Art. 171 - O processo administrativo será contraditório, assegu-rada ampla defesa ao acusado, com a utilização dos meios e recursos admiti-dos em direito. Art. 172 - Quando o processo administrativo disciplinar resultar de prévia sindicância, o relatório desta integrará os autos, como peça informa-tiva da instrução. Parágrafo único - Na hipótese do relatório da sindicância con-cluir pela prática de crime, a autoridade competente oficiará ao Ministério Público, e remeterá cópia dos autos, independente da imediata instauração do processo administrativo disciplinar. Art. 173 - O prazo para a conclusão do processo não excederá sessenta dias, contados da data do ato que constituir a comissão, admitida a prorrogação por mais trinta dias, quando as circunstâncias o exigirem, medi-ante autorização da autoridade que determinou a sua instauração. Art. 174 - As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas. Art. 175 - Ao instalar os trabalhos da comissão, o Presidente de-terminará a autuação da portaria e demais peças existentes e designará o dia, hora e local para primeira audiência e a citação do indiciado. Art. 176 - A citação do indiciado deverá ser feita pessoalmente e contra-recibo, com, pelo menos, quarenta e oito horas de antecedência em re-lação à audiência inicial e conterá dia, hora e local e qualificação do indiciado e a falta que lhe é imputada, com descrição dos fatos. § 1º - Caso o indiciado se recuse a receber a citação, deverá o fato ser certificado, com assinatura de, no mínimo, duas testemunhas. § 2º - Estando o indiciado ausente do Município, se conhecido seu endereço, será citado por via postal, em carta registrada, juntando-se ao processo o comprovante do registro e o aviso de recebimento. § 3º - Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, divulgado como os demais atos oficiais do Município, com prazo de quinze dias. Art. 177 - O indiciado poderá constituir procurador para fazer a sua defesa. Parágrafo único - Em caso de revelia, o presidente da comissão

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    processante designará, de ofício, um defensor. Art. 178 - Na audiência marcada, a comissão promoverá o inter-rogatório do indiciado, concedendo-lhe, em seguida, o prazo de três dias para oferecer alegações escritas, requerer provas e arrolar testemunhas, até o má-ximo de cinco. § 1º - Havendo mais de um indiciado, o prazo será comum e de seis dias, contados a partir da tomada de declarações do último deles. § 2º - O indiciado ou seu advogado terão vista do processo na repartição podendo ser fornecida cópia de inteiro teor mediante requerimento e reposição do custo. Art. 179 - A comissão promoverá a tomada de depoimentos, aca-reações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos de modo a permitir a com-pleta elucidação dos fatos. Art. 180 - O indiciado tem o direito de, pessoalmente ou por in-termédio de procurador, assistir aos atos probatórios que se realizarem perante a comissão, requerendo as medidas que julgar convenientes. § 1º - O presidente da comissão poderá indeferir pedidos conside-rados impertinentes, meramente protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. § 2º - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a com-provação do fato independer de conhecimento especial de perito. Art. 181 - As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do intimado, ser anexada aos autos. Parágrafo único - Se a testemunha for servidor público, a expe-dição do mandado será imediatamente comunicada ao chefe da repartição on-de serve, com a indicação do dia e hora marcados para a inquirição. Art. 182 - O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito a testemunha trazê-lo por escrito. § 1º - As testemunhas serão ouvidas separadamente, com prévia intimação do indiciado ou de seu procurador. § 2º - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infir-mem, proceder-se-á a acareação entre os depoentes. Art. 183 - Concluída a inquirição de testemunhas, poderá a co-missão processante, se julgar útil ao esclarecimento dos fatos, reinterrogar o indiciado. Art. 184 - Ultimada a instrução do processo, o indiciado será in-timado por mandado pelo presidente da comissão para apresentar defesa escri-ta, no prazo de dez dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, sendo fornecida cópia de inteiro teor mediante requerimento e reposição do custo. Parágrafo único - O prazo de defesa será comum e de quinze dias se forem dois ou mais os indiciados.

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    Art. 185 - Após o decurso do prazo, apresentada a defesa ou não, a comissão apreciará todos os elementos do processo, apresentando relatório, no qual constará em relação a cada indiciado, separadamente, as irregularida-des de que foi acusado, as provas que instruíram o processo e as razões de defesa, propondo, justificadamente, a absolvição ou punição do indiciado, e indicando a pena cabível e seu fundamento legal. Parágrafo único - O relatório e todos os elementos dos autos serão remetidos à autoridade que determinou a instauração do processo, den-tro de dez dias, contados do término do prazo para apresentação da defesa. Art. 186 - A comissão ficará à disposição da autoridade compe-tente, até a decisão final do processo, para prestar esclarecimento ou provi-dência julgada necessária. Art. 187 - Recebidos os autos, a autoridade que determinou a instauração do processo: I - dentro de cinco dias: a - pedirá esclarecimentos ou providências que entender neces-sários, à comissão processante, marcando-lhe prazo; b - encaminhará os autos à autoridade superior, se entender que a pena cabível escapa à sua competência; II - despachará o processo dentro de dez dias, acolhendo ou não as conclusões da comissão processante, fundamentando o seu despa-chos e concluir diferentemente do proposto. Parágrafo único - Nos casos do inciso I deste artigo, o prazo para decisão final será contado, respectivamente, a partir do retorno ou rece-bimento dos autos. Art. 188 - Da decisão final, são admitidos os recursos previstos nesta Lei. Art. 189 - As irregularidades processuais que não constituam ví-cios substanciais insanáveis, suscetíveis de influírem na apuração da verdade ou na decisão do processo, não lhe determinarão a nulidade. Art. 190 - O servidor que estiver respondendo a processo admi-nistrativo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido do cargo, ou aposenta-do voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da pena-lidade, acaso aplicada. Parágrafo único - Excetua-se o caso de processo administrativo instaurado apenas para apurar o abandono de cargo, quando poderá haver e-xoneração a pedido, a juízo da autoridade competente.

    SEÇÃO V Da revisão do processo

    Art. 191 - A revisão do processo administrativo disciplinar pode-rá ser requerida a qualquer tempo, uma única vez, quando: I - a decisão for contrária ao texto de lei ou à evidência dos

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    autos; II - a decisão se fundar em depoimentos, exames ou documen-tos falsos ou viciados; III - forem aduzidas novas provas, suscetíveis de atestar a ino-cência do interessado ou de autorizar diminuição da pena. Parágrafo único - A simples alegação de injustiça da penalidade não constituirá fundamento para a revisão do processo. Art. 192 - No processo revisional, o ônus da prova caberá ao re-querente. Art. 193 - O processo de revisão será realizado por comissão de-signada segundo os moldes das comissões de processo administrativo e corre-rá em apenso aos autos do processo originário. Art. 194 - As conclusões da comissão serão encaminhadas à au-toridade competente, dentro de trinta dias, devendo a decisão ser proferida, fundamentadamente, dentro de dez dias. Art. 195 - Julgada procedente a revisão, será tornada insubsisten-te ou atenuada a penalidade imposta, restabelecendo-se os direitos decorrentes dessa decisão.

    TÍTULO VII DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR

    CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

    Art. 196 - O Município garantirá aos seus servidores ocupantes de cargos efetivos o Plano de Seguridade Social composto das prestações dis-criminadas neste Título VII. § 1º - O Plano de Seguridade Social será prestado mediante sis-tema contributivo, na forma prevista em legislação específica. § 2º - As prestações do Plano de Seguridade Social, não atendi-dos pelo sistema próprio de previdência social do Município, serão custeadas, como vantagens de natureza social, diretamente pelo próprio Município. § 3º - O servidor ocupante exclusivamente de cargo de provimen-to em comissão, que não seja titular de cargo efetivo na administração públi-ca, será contribuinte compulsório do sistema nacional de previdência social, pelo qual serão atendidas as prestações correspondentes, ficando excluído do Plano de Seguridade Social de que trata este Título VII. Art. 197 - O Plano de Seguridade Social visa dar cobertura aos riscos a que está sujeito o servidor e sua família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam às seguintes finalidades: I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença, inva-lidez, velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimento e reclusão. II - proteção à maternidade; III - licença-saúde.

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    Art. 198 - Os benefícios do Plano de Seguridade Social compre-endem: I - quando ao servi