Laboratório de Habilidades
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
LIGA ACADÊMICA DE SEMIOLOGIA MÉDICA DA UFMT
“SEMIOLIGA”
COORDENAÇÃO DE ENSINO
LABORATÓRIO DA HABILIDADES
BLOCO 1 | AULAS 2 E 3
Daniel G. Quiroga – UFMT
NOME:
DATA:
1. Nesta atividade iremos revisar, reconhecer a aprender as etapas iniciais e técnicas facilitadoras de uma boa
entrevista.
Método: dividir os alunos em duplas e estudar o diálogo a seguir por etapas, atentando-se para os termos
destacados. Cada dupla ficará responsável por uma etapa (ou outra divisão, à critério do tutor) e a demonstrará para
os demais alunos. O tutor deverá ser um agente ativo na atividade, guiando as duplas na construção do diálogo
médico-paciente, auxiliando sempre que necessário e preenchendo as lacunas de aprendizado.
Objetivo: revisar, reconhecer a aprender as etapas iniciais e técnicas facilitadoras de uma boa entrevista.
A ENTREVISTA
Você está de visitando as enfermarias no HUJM e, como está com tempo livre, resolve praticar o que foi aprendido
nas aulas 2 e 3 da SEMIOLIGA. O paciente chama-se Anderson Silva.
1 ESTABELECENDO O CENÁRIO
A. Apresente-se ao senhor Anderson Silva, estabeleça os objetivos da entrevista, obtenha o consentimento dele
para o início da entrevista e assegure a privacidade;
B. A harmonia inicial
CENÁRIO: Você nota que Anderson parece não estar muito bem, sente-se desconfortável.
Utilize a técnica de reflexão.
Regra #1: Responda às reações emocionais do paciente sempre que elas ocorrerem.
C: Lamentavelmente, você nomeia erroneamente as emoções de Anderson:
ESTUDANTE: O senhor parece estar com dor agora.
PACIENTE: Na verdade, estou exausto. Tantos médicos vieram me ver e eu ainda não sei o que se passa
comigo.
Atenção: Evite ser muito específico ao nomear as emoções do paciente. Interpretações profundas não devem
ser feitas.
C. O conforto do paciente
E: Antes de perguntar-lhe sobre o problema em si, queria checar como o senhor está se sentindo exatamente
agora.
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2 DIALOGANDO
2.1 Esclarecendo a Queixa Principal (QP)
A. Utilize 3 maneiras diferentes de perguntar a QP.
B. P: Foi meu enfisema, doutor.
Identifique e solucione a situação ocorrida.
C. Respondendo às emoções
P: Ah, sim. Eu estava com falta de ar. Pensei que iria morrer!
E: Tenho certeza de que foi muito angustiante. Caso fosse comigo, sentiria a mesma coisa.
Identifique a(s) técnicas utilizada(s) pelo estudante.
D. Facilitação inicial
Estimule o paciente a contar mais sobre sua queixa.
C: Anderson começa, então, a contar sobre suas dores de cabeça.
Direcione o paciente para a queixa principal.
P: Bem, no último domingo estava terminando de cortar a grama de minha casa quando, de repente,
fiquei com falta de ar e senti uma sensação de peso, aperto, em meu peito.
E: Aperto?
Identifique a técnica utilizada pelo estudante e escolha outra.
Regra #2: Permita que o paciente complete o próprio raciocínio de abertura da entrevista.
P: Sim, eu nunca tive nada parecido. Dói, mas era mais como uma dor em aperto do que em pontada.
Pensei que pudesse ser gases, mas não havia melhora. Então percebi que a dor espalhou para minhas
costas e braço esquerdo.
Cheque a exatidão das informações
Atenção: A verificação das informações é uma habilidade chave, mas pouco utilizada.
Regra #3: Quando em dúvida, cheque as informações.
2.2 Esclareça a Perspectiva do Paciente: Ideias, Preocupações e Expectativas (“IEE”)
A. Questione o paciente quanto a suas ideias, preocupações e expectativas de sua enfermidade.
BIBLIOGRAFIA
1. COLE, S. A; BIRD, J. The Medical Interview – The 3 Function Approach, 3rd ed, Elsevier, 2014;
2. BICKLEY, L. S. Bates’ Guide to Physical Examination and History Taking, 11th ed, Lippincott Williams &
Wilkins, 2013;
3. HENDERSON, et al. The Patient History – An Evidence-Based Approach to Differential Diagnosis, 2nd ed,
McGraw-Hill, 2012;
4. ROUGHTON et al. Chamberlain’s Symptons and Signs in Clinical Medicine – An Introduction to Medical
Diagnosis, 13th ed, Hodder Arnol, 2010